Ubuntu: Casa de cultura negra

REBECA FONTES RODRIGUES

CASA DE CULTURA NEGRA UBUNTU

REBECA FONTES RODRIGUES

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APRESENTADO AO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES, COMO PARTE DOS REQUISITOS PARA A CONCLUSÃO DO CURSO.

APROVADO EM: __/__/____

BANCA EXAMINADORA

PROFESSOR ORIENTADOR

PROFESSOR CONVIDADO

ARQUITETO CONVIDADO

BlACk LIveS MAtTer

UBUNTU: CASA DE CULTURA NEGRA

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

UBUNTU: CASA DE CULTURA NEGRA REBECA FONTES RODRIGUES

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APRESENTADO AO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES, COMO PARTE DOS REQUISITOS PARA A CONCLUSÃO DO CURSO. ORIENTADOR: PAULO SERGIO PINHAL COORDENADORA: CRISTINA RAGAINI

MOGI DAS CRUZES DEZEMBRO | 2019

RODRIGUES, REBECA FONTES. UBUNTU: CASA DE CULTURA NEGRA. 2019.

120 F. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (GRADUAÇÃO) ORIENTADOR: PAULO SÉRGIO PINHAL CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO, UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES, MOGI DAS CRUZES, 2019.

DEDICO ESTE TRABALHO Á ROSEMEIRE E ROBERTO RODRIGUES, QUE EM MEIO A TANTAS LUTAS JAMAIS DEIXARAM DE PROFERIR PALAVRAS DE AMOR E APOIO.

Agradeço, primeiramente à Deus por sua graça e bondade que me sustentam dia após dia Aos meus familiares e amigos por todo apoio e incentivo; Aos professores do ensino formal e técnico, que me incentivaram á iniciar o ensino superior Ao professor Paulo Sérgio Pinhal, que me orientou durante este trabalho.

Aos professores Martha rosinha, Maria Cristina, Fernando Claret, Eliane Parisi e Korey Machado, que além de contribuir para nossa formação técnica, contribuíram também para nossa formação pessoal, nos fazendo acreditar em nosso potencial. e á todos professores do curso de arquitetura e urbanismo da universidade mogi das cruzes, que aceitaram dividir parte de seu conhecimento conosco.

NINGUÉM NASCE ODIANDO OUTRA PESSOA PELA COR DE SUA PELE, POR SUA ORIGEM OU AINDA POR SUA RELIGIÃO. PARA ODIAR, AS PESSOAS PRECISAM APRENDER, E SE PODEM APRENDER A ODIAR, ELAS PODEM SER ENSINADAS A AMAR. (NELSON MANDELA)

SUMÁRIO 11

1.DEFINIÇÃO DO TEMA

36

2.METODOLOGIA

40

3.ESTUDO DE CASO

50

4.VISITA TÉCNICA

58

5.ÁREA DE INTERVENÇÃO

71

6.DIRETRIZES E PREMISSAS

75

7.PROCESSO PROJETUAL

102

8.PROJETO ARQUITETÔNICO

128

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

129

10. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RESUMO O propósito deste trabalho, é apresentar o projeto de uma casa de cultura

negra,

apontando

o

equipamento

e

sua

relevância

para

o

município como meio de integração social e capacitação e lazer, visando diminuir

o

preconceito

étnico

e

racial,

potencializar

uma

área

marginalizada, fortalecer a comunidade negra regional e criar novas centralidades. Este trabalho é composto pela monografia, apresentando a revisão bibliográfica, metodologia, estudo de caso, visita técnica, estudos sobre o local e diretrizes e premissas para sua concepção, e pelo projeto arquitetônico.

Palavras-chave: Casa de cultura; Cultura negra; Centro cultural; Ubuntu

ABSTRACT The purpose of this book is to present the project of a black culture house, pointing out the equipment and its relevance to the city as a means of social integration and training and leisure, aiming to reduce racial and ethnic prejudice, empower a marginalized area, strengthen the regional black community and create new centralities. This work consists of the monograph, presenting the literature review, methodology, case study, technical visit, site studies and guidelines and premises for its conception, and the architectural project.

Keywords: House of Culture; Black culture; Cultural Center; Ubuntu

INTRODUÇÃO A finalidade deste trabalho é apresentar o projeto arquitetônico de uma casa de cultura negra ubuntu, onde serão apresentadas salas de aula de cada setor a ser contemplado, além de ambientes de uso comum destinados á manifestação artística, com o objetivo de tornar-se um fator de integração social e cultural dentro de uma comunidade vulnerável em Mogi das Cruzes, abordando como temática a cultura negra.

O projeto leva o nome ubuntu por referir-se á uma filosofia africana que visa humanidade e compaixão. Os objetivos específicos são: Criar novas centralidades no município para permitir que mais pessoas tenham acesso a diversidade na tipologia dos equipamentos urbanos, sendo desnecessário deslocar-se para o centro para realizar atividades básicas, como o lazer e educação.

Propor um equipamento urbano que possua ambientes de apoio á atividades com fins educacionais, recreativos e contemplativos, abrangendo diferentes áreas de interesse do lazer dentro de um bairro vulnerável, além de potencializar uma área marginalizada e acrescentar na bagagem cultural de cada visitante e morador do bairro em questão.

Possibilitar o desenvolvimento pessoal e profissional de crianças, jovens e adultos simultaneamente através de um local específico para tais atividades.

Fortalecer a comunidade negra regional propondo um espaço em que valorize a cultura afrodescendente na história e arquitetura mundial, trazendo a reflexão de modo sutil, funcional e lúdico para lutas, conquistas e influências.

Criar um espaço convidativo a todas as etnias para que a cultura negra seja absorvida

de

forma

consciente,

combatendo

preconceitos

e

questões

sociais

enraizadas na identidade brasileira.

O interesse por este tema deu-se devido a discussão sobre a forma que a cultura negra é repassada e recebida, mesmo presente na formação de todas as etnias. Ao trazer o questionamento sobre como a cultura negra foi, e ainda é, muito influente no cotidiano cultural da população percebe-se que a ausência de representatividade dentro de equipamentos

urbanos públicos contribui para que tanto o negro não se enxergue

como protagonista dentro de sua própria cultura raiz, como para a segregação entre as demais etnias.

O Brasil é formado pela miscigenação ocorrida ao longo dos anos, contando com a influência de diversas raças e etnias, porém torna-se discutível quais povos são creditados ao pensar na concepção cultural atual. Segundo dados do IBGE (2010), a população que se autodeclara negra ou parda representa 50,74 % da população brasile-

ira, e ainda sim é necessário questionar a quantia e aceitação de equipamentos urbanos de cultura que tenham como temática a história negra.

Dentro do âmbito de equipamento urbano de lazer encontra-se o objeto de pesquisa

em

categoria

de

questão: centro

Ubuntu:

cultural.

Casa

Seus

de

cultura

objetivos

Negra,

principais

são

fazendo produzir

parte

da

cultura,

contribuir com o processo de formação artística da população e inclusão social, para que todos tenham acesso á arte, cultura e lazer. Sendo assim, este trabalho contribuirá para o desenvolvimento da comunidade ao propor um equipamento de lazer que possa integrar e desenvolver uma área segregada e marginalizada e permitir que a população local tenha acesso ao lazer de forma prática, e trazer a reflexão sobre história, racismo estrutural e coletividade.

Dada a temática e os objetivos, encontra-se como possíveis problematizações o local de implantação do projeto, visto que este deverá priorizar o alcance de comunidades vulneráveis e ainda sim ser um terreno de fácil acesso para os demais visitantes; incluir todas as etnias no mesmo propósito de conhecer a cultura afro sem contribuir para conflitos sociais; depender da política pública para a implantação, manutenção e funcionamento do projeto.

Para o alcance dos objetivos citados foi utilizado como principal metodologia a pesquisa bibliográfica e qualitativa. Para a realização da pesquisa bibliográfica foi coletado estudos e publicações feitas principalmente em livros e sites de pesquisas, tendo referencia sites como ArchDaily e autores como Queiroz, Neves, Munanga e Gomes. Já para a pesquisa qualitativa, utilizou-se o

método de

questionário online, onde dois grupos distintos responderam as pesquisas num período de dez semanas. As perguntas são referentes aos equipamentos urbanos de lazer em Mogi das Cruzes e a representatividade da comunidade negra nestes locais, apresentando como resultado a discussão sobre a possibilidade de um equipamento urbano de integração sociocultural no município.

.ABDIAS NASCIMENTO (1914-2011) "FOI UM ATOR, DIRETOR E DRAMATURGO. MILITANTE DA LUTA CONTRA A DISCRIMINAÇÃO RACIAL E PELA VALORIZAÇÃO DA CULTURA NEGRA. É RESPONSÁVEL PELA CRIAÇÃO DO TEATRO EXPERIMENTAL DO NEGRO (TEN), A PRIMEIRA COMPANHIA A PROMOVER A INCLUSÃO DO ARTISTA AFRODESCENDENTE NO PANORAMA TEATRAL BRASILEIRO." (FONTE: ENCICLOPÉDIA ITAÚ CULTURAL)

1. DEFINIÇÃO DO TEMA 12

1.1 Equipamento de lazer

13

1.2 Centro cultural

15

1.3 Casa de cultura

17

1.4 Cultura negra

11

1.1 EQUIPAMENTO DE LAZER A NBR 9284/86 tem como objetivo classificar e definir os equipamentos urbanos, sendo definido pela norma como bens de interesse público ou privado, porém de utilidade pública, que prestam serviços visando o bom funcionamento da cidade, sendo implantados com a autorização do poder público.

A norma apresenta subcategorias como: Circulação e transporte, cultura e religião, esporte e lazer, Infraestrutura, Sistema de comunicação, Sistemas de energia, Sistema de iluminação pública sistema de saneamento, Segurança pública e proteção ,abastecimento, administração pública, assistência social, educação, e saúde. A subcategoria Cultura e religião abrange igrejas, centros culturais, bibliotecas, cemitérios, cinemas, jardins, museus e teatros. O que para Marcellino (1996) podem ser categorizadas como equipamentos de lazer, uma vez que são instalações de apoio à atividades destinadas ao lazer.

Ao abordar a esta definição é necessário entender previamente o que se qualifica como lazer e quais são suas áreas de interesse. Joffre Dumazedier apud Negreiros (2010) traz a definição sobre o que é lazer

como tudo que é praticado em seu tempo livre, de forma

desinteressada, podendo atender á diversos objetivos e questões sociais, mas deve ser sempre com a intenção de trazer satisfação ao indivíduo.Para atender este objetivo há diversas formas de propor lazer, considerando que cada indivíduo poderá ter preferência por atividades de diferentes cunhos.

Marcellino (1990) aborda os seis interesses culturais do lazer, em que são definidas as áreas a serem trabalhadas, sendo estes: Interesses artísticos: abrangendo as manifestações artísticas Interesses intelectuais: há busca por informações objetivas e racionais Interesses físicos: Se baseia na busca pela movimentação e exercício físico Interesses manuais: Fundamentado na capacidade de manuseio de objetos materiais ou da natureza.

Interesses sociais: são embasados no relacionamento, contato e convívio social.

Interesses turísticos: Procura-se novas rotinas, paisagens, pessoas e costumes Estes interesses serão contemplados num equipamento de lazer, que segundo Pina e Santini (1973) apud Rita Santini, são o conjunto de instalações para apoio á atividade de lazer. Ainda com os estudos deste autor, classifica-se os equipamentos de lazer em específicos,

que

foram

construídos

para

a

finalidade

de

propor

lazer

ao

indivíduo

independendo da área de interesse á ser contemplada, como acontece em centros culturais e esportivos,

museus,

jardins

botânicos,

parques

e

shoppings, e

os não-específicos,

as

instalações que não foram construídas com o intuito principal de propor lazer, mas que podem

ser

adaptadas

para

tal,

mesmo

que

cofraternizações em escolas e igrejas.

12

num

curto

período

de

tempo,

como

1.2 CENTRO CULTURAL O QUE É?

Centro cultural é o espaço destinado ao desenvolvimento de atividades de fins culturais, e tem como objetivo promover a cultura para um grupo.

Segundo pesquisas, a palavra centro, oriunda do latim centrum, faz menção ao lugar em que pessoas irão se reunir para alguma finalidade específica.

Já “cultural” remete á

cultura, compreendendo áreas de conhecimento, da arte, da crença, das leis e moralidades, dos costumes e dos hábitos. A cultura tende a variar de acordo com a região, período e geração a qual o indivíduo esta inserido, sendo assim está em constante desenvolvimento.

O site conceito.de dispõe que a finalidade dos centros culturais, além de promover cultura, é de tornar-se um ponto de encontro entre comunidades pequenas, com o objetivo de conservar tradições e gerar a interação entre os indivíduos.

Atualmente é comum a existência de centros culturais nos centros de grandes metrópoles, e apesar de contarem com uma estrutura maior do que centros culturais implantados em pequenas comunidades, estes possuem a mesma finalidade de difundir uma tradição e promover cultura e integração.

FUNÇÃO SOCIAL Segundo

Henilton

Menezes

(2005),

a

relação

entre

um

centro

cultural

e

o

desenvolvimento do cidadão deve resultar na participação e inclusão de toda população dentro da produção de cultura e manifestações artísticas, melhorando a qualidade de vida da comunidade.

Menezes (2005) também destaca que o centro cultural também é o lugar onde acontecerão atividades não comerciais, lúdicas e que valorizem os bens simbólicos de diferentes temáticas através do aglutinamento de pessoas. O terceiro ponto à ser apresentado é o desenvolvimento pessoal e profissional que acontece de forma despretensiosa.

O autor também diz que ao contribuir para a formação e aprimoramento da bagagem cultural

de

cada

indivíduo,

abre-se

oportunidades

para

que

a

classe

artística

seja

desenvolvida de maneira profissional e em lugares estruturados para que haja o correto diálogo entre o artista e o público. Para Neves (2013), as atividades oferecidas pelo centro cultural

devem

ser

diversifica-das

e

atuar

de

maneira

independente,

simultânea

e

multidisciplinar.

Menezes (2005) afirma que ao tornar centros culturais de fato acessíveis, o impacto feito

á

comunidade

ao

entorno

pode

influenciar

diretamente

na

educação

cultural,

considerando que pessoas de todas faixas etárias e socioeconômicas se tornariam estética-

13

mente exigentes, desejariam ampliar suas áreas de conhecimento e passariam a consumir mais cultura ao visitar equipamentos públicos e gratuitos como teatros, museus, bibliotecas.

A organização de um centro cultural acontece estabelecendo uma relação entre o diretor, a população e os artistas locais, a fim de fortalecer a própria comunidade,trazendo visibilidade para tal e desenvolver a coletividade, além de contribuirpara que a cidade tenha atrativos turísticos.

HISTÓRICO DO TEMA Segundo Neves (2013), os primeiros centros culturais foram criados em XIX com o nome de “centro de arte” na Inglaterra, porém apenas a partir de 1950 os franceses trouxeram a concepção de ação cultural, tendo por consequência o surgimento dos espaços culturais como uma opção de lazer aos operários franceses.

O

objetivo

destes

espaços

culturais

consistia

em

melhorar

a

relação

entre

os

trabalhadores ao propor áreas de convivência, quadras esportivas e centros culturais, que depois desenvolveram as casas de cultura e centros culturais.

Com a ascensão dos espaços de cultura, a França investiu numa construção de grande porte denominada “Centro cultural Georges Pompidou” que levou o nome do ex presidente francês. Foi projetado por Renzo Piano e Richard Rogers num concurso realizado em 1977, e tornou-se um marco tanto por ser o primeiro grande centro cultural construído, quanto por causar grande impacto à população.

O centro cultural Georges Pompidou tem

como

infraestrutura

conceito do

manter

edifício

IMAGEM 01 – CENTRO CULTURAL

toda

visível,

GEORGES POMPIDOU

o

tornando um elemento visual e propondo uma construção livre e desobstruída.

Devido ao impacto causado, este centro cultural foi considerado um modelo á ser seguido e passou a ser aderido por outros

países.

(2013),

os

Ainda

primeiros

segundo

relatos

de

Neves centros

culturais no Brasil aconteceram na década de 60, porém só se intensificaram duas

Fonte: Archdaily/ Centro Cultural Georges

décadas depois com o Centro Cultural do Jabaquara e do Centro Cultural São Paulo.

14

Pompidou (2012)

IMAGEM 02 – CENTRO CULTURAL SÃO

Segundo a site oficial do Centro

PAULO

Cultural São Paulo, ele foi inicialmente projetado para ser uma biblioteca com conceito moderno, porém influenciados pelo sucesso do centro cultural Georges Pompidou, EuricoPrado Lopes e Luiz Telles

adaptaram

centro

cultural

o

projeto

para

um

multidisciplinar,

à

pedido do prefeito Reynaldo de Barros, acrescentando

espaço

para

recitais

e

concertos, ateliês e áreas de exposições.

Fonte: Studio Plano Verde/Centro Cultural São Paulo (2014)

1.3 CASA DE CULTURA Casa de cultura é uma subcategoria existente dentro da definição de Centro cultural, que de acordo com o site do Governo do Brasil (2017), se caracteriza por ser um espaço que busca conservar, difundir e expor artes confeccionadas pelos homens, sendo estes materiais ou não. O mesmo site apresenta a existência de 2.500 centros culturais no Brasil, dentre eles museus, galerias, teatros, bibliotecas, casas de cultura e galerias.

A diferença entre estas subcategorias implica nos objetivos pretendidos e na estrutura do equipamento cultural a ser implantando. Estes equipamentos podem ser subdivididos da seguinte forma:

Museus: Tem por objetivo a preservação do patrimônio cultural.

Galerias: Costumam ser um espaço amplo com várias salas destinadas á expor e/ou vender obras de arte, podendo ter uma área de abordagem específica ou não.

Teatros: É o local destinado á apresentação de peças, consertos e diversas tipologias Bibliotecas: caracteriza-se por ser um tipo de centro cultural mais acessível para a população, dispondo de acervos literários em diferentes quantidades.

Como disposto no site do Governo do Brasil, a casa de cultura se caracteriza por reunir

diversas

atividades

e

manifestações

artístico-culturais

em

um

único

espaço,

podendo envolver áreas como a música, teatro e literatura. Dentre estas atividades estão as oficinas e cursos que buscam desenvolver habilidades artísticas na comunidade, além de acrescentar na bagagem cultural de cada participante.

15

De acordo com pesquisas realizadas, uma das primeiras foram

casas as

de

cultura

Casas

primeiramente

no

implantadas

de

Cultura

Ceará.

As

no

Brasil

Estrangeira,

Casas

de

Cultura

Estrangeira possuem seis unidades, em que cada uma contempla um país diferente, sendo elas da cultura Alemã,

britânica,

francesa,

hispânica,

italiana

e IMAGEM 03– CASA DE CULTURA

portuguesa.

ALEMÃ

Foram inaugurada pelo Pe. Francisco Batista Luz, sendo que a primeira a ser inaugurada foi a casa de cultura hispânica, em 1961. Nela acontecem projetos e

programas

sociais

que

visam

beneficiar

a

comunidade na capacitação em línguas estrangeiras, oferecendo cursos, oficinas, seminários, palestras e eventos gratuitos.

Outra casa de cultura que teve destaque durante o período inicial de implantação de casas de cultura no Brasil foi a casa de cultura Poeta Brasil dos Reis, em

Fonte: G1.Globo/ Casa de Cultura Estrangeira

Angra dos Reis. A unidade está inserida num sobrado

(2017)

construído em 1824, que nem sempre teve função cultural,

tendo

sido

anteriormente

um

clube,

pastelaria e chegou a ser comprado por uma rede hoteleira

com

movimento

a

intenção

cultural

de

feito

demoli-lo, pelo

porém

grupo

IMAGEM 04– CASA DE CULTURA POETA BRASIL DOS REIS

o

teatral

Revolucena e a população local, a construção foi considerada IPHAN,

patrimônio

tendo

o

histórico

decreto

e

assinado

tombada pelo

até

pelo então

prefeito João Luiz Gibrail Rocha, juntamente com a secretaria de cultura do estado e a prefeitura, para a desapropriação do prédio e destinando á ele uma nova função: tornar-se um equipamento de cultura.

Ela foi inaugurada em 1986, referenciando ao poeta e tornou-se a primeira casa de cultura do estado.

Oferece

cursos

e

oficinas

gratuitamente

nas

áreas

cênicas, musica e desenho, além de dispor um acervo expositivo para o público.

16

Fonte: Prefeitura de Angra dos Reis/ Casa de Cultura Poeta Brasil dos Reis (2017)

1.4 CULTURA NEGRA ORIGEM DA RAÇA HUMANA Segundo pesquisas, raça pode ser definida por ser um conceito biológico aplicado aos subgrupos de uma espécie, indicando que estes grupos tenham características em comum

como

a

cor

da

pele.

Embora

seja

errado

tentar

subdividir

a

raça

humana

considerando que não há diferenças genéticas significantes, o que os classifica como condições e não subespécies, a diferença entre estes subgrupos são visíveis fisicamente.

No século XIX algumas descobertas arqueológicas apontaram para o surgimento do homem na Terra, seguindo a teoria de Charles Darwin sobre a seleção natural, que consiste na adaptação das espécies no meio ambiente que estão inseridas, gerando novas espécies e sub espécies, que também foi estendida para a origem do homem, apontando para sua descendência com antropoides.

Como a teoria não foi aceita por outros cientistas á primeiro momento, isso deu início á uma busca mais a fundo sobre como teria sido o primeiro homem na Terra e como teríamos chego á essa diversidade tão grande.

Estudos apontam que acerca de dois 2,5 milhões de anos atrás o homem, até então

nativo da África oriental, começou a desbravar novos lugares como demais pontos do continente africano, Europa e Ásia, formando grupos isolados em pontos diferentes do mundo. Porém, sujeitos á questões bioclimáticas, este isolamento isolamento causou um ‘derivado genético’,fazendo com que o homem desse período tivesse diferenças físicas notáveis.

Os grupos formados na Indonésia se denominavam Pitecantropo, e os da Europa, Neandertal.

A

partir

destes

houveram

inúmeras

raças

formadas

por

grupos

que

se

deslocavam de lugar, como por exemplo o Homo sapiens sapiens, que surgiu anos depois, após

expandir

suas

fronteiras

e

tendo

influência

de

povoamentos

na

Europa,

Ásia,

Austrália e América. Sendo assim, além da questão histórica e cultural, o que influenciou a existência das diversas raças foi o fato de que o homem precisou se adaptar ao ambiente e região o qual ocupava. Portanto, ao se estabelecer em um local de baixa incidência solar (como os países da Europa), tornava-se comum a pele mais clara devido á falta de vitamina D e melanina produzida pelo sol.

Há um estudo feito por Langaney, apresentado pela revista Super Interessante(2013)

em que os traços característicos de cada raça tem influencia somente do fator climático, tendo em vista que dependendo do local em que determinado povo se isolava estaria mais propício á desenvolver maior nível de melanina, passando de geração para geração. Outra teoria apresentada pela revista se baseia no fato de que a vitamina D, obtida pelos raios ultravioletas, são menos absorvidos por peles escuras do que por peles claras, e ao consi-

17

derar que a falta de vitamina D pode ocasionar raquitismo, os povos passaram a migrar da África central para o norte onde teriam sua pele mais clara, mais receptiva aos raios ultravioletas e assim fugindo do raquitismo.

N. Tcheboquessarov classifica os grupos humanos por afro-oceânica, (negroide), euroasiática (europoide) e asiático-americana (mongolóde). E a definição de cada um destes grupos implica em: NEGRÓIDES :Os negroides tem por característica a pele e os olhos escuros, cabelo crespo, nariz achatado e de abas largas, lábios grossos, estatura variada e membros inferiores longos, tendo o núcleo principal desta categoria situado na África, onde que o ramo ocidental da raça equatorial é constituído pela negroide.

Ainda sim há

distinções entre as características dessa classe, como por exemplo a diferença entre os negros sudaneses e os negros do Alto Nilo, em que um grupo possui pele mais clara, nariz mais fino, lábios de grossura média e baixa estatura, o outro possui a maior estatura do mundo. Ainda na categoria afro-oceânica, há os austroloides, e estes são extremamente parecidos com os negroides, tendo como característica a pele pardoescura, olhos castanho-escuro e cabelo preto ondulado.

EUROPOIDE:

popularmente

conhecido

como

raça

branca,

os

europoides

representam metade da humanidade e tem seu principal núcleo na Europa, Ásia e no norte da África. E as principais características dessa categorias são a pele clara, levemente rosada, cabelo liso ou ondulado, olhos castanhos claros, nariz e lábios finos.

Esta categoria possui duas subcategorias, que são os indo-mediterrâneos e os atlantobálticos, sendo que o primeiro grupo compreende os indus, tadjiques, armênios, gregos, árabes,

italianos

e

espanhóis

e

o

segundo

grupo

russos,

bielo-russos,

poloneses,

noruegueses, alemães, ingleses, possuindo pele mais clara, cabelos loiros ou ruivos, olhos azuis ou acinzentados e nariz comprido.

MONGOLÓIDE : Possuem seu núcleo principal na Ásia e sua maioria é composta por chineses, mas também abrangem as regiões setentrionais, orientais, centrais e sulorientais,

e

estende-se

pela

Oceania

e

Continente

Americano.

As características da raça amarela são a pele branca ou bronzeada, cabelos de fios grossos, lisos e escuros, lábios finos e queixo mediano.

Assim

como

as

demais

raças,

os

mongoloides

são

divididos

em

outras

três

subcategorias: asiático-continental, asiático-pacífico e americano (índios). Os asiáticocontinentais são os buriatos e os mongóis, e são conhecidos por terem a cor da pele e cabelo mais claros, enquanto os asiático-pacíficos possuem pele mais bronzeadas.

Os

índios possuem por característica o cabelo liso e negro, pele amarelo-parda e olhos castanho-escuro.

18

ORIGEM DA ESCRAVIDÃO A definição de escravidão é dada pelo dicionário Michaelis como um sistema social e econômico que impõe condição de falta de liberdade, ou submissão á uma autoridade abusiva. Em outras palavras, a escravidão pode ser definida pela prática social em que um indivíduo toma posse sobre os direitos de outro indivíduo através da força ou poder com diferentes finalidades.

Queiroz (1990) diz que a escravidão é uma prática antiga e de amplitude universal, uma afirmativa que pode ser comprovada a partir da bíblia, onde há relatos de povos que implantavam

o

sistema

escravagista.

