Centro Cultural Estação Passos - MG

CENTRO CULTURAL ESTAÇÃO PASSOS—MG UMA PROPOSTA DE VALORIZAÇÃO DA CULTURA LOCAL Rayane de Lima Nogueira RIBEIRÃO PRETO—SP / 2019

FACULDADE ESTÁCIO RIBEIRÃO PRETO GRADUAÇÃO ARQUITETURA E URBANISMO

CENTRO CULTURAL ESTAÇÃO PASSOS—MG: UMA PROPOSTA DE VALORIZAÇÃO DA CULTURA LOCAL

RAYANE DE LIMA NOGUEIRA

Trabalho Final de Graduação, apresentado para banca final realizada na Faculdade Estácio Ribeirão Preto, como parte dos requisitos obrigatórios para conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo, sob orientação da Profª Ma. Alexandra Marinelli.

Orientadora: Profª. Ma. Alexandra Marinelli.

RIBEIRÃO PRETO—SP 2019

FIGURA 01 Aulas de capoeira.

Fonte: Acervo estação ocupa, 2018.

durante toda minha vida, acreditaram mesmo quando eu mesma não acreditava em mim. Tiveram fé mesmo quando eu estava como uma árvore seca, sem frutos e caída, depositaram toda confiança, amor e o que tinham para fazer esse sonho realidade, serei sempre grata a eles por tudo que foram e são para mim: EXEMPLOS de seres humanos, de pais e profissionais. Com eles aprendi as melhores e maiores lições de VIDA.

DEDICATÓRIA

Dedico meu trabalho aos meus pais, são as pessoas que mais me apoiaram

FIGURA 02 Show cultural.

Fonte: Acervo estação ocupa, 2018.

deu forças para continuar remando mesmo quando a correnteza insistia em vir contra, mesmo com todas as turbulências, ele sempre esteve ao meu lado, me fortalecendo e iluminando.

Aos meu pais, pelo suporte, pela minha vida e por sempre me apoiarem e confiarem nas minhas loucuras e decisões.

Ao meu companheiro, Marcelo Lima, que sempre caminhou ao meu lado em todos os momentos difíceis ao decorrer de toda minha faculdade. Agradeço por toda paciência, companheirismo e apoio em todas minhas decisões. Mostrou-se sempre presente nas madrugadas produzindo maquetes, visitando áreas de estudo, ele foi forte e soube me passar essa fortaleza para que não desistisse do meu maior sonho, sou e sempre serei grata a ele.

Agradeço a todos os meus professores que me acompanharam desde o início desta longa caminhada, em especial a minha orientadora Alexandra Marinelli, por todo apoio na finalização do meu TFG e a professora Catherine, Tânia e a arquiteta detalhes.

Tatiana que sempre foram muito solícitas e atenciosas a todos os

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, que sem ele nada disso seria possível, me

ABSTRACT

Or the work is about a preliminary project named Centro Cultural Estação Cultura Passos-MG, which seeks to meet

the

needs

of

the

area

in

which

the

Station

is

located, an underapproved space that does not perform the functions

it

proposes

and

exploits

the

potentials

available.

All sincerity and spontaneity of existing activities will

be

maintained,

preserving

local

culture

and

encouraging popular cultural and artistic practices.

Keyword: heritage.

culture;

Cultural

Center;

intangible

O trabalho trata-se de um anteprojeto nomeado Centro atender

às necessidades da área em que Estação se localiza, um espaço subaproveitado, que não desempenha com exatidão às funções que propõem e não explora as potencialidades que se dispõem.

Toda

sinceridade

e

espontaneidade

nas

atividades

existentes serão mantidas, preservando a cultura local e incentivando

a

população

às

práticas

culturais

e

artísticas.

Palavra-chave: cultura; centro cultural; patrimônio imaterial.

RESUMO

Cultural Estação Cultura Passos—MG, que busca

1.1 O que é Cultura? _ 18 1.2 Patrimônio Cultural Imaterial _ 20 1.3 Centro Cultural _28 1.4 Espaços Públicos _ 32

2

ANÁLISE DA ÁREA

1

DISCUSSÃO TEÓRICA

3.1 Área de intervenção _50 3.2 Área do lote _56

2.1 Complexo da Luz _36 2.2 Centro Cultural de São Paulo _40 2.3 Parque Los Pies Descalzo _44

LEITURAS PROJETUAIS

3

ESTUDO PRELIMINAR

4.2 Conceito | Partido _86 4.3 Programa de Necessidades_88

4

5 ANTEPROJETO _94

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _114

6

SUMÁRIO

4.1 Diretrizes Projetuais _84

FIGURA 03 Bandeira Folia de Reis.

Fonte: Pinterest.

DisponĂ­vel em: https:// br.pintere st.com/pin /486529565 974897019/? lp=true . Acesso em 20 de abril de 2019.

12

O trabalho final de graduação trata-se de um Centro Cultural para cidade de Passos—MG, tendo como principal ponto de partida a relação com os usuários. A área do projeto engloba arquitetura e traz o urbanismo como diretriz. O projeto arquitetônico será um novo edifício capaz de abrigar as atividades já ocorrentes na área em que a estação se localiza, Rua da Mogiana, 194234, bairro Coimbras, Passos - MG. O principal papel de um Centro Cultural dentro de uma comunidade é o desenvolvimento e

INTRODUÇÃO

enriquecimento cultural de sua população e a inclusão de seus indivíduos na sociedade de maneira democrática, visando principalmente a integração e lazer. Tendo como foco principal o acesso a um

conjunto de atividades lúdicas não-comerciais, sendo elas profissionais ou por diversão, ainda,

promovendo

conexão

entre

artista

e

população,

dando

oportunidade

e

visibilidade

a

classe

artística.

A essência do uso do lugar é a existência de atividades, do contrário, o lugar torna-se vago. Quando a sociabilidade é atingida, o espaço é caracterizado por ser um bom lugar para

encontrar amigos, se sentir à vontade para interagir com pessoas desconhecidas, cumprimentar os vizinhos, impulsionando o senso de conexão com a comunidade carente de espaço e atividade social.

O projeto tem

objetivo evidenciar a importância do usuário com o local, a partir de:

•

Requalificar os acessos, caminhos e atividades existentes;

•

Verificar o estado de conservação da Estação Cultura e investigar os usuários;

•

Suprir a carência de mobiliários públicos e infraestrutura da área;

•

Aplicar estratégias de sustentabilidade ao projeto arquitetônico;

•

Elaborar um programa flexível e acolhedor;

•

Preservar a memória cultural da cidade, de forma a ampliar o acesso à cultura da população;

•

O tema nasceu através de um gosto pessoal pela

•

arte e cultura, nesta perspectiva, será transcendido e

materializado

algo

para

todos

usufruírem.

Desta

forma, uniu-se dois elementos que são essenciais na

Falta de incentivo cultural a geração mais nova.

Para

atingir

os

objetivos

da

proposta

foi

necessário a aplicação das seguintes metodologias:

vida da autora, o primeiro como já dito, a arte e o segundo, Cultura

o já

cultural

carinho é

um

popular,

patrimônio

e

de o

suas

espaço

de

origens. grande

sabendo-se

industrial

possibilidades patrimônio

por

e

da

cultural,

integração espaço

Estação

•

importância projeto

população

público,

com

pensando

necessidades e deficiências do local.

do

busca

•

o na

Quanto aos inúmeros benefícios para a população

•

os

motivos

cultura,

sobre

públicos,

centro

além

conceitos cultural

de

um

e

breve

Leitura

projetual:

consultar

projetos

servir

de

referência

a

criação

estética,

estrutural e organizacional. da

proposta

de

requalificação e desenvolvimento do novo edifício: •

gerais

abordar

arquitetônicos e urbanísticos que pudesse

atualizado, dinâmico e funcional. são

teórica:

histórico da Estação Cultura de Passos—MG.

local, pode-se mencionar que terão um espaço mais

Muitos

Fundamentação espaços

permeabilidade visual, na importância da memória da cidade, abraçando e chamando quem por ali percorre.

Levantamento in loco: aplicar questionários aos usuários, afim de confirmar as reais

expressividade

o

da

A

•

Levantamento

urbano:

levantar

dados

do

entorno para que a implantação do edifício

Carência de mobiliários públicos que atenda

seja

as necessidades da população;

previsto

•

Segurança e vida ao local;

deficiências

•

Valorização do potencial que a área possui;

•

Espaços públicos desqualificados;

•

Ausência de um centro cultural que acolha

feita no

de

acordo

Plano

Diretor

para

ser

com

requisitos

e

identificar

elaborada

a

requalificação da área.

as atividades ocorrentes;

•

Softwares:

usar

ferramentas

para

diagramação do caderno, desenho técnicos e maquetes 3D.

14

FIGURA 04 Aulas de capoeira.

Fonte: Acervo estação ocupa, 2018.

DISCUSSÃO TEÓRICA

1

16

abstrato,

o conceito “cultura” é

isso

porquê

a

cultura

algo muito remete

à

relacionados animais

e

até

cultivo

o

século de

XVI

terra

com

cuidados

(WILLIAMS,

2007).

interesses multidisciplinares, tendo sido estudada

Esse significado, a partir do século XX, passa a

em diversas áreas como sociologia, antropologia,

ser empregado para simbolizar também os esforços

história,

consumidos para o desenvolvimento das faculdades

comunicação,

entre

outras.

Cada

uma

dessas áreas atua em suas diferentes perspectivas.

Outro “cultura”

ponto tem

de

sido

análise aplicada

é ou

que

a

palavra

substituída

por

outros termos, e por conta disso, podemos ouvir falar

em

empresarial”,

“cultura “cultura

política”, de

massa”

“cultura

(CUCHE,

2002).

Com essa breve percepção pode-se concluir que existem distintos conceitos de cultura, não sendo possível

reduzi-la

ou

limitá-la

à

uma

única

explicação.

Essa complexa distinção não vem de hoje e pode ser explicada pela própria origem da palavra, que

como

por

sua

povoar,

vez,

arar,

possui

diversos

defender,

humanas.

significados,

enobrecer,

estando

Expressões que surgiram como “cultura artes”,

“cultura

ciências”,

denota

das que

letras”, o

termo

“cultura era

seguido

das das de

complementos, explicitando o assunto cultivado.

A

ideia

universalista

de

cultura

foi

resumida por TYLOR (1832-1917), onde escreveu a primeira

definição

etnológica

da

cultura,

em

1817.

