04/04/2021
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DOMINGO DE PASCÓA
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ANO XVII
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Nº 342
LAVAR OU SUJAR AS MÃOS? EIS A QUESTÃO... “De novo, perguntou-lhes o governador: qual dos dois quereis que eu vos solte? Responderam eles: Barrabás! Replicou-lhes Pilatos: que farei, de Jesus, chamado Cristo? Seja crucificado! Responderam todos. Que mal fez ele? Perguntou Pilatos. Porém cada vez chamavam mais: seja crucificado! Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo...” - Mateus 27: 21-24
Nesses dias de paixão, relembramos a história de Jesus Cristo, que teve o ápice com Sua crucificação e ressurreição. Naquela época, viveu uma figura que ficou historicamente e biblicamente conhecida, que foi o governador da província romana da Judéia, Pôncio Pilatos. Esse personagem ficou marcado por ter sido o homem que poderia ter “evitado” a morte de Cristo, mas que optou simplesmente por “lavar as mãos”, como podemos ler em Mateus 27:24, “Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo...”. E, nesse contexto histórico, religioso e político, retorno ao século XXI, nesses difíceis dias para, infelizmente, constatar o quanto nós, igreja de Cristo, temos nos omitido e restringido nosso universo quase que invariavelmente aos limites de nosso próprio umbigo. Dessa forma, quantas vezes, até inconscientemente nos flagramos exercitando o Pôncio Pilatos que há dentro de cada um de nós? Somos Pôncio Pilatos quando, ao invés de sermos solidários com os mais necessitados, lavamos as mãos, e assim optamos pela manutenção do status quo que sustenta nossa condição favorável e nosso conforto. Somos Pôncio Pilatos quando preservamos a vaidade, a arrogância, a soberba e lavamos as mãos para a humildade e a simplicidade. Inconsequentes, não estamos atentos ao nosso próximo. Estamos cegos e surdos em nosso mundo particular. Somos Pôncio Pilatos quando lavamos as mãos no momento de nossas escolhas e nem sempre escolhemos o Caminho do Evangelho. Eu, você, aquele que está ao seu lado esquerdo, aquele outro mais à frente, outros deixados para atrás, todos! Somos exatamente iguais ao governador da Judéia, pois lavamos as mãos e matamos Jesus Cristo todos os dias, vivendo distante daquilo que Ele pregou. Não meus irmãos, ninguém matou Jesus...! Ele se deixou morrer por mim e por você, e naquele terceiro dia reviveu e vive desde então à direita de Deus Pai, entronizado Rei da Glória! Mas vive também no coração dos que O tem como Senhor e Salvador. No coração de quem trilha o Caminho da graça, no coração de quem se reconhece absolutamente dependente de Sua vontade e peleja nessa jornada santa para ser um indivíduo melhor a cada dia. Um indivíduo que luta com a mente e o coração em busca da obediência a Deus. Trata-se de uma vida de alegria, não obstante a luta diária. Mas também uma vida de fé, na certeza de que se Ele está em nós, e cremos que está, está garantida a nossa resistência nos dias maus, afinal, ''tudo podemos naquele que nos fortalece”, aleluia! Jesus ressuscitou e quer também nos ressuscitar dessa vida pálida! Quer nos despertar, como despertou Lázaro, dessa morte em que vivemos, para que então tenhamos uma vida espiritual mais excelente, já enxergando o grand finale reservado a todos que são salvos Nele, que será nossa entrada na Nova Jerusalém, ressuscitados para sempre em Sua presença! Não podemos mais lavar as mãos! Precisamos, através do Espírito Santo, encarnar o Evangelho do Senhor Jesus. Precisamos ser servos e abrir nosso coração para o Seu serviço. Precisamos “sujar” as mãos, como suja o oleiro que incansavelmente molda o vaso. “Sujar” as mãos trabalhando em Sua obra, em Seu Ministério. E como em uma gigantesca pandemia do bem, vamos transmitir o Amor de Deus para o maior número de pessoas possível. Não lave suas mãos, você escolheu o lado de Jesus! Assuma-se Dele! Ele te ama! Ele vive e um dia voltará! Feliz Páscoa! Avante! Amém! MC Ronaldo Lessa ARCEBISPO
Dom Paulo Garcia
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BISPO DIOCESANO
Dom Alexandre Ximenes