Sendo

utilizado

por

diferentes

civilizações,

em

diferentes épocas e objetivos, estudos mostram que a escravidão podia ser empregada para um prisioneiro de guerra, para alguém com uma dívida que seria paga com o trabalho por tempo indeterminado, como forma de punição ao cometer um crime, como forma de escambo para trazer algum benefício para sua família, por pertencer á povos inimigos, ou ser considerado culturalmente inferior.

Ou seja, nem sempre a escravidão foi delimitada á um só povo ou por diferenças étnicas e raciais, uma vez que foi aplicada por diversos povos de modos diferentes compatíveis á sua necessidade e cultura.

No Egito o trabalho braçal temporário não remunerado cabia aos camponeses livres, sendo que os escravos exerciam atividades domésticas e militares. Na Roma antiga todo serviço de produção nas grandes fazendas e o serviço nas obras públicas cabia aos escravos, fazendo parte também do entretenimento nas grandes arenas. Em contra ponto, no

oriente,

em

muitos

haréns

as

concubinas

do

sultão

eram

escravas,

podendo

ser

sequestradas ou negociadas.

Já no continente africano o sistema escravagista se desenvolveu a partir da organização política, social e econômica de cada povo, considerando que havia grande diversidade cultural neste continente. No início, a escravidão tinha intenção doméstica e não mercantil, sendo utilizado para os serviços braçais e militares.

A comercialização de escravos africanos se da partir dos povos africanos que viviam da captura de pessoas para vender á outros povos que necessitavam de escravos, e este comércio se intensificou no século VII, quando os árabes dominaram o leste africano. Os árabes eram considerados um dos maiores povos á praticar a exportação de humanos para outras civilizações, comprando até 5 milhões de escravos africanos para exportação.

Com esta grande demanda os povos africanos que viviam da captura de escravos

ganhava estabilidade, porém foi com a chegada dos portugueses neste continente que o tráfico de escravos africanos teve destaque.

Queiroz (1990) aponta que já pioneiros nesta atividade que decorreu durante a extensão marítima do século XV, os portugueses avançaram em direção ao litoral africano

19

com

perspectivas

como

meio

africanos

de

não

necessitava

comerciais,

troca. os

A

utilizando

principio

interessou,

mão

de

o

pois

obra

o

negro

comércio

a

Europa

escrava,

de não

porém

os

portugueses sentiam necessidade de se estabelecer naquele

continente,

e

utilizaram

a

mão

de

obra

africana par tal ao construir o forte de Arguim, na Mauritânia.

IMAGEM 05- FORTE DE ARGUIM

A justificativa que os portugueses apresentavam para capturar africanos para a escravização é de que eles

seriam

serem

inimigos

da

muçulmanos.

E

portugueses

tentaram

fé

católica

por

europeia

por

tempo

os

muito

capturar

este

povo,

porém

perceberam que seria mais vantajoso aliar-se á um grupo local que já fazia parte da rede de comércio de escravos, sendo os Jalofos um dos primeiros grupos á aliar-se aos portugueses, trocando os escravos por Fonte: África Turismo/ Castelo de Arguim

cavalos e armas de fogo.

(2016)

Durante quatro séculos a fonte de tráfico de escravos africanos para o os portugueses era o Congo IMAGEM 06- QUILOMBOS DURANTE O

e a Angola, tendo acontecido também alianças que

PERÍODO COLONIAL NO BRASIL

envolviam interesses econômicos e sociais mútuos.

Isto ocorreu principalmente ao conseguir o direito de exploração espanhola da América, precisando então de escravos para mão de obra de sua própria colônia americana, posteriormente denominada como Brasil.

No

Brasil

os

escravos

vindos

das

colônias

africanas foram utilizados para a produção de açúcar, no nordeste do país na metade do século XVI. O transporte

era

feito

da

África

para

o

Brasil,

nos

porões dos conhecidos navios negreiros, onde não havia condições humanas para sobrevivência, por isto muitos

morriam

antes

mesmo

de

chegar

á

solo

brasileiro, lançando os corpos sem vida no mar.

A partir do século XVIII os escravos chegaram ás

fendas de açúcar e minas de minas de ouro, e foram submetidos á trabalhos excessivos com alimentação e vestimentas e moradias precárias, além dos castigos físicos que eram impostos, sendo o açoite a punição mais comum durante o período colonial.

20

Fonte: PSTU.org/ Quilombos (2016)

Assim como todos povos, os escravos também haviam sua cultura que envolvia o idioma, canções, histórias, danças, festas e a religião, que foram proibidas, obrigando-os á submeter-se aos costumes dos senhores de engenho, desde o idioma português, á seguir a religião católica, porém os escravos resistiram e passaram a praticar escondidos seus costumes tradicionais.

Posteriormente, o negro também resistiu ao não aceitar a condição imposta pela escravidão, e tornou-se costumeiro as revoltas nas grandes fazendas, onde os escravos fugiam criando os quilombos, que eram as comunidades organizadas pelos escravos africanos fugitivos em florestas, onde estes poderiam praticar sua cultura matriz.

Os quilombolas tiveram grande participação na luta a favor da liberdade. Clóvis Moura (1981) traz a definição feita pelo rei de Portugual ao conselho ultramarino em 1740 sobre os quilombos como “toda habitação de negros fugidos que passem de cinco, em parte despovoada, ainda que não tenham ranchos levantados nem se achem pilões neles”.

O autor diz que no período em questão o Brasil era constituído por quilombos, sendo uns maiores e outros menores, abrangendo todo território brasileiro.

Os grupos menores costumavam agir armados, sendo que suas lideranças se davam no próprio ato de fuga . Já os maiores, como o de Palmares e Campo Grande, chegou a ter mais de dez mil habitantes, tendo uma organização mais complexa. Em geral, ambos os grupos tinham cunho defensivos, porém atacavam para conseguir artigos como pólvora e sal.

O quilombo, ao contrário do que se pensa não era totalmente isolado, uma vez que

suas organizações também recebiam fugitivos dos serviço militar, criminosos, índios, mulatos e negros marginalizados,grupos de bandoleiros e guerrilheiros, e esta socialização fazia com que os quilombolas tivessem informações sobre grupos que tinham a intenção de puni-los, além de receberem cobertura dos escravos da senzala quando invadiam os engenhos. A interação fez com que os grupos quilombolas existissem durante muitos anos.

ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO No Brasil a escravidão durou cerca de quatrocentos anos e diferente do que é dito, Queiroz (1990) apresenta a abolição da escravidão não como um ato de bondade da princesa Isabel, e sim devido ao papel fundamental do escravo com as mobilizações rebeldes,

usualmente

de

forma

violenta

que

aconteciam

nos

engenhos.

Paralelo

aos

acontecimentos nas fazendas, os quilombos se tornavam outra forma de resistir desde o ato da fuga ao fato da existência nas florestas.

Uma sequência de fatos impulsionaram á abolir a escravidão, como a resistência dos próprios escravos, o apoio que a luta abolicionista recebia de outros grupos simpatizantes, fatores políticos e a pressão internacional, considerando que nosso país foi o ultimo país a tomar esta decisão.

21

ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO A

abolição

reconhecimento

estava

em

internacional,

pauta

política

desde

principal-mente

1822,

dos

na

inglêses,

tentativa porém

de

esta

conseguir pauta

foi

prolongada, continuando com o tráfico negreiro e a mão de obra escrava. Devido á pressão inglesa, e risco de guerra, foi implantado a Lei Eusébio de Queiroz em 1850.

Segundo pesquisas, a abolição entrou em pauta novamente somente em 1870, quando surgiram novas instituições abolicionistas, no entanto a fim de controlar as causas abolicionistas, foi criada a lei do ventre livre, que decretava que os filhos dos escravos estariam livres, e de fato este objetivo foi alcançado temporariamente.

Os movimentos abolicionistas voltaram a ganhar peso em 1880, tendo mais associações ligadas aos movimentos e pessoas influentes em defesa, porém o que de fato fez com que as manifestações tivessem sucesso foi a desobediência civil, feita pelos escravos.

Como citado anteriormente, as fugas e rebeliões constantes impactaram direta-mente para a abolição, demonstrando a falta de controle do governo sob os escravos. Com o grande número de quilombos e manifestações, o estado tornou-se ineficaz, e colocando os movimentos

abolicionistas

como

possíveis

riscos

para

o

império.

Neste

período,

trouxeram a abolição da escravidão como pauta novamente, mas não a fim de despistar os movimentos abolicionistas, mas com ideais políticos, sociais e econômicos mais fortes.

A forte pressão popular e política contribuíram para que o império fosse forçado á

abolir a escravatura, tendo como projeto a lei Áurea, proposta pelo político conservador João Alfredo. No dia 13 de maio de 1888 a Lei Áurea, que iria abolir a escravatura, foi assinada pela Princesa Isabel, o que deu a liberdade á setecentos mil escravos. Á principio a atitude foi vista como ato de bondade, mas o fato de não haver reparo para os danos causados por esse sistema durante quatrocentos anos, a falta de auxílio econômico e integração social, resultaram em condições precárias para estes escravos libertos.

MOVIMENTO NEGRO O movimento negro acontece de diferentes formas de abordagem e em diferentes épocas em todo o mundo como forma de reivindicar os direitos da população negra, sendo fortemente

presente

em

países

adeptos

ao

sistema

escravagista

no

passado.

Este

movimento tem por objetivo combater o racismo e buscar o respeito aos direitos civis dos afrodescendentes.

Apesar de acontecer ainda com a revolta dos escravos, nos Estados Unidos da América a busca pelos direitos civis dos negros teve início em 1950, mas foi consolidado e reconhecido apenas 1960, abordando a definição do racismo estrutural. Neste período

22

havia

um

grupo

que

optava

pela

manifestação

pacífica

e

outro

grupo

defendia

a

manifestação armada e apoiavam a ideia de um estado negro separatista, sendo que ambos lados buscavam reverter os danos causados pelo sistema escravagista que diferente do Brasil, implantaram leis de segregação após a abolição da escravatura.

No país norte americano o trabalho escravo foi predominante no sul, definindo seu modelo econômico devido ao setor agrário. O fim da escravidão se deu entre 1861 e 1865, devido a guerra civil americana, e foi abolida pelo presidente Abraham Lincon, porém ao mesmo passo que a guerra civil, contrária ao sistema escravagista acontecia, houveram fortes manifestações em relação á liberdade dos escravos sulistas, resultando na conhecida seita

paramilitar

e

racista

Ku

Klux

Klan,liderado

pelo

ex–combatente

sulista

NathanBedford Forreste, que contribuiu para a implantação de leis segregacionistas nos estados do sul. Tais leis proibiam a união civil entre negros e brancos e exigiam que houvesse

separação

nos

equipamentos

urbanos

públicos

como

os

de

educação,

abastecimento e saúde.

Em 1950 começa a surgir movimentos de resistência á esse sistema, tendo como principal nome “Conferência da Liberdade Cristã do Sul”, liderado pelo pastor protestante da

igreja

batista,

Martin

Luther

King

Jr,

que

se

tornou

reconhecido

por

apoiar

a

manifestação pacífica, através de boicotes e passeatas, incluindo o discurso “eu tenho um sonho...” que viria a impactar a população anos depois.

Paralelo ao movimento pacífico de Luther King, Malcon X defendia o nacionalismo separatista que consistia na criação de um estado negro separado nos estados unidos. Há também grupos como Black Power e Partido dos Panteras Negras que tiveram grande destaque durante as lutas da década de 70 em busca dos direitos civis dos negros.

Já em países africanos, as leis segregacionistas foram legitimadas através do Apartheid, que foi legalmente aceito entre 1948 e 1994. Este regime privilegiava pessoas brancas, que eram minoria no país e retirava direito dos negros, tendo proibido também o casamento entre negros e brancos, distribuindo terras desigualmente entre as duas raças e implantando o uso de passe para o livre acesso de negros pelas ruas. O apartheid defendia que cada raça deveria se desenvolver sozinha, sem misturar-se com outras.

A situação na África do sul só veio a mudar com a intervenção da ONU e devido a embargos comerciais de países contrários á este posicionamento. Um nome que ganhou destaque devido á luta contra o sistema racista implantado, é de Nelson Mandela. Segundo pesquisas, Mandela era estudante de direito e membro de movimentos anti apartheid, e lutou de forma pacífica para que os direitos dos negros fossem reestabelecidos. Mandela chegou á ser condenado á cinco anos de prisão por incentivo a greves e viagem ao exterior sem autorização, porém posteriormente foi condenado á perpétua por planejar ações armadas. Mesmo tendo passado vinte e seis anos presos, ainda sim Mandela organizava protestos e ações através de cartas, o que levou a receber o prêmio Nobel da Paz por ter lutado contra a segregação racial.

23

Paralelamente, no Brasil colonial, os primeiros sinais de resistência ao sistema racista e opressor vieram ainda durante a escravatura devido aos quilombos, que poderiam ser definidos por organizações que recebiam escravos fugidos e praticavam sua cultura nativa.

Após a abolição da escravatura, o movimento negro teve parte em outras

manifestações como a conjuração baiana e a revolta da chibata, conseguindo revogar a pena de açoites aos marinheiros, que eram em sua maioria negros.

Como passar dos anos, grupos dispostos a lutar pelos direitos civis dos negros surgiam, mas eram costumeiramente dissolvidos pelo governo ou pela oposição que tinha maior poder aquisitivo. Apenas em 1970 o movimento negro se consolidou com o nome “Movimento

Negro

Unificado

Contra

a

Discriminação

Racial”,

implantando

na

constituição de 1988 a criminalização da discriminação. Mesmo com a redemocratização, o movimento negro luta hoje para o fim do racismo estrutural e apoia também causas LGBT e feministas.

PRECONCEITO RACIAL NO BRASIL Segundo o site Significados o preconceito racial, ou racismo, é a discriminação social que tem por base a superioridade de raças ou etnias através de características físicas ou

comportamentais.

Apesar

de

ser

considerado

crime

sancionado

pela

lei

Lei

n.

7.716/1989 que dispõe a condenação inafiançável do indivíduo que cometer atos racistas, ainda há situações diárias que refletem este desfalque social e moral enraizado em nossa cultura.

No Brasil, o racismo teve inicio durante a colonização portuguesa, onde os portugueses julgaram que os índios nativos seriam fisicamente fracos e incapazes de realizar determinadas tarefas braçais, portanto recorreram à mão de obra escrava dos negros

africanos.

A

partir

deste

momento,

a

sociedade

dividiu-se

entre

negros

sem

quaisquer direitos e brancos livres e senhores.

Mesmo que a abolição da escravidão tenha acontecido em 1888 com a assinatura da Lei áurea, não foi concedido condições para que os escravos pudessem sustentar-se, de modo que muitos se sujeitavam a continuar trabalhando para seus senhores em troca de moradia e alimentação, ou migravam para os bairros africanos, que originaram as favelas.

Ao notar que as favelas são compostas em sua maioria por negros e pardos, é apontado um erro histórico que não foi devidamente reparado.

O racismo atual pode ser manifestado de diferentes maneiras, dentre elas a agressão física, verbal e psicológica, direta ou indiretamente, que segundo Francisco Porfírio (2019) podem ser classificadas como: RACISMO

INSTITUCIONAL:

As

discriminações

manifestadas

por

parte

das

instituições públicas ou privadas, do estado e das leis, que de forma indireta promovem

24

a

exclusão

e

atos

racistas,

como

por

exemplo,

o

assassinato

sucessivo

de

negros

desarmados e inocentes na Vigínia, Estados Unidos, devido ao abuso de poder de policiais brancos.

RACISMO ESTRUTURAL: Ainda mais sutil, o racismo estrutural se manifesta diariamente

na

fala

e

comportamento

do

indivíduo,

causando

segregação

ou

preconceito racial mesmo que indiretamente, como por exemplo, o uso de palavras que em sua origem são pejorativas (como “denegrir” e “mulato”) ou piadas que associem o negro e o índio a situações criminosas, degradantes ou vexatórias.

O conjunto de situações que acontecem diariamente, mesmo que indiretas e sutis, acarreta diversos impactos na saúde mental da população negra, como é apontado pelo estudo levantado por Camilo Rocha (2019) colunista da revista Nexo. estudos

encontram-se

os

levantamentos

do

Ministério

de

saúde

da

Dentre estes

Universidade

de

Brasília (2018), onde é apresentado que em São Paulo a cada 100 mil óbitos por suicídio 3,2 são de jovens negros. A discriminação racial pode ocasionar a não aceitação da identidade racial e classe social, consequentemente a causa do suicídio de negros associase

a

rejeição,

abuso,

violência,

ausência

do

sentimento

de

pertença,

sentimento

de

incapacidade e inferioridade, solidão, e isolamento social.

A psicóloga Monica Feitosa Santana apresenta o estudo em que o fato de que a pessoa negra, sobretudo a mulher, revive o momento em que viveu a discriminação pode afetar a saúde mental do indivíduo causando depressão, ansiedade e baixa autoestima, que em casos mais graves pode ocasionar a dependência química e o suicídio.

Já

o

Psicólogo

Valter

da

Mata

diz

que

o

preconceito

racial

tende

a

afetar

primeiramente a autoestima, sendo o modo como o indivíduo se avalia e valoriza, e ao vivenciar situações onde é minimizado, ignorado, invisibilizado, e marginalizado, a vitima passa a projetar para si características pejorativas, como a ausência da inteligência, beleza e valor.

CULTURA NEGRA A identidade cultural brasileira é formada por uma vasta miscigenação étnica onde estão inclusos imigrantes italianos, espanhóis, holandeses, inglês e principal-mente pelos portugueses, negros africanos e os índios, além da diversidade cultural de cada região devido á grande extensão territorial.

Segundo pesquisas cada grupo contribuiu para a cultura brasileira de forma que diversos

costumes,

tradições,

festas

e

religiões

foram

fortemente

influenciadas

de

diferentes formas. Nosso vocabulário, por exemplo, em sua maioria é oriundo de palavras indígenas, além de lendas e festas que fazem parte do folclore.

25

A culinária indígena envolve ingredientes como a farinha de mandioca, e tem grande peso na região nordeste do país. A cultura portuguesa, além do idioma que se tornou o oficial do país, trouxe durante o passar dos anos coloniais outras influencias como a religião, festas e procissões.

Em relação á arquitetura, caracterizou-se pelas formações de povoados, vilas e cidades, desenvolvendo-se a partir da agricultura. Nas festas folclóricas cavalhada, o fandango, as festas juninas. Os demais imigrantes contribuíram fortemente para a culinária e arquitetura, principalmente em São Paulo. Já a cultura dos africanos, que chegaram ao Brasil devido á mão de obra escrava, herdou-se os ritos religiosos, os dialetos, usos e costumes e características físicas.

Podem ser divididos em três grupos étnicos em que eram caracterizados pela região á qual pertenciam e o modo de lidar com o comércio, sendo estes: Os sudaneses tinham origem da Nigéria e destinavam-se a Bahia.

Os

Bantus

eram

o

grupo

mais

populoso,

destinavam-se

ao

Maranhão,

Pará,

Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo.

E os guineanos-sudaneses muçulmanos, que também tivera origem da Nigéria e como destino a Bahia, porém tinham como diferença a conversão ao islamismo.

Brasil é o país com a maior população de origem africana fora do continente africano, e

devido

á

este

fator,

a

influência

que

este

povo

exerce

principalmente nas áreas culturais de diversos segmentos.

26

sobre

o

país

é

grande,

FONTE: RayCharles.com/Ray Charles

INFLUÊNCIAS NA MÚSICA Segundo Silva apud Soyinka (2013) a

auditiva, pessoal e sensitiva. Tal forma de

musica sempre esteve presente em diversos

musicalidade se desenvolveu com o passar dos

acontecimentos no continente africano, sendo

anos e gerou gêneros popularmente conhecidos

para

como o samba. Nos Estados Unidos os ritmos

celebrar

durante

casamentos,

funerais,

ritos,

atividades

na

partos

ou

lavoura

e

afrodescendentes

se

curas, e esta relação com a música acontecia,

forma

de

pois

negro,

opondo-se

este

poderia

povo

acreditava

estabelecer

uma

que

conexão

a

música entre

os

antepassados, as divindades e as atividades

protesto

desenvolveram

em á

prol

do

segregação

como

movimento e

violência

racial em que o país estava submetido, como citado por Oliveira, Santos e Silva(2015).

exercidas aqui na Terra.

A partir da base rítmica trazida pelos

Complementando o estudo de Soyinka,

escravos africanos surgiram os estilos como o

Kazadi Wa Mukuna diz que a músicaafricana

folk,

pode ser definida como música-evento por ser

posteriormente

de

como o R&B, Jazz, gospel, soul, Funk, Black

natureza

essencial

de

coletiva conexão

ao

tornar-se

entre

a

elemento

comunidade.

o

Music,

blues

Disco,

e

o

Rock

and

estimularam

Rasta

Music,

Roll,

novos

House

que

estilos

music

e

Inicialmente, a musicalização era ritmada por

Electro,

revelando

palmas, tambores, respostas vocais aos solistas

almente

conhecidos

e

Aretha Franklin, Etta James e Chuck Berry.

Já

no

do

danças,

incentivando

coletividade,

sendo

possibilitada

devido

a

que á

expressão esta

memoria

só de

de era cada

indivíduo considerando sua experiência tátil,

Brasil

maxixe,

grande

nomes

mundi-

como

James

Brown,

deram

origem

samba,

choro,

à

base

bossa-nova,

posteriormente bailes de rap e funk.

27

rítmica

e

FONTE: bet.com/The Soul Train Dance Crew

INFLUÊNCIAS NA DANÇA Segundo Munanga e Gomes (2010) assim como

a

música,

nocontinente

a

dança

africano

esteve

cultura

afro

afetou

fortemente

a

América

enfatizar

devido á miscigenação de modo que em Cuba

acontecimentos de diferentes tipologias, sendo

as danças tradicionais deram início á Salsa e

essencial na vida nas aldeias, reforçando a

Rumba,

na

ideia de coletividade ao estar presente sempre

Estados

Unidos

em

homens,

charleston, funk e o break-dancing, enquanto

mulheres e crianças. Souza (2010) aponta

no Brasil difunde-se como cultura popular o

que apesar das danças terem características

samba, a capoeira e atualmente ritmos como o

específicas quevariam de região para região, é

charme, break-dancing e funk carioca.

atividades

grupais

para

presente

Segundo o site Terramundi a influencia da

envolvendo

comum a coletividade, a formação de filas e círculos

e

máscaras

a

e

utilização

enfeites

de

para

o

adornos corpo

como

afim

de

enfatizar os movimentos corpóreos expressos.

Dentre

as

danças

tradicionais

o

autor

destaca: Ahouach, Guedra, Gnawa e Schikatt.

Sendo o berço da humanidade, a cultura

africana várias

influenciou partes

do

de

diferentes

mundo,

formas

contando

com

movimentos ritmados, alegres e intensos dos quadris, ombros e pernas.

28

Argentina o

surge

o

sapateado,

tango, lindy

nos hop,

FONTE: Food Magazine/ Escravidão e Feijoada

INFLUÊNCIAS NA CULINÁRIA Além dos pratos tradicionais africanos que

contam

mandazi

e

influenciou

com

a

Arroz

chermoula,

Jollof,

diversos

pontos

a

Biltong,

cultura do

afro

mundo

Alguns pratos são popularmente conhecidos principalmente

na

região

nordeste,

como

acarajé, vatapá, caruru.

ao

Os pontos alimentícios também tinham

trazer ingredientes característicos, como é o

características

caso dos Estados unidos com o aparecimento

história da cultura negra, como é o caso dos

das soul foods, sendo estas comidas de origem

juke joints, bares de estradas administrados por

africana,

africanos destinados ao lazer tendo o blues e

utilizando

como

principais

ingredientes o peixe frito, frango, carne de porco,

ervilhas,

milho,

couve,

mostarda,

A culinária africana é repleta de temperos, foi

uma

influenciaram trazendo

das a

alimentos

culinárias gastronomia e

que

mais

brasileira,

especiarias

e

elementares

jogos como principais atividades.

quiabo e batata doce.

e

específicas

como

pimentas, leite de coco, feijão preto (elemento principal da feijoada), o cuscuz, e azeite de dendê, de acordo com pesquisas.

29

na

FONTE: Fundação cultural Palmares/ Abdias do nascimento

INFLUÊNCIAS NO TEATRO

A partir do estudo do movimento negro

sabe-se

que

conquistas

um

dos

dos

meios

direitos

principais

civis

ao

para

redor

do

Atualmente o negro tem ganhado cenário neste âmbito, protagonizando filmes de grande porte

como

é

o

caso

de

Pantera

Negra,

mundo foi através da interpretação e oratória,

produzido pela Marvel, Nós e Corra de Jordan

como

Peele, trazendo representatividades através de

citado

anteriormente

nomes

como

Marting Luther King.

diferentes gêneros e temáticas.

No Brasil outro grande nome de destaque neste meio, foi o grupo TEN (Teatro Experimental Negro), que teve inicio em 1944 em prol da democracia, sendo liderado por Abdias do

Nascimento,

com

representatividade

o

aos

objetivo artistas

de

trazer

negros

e

tornou-se responsável pelo jornal Quilombo, onde publicava denuncias contra o racismo.

Além deste grupo, Munanga e Gomes (2010) também

citam

Solano

Trindade,

um

poeta,

ator, pintor, cineasta e também fundador do teatro TEN, reconhecido mundialmente. Estes trabalhos apresentam o mesmo objetivo em resgatar

a

arte

popular

e

a

cultural negra brasileira.

independência

30

FONTE: 123 Estética/Maquiagem em pele negra (2016)

INFLUÊNCIAS NA ESTÉTICA Independente utilizou

e

utiliza

da até

região, hoje

o

a

população

corpo

como

O site de Lilian pacce dispôs um artigo em 2017

sobre

“Acessórios

resgatam

a

cultura

instrumento de resistência, como é trazido por

africana em tecidos de Moçambique” trazendo

Munanga e Gomes (2010), sendo pela dança,

como elementos de conexão o uso de tecidos

religião, luta ou expressão, o corpo do negro

africanos

se

como

tornou

um

meio

para

a

construção de

em

roupas

brincos

e

e

turbantes,

acessórios

até

mesmo

penteados

identidade e resistir á um sistema opressor,

tradicionais, como é o caso das tranças box

principalmente durante o sistema escravagista

braids nagô, que foram utilizadas durante o

onde os corpos dos escravos eram violentados

período de escravidão para traçar rotas de fuga

pelos

senhores

e

senhoras,

além

de

tentar

Cada

grupo,

clã

ou

tribo

continha

sua

dissipar a cultura tradicional africana ao raspar

própria cultura, destacando entre elas os discos

os cabelos dos negros durante o trajeto no

nos lábios, comuns dentre tribos da Etiópia,

navio

chapéus

negreiro,

misturar

as

matrizes

arredondados

utilizados

pelas

linguísticas impossibilitando a comunicação, e

mulheres Zulu e máscaras dos Igbos, vindos da

a proibição de cultos religiosos.