“Tomando em seu amplo sentido etnográfico [cultura] é este todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade.”

(TYLOR, 1871 apud Laraia, 2006, p.25).

Contudo, TYLOR (1832-1917) preservava o princípio do evolucionismo, onde a sociedade primitiva precisaria percorrer uma escala crescente até chegar na sociedade civilizada.

O QUE É CULTURA

Definir

18

FIGURA 05 Correio de Minas Fonte: Pinterest.

Disponível em: https:// www.correiodeminas.com.br/site/festivais-deseresta-e-congado-agitam-fim-de-semana-emlafaiete/ . Acesso em 05 de abril de 2019.

Além desta grande variação de interpretações e emprego do termo cultura, existe ainda, três concepções fundamentais para a compreensão da cultura, segundo BOTELHO (2001) são elas: PRIMEIRA CONCEPÇÃO está ligada à indivíduos, que desenvolvem seu modo identidades, diferenças e rotinas.

interação social dos de pensar, valores,

“Vale nesta linha de continuidade a incorporação da dimensão antropológica da cultura, aquela que, levada às últimas conseqüências, tem em vista a formação global do indivíduo, a valorização dos seus modos de viver, pensar e fruir, de suas manifestações simbólicas e materiais, e que busca, ao mesmo tempo, ampliar seu repertório de informação cultural, enriquecendo e alargando sua capacidade de agir sobre o mundo. O essencial é a qualidade de vida e a cidadania, tendo a população como foco.” (BOTELHO, 2007, p.110).

FIGURA 06 Teatro Municipa São Paulo Fonte: Pinterest.

Disponível em: https:// passeiosbaratosemsp.com.br/teatro-municipal-tudo -o-que-voce-queria-saber-numa-visita-guiada/ .

Acesso em 05 de abril de 2019.

SEGUNDA CONCEPÇÃO apresenta uma visão mais limitada de cultura, referindo-se às práticas de arte, atividades intelectuais e entretenimento estando relacionadas com atividades econômicas. A manufatura, a comercialização e o consumo de bens e serviços configura o sistema de produção cultural de forma tática para o progresso das nações, de forma que essas atividades colaborem para a geração de emprego e renda.

TERCEIRA CONCEPÇÃO está ligada ao fator do desenvolvimento social, onde sob essa perspectiva, as atividades culturais são desempenhadas como fator socioeducativo.

FIGURA 07 Reisados Fonte: Pinterest.

Disponível em: https:// br.pinterest.com/pin/793266921846027193/ .

Acesso em 05 de abril de 2019.

“A palavra Patrimônio é antiga e sua origem está relacionada às estruturas familiares, econômicas e jurídicas de uma sociedade estável, enraizada no tempo. A expressão Patrimônio Histórico, diz respeito ao usufruto de uma comunidade formado pelo acúmulo contínuo de objetos de seu passado, esses objetos podem ser: obras e obras primas, arte, produtos de saber e de conhecimento humano.” (CHOAY, 2006).

Com relação aos bens imateriais, o IPHAN os descreve com base no texto da Constituição Federal de 1988.

“Os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas). A Constituição Federal de 1988, em seus artigos 215 e 216, ampliou a noção de patrimônio cultural ao reconhecer a existência de bens culturais de natureza material e imaterial.” (IPHAN, 2019, p. 1).

Diante do exposto, pode-se dizer que os bens imateriais podem assumir diversas faces.

De

acordo

com

o

Instituto

Educação,

do

Patrimônio

culturais

recebem

imaterial

Cultura

(UNESCO,2019),

o

das expressões de vida e tradições que comunidades, grupos

natureza

e

Patrimônio Cultural Imaterial ou Intangível trata-se

Histórico e Artístico Nacional (IPHAN, 2019), os bens de

Ciência

dizem

respeito

e

indivíduos de

seus

em

todas

as

partes

do

mundo

ancestrais

e

passam

a

seus

àquelas práticas e domínios da vida social que se

descendentes.

de

tentar

manifestam

manter um senso de identidade e continuidade,

e s t e

em

celebrações,

saberes,

formas

de

ofícios,

modos

de

fazer,

expressão,

artes

plásticas,

Ressalta-se

que,

apesar

patrimônio é vulnerável e está em constante mutação e

musicais e lugares onde são desenvolvidas práticas

multiplicação de seus portadores. Desta

culturais coletivas (IPHAN, 2019).

comunidade internacional adotou a Convenção

Segundo

a

Organização

das

Nações

Unidas

para

forma, para

a a

Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial em 2003.

20

Em 2003, a Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, UNESCO, em sua 32ª sessão, realizada em Paris do dia 29 de setembro ao dia 17 de outubro de 2003, foi aprovada a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial (UNESCO, 2003).

“ A s a l va g u a r d a c o n s i de r a o s m o d o s de v i d a e r e p r es e n t a ç õe s d e mu n d o d e coletividades humanas e o princípio do relativismo cultural de respeito às diferentes configurações culturais e aos valores e referências, que devem ser compreendidos a partir de seus contextos. Por outro lado, também é pautada no reconhecimento da diversidade cultural como definidora da identidade cultural brasileira e procura incluir as referências significativas dessa diversidade.

A criação de um instrumento legal sobre a salvaguarda foi proposta em 1997, durante o Seminário Internacional Patrimônio Imaterial: estratégias e formas de proteção, que produziu a Carta de Fortaleza. Este documento recomendou ao Iphan a realização do inventário desses bens em âmbito nacional, a integração das informações produzidas ao Sistema Nacional de Informações Culturais (SNIC) e a criação, pelo Ministério da Cultura (MinC), de um grupo de trabalho para desenvolver estudos e propor a edição de um instrumento legal dispondo sobre a criação do instituto jurídico denominado Registro.” (IPHAN, 2019, p. 1).

Em

2003,

UNESCO

adotou

a

Convenção

para

a

portadores

Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial. Essa

produzindo-o

convenção

estimula

regula

o

tema

do

patrimônio

cultural

desse

patrimônio

e

transmitindo-o.

os

países

criarem

um

sistema

Mundial, de 1972, que cuida dos bens tangíveis, de

preservem as habilidades e técnicas necessárias

modo

para a manifestação de certos aspectos da vida

toda

a

herança

cultural

da

humanidade (UNESCO, 2019).

cultural

A UNESCO considera que gravações, registros e arquivos, preservar

também o

torna-se

patrimônio

eficaz

como

imaterial

é

forma

de

que

os

de

um

povo

e

a

de

Organização

permanente

contemplar

identificação

A

continuar

imaterial e, complementa a Convenção do Patrimônio a

de

a

possam

pessoas

manutenção

de

patrimônio cultural material (UNESCO, 2019).

que

seu

P A T R I M Ô N I O I M A T E R I A L

A respeito ao termo salvaguarda pode-se concluir que:

criarem

um

sistema

permanente

de

identificação de pessoas que preservem

criou-se o Departamento do Patrimônio Imaterial (IPHAN, 2019).

as habilidades e técnicas necessárias

O patrimônio imaterial é uma

para a manifestação de certos aspectos

fonte de identidade e carrega a sua

da

a

própria histór ia. A f ilosofi a, os

manutenção de seu patrimônio cultural

valores e formas de pensar refletidos

material (UNESCO, 2019).

nas línguas, tradições orais e

vida

cultural

Com

o

de

e

diversas manifestações culturais

bens

constituem o fundamento da vida

imateriais o IPHAN coordenou estudos

comunitária. É de grande importância

que

na

proteger a memória e as manifestações

edição do Decreto nº. 3.551, de 4 de

cultura is no m undo to do. Sej a por

agosto

monumentos, sítios históricos e

o

e

de

Registro

atender

preservar

posteriormente, de

de

povo

à

legalidade

objetivo

um

2000

-

de

Bens

os

resultaram que

instituiu

de

paisagens culturais, tradições

Natureza Imaterial e criou o Programa

culturais do folclore, saberes, festas

Nacional

e manifestações entre outros (UNESCO,

do

Culturais

Patrimônio

Imaterial

e consolidou o Inventário Nacional de Referências Culturais. No ano de 2010

FIGURA 8 à 10 Patrimônio Imaterial.

Fonte: IPHAN. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/ pagina/detalhes/234 . Acesso em 10 de maio de 2019.

2019).

22

FIGURA 11 Congada.

Fonte: Mundo da dança.

DisponĂ­vel em: http:// mundodadanca.art.br/2014/08sergipe-volta-ao-brasil-em-27dancas.html . Acesso em 10 de maio de 2019.

se o maior número de bens declarados como

estado com maior número de municípios,

Patrimônio Mundial pela Unesco. Como exemplo

chegando ao número de 853. Minas Gerais

pode-se mencionar a cidade de Ouro Preto. A

possui uma relevante diversidade cultural.

cidade de Ouro Preto foi o primeiro conjunto

Em muitas de suas cidades existem as

urbano tombado pelo IPHAN. É uma das cidades

figuras dos

mineiras que abrigam patrimônios mundiais,

religiosas, realização de bingos,

assim como Congonhas, Diamantina e Belo

barraquinhas e quermesses, festas de

Horizonte.

padroeiros, festas de Congado, Folia de

Entre os bens culturais protegidos pelo

festeiros das festas

Reis.

IPHAN estão: as tradições culturais, toques

As crenças e superstições, muitos

dos sinos, o Modo Artesanal de Fazer o

mineiros cultivam hábitos que continuam

Queijo Minas, roda de capoeira, entre

sendo passados de geração para geração. A

outros. Devido algumas solicitações de

crença relacionada ao poder da medicina

comunidades detentoras, alguns inventários

popular é muito marcante em Minas Gerais,

encontram-se em andamento (IPHAN, 2019).

onde ainda nos dias atuais é comum os

O estado de Minas Gerais tem uma riqueza ímpar, pode-se dizer que o estado também é espaço de modernidade e expressões contemporâneas vindas de diversas áreas como: artes, tecnologia, arquitetura, música, dança e teatro.

raizeiros e benzedeiras. Eles são procurados para solucionar problemas

relacionados à saúde. Como exemplos da medicina caseira utilizada em Minas Gerais pode-se mencionar alguns exemplos como: o chá de boldo, carqueja, barbatimão, cipó de São João, entre outros.

