Sem emprego formal, senegaleses trabalham como camelôs

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Sem emprego formal, senegaleses trabalham como camelôs Responsáveis pelo sustento da família na África, imigrantes buscam forma alternativa para driblar crise. Texto: Raysa Guagliardo e Nathy Gaieski Foto: Raysa Guagliardo e Fernanda Lima

Comércio concentrado na Zona Norte de Porto Alegre mostra a padronização das mercadorias. | Foto: Fernanda Lima Não é difícil encontrar imigrantes africanos em Porto Alegre. Basta circular pelas principais avenidas da cidade que lá estão eles, com maletas prateadas recheadas de relógios, anéis, colares e bijuterias. De maneira padronizada, todas estão fixas em um pedestal e exibem veludo vermelho em seu interior. Na Capital, 800 senegaleses buscam por melhores condições de vida. “Lá (no Senegal) não tinha trabalho pra mim, aqui tem” é a frase que repetem com a convicção de quem vislumbra um futuro melhor no Brasil. O senegalês Ibrahima Ba, 27 anos, sonhava vir para o Brasil e construir uma vida nova, com emprego e salário fixo. Não queria mais a rotina instável do


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