Nigéria, Camarões e a Guiné Equatorial.

Atualmente, a questão estética é trazida como forma de conexão entre o presente e o passado a fim de elevar a autoestima do negro uma vez que este não se encaixa no padrão de beleza europeu mantido durante anos.

31

CULTURA NEGRA TRADICIONAL

CULTURA NEGRA ATUAL

CHAPÉUS ZULU

TURBANTES

MÁSCARAS TRADICIONAIS

TRANÇAS BOX BRAIDS

TRANÇAS NAGÔ

BOTOQUE

32

INFLUÊNCIA NA ARQUITETURA Sabe-se que o continente africano engloba diversas etnias, portanto a arquitetura, arte, estética e ritos não eram desenvolvidos da mesma forma em todas regiões. Ainda sim, de modo geral a arquitetura africana possuiu caráter utilitário sem priorizar a hierarquia, segundo Pitta (2010). Estas características se deram devido ao fato de que os grupos tinham o mesmo tipo de habitação e faziam suas construções com os materiais dispostos de sua região. Os materiais mais utilizados em construções eram o barro, adobe, palha e fibras secas, além de elementos como muralhas de barro para situar os limites da aldeia.

Ainda segundo Pitta (2010) dentre as diferenças arquitetônicas das aldeias vale destacar Zimbábue destinada á atividades agrícolas, que é construída a partir de uma muralha monumental com cerca de 10m de altura. Os Ashantis construíam seus templos e palácios com paredes de barro sustentadas por estacas, enquanto os povos de Gana e Mali se constituíram em rochas montanhosas. Segundo o site VivaDecora (2018), após anos de desenvolvimento os africanos tiveram a arquitetura representada através alguns conceitos fixos, como os fractais, que são a representação de imagens reais e surreais através de formas curvas e estruturas irregulares ou fragmentadas, tendo inspiração na arte e na natureza. Este conceito é exemplificado pela vila Bai-la, na Zâmbia, onde a junção de todas casas formaria um grande anel e cada casa era representada por um círculo.

Em contrapartida, a aldeia de Logone Birni, em Camarões, respeitava outro conceito: Os fractais se baseavam na repetição de formas regulares idênticas.

O terceiro conceito se dava a partir das cubatas, que eram construções que se organizavam a partir de uma rua central e o ordenamento de seus clãs, utilizando formas cilíndricas. Os terrenos das cubatas costumavam ser cercados, e foram conhecidos também por senzalas e quilombos. Obviamente a arquitetura típica africana não se resume somente á pequenas civilizações, mas esta é responsável por grandes obras de renome na história da arquitetura, como é o caso das pirâmides do Egito

IMAGEM 13- VILA BAI-LA

IMAGEM 14- ALDEIA LOGONE

IMAGEM 15- CUBATAS

BIRNI

Fonte:VivaDecora/ Arquitetura

FONTE: VivaDecora/

Fonte:VivaDecora/ Arquitetura

Africana (2018)

Arquitetura Africana (2018)

Africana (2018)

33

Atualmente a arquitetura africana conta com duas tipologias para a proposta de implantação, utilizando projetos contemporâneos que visam o futurismo e os projetos que tem como objetivo sanar as necessidades básicas de moradia de pequenas comunidades através dos materiais regionais.

Dentre

tantos projetos, é válido destacar a Capela Bosjes, na África do Sul,

construída em 2016 pelo Studio Steyn. Sua forma faz alusão à forma das montanhas e tem como principal materialidade o concreto e o vidro.

O Museu Freedom Park, também na África do Sul foi construído em 2011 com o conceito de trazer a reflexão sobe nosso passado, melhorar o presente e construir o futuro através da história, cultura e religiosidade e destaca-se devido ao seu trabalho paisagístico. É valido ressaltar também as obras do arquiteto Diebedo Francis Kere de Burkina Fasso, como por exemplo a escola primária em Gando, uma pequena vila de Burnkina Faso, que foi construída em 2001. O maior marco deste projeto foi o fato de ser a primeira escola dentro da vila e ter sido construída com o apoio da comunidade, utilizando materiais e técnicas regionais, considerando que não havia verba para a Importação de materiais como o concreto. A materialidade envolve tijolos de argila e telhados de zinco.

Todo projeto foi pensado para propor durabilidade e conforto climático para as crianças, considerando que nesta região a temperatura é muito quente.

Kere possui inúmeros projetos de destaque,principalmente de cunho educativo e cultural, e dentre eles o mais recente foram as instalações do Coachella 2019, um festival musical e artístico que acontece na Califórnia anualmente com a duração de três dias. As instalações projetadas por Kere tinham como objetivo servir como pontos de referencia visual e abrigo e trata-se de doze torres de 20m de altura que fazem menção á arvores baobás que crescem em Burkina Faso, sendo revestidas de telas iluminadas.

CAPELA BOSJES

FONTE: ArchDaily/ Capela

FREEDOM PARK

COACHELLA 2019

Fonte:VivaDecora/ Arquitetura Africana

FONTE: ArchDaily/Instalações

(2018)

Coachella (2019)

Bosjes (2017)

34

1.5 UBUNTU O QUE É?

Ubuntu é uma palavra originária do povo Bantu, que habitam a África do Sul, em que através de uma filosofia expressa visão do mundo negro africano, e tem seu fundamento em que o mundo se baseia a humanidade e o modo como se vive, baseando-se na relação entre o divino, o homem e a natureza. É vivenciada por todos os povos negros africanos tradicionais, e pode ser expressa em

outros

significados

solidariedade

e

cortesia,

como mas

o

respeito,

sempre

generosidade,

indicando

acolhimento,

humanidade

para

com

cooperação, o

próximo,

significando diretamente

“sou o que sou pelo que nós somos”

Esta filosofia se inicia ao considerar que a África é o berço de origem da raça humana e suas

civilizações,

onde

nossos

antepassados

desenvolveram

consciência

ecológica

e

humanitária para crer que o mundo é uma teia de relações que envolvem o ser divino, as relações expressas dentro da comunidade de seres humanos e a natureza, crendo que todas relações devem priorizar o bem do próximo.

De 1910 á 1960 este conceito se alia ao movimento do pan-africanismo e afirmação da negritude, que contribuíram para que a África obtivesse a independência ao lutar contra o colonialismo. Já em 1990, a palavra ganha reconhecimento ao ser usado por grandes líderes, como Nelson Mandela.

Ubuntu expressa o conceito de que o seu desenvolvimento pessoal deve propor também o desenvolvimento de comunidade, indicando uma forma de tratar o semelhante como

o

melhor

caminho

para

a

comunidade

e

se

opondo

á

qualquer

forma

de

discriminação, sendo esta por orientação sexual, gênero ou cor. A filosofia africana tem por principio a relação entre o ser humano e seu semelhante, incentivando a generosidade, compaixão e empatia.

35

ÂNGELA DAVIS (1944) "FILÓSOFA, PROFESSORA EMÉRITA DO DEPARTAMENTO DE ESTUDOS FEMINISTAS DA UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA E ÍCONE DA LUTA PELOS DIREITOS CIVIS. INTEGROU O PARTIDO COMUNISTA DOS ESTADOS UNIDOS, TENDO SIDO CANDIDATA A VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA EM 1980 E 1984." (FONTE: BIOTEMPO EDITORIAL)

2. METODOLOGIA 37

Metodologia

38

Pesquisa Qualitativa- População negra

39

Pesquisa Qualitativa- População geral

36

FONTE: O cafezinho/Força e resistência Movimento negro

METODOLOGIA Para a execução deste trabalho, foi adotada como que

metodologia segundo

a

já

tema devido ao alcance rápido e simultâneo de

publicados, o que pode incluir livros, revistas,

participantes, a possibilidade de obter respostas

jornais

na

precisas, permitir que o participante esteja livre

a

para responder devido ao anonimato, e como o

e

internet,

com

materiais

como

sites

base

compreende

e possuem gênero, raça e idades variadas.

Esta metodologia de pesquisa se adéqua ao

feita

(2010)

bibliográfica, a

pesquisa

GIL

pesquisa

Ambos grupos residem na grande SãoPaulo

em

materiais

disponibilizados de

pesquisa

com

finalidade de buscar informações sobre casa

pesquisador não está diretamente presente

de cultura, lazer, cultura negra e escravidão.

menos provável este influencie nas respostas.

Para o uso desta bibliografia foram utilizados como

principais

autores

Dumazedier

e

Marcellino, além de sites como Archdaily.

realizados distintos

dois de

de

forma

questionários

Mogi

das

prática, com

Cruzes,

O primeiro grupo participante se autodeclara negro ou pardo e são jovens residentes de Mogi das Cruzes e região que possuem relação com a

A fim de complementar o conteúdo do presente trabalho

foram

cultura e esporte de forma profissional, social, por hobby ou identidade.

públicos sendo

é

o

O segundo grupo é composto por jovens residentes de Mogi das cruzes e região, sendo

primeiro sobre a participação da comunidade

68,4%

negra nos equipamentos de lazer e o segundo

amarelos. Deste grupo apenas 63,2% possuem

sobre

relação com a cultura através do esporte (42%)

a

relação

do

público

geral

com

equipamentos de lazer e a cultura negra.

os

brancos,

21,1%

pardos

música (21%) e cinema (11%).

37

e

21,1%

POPULAÇÃO NEGRA 1 - ÁREAS DA CULTURA MAI S PRATI CADAS

4- ACREDI TAM QUE OS EQUI PAMENTOS DE LAZER PÚBLI COS EM MOGI DAS CRUZES SÃO SUFI CI ENTES

25 20

SIM (27,3%)

NÃO (63,6%)

15

NÃO CONHEÇO A

10

CIDADE(9,1%)

5- ACREDI TAM QUE AS ATI VI DADES DE CULTURA E LAZER CONTRI BUEM PARA A VALORI ZAÇÃO DA CULTURA NEGRA

5

em pl

aç

aç uc

ão

ão

ro at

SIM (27,3%)

co

nt

Ed

su

Te

ai

s

a Ar

te s

Vi

té

tic

a ic

Es

M ús

D

an

ça

0

NÃO (90,9%)

2- MEI O PELO QUAL FORAM I NTRODUZI DOS Á CULTURA

NÃO CONHEÇO A CIDADE(9,1%)

Influência do

"APESAR

meio social

DO

HISTÓRICO

NEGRO

E

AFRODESCENDENTE

BRASILEIRO, O NEGRO EM SI É DESVALORIZADO EM TODOS OS

Projetos sociais

ASPECTOS,

INCLUSIVE

CULTURAL.

CELEBRAR

E

VALORIZAR O QUE VEM DE NÓS É UMA BOA FORMA DE LUTA CONTRA O RACISMO"

Vivências durante infância

0

20

40

"É

60

TOTALMENTE

IMPORTANTE

QUE

OUTRAS

CULTURAS

CONHEÇAM A NOSSA , POIS NAS ESCOLAS , SOMENTE A ESCRAVIDÃO É EXPLORADA. FOMOS REIS E ISSO JAMAIS

3- JÁ SOFREU RACI SMO NA ÁREA CULTURAL QUE PRATI CA

FOI DITO , PRECISAMOS EXPLORAR ISSO ."

"SE

AS

PESSOAS

TRADIÇÃO

SIM (54,5%)

E

A

JÁ

CONHECESSEM HISTORIA

ÍNDIOS...IMPLEMENTANDO

CENTROS

DOS

A

CULTURA NEGROS,

CULTURAIS

,

,A DOS ISSO

FARIA COM QUE AS PESSOAS TIVESSEM MAIS RESPEITO E

NÃO (45,5%)

EMPATIA ."

38

POPULAÇÃO GERAL 1 - ACREDI TAM QUE OS EQUI PAMENTOS DE LAZER PÚBLI COS EM MOGI DAS CRUZES SÃO SUFI CI ENTES

5- PARTI CI PARI AM SE MOGI DAS CRUZES TI VESSE UM ESPAÇO DE LAZER PÚBLI CO, ABORDANDO A CULTURA NEGRA COMO VI ÉS DE I NTEGRAÇÃO

SIM (42,1%)

NÃO (52,6%)

TALVEZ 15.8%

NÃO SABEM AVALIAR (6,3%)

2- FREQUÊNCI A DE UTI LI ZAÇÃO DOS EQUI PAMENTOS DE LAZER

NÃO 21.1%

As vezes

SIM 63.1%

Raramente Nunca

6- O QUE TEM AFASTADO AS DEMAI S ETNI AS DA CULTURA AFRODESCENDENTE SEGUNDO O PÚBLI CO DA PESQUI SA

Sempre 0

200

400

600

3- CONSOMEM A CULTURA NEGRA NO SEU COTI DI ANO

600

SIM (52,6%)

400

NÃO (31,6%) NÃO SABEM

200

AVALIAR (15,8%)

MOVI MENTO

0

SIM (21,1%)

NÃO (21,1%) SIM, PORÉM MUITO POUCO (57,9)

39

O ut ro s

O

R el ig iã o In te Q re ue ss st e Pr õe ec s on po ce lít ic ito as e so ci ai s

4- CONHECEM NEGRO

BENร RICARDO (1944-2018) "PRIMEIRA MULHER A SE TORNAR CHEF DE COZINHA PROFISSIONAL NO BRASIL" (FONTE: O GLOBO.COM)

3. ESTUDO DE CASO 41

3.1 Espaรงo Cult

43

3.2 Casa de cultura

45

3.3 Centro cultural e ecolรณgico Imaginรก

47

3.4 Projeto complementar

48

Comparativo entre os estudos

40

ESTUDO DE CASO 01

3.1 ESPAÇO CULT/ ATELIÊ NAVIO FICHA TÉCNICA Nome do projeto: Espaço Cult Tipologia: Casa de cultura Autores: Ateliê Navio Cliente: Fernanda Paola, Revista Cult Local: Rua Aspicuelta, 99 Alto de Pinheiros, São Paulo.

Ano do projeto: 2015 Área: 180,00 m² Fonte: Ateliê Navio/ Espaço Cult (2016)

O projeto denominado “Espaço Cult” foi elaborado a partir do desejo da cliente de ter um espaço café,

que

área

working,

abrigasse

para sendo

voltadas

para

cursos,

exposição, que

arte,

festas,

loja,

todas

eventos,

reunião

as

e

atividades

gastronomia

ou

cosão

entreteni-

mento.

Para alcançar o conceito de arte-livre, sendo também parte da identidade cultural da revista, houve

uma

atenção

especial

para

o

design

de

interiores e a acústica no projeto, considerando que

esporadicamente

receber

eventos

a

casa

musicais

de

cultura

enquanto

Fonte: Ateliê Navio/ Espaço Cult (2016)

pode

acontecem

aulas diversificadas, e um não deverá interferir no

outro.

O

material

utilizado

resume-se

em

paredes de tijolinho aparente, pisos de madeira e paredes de cores claras, equilibrando a autenticidade

da

revista

e

a

neutralidade

que

um

ambiente que recebe exposições deve ter e conta com

estrutura

aparentes.

Os

de

concreto ambientes

e

metal, são

também

integrados,

delimitando os espaços somente pelo mobiliário.

41

Fonte: Ateliê Navio/ Espaço Cult (2016)

ESTUDO DE CASO 01

O edifício pode ser dividido em subsolo, térreo e mezanino, onde a setorização se dá em núcleos fechados e ambientes multiuso nos dois andares

de

uso.

Portanto,

no

pavimento

térreo

encontram-se as atividades de uso público como a

área

comercial

da

revista

Cult,

uma

área

de

vivência comum, área de exposição, workstation, um escritório e recepção, enquanto no mezanino há uma sala de aula para 28 pessoas, café e uma varanda descoberta, onde acontecem festas ao ar livre e encontros. O estacionamento encontra-se no subsolo.

No térreo é possível notar a setorização a partir do grau de privacidade dos ambientes.

Complementando uma

sala

de

aula

o

térreo,

maior,

o

mezanino

também

de

uso

traz mais

restritivo ao público dos cursos, um café e uma varanda

que

tem

outros

eventos

direta

com

sido

que

a

utilizada

nem

revista.

para

receber

tem

relação

sempre

As

salas

de

aula

se

encontram em andares diferentes para que, além de

criar

parede

um

núcleo

dessas

específico

salas

torne-se

para

as

aulas,

uma

espécie

a de

mural para exposições.

O programa arquitetônico conta com os setores de serviço, comerciais, administrativo, cultural e social, tendo respectivamente: estacionamento, banheiros, depósito, Loja/caixa, café, escritório, workstation,

área

de

exposição,

salas

de

aula,

sala de estar e varanda.

ANÁLISE CRÍTICA Apesar de contemplar interesses específicos, o projeto está inserido numa área de cunho

cultural,

em

que

o

público

consome

determinado

material.

Em

relação

a

arquitetura, a estrutura aparente compõe a estética e ao utilizar estatura metálica, o tamanho

das

vigas

é

diminuído,

causando

menos

impacto

visual.

A

setorização

verticalizada pode dificultar o fluxo pois atividades de mesmo setor estarão em pavimentos divididos. Ainda em relação á setorização, a varanda na área privativa limita

seu

acesso

acessibilidade.

apenas

para

pessoas

que

42

já

frequentam

o

local.

Não

há

ESTUDO DE CASO 02

3.2 CASA DE CULTURA/ ATELIER 56 FICHA TÉCNICA Nome do projeto: Espaço Cult Tipologia: Casa de cultura Autores: Ateliê Navio Cliente: Fernanda Paola, Revista Cult Local: Rua Aspicuelta, 99 Alto de Pinheiros, São Paulo.

Ano do projeto: 2015 Área: 180,00 m² FONTE: Archdaily/ Casa de la cultura (2017)

Assim como muitas casas de cultura, o projeto em questão partiu de uma casa já existente e foi adequado objetivo

para

receber

principal

era

novas

conectar

atividades. dos

O

espaços

de

lazer, um ao leste e outro á oeste, para isto foi necessário

que

houvesse

uma

intervenção

arquitetônica, onde foi aberta a fachada principal, que era totalmente fechada.

O

conceito

deste

edifício

é

de

que

seja

transpassado sobriedade, flexibilidade e respeito pela

história

da

construção

existente

e

seu

FONTE: Archdaily/ Casa de la cultura (2017)

entorno.

A casa se dispõe em um elemento principal no meio e dois elementos secundários ao lado, todos com dois andares de altura. A área de serviço se localiza no centro, enquanto a lateral sul conta com

um

ambiente

destinado

á

interação

de

pessoas, e a lateral norte abriga o setor cultural.

No

pavimento

térreo

é

onde

acontecerá

os

acessos, sendo que o principal acesso direciona para um lobby, no bloco social, incentivando a interação.

FONTE: Archdaily/ Casa de la cultura (2017)

43

ESTUDO DE CASO 02

O bloco de serviço conta com o acesso para o primeiro pavimento, que acontece por um elevador, porém contém escada , a recepção, banheiros e no terceiro bloco há um espaço cultural multiuso, que poderá receber palestras, conferências, concertos e outros eventos de cunho cultural.

Já

no

primeiro

andaré onde se encontra a biblioteca.

O espaço é novamente subdividido, espaço

de

crianças

criando leitura

na

um para

lateral

sul

e

um espaço de leitura para FONTE: Archdaily/ Casa de la cultura (2017)

adultos na lateral direita.

Há um vão na lateral sul, que

cria

fechado, ambiente

um

mezanino

resultando

num

iluminado

e

menos privativo.

FONTE: Archdaily/ Casa de la cultura (2017)

No corte pode-se identificar a fluidez dos caminhos, tendo a setorização muito bem delimitada. Devido ao “chanfrado” nas duas laterais superiores, os espaços de leitura se tornam mais aconchegantes.

FONTE: Archdaily/ Casa de la cultura (2017)

ANÁLISE CRÍTICA Contém existente,

um

programa

porém

neste

de

necessidades

projeto

torna-se

pequeno

referência

e ao

utiliza

uma

ter

fluxo

seu

construção claro

e

já

bem

definido, tendo áreas privadas e públicas em locais adequados, o que irá propor conforto a quem o utilizar. O projeto também estabelece relação e respeito com o entorno, desde os materiais as atividades propostas.

Relevância: fluxograma e setorização bem definidos. Relevância com o entorno e histórico do local

44

ESTUDO DE CASO 01

3.3 CENTRO CULTURAL E ECOLÓGICO/TIBÁ ARQUITETOS FICHA TÉCNICA Nome do projeto: Centro cultural e ecológico imaginá Tipologia: Centro cultural Autores: Tibá arquitetos Local: León, Gto, México Ano do projeto: 2016 Área: 3500,00 m² Status: construído

Fonte: Archdaily/ Centro Cultural y ecológico Imagina (2018)

Tibá arquitetos é um escritório especializado em

projetos

sustentável, apenas

um

de

bioarquitetura

portanto espaço

o

projeto

para

que

e

tecnologia

inicial as

de

fazer

crianças

da

orquestra de Los Castillos, em León, no México pudessem

ensaiar

sustentável bairro

e

se

educativo.

marginalizado

possuía foram

fortes

tornou

da

Los

polo

através

cultural,

Castillos

cidade,

problemas

reeducados

um

que

é

também

socioambientais, da

um

que

implantação

do

Fonte: Archdaily/ Centro Cultural y ecológico Imagina (2018)

projeto.

Considerando a característica do bairro, o projeto teria também um caráter social forte afim de educar aquela população para receber o novo centro cultural. Para isto, foi transferido para o escritório

a

responsabilidade

de

produzir

o

projeto arquitetônico também para residência de moradores do bairro, além de incluir a mão de obra local para a construção do mesmo, assim o projeto

contempla

o

setor

cultural,

ecológico,

econômico e criou harmonia entre o edifício, o Fonte: Archdaily/ Centro Cultural y ecológico

espaço e os moradores.

45

Imagina (2018)

ESTUDO DE CASO 01

O

projeto

é

setorizado

de

forma

que

ambos

os

pavimentos

contenham

atividades de todos os setores. No pavimento térreo há as salas correspondentes á orquestra, auditórios, café, salas de artes e multiuso e o setor administrativo.

Há

também

um

grande

pátio,

onde

são

promovidas

interações

entra

a

artes,

música

comunidade.

Fonte: Archdaily/ Centro Cultural y ecológico Imagina (2018)

Já

no

pavimento

superior

são

dispostas

mais

salas

de

aula

de

e

multiuso, tendo o setor de serviço apenas para os blocos de banheiros. Há um salão de dança e devido ao conforto acústico fica distante das áreas de musica. Neste pavimento há também uma escada que dará acesso á cobertura, para manutenção.

Fonte: Archdaily/ Centro Cultural y ecológico Imagina (2018)

ANÁLISE CRÍTICA Abrangem

um

programa

de

necessidades

mais

completo

que

suprirá

várias

necessidades do meio artístico daquela população. Não há um caminho específico, permitindo

que

o

indivíduo

explore

o

terreno

do

projeto.

A

sustentabilidade

implantada impactou o bairro de forma positiva e eficaz.

Relevância: aplicar projeto sustentável como forma de educar ecologicamente de maneira sutil e lúdica. Estabelece relação com a comunidade de forma estes sentem como partes do projeto respeitam e participam do que é proposto. O projeto como possível solução para resolver a vulnerabilidade social.

46

ESTUDO DE CASO 04

3.4 PROJETO COMPLEMENTAR FICHA TÉCNICA Nome do projeto: Memorial da abolição da escravatura Tipologia: Memorial Autores: Bonder + Wodiczko Estrutura: Concreto e aço Materialidade: Concreto e madeira Local: Nantes, França.

FONTE: archdaily.com.br/ Memorial da abolição (2012)

O

memorial

da

abolição

é

um

projeto

arquitetônico, ético-político, cultural, paisagístico e

artístico,

conexão voltar

que

entre

o

o

olhar

resistência

por

presente de

do

escravagista.

tem

seu

povo

Possui

objetivo

e

o

passado,

público

negro área

estabelecer

para

durante

interna

e

que a

o

visa

luta

e

período

externa

para

espaços expositivos, e de acervo do memorial. A área

interna

também

conta

com

salas

que

FONTE: archdaily.com.br/ Memorial da abolição (2012)

dão

suporte para as atividades dos direitos humanos.

O trabalho paisagístico externo permite que

durante o caminho até a entrada do projeto também seja um momento de reflexão ao colocar parte do acervo no piso ao longo do percurso.

ANÁLISE E RELEVÂNCIA: A semelhança entre as temáticas abordadas traz o olhar sobre a forma como o memorial se refere. Em ambos, o projeto

FONTE: archdaily.com.br/ Memorial da abolição (2012)

permite que o destaque seja dado para o acervo, contando projeto

com que

referência caminhos, um

uma

será o

não

percurso

arquitetura

neutra.

desenvolvido

paisagismo permitindo obrigatório,

Para

toma-se

como

desenvolvido

que mas

este

o

nos

seja

somente

torne-se

também

parte do projeto.

47

FONTE: archdaily.com.br/ Memorial da abolição (2012)

COMPARATIVOS PONTOS POSIVOS Está inserido num bairro em que a tipologia das edificações é, em sua maioria, cultural, portanto cria-se um núcleo de cultura.

Consequentemente,

cria-se

um

público

alvo

delimitado

e

específico. É um espaço que foi adaptado para receber uma nova função

ESPAÇO CUILT

e atender á um novo programa

PONTOS NEGATIVOS A setorização não segue um padrão, tendo atividades com níveis de privacidade diferentes em locais não condizentes com estes níveis. O café está na varanda, o que pode fazer com que não receba o fluxo devido.

O

fato

de

criar

um

público

alvo

específico

também

deve

ser

pontuado como negativo pois não alcança a população vulnerável A circulação principal está no fundo do salão do térreo e não há elevadores para que seja atendido à NBR 9050

PONTOS POSIVOS Também é um espaço adaptado Conexão com o entorno através da materialidade e programa de necessidades Os acessos principais são os elementos centrais do projeto Há uma entrada distinta para a sala multiuso, considerando que

as

atividades

desenvolvidas

neste

espaço

CASA DE CULTURA

podem

acontecer simultaneamente as atividades da biblioteca

PONTOS NEGATIVOS Possui programa de necessidades limitado A conexão com o entorno acontece de forma tímida.