Minas Gerais é o segundo maior estado em população do país, sua população está

DE MINAS GERAIS

superior a 20 milhões de habitantes. É o

PATRIMÔNIOS CULTURAIS

Minas Gerais é o Estado onde concentra-

24 Quanto à culinária, pode-se dizer que os mineiros possuem pratos conhecidos internacionalmente, como exemplo: as quitandas, feijão tropeiro, angu de milho verde, leitão a pururuca, torresmo e outras delícias. A gastronomia tão falada e a típica hospitalidade, festividade dos mineiros, o jeito de acolher, receber é ímpar e impossível descrever em poucas linhas.

VERSO COMIDA MINEIRA—Vânia de

Vem provar!

Oliveira

Sou tutu, canjiquinha Bota a lenha no fogão

Sou feijão tropeiro com torresmo

E lá longe na estrada

e couve refogadinha

Vão ver a velha casa...

Sou frango com quiabo, angu

A fumaça abraçando

Sou a famosa "branquinha"!

O céu ainda escuro da madrugada.

E depois do prato principal, Sou queijo com goiabada

Hora de começar um novo dia

Sou doce de leite, uai!

E o cheirinho do café

Acorda aquele que dorme

Sou temperada, a comida saborosa

E desperta

Irresistível e outro estado não

para as delícias do amanhecer.

faria Só peço, por favor:

Pão de queijo, café no bule

Use, lambuze, desuse

Broa, pão quente

Mas não me cozinhe em banho-

Leite quente...

maria!

Estudos sobre a origem remota dos centros culturais, realizados pelos autores SILVA (1995) e MILANESI (1997), remetem à um modelo de espaço existente da Antiguidade Clássica, sendo o mais conhecido, a Biblioteca de Alexandria – caracterizado por se tratar de um complexo formado por palácios reais que conservavam diversos tipos de documentos, com objetivo de preservar o conhecimento existente na Grécia Antiga, relacionada à diversos campos “Provavelmente, discutia-se Cultura na Biblioteca de Alexandria. Sempre houve um espaço para armazenar as ideias, quer registradas em argila, papiro, pergaminho, papel ou cd-rom. Da mesma forma, o homem nunca deixou de reservar áreas para trocar ideias. Por uma convergência de fácil explicação, área para armazenar documentos e para discutir, inclusive discuti-los, passou a ser a mesma. Por isso, a Biblioteca de Alexandria pode ser caracterizada como o mais nítido e antigo centro de Cultura.” (MILANESI, 1997, p.77).

FIGURA 12 Ruínas da Biblioteca de Alexandria.

Fonte: Pinterest.

Disponível em: https:// bibliotecaemfoco.files.wordpress.com/2014/05/ alexandria-1.jpg . Acesso em 05 de abril de 2019.

Segundo COELHO (1986), os primeiros centros culturais ingleses foram criados no século XIX, até então chamados como centros de arte, que assumiam práticas socioculturais sendo privilegiados pelas políticas dos países socialistas europeus no século XX, porém, somente no final da década de 50 que surge na França as referências que atualmente entendemos por ação cultural.

De acordo com SILVA (1995), na França, a origem dos centros culturais estava relacionada à ideia de fornecer opções de lazer para os operários franceses, e que por

consequência, gerou novas formas de conectar as pessoas. O surgimento desses espaços, além do lazer, está relacionado também à necessidade de substituir as antigas bibliotecas, portanto, os centros culturais contemporâneos tratam-se da evolução das tradicionais bibliotecas.

A partir do início dos anos 90, a perspectiva é de um espaço polivalente, que integra as pessoas e o conhecimento em cunho cultural e informacional, antes limitado às bibliotecas.

CENTRO CULTURAL

26 A criação dos centros culturais no Brasil é relativamente recente, tendo início na década de 80 e acompanhado por seu crescimento frenético, mas, certamente decorrente dos interesses dos benefícios fiscais, concedidos pelo Governo Brasileiro para incentivo à cultura. É a partir da década de 1960, que o Brasil passa a se interessar por centro cultural, mas sua grande ascensão acontece a partir de 1980, com o surgimento dos centros culturais de Jabaquara e de São P a u l o .

Decorrente dos investimentos de incentivo à cultura, os centros culturais tiveram um crescimento expressivo nos últimos anos (RAMOS, 2007).

Segundo RAMOS (2007), os centros culturais brasileiros remetem a quatro vertentes, sendo: a grande construção; a restauração; o remendo; e a m i s t u r a g r o s s a .

A GRANDE CONSTRUÇÃO está relacionada às obras com base

política, com investimentos significativos e arquitetura de d e s t a q u e .

A RESTAURAÇÃO faz uma intervenção numa construção antiga, que serve como referência em determinada cidade, e ao se tratar de uma construção de valor histórico, por lei o seu tombamento e sua preservação devem ser asseguradas. As características originais não devem ser alteradas, por esse motivo o trabalho dos arquitetos deve envolver muita criatividade para transformar essas edificações mantendo o equilíbrio entre sua preservação e funcionalidade.

O REMENDO concerne à instalação de um centro cultural num espaço disponível, sendo transformado para tornarse um espaço proveitoso.

A MISTURA GROSSA refere-se à limitação de recursos para criação de um espaço, mas onde atividades culturais podem ser realizadas, portanto, são agregadas em edifícios que

FIGURA 13 Centro Cultural Jabaquara.

Fonte : A rc hdail y. Di sponí vel e m: https://www.archdaily.com.br/br/870322/ classicos-da-arquitetura-centro-cultural -jabaquara-shieh-arquitetos-associados .

Acesso em 05 de abril de 2019.

FIGURA 14 Centro Cultural São Paulo.

Fonte: Guia melhores destinos. Disponível em: https://guia.melhoresdestinos.com.br/ centro-cultural-sao-paulo-173-4429l.html . Acesso em 05 de abril de 2019.

Explica MILANESI (2003), a programação e as características do centro cultural devem fazer sentido com o meio em que ele está inserido, de forma que as atividades culturais sejam realizadas com as p e s s o a s .

O que ajuda a compreender a finalidade dos centros culturais está relacionado à integração de três campos: a criação, visando à estimulação do público e m p r o d u z i r b e n s c u l t u r a i s ;

a circulação desses bens que atue na formação do p ú b l i c o ; e a preservação de onde ocorre o trabalho cultural, resguardando seus feitos e mantendo a memória daquele o r g a n i s m o c u l t u r a l .

Ao conceber um espaço cultural, os objetivos desse espaço devem ser estabelecidos, considerando o projeto para a criação de bens culturais, para acesso ao conhecimento e para convivência.

“A riqueza de um projeto está na integração desses elementos e na forma como esses espaços se relacionam.” (MILANESI, 2003, p.199).

Outro fator importante no bom funcionamento dos centros culturais, são os espaços de apoio, como: dependências administrativas, sanitários, salas de reserva técnica, almoxarifado e outros que suportem a realização do objetivo principal.

Interesses econômicos também fazem agregar nos espaços culturais, como: cantinas, lanchonetes, livrarias, restaurantes, lojas, dentre outros.

Desafios podem ser encontrados ao propor um espaço cultural, desta forma, devido as diversidades programáticas, que decorrem da variação da necessidade cultural dentro do contexto social.

Por isto, os principais atributos de um centro cultural refere-se à possibilidade de vários acessos, socialização dos espaços, integração de atividades, adaptação ambiental e integração social.

Dessa maneira, considerados como:

Centros

Culturais

podem

ser

“(...) locais de conhecer, de pensar, de elaborar, de criar espaços de ação contínua e não-linear, não -convencional, de fazer a cultura viva; espaço de fortalecer as individualidades para atuarem coletivamente, de maneira criativa, elaborando a cultura com as próprias mãos.” (RAMOS, 2007, p.

77).

28

FIGURA 15 Carnaval na rua Rio. Fonte: Rio Prefeitura. Disponível em: http://www.rio.rj.gov.br/web/riotur/ exibeconteudo?id=7918557 . Acesso em 05 de abril de 2019.

Música Diversidade – Autoria Val Donato Eu sou o universo e o tempo a paisagem, a passagem e o calor a canção, o som em movimento a graça do mundo, a amizade, o amor eu sou o espelho da arte a parte mais bela da informação FIGURA 16 Centro Cultural São Paulo. Fonte: VEJA São Paulo.

Disponível em: https://vejasp.abril.com.br/ estabelecimento/centro -cultural-saopaulo/ . Acesso em 05 de abril de 2019.

a cultura da sociedade dá gosto de ver se fazer a canção de se ligar na cabeça no povo ver acontecer a comunicação

Eu sou o som da cidade a festa na rua, o cara no sinal eu sou tudo, sou diversidade De Campina Grande a cena cultural.

FIGURA 17 Cultura Popular Brasileira.

Fonte: UNIONEART. Disponível em: http:// www.unione.art.br/noticia/6022/mhn apresenta-exposicao-sobre-cultura-popular -brasileira-no-boulevard-olimpico . Acesso em 05 de abril de 2019.

eu sou a rima do repente, a batida que sente a pele do tambor o olho da foto gravando o presente na veia latente do cantador.

Sou a poesia , o teatro e o cinema O canto da ema e o cenário ideal.

Sou chico e joão, capitu e Iracema A beleza é meu lema, habitat natural.

“Espaço público é uma daquelas expressões carregadas de significados. Pode se referir ao ambiente físico que pertence a todos; pode ter também um sentido jurídico, explicitando lugares e construções que são de pessoa do poder público; pode ainda, ter um sentido político, quando se refere à esfera pública, o ambiente onde se discutem as coisas da cidade.

A urbanidade é o que rege os encontros entre os cidadãos e é no território da urbanidade que a cidade completa (ou não) a experiência pessoa, por meio de trocas, da conversa, dos imprevistos, do flanar, do viver a aventura coletivamente.” (CALLIARI, 2016, P.22).

A razão mais importante ao projetar um espaço público, está ligada à empatia, pois é no espaço público que encontramos pessoas diferentes de nós. A cidade pode assumir a definição de viabilizar a socialização entre pessoas que não se conhecem, que é a essência da civilidade.

O espaço público gera um prazer sensorial, sair às ruas está diretamente ligado à relação com a identidade da cidade bem como com a própria formação da identidade pessoal.

“Andar pela rua, sentar numa praça, assistir ao movimento numa mesa de bar da calçada, tudo isso traz sensações poderosas.” (CALLIARI, 2016, P.52).

A caminhada, por exemplo, passou a ser valorizada no sentido de aproveitar os prazeres da cidade, justamente por conta da relação intima com os espaços.

“Caminhar em meio a tanta heterogeneidade em constate movimento é uma experiência saudável e peculiar. Quanto mais alto o burburinho das ruas, mais quieto em me torno.”

