7º Domingo após a Epifania 20.02.2022 Ano XVIII Nº 387
MARCAS Durante nossa vida nosso corpo vai recebendo diversas marcas. Na infância quantas vezes não ralamos nossos joelhos naquelas quedas de bicicleta, dedos, braços, pernas e pés quebrados? Mas somos feitos de corpo, alma e espírito e algumas marcas também podem ser feitas na nossa alma. Estas marcas na alma produzem efeitos muitas vezes maiores do que as no corpo. Lembro de um livro que lia para meus filhos chamado Você é especial do autor Max Lucado. Neste livro, existia um povo chamado de Xulingos, eles eram feitos de madeira por um único carpinteiro, Eli. Os xulingos tinham o hábito de premiar ou punir os feitos uns dos outros julgando as atitudes ou habilidades colando adesivos de estrelas para as coisas boas e bolas cinzas para as julgadas ruins no corpo de cada morador da aldeia, assim todos podiam ver o quanto esta pessoa valia facilmente pelo número ou tipo de adesivos. Marcelino, um xulingo um pouco desengonçado, se esforçava, mas só conseguia bolas cinzas até que conheceu Eli pessoalmente e neste encontro, Marcelino entendeu o valor que ele tinha para seu criador e que os adesivos que os outros xulingos colocaram nele não importavam mais do que o que Eli pensava sobre ele. Esta é a nossa história, a gente passa a receber rótulos e acreditar que não somos bons o suficiente ou que somos melhores que os outros, parece que o que as pessoas pensam sobre nós é o que determina nossa vida e nossas atitudes. Nosso real valor é aquilo que nosso Criador pensa a nosso respeito e isto deveria determinar a forma com que eu penso, sinto e ajo. Ele foi capaz de deixar que fizessem marcas profundas em Seu corpo durante o flagelo e a crucificação para que por este ato de amor, todas as nossas marcas fossem saradas, todos os nossos pecados fossem perdoados. É de graça, não precisamos fazer algo para merecer este amor ou sacrifício e nada que fazemos pode diminuir este amor. (Ler Isaias 53.4-5) E as nossas marcas? Elas se transformam em cicatrizes e sabe de uma coisa? Cicatriz não dói! É apenas um registro, uma marca. Precisamos valorizar as marcas de Cristo em nós, deixar que as pessoas vejam estas marcas como uma forma de falar do amor dEle por cada um de nós. As marcas de Cristo em nós devem ser tão profundas e tão visíveis que apaguem qualquer outra cicatriz, seja no nosso corpo ou na nossa alma. Ully Dias Cavalcanti Líder do SOZO