48

COMPARATIVOS PONTOS POSIVOS Programa

de

necessidades

completo

e

adequado

CENTRO CULTURAL IMAGINÁ

à

necessidades artísticas da comunidade Pátio como elemento central para integração e divertimento A setorização se distribui igualmente entre os pavimentos Conexão com a comunidade e o entorno

PONTOS NEGATIVOS O fato das mesmas atividades acontecerem em todos os pavimentos e não dispor de uma setorização marcada possibilita que o público que o utiliza não tenha claro os acessos internos.

MEMORIAL DA ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA

PONTOS POSIVOS Os

caminhos

também

são

parte

do

projeto,

e

contam

com

acervo, tornando-os educativos.

PONTOS NEGATIVOS Por ser um espaço adaptado conta com limitações físicas.

RESULTADOS

PONTOS POSIVOS

PONTOS NEGATIVOS

Nota-se que os projetos contem

A

uma modulação para o setor de

negativamente

serviço

posicionada de forma não funcional

Há

elementos

nados

à

da

comuni-

zação,

independendo

dispostos, comunidade

quando

podem com

bem

conectar o

projeto

a

Os

espaços

e

programas

entorno.

49

deve

circulação,

ser

se

quando

a

setori-

vertical

clara

para

ou

quem

utiliza o projeto

porém

compor a temática.

a

interferir

projeto

como

horizontal, caminhos,

no

Assim

dade Os

pode

desti-

centrais

integração

circulação

de

adaptados

possuem

necessidades

menores,

coerentes

ao

público

do

CAROLINA DE JESUS (1914-1977) "NEGRA E POBRE, CAROLINA MARIA DE JESUS SE TORNOU UMA DAS PRIMEIRAS E MAIS IMPORTANTES ESCRITORAS BRASILEIRAS." (FONTE: BRASIL.ELPAIS.COM)

4. VISITA TÉCNICA 51

4.1 Casa do Hip Hop

53

4.2 Centro Cultural

55

4.3 Museu Afro Brasil

57

Conclusões

50

VISITA TÉCNICA 01

4.1- CASA DO HIP HOP

Fonte: G1.Globo/Casa do Hip Hop (2018)

O primeiro local escolhido para a realização

da visita técnica foi a casa do

Hip Hop, que se localiza na rua Coronel Cardoso de Siqueira, número 48 , Centro de Mogi das Cruzes/SP. Este espaço de cultura tem por objetivo fortalecer o cenário do Hip Hop no município, tendo em mente que o Hip Hop compreende quatro elementos sendo eles a discotecagem, danças urbanas, a música (MC) e o grafitti.

O local conta com 225 m² de área total, contendo uma ampla sala de dança, banheiros, área para consulta bibliográfica, uma sala multiuso, que tem sido utilizada para pauta de reuniões e aulas teóricas das oficinas, além da área externa que também recebe diversas atividades. A partir da proposta de revitalização urbana feita pela prefeitura de Mogi das Cruzes, um antigo depósito tornou-se um espaço de cultura que contempla diversos interesses culturais.

A casa do Hip Hop é aberta ao público que queira contemplar ou participar das atividades e oficinas, sendo que para tal é necessário realizar uma inscrição prévia,

totalmente

gratuita,

e

também

para

grupos,

crews,

dançarinos

e

profissionais interessados em utilizar o espaço para realizar debates, fóruns, e encontros relacionados ao hip hop, tornando a cultura mais acessível e o espaço ainda mais versátil. As oficinas de 2019 contam com danças urbanas (juvenil e adulto), turma de breaking, free step iniciante e avançado, Dj, Mc, Grafitti artístico e comercial, totalizando 175 vagas disponíveis.

O projeto está inserido

numa área central, tendo portanto um fácil acesso considerando que há pontos de ônibus próximos, assim como diversos comércios, espaços de cultura e escolas. A casa está aberta de terça á sábado, das 12h ás 21h.

51

Fonte secretaria da cultura (2019)

Fonte próprio autor (2019)

O acesso interno acontece diretamente pela

A partir da sala de dança é dado o acesso

sala de dança, sendo este um espaço amplo,

para a sala de computadores, contendo nela

totalmente

ção

duas mesas de computadores para consulta

específica, tapete ideal para dança, paredes

do público, um acervo relacionado á cultura,

espelhadas,

e dois banheiros, sendo um feminino e outro

equipado

com

mesa

de

ilumina-

som,

contendo

ventilação natural e forçada. Nestas salas

masculino.

acontecem as oficinas e possíveis palestras, debates e eventos no geral.

Fonte secretaria da cultura (2019)

Os

banheiros

a

No ultimo ambiente se encontram a sala

NBR 9050 contendo as barras de apoio, pia

multiuso, onde acontecem reuniões, aulas

em

teóricas,

altura

são

Fonte próprio autor (2019)

correta

acessíveis

e

conforme

espelho

inclinado.

debates

do

fórum,

discussões

e

Dentro do conceito da casa, a identificação

pequenas palestras. O mobiliário não tem

de banheiro masculino e feminino através

intenção

de

do grafitti, e o interior conta com adesivos

comum,

por

nos

propondo maior contato entre os visitantes.

azulejos

lidades

e

tativos

para

que

representam

momentos a

históricos

cultura

do

personarepresenhip

priorizando asmanifestações artísticas.

Nos

hop,

fundos

remeter isso

há

á

faz

um

uma uso

sala

da

mesa

pequeno

separado por um mural grafitado.

52

de

aula oval,

D.M.L,

VISITA TÉCNICA 02

4.2 CENTRO CULTURAL

Fonte secretaria da cultura (2019)

O segundo local onde foi realizada a visita técnica foi o Centro Cultural, localizado na Praça Mon. Roque Pinto de Barros, número 360, no centro de Mogi das Cruzes. Neste espaço acontecem diversas atividades de cunhos diferenciados, podendo receber atividades propostas por outras instituições públicas ou privadas, como grupos de teatro, circo, oficinas e competições.

O prédio em questão se tornou ponto de referencia ainda quando tinha uso comercial, porém um movimento popular pediu a aquisição do imóvel para que se abrigasse um novo equipamento cultural, sendo concedido em 2015.

O

local

conta

com

salas

multi

uso,

uma

galeria,

biblioteca,

banheiros

acessíveis, workstation, e um café, sendo todas estas áreas de acesso público, e apesar de depender da anuência á ser liberada pela Anatel, antiga proprietária do edifício

para

realizar

maiores

reformas

todas

áreas

possuem

acessibilidade,

garantindo que todos possam acessar os três pavimentos públicos.

As reformas do prédio tiveram o objetivo de se conectar com a intervenção urbana que acontece no entorno, levando em consideração o calçadão, a igreja e a praça da matriz, conectando estes elementos com o exterior do centro cultural e também com suas atividades.

O centro cultural funciona das 9h ás 18h, tendo a galeria de exposições e a biblioteca abertas ao público, enquanto a sala multiuso é aberta somente nos dias em que os eventos multiculturais acontecem. Assim como a casa do Hip Hop, o projeto está inserido numa área central, tendo o acesso ainda mais fácil, sendo feito pela pelas ruas Dr. Paulo Frontin e Padre João, dois calçadões que priorizam o pedestre, e de frente para a praça da Matriz, onde há um ponto de ônibus.

53

Fonte próprio autor (2019)

Fonte próprio autor (2019)

O primeiro ambiente á ser visto é a galeria No

de artes Wanda Coelho Barbieri, onde são

térreo

também

se

dá

a

recepção,

os

banheiros feminino e masculino, duas salas

expostos diversos trabalhos por artistas da

para apoio técnico e o depósito/ escritório e

região previamente cadastrados ou convida-

a circulação vertical feita por uma escada

dos. O ambiente tem cores neutras e faz uso

caracol e um elevador

de iluminação natural devido á parede de vidro e iluminação forçada convencional e spots, que são adaptáveis de acordo com cada exposição.

Fonte secretaria da cultura (2019)

O

primeiro

andar

abriga

Fonte próprio autor (2019)

uma

área

de

O

segundo

andar

abriga

o

centro

cultural:

setor

mais

convivência de 87m² que contém um café,

visitado

que está inativo por questões jurídicas, um

Benedicto Sérvulo de Santana, com 322 m²

foyer

e possui workstations com acesso livre á

e

uma

sala

multiuso

que

recebe

do

a

Biblioteca

diversas atrações e tem capacidade para 200

internet

pessoas. Nesta sala há o uso de carpete e

acervo de 35 mil livros. No teto, é utilizado

cortinas acústicas

o

para

vedar

os

ruídos

forro

destinado

ao

tradicional,

público

porém

há

e

tem

um

elementos

externos e internos, o palco é removível e há

coloridos e sobressaídos com a intenção de

sinalização

que o visitante aprecie o espaço como um

extintores.

de

saídas

de

emergência

e

54

todo.

VISITA TÉCNICA 03

4.3 MUSEU AFRO BRASIL

FONTE: Blog Jovem Pan/Museu Afro (2017)

O terceiro local relevante para visita técnica foi o Museu Afro Brasil, que foi implantado dentro do parque Ibirapuera, que se localiza na Av. Pedro Alvares Cabral, em São Paulo. O museu tem inciativa pública, sendo subordinado da secretaria da cultura do estado de São Paulo e recebendo doação da coleção particular

de

Emanuel

Araújo,

artista

plástico

da

Bahia

e

reconhecido

mundialmente. O museu tem ao todo 11.000 m², com um acervo de mais de seis mil obras que tem por temas aspectos cultural africano e afro-brasileiro, tendo exposições de longa duração e exposições itinerárias.

O museu foi inaugurado em 2004, depois de duas décadas de pesquisas e

exposições de teste sobre a história do negro no passado e na atualidade, e reuniu historiadores, consultores e especialistas em museologia para criar um espaço que pudesse preservar e expor o negro como identidade cultural brasileira. O conceito do museu se baseia em contribuir para educação e formação artísica, intelectual e moral

de

negros,

brancos

e

cidadãos

brasileiros

em

geral,

beneficiando

as

próximas gerações, além de propor um espaço para que o negro de diferentes classes sociais se identifique com a história e com o espaço.

Em relação ao espaço físico, o museu conta com três pavimentos sendo que o pavimento térreo abriga parte dos acervos e salas de áudio visual, o pavimento superior abriga o acervo e exposições relacionadas á religião africana e no pavimento inferior está a exposição temporária. O museu funciona de terça á domingo, das 10h ás 18h. Por estar inserido dentro de um parque de grande porte, recebe público grande e diversificado.

55

Fontre: próprio autor (2019)

Fonte próprio autor (2019)

A fachada remete á arquitetura modernista,

No

fazendo uso formas regulares e de pilares

bilheteria/recepção,

diagonais

exposições temporárias, loja e os sanitários.

como

elementos

arquitetônicos

pavimento

os

encontra-se guarda

volumes,

As

é

elementos

formas, sendo expostas por textos, imagens,

empregados estão dispostos na horizontal,

e recursos áudio visuais como vídeos e salas

que é como o projeto se distribui.

de som, sendo que os setores são dividos

concreto

e

o

vidro.

Os

acontecem

a

principais. O material utilizado em destaque o

exposições

térreo

de

diferentes

por cores

Fontre: próprio autor (2019)

Fonte próprio autor (2019)

O acesso para o pavimento superior é

dado

No pavimento inferior, com acesso também

por uma grande rampa que não atende a

feito

norma

temporária Design e tecnologia no tempo da

NBR

9050.

Neste

pavimento

por

rampa,

exposição

escravidão,

obras relacionadas á religiões de matrizes

relacionado á escravidão, trazendo também

africanas. Os caminhos nã são limitados o

em forma de textos e imagens histórias e

que induz o visitante á caminhar e conhecer

comentários pertinentes. a escada ao fundo

o

leva ao térreo novamente, porém esta escada

inconscientemente.

Há

uma

biblioteca, setor administrativo, sanitários e um teatro para 150 pessoas

não

56

atende

aos

contém

a

encontra-se o setor religioso, com diversas

lugar

que

contém

padrões

todo

da

NBR

acervo

9050,

devido ao espelho ser extremamente alto.

4.4 CONCLUSÕES A casa do hip hop teve inicio a partir de uma discussão no fórum, em que foi levantada a necessidade de um espaço cultural destinado à valorização do

hip

hop,

e

apesar

de

ser

pequeno

em

questões

físicas,

ele

atende

exatamente á necessidade da população.

O projeto também incentiva a liberdade uma vez que não determina

Casa do Hip Hop

diretamente os fluxos, e permite que a população dite o andamento da casa.

Pode ser caracterizada como uma casa de cultura, uma vez que incentiva as manifestações

artísticas,

mesmo

que

específicas,

em

suas

atividades

e

espaço físico.

Apesar de não ter porte tão grande como os centros culturais de São Paulo, o projeto atende as necessidades do município, e recebe cerca de 300 pessoas por dia. Está localizado em ponto estratégico, e setoriza as atividades de acordo com a privacidade que deve ser recebida.

Centro Cultural

O edifício não foi reformado como uma peça única, mas sim para que houvesse interação entre o entorno, e sem grandes modificações para que a ainda sim a história viesse a ser o elemento principal.

Outro fator á auxiliar no conforto obtido foi a escolha do mobiliário, que propõe interação entre o visitante e o espaço em si.

Traz

diferentes

abordagens,

que

englobam

e

propõe

entretenimento

á

diferentes públicos, de diferentes classes sociais, raças e círculos sociais, como foi visto no dia da visita.

Museu Afro Brasil

O fato de que o fluxo não é delimitado pode ser uma questão positiva ou negativa, á considerar que pode deixar o visitante confuso, ou instiga-lo á conhecer mais o espaço.

Todos os pavimentos e setores tornam-se interligados de maneira sutil e interativa, e por haver uma vasta quantidade de obras á serem expostas, torna-se

menos

maçante.

A

exposição

religiosa

poderia

se

tornar

um

empecilho para a integração social, porém ao setorizar os pavimentos de acordo com a temática, é possível atender á mais públicos.

57

DANDARA DOS PALMARES(?-1694) "ALÉM DE ESPOSA DE ZUMBI DOS PALMARES, DANDARA LUTOU COM ARMAS PELA LIBERTAÇÃO TOTAL DOS NEGROS NO BRASIL, LIDERAVA MULHERES E HOMENS, TAMBÉM TINHA OBJETIVOS QUE IAM ÀS RAÍZES DO PROBLEMA E, SOBRETUDO, NÃO SE ENCAIXAVA NOS PADRÕES DE GÊNERO QUE AINDA HOJE SÃO IMPOSTOS ÀS MULHERES." (FONTE: NOSSACAUSA.COM)

5. ÁREA DE INTERVENÇÃO 59

5.1 Mogi das Cruzes

62

5.2 Análise do Terreno

63

5.3 Premissas para

64

5.4 Justificativa

65

escolha

58

5.5 Terreno

67

5.6 Levantamento

68 70

5.7 Mapas

topográfico

5.8 Legislação

5. ÁREA DE INTERVENÇÃO Jundiapeba, Mogi das Cruzes-SP

O terreno irá ser implantado em Jundiapeba, Mogi das Cruzes – SP, o estado faz parte da região sudeste do país e engloba 645 cidades, totalizando, de acordo com o IBGE 2010, uma população de 41.262.199 habitantes.

O mesmo estudo dispõe que destes habitantes, sua maioria vive em área urbana,

tendo somente 4% da população em áreas rurais. No geral, a estimativa de vida para a população do estado de são Paulo é de 76 anos de vida (IBGE 2010).

Segundo o site da prefeitura de Mogi das Cruzes, a cidade esta á 50 km da cidade

da capital do estado, compreendendo uma extensão de 721 km² é a segunda maior cidade em extensão territorial da Região Metropolitana e a segunda maior reserva de Mata Atlântica do Estado, com 65% do território mogiano destinado á área de preservação ambiental, o que inclui a Serra do Itapeti e do Mar que estão no entorno do Rio Tietê e possuem uma fauna e flora nativa.

Como citado anteriormente, o município encontra-se próximo à capital do estado e praias, além de contar com uma quantia significante de áreas verdes, portanto segundo o site oficial de Mogi das Cruzes, considera-se uma cidade de localização privilegiada.

Os principais acessos externos para o município são dados pelas rodovias Mogi-

Bertioga, Mogi-Dutra, Mogi-Salesópolis e rodovia Rio-São Paulo. Portanto, torna-se perceptível o valor do município não só para os moradores que terão acesso direto à cidades de grande importância como São Paulo, Rio de Janeiro e São José dos Campos, como as cidades vizinhas, que também usufruem destas vias para locomover-se.

Segundo o site Cidade Brasil (2019), as cidades que estão distribuídas nos limites territoriais de Mogi são Itaquaquecetuba, Biritiba mirim, Guararema e Suzano, sendo que

outras

cidades

próximas

ao

município

são:

Arujá,

Guarulhos,

Poá,

Ferraz

de

Vasconcelos, Santa Isabel, Ribeirão Pires, Jacareí, Bertioga e Salesópolis.

Devido a grande extensão territorial do município, ele subdivide-se em distritos onde o maior é o distrito sede, que abrange o centro da cidade, e em seguida os distritos de Quatinga, Biritiba Ussu, e Taiaçupeba, que representam as áreas em sua maioria rurais, enquanto o distrito sede compreende áreas urbanizadas .

59

DISTRITOS DE MOGI DAS CRUZES

Distrito Sede Distrito Sabaúna Distrito Brás Cubas

Distrito Cezar de Souza

Distrito Jundiapeba Distrito Quatinga

Distrito Biritiba Ussu

Distrito Taiaçupeba Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes/ Divisão administrativa em Distritos (2006)

DEMOGRAFIA

CLIMA Segundo o site Weather Park a cidade de

De acordo com o site Atlas Brasil , Em

Mogi das Cruzes tem variação sazonal extrema

Mogi das Cruzes, entre a década 2000 e 2010,

na precipitação mensal da chuva.

o crescimento populacional anual do município

Em relação ao sol, o site dispõe que 21 de

teve

junho tem a menor hora de luz solar do ano e

urbanização atingiu 92,14%, tendo em 2010

no dia 21 de dezembro é o dia com a maior

cerca de 387.779 habitantes.

hora de luz solar.

uma

média

de

1,62%,

e

a

taxa

de

Em relação á religiosidade da população, é

Assim como a variação sazonal ocorre com

dado

a

predominante

é

município que é de 89%. O site diz que o

romana.

segundo

período mais abafado é em 13 de outubro à 5

religião evangélica (protestante) e em terceiro,

de maio.

pessoas

A sensação dos ventos pode ser relativa a

religião e em quarto a religião espírita.

chuva,

ocorre

com

a

umidade

do

ar

no

pelo

IBGE

Em

que

(2010)

religião

não

são

que

a

católica

lugar

religião

apostólica

encontra-se

adeptas

á

a

nenhuma

muitos fatores, porém em Mogi das Cruzes há

Já em relação á questão racial, é disposta

pouca variação na direção e velocidade dos

ainda pelo IBGE 2010 a porcentagem racial da

ventos, sendo que de agosto a dezembro os

população

ventos

Parda (28,8%), Amarela (14,8%) Negra (4,2%)

enquanto

possuem os

velocidade

meses

com

de

menor

12km/h, velocidade

mogiana

Indígena (0,1%)

possuem 10,5 km/h.

60

tendo:

Brancos

(52,1%),

HISTÓRIA Segundo

o

COMPHAP,

os

primeiros

Outra

festa

popularmente

conhecida

na

registros históricos do município são de 1560,

região é o Akimatsuri-festival de Outono e o

onde se acredita que o bandeirante Braz Cubas

Fuyumatsuri-festival

de

havia adentrado pelas matas do território, ás

intuito

e

margens do Rio Tiete,á procura de ouro.

japonesa, além do Furusato Matsuri, festival

O povoado mogiano surgiu em17 de agosto

em

Sant’Anna

1611,

com

devido

o

à

nome

Gaspar

de

Vaz

Vila

de

abrir

o

de

agrícola

resgatar

que

apresentando

inverno, divulgar

acontece

produtos

com a

em

agrícolas

o

cultura

Cocuera, da

região,

sua cultura e história.

primeiro caminho que interliga São Paulo à

Recentemente, Mogi das Cruzes passou a

Mogi. Em pouco tempo, esta via passou a

realizar

transportar

e

estando em sua sétima edição, que acontecem

suprimentos, o que fez a vila se transformar

do dia 20 de novembro ao dia 1 de dezembro,

numa

e tem toda sua programação direcionada às

grande

cidade,

primeiro

de

fluxo

tendo

de

sido

setembro,

pessoas

oficializada

dia

adotado

em

como

aniversário de Mogi das Cruzes.

trecho

nome

do

Tietê,

que

os

que

índios

significa

davam “Rio

ao das

Festival

manifestações contando

O nome da cidade é oriundo da palavra M’Boigy,

o

de

culturais

com

Culturas

Negras,

de

matrizes

de

filmes,

exibição

afros,

debates

literários, ciclos de estudo, apresentações de dança, teatro, cultura popular, show musicais, roda

de

capoeira, feira

beleza.

também

do padroeiro, em 1611 a vila passou a chamar

acontecem

o local de “Sant’Anna de Mogy Mirim. Hoje

produtos

em dia Mogi das cruzes tornou-se reconhecida

empreendedores

por abrigar diversas colônias, tendo destaque

propagar e valorizar a cultura negra local.

na de

afro

de

Cobras”. Devido ao costume de adotar o nome

pela a colônia Japonesa.

a

concurso

vila

“Quilombagem”, industrial

diversos negros,

e

que

reúnem

segmentos no

Há

intuito

de de

Fonte: MogidasCruzes.sp.gov

CULTURA Assim

como

todos

povos

mantém

suas

culturas e tradições, Mogi das Cruzes conta com

festas

tradicionais

que

ocorrem

anualmente, como é o caso da Festa do Divino Espírito

Santo,

sendo

esta

uma

antiga

manifestação popular da religião católica na região, que contém conteúdo folclórico local e culto ao Divino Espírito Santo, celebrada em Mogi das Cruzes desde o século XVII, sete semanas depois da páscoa, tendo 11 dias de duração.

Fonte: G1.Globo/Quilombagem

61

5.2 ANÁLISE DO TERRENO O BAIRRO O bairro onde será implantado o projeto se chama Jundiapeba, que hoje é considerado um

dos

distritos

do

município

e

nele

contém

equipamentos

urbanos

de

transporte,

abastecimento, educação, saúde, esporte, lazer e segurança. porém também é considerado um bairro de vulnerabilidade social por abrigar diversos edifícios de habitação social, que em 5 anos contaram com a implantação de 2 mil apartamentos. 5 mil pessoas recebem auxílios do governo Jundiapeba também é considerado um bairro de vulnerabilidade social devido aos diversos edifícios de habitação e programas sociais, que de acordo com o site G1 (2015) foram implantados dois mil apartamentos de habitação social e cerca de 5 mil pessoas recebem auxílios de programas do governo. Segundo pesquisas levantadas pelo grupo de pesquisa FAU-USP (Quapá), os moradores do bairro possuem faixa salarial até R$ 954.00, sendo intensificadas nas áreas mais afastadas da estação, que é onde se desenvolve a maioria dos equipamentos urbanos.

Ainda segundo o site G1 (2015) a atual estação Jundiapeba que existe há cerca de 100 anos era chamada de “Estação Santo Ângelo”, sendo a primeira do trecho São Paulo-Mogi das Cruzes. Segundo a Prefeitura de Mogi das Cruzes, a estação foi rebatizada em 1950 com o nome “Jundiapeba” devido aos rios Jundiaí e Taiaçupeba que estão presentes na região. Posteriormente, o bairro se tornou um distrito que conta com sete bairros e 50 km² de extensão e possui 53 mil habitantes, de acordo com o IBGE (2010).

Uma das características do bairro é a sua malha urbana regular com ruas e calçadas largas, além de ser um bairro plano. Por possuir esta característica, há problemas frequentes quanto a drenagem de águas pluviais e esgoto.

da

Apesar do grande desenvolvimento urbano, ainda há uma característica forte no setor agropecuária,

sendo

que

aproximadamente

10%

dos

moradores

vivem

desta

área,

totalizando 440 produtores e 30% das verduras de Mogi das Cruzes são oriundas das plantações de Jundiapeba.

62

5.3 PREMISSAS PARA ESCOLHA ruas

O terreno escolhido se localiza nas

fluxo do município.

Manoel

Gallucci,

de

Freitas

Lourenço

Della

Garcia,

José

Nina

Nito

equipamento de cultura, adotou-se como

e

Sona, no bairro Jundiapeba, em Mogi das

Ao

propor

a

implantação

de

um

premissa:

Cruzes. O bairro escolhido faz parte do

O

distrito

considerando o fluxo, vias e acessos já

de

Jundiapeba,

caracterizado

por

sendo conter

residenciais,

comerciais

podendo

potencializado

área

de

questão

ser

expansão que

projetos

melhorar

a

o

propor

de

bairro

de

novas

entorno

Outra

foco

Como

a

com

a a

vizinhança tipologia

de

equipamento

que

visam

Proximidade

vida

destes

estações de trem

vivências

equipamento,

Qual o uso do solo predominante no

uma

é

do

existentes

saúde,

como

sendo

sociais

qualidade e

e

é

áreas

município.

social,

diversos

moradores

no

envolve

vulnerabilidade

que

tamanho

e

Criar

oportunidades.

de

novas

e

será

impactada

temática

pontos

de

ônibus

centralidades

que

do de classes sociais ou a segregação

Jundiapeba, e próxima á Rodovia Pedro

causada ao longo dos anos.

Eroles, que é um ponto principal para o

PONTOS POSITIVOS

PONTOS NEGATIVOS FRAQUEZAS

FORÇAS Número considerável de população negra e

PRESENTE

e

proponham lazer á todos, independen-

Está localizado á 600 m da estação de

parda

Área de alagamento no entorno Bairro descentralizado acaba sendo um

Próximo á estação de Jundiapeba e pontos de

empecilho para visitação

ônibus Entorno maioritariamente comercial e residencial, criando demanda Vias largas Terreno extenso e pouco acidentado

OPORTUNIDADES FUTURO

deste

AMEAÇAS

Criar uma nova centralidade

Atender somente ao bairro e suas

Integrar as classes sociais mais baixas

proximidade

culturalmente

Não atingir a demanda esperada para a

Trabalhar socialmente as deficiências

tipologia do projeto

contidas num bairro de vulnerabilidade

63

5.4 JUSTIFICATIVA A

deu

englobem a manifestação cultural negra,

inicialmente por ser um terreno populoso

portanto, há grande probabilidade de que o

e

projeto

de

escolha

desse

terreno

vulnerabilidade

equipamentos quadras,

social,

esportivos

mas

não

se

onde

como

há

há

praças

e

equipamentos

seja

bem

trabalhar

aceito

as

áreas

vulnerabilidade

consiga

de

maior

principalmente

crianças

tal. Está inserido num bairro distante da

projeto com esta temática num bairro com

área central, consideravelmente próximo

esta

da estação de trem, tem pontos de ônibus

possibilidade

municipais e intermunicipais próximos, e

enxergue dentro da arquitetura, trazendo

as vias ao seu redor se caracterizam por

visibilidade

serem arteriais e coletoras.

cultura, enquanto será possível englobar

as demais etnias ao trazer interesses do

condomínio

residencial

e

as

demais

jovens.

característica

e

da

Ao

com

culturais, apesar de haver demanda para

Ao redor do terreno escolhido há um

e

e

é

apresentar

abordado

comunidade

reconhecimento

que

médio porte, enquanto o entorno num raio

projeto.

negra

para

os

convidem

para

participar

maior conta com ocupações comerciais, residenciais, de saúde, educacionais, lazer

EM RESUMO:

e hotelaria.