(Goethe. In. SENNETT, 1994:228).

O QUE É ESPAÇO PÚBLICO

Espaços públicos vão muito além de serem espaços “livres” entre as construções, pois trata-se também de um importante elemento na experiência cidadã e na sua formação como agente de socialização, pois são nos espaços públicos que ocorrem encontros, comércio, trocas, lazer, relaxamento entre tantas outras atividades.

30

FIGURA 18 à 20 Espaços públicos.

Fonte: Archdaily. Disponível em: https:// www.archdaily.com.br/br/873962/espacospublicos-10-principios-para-conectar-aspessoas-e-a-rua.

Acesso em 05 de abril de 2019.

A chave para um bom espaço, vai além identidade com o homem ou com a cidade, o um espaço de alto desempenho é a sua relação à experiência humana que nele métrica a ser utilizada é a capacidade atrair e manter pessoas por muito tempo.

de apenas ter que configura qualidade em acontece. A do espaço em

Segundo Gehl, não é o número de interações que torna um espaço público bom ou ruim, mas o tempo dessas interações. Sua conclusão está relacionada à atração de pessoas através de outras. Para o autor, os principais aspectos a serem considerados para o planejamento de espaços são: andar, permanecer em pé, sentar, ver, ouvir, falar, locais agradáveis, softs edges – região fronteiriça entre os imóveis e a rua –, árvores e c o n t a t o .

São todos esses fatores que tendem a contribuir com a

atração das pessoas para os espaços públicos, bem como despertam o interesse de que permanecem nos espaços por mais tempo, de modo de se sintam confortáveis, seguros e conectados com a área e seus frequentadores.

Se tratando de segurança, Jacobs, apoia-se no conceito de “olhos da rua”, que está relacionado ao fato de que a segurança é maior quando há gente olhando. Isso pode ser explicado através da crescente escolha das pessoas por prédios novos, altos e menos ligados à calçada. A segurança também está ligada ao trânsito ininterrupto de pessoas, pois ruas vazias, geram preocupação e tensão.

Calçadas movimentadas passam maior segurança.

Novamente, é possível identificar a importância da presença de pessoas nos espaços públicos – quando há usos e possibilidades diversas – ao longo do dia. Notase que a diversidade é um indicador de “saúde” da rua.

Outro tema importante que Gehl (2013) e Richard (2001) levantam, é a questão da mobilidade, o quão ela importante para a constituição uma cidade saudável, engajada em promover a qualidade de vida da população.

Segundo Richard (2001), o automóvel foi o principal agente de deterioração da estrutura social da cidade. Hoje são cerca de 500 milhões de carros no mundo responsáveis pela destruição

dos espaços públicos e que estimulam o prolongamento urbano para bairros distantes – o que possibilitou a vida longe dos centros urbanos, além de distribuir as atividades cotidianas de forma segregada.

Pela ótica econômica, quanto maior a cidade menos viável se torna a expansão do transporte público, o que configura ainda mais a dependência dos automóveis pelos cidadãos.

CIDADE PARA PESSOAS

FIGURA 21 Espaços públicos bem sucedidos.

Fonte: Placemaking.

Disponível em: http://www.placemaking.org.br/home/o-quefaz-um-espaco-publico-ser-bem-sucedido/ .

Acesso em 05 de abril de 2019.

32 Estamos num paradoxo em que os carros são fontes pela maior parcela de poluição no ar, ao invés das fábricas, por exemplo, poluição essa que tem afastado os moradores para bairros distantes. Pela perspectiva do indivíduo, o carro trata-se do produto tecnológico mais desejado e libertador deste século.

Um dos fatores que contribui para o número de automóveis na rua, se dá por conta da ineficiência do transporte público em massa no funcionamento das cidades, além de ser visto como um ícone de status.

Nota-se ainda outras mudanças na organização social, como as ruas sem crianças brincando, a necessidade e o aumento de estacionamentos, os congestionamentos. À medida que o transporte individual é fator relevante no planejamento urbano, os espaços públicos são determinados seguindo critérios que atendam as n e c e s s i d a d e s d o m o t o r i s t a .

O número crescente de automóveis tem estimulado o uso cada vez maior do automóvel, como por exemplo, os responsáveis por projetar cidades a pensar em construções em torno das estradas.

A Cidade Compacta vem com a proposta de rejeitar um modelo de desenvolvimento monofuncional e a p r e d o m i n â n c i a d o a u t o m ó v e l .

O X da questão está em como planejar cidades com mobilidade equilibrada e eficiente sem prejudicar os p e d e s t r e s e a c o m u n i d a d e .

O conceito de Cidade Compacta objetiva crescer em volta dos centros urbanos usufruindo de atividades sociais e comerciais que integrem com os modais de transporte público – o que transpõe a cidade como habitat ideal para uma sociedade com fundamentos em

c

o m u n i d a d e .

As cidades precisam garantir a proximidade entre seus habitantes, dispostas a serem ativas na atividade humana, na geração e expressão da cultura l o c a l .

O objetivo é um desenvolvimento sustentável e flexibilidade para se criar uma estrutura de comunidade sólida, dentro de um ambiente saudável sem que seja necessário invadir as áreas rurais por conta do crescimento urbano desenfreado.

FIGURA 22 Rua para pessoas.

Fonte: Froteiras. Disponível em: https://www.fronteiras.com/artigos/ projetos-que-valorizam-a-vitalidade-das-cidades .

Acesso em 05 de abril de 2019.

FIGURA 24 Los pies descalcos. Fonte: Wikipedia. DisponĂ­vel em: https:// e s . w i k i p e d i a . o r g / w i k i / Archivo:Parque_Pies_Descalzos-ArenalMedellin.JPG. Acesso em 05 de abril de 2019.

34

2

LEITURAS PROJETUAIS

FIGURA 23 Complexo da luz. Fonte: Vgn web.

Disponível em: http:// vgnweb.publica.sp.gov.br/StaticFiles/ SEC/edital/Apresentação%20do%20Complexo% 20Cultural%20Luz_R10_2013.08.20_.pdf.

Acesso em 05 de abril de 2019.

FIGURA 25 Centro Cultural São Paulo.

Fonte: VEJA São Paulo. Disponível em: https://vejasp.abril.com.br/ estabelecimento/centro-cultural-saopaulo/ . Acesso em 05 de abril de 2019.

PROJETO COMPLEXO CULTURAL LUZ Arquitetos: Jacques Herzog e Pierre de Meuron

Localização: São Paulo, SP Data que estava estipulado para ser construído: 2016 Área do projeto: 70.000 m²

FIGURA 26 Complexo da Luz. Fonte: Área arch. Disponível em: http://area-arch.it/cultural-complexluz.

Acesso em 05 de abril de 2019.

O projeto a ser construído fica localizado na quadra 49—setor 8—Campos Elíseos—São Paulo /SP, próximo a importantes equipamentos, Estação Pinacoteca, Museu da Língua Portuguesa, Pinacoteca, Palácio Campos Elíseos, Terminal Princesa Isabel, Museu de Arte Sacra, Parque da Luz. A proposta do edifício é seguir as linhas construtivas de São Paulo, com uma estrutura horizontal sem fachadas.

“O clima de São Paulo é muito próximo daquilo que se considera ideal. A arquitetura precisa se abrir para essa atmosfera única. Fizemos isso no Complexo Cultural Luz, que, diferentemente das obras herméticas que fazemos na Europa, é como um corpo nu”, afirmou Herzog.

36

O conceito do Complexo Cultural da Luz é inserir ao edifício diversas possibilidades de atividades, com um programa multifuncional e flexível, permitindo a interação entre o público de gerações distintas.

Os fluxos e a conexão entre os espaços acontece em sua grande parte por rampas amplas e acessíveis.

FIGURA 27 e 28 Mapa de Localização Complexo Cultural da Luz alterado pela aurora.

Fonte: Área arch. Disponível em: http:// martinboles.com/projects/architecture/sãopaulo-cultural0complex-luz .

Acesso em 05 de abril de 2019.

FIGURA 29 e 30 Programa Complexo Cultural da Luz. Fonte: Área arch. Disponível em: http://martinboles.com/projects/ architecture/são-paulocultural0complex-luz .

Acesso em 05 de abril de 2019.

A transparência e leveza do edifício permite uma forte relação interior-exterior, com alta permeabilidade visual e espacial, tendo vista para todos os lados do projeto. É um projeto vivo, iluminado, que abraça toda a diversidade cultural proposta.

No seu interior existe vários espaços abertos, bem arborizados, que possibilitam uma maior convivência e integração dos usuários, além de contribuir para sustentabilidade do edifício.

FIGURA 31 a 35 Complexo da Luz. Fonte: Área arch. Disponível em: http://area-arch.it/cultural-complexluz.

Acesso em 05 de abril de 2019.

38 ANÁLISES AXOMÉTRICAS

2

Primeiro esquema: distribuição dos teatros, sendo, 1-recital; 2teatro experimental; 3-teatro de dança.

Segundo esquema: sinalização espacial da escola de música.

1

Terceiro esquema: sinalização espacial da companhia de dança.

ESTRUTURA

Primeiro esquema

A lajes pré-moldadas possui um arranjo entrelaçados dos pisos, que são sustentadas por uma estrutura metálica, garantindo fluidez e leveza ao projeto

Segundo esquema

SETORIZAÇÃO Primeira planta segundo pavimento e segunda planta terceiro pavimento. ÁREAS PÚBLICAS SALAS DE ESPETÁCULO ÁREAS DE APOIO EMESP FIGURA 35 Planta Setorização Complexo da Luz. Fonte: Área arch. Disponível em: http:// area-arch.it/cultural-complex-luz.

Acesso em 05 de abril de 2019.

FIGURA 36 e 37 Programa Complexo Cultural da Luz. Fonte: Área arch. Disponível em: http://martinboles.com/ projects/architecture/são-paulo -cultural0complex-luz .

Acesso em 05 de abril de 2019.

Terceiro esquema

3

PROJETO CENTRO CULTURAL DE SÃO PAULO Arquitetos: Eurico Prado Lopes e Luiz de

Castro Telles Localização: São Paulo, SP Data da construção: 1982 Área do projeto: 50.000 m²

FIGURA 38 Centro cultural de São Paulo.

Fonte: Prefeitura de São Paulo.

Disponível em: https:// www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/ secreta ria s/comun ica cao/not ici as/? p=106643 .

Acesso em 05 de abril de 2019.

O edifício situa-se na rua Vergueiro, próximo a 23 de maio e Avenida Paulista, além de estar próximo a importantes vias da cidade, fica próximo ao metrô, facilitando o acesso a população. Mesmo com a proximidade aos ruídos acústicos dessas vias expressas, a sensação de quando se entra no edifício é totalmente diferente.

“o que queríamos era redução dos controles. Lutávamos pela liberdade, que quase não tinha sobrado nesse país. / Queríamos uma arquitetura que permitisse que os transeuntes, de repente, se perdessem e caíssem aqui dentro, sem porta principal, sem saguões incríveis e nem amedrontamentos… Era como se a gente pudesse pegar na mão dessa pessoa acanhada, e falar: vem e usa o que é seu. Inclusive porque você paga, você tem todo o direito, é público.” - arquiteto Luis Telles.

40

O CCSP foi pensado a principio para abrigar uma nova biblioteca para cidade de São Paulo, porém, devido algumas burocracias, troca de mandato e também pelo fato de optarem por espaço multiuso, mais democrático, diminuiu-se a biblioteca e aumentou os espaços internos, permitindo que as atividades ocorressem de maneira mais dinâmica, espontânea.

O partido do projeto objetivou a horizontalidade, propondo espaços amplos, com diversos acessos, proporcionando fluidez ao projeto.

LEGENDA Metrô Vergueiro Rua Vergueiro Avenida 23 de Maio Avenida Paulista FIGURA 39 e 40 Localização Centro cultural de São Paulo, intervenção da autora.

Fonte: Prefeitura de São Paulo. Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/ secretarias/comunicacao/noticias/?p=106643 .

Acesso em 05 de abril de 2019.

FIGURA 43 Acessos Centro cultural de São Paulo, intervenção da autora.

Fonte: Trabalho conclusão de Curso Poliana Barbosa.

Disponível em: https://docplayer.com.br/86372379-Centrocultural-sao-paulo.html.

Acesso em 05 de abril de 2019.

FIGURA 42 Programa Centro cultural de São Paulo, intervenção da autora.

Fonte: Trabalho conclusão de Curso Poliana Barbosa.

Disponível em: https://docplayer.com.br/58061036-Centrouniversitario-de-maringa-trabalho-de-conclusao-de-cursoarquitetura-e-urbanismo-poliana-barbosa-machado-galeriacultural-maringa.html.

Acesso em 05 de abril de 2019.

A setorização do centro cultural possui um conceito de espaços abertos, sem muitos fechamentos, proporcionando maior integração dos usuários, além da integração destes com o meio urbano, sendo forte a relação interior-exterior.

A proposta dos arquitetos de incluir a cidade dentro do projeto, permite que as pessoas não se intimidem ao entrar, é um meio de instigar a curiosidade.

O primeiro corte e segundo corte é a conexão com a Rua Vergueiro que busca priorizar o pedestre e ciclista. Ainda no segundo corte, pode-se ver o acesso ao centro do edifício, onde está situada uma grande praça arborizada.

O terceiro corte, faz conexão com a Avenida 23 de Maio, restrito a veículos. Nota-se a preocupação dos arquitetos em incluir o pedestre no projeto, garantindo a sustentabilidade do edifício.

42

É possível encontrar pessoas tomando sol, estudando e até mesmo fazendo piqueniques na cobertura verde do Centro Cultura de São Paulo.

Mesmo com a presença do concreto aparente na estrutura, os arquitetos conseguiram trazer movimento para o edifício através da estrutura metálica curva.

Multiuso, democrático, aberto, amplo, flexível.

FIGURA 44 à 49 Espaços Centro Cultural de São Paulo.

Fonte: Trabalho conclusão de Curso Poliana Barbosa.

Disponível em: https://docplayer.com.br/86372379-Centrocultural-sao-paulo.html.

Acesso em 05 de abril de 2019.

PROJETO PARQUE LOS PIES DESCALZO Arquitetos: Felipe Uribe de Bedout, Ana Elvira

Velez e Carlos Julio Calle Localização: Medellín, Colômbia Data de construção: construído: 1997 Área do projeto: 40.000 m²

FIGURA 50 Los pies descalzo.

Fonte: Wikipedia Org. Disponível em: https://es.wikipedia.org/wiki/ Archivo:Parque_Pies_Descalzos-ArenalMedellin.JPG .

Acesso em 05 de abril de 2019.

44 Los Pies Descalzo é um espaço bastante arborizado, que busca explorar diversos materiais como forma de interação dos usuários com o local. É um espaço envolvente e acolhedor, com várias fontes, lagos, equipamentos com jatos de água, gramados, projetado com intuito de ser explorado por diversos usos.

O projeto foi desenvolvido com base em referências da cultura oriental zen, que consiste nos três elementos, água, terra e ar.

Seus espaços amplos permitem que jovens e idosos caminhem descalços pelo parque, tendo uma experiência única e sinestésica.

1 Edifício Centro Interativo; 2 praça; 3 Bosque; 4 Terraço; 5 estacionamento; 6 rua peatonal.

4 1

5 FIGURA 51 Mapa de Localização Los pies Descalzo, alterado pela aurora.

Fonte: Google Earth.

Acesso em 05 de abril de 2019.

O Parque Los Pies Descalzo está situado no noroeste da Colômbia e em suas proximidades estão importantes edifícios de valor cultural, histórico e institucional, como o edifício inteligente EPM, a Igreja no Sagrado Coração de Jesus e Teatro Metropolitan, o que aumenta a acessibilidade ao local e sua visibilidade.

6

2 3

FIGURA 52 Implantação los pies descalzo.

Fonte: Wikipedia Org. Disponível em: https:// e s . w i k i p e d i a . o r g / w i k i / Archivo:Parque_Pies_Descalzos-ArenalMedellin.JPG .

Acesso em 05 de abril de 2019.

1

2

FIGURA 53 à 58 Los pies descalzo.

Fonte: Editora Arga.

Disponível em: arqa.com/editorial/medellin-r/parque-de descalzos-y-museo-de-ciencia-y-tecnologiaAcesso em 05 de abril de 2019.

3

2

4

2

1– Blocos para remover as energias negativas; 2– espaço lúdico, com jatos de água, estimula a diversão e integração entre usuários; 3– os próprios caminhos se tornam atrativos; 4– mobiliários de descanso por todo parque; 5– praça central; 6– monumentos esculturai por todo parque.

46

LEITURAS NO PROJETO

INFLUÊNCIAS DAS

: https:// e-los-pies-2 .

Projeto Complexo Cultural da Luz— transparência através dos grandes panos de vidro; leveza da estrutura metálica; espaços amplos, flexíveis e multifuncionais que contribuem para um espaço democrático; permeabilidade visual e integração do interior com exterior.

Projeto Centro Cultural de São Paulo— conexões que abraçam e acolhem o público; horizontalidade para promoção da permeabilidade e valorização da Estação Ferroviária de Passos—MG e uso do concreto com estrutura metálica que garantem leveza e fluidez ao projeto.

Projeto Los Pies Descalzo— espaço bem arborizado que contribui para conforto térmico e para permanência no local; espaços interativos e sinestésicos.

3 FIGURA 59 Estação ocupa.

Fonte: Acervo estação ocupa, 2018.

ANÁLISE DA ÁREA

48

FIGURA 60 Mapa Passos –MG Fonte: Wipédia. Disponível em: https:// upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/ t h u m b / e / e 3 / MinasGerais_Municip_Passos.svg/300pxMinasGerais_Municip_Passos.svg.png .

Acesso em: 14 de maio de 2019.

DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

50 FIGURA 61 e 62 Mapa Área de estudo Fonte: Google Earth. Modificado pela autora.

FIGURA 63 Mapa Situação Estação Cultura Fonte: arquivo histórico de Passos –MG, 2019.

FIGURA 63 à 65 Histórico Passos –MG Fonte: IBGE. Disponível em: https:// cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/passos/historico e6/6729e68a0222f6f22e2a592c3bad10f6.jpg . Acesso em 14 de maio de 2019.

BREVE HISTÓRICO DA CIDADE DE PASSOS—MG A cidade de Passos localiza-se no Sul de Minas Gerais, o prim eiro no me dado ao mun icípio f o i Capoeiras e o segundo nome Vila Formosa do Senhor Bom Jesus dos Passos. Algum tempo depois deu-se o nome de Passos. Os primeiros desbravadores da região foram o s alfer es João Piment a de Ab reu e s e u s parentes, eles permaneceram na região principalmente devido a topografia, fertilidade do solo e a existência do ouro às margens do rio Grande. No ano de 1823 , já er a um gr ande po voado, onde fo r a m construídas as primeiras fazendas. No ano de 1835 elevou-se a primeira capela inaugurada em 20 de março de 1836.

Graças aos esforços do capelão de Passos, padre Francisco de Paula Trindade, a criação da freguesia do Senhor Bom Jesus dos Passos, instalando -se a vila de Passos em 1850.

O progresso continuou

e a vila foi elevada à categoria de cidade em 1858.

52

De acordo com Lopes (2016), a maior empecilho a expansão da lavoura do café sul mineira no século XIX e nas primeiras décadas do XX é o transporte devido às distâncias a serem longas e as vias de comunicação precárias. Com a expansão ferroviária a cafeicultura sul-mineira apresentou um cons ideráve l cresc imento. A impl antação do ram a l ferroviário de Guaxupé, e, posteriormente, o de Passos, pela Cia Mogiana, iria capturar a economia da região do oeste do Sul de Minas para o Estado de São Paulo. Há de salientar que sempre existiu uma maior interação da região Sudoeste de Minas com São Paulo.

Em

meados

do

século

XIX,

a

lavoura

e

o

café

incentivaram a economia de Minas Gerais, tornando de grande importância a construção de um meio de transporte eficiente para

o

escoamento

da

produção

para

os

grandes

centros

consumidores do Rio de Janeiro e São Paulo. As ferrovias surgiram no Brasil para preencher um vazio nos transportes, nos primeiros tempos eram movidas a vapor. Nas cidades por

onde

passavam,

davam

emprego,

traziam

o

progresso

(GERODETTI; CORNEJO, 2006).

FIGURA 66 Ramal Mogiana Passos –MG Fonte: Estações Feroviárias. Disponível em: h t t p s : / / www.estacoesferroviarias.com.br/mmg/passos.htm .

Acesso em 14 de maio de 2019.

IGREJA DA

ESCOLA MUNICIPAL ANANIAS

PENHA CÃMARA MUNICIPAL

COLÉGIO DEL REY

SANTA CASA

FIGURA 67 Mapa Passos-MG Centro Fonte: Mapa google Earth, alterado pela autora.

FIGURA 68 Mapa setorização Passos-MG. Fonte: Mapa google Earth, alterado pela autora.

É perceptível a ausência de equipamentos públicos nesta área, principalmente o que diz respeito a lazer, sendo essa, uma das principais reclamações dos moradores, a ausência de vitalidade. Por isso a importância de um centro cultural que traga movimento e qualidades as atividades existentes.

A distância do centro até a Estação é 1,5km como ilustrado no mapa ao lado, quando percorrida a pé pode demorar cerca de 20 minutos.

O bairro Coimbras se conecta com vários bairros: Canjeranus, Jardim Colégio de Passos, Cohab, Penha, Centro Passos, Califórnia e Santa Luzia.

MAPA EQUIPAMENTO U R B A N O / R E L A Ç Ã O C/ C E N T R O

54

LEVANTAMENTO DA ÁREA A Estação Cultura de Passos-MG é um bem tombado pelo

Patrimônio

Cultural

do

Município

e

pelo

ativa pelo menos até 1977, quando cessaram de correr os trens de passageiros do ramal.

Instituto de Patrimônio Cultural e Artístico de Minas

No

final

dos

anos

1980

os

trilhos

entre

Gerais (IEPHA-MG). De acordo com informações do site

Guaxupé, São Sebastião do Paraíso, Passos a Itaú de

Estações Ferroviárias do Brasil (2018), o ramal da

Minas,

cidade

abandonada entre S.S. Paraíso e Itaú de Minas. Em

de

trecho

Passos

de

15

foi

inaugurado

quilômetros

em

seu

ligando

primeiro

Guaxupé

a

estado

prolongado aos poucos, chegando a Passos somente em

2015).

1921. Em fevereiro de 1977, o tráfego de passageiros tempo, passaram a atender somente ao carregamento de cimento da fábrica de Itaú de Minas, e vindo não por Guaxupé,

mas

por

São

Sebastião

do

Paraíso,

ali

chegando pela antiga linha da São Paulo-Minas. Por volta de 1990, o trecho foi abandonado e teve seus

trilhos retirados. No final de 2006, a estação era utilizada

como

uma

espécie

de

centro

de

memória

(ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS DO BRASIL, 2019).

A estação de Passos foi inaugurada como estação terminal do ramal que leva seu nome, em 1921. Foi

retirados,

sobrando

apenas

uma

linha

1986, a Estação de Passos já estava fechada e em mau

Guaranésia, no ano de 1912. Posteriormente foi sendo

foi eliminado, sobrando os cargueiros, que, com o

foram

segundo

Após

relatório

alguns

da

conflitos,

FEPASA

a

(COSTA;

Fepasa,

REIS,

vendeu

e

repassou a Estação Ferroviária e todo seu complexo para a Prefeitura Municipal. E, na década de noventa, por meio de ações culturais e políticas, iniciou-se o processo de reforma da Estação ou Estação Cultura, como

é

conhecida

até

os

dias

atuais.

A

Estação

Cultura ganhou um centro de memória, que recebe o nome

de

Antônio

Theodoro

Grillo,

este,

professor,

figura importante na cena cultural da cidade e peça central

no

processo

(COSTA; REIS, 2015).

de

revitalização

do

espaço

Localizada na Avenida Mogiana, bairro Coimbras, com sua sede acomodada em um elevado platô, suas

56

edificações estão localizadas longitudinalmente as linhas férreas. O conjunto se dispõe em quatro edificações, sendo a Estação de Passageiros, a Estação de Cargas, o Depósito e a caixa d’água. Não existe um uso definido para a Estação Cultura (PROJETO DE INTERVENÇÃO/RESTAURAÇÃO ESTAÇÃO CULTURA, 2011).

Na fachada frontal, temos vista privilegiada a toda parte central da cidade. Já o complexo ferroviário tem grande destaque no meio onde ele reside, não apenas por sua referência histórica e arquitetônica para o

município, mas também, por seu visual, com grande espaço residual, o complexo tem tipologia que se contrasta com seu entorno, junto com as edificações dos trabalhadores da rede, que fazem parte do conjunto.

A

única edificação que não está anexada neste conjunto é a caixa d'água, que tem sua localização a alguns metros do complexo (PROJETO DE INTERVENÇÃO/RESTAURAÇÃO ESTAÇÃO CULTURA, 2011).

FIGURA 69 Ramal Mogiana Passos –MG Fonte: Estações Feroviárias. Disponível em: https://www.estacoesferroviarias.com.br/mmg/passos.htm .

Acesso em 14 de maio de 2019.

01

JUSTIFICATIVA DA ÁREA

A escolha da área se deu inicialmente por um motivo fraternal, o amor pelas origens, além disso, o mais importante, a Estação Cultura de Passos-MG possui um grande potencial para implantação do centro cultural, isso pela diversidade de usos existentes e pela presença de um patrimônio tão importante para memória passense.

02

A área possui uma grande conexão com a cidade, seus visuais permitem está aproximação do usuário com urbano, por isso o cuidado de projetar um edifício permeável.

02 01

05 04

03

03

FIGURA 75 Situação Estação Cultura.

Fonte: Google Earth, alterado pela autora.

•

04

58

05

FIGURA 70 à 74 Levantamento Estação Cultura Fonte: Arquivo pessoal, 2019.

01—Vista geral da fachada da Estação Cultura voltada aonde passava os trilhos férreos. O primeiro volume da esquerda para direita é a estação de passageiros; o volume ao centro também era para passageiros e o volume da direita é a estação de cargas, que foi construída posteriormente na década de 40 para estocagem de materiais.

02—O quarto volume é onde fica a caixa d’água.

03—Antigas casas dos ferroviários, situadas na Travessa Mogiana, voltadas para o antigo eixo férreo.

04—Na fachada frontal ou então na parte mais alta do terreno em que a estação se encontra, é possível avistar toda a cidade de Passos.

05—Travessa Mogiana, fica em um nível mais alto quando comparado com o da estação. A travessa fica ao lado deste grande talude, que hoje é utilizado como uma arquibancada nos dias de apresentações, saraus, eventos culturais.

01

03

02

04

05

0 1 - F a c h a d a p o s t e r i o r d a e s t a ç ã o d e p a s s a g e i r o s , c o m v o l u me retangular, embarque e desembarque unilateral.

02-Vista da fachada lateral esquerda da estação de passageiros.

Ambas as fachadas laterais deste volume leva o nome do ramal, Passos. Além de ter o relevo dos pilares ornamentais, tem a pintura mais escura e eu serve para ressaltar a base do edifício.

03-Perspectiva da lateral esquerda com a vista posterior da estação de passageiros. A maioria dos pilares que desenham a fachada deste edifício, são puramente ornamentais, não possuem função estrutural.

A marquise se apoia nas mãos francesas metálicas.

60

03 e 04-Vista frontal da plataforma de passageiros, que é marcada com cornijas e uma escada central de acesso à sala de espera.

01 03 03

02

05 e 06-Tanto no volume maior, quanto no volume menor da estação de passageiros, possuem um pináculo em suas cumeeiras.

04

Detalhe da captação de água do edifício, com forro em lambri de madeira pintada em branco.

FIGURA 83 Situação Estação Cultura.

Fonte: Google Earth, alterado pela autora.

06

FIGURA 76 à 82 Levantamento Estação Cultura Fonte: Arquivo pessoal, 2019.

07

04

02 06 01

02 05

01

01

07

08

03

03

02

03

04

07

Janelas de ferro com vídeos fixos. Detalhes da trapeiras da “água furtada”.

06

Existe três painéis, sendo um plano. Todos de madeira frisada envernizada.

Piso em pedra da pataflorma de embarque.

O am bie nte des tina do a cargas tem um único forr o, que aco mpan ha a inclinação do volume.

M a d e i r a f r i s a d a envernizada.

08

05 Guichês destinados a venda de passagem, localizado na sala de espera da estação de passageiros. A sala de espera tem a vor metade verde escuro e claro, já o escritório metade rosa claro e azul.

FIGURA 83 à 100 Levantamento Estação Cultura Fonte: Arquivo pessoal, 2019.

FIGURA 86 Planta baixa plataforma de passageiros.

Fonte: Disponibilizado pela secretaria da cultura de Passos—MG, modificado pela autora.

62

PLATAFORMA PASSAGEIRO

01

Vista da fachada posterior da estação de cargas, atualmente é o centro de memórias.

Dividida em três partes, onde no espaço principal f o i c o n s t r u í d o posteriormente um mezanino com parte dos trilhos remanescentes.

01 02

A fachada principal do edifício Conta com duas marquises de concreto. Neste, assim como nos demais volumes também tem a presença dos pináculos.

FIGURA 101 à 113 Levantamento Estação Cultura Fonte: Arquivo pessoal, 2019.

FIGURA 113 Planta baixa plataforma de passageiros / depósito.

Fonte: disponibilizado pela secretaria da cultura de Passos—MG, modificado pela autora.

FIGURA 114 Planta baixa plataforma de cargas.

Fonte: Disponibilizado pela secretaria da cultura de Passos—MG, modificado pela autora.

01

01

02

01

Duas portas simétricas em ferro e vidro. As janelas são do tipo basculante em ferro e vidro. O pisoem pedra e no interior não possui n e n h u m t i p o d e ornamento. Parte da parede tem azulejo.

03

Antigamente também era p a r a e s p e r a d e passageiros, hoje funciona como depósito, que possui uma planta quadrada, com telhado de quatro águas, está implantado entre os dois volumes principais da estação.

Deposito, que possui uma planta quadrada, com telhado de quatro águas, localizado entre os dois principais volume.

DEPÓSITO E CARGA

64

03

02

01

03

02

FIGURA 114 à 123 Levantamento Estação Cultura Fonte: Arquivo pessoal, 2019.

FIGURA 124 Planta baixa Estação Passos –MG. Fonte: Disponibilizado pela secretaria da cultura de Passos—MG, modificado pela autora.

Algumas esquadrias tanto externo como internamente encontramse com vidro quebrados.

10

02

03 05

06

06

07

07

08

04

Grande parte das paredes externas e algumas interna encontram-se com tricas, pontos com infiltração, proliferação de microflora.

04

05

Ausência de acessibilidade, o mezanino não possui um guarda corpo nas escadas. A passagem de um cômodo para outro na estação de cargas não possui nenhum elemento de circulação acessível. As rampas que dão de encontro a rua não cumprem com sua função, visto que dão para o jardim e não para a calçada.

01

08

09

09

10

Ausência de manutenção nos pisos internos, desgaste do uso. O piso externo é em concreto, tendo muita rachaduras e emendas.

66

02 01 03

As principais vias que envolvem a área de intervenção são as locais, variando de tamanhos 6 à 8m, com calçadas de largura de 1,5 à 2,0m, com exceção da rua da Estação Cultura, foto número 01, a largura da rua é 16 metros e nota-se a ausência de calçadas envolta da área.

LEGENDA Vias arteriais V i a principais

s

Vias locais

FIGURA 126 à 128 Levantamento Estação Cultura Fonte: Arquivo pessoal, 2019.

FIGURA 125 Planta baixa Estação Passos –MG. Fonte: Disponibilizado pela secretaria da cultura de Passos—MG, modificado pela autora.

Será implantado em volta de todo projeto calçadas.

A á r e a p a r a e st a c i o n am e n t o se r á a pr ó p r i a r u a da estação, já que é larga e comprida.

01

02

03

MAPA DE HIERARQUIA V I Á R I A F Í S IC A

FIGURA 125 Mapa viário e de transporte Fonte: Mapa disponibilizado pela secretaria de planejamento de Passos-MG, modificado pela autora.

02 01

03 A rua de maior fluxo do entorno é a rua Otto Krakauer, que conecta a área com diversos pontos da cidade.

LEGENDA Médio Fluxo Pequeno fluxo

De acordo com mapa de transporte público, nota -se a ausência de pontos de ônibus por todo percurso até a estação, isso ocorre em toda cidade, que hoje possui um déficit na qualidade do transporte público.

FIGURA 130 Mapa transporte público.

Fonte: Mapa Google Earth, alterado pela autora.

68

MAPA DE HIERARQUIA VIÁRIA FUNCIONAL

FIGURA 129 Mapa viário e de transporte Fonte: Mapa disponibilizado pela secretaria de planejamento de Passos-MG, modificado pela autora.

LINHAS DE ÔNIBUS Saída da Casa da Cultura—CENTRO Chegada Estação Cultura

Essas são as linhas que passam pela estação.

N o t a - s e, q u e me s m o c om p o n t o r e l a t iv a m e n t e próximos, a distância do centro com a Estação se torna grande e cansativa devido a quantidade de pontos que um mesmo ônibus para, gastando um tempo bem maior do que o esperado e desejado.

70

FIGURA 131 à 133 Mapa transporte público.

Fonte: Mapa Google Earth, alterado pela autora.

TRAJETOS

Esses são os percursos mais rápidos e mais acessíveis para se deslocar do centro para estação, seja de bicicleta, ou de a pé.

FIGURA 134 Mapa Figura Fundo Fonte: Mapa disponibilizado pela secretaria de planejamento de Passos-MG, modificado pela autora.

A estação foi implantada, quando ainda o bairro Coimbras era predominantemente industrial, ali era o limite da zona urbana, em 1921, quando o trem chegou.

Por este motivo, quase em toda unanimidade, o entorno se caracteriza por edificações com acessos diretos ao nível da rua, sem padronização e recuos frontais, com nenhuma predominância arquitetônica e um

baixo aperfeiçoamento estético, salvo as moradias dos antigos ferroviários.

O entorno da área p o s s u i p o u c a s edificações, sendo um ponto positivo, já que pretende-se destacar no projeto o visual que a Estação oferece. D e s t a forma, o projeto em desenvolvimento, também será pensado de forma que não agrida a paisagem existente, o p t a n d o p e l a horizontalidade.

72

FIGURA 135 Mapa de uso do solo.

Fonte: Mapa disponibilizado pela secretaria de planejamento de Passos-MG, modificado pela autora.

X LEGENDA SERVIÇO

INSTITUCIONAL

RESIDENCIAL

VAZIO

COMÉRCIO

ÁREA VERDE

Á R E A ESTUDO

De acordo com a lei complementar 023, de 10 de outubro de 2 0 06 de P as s os — M G, a área de estudo está localizada em uma zona r e s i d e n c i a l predominante de residências com permissão de alguns u s o s p a r a f i n s comerciais e de prestações de serviços.

E m b u s c a d e f o r t a l e c e r a proximidade da escola com a Estação, será proposto a retirada dos muros da lateral esquerda, abrindo visão para as crianças, proporcionando a elas visão a estação, incentivando a educação cultural.

FIGURA 136 à 140 Imagens entorno.

Fonte: Google maps, modificado pela autora.

D E

FIGURA 141 Mapa de gabarito Fonte: Mapa disponibilizado pela secretaria de planejamento de Passos-MG, modificado pela autora.

O entorno imediato é predominantemente térreo, contando como exceção da Câmara Municipal com 4 pavimentos.

LEGENDA TÉRREO 2 PAVIMENTOS 3 PAVIMENTOS ÁREA DE ESTUDO FIGURA 142 e 143 Imagens do entorno, câmara municipal.

Fonte: Google maps, alterado pela autra.

74

03 01 02 FIGURA 144 Mapa de vegetação.

Fonte: Mapa disponibilizado pela secretaria de planejamento de Passos-MG, modificado pela autora.

01

LEGENDA Árvores E s t r a t o s arbustivos

Conforme o mapa, nota-se a ausência de árvores no entorno da área, sendo um ponto negativo para a população que poderia aproveitar a sombra durante o

seu percurso até a estação.

A intenção é arborizar a área de estudo para trazer maior conforto térmico sem afetar o visual da cidade.

02

ÁREA DE ESTUDO

03

FIGURA 145 à 147 Entorno Estação.

Fonte: Google Earth.

A área se localiza em um ponto alto da cidade, que possibilita vistas e conexões maravilhosas.

A estação é implantada em um platô e próximo a ela existe um grande talude, que é utilizado pela população como um espaço para se acomodarem em dias de apresentações teatrais.

FIGURA 148 e 149 Mapa Clima Passos-MG Centro Fonte: Mapa google Earth, alterado pela autora.

0

25

50

75

100

FIGURA 150 Mapa Clima Passos-MG Centro Fonte: Mapa google Earth, alterado pela autora.

LEGENDA Sol da manhã Sol da tarde Sol do meio dia ÁREA DE ESTUDO

M A P A T O P OG R Á F I C O E CLIMÁTICO

76

FIGURA 151 Mapa Passos—MG Fonte: Mapa disponibilizado pela secretaria de planejamento de Passos-MG, modificado pela autora.

VISÃO SERIAL As principais vistas da estação. Nas fotos conseguimos ver como acontece a topografia e a relação da área com a cidade.

01

03

05

02

04

06

78

PERFIL SOCIO-ECONÔMICO DO ENYORNO De acordo com o último censo realizado no ano de 2010, a população de Passos-MG contava com 106. 290 pessoas, a densidade demográfica era de 79,44 hab/km2. A taxa de escolarização neste mesmo ano entre as pessoas com idade entre 6 e 14 anos era de 96,8%. No ano de 2016 o salário médio entre os trabalhadores formais era de dois salários mínimos e o PIB per capta de R$20.221,63 (IBGE, 2019).

Os dados mostram que a população predominante é mais jovem, uma informação importante na elaboração do projeto.

07

08

FIGURA 152 à 159 Visão Serial Fonte: Imagens google Earth, pela autora.

alterado

FIGURA 160 à 162 Censo Passos—MG. Fonte: IBGE 2010.

FIGURA 163 à 166 Entrevista ocupe estação cultura..

Fonte: Estação cultura, 2019, modificado pela autora.

Entrevista realizada pela Estação ocupa aplicada aos usuários da estação. Este documento foi de vital importância para o levantamento da reais necessidades da população, o que gostariam que mudasse e o que gostariam que fosse mantido.

#OCUPEESTAÇÃOCULTURA

“A ocupação é para que a sociedade passense perceba esta iniciativa como sinal de que é preciso romper com ‘velho’ para dar lugar ao novo. Ocupar a cultura por uma nova politica, por uma nova educação, por uma nova relação de pertencimento e comunidade.” - Estação Ocupa 2019.

80

ESTUDO PRELIMINAR

4 82

OPOORTUNIDADE SÍTENSE DA ÁREA

Com base nos levantamentos feitos na área de estudo, o entorno da quadra abriga majoritariamente residências e equipamentos públicos, com gabaritos baixos, sendo um ponto positivo, já que a intenção é manter a permeabilidade visual que a área possui e propor integração com a cidade.

Percebe-se que a área escolhida para implantação do centro cultural possui um grande potencial, já que acontecem atividades culturais frequentemente, além da proximidade com a Estação Cultura, que possibilita um enriquecimento cultural da população.

Os maiores pontos negativos da área são o transporte público ineficiente, ausência de vegetação, mobiliários e de um espaço de qualidade que possa receber todas atividades existentes.

LEI COMPLEMENTAR N°023, DE 10 DE OUTUBRO DE 2016.

ART. 59 . Taxa de ocupação—as edificações comerciais, de pretação de serviços, as parcialmente residenciais e as industriais, ficam sujeitas a um coeficiente de ocupação de área edificada de até 80% da área total do terreno o restante da área do imóvel deverá permanecer permeável.

ART. 59. Solo natural—no mínimo 20% da área do imóvel deverá ser permeável .

ART. 63. Recuos—2,0m para os pavimentos com H maior que 6,0m e menor ou igual a 12,0m .

ART. 66. Coeficiente de aproveitamento—para todas as zonas, o índice básico de utilização é de 1,0.

ART. 67. O coeficiente de utilização previsto no Art. 66 poderá chegar no limite de 6,0.

•

Permeabilidade visual e espacial.

•

Equipamentos educacionais que mantém vivo o espaço público e reafirma a importância da educação cultural.

•

Diversidade moradores.

•

Diversas atividades culturais que já acontecem no local, além dos piqueniques.

•

Via de principal acesso a Estação larga.

de

idade

dos

usuários

e

CONFLITOS •

Ausência de calçada.

•

Falta de acessibilidade.

•

Ausência de mobiliários públicos, como, lixeiras, iluminação, bebedouros, ausência de banheiros públicos.

•

Ausência de arborização ao longo da área de estudo.

•

Difícil acesso causado pela ineficiência do transporte público.

•

Caminho escondido da linha férrea.

DIRETRIZES DO ENTORNO IMEDIATO •

Implantar calçada em volta de todo lote.

•

Reforçar a conexão e vista com a cidade.

•

Destacar por onde passava a linha férrea.

•

Melhorar o transporte público.

•

Implantar ciclovia.

•

Suprir necessidades de infraestrutura, mobiliários e vegetação.

•

Melhoria nos acessos e caminhos.

•

Flexibilidade.

•

Inter-relação.

•

Acessibilidade.

•

Integração.

•

Permeabilidade física e visual.

•

Centro Cultural.

•

Sustentabilidade.

DIRETRIZES PROJETUAIS •

Adotar sistemas que permitem a ampliação fácil e rápida do interior do edifício.

•

Retirar o muro que separa a Escola Ananias da Estação, em busca de eliminar a barreira histórica cultural, incentivando a cultura para nova geração.

•

Elevadores, rampas acessíveis, piso tátil e banheiros PNE.

•

Projetar espaços que possam acontecer diversas atividades integradas ao mesmo tempo, promovendo um local mais democrático e multidisciplinar.

•

Uso de térreos livres que se abrem para rua, sem grandes muros. A arquitetura se torna um convite para as pessoas passarem mais tempo no edifício.

•

Aplicar horizontalidade como forma de entorno natural e o edifício existente.

respeitar

o

Espaços culturais para exposições, dança, artesanato, pintura, música, leitura. Áreas para apresentações, festivais, feiras.

Plantas livres.

Espaços para alimentação, leitura, descanso e mirante.

DIRETRIZES PROJETUAIS

84

DIRETRIZES GERAIS

CORQUIS

PLANO DE MASSAS

86 CONCEITO | PARTIDO

O partido arquitetônico foi pautado na cultura popular local, onde a vivacidade, alegria e receptividade do povo mineiro foi materializada para uma arquitetura que abraça e acolhe o usuário. As passarelas metálicas que remetem ao abraço; os caminhos já demarcados pela própria população que foram destacados com cores; a harmonia na transição do antigo para o contemporâneo através do uso de vidros transparentes nas fachadas voltadas para a Estação Cultura; o edifício horizontal sobre pilotis metálicos que promove a permeabilidade física e visual, conectando o centro cultural com a cidade e promovendo leveza ao mesmo e um espaço sinestésico com a presença de água, luzes e vegetação que convida e conduz o visitante para seu interior.

PARTIDO | CONCEITO

Ao estudar o entorno da área do projeto do Centro Cultural Estação Cultura foi possível perceber a espontaneidade e receptividade dos usuários, diante disto, o conceito foi manter exatamente está vitalidade e alegria do espaço.

PRÉDIO 01

SUPERIOR

TERRAÇO

Circulação Vertical

25,41 m²

Convívio

19,47 m²

Circulação Vertical

25,41 m²

Circulação Horizontal

242,59 m²

Pintura

17,0 m²

Circulação Horizontal

224,59 m²

Leitura

25,15 m²

TOTAL: 250,0 m²

Ateliê

53,71 m²

Banheiros

34,43 m²

Circulação Vertical

25,41 m²

Circulação Horizontal

74,83 m²

TOTAL= 250,0 m²

TOTAL= 250,0 m² TÉRREO LIVRE

PRÉDIO 03

SUPERIOR

COBERTURA

Banheiros

38,95 m²

Vestiário

15,17 m²

Circulação Vertical

15,93 m²

Recepção

38,91 m²

Dança 01

31,51 m²

Circulação Horizontal

264,07 m²

Circulação Vertical

15,93 m²

Dança 02

35,76 m²

TOTAL= 280,0 m²

Circulação horizontal

186,21 m²

Dança 03

15,74 m²

Depósito

12,26 m²

Banheiros

38,95 m²

Circulação Vertical

15,93 m²

Circulação Horizontal

114,68 m²

TOTAL= 280,0 m²

TOTAL= 280,0 m²

PROGRAMA DE NECESSIDADES

TÉRREO LIVRE

88 TÉRREO LIVRE

PRÉDIO 02

SUPERIOR

COBERTURA

Lojinha

12,90 m²

Depósito

3,51 m²

Circulação Vertical

22,96 m²

Banheiros

38,95 m²

Sala de Reunião

19,15 m²

Circulação Horizontal

227,04 m²

Circulação Vertical

22,96 m²

ADM

34,08 m²

TOTAL= 250 m²

Circulação Horizontal

175,19 m²

Banheiros

11,70 m²

Arquivo

16,18 m²

Cozinha

18,18 m²

Descanso

33,65 m²

Circulação Vertical

22,96 m²

Circulação Horizontal

138,77 m²

TOTAL= 250,0 m²

TOTAL= 250,0 m² 57,85 m²

250,00 m²

35,52 m² 280,00 m² 280,00 m²

CIRCULAÇÃO

VERTICAL 192,90 m² 65,09 m²

250,00 m² 250,00 m²

280,00 m²

250,00 m² 250,00 m² 250,00 m²

HORIZONTAL 1.647,97 m²

PASSARELA 199,79 m²

FLUXOGRAMA

LEGENDA Administração Serviço Circulação Vertical Circulação Horizontal

Banheiros Convívio Cultural Apoio

SETORIZAÇÃO

90

CIRCULAÇÃO

O Centro Cultural Estação terá três caixas de elevadores, três escadas que vão do térreo ao terraço. Contará com passarelas de inclinações entre 5 à 8%, elas que promoverão a conexão entre os três volumes.

FECHAMENTOS A proteção da fachada será dada por meio de painéis feitos em aço, madeira, vidro leitoso e transparente. Em alguns pontos ele está presente só no vidro leitoso, com vantagem em proporcionar conforto térmico.

A madeira será utilizada nos painéis vazados, possibilitando melhor circulação de ventos e iluminação natural.

Os fechamentos internos são todos em placas cimentícias que permitem rapidez e limpeza dentro da obra.

SUSTENTABILIDADE Foi aplicado nos três edifícios placas fotovoltaicas, uma solução autossuficiente e renovável. Será implantado um sistema de captação de água de chuva, podendo está ser reaproveitada para manutenção do paisagismo. Os espelhos d’ água espalhados contribuirão para o conforto térmico e visual do projeto.

Além da eficiência das vegetações presentes nas vedações externas.

92 LAJE

PILAR Estrutura independente, os pilotis metálicos permitem que a planta seja livre e flexível, assim, contribui para uma arquitetura integrativa e quando necessário reformas possibilita menor geração de resíduos.

Os pilotis serão em estrutura metálica, conferindo ao projeto leveza. Sua medidas são de 0,30x0,30 m, com distâncias entre um e outro de 11,0m.

O diâmetro do pilar árvore metálico é de 0,60m e suas ramificações de 0,40m

SISTEMA ESTRUTURAL CONSTRUTIVO

A estrutura adotada para as lajes foi concreto armado.

A distância entre elas são de 3,5m e suas espessuras de 0,10m.

FIGURA 176 Ocupa Estação Cultura.

Fonte: Arquivo ocupa estação, 2018.

ANTEPROJETO

6 94

96

01

02

03

04

05

06

07

08

LEGENDA: 01 – Parque infantil 02 – Academia ao ar livre 03 – Espaço de Feirinhas 04 – Deck 05 – Teatro ao ar livre 06 – Entrada-01 07 – Entrada-02 08 – Espaço de meditação e Slackline 09 – Espelho d’agua 10 – Área de Piquenique

10

09 10

10

FACULDADE ESTÁCIO RIBEIRÃO PRETO - 2019 ARQUITETURA E URBANISMO - RAYANE DE LIMA NOGUEIRA

IMPLANTAÇÃO ESCALA 1:500

CENTRO CULTURAL – ESTAÇÃO CULTURA DATA:21/11/2019

ESCALA: 1/500

PLANTA BAIXA-IMPLANTAÇÃO

01/09

98

MEMORIAL TÉRREO Todos três térreos são livres o que possibilita um espaço permeável fisicamente e visualmente. Um espaço público onde as pessoas se sintam livres para circularem, além de alcançar uma plástica bela e leve com a presença dos pilotis.

Os pilares que sustentam a passarela são todos no modelo de árvore em aço, com inclinação de seus ramos de 55º, onde proporcionam maior desempenho e resistência.

Prédio 01: O térreo do prédio 01 possui 250m², foi equipado por arquibancadas e bancos para leitura. O espaço também conta com uma prateleira onde ocorrerão trocas e doações de livros, exercitando o compartilhamento entre os usuários.

A arquibancada e a prateleira são em madeira, ambas coloridas, isto para projetar um espaço mais divertido e alegre, trazendo a

essência mineira.

O uso do espelho d’água deixa o espaço mais convidativo, além de promover a integração entre os usuários e proporcionar um ambiente tranquilo e refrescante.

Prédio 02: Com uma área de 250m², o térreo prédio 02 foi destinado para exposições de trabalhos realizados pelos artistas locais.

Os banheiros são abertos para a Estação Cultura, já que está sofria com ausência de sanitários ao longo de sua extensa área. É aqui que fica a lojinha para aqueles que quiserem adquirir produtos culturais, como artesanato em madeira de demolição e as famosas panelas de barro e cobre.

Prédio 03: Sua área é de 280m², onde fica a recepção e um espaço de alimentação.

FACULDADE ESTÁCIO RIBEIRÃO PRETO - 2019 ARQUITETURA E URBANISMO - RAYANE DE LIMA NOGUEIRA CENTRO CULTURAL – ESTAÇÃO CULTURA DATA:21/11/2019

ESCALA: 1:200

PLANTA BAIXA-TERREO

02/09

100

MEMORIAL SUPERIOR Prédio 01 – fica no nível +734,04m contando com elevador, escada e banheiro.

Pavimento destinado a arte, nele ocorre aulas de pintura e artesanato. Com a planta livre os espaços são definidos pelos próprios mobiliários, isto confere amplitude permitindo a integração dos usuários.

Equipado com mesas espaçosas, bancos para pinturas no tripé e espaço reservado para leitura dirigida a arte.

O Prédio 02 – também fica no nível +734,05m. É destinado a administração do edifício e área de apoio aos funcionários, com cozinha compartilhada e área de descanso.

Prédio 03 – com uma área de 280m² e no nível +735,04m, este pavimento é reservado a dança. Sala 01 e 02 são fechadas por portas camarão, o que permite quando abertas um espaço multiuso, podendo ser utilizado para ensaios das peças teatrais, reuniões do estação ocupa, palestras e seminários.

As divisórias internas