Boletim 06/02/2022

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5º Domingo após a Epifania 06.02.2022 Ano XVIII Nº 385

AS DISCIPLINAS ESPIRITUAIS SÃO O MEIO OU O FIM DA BUSCA DE INTIMIDADE COM O SENHOR? Todos que professam a fé no Senhor Deus desejam estabelecer uma relação íntima e pessoal com Ele, buscando meios pelos quais possam realizá-la como orar diariamente, jejuar, estudar a Palavra e Nela meditar, reconhecer sua essência como adorador de Deus, procurar comunhão com os irmãos em Cristo. Sabe-se que a vida que agrada a Deus não é a de acumular práticas e deveres religiosos, desestimulando um caminho de mão dupla no relacionamento com o Pai, nosso Criador, e transformando-o numa lista de afazeres onde vamos dando um “clique” nas atividades realizadas, de forma mecanizada como o cumprimento de um rol de obrigações. É aí que nos vemos frente a frente com a prática das Disciplinas Espirituais onde o objetivo essencial é o anseio por Deus, buscando internalizar o Seu imenso amor por nós e a forma individualizada de nos conhecer, dando impressões e características particulares a cada um de nós, Seus Filhos. Richard Foster, em seu livro “Celebração das Disciplinas – O Caminho do Crescimento Espiritual”, abre as portas para um mundo de práticas, quer sejam interiores (meditação, oração, jejum e estudo), exteriores (simplicidade, solitude, submissão e serviço) ou comunitárias (confissão, adoração, orientação e celebração), que nos permite ter uma vida espiritual saudável e um relacionamento íntimo com Deus. Entretanto vêm às nossas mentes um questionamento: as Disciplinas Espirituais são um meio de busca de um canal de intimidade ou a finalidade por si só? Qual o objetivo do cristão em desenvolver práticas diárias que promovam proximidade e relacionamento com Deus? Em Salmos 42. 1-2, o Salmista conclama que “como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando poderei entrar para apresentar-me a Deus?”. Essa é a resposta para os questionamentos acima. Devemos procurar o Senhor e estabelecer uma relação direta e pessoal utilizando as Disciplinas Espirituais como um meio para desenvolver uma fé verdadeira, caminhar na busca pela salvação plena, ansiando viver uma vida que imite a Jesus Cristo (1Co 11.1), levando-nos, por meio da ação do Espírito Santo, à mais profunda transformação, à mudança interior que é obra de Deus e não nossa. Foster nos traz que o amor divino verte para dentro de nosso espírito e toma conta de nossos hábitos. Num momento qualquer, um fluxo espontâneo começa a brotar do santuário interno de nossa vida, de onde emanam “amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio” – Gálatas 5. 22-23. Façamos da prática das Disciplinas Espirituais um meio, um caminhar onde o fim é a transformação interior, navegando nas águas profundas divinas, parecendo cada dia mais com Jesus Cristo. Sandra Feitosa Acólita da Catedral da Reconciliação


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