Considerando criar novas centralidades,

DEMANDA

é ideal que o bairro atenda á diferentes

POTENCIALIDADE DO BAIRRO

tipologias de equipamentos urbanos. Os

CARACTERÍSTICA DA POPULAÇÃO:

fluxos de pessoas se darão especialmente pelos próprios moradores e comerciantes do bairro, além dos moradores dos bairros próximos como vila Jundiaí, Vila Cintra e

Maioritariamente negra Marginalizada Vulnerável Consome cultura como meio de manifestação

outros bairros do distrito de Brás cubas, não

indivíduos

será se

necessário

desloquem

que

para

estes pontos

distantes.

deste terreno se deu devido á característica população

marginalizada considerável

CONTRIBUIR PARA O CRESCIMENTO DO BAIRRO TRAZER VISIBILIDADE

O maior fator para a escolha

da

deste e de

há

bairro, um

moradores

que

é

número negros

a se

esta

lazer, elementos públicos da arquitetura

ocupações são de comércios de pequeno e

assim

um

e

pardos, ou consomem atividades que

64

do

5.5 O TERRENO O acesso pode ser realizado por três ruas, indicados pelas setas pretas. Já as setas azuis indicam a direção dos ventos predominantes, que veem da direção sul. A orientação solar é dada pela seta em laranja ao nascer no leste e se pôr no oeste.

Jundiapeba

é

um

bairro

conhecido por ser plano, porém nota-se que o terreno tem uma inclinação de 20%, considerando que o o perfil natural sobe 2m.

110,00

100,00

A quadra escolhida possui 110x100, totalizando 11.000 m².

11000,00

Será adotado como dimensão mínima para calçadas 2m, além das vagas de estacionamento público na rua José Galuci e Nito Sona, resultando num terreno de área total de 9.883m²

65

5.6 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO RUA JOSÉ GALLUCI

RUA MANOEL FREITAS GARCIA

RUA LOURENÇO DELLA NINA

67

5.7 MAPAS GABARITO DE ALTURA

CHEIOS E VAZIOS

TERRENO

CHEIOS

TERRENO

VAZIOS

1 PAV.

2 PAV.

3 OU MAIS PAV.

EQUIPAMENTOS URBANOS

TERRENO

TRANSPORTE

ESPORTE/LAZER EDUCAÇÃO

ÁREAS VERDES

TERRENO

RELIGIÃO

SEGURANÇA

ALAGADA

SAÚDE

ABASTECIMENTO

68

RASTEIRA

ARBÓREA

ÁREA URBANIZADA

VIAS E TRANSPORTES PÚBLICOS

TERRENO CPTM

PONTO DE ÔNIBUS VIA COLETORA VIA LOCAL

VIA ARTERIAL

69

5.8 LEGISLAÇÃO Uma das principais diretrizes para a execução do projeto é dada pela legislação de ordenamento do uso e ocupação do solo (LOUOS), disponibilizado pela Prefeitura de Mogi das Cruzes afim de apontar os parâmetros permitidos para cada zona do município.

O projeto em questão está inserido numa ZDU-2 (Zona de dinamização urbana), como identificado no mapa abaixo, retirado do mapa de zoneamento da cidade.

ZONEAMENTO MUNICIPAL- JUNDIAPEBA

FONTE: MogidasCruzes.SP.GOV.BR/LOUOS

A partir desta informação pode-se obter os usos permitidos para a implantação e aprovação de uma casa de cultura no bairro de Jundiapeba, utilizando o anexo IV da LOUOS. Á considerar o lote escolhido como um lote de esquina, de via coletora, são obtidas informações como taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento, taxa de permeabilidade e recuos necessários

TO%

50%

TP%

20%

CAb

1

CAm

1,5 Frontal: 2

RECUOS

Lateral: 2 Posterior: 5

70

SPIKE LEE (1957) "É UM CINEASTA, ESCRITOR, PRODUTOR E ATOR ESTADOUNIDENSE. ENTRE SEUS FILMES SE DESTACAM MALCOLM X (1992) E FAÇA A COISA CERTA (1989). TAMBÉM É UM RECONHECIDO DOCUMENTARISTA E ENSINA CINEMA NA UNIVERSIDADE DE NOVA IORQUE. É CONSIDERADO PELA MÍDIA ESPECIALIZADA COMO UM DIRETOR POLÊMICO.." (FONTE:FILMOW.COM)

6. DIRETRIZES E PREMISSAS 71

6. DIRETRIZES E PREMISSAS O projeto faz uso das seguintes normas para sua realização:

NBR 10152 é responsável por dispor as diretrizes em relação ao conforto acústico, e para segui-la é necessário conferir as tabelas onde é apresentado o valor em decibéis aceitados por cada ambiente (dB), e a curva de avaliação de ruídos (NC).

Ao considerar que os setores do projeto terão características diferenciadas, foi sintetizado em uma tabela os ambientes e os níveis sonoros aceitáveis com base no disposto pela NBR 10151, onde:

Código de obras e edificações de Mogi das Cruzes, (Lei Complementar nº 42, em 28 de setembro de 1992.) É responsável por dar as diretrizes iniciais da construção do projeto, a fim de garantir segurança e salubridade das edificações. Através dele são obtidas as dimensões mínimas em relação á área total de cada ambiente, área de ventilação e iluminação natural, permeabilidade dos pisos e revestimentos e altura mínima de pé direito. Sendo assim, foi obtido:

SETOR ADMINISTRATIVO: · Escritórios com o pé direito mínimo de 2.70 m² A portaria deve ter área mínima de 6 m², tendo pé direito mínimo de 2.50 m² O depósito deve conter área mínima de 4 m², e seu pé direito mínimo também deverá ser de 2.50 m².

72

SETOR COMERCIAL Lojas devem conter área mínima de 10m² , com iluminação mínima de 1/5 da área total e ventilação de 2/3, e o pé direito mínimo de 3 m².

O salão deverá ter no mínimo 20 m² de área, e assim como as lojas terá mínimo de 1/5 desta área para iluminação e 2/3 para ventilação, pé direito mínimo de 3m².

A copa, vestiário e os sanitários de funcionário apresentarão 1/8 da área total para iluminação natural e 1/16 para ventilação natural, com pé direito mínimo de 2.50 m². Em relação á área mínima, a copa deverá conter no mínimo 4m², os sanitários 1,50m² e o vestiário 6m².

Estes ambientes deverão ter os revestimentos das paredes impermeabilizados no mínimo até 2m² de altura.

SETOR PÚBLICO Em relação aos estacionamentos: Em locais de via única s vagas devem conter a dimensão mínima de 2,50 m por 4,80 m para automóveis normais e 3,00m por 9,00m para veículos de carga, tendo a via mínima de 3,50m e 4,30m respectivamente.

Para os locais de via dupla as dimensões adequadas para vagas de automóveis são de 5,50m por 2,50m, para veículos de carga 3,00m por 9,00m, e as vias devem ter largura de 6,80m.

FDE Ao considerar que no setor cultural os cursos e oficinas acontecerão em salas de aula, utiliza-se as diretrizes dispostas pelo FDE (fundação para o desenvolvimento da educação), onde tais salas deverão: Conter iluminação natural, atendendo a área mínima de 1/5 do piso, além da iluminação fluorescente mínima de 300 lux Conter ventilação natural mínima de 1/10 do piso Pé direito mínimo de 3 m Dispor de qualidade acústica e térmica, apresentado estudos de minimização de ruídos externos e internos, bem como estudos de insolação Parede e piso com acabamento impermeável, sendo de fácil higienização e resistente ao fluxo de pessoas.

NBR 9050 Ao

dispõe

normas

técnicas

para

a

aplicação

de

a

acessibilidade

em

relação

aos

espaços,

equipamentos e mobiliários urbanos, garantindo o conforto independendo de idade, estatura e limitações físicas. A norma se fez presente principalmente: Na sinalização obrigatória que o projeto deverá conter, abrangendo necessidades especiais físicas, visuais ou auditivas Itens necessários para propor espaços de circulação e acessos adequados á todos públicos Orientações para o dimensionamento e inclinação de rampas e escadas

73

Dimensionamento de corredores, portas, guarda-corpos e corrimãos Quantidades de vagas P.N.E para estacionamentos e auditórios Dados para a projeção de um sanitário e vestiário acessível constando o mobiliário necessário e seu material e o dimensionamento correto Aspectos necessários para projetar auditórios e bibliotecas, como desnível de pisos, materiais e acabamentos, e altura de balcões

NBR 9077 Referente á saídas de emergências, serão utilizados como base no código de bombeiros do estado de São Paulo e a NBR 9077, que tem por objetivo garantir a segurança da população em relação ao edifício, dispondo as condições mínimas para a implantação de saídas de emergência.

As saídas de emergência abrangem acessos, rampas e escadas, descarga e rotas horizontais, e para dimensiona-las é necessário realizar o cálculo de população em que para encontrar o número de unidades de passagem é necessário dividir o número da população pela capacidade da unidade de passagem com o apoio das tabelas apresentadas na NBR 9077.

A norma também dispõe dos materiais pretendidos para o projeto identificado como pertencente da categoria y (tabela 11), que o caracteriza como uma edificação com estrutura resistente ao fogo, mas com fácil propagação de fogo entre os pavimentos. A partir desta informação, é obtido a distância máxima permitida de 35,00 metros.

74

ELIZABETH ECKFORD (1941) "A PRIMEIRA MULHER NEGRA A DESAFIAR O RACISMO AMERICANO NAS ESCOLAS EXCLUSIVAS PARA BRANCOS. TAMBÉM SE TORNOU A PRIMEIRA MULHER AMERICANA AFRO-DESCENDENTE QUE, EM ST. LOUIS, TRABALHAVA EM UM BANCO QUE NÃO ERA DEDICADA APENAS A SERVIR O CAFEZINHO PARA OS DEMAIS FUNCIONÁRIOS BRANCOS" (FONTE: GELEDES.ORG.BR)

7 PROCESSO PROJETUAL 76

O projeto

85

77

7.1 Perfil do usuário

86 7.6 Agenciamento

78

7.2 Conceito

90

7.7 Fluxograma

91 93

7.8 Setorização

80 7.3 Partido

Arquitetônico

83

7.4 Partido urbanístico

99 75

7.5 Painel Semântico

7.9 Programa de Necessidades 7.10 Diagramas

O PROJETO VALORES

A casa de cultura Negra Ubuntu será implantada com base em levantamentos históricos a fim de propagar a cultura negra raiz

e

contemporânea.

pesquisas

Ao

apresentadas,

considerar

nota-se

as

que

o

negro celebrou e obteve suas conquistas através que

dos

destaques

demonstram

a

em

diversas

preservação

áreas

de

sua

cultura, que apesar de ter se adequado ao

não deixou sua tradição de lado. partir

considerar cultura

desta

ao

negra

questão,

projetar quais

uma

serão

os

casa

de

principais

social e arquitetônico:

não se identifica com sua etnia, para se

tradicionais

e

reconhecer cotidianos,

em

atos

conhecendo

também sua história e trajetória.

buscam

através

da

cultura

trazer

visibilidade.

local

busquem

acolhedor,

conhecer

para

novos

que

principal

ou

com

o

característica

não,

a

projeto oferecerá atividades e oficinas nas

áreas: aulas

assim

costumes

e

aprender uma nova área.

de

danças

específicas

da

cultura negra, como samba, black, charme, hip hop e break dance.

Estética: aulas de maquiagem, oficinas de turbante e acessórios oriundos da cultura em

geral,

aulas

de

penteados

oferecidos por trancistas, e confecção de roupas típicas africanas.

Música: aulas de músicas de gêneros que contemplam a cultura negra mundial como samba,

rap,

hip

hop

,

jazz

e

rock,

trabalhando desde a abordagem teórica e histórica, á prática.

Artesanato:

As demais etnias, que deverão se sentir num

envolvidas,

como

Para atender os pontos acima listados, o

o

Os artistas e atletas negros da região, que

estejam

tendo

empatia.

afro

O indivíduo negro e pardo que até então

possa

que

projeto,

Dança: devem-se

indivíduos á serem impactadas pelo projeto

que

etnias

seguintes

período em que está inserido e ao local,

A

Respeitar, acima de qualquer ideologia, todas as

oficinas

de

modelagem

e

aulas de desenho, divididas por grau de dificuldade ou tema.

Interpretação: aulas de teatro, contação de histórias e literatura, abordando redação, oratória e discursos.

MISSÃO As Promover a valorização e reconhecimento

da

cultura negra, referenciando as matrizes africanas

oficinas

por

idades,

dificuldade,

e

aulas

serão

horários

e

acontecendo

divididas grau de

de

forma

raiz e cultura negra atual afro-americana e afro-

simultânea.

brasileira.

Terá

VISÃO

funcionamento

de

segunda

á

sábado, das 9h ás 21h Os ambientes do setor aberto terão

Implantar um equipamento de cultura que seja referencia em questão de acolhimento e impacto social.

76

livre acesso ao público durante todo horário de funcionamento.

7.1 PERFIL DO USUÁRIO SETOR ADMINISTRATIVO O setor administrativo é responsável, de forma geral, para a gestão do projeto, tendo número aproximado de vinte funcionários. Dentre eles haverá: Diretoria/Coordenação: tem a função de orientar e delegar funções para todos outros setores para que as atividades continuem em funciona-mento.

Superintendentes técnicos e artísticos: Os superintendentes são as pessoas abaixo aos diretores, que são responsáveis por supervisionar o serviço, garantindo que as ordens da diretoria sejam executadas.

Equipe de produção técnica e artística: é responsável por executar os projetos e dar suporte para que as atividades aconteçam.

Equipe de comunicação e marketing: são as pessoas responsáveis pelas artes para promover eventos, contatos e afins.

Equipe

de

desenvolvimento

institu-cional:

desenvolver

todos

programas

e

projetos que serão feitos na casa de cultura, tendo base pedagógica e cultural Administração,

secretaria

e

recursos

humanos:

cuidar

de

todas

questões

administrativas, contratação e demissão de pessoas.

Monitores (freelancer): atuarão nas áreas expositivas e de mediação com o público,

aplicando

as

atividades

de

acordo

com

o

pré

estabelecido

pelo

superintendente.

SETOR DE SERVIÇO Responsável pela manutenção do edifício e apoio para o funcionamento do projeto, o setor de serviço contará em média com 15 pessoas de diferentes categorias, como: Equipe de limpeza: duas equipes divididas por turnos se encarregarão de fazer a limpeza de toda área interna do projeto Equipe de segurança: também divididos por turnos, os seguranças, vigilantes e porteiros irão cuidar do terreno.

Zeladores: devem fazer a manutenção de ambientes e mobiliários relacionados ao projeto Equipe de enfermagem: dará apoio aos visitantes e funcionários serviços de atenção básica á saúde

SETOR DE EDUCACIONAL/CULTURAL Alunos e participantes de oficinas: em sua maioria são crianças, jovens e adultos do entorno, porém por ser próximo à estação e pontos de ônibus abrangerá também o público do entorno. Estas pessoas que contemplarão o projeto num horário paralelo

ao

horário

de

estudo

formal

e/ou

trabalhos,

portanto,

livres

obrigações cotidianas, buscam lazer.

Profissionais: Professores e estagiários específicos para cada modalidade

77

de

suas

SETOR COMUM Visitantes:

(trezentas

pessoas):

São

as

pessoas que prestigiam os eventos, mesmo sem ligações diretas com as oficinas ou com o espaço em si. São pessoas do bairro, e de bairros

distantes,

que

buscam

por

entretenimento. Em sua maioria serão jovens acima

de

quinze

anos,

que

estudam

Fonte: Café com letra

e/ou

trabalham, e famílias que buscam atividades para

realizarem

juntos,

ou

adquirir

algum

serviço oferecido na vila gastronômica.

Feirantes: A vila gastronômica contará com a presença de seis feirantes que não terão obrigatoriedade

com

a

gestão

do

projeto,

sendo permitido a venda durante quatro dias Fonte: siteolts.com

da semana.

7.2 CONCEITO Desde o período da escravidão o negro utiliza sua cultura como forma de protesto, e com o passar dos anos as manifestações artísticas se tornaram o principal meio de protestos pacíficos podendo

assim

trazer

um

olhar

diferenciado

sobre

o

racismo

estrutural,

institucional

e

o

genocídio generalizado de indivíduos negros, visibilizando a luta cotidiana desta classe.

Entretanto, é comum haver distinção entre os períodos de luta, separando a resistência exercida pelos quilombolas, os grupos norte americanos da década de 70, e o movimento negro atual, mesmo que o objetivo mantenha-se o mesmo: resistir à um sistema opressor e buscar de forma efetiva a liberdade. A partir disto determina-se como conceito:

O

Resgate

da

ancestralidade

negra,

fortificação

da

identidade

cultural,

coletividade

e

humanidade.

A importância destes conceitos se dão ao notar que as manifestações artísticas relacionadas á cultura negra estão presentes em todos os países, e em todos períodos históricos, mas mesmo assim não recebem visibilidade e valorização, e é possível que isto aconteça devido á falta de informação sobre a história de cada uma dessas manifestações. Portanto o projeto visa trazer de forma lúdica e sutil a história do movimento negro, aliado ás grandes conquistas atuais em diversos segmentos.

78

Devido ao erro histórico que nunca foi corretamente reparado e ao eurocentrismo o negro ainda é visibilizado como um ser limitado a um corpo apto para trabalhos braçais, mesmo que as fortes tradições mantidas de geração para geração contribuíram para o destaque em diversas áreas. Para atingir o conceito de resgate da ancestralidade negra, será referenciado as tradições de matrizes africanas, que incluem pensamentos, sonhos, crenças, tradições e costumes, que por muito tempo foram utilizadas de forma pejorativa.

O projeto trabalhará a identidade cultural das comunidades negras de forma individual, norte

buscando

elementos

culturais

principalmente

entre

afro-brasileiros,

afro-

americanos e africanos. Com base em Hall (2003), a diáspora pelo qual este povo

foi submetido tornou sua cultura não pura. O termo identidade cultural compreende que os valores culturais difundidos das matrizes africanas tornaram-se permeáveis de acordo com sua localidade.

Para que os conceitos sejam alcançados é necessário abordar a valorização da

cultura

negra

de

forma

lúdica

através

de

imagens

representativas

(como

grafiti,

esculturas e as próprias atividades desenvolvidas na casa de cultura), possibilitando visibilidade para o movimento, que consiste principalmente em lutar contra o racismo estrutural e institucional, sem que seja criado uma barreira entre pessoas não adeptas ao movimento e o projeto. Este conceito também fará com que pessoas negras assumam sua identidade cultural sem serem submetidas somente á escravidão, mas analisando este período histórico como um todo.

Para gerar proximidade entre a comunidade e o projeto haverá referência ao centro de ajuda internacional wakandano, projeto que faz parte do Filme Pantera Negra –Marvel.

O filme se popularizou por abordar a representatividade e a necessidade da diversidade dentro do cinema , abordando questões sociais e raciais do passado e atuais, como forma de manifesto cultural. No filme, os personagens são oriundos de Wakanda, um país africano fictício que não foi colonizado por nenhum outro país, e que tem a economia baseada na extração de do minério também fictício Vibranium, fazendo com que este povo tenha o desenvolvimento tecnológico elevado. Entretanto, a trama do filme surge ao comparar o país africano com uma comunidade negra periférica dos estados Unidos, numa situação econômica completamente diferente. A fim de difundir a cultura negra, específica de Wakanda, propor lazer e capacitação em áreas tecnológicas e culturais, é realizado uma intervenção urbana e implantado nesta comunidade o centro de ajuda internacional wakandano. Um dos elementos principais do filme é quando T’challa precisa se conectar com seu passado para tomar decisões do futuro e vai até uma árvore onde lá pode encontrar seu pai. Este trecho remete á fortificação e necessidade da conexão

do

povo

negro

com

sua

ancestralidade,

que

foi

roubada

pelos

povos

colonizadores.

Utilizando da popularidade do filme pelo público, este elemento de conexão com a ancestralidade foi extraído para a aplicação no projeto, referenciando-o também ao utilizar formas regulares.

O projeto fará parte da arquitetura contemporânea, que consiste na mistura de vários estilos como o moderno e pós moderno de forma pluralista. As características da arquitetura contem-porânea se baseiam no uso de materiais sustentáveis, naturais e nãotóxicos, a valorização da luz natural e a integração com o meio ambiente e entorno.

79

7.3 PARTIDO ARQUITETÔNICO As formas arquitetônicas utilizadas para este projeto serão

regulares,

trazendo

desenhos

geométricos

contrapostos como os fra, que se encaixarão uns nos outros,

que se conectem com o entorno de diferentes

formas. O uso das formas regulares também foi escolhido para remeter á resistência.

Os

materiais

resistência, negro.

Será

estrutura

construtivos

sendo

esta

utilizado

principal,

a

também

característica

concreto

alvenaria,

armado e

vidro

remeterão

do e

á

movimento metal

para

como

vedação.

Considerando os materiais sustentáveis e não tóxicos que são características da arquitetura contem-porânea, serão utilizados painéis de bambu painéis verdes e ecotintas.

Os elementos arquitetônicos deverão acrescentar para que seja criado um ambiente de interação e conectividade.

Portanto,

haverá

decks

e

pergolados

nos

pontos

de

descanso por questões estéticas. A fim de contemplar a iluminação e ventilação natural, haverá um átrio como ponto focal no centro do projeto, referenciando a árvore da vida do filme Pantera Negra. O setor paisagístico trará informações históricas que assim como a área de feira livre pretende acrescentar ao conceito de ancestralidade.

As sensações buscadas serão de liberdade, conforto e conectividade com o espaço,sendo que o público deve sentir-se como parte da história da cultura negra. Para isto,

os

espaços

abertos

serão

o

ponto

principal,

permitindo que o visitante se conecte com o entorno, além do pé direito alto, para que a sensação de liberdade seja alcançada. Será abordado de forma sútil referências á momentos importantes da cultura negra presentes no seu dia-a-dia, enfatizando a cultura como identidade. Para isso,

serão

utilizadas

manifestações

artísticas

como

o

graffitis, colagem de pôsteres e esculturas, que estarão presentes em todo projeto.

Ao considerar o conceito e as sensações buscadas, as cores que irão compor o projeto serão cores fortes, como o laranja e o azul, em contraste com tons naturais como a madeira

e

barro.

As

cores

utilizadas

no

paisagismo

contribuirão para a harmonia visual do projeto. Haverá também uma mistura de texturas, para remeter á mistura cultural em que estamos inseridos.

80

7.4 REFERÊNCIAS CAMINHO FEITO PELOS QUILOMBOLAS Durante o período de escravidão, os negros que fugiam se refugiavam nos quilombos, local no meio da mata para compartilhar sua cultura nativa. Assim como o caminho percorrido, os caminhos externos do projeto serão sinuosos e composto por pedra.

TRANÇAS NAGÔ As tranças nagô são conhecidas por seus diversificados desenhos feitos à raiz do cabelo, sendo uma tradição passada pelos escravos como forma de traçar rotas de fuga. No projeto será lembrado no traçado do jardim principal.

VEGETAÇÃO DA SAVANA Os pilares-árvore da vila gastronômica em sua composição total representam visualmente a fauna característica da África

FILME PANTERA NEGRA Simbolo de conexão com a ancestralidade, o filme Pantera Negra traz a árvore como um dos elementos principais, que serão remetidos ao projeto ao introduzir uma árvore também como elemento central, também alcançando o conceito ubuntu.

81

GRAFITTI Originários de comunidades norte americanas, o grafitti além de contemplar um grupo que também faz parte da cultura negra, homenageará algumas personalidades de destaque do movimento.

ANIMAIS DA FAUNA AFRICANA O painél colorido da fachada principal tem formato abstrato, porém devido a formas curvas e às cores, remete à fauna e flora africana

VEGETAÇÃO Grande parte da vegetação do projeto é originária da áfrica afim de contemplar a tipologia do projeto.

FREEDOM PARK Localizado na África do Sul, o memorial e parque tem o conceito de "passado, melhorar o nosso presente", e devido à sua tipologia será retratado no projeto ao trazer os elementos 'quebrados' na fachada.

82

7.5 PARTIDO URBANÍSTICO Á contemplar o conceito de impactar o

BOULEVARD-

bairro inserido será realizado um projeto

visibilidade

paisagístico que conectará o entorno com o

visto

projeto através de um boulevard, além da

localizado

ciclofaixa

implantado

e

do

ponto

para

locação

de

que

para ele

A

fim

as

vias

não

está

entre

vias

um

de do

trazer projeto,

exatamente

principais,

boulevard

será

para

fins

bicicletas dentro do projeto e na estação,

contemplativos. A vegetação nas vias

para facilitar o acesso e incentivar meios de

também

transportes sustentáveis.

água em dias de chuva.

As

formas

para

os

caminhos

e

o

possibilitará

a

drenagem

de

RUA LÚDICA- Através das pinturas

paisagismo do entorno serão regulares e

no

coloridos, a fim de brincar com a simetria e

brincadeiras de rua. As duas atividades

propor alegria aos caminhos, enquanto os

irão acontecer nas ruas que conectarão o

elementos

de

projeto aos outros espaços de lazer e

locação de bicicletas e novos pontos de

contemplarão á temática do projeto uma

ônibus

trazer

vez que fazem parte da cultura urbana

funcionalidade e leveza á questões do dia-

negra e irá abordar brincadeiras de rua

a-dia de cada pessoa que mora no entorno.

tradicionais africanas.

como

a

terão

As

ciclofaixa,

intenção

sensações

ponto

de

buscadas

também

se

chão

TÓTEM

realizado

grafitagem

INTERATIVO-

entorno,e

projeto

comunidade, sendo apenas contempla-

começará a partir do seu acesso, que se dá

tivos ou propondo atividades urbanas e

pela estação, será necessário trabalhar estes

estarão

caminhos até o terreno.

principais. Os assuntos abordados nos

Para

contemplar

que

estas

o

diretrizes

é

proposto:

de

presentes

interagir

totens

terão

considerar

função

Os

e

consistem em liberdade e interação com o ao

a

será

ao

longo

com

das

a

vias

totens terão a temática de consciência negra.

PONTOS DE ÔNIBUS- Os pontos de

PRAÇAS EXISTENTES- Há praças e

ônibus locados próximo ao projeto terão

complexos esportivos fragmentados no

estantes literárias públicas e mobiliários

projeto,

que

porém

estão

em

situações

proponham

precárias, contendo pouca vegetação e

referente

somente

arquitetônico.

uma

quadra

delimitada

no

ao

espaço

tema

e

agradável

ao

partido

desenho de piso. A proposta é que seja

PONTO

feita uma revitalização nessas áreas e

pontos de locação de bicicletas públicos

criar de fato um ponto esportivo fora do

na estação de Jundiapeba e no projeto,

terreno que tenha conectividade com o

para

projeto.

utilizem

CICLOFAIXA- Para facilitar o acesso

pratiquem exercícios físicos.

ao

projeto

e

possibilitar

entre o terreno

e

os

a

outros

interação ponto

de

lazer, haverá uma ciclofaixa nas vias principais que conectarão os espaços..

83

DE

um

BICICLETA-

incentivar

que

transportes

os

Haverá

visitantes

sustentáveis

e

84

7.6 PAINEL SEMĂ‚NTICO

Fonte: Pinterest.com

Fonte: Head Hunter's Holosuit wiki

Fonte: Saoqueiroz.com.br

Fonte: Aminoapps.com

Fonte: Dazedigital.com

Fonte: Pinterest.com

Fonte: Pinterest.com

Fonte: Pinterest.com

Fonte: Pinterest.com

Fonte: Teamhpm.com

85

7.7 AGENCIAMENTO SETOR PRIVADO

ADMINISTRAÇÃO Secretaria Sala do segurança Sala da coordenação Sala de reuniões Sala de administração e Marketing Arquivo morto

SEVIÇOS Copa Vestiário Sala de manutenção Guarita + W.C D.M.L

ENFERMARIA Banheiro Sala de atendimento Sala de espera

86

SETOR SEMI-ABERTO SALÃO MULTICURSOS

ÁREA COMUM

Sala de desenho nível básico

Foyer

Sala de desenho nível intermediário

Salão principal

Sala de modelagem

Sanitários

Sala de costura

Camarim coletivo

Sala de maquiagem

Camarim individual

Sala de penteados

Depósito de figurinos

Depósito de materiais

D.M.L

NÚCLEO DE MÚSICA Sala de música nível básico Sala de música nível intermediário Sala de música teórica Auditório Sanitários

NÚCLEO DE DANÇA Salas de dança Sala multiuso Depósito de materiais Sanitários

NÚCLEO DE INTERPRETAÇÃO Salas de aula teórica Sala de teatro Sala de contação de histórias Sala multiuso Sanitários

87

SETOR SEMI-ABERTO SALÃO PRINCIPAL Jardim Salão para exposição Sanitários

BIBLIOTECA Acervo Área de leitura Sala de estudos Sala de contação Espaço kids Sanitários

RECEPÇÃO Secretaria Balcão de informações Sanitários

VILA GASTRONÔMICA Quiosques Deck de madeira

JARDIM PLAYGROUND ESTACIONAMENTO

88

SETOR CULTURAL Área de exposição

ABERTO

Biblioteca

SETOR COMUM Sanitários Jardim Playground Vila gastronômica Praça

SEMI ABERTO

Bicicletário

SETOR CULTURAL Núcleo de música Núcleo de interpretação Núcleo de dança Salão Multicursos Auditórios Estacionamento externo

PRIVADO

SETOR ADMINISTRATIVO Núcleo administrativo Estacionamento interno

SETOR DE SERVIÇO Núcleo de serviço

Área técnica

89

7.8 FLUXOGRAMA ACESSO

ACESSO

JARDIM

ACESSO

ESTACIONAMENTO

SETOR DE SERVIÇO

VARANDA

FOYER

SETOR ADMINISTRATIVO

SALÃO DE EXPOSIÇÕES

PRAÇA

-NÚCLEO DE INTERPRETAÇÃO -NÚCLEO DE MÚSICA -NÚCLEO DE DANÇA

AUDITORIO VILA GASTRONÔMICA

SALÃO MULTICURSOS -SALA DE DESENHO -SALA DE MODELAGEM -SALA DE MAQUIAGEM -SALA DE COSTURA -SALA DE PENTEADOS

BLOCO EDUCACIONAL

BIBLIOTECA

PLAYGROUND

90

7.9 SETORIZAÇÃO O projeto foi setorizado de acordo com dois critérios: a privacidade , e o cunho das atividades que serão desenvolvidas em cada bloco.

Para o primeiro critério, os espaços abertos (em amarelo) estão dispostos em áreas de fácil acesso que englobam a biblioteca, o salão multicursos, o salão de exposições, os jardins, vila gastronômica, playground, e a praça. Os espaços semi-abertos (verde-água) compreendem as atividades em que é necessário que o participante tenha um cadastro prévio, como o bloco educacional, ou eventos específicos, como o auditório 01. No setor privativo (laranja) encontra-se a área de serviço e administrativa, sendo utilizada apenas por funcionários.

ABERTO

PRIVADO SEMIABERTO AREA VERDE O segundo critério busca englobar as atividades em setores de modo que possam a se desenvolver

de

formas

simultâneas

e

funcionais.

Portanto,

o

setor

comum

(bege)

compreende os espaços abertos e públicos. O setor cultural (laranja) são os espaços que se desenvolverão as atividades de cunho cultural. O setor ADM (verde água) engloba toda ala administrativa e o setor de serviço as áreas de apoio para o funcionamento da casa de cultura.

COMUM

CULTURAL

SERVIÇO ADM AREA VERDE

91

Os blocos são nomeados de acordo com personalidades importantes para o movimento negro que representam cada segmento. Sendo setorizados de acordo com o diagrama abaixo.

BLOCO ANGELA

BLOCO ABDIAS

DAVIS:

NASCIMENTO:

setor de serviço e

Núcleo de interpretação

administrativo

Núcleo de música Núcleo de dança

BLOCO DANDARA:

BLOCO AQUALTUNE:

Salão Multicursos

Salão de exposições

JARDIM MESTRE VALENTIM

VILA GASTRONÔMICA BIBLIOTECA

BENÊ RICARDO

CAROLINA DE JESUS

AUDITÓRIO SPIKE LEE

92

PRAÇA ROSA PARKS

7.8 PROGRAMA DE NECESSIDADES

SETOR COMUM AMBIENTE

Balcão de

QUANT. FUNÇÃO

01

recepcionar

POPULAÇÃO

02 px

visitantes

atendimento

MOBÍLIA

Balcão, mesa,

CONDICIONANTES AMBIENTAIS -

ÁREA MIN. 4m²

cadeira e computadores

Jardim Mestre

01

Função

-

estética

Valentim

Postes de

Rampas e escadas

iluminação

devem conter piso

1.000m²

antiderrapante

Playground

Vila

01

01

Espaço

15 px

Mesas e

para

cadeiras,

brincadeira

Escorregador,

s ao ar

balanço e

livre

gira-gira

Compra de

40 px

Quiosques

gastronômica

alimentos

com fogão,

Benê Ricardo

típicos

pia, freezer e

africanos

balcão e praça

-

20m²

-

200 m²

com mesas e cadeiras

Praça Rosa

01

Passagem

-

Bicicletário

01

Guardar

15 px

bicicletas

Sanitários

Bancos,

-

600 m²

canteiros

Parks

02

Necessidad

separações de

-

15 m²

Pia, bacia

Iluminação natural

10 m²

sanitária

mínima: 1/8 e

metal

10 px

es fisiológicas

ventilação natural

93

SETOR CULTURAL AMBIENTE Área de

01

Expor

POPULAÇÃO

MOBÍLIA

30 px

-

CONDICIONANTES AMBIENTAIS iluminação natural

exposição

diversas

mínima: 1/5 da área

Aqualtune

atividades

do piso;

Mesas,

Iluminação natural

desenho

desenho

cadeiras,

mínima: 1/5 da área

básico

nível

lousa e

do piso;

básico

armário

Sala de

BLOCO MULTIUSO DANDARA: ESTÉTICA E ARTES

QUANT. FUNÇÃO

Sala de

02

01

Aulas de

Aulas de

15 px

15 px

artesanato

artesanato

Mesas,

Iluminação natural

cadeiras,

mínima: 1/5 da área

lousa e

do piso;

ÁREA MIN. 450 m²

55 m²

55 m²

armário

Sala de

01

Aulas de

15 px

maquiagem

maquiagem

Mesas,

Iluminação natural

cadeiras,

mínima: 1/5 da área

lousa,

do piso;

55 m²

espelhos e armário Sala de

01

penteados

Aulas de

Mesas,

Iluminação natural

penteados

15 px

cadeiras,

mínima: 1/5 da área

afro

lousa,

do piso;

55 m²

espelhos e armário Sala de

01

Aulas de

15 px

costura

costura

Mesas,

Iluminação natural

cadeiras,

mínima: 1/5 da área

lousa, e

do piso;

55 m²

armário Depósito

01

Guardar

02 px

-

Iluminação natural

mobiliário

mínima: 1/8 da área

e materiais

do piso; pufes, mesa,

Iluminação natural

contação

contação

cadeira e

mínima: 1/5 da área

Roberto C.

de historias

armário

do piso;

pufes, mesa,

Iluminação natural

cadeira e

mínima: 1/5 da área

armário

do piso;

Sala de

NÚCLEO DE INTERPRETAÇÃO

01

Aulas de

20 px

20 m²

60 m²

Ramos Sala de teatro

01

Aulas de

20 px

teatro

Hattie McDaniel

mesas,

Iluminação natural

redação e

redação e

cadeiras e

mínima: 1/5 da área

oratória

oratória

armário

do piso;

-

Iluminação natural

Sala de

01

Aulas de

20 px

60 m²

60 m²

Eckford sala multiuso

01

Atividades

20 px

diversas

mínima: 1/5 da área do piso;

94

60 m²

SETOR CULTURAL AMBIENTE

Sanitários

QUANT. FUNÇÃO

02

Necessida-

POPULAÇÃO

10 px

des

MOBÍLIA

Bacia

Iluminação natural

sanitária e pia

mínima: 1/8 da área

fisiológicas Sala de

01

Aulas de

CONDICIONANTES AMBIENTAIS

ÁREA MIN. 10 m²

do piso; 15 px

Mesa, cadeira,

Iluminação natural

música Bia

música

armário,

mínima: 1/5 da área

Ferreira

nível

lousa, suporte

do piso;

básico

para partitura,

60 m²

bateria.

NÚCLEO DE MÚSICA

Sala de

01

Aulas de

15 px

Mesa, cadeira,

Iluminação natural

música Nina

música

armário,

mínima: 1/5 da área

Simone

nível

lousa, suporte

do piso;

intermed.

para partitura,

60 m²

bateria.

Mesa, cadeira,

Iluminação natural

música Milton

música

armário e

mínima: 1/5 da área

Nascimento

teórica

lousa

do piso;

Sala de

Auditório

01

01

Aulas de

ensaios e

Abigail

pequenas

Moura

apresenta-

15 px

20 px

poltronas e

Iluminação natural

palco

mínima: 1/5 da área

60 m²

60 m²

do piso;

ções Depósito de

01

Guardar

01

-

instrumen-

instrumentos

Sanitários

Necessida-

do piso; 10 px

des

Bacia

Iluminação natural

sanitária e pia

mínima: 1/8 da área

fisiológicas Sala de dança

01

Aulas de

10 m²

do piso; 20 px

dança 01

Isamel Ivo

10 m²

mínima: 1/8 da área

tos 02

Iluminação natural

espelho,

Iluminação natural

armário

mínima: 1/5 da área

60 m²

NÚCLEO DE DANÇA

do piso; Sala de dança

01

Aulas de

20 px

dança 02

Ingrid Silva

espelho,

Iluminação natural

armário

mínima: 1/5 da área

60 m²

do piso; Sala de dança

01

Aulas de

20 px

dança 03

James Brown

espelho,

Iluminação natural

armário

mínima: 1/5 da área

60 m²

do piso; Sala multiuso

01

Atividades

20 px

diversas

espelho,

Iluminação natural

armário

mínima: 1/5 da área

60 m²

do piso; Depósito de

01

Guarda de

02 px

materiais

materiais

Bacia

Iluminação natural

sanitária e pia

mínima: 1/5 da área

20 m²

do piso; Sanitários

02

Necessida-

10 px

des fisiológicas

Bacia

Iluminação natural

sanitária e pia

mínima: 1/8 da área do piso;

95

10 m²

SETOR CULTURAL AMBIENTE

Biblioteca

QUANT. FUNÇÃO

01

Consulta

POPULAÇÃO

40 px

BIBLIOTECA CORALINA DE JESUS

de acervo

Depósito

01

Organiza-

02 px

MOBÍLIA

CONDICIONANTES AMBIENTAIS

Estantes,

Iluminação natural

cadeiras,

mínima: 1/5 da área

mesas e pufes

do piso;

armários,

Iluminação natural

ção e

mesa, cadeira

mínima: 1/8 da área

guarda de

e computador

do piso;

pufes, estantes

Iluminação natural

e tapete

mínima: 1/5 da área

ÁREA MIN. 400 m²

20 m²

material Espaço kids

01

Acervo

10 px

infantil

20 m²

do piso; Sala de

01

área para

20 px

estudo em

estudos

Mesas e

Iluminação natural

cadeiras

mínima: 1/5 da área

grupo Sala de

01

apresenta-

contação de

ções de

histórias

contação

20 m²

do piso; 15 px

arquibancada,

Iluminação natural

pufes

mínima: 1/5 da área

20 m²

do piso;

de historias Sanitários

02

Necessida-

8 px

des

Bacia

Iluminação natural

sanitária e pia

mínima: 1/8 da área

fisiológicas

Auditório

01

apresenta-

do piso;

100 px

ções

Poltronas,

Pé direito mínimo:

palco

3,00m; iluminação

diversas Cabine

01

AUDITÓRIO SPIKE LEE

Controle

400 m²

fluorescente; 02 px

de som e

técnica

10 m²

Mesa e

-

4 m²

Estantes,

Iluminação natural

9 m²

tanque

mínima: 1/8 da área

cadeira

luz D.M.L

01

Guarda de

01 px

materiais de limpeza Depósito de

01

Guarda de

do piso; 01 px

figurinos

figurino

Armários e

Pé direito mínimo:

espelho

3,00m; iluminação

9 m²

fluorescente;

Camarim

01

coletivo + w.c

Mesa, cadeira,

Pé direito mínimo:

para troca

espelho, bacia

3,00m; iluminação

dos artistas

sanitária e pia

fluorescente;

Espaço

05 px

Mesa, cadeira,

Pé direito mínimo:

individual +

para troca

espelho, bacia

3,00m; iluminação

W.C

dos artistas

sanitária e pia

fluorescente;

Camarim

01

Espaço

01 px

96

12 m²

9 m²

SETOR ADMINISTRATIVO AMBIENTE

QUANT. FUNÇÃO

Administra

10 px

MOBÍLIA

CONDICIONANTES AMBIENTAIS

Mesas,

Iluminação natural

ção e

ção geral

cadeiras,

mínima: 1/5 da área

marketing

do projeto

armários e

do piso;

e setor de

computadores

Administra-

01

POPULAÇÃO

ÁREA MIN. 40 m²

comunicação Sala de

01

reuniões

Espaço

10 px

Mesa,

Iluminação natural

para

cadeiras,

mínima: 1/5 da área

reuniões

televisão,

do piso;

20 m²

armários Sala da

01

Vigiar o

02 px

projeto

segurança

Mesa,

Iluminação natural

Cadeira,

mínima: 1/5 da área

armário e

do piso;

10 m²

computador Sala de

01

professores

Espaço de

10 px

Mesa,

Iluminação natural

descanso

Cadeiras,

mínima: 1/5 da área

dos

armário

do piso;

Armários

Iluminação natural

15 m²

professores Almoxarifado

01

Guarda de

01 px

materiais

10 m²

mínima: 1/8 da área do piso;

Secretaria

Arquivo

01

01

morto

Sala da

01

coordenação

Atendimen

Mesas,

Iluminação natural

to ao

cadeiras e

mínima: 1/5 da área

público

computadores

do piso;

Armários

Iluminação natural

Guarda de

15 px

15 px

documen-

mínima: 1/8 da área

tação

do piso;

Espaço

04 px

Armários,

Iluminação natural

para diretor

cadeira, mesa,

mínima: 1/5 da área

e

computador

do piso;

Bacia

Iluminação natural

sanitária e pia

mínima: 1/8 da área

20 m²

10 m²

15 m²

coordenador Sanitários

02

Necessida-

8 px

des fisiológicas

do piso;

97

10 m²

SETOR DE SERVIÇO AMBIENTE

Copa

QUANT. FUNÇÃO

01

Local para

POPULAÇÃO

20 px

refeições

MOBÍLIA

CONDICIONANTES AMBIENTAIS

Mesas,

Iluminação natural

cadeiras, pia,

mínima: 1/5 da área

geladeira,

do piso;

ÁREA MIN. 40 m²

microondas, cooktop

Enfermaria+

01

5 px

enfermos

W.C

D.M.L

Tratar de

01

Guardar

01 px

material de

Maca, sofá,

Iluminação natural

cadeiras, pia,

mínima: 1/5 da área

bacia sanitária

do piso;

Armários e

Iluminação natural

tanque

mínima: 1/8 da área

limpeza

Depósito de

01

manutenção

Conserto e

20 m²

20 m²

do piso;

10 px

Armários,

Iluminação natural

guarda de

mesa e

mínima: 1/8 da área

materiais

cadeira

do piso;

-

Iluminação natural

20 m²

quebrados

Área técnica

01

Local para

02 px

instalações

mínima: 1/8 da área

elétricas e

do piso;

20 m²

hidráulicas

Sanitários

02

Necessida-

8 px

des fisiológicas

Bacia

Iluminação natural

sanitária e pia

mínima: 1/8 da área do piso;

98

10 m²

7.10 DIAGRAMAS VEGETAÇÃO

Jardim

Vegetação rasteira

Vegetação arbustiva e

arbórea

CIRCULAÇÃO

Circulação vertical

Circulação externa

Acesso veículos

Acesso pedestres

99

CONFORTO TÉRMICO

Face mais quente

Face menos quente

Face com sombreamento

Recebe sol da tarde

Recebe sol da manhã

ORIENTAÇÃO SOLAR

Nascimento do sol

Pôr do sol

Direção dos ventos

100

FLUXO

Fluxo público

Fluxo de serviço

SETORIZAÇÃO

Totalmente privado Parcialmente aberto Totalmente aberto

101

ROBERTO CARLOS RAMOS (1965) "ROBERTO CARLOS RAMOS É UM PEDAGOGO E CONTADOR DE HISTÓRIAS BRASILEIRO QUE DEIXOU DE SER MENINO DE RUA EM BELO HORIZONTE, TORNANDO-SE PERSONAGEM CENTRAL DO FILME "O CONTADOR DE HISTÓRIAS", RECONHECIDO COMO UM DOS DEZ MELHORES DO MUNDO, ESCRITOR E PALESTRANTE." (FONTE: REBRINC.COM.BR)

8. PROJETO ARQUITETÔNICO 01

Topografia

18

Instalações hidráulicas

02 Implantação

19

Detalhes

03

Cobertura

Elevações

04

Plantas

09 Cortes

20 22 23

11

Planta Estrutural

25

Entorno

14

Instalações elétricas

26

Memorial Justificativo

102

Perspectivas Paisagismo

topografia do terreno

+2,00

+2,00

+2,00

+2,00

+3,05

+1,90

+3,05

730 +1,70 +3,00 +1,85

+1,70

728 +1,60

+3,05

729

+1,00 +1,40

+3,00

+3,05

+0,60

+0,50

+0,50

+0,50

+0,50

N

PERFIL NATURAL DO TERRENO ESC 1:300

E

W

TOPOGRAFIA ATUAL ESC 1:300

N E

W

S

S

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

ASSUNTO: TOPOGRAFIA DO TERRENO ESC 1:300 REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSร O DE CURSO II profยบ orientador: paulo pinhal

FOLHA: 01

RUA MANOEL DE FREITAS +2,00

+2,00

ESTACIONAMENTO INTERNO RESERVATÓRIO

CASA DE FORÇAS

VEGETAÇÃO PARA VEDAÇÃO E ESTÉTICA. ESPÉCIES ARBÓREAS, ARBUSTIVAS, HERBÁCEAS E FORRAÇÃO

+1,90

PISO SÃO THOMÉ

G.L.P

+3,05

PLANTA DE SITUAÇÃO SEM ESCALA

VEGETAÇÃO PARA VEDAÇÃO E ESTÉTICA. ESPÉCIES ARBÓREAS, ARBUSTIVAS, HERBÁCEAS, SEIXOS DE ARGILA E FORRAÇÃO

+3,05

+3,00

+1,60

+1,50

VEGETAÇÃO PARA FINS ESTÉTICOS E DE VEDAÇÃO. ESPÉCIES: HERBÁCEAS, ARBUSTIVAS E FORRAÇÃO

+3,05 +1,00

RUA LOURENÇO DELLA NINA

RUA JOSÉ GALLUCCI

ESTACIONAMENTO PÚBLICO

15m

+3,00

VEGETAÇÃO PARA CONTEM-PLAÇÃO. ESPÉCIES ARBUSTIVAS E PALMÁCEAS

VEGETAÇÃO COM CONCEITO CONTEMPLATIVO E TÉRMICO. USO DE SEIXOS DE ARGILA, ESPÉCIES DE FORRAÇÃO, HERBÁCEAS, E PALMÁCEAS

PLAYGROUND PISO: BLOCKET DE BORRACHA VEGETAÇÃO: PALMÁCEAS

+0,60

+0,50

O PROJETO

USOS PERMITIDOS

Área total do terreno

9.883 m²

-

Taxa de ocupação

3.922 m²

4.941,5 m²

C.A.

5.814 m²

14.749,5 m²

Área permeável

5.961 m²

1976,6 m²

Vagas para auto

50 vagas + 10 bicibletário

49 vagas

Vagas P.N.E

5 vagas

10% das vagas totais

Gabarito de altura

3 pav.

-

Largura de escadas/ rampas

mínimo 1,50m

Mínimo 1,20m

+0,50

+0,50

RUA NITO SONA

PLANTA DE IMPLANTAÇÃO ESC 1:500

VILA GASTRONÔMICA PISO: DECK DE MADEIRA

JARDIM COM CONCEITO CONTEMPLATIVO E TEMÁTICO, COMPOSTO POR CANTEIROS COM ESPÉCIES ARBÓREAS, ARBUSTIVAS, E HERBÁCEAS

PLANTA DE COBERTURA PLATIBANDA (H)= 2,5m

PLATIBANDA (H)= 2,5m

E ADA ILIZ B A ME PER DE CO STI E IM ANTA J A ACÚ L M O M ENT CO LAM ISO ) % +14,10 (i=2

E DA LAJ ILIZA EAB ) M ER i=2% ( IMP +17,00

ADA

ILIZ EAB ERM %) P E IM (i=2 LAJ +11,65

PLATIBANDA (H)= 2,5m

PLATIBANDA (H)= 2,5m

PLATIBANDA (H)= 2,5m

PLATIBANDA (H)= 2,5m

COBERTURA DE VIDRO COM ESTRUTURA METÁLICA i=2% +11,40

PLATIBANDA (H)= 0,60m

PLATIBANDA (H)= 2,5m

PLATIBANDA (H)= 0,60 m

PLATIBANDA (H)= 2,5m

PLATIBANDA (H)= 0,60m

LAJE IMPERMEABILIZADA (i=2%) +11,30

LAJE IMPERMEABILIZADA E COM MANTA DE ISOLAMENTO ACÚSTICO (i=2%) +14,75

PLATIBANDA (H)= 2,5m

N E

PLANTA DE COBERTURA ESC 1:300

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

W

S

ASSUNTO: planta de cobertura REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II profº orientador: paulo pinhal

FOLHA: 03

PLANTA-CHAVE

planta arquitetônica 19,80

20,00

20,00

3,70

4,00

2,30

15,00

1,90

4,10

3,80

4,90

4,70

4,80

C

N E

J2

J1 J1

J2

P1

3,90

P1 J4

w.c.

w.c.

GUARDA DE MATERIAIS

J3

w.c.

J4

J3

J3

J3

P1

P1

J3

J3

J3

SALA DE CONTAÇÃO

4,90

SALA DE COSTURA

J3

W

J3

SALA DE ESTUDOS

ESPAÇO KIDS

(23,04 m²)

(23,04 m²)

P1 P4

P4 J4

J3

S

(22,56 m²) P1

P3

J3

w.c.

(21,50 m²) (4,75 m²) (4,25 m²) (21,50 m²) P1 P1 P1 P1 P1 P1

(78,00 m²)

J3

P4

5,00

J1 J1 P4

ÁREA DE EXPOSIÇÃO

(49,00 m²)

J1= 0,60x0,60x1,50 J2= 0,80x0,80x1,30 J3= 1,00x1,10x1,00

(500,00 m²)

J4 P1

+3,05

P1

SALÃO MULTICURSOS DANDARA

(49,00 m²)

A

P4

P1=0,80x2,10 P2=0,90x2,10 P3=1,20x2,10 P4=1,80x2,10

A

(40,00 m²)

(80,00 m²) +1,40

SALA DE MAQUIAGEM

+3,00

+4,05

P4

35,00

4,90

JARDIM

(49,00 m²)

P4

P1

P2

J3 J3

P1 P4

SALA DE DESENHO NÍVEL INTERMED.

P4 P4 P1

P1

(49,00 m²)

FOYER

J4

(191,44 m²)

P1

w.c.

JARDIM

(80,00 m²)

4,80

4,90

SAÍDA DE EMERGÊNCIA

(22,56 m²)

P2 P4

J4

DEPÓSITO

P4

(49,00 m²)

P1

4,30

4,90

J4

SALA DE DESENHO NÍVEL BÁSICO

4,90

P1 J4

J2 J2

P1 +3,00 P1

J4

SALA DE MODELAGEM

J2

w.c.

(80,00 m²) P1

P1

P1

J2

5,20

P1 J4

5,00

35,00

J4

(525,00m²) +3,05

(700,00 m²) J4

BIBLIOTECA CAROLINA DE JESUS

14,70

J4

J4= 1,50x3,00x2,00 P4

SALA DE PENTEADOS

15,80

4,90

J4

(50,00 m²)

10,40 21,58

17,08

1,34

9,60

5,20

54,80

B

C

PAVIMENTO TÉRREO BLOCO CULTURAL ESC 1:200

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

ASSUNTO: planta pav. térreo esc 1:200 REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II profº orientador: paulo pinhal

FOLHA: 04

PLANTA-CHAVE

planta arquitetônica B

0

10,1

J3

0 30,0

J3

10,1

J3

J3

J3

3,70

ÃO NÇ E T NU TO MA I ÓS0 m²) DEP(26,0

J3

J3

J3

J3

J3

J3

m

J3

P1

P4 J3

J3

P3 P1

3,80

J3

J3

P3

J3

P1

P1 J3

J3

J3

J3 J3

J3

J3

J1= 0,60x0,60x1,50 J2= 0,80x0,80x1,30 J3= 1,00x1,10x1,00

J3

P3

+3,05

ULA E A KFORD D A C SAL TH E0 m²) 0 E , 0 B (8 IZA

P1

J3

J4= 1,50x3,00x2,00

J3 J3

P1

J3

P1

J3

P1

J3

J3

P1

.

W.C m²)

J3

,00

(40 P1

RO EAT IEL T N E A D CDA SAL TIE M0,00 m²) (8 HAT

J3

J3

J3

J3

J3

J3

S

EL

J3

P1

(2

,00

(40

P3

(5

.L²) m D6.M ,00

.

W.C ²)

J3

P3

J3

D

PA ²) CO 0m 2,0

/

P1

J3

J3 J3

P1

P3 J3

J3

J3

J3

6,50 J3

W

J3

8,10

J3

J3

J3

E

P1

J3

ÃO TAÇ OS N CO AM DE C. R A L ²) O m A T 0 S ,0 BER (80 RO

J3

J3

J3

J3

J3

J3

E AD SAL TIUSO ²) L MU 80,00 m

J2

N

3,80

J3

J3

2,00

J3

(

J3

6,50

D

J3

J3

0

9,80

0 15,0

J3

5,00 J2

9,80

J3

8,10

J3

0

J3

J3

4,80

54,8

J3

J3

P1

J3

J3

J3

P1=0,80x2,10 P2=0,90x2,10 P3=1,20x2,10 P4=1,80x2,10

J3

P4

P1 J2

+3,05

J3

J3

J2

J3 J3

A

2,10

AR) I ERM0 m²

ENF

J3

,0

(26

P1 P1

P1

.0C0 .m²) W 26,

P1

1,93

0 20,0

P1

J3 J3

J3

J3

J3

J3

J3

J3

J3

J2

P1

RIA ET0 A m²) R 0 C SE (52,

J3

J3 J2

(

P4

J2 J2

P1

J2

J3

.C.m²)

W ,00 (26

P1

P1

P1

P1 P1

J3

P4

7,90

J3

P4

J3

PRAÇA ROSA PARKS +3,00

J3

B

PAVIMENTO TÉRREO BLOCO ADMINISTRATIVO E EDUCACIONAL ESC 1:200

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

ASSUNTO: planta pav. térreo esc 1:200 REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II profº orientador: paulo pinhal

FOLHA: 05

PLANTA-CHAVE

planta arquitetônica

39,80

15,00 2,20

2,30

3,10

1,50

2,30

2,20

N E

P1

P1

CAMARIM COLETIVO (9,30 m²)

W

DEPÓSITO CAMARIM DE W.C. INDIVIDUAL FIGURINOS (4,50m²) (6,90 m²) (6,60 m²) P1

P1

P1

3,00

DEPÓSITO DE MATERIAIS (6,90 m²)

S

P1

4,80

D.M.L (6,60 m²)

(31,62 m²) +8,35

+7,35

J1= 0,60x0,60x1,50 J2= 0,80x0,80x1,30 J3= 1,00x1,10x1,00

P3

5,60

7,60

12,10

J4= 1,50x3,00x2,00

35,00

35,00

+7,95

P1=0,80x2,10 P2=0,90x2,10 P3=1,20x2,10 P4=1,80x2,10

(6,25 m²) P3

4,70

P3

AUDITÓRIO SPIKE LEE

FOYER

P1

P1

P1

(226,50 m²) +7,35

(191,44 m²) P1

P1

P1

19,81

J2

J2 (191,44 m²)

20,00

J2

P1

P1

J2

5,00

J3

5,00

J3

15,00

SEGUNDO PAVIMENTO BLOCO CULTURAL ESC 1:200

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

ASSUNTO: planta segundo pav. esc 1:200 REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II profº orientador: paulo pinhal

FOLHA: 06

PLANTA-CHAVE

planta arquitetônica B

N E

0

10,1

J3

0 30,0

J3 J3

J3

CA ÚSI NTO M E E AD CI²M m) SAL N NA0S 00 , TO (8 MIL

J2

0

10,1

J3

A SIC MÚ E E ON AD SAL NA SI0Mm²) NI 80,0

J3

J3

ÇÃO

P1

A DEN ²) OR 26,00 m

3,70

CO

(

E EC.

J3 J3

P1

J3

J3

J3

1,79

(1

J3

DO

P1

J3

OX 0 m²) ALM (14,3 A NÇ P1 RA ) ² U m SEG(14,30

P4

J3

J3

J3

+7,20

J3

P1

TO

P1

P1

J3

P1

J3

P1 P1

J2

0m

P1 (40,0

(26

J2

,00

. ²) W6,.0C 0m

J3

E ÇÃO ADM UNICmA ²) M 0 CO (52,0

J3

J3

J3

J3

J3

J3

J3

J3

J3

J3

0 12,6

J3

P1 J3 P1

J3

J3

J3

J3

2,30

J2

0

30,0

0

10,1

P1

P1

P1 P4

7,70

J3 J3

J3

(2 P1

P1

J3

J2 J2

P1

J3

J3

J3

P1

J3 J3

P4

J3

.

W.C ²)

5,00

J2

.

W.Cm²)

J3

P1

J3

CA ÚSI M A E A D RREIR L A S FE m²) BIA (80,00

P3

P1

J3

0,8 (10

P3

J2

P1=0,80x2,10 P2=0,90x2,10 P3=1,20x2,10 P4=1,80x2,10

J3

4,00

1,81

0 20,0

m 30 AR(Q 14,

IL

GA ABI O I R ITÓ RA AUD MOU m²)

J2

R MO²)

J3

0

J3

S

J3

J3

J3

J3

J3

J3

P1

O Á0RmI²) M R 3 , A 4

J3

P3

FA ERI

J4= 1,50x3,00x2,00

J3

J3

+7,25

J3

+7,25

P1

P3

P1

ET UIP CA Q I E ÍST m²) ART(26,00

J3

J3

J3

(

4,00

3,80

D

P1

P1

J3

E AD SAL IÃO N0 m²) ,0 REU (26

J3

J3

J3

²)

J3

J3

J1= 0,60x0,60x1,50 J2= 0,80x0,80x1,30 J3= 1,00x1,10x1,00

P3

0m

6,50

J3

J3

J3

8,10

J3

,

(40

J3

J3

6,50

2,00

J3

J3

,6 (21

1

P1

. ²) W.0C 0m

P1 J3

5,00

P1

J3

0

J3

9,80

J3

J3

20,0

J3 J3

J3

J3

J3

3,80

9,80

P1

S

D

J3

J3

5,00 J2

J3

8,10

J3

0

W

J3

J3

4,80 54,8

J3

6,50

J3

2,00

J3

6,50

15,0

0

B

SEGUNDO PAVIMENTO BLOCO ADMINISTRATIVO E EDUCACIONAL ESC 1:200

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

ASSUNTO: planta segundo pav. esc 1:200 REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II profº orientador: paulo pinhal

FOLHA: 07

PLANTA-CHAVE

planta arquitetônica B

0

10,1

N

J3

0

30,0

J3

J3

J3 J3

J3

4,80

J3

D

J3

J3

J3

5,00 J2

10,1

0

J3

9,80

J3

P1 P1

J3 P1

J3

,

(40

J3

AN E D VO D I A SAL MAEL00 m²) , 0 IS 8

J3 J3 J3

J3 P1 +11,55

J3

P3

P1 P1

P3

0

13,1

D

J3 P4 +11,40

J3

J3

J3

J3

E AD D R S A GU ERIAI T 0 m²) A M (41,6

P1

J3 P1

J3

.

W.0C0 m²)

J3

J3 P1 J2

J3

J3 J3

J3

J3

J3

P1

J3

J3

J3

J3

J3 J3

5,00

J3

J3

J3

J3

J4= 1,50x3,00x2,00 J3 J3

P1=0,80x2,10 P2=0,90x2,10 P3=1,20x2,10 P4=1,80x2,10

J3

J3

P1

J3

J3

J3

P1 (40,

ÇA DAN A E ILV AD SAL RID,0S m²) 0 ING (80

J3

J1= 0,60x0,60x1,50 J2= 0,80x0,80x1,30 J3= 1,00x1,10x1,00

J3

8,10

J3

J3

J3

J3

J3

J3

ÇA DAN N E AD OW SAL ES BRm²) 0 JAM (80,0

P3 J3

J3

J3

P1 P1

J3

J3

P3

(

J3

J3

.

W0.C ²) 0m

P1

ÇA

J3

00 20,

J3

J3

J3

J3

S

3,80

0 9,8 J3

A SAL TIUSO ) L MU(80,00 m²

J2

W

8,10

J3

E

J3

J3

J3

J3

9,90

J3

5,00

J2

0

30,0

J3

0

10,1

B

TERCEIRO PAVIMENTO BLOCO EDUCACIONAL ESC 1:200

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

ASSUNTO: planta terceiro pav esc 1:200 REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II profº orientador: paulo pinhal

FOLHA: 08

cortes PLATIBANDA (H)=2,50

PLATIBANDA (H)=2,50

LAJE IMPERMEABILIZADA COM ISOLAMENTO ACÚSTICO INCLINAÇÃO DE 2%

1,50

LAJE IMPERMEABILIZADA INCLINAÇÃO DE 2%

0,60

PLATIBANDA (H)=1,00

DETALHE 01

0,60

1,00

+14,75 COBERTURA

PLATIBANDA (H)=0,60

16,80

AUDITÓRIO

4,45 7,00

0,50

1,50

2,00 0,30

COBERTURA +11,30

+0,00

+0,30

+0,15

0,50 1,05

6,40

2,50

+3,00

+1,95

Piso Vinílico

+4,05

3,98

3,48

1,00 0,90

7,80

7,80

3,00

9,30

+3,05

Piso: Vinílico +7,35

+7,35 PAV. SUPERIOR

Piso: Carpete

BIBLIOTECA +3,07

+3,07 PAV. TÉRREO

Piso: Vinílico

Piso Vinílico

2,40

+0,50

P.N.E +0,50

1,50

+1,90

0,25

PAV. TÉRREO BLOCO DANDARA

+3,00

1,40

PAV. TÉRREO BLOCO AQUALTUNE

SALÃO MULTICURSOS

4,30

10,85

+8,05

+0,50 +0,15

+0,50 P.N.E

+0,00

N

CORTE AA ESC 1:200

E

W

S

PLATIBANDA (H)=2,50

+1,80

+1,90

+2,00

+3,00 +3,00

Piso: Vinílico

+3,00

+3,05

8,83

6,90

3,95

2,10

Piso de madeira plástica

PAINÉL DE BAMBU

VARANDA 8,40

8,30

ÁREA DE EXPOSIÇÃO

SALA DE TEATRO

Piso Vinílico

DETALHE 03

1,50

0,50

0,50 7,80 8,30

7,86

8,35

W.C. P.N.E

5,70

1,00 1 0,30 2,70

PERGOLA DE MADEIRA

LAJE IMPERMEABILIZADA INCLINAÇÃO DE 2%

+11,46 COBERTURA

ÁREA DE EXPOSIÇÃO

1 0,30 2,70

1,001,10 1,90

4,00 4,00

COBERTURA DE VIDRO E ESTRUTURA DE AÇO

SALA DE MÚSICA

Piso Vinílico

PLATIBANDA (H)=0,60

2,10

+3,05

Piso Linóleo

PLATIBANDA (H)=0,60

2,41

+3,00

SALA DE DANÇA

0,30 2,70

4,00

0,50 3,55

4,05

SANITÁRIO FEM.

1,001,10 1,90

+7,30

+7,25

4,00

3,55

4,05

SANITÁRIO FEM.

4,00

0,50

+11,55

1,001,10 1,90

+11,50

2,10 1,40 0,50 2,10 1,40 0,50 2,10 1,40 0,50

4,00

0,50 3,55

4,05

0,20 2,30

SANITÁRIO FEM.

0,20 2,30

2,50 1,350,80 1,95

PAINÉL DE ACM DETALHE 02

Piso: Porcelanato

+3,00

+3,00 PAV. TÉRREO

2,35

P.N.E +2,00

1,30

+3,00

1,80

PAV. TÉRREO

PAINEL METÁLICO ISOLANTE

LAJE IMPERMEABILIZADA COM ISOLAMENTO ACÚSTICO INCLINAÇÃO DE 2%

0,20 2,30

1º ANDAR +7,25

0,30

0,15

15,30

2º ANDAR +11,50

1,350,80 1,95

0,15

COBERTURA +14,10

1,00 1,350,80 1,95

0,20

PLATIBANDA (H)=2,50

+0,50 +0,15

+0,50 P.N.E 0,0

N

CORTE BB ESC 1:200

E

W

S

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

ASSUNTO: cortes aa e bb REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II profº orientador: paulo pinhal

FOLHA: 09

cortes

PLATIBANDA (H)=2,50

RUFO DE CHAPA GALVANIZADA

2,50 1,00

DETALHE 01 ESC 1:25

12,03 0,50

+3,05

2,10

+3,05

3,50

W.C.

DEPÓSITO

Piso: Vinílico

JOELHO DE 90º/ 75mm CONDUTOR 75mm

+7,30 PAV. SUPERIOR

DETALHE 04 +3,00

Piso: Porcelanato

2,40

P.N.E +2,00

+14,48 COBERTURA

6,00 +7,35

0,80

Piso: Vinílico

DETALHE 02 ESC 1:25

LUVA DE 75 mm

Piso: Porcelanato

BIBLIOTECA

3,50

4,00

2,70

+7,95

1,70

PAV. TÉRREO +3,00

0,30

2,13

0,50

+7,95 +7,65 +7,75 +7,85 +7,35 +7,45 +7,55

2,10

0,601,50

7,00

6,40

7,00

+8,35

Piso: Vinílico

PAV. SUPERIOR +7,30

CALHA DE CHAPA GALVANIZADA

PAINEL METÁLICO ISOLANTE

W.C.

FOYER

AUDITÓRIO 01

PALCO

PLATIBANDA (H)=1,00 LAJE IMPERMEABILIZADA

LAJE IMPERMEABILIZADA COM ISOLAMENTO ACÚSTICO INCLINAÇÃO DE 2%

1,50

COBERTURA +14,78

LEGENDA

PLATIBANDA (H)=2,50

CAIXA D'AGUA 5.000 L

2,50

PAINEL METÁLICO ISOLANTE

PAV. TÉRREO

+0,50 P.N.E

DETALHE 05 ESC 1:25 DETALHE 03 ESC 1:100

N

CORTE CC ESC 1:200

E

W

1,50

S

P.N.E +2,00

4,00

4,00

1,001,10

4,00

4,00

0,50 3,50 +3,05

Piso: Vinílico

1,50

0,30 2,50 0,25

+11,55 2º ANDAR

+7,25 1º ANDAR

0,25

1,001,10

4,00

4,00

0,50 0,50 3,50

4,05 4,05 +3,00

SALA MULTIUSO

+15,90 COBERTURA

DETALHE 04 ESC 1:50

DETALHE 06 ESC 1:50

+3,00 PAV. TÉRREO

0,40

+3,05

Piso: Vinílico

1,001,101,40 0,501,001,101,40 0,501,001,101,40 0,50

Piso: Vinílico

+7,25

SANITÁRIO FEM.

4,00

SALA DE CONTAÇÃO

Piso: Linóleo

SALA DE MÚSICA TEÓRICA

+7,25

0,50

+7,30

0,50

Piso: Vinílico

3,50

4,05

0,50 +8,00

SANITÁRIO FEM.

1,90

3,50

4,00

SALA DE MÚSICA NÍVEL INTERMED.

+11,55

+11,50

0,50

+11,55

1,90

4,00

0,50 3,50

1,001,10 1,90

0,50

Piso: Linóleo

SALAS MULTIUSO

1,001,10

Piso: Porcelanato

SALA DE DANÇA

3,50

4,00

+3,05

DETALHE 06

1,90

Piso: Vinílico

4,00

COPA

1,001,10 2,50 1,90

2,50

D.M.L

1,001,10 1,90

Piso: Vinílico

1,001,10 1,90

+7,30

Piso: Vinílico

1,001,10 1,90

4,00

ALMOXARIFADO

4,00

4,00

1,051,10 1,90

SALA DA EQUIPE TÉCNICA E ARTÍSTICA

LAJE IMPERMEABILIZADA COM ISOLAMENTO ACÚSTICO INCLINAÇÃO DE 2%

2,40

0,40

PAV. TÉRREO +3,00

DETALHE 05

2,40

1,001,10 1,90

0,25

11,05

PAV. SUPERIOR +7,30

0,30

COBERTURA +11,65

LAJE IMPERMEABILIZADA INCLINAÇÃO DE 2%

4,00

2,50

PLATIBANDA (H)=2,50

PLATIBANDA (H)=2,50

CAIXA D'AGUA 5.000 L

15,40

LAJE IMPERMEABILIZADA INCLINAÇÃO DE 2%

+0,50 P.N.E

N

CORTE DD ESC 1:200

E

W

S

DETALHE 06 ESC 1:50

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

ASSUNTO: cortes cc, dd e detalhamentos REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II profº orientador: paulo pinhal

FOLHA: 10

PLANTA-CHAVE

PLANTA ESTRUTURAL

PLANTA DE EIXOS ESTRUTURAIS BLOCO ADMINISTRATIVO E EDUCACIONAL ESC 1:200

N E

W

S

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

ASSUNTO: PLANTA ESTRUTURAL ESC: 1:200 REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSร O DE CURSO II profยบ orientador: paulo pinhal

FOLHA: 11

PLANTA-CHAVE

PLANTA ESTRUTURAL

PLANTA DE EIXOS ESTRUTURAIS BLOCO CULTURAL ESC 1:200

N E

W

S

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

ASSUNTO: PLANTA ESTRUTURAL ESC 1:200 REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSร O DE CURSO II profยบ orientador: paulo pinhal

FOLHA: 12

PLANTA-CHAVE

PLANTA ESTRUTURAL

PLANTA DE EIXOS ESTRUTURAIS SEGUNDO PAVIMENTO ESC 1:200

N E

W

S

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

ASSUNTO PLANTA ESTURURAL ESC 1:200 REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSร O DE CURSO II profยบ orientador: paulo pinhal

FOLHA: 14

PLANTA-CHAVE

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

N E

W

S

SALA DE CONTAÇÃO

GUARDA DE MATERIAIS

ESPAÇO KIDS

SALA DE ESTUDOS

SALA DE COSTURA

AUDITÓRIO 01

SALA DE PENTEADOS BIBLIOTECA SALA DE MAQUIAGEM

SALA DE DESENHO NÍVEL BÁSICO

DEPÓSITO FOYER

SALA DE DESENHO NÍVEL INTERMED.

SALA DE MODELAGEM

LOCAÇÃO DE PONTOS ELÉTRICOS PAVIMENTO TÉRREO ESC 1:200

LOCAÇÃO DE PONTOS ELÉTRICOS PAVIMENTO SUPERIOR ESC 1:200

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

ASSUNTO: INSTALAÇÕES ELÉTRICAS REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II profº orientador: paulo pinhal

FOLHA: 14

PLANTA-CHAVE

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

N E

W

S

SAL

E AD

LT MU

O IUS

.

E

AD

SAL

ÇÃO NTA O C

W.C

A

E AD

AUL

SAL PA CO

/ ÃO NÇ E T NU TO MA I ÓS DEP

ET

AD SAL

.L D.M

W.C

.

EA

A

ARI

RM NFE

TRO

E

A ARI T E R SEC

W.C

.

W.C

.

LOCAÇÃO DE PONTOS ELÉTRICOS PAVIMENTO TÉRREO ESC 1:200

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

ASSUNTO: INSTALAÇÕES ELÉTRICAS REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II profº orientador: paulo pinhal

FOLHA: 15

PLANTA-CHAVE

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

N E

W

S

ICA

A SAL

R TEÓ

.

W.C

L ÍVE EN D .

A SAL RMED E INT

IÃO

A SAL

D

EUN ER

AU

IO ÓR DIT

02

DO IFA

ÇÃO

ENA RD

XER LMO

O CO

A

.

ÇA

AN UR G E S

OS RES AD O SAL FESS O PR

SAL

ÍV EN D A

EL

BÁ

O SIC

W.C

OS

ÁRI

ARM

TO OR

.

W.C

M ARQ

+ ADM

T

MK

.

W.C

LOCAÇÃO DE PONTOS ELÉTRICOS SEGUNDO PAVIMENTO ESC 1:200

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

ASSUNTO: INSTALAÇÕES ELÉTRICAS REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II profº orientador: paulo pinhal

FOLHA: 16

PLANTA-CHAVE

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

N E

USO

LTI MU E AD

W

SAL

E AD

DAN

ÇA

01

W.C

S

.

SAL

3

A0

Ç DAN E AD

SAL

2 A0

A SAL

DE

Ç DAN

W.C

.

A ARD GU S DE ERIAI T MA

LOCAÇÃO DE PONTOS ELÉTRICOS TERCEIRO PAVIMENTO ESC 1:200

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

ASSUNTO: INSTALAÇÕES ELÉTRICAS REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II profº orientador: paulo pinhal

FOLHA: 17

PLANTA-CHAVE

INSTALAÇÕES HIDRAULICAS

N E

W

S

.

W.C

.

W.C

LEGENDA

LOCAÇÃO DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS ESC 1:300

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

ASSUNTO: INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II profº orientador: paulo pinhal

FOLHA: 18

N E

detalhes

W

S

1,50

1,10

3,10

1,80

2,00

CORTE VILA GASTRONÔMICA BENÊ RICARDO ESC 1:200

PLANTA VILA GASTRONÔMICA BENÊ RICARDO ESC 1:200

PLANTA GUARITA ESC 1:50

4,00 2,00

2,80

ÁREA= 44 m²

4,22

3,00

ÁREA= 6 m²

RESERVATÓRIO 20.000 l

2,50

3,80

PLANTA QUIOSQUE ALIMENTICIO ESC 1:50

PLANTA RESERVATÓRIO EXTERNO ESC 1:100

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

PLANTA CASA DE FORÇAS ESC 1:50

PLANTA LIXEIRA ESC 1:50

ASSUNTO: detalhes REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II profº orientador: paulo pinhal

PLANTA GLP ESC 1:50

FOLHA: 19

3,00

r=2,50 r=2,00

ELEVAÇÕES TINTA SEMI-BRILHO COR: LARANJA PAINEL METÁLICO ISOLANTE REVESTIDO POR TINTA ANTICORROSIVA BRANCA

PAINEL DE ACM COR: LARANJA

PAINEL DE BAMBU GRAFITADO

PAINEL METÁLICO ISOLANTE REVESTIDO POR TINTA ANTICORROSIVA BRANCA MURO GRAFITADO

TINTA SEMI-BRILHO COR: SPEARMINT (PANTONE)

TINTA ECOLÓGICA COR: TERRACOTA

TINTA ECOLÓGICA COR: TERRACOTA

ELEVAÇÃO SUL ESC 1:250

BRISE METÁLICO REVESTIDO POR TINTA ANTICORROSIVA BRANCA

TINTA SEMI-BRILHO COR: SPEARMINT (PANTONE)

TINTA SEMI-BRILHO COR: LARANJA

TINTA SEMI-BRILHO COR: SPEARMINT (PANTONE) MURO GRAFITADO COM DESENHOS TRIBAIS BRISE METÁLICO REVESTIDO POR TINTA ANTICORROSIVA BRANCA

MURO GRAFITADO COM DESENHOS TRIBAIS

ELEVAÇÃO NORTE ESC 1:250

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

ASSUNTO: ELEVAÇÃO NORTE E SUL REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II profº orientador: paulo pinhal

FOLHA: 20

ELEVAÇÕES TINTA SEMI-BRILHO COR: LARANJA COBERTURA DE VIDRO E ESTRUTURA DE METAL

TINTA SEMI-BRILHO COR: SPEARMINT (PANTONE)

TINTA ECOLÓGICA COR: TERRACOTA

PAINEL METÁLICO ISOLANTE REVESTIDO POR TINTA ANTICORROSIVA BRANCA

PEITORIL DE CONCRETO

TINTA SEMI-BRILHO COR: SPEARMINT (PANTONE)

PLACAS DE VIDRO

ELEVAÇÃO OESTE ESC 1:250

PAINEL METÁLICO ISOLANTE REVESTIDO POR TINTA ANTICORROSIVA BRANCA PAINEL METÁLICO ISOLANTE REVESTIDO POR TINTA ANTICORROSIVA BRANCA

TINTA ECOLÓGICA COR: TERRACOTA

TINTA SEMI-BRILHO COR: LARANJA

MURO GRAFITADO

TINTA SEMI-BRILHO COR: SPEARMINT (PANTONE)

COBERTURA DE VIDRO E ESTRUTURA DE METAL

PLACAS DE VIDRO

DECK DE MADEIRA PLÁSTICA

PLACAS DE VIDRO

ELEVAÇÃO LESTE ESC 1:250

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO

ASSUNTO: ELEVAÇÃO LESTE OESTE REBECA FONTES RODRIGUES 111151102647 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II profº orientador: paulo pinhal

FOLHA: 21

UBu NtU 22

TABELA DE ARBUSTIVAS LEGENDA

IMAGEM

ESPECIFICAÇÃO

TABELA DE HERBÁCEAS LEGENDA

LEGENDA

TABELA DE PALMÁCEA LEGENDA

IMAGEM

ESPECIFICAÇÃO PALMEIRA-ARECA: DYPSIS LUTESCENS; PORTE DE 3 Á 9M; ORIGEM: ÁFRICA, MADAGASCAR, CLIMA: EQUATORIAL, SUBTROPICAL, TROPICAL. LUMINOSIDADE: MEIA SOMBRA, SOL PLENO. CICLO DE VIDA: PERENE

PALMEIRA-AZUL: BISMARCKIA NOBILIS; PORTE DE 12M; ORIGEM: MADAGASCAR CLIMA: EQUATORIAL, MEDITERRÂNEO, SUBTROPICAL, TROPICAL; LUMINOSIDADE: MEIA SOMBRA, SOL PLENO; CICLO DE VIDA: PERENE

IMAGEM

ESPECIFICAÇÃO

CAMARÃO VERMELHO: JUSTICIA BRANDEGEANA; PORTE ATÉ 90CM; ORIGEM: AMÉRICA DO NORTE, MÉXICO; CLIMA: EQUATORIAL, OCEÂNICO, SUBTROPICAL, TROPICAL; LUMINOSIDADE: LUZ DIFUSA, MEIA SOMBRA; CICLO DE VIDA: PERENE.

AGAVE-DRAGÃO: AGAVE ATTENUATA; PORTE DE ATÉ 1,80M; ORIGEM: AMÉRICA DO NORTE, MÉXICO; CLIMA: EQUATORIAL, SUBTROPICAL, TROPICAL; LUMINOSIDADE: SOL PLENO; CICLO DE VIDA: PERENE

CAMARÃO AMARELO: PACHYSTACHYS LUTEA; PORTE DE 1.20M; ORIGEM: AMÉRICA DO SUL, PERU CLIMA: EQUATORIAL, OCEÂNICO, SUBTROPICAL, TROPICAL LUMINOSIDADE: MEIA SOMBRA, SOL PLENO CICLO DE VIDA: PERENE

FICÓIDE: DOROTHEANTHUS BELLIDIFORMIS; PORTE ATÉ 15 CM; ORIGEM: ÁFRICA, ÁFRICA DO SUL; CLIMA: MEDITERRÂNEO, OCEÂNICO, SUBTROPICAL,TEMPERADO, TROPICAL; LUMINOSIDADE: SOL PLENO; CICLO DE VIDA: ANUAL

GAZÂNIA: GAZANIA RIGENS; PORTE DE ATÉ 30 CM; ORIGEM: ÁFRICA, ÁFRICA DO SUL; CLIMA: EQUATORIAL, MEDITERRÂNEO, SUBTROPICAL, TEMPERADO, TROPICAL; LUMINOSIDADE: SOL PLENO; CICLO DE VIDA: PERENE

CLOROFITO: CHLOROPHYTUM COMOSUM; PORTE ATÉ 60 CM; ORIGEM: ÁFRICA, ÁFRICA DO SUL CLIMA: EQUATORIAL, MEDITERRÂNEO, SUBTROPICAL, TROPICAL; LUMINOSIDADE: MEIA SOMBRA, SOL PLENO; CICLO DE VIDA: PERENE

DRACENA-DE-MADAGASCAR: DRACAENA MARGINATA; PORTE DE ATÉ 6M; ORIGEM: ÁFRICA, MADAGASCAR; CLIMA: EQUATORIAL, SUBTROPICAL, TROPICAL; LUMINOSIDADE: MEIA SOMBRA, SOL PLENO; CICLO DE VIDA: PERENE

BABOSA-ESPIRAL: ALOE POLYPHYLLA; PORTE ATÉ 60CM; ORIGEM: ÁFRICA, LESOTO CLIMA: EQUATORIAL, MEDITERRÂNEO, SUBTROPICAL, TROPICAL; LUMINOSIDADE: SOL PLENO; CICLO DE VIDA: PERENE

TABELA DE FORRAÇÕES

SETORIZAÇÃO DE VEGETAÇÃO ESC: S/E

IMAGEM

ESPECIFICAÇÃO

TABELA DE ARBÓREAS LEGENDA

IMAGEM

ESPECIFICAÇÃO

TRAPOERABA-ROXA: TRADESCANTIA PALLIDA PURPUREA; PORTE ATÉ 40 CM; ORIGEM: AMÉRICA DO NORTE, MÉXICO; CLIMA: EQUATORIAL, SUBTROPICAL, TROPICAL; LUMINOSIDADE: MEIA SOMBRA, SOL PLENO; CICLO DE VIDA: PERENE

JACARANDÁ MIMOSO: JACARANDA MIMOSIFOLIA; PORTE ATÉ 15M; ORIGEM: AMÉRICA DO SUL, ARGENTINA; CLIMA: CONTINENTAL, MEDITERRÂNEO, SUBTROPICAL,TROPICAL; LUMINOSIDADE: SOL PLENO; CICLO DE VIDA: PERENE

GRAMA-ESMERALDA: ZOYSIA JAPONICA; PORTE ATÉ 15 CM; ORIGEM: ÁSIA, CHINA, JAPÃO; CLIMA: EQUATORIAL, MEDITERRÂNEO, SUBTROPICAL,TEMPERADO, TROPICAL; LUMINOSIDADE: SOL PLENO; CICLO DE VIDA: PERENE

IPÊ AMARELO: TABEBUIA CHRYSOTRICHA; PORTE ATÉ 12M; ORIGEM: BRASIL; CLIMA: QUENTE E ÚMIDO; LUMINOSIDADE: SOL PLENO; CICLO DE VIDA: PERENE

CAPIM-DO-TEXAS: CORTADERIA SELLOANA; PORTE ATÉ 4M; ORIGEM: AMÉRICA DO SUL, ARGENTINA, BRASIL; CATEGORIA: ARBUSTOS, FLORES PERENES, FOLHAGENS; CLIMA: MEDITERRÂNEO,

IPÊ ROXO: TABEBUIA IMPETIGINOSA; PORTE ATÉ 12M; ORIGEM: AMÉRICA DO SUL; CLIMA: EQUATORIAL, SUBTROPICAL, TROPICAL; LUMINOSIDADE: SOL PLENO; CICLO DE VIDA: PERENE

23

PAVIMENTAÇÃO ESC: S/E LEGENDA

MOBILIÁRIO EXTERNO ESC: S/E IMAGEM

ÍTEM PISO FULGET (GRANITO LAVADO): PISO ANTIDERRAPANTE E ATÉRMICO. REF.: FG-100; DIMENSÃO: 100CM X 100CM X 2,5CM; PESO: 59KG; COR: BRANCO PEDRA COLONIAL SÃO TOMÉ: PISO ANTIDERRAPANTE E ATÉRMICO.DIMENSÃO: 40CM X 60CM X 2,5CM; PESO: 55KG; COR: CINZA PISO INTERTRAVADO: PISO PERMEÁVEL DRENANTE EM CONCRETO POROSO; DIMENSÕES 10CM X 20CM X 8CM; COR: CINZA MADEIRA PLÁSTICA: RÉGUA PARA DECK DE MADEIRA PLÁSTICA. CÓD. 89185096; DIMENSÕES: 9CM X 250CM X 3CM; COR: MARROM; PISO TÁTIL EXTERNO. PISO EM PLACAS DE CONCRETO. DIMENSÕES: 20CM X 20CM X 2CM; COR: AMARELA; MARCA: DURABLE

LEGENDA

IMAGEM

ILUMINAÇÃO EXTERNA ESC: S/E ÍTEM

LEGENDA

IMAGEM

LIXEIRA ECOLÓGICA DE MADEIRA PLÁSTICA COM TAMPA: LIXEIRA COM RÉGUAS DE MADEIRA PLÁSTICA E TAMPA DE PLÁSTICO RECICLÁVEL. ALTURA: 86CM; DIÂMETRO: 50CM; CAPACIDADE: 94 LITROS

ÍTEM POSTE DUAS PÉTALAS: POSTE DE ESTRUTURA METÁLICA, H=6,00M - 02 LÂMPADAS VAPOR SÓDIO 250W. SPOT BALIZADOR LED 3W VERDE PARA PISO: MATERIAL DE ALUMÍNIO E AÇO COD.: DJ-3WVE; ALTURA: 7,6CM; DIÂMETRO: 8CM; BIVOLT AUTOMÁTICO, A PROVA D’AGUA, VIDA ÚTIL DE 30.000 HORAS

BICICLETÁRIO: BICICLETÁRIO TIPO “R” EM AÇO GALVANIZADO PARA CHUMBAR. REF.: ALTMAYER COD.AL211

ESPETO LED PARA JARDIM: COD.: 49402351; ALTURA: 39,5CM; MODELO: SOLAR 03; MARCA: TASCHIBRA; 1 LÂMPADA LED.

MESAS DE CONCRETO E CADEIRAS CARAÍVA: MESA DE CONCRETO POLIDO MOLDADA IN LOCO E CARAÍVA CADEIRA ID: 341221; DIMENSÕES: 84CM X 44,5CM X 61,50CM ;

REFLETOR HOLOFOTE MICROLED SLIM: MATERIAL DE ALUMÍNIO COD.: RSPM50WBF; DIMENSÃO: 13CM; 15CM; 6CM; PESO:960G; BIVOLT AUTOMÁTICO; VIDA ÚTIL DE 50.000 HORAS

MESA E CADEIRA INDIVIDUAL: MOBILIÁRIO DE ESTRUTURA METÁLICA MOLDADO IN LOCO. IMAGEM REFERENCIAL. BANCOS: BANCO DE CONCRETO ARMADO E RÉGUAS DE MADEIRA PLÁSTICA MOLDADO IN LOCO

24

ESPAÇOS LIVRES EXISTENTES

CICLOFAIXA

Há praças, parques e complexos esportivos

Ainda com a intenção de incentivar

fragmentados no entorno, porém estão em

o uso de transportes sustentáveis,

situações

a ciclofaixa atenderá à questões de

precárias,

contendo

pouca

vegetação e somente uma quadra delimitada

segurança e conforto aos ciclistas

no desenho de piso. A proposta é que seja feita uma revitalização nessas áreas e criar um núcleo de lazer que tenha conectividade FONTE: ARCOWEB

FONTE: PREFEITURA DE JACAREÍ

com o projeto

TOTEM INTERATIVO

RUA LÚDICA

Os totens terão função de aproximar o

Através de pinturas no chão sera

projeto da comunidade de forma prática,,

realizado grafitagem e brincadeiras

além de propor um percurso lúdico e

de rua tradicionais africanas. As

interativo até o mesmo. Estes totens poderão

duas atividades irão acontecer nas

ser contemplativos, contendo informações referentes

a

temática

do

projeto,

ruas que conectarão o projeto aos

ou

outros

dinâmicos através de painéis touch.

espaços

contemplarão

FONTE: PROMOVIEW

de

a

lazer,

cultura

e

urbana

negra.

FONTE: ARCHDAILY

PONTO DE ÔNIBUS

RUA ARBORIZADA

Os pontos de ônibus locados próximos ao

Para trazer visibilidade para as vias

projeto serão temáticos, contendo estantes

do projeto, visto que ele não está

literárias

exatamente localizado nas vias

públicas

e

mobiliários

que

proponham um espaço agradável e remetam

CANTEIRO DE VEGETAÇÃO

a cultura negra, assim como a materialidade

CANTEIRO DE VEGETAÇÃO

e cores que serão aplicadas.

FONTE: CURTA MAIS

será

implantado

um

boulevard para fins contemplativos.

As vegetação nas vias também

CALÇADA MIN 0,80M DE LARGURA

CICLOFAIXA

principais,

facilitará serão

FONTE: PRÓPRIO AUTOR

a drenagem de água e responsáveis

por

fazer

conectividade com a APA

LOCAÇÃO DE BICICLETA

DRENAGEM PLUVIAL

Haverá pontos para a locação de bicicletas

Por se tratar de um bairro plano,

públicas na praça próximo a estação

CANTEIRO DE VEGETAÇÃO

Jundiapeba e dentro da casa de cultura a fim de incentivar o uso de transportes

PEDRISCOS

FONTE: ARCHDAILY

MANTA

VALA

CAMINHO PONTO DE ÔNIBUS (1)

TRANSPORTES PÚBLICOS

PRONTOS DE ÔNIBUS

FLUXOS (Análise Micro)

TREM ÔNIBUS BICICLETA

FLUXOS (Análise Macro)

CANTEIRO DE VEGETAÇÃO

em

das vias arborizadas e canteiros serão implantadas valas.

CAIXA DE RETENÇÃO E INFILTRAÇÃO (MIN 1 m)

CAMINHO ESTAÇÃO

ESTAÇÃO DE TREM

problemas

ajardinados laterais nas calçadas,

MATERIAL GRANULAR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR

TERRENO

constantes

relação à drenagem de água, além

RUA

sustentáveis e facilitar o acesso ao projeto para quem utiliza o trem.

com

PARQUES/PRAÇAS

25

MATERIAIS A escolha de materiais á serem aplicados leva em conta a funcionalidade do projeto, não serem agressivos ao meio ambiente á curto e longo prazo, possibilitarem a drenagem de água e maior conforto térmico e acústico.

Sendo assim, os materiais deverão ser fácil manutenção, sendo estes removíveis ou de fácil lavagem, e alta durabilidade, como é o caso dos painéis e do uso de tinta ao invés de revestimentos e texturas.

Estes materiais poderão ser multiuso, considerando que a concepção do projeto propõe que os espaços se adequem á necessidade da comunidade. Para isso, são adotados painéis e paredes removíveis.

Para não agredir o meio ambiente foram escolhidos materiais reciclados ou de fontes renováveis, afim de gerar menos entulho e possibilitar a drenagem do solo, como o uso do deck de madeira reciclável, o piso de pedra colonial e a grande extensão de vegetação presente no terreno.

O conceito abrange não romper totalmente com a identidade visual do bairro, usando materiais comuns á construção popular.

CONFORTO TERMICO E ACÚSTICO Para atender o conforto ambiental, os materiais do projeto serão termo acústicos, como o uso dos Painéis Metálicos isolantes aplicados á fachadas. Os PMI são feitos por uma chapa de aço galvalume com núcleo em PUR com 50mm de espessura que permitem a eficiência do material como isolante térmico e acústico.

A laje também contribuirá para que os blocos culturais não emitam ruídos, podendo assim atrapalhar outras atividades. As lajes com isolantes acústicos serão implantadas somente nos blocos culturais.

No bloco estudantil as paredes entre as salas de também contarão com isolantes acústicos feitos por placas sanduíche de cortiça, madeira reutilizada. Tendo em vista os vãos de cada sala será implantado cortina acústica anti ruído, que irá diminuir os sons que possam ser transpassados das salas para o corredor e o lado externo.

FORMAS E CORES

ORGANIZAÇÃO ESPACIAL E PROGRAMA DE NECESSIDADES

A forma predominante do projeto é a regular, tendo como motivo principal remeter á resistência do povo afro

O programa de necessidades foi determinado de acordo com os estudos de

descente, assim como eram usados nos palácios africanos reais e fictícios, como wakanda.

Além deste fator, o uso de formas orgânicas não permitiria funcionalidade e uso múltiplo de espaços, assim como identificado previamente nos estudos. A forma do projeto permite que ele se adeque ás características do bairro e permite maior espaços livres para as atividades ao ar livre, como o jardim, playground e vila gastronômica.

As cores adotadas fazem se dividem em duas categorias: neutras e fortes.

As cores fortes visam chamar a atenção para o projeto e são responsáveis pelas sensações que devem ser emitidas. Já as cores neutras visam remeter á elementos do cotidiano, como o uso da cor Terracota, que referencia ao uso de tapume em construções tradicionais africanas e brasileiras. Parte da paleta amarela e laranja, tendo também como principal o verde e azul. Tais cores representam otimismo, alegria, movimentação, entusiasmo, amigabilidade, sorte, esperança, orgulho, confiança e harmonia

SUSTENTABILIDADE Como citado anteriormente, o projeto deverá ser sustentável. As maneiras encontradas para atender esta diretriz são escolher materiais renováveis ou reutilizados, técnicas construtivas não agressivas ao solo e considerar a eficiencia enegética.

Os materiais sustentáveis aplicados são: Régua de madeira plástica para o deck da praça e vila gastronômica Piso drenante de blockets de borracha Cestas de lixo de madeira plástica Tinta ecológica cor terracota aplicada no bloco cultural Isolante térmico e acústico de madeira reciclada: cortiça O projeto tem os setores de salas de aula e escritórios direcionados acompanhando o norte, contando com materiais que possibilitem a passagem de luz e ventilação natural, assim como os grandes vãos.

caso e visitas técnicas para dispor de ambientes de apoio, como o bloco administrativo. Já o bloco cultural e educacional teve seu programa definido de acordo com as necessidades da região em relação ao tema. A cultura afro é passada de família em família, porém não há uma valorização e especialização nestas áreas, portanto o programa educacional e cultural podem propor lazer e profissionalização , podendo assim reverter serviços que serão prestados á própria comunidade.

A organização espacial se dá devido ao agrupamento de núcleos, visando o funcionamento simultâneo de atividades. Foi também considerado as áreas privativas, abertas e semi abertas, dispondo as atividades abertas próximo aos acessos. A partir desta concepção, o projeto se organiza em: Bloco cultural, Bloco estudantil. Bloco comum e Bloco de serviço. O Bloco cultural atende á atividades culturais públicas, o bloco comum os espaços públicos, o educacional as aulas dentro do setor de interpretação, música e dança, enquanto o bloco de serviço é restrito aos funcionários.

IMPLANTAÇÃO Um dos fatores principais do projeto é que ele deverá ser conectado com o entorno, sendo assim, os acessos foram definidos a partir da legislação e das atividades que acontecem nas ruas próxima ao projeto, visando a integração entre outros equipamentos já existentes, residencias e pontos de transportes públicos. Os acessos principais se distribuem entre a rua José Galluci e Nito Sona, dispondo o estacionamento na rua José Galluci devido á rua possuir maior estrutura para veículos. Já a rua Nito Sona está próxima de praças, parques, pequenos comércios e residencias, portanto, foi inserido a passagem principal para pedestres e o jardim que cria um elemento visual que conecta o visitante á temática do projeto.

O terreno estará elevado três metros e meio a partir do ponto mais baixo do terreno, considerando que Jundiapeba é um bairro plano que constantemente sofre com alagamentos. Assim, o projeto estará um metro acima do nível mais alto, sob pilotis, que possibilitam uma bolsa de ar que correrá por baixo do projeto, o deixando menos úmido.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao abordar como temática uma casa de cultura negra Ubuntu torna-se necessário conhecer mais afundo a história do objeto de pesquisa, uma vez que a cultura corresponde à questões materiais ou não. Portanto, o presente trabalho teve como foco principal expor questões que envolvem a cultura negra, o histórico de casas de cultura, quais suas funções dentro da comunidade e estudos referentes a área de intervenção.

No

início

do

trabalho

houveram

como

problemáticas

o

local

de

implantação,

considerando o alcance de grupos sociais diferenciados e a inclusão de todas etnias em um só equipamento de lazer, onde para solucionar tais problemáticas foi escolhido um terreno próximo à estação de trem e pontos de ônibus, não restringindo o acesso somente para moradores do bairro, apesar de serem o público principal, além de adotar a filosofia ubuntu, que se baseia na humanidade e coletividade, e personalidades atuais para abranger grupos étnicos diferentes. A partir do questionário apresentado nota-se que apesar de poucas pessoas reconhecerem

o

movimento

negro,

grande

parte

estaria

disposta

a

partilhar

de

um

equipamento de lazer com a temática de cultura negra, sendo que estas mesmas pessoas reconhecem que consomem a cultura negra no seu dia-a-dia.

Por estar inserido num bairro vulnerável sem equipamentos específicos destinados a cultura, a casa de cultura negra ubuntu visa suprir esta necessidade apresentado atividades a primeiro momento são de lazer, mas podem propor desenvolvimento pessoal ao indivíduo que o pratica. Ainda considerando o local de implantação, houve o objetivo de conecta-lo com a comunidade através dos espaços ao ar livre e o grafitti, que será produzido por artistas da região.

A importância do tema se dá devido ao racismo estrutural que está enraizado em nossa cultura, sendo que ao propor uma casa de cultura será possível criar dois protagonistas: o negro, que poderá se reconhecer dentro de sua própria história, e as diferentes etnias, que poderão aprender e desenvolver ainda mais sua bagagem cultural.

128

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRANTES,

Beatriz.

MOVIMENTO

NEGRO:

história,

objetivos

e

conquistas.

Disponível em: < https://www.stoodi.com.br/blog/2018/10/19/movimento-negro/>. Acesso em: 5 de março de 2019 ACESSÓRIOS

RESGATAM

A

CULTURA

AFRICANA

EM

TECIDOS

DE

MOÇAMBIQUE. Disponível em: . Acesso em: 13 de abril de 2019.

CALADO,

CARLOS.

A

MÚSICA

NEGRA

AMERICANA

ALÉM

DAS

NOTAS.

Disponível em: . Acesso em: 13 de abril de 2019.

CARVALHO,VINICIUS. MOGI DAS CRUZES. Blog Vinicius Carvalho. Disponível em: < https://viniciuscarvalhoblog.wordpress.com/2014/09/01/mogi-das-cruzes/>. Acesso em: 17 de maio de 2019 CENTRO CULTURAL SÃO PAULO. História. Disponível em: < http://centrocultural. sp.gov.br/site/institucional/historia/>. Acesso em 20 de abril de 2018.

CONDIÇÕES METEREOLÓGICAS EM MOGI DAS CRUZES. Disponível em: .

Acesso em: 18 de maio de 2019.

CONHEÇA MOGI

A

DAS

HISTÓRIA

DO

CRUZES.

DISTRITO

Disponível

DE

em:

JUNDIAPEBA

<

QUE

FICA

EM

http://g1.globo.com/sp/mogi-das-

cruzessuzano/diario-tv-1edicao/videos/v/conheca-a-historia-do-distrito-de-jundiapeba-queficaem-mogi-das-cruzes/3814691/ >. Acesso em: 18 de maio de 2019.

CULTURA

AFRICANA:

Heranças

de

Um

Continente

Diverso.

Disponível

em:

<

https://www.terramundi.com.br/blog/africa-pelo-mundo-herancas-de-umcontinentediverso/>. Acesso em: 13 de abril de 2019.

CULTURA AFRO-BRASILEIRA SE MANIFESTA NA MÚSICA, RELIGIÃO E CULINÁRIA.

Disponível

em:

<

http://www.brasil.gov.br/noticias/cultura/2009/10/

cultura-afro-brasileira-se-manifesta-namusica-religiao-e-culinaria>. Acesso em: 10 de abril de 2019.

DANÇA

AFRICANA:

Origem

e

importância

.

Disponível

em:

<

https://www.mundodadanca.art.br/2010/06/danca-africana-origem-e-importancia.html

>.

Acesso em: 13 de abril de 2019.

DIANA, Daniela. CULTURA BRASILEIRA. Disponível em: . Acesso em: 8 de março de 2019.

DUMAZEDIER,

JOFFRE.

LAZER

E

CULTURA

POPULAR.

SÃO

PAULO:

PERSPECTIVA S.A, 1976. 333 P. ESCRAVIDÃO Disponível em: <https://www.sohistoria.com.br/ef2/culturaafro/p1.php>.

Acesso em: 5 de março de 2019 FRANZIN, Adriana. VOCÊ SABE QUAL É A IMPORTÂNCIA DA CULTURA NEGRA PARA A HISTÓRIA DO BRASIL? Disponível em: < http://www.ebc.com.br/ infantil/voce-sabia/2012/11/voce-sabe-qual-e-a-importancia-dacultura-negra-para-ahistoria-do>. Acesso em: 10 de abril de 2019.

129

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HISTÓRIA DA ESCRAVIDÃO: Exploração do trabalho escravo na África. Disponível em: < https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/historia-da-escravidao exploracaodo -trabalho-escravo-na-africa.htm>. Acesso em: 5 de março de 2019.

JUNIOR,

Antonio

Gasparetto.

OS

AFRICANOS

NO

BRASIL.

Disponível

em:

<

https://www.faecpr.edu.br/site/portal_afro_brasileira/3_II.php>. Acesso em: 11 de abril de 2019.

LINHA DO TEMPO: O fim da escravidão. Disponível em: . Acesso em: 5 de março de 2019 MARCONI,

Marina

de

Andrade;

LAKATOS,

Eva

Maria.

FUNDAMENTOS

DE

METODOLOGIA CIENTÍFICA 5. ed. São Paulo: Atlas S.a, 2003. 311 p.

MEMORIAL DA ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA: Bonder+Wodiczko. Disponível em:

<

https://www.archdaily.com.br/br/01-65801/memorial-da-abolicao-da-escravatura

bonder-mais-wodiczko>. Acesso em: 14 de maio de 2019 MENEZES, Henilton. QUE PAPÉIS UM CENTRO CULTURAL EXERCE PARA O DESENVOLVIMENTO DO POVO DE UMA CIDADE?. Disponível em: . Acesso em:10 de maio de 2019 MOGI DAS CRUZES. Disponível em: . Acesso em: 10 de maio de 2019.

MOURA, Clávis. Os quilombos e a rebelião negra. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1983. 99 p.

NEUFERT, Ernst. Neufert: ARTE DE PROJETAR EM ARQUITETURA. 18. ed. São Paulo: G. Gilli, Ltda, 2013. 567 p. Tradução: Belissa Franco.

NEVES, Renata Ribeiro. CENTRO CULTURAL: A CULTURA À PROMOÇÃO DA ARQUITETURA. Goiânia: Instituto de Pós-Graduação - IPOG, 2013. 11 p.

O

MOVIMENTO

NEGRO.

Disponível

em:

<

https://www.politize.com.br/

movimentonegro/>. Acesso em: 5 de março de 2019.

OLIVEIRA, Bruno Ribeiro. MUSICA NEGRA COMO RESISTÊNCIA: África, Brasil e Estados Unidos. Disponível em: . Acesso em: 13 de abril de 2019.

PAIVA, Vitor. AS TRADIÇÕES TRIBAIS AFRICANAS QUE INSPIRARAM OS FIGURINOS DE ‘PANTERA NEGRA’. Disponível em: < QUEIROZ, Suely Robles Reis de. ESCRAVIDÃO NEGRA NO BRASIL. 2. ed. São Paulo: ática S.a, 1990. 85 p. (Princípios).

QUILOMBOS: Sinônimo de organização e Luta. Disponível em: . Acesso em: 13 de abril de 2019.

130

Primeiro levaram os negros, mas não me importei com isso Eu não era negro Em seguida levaram alguns operários, mas não me importei com isso Eu também não era operário Depois prenderam os miseráveis, mas não me importei com isso Porque eu não sou miserável Depois agarraram uns desempregados, mas como tenho meu emprego Também não me importei Agora estão me levando, mas já é tarde.

Como eu não me importei com ninguém Ninguém se importa comigo.

Bertolt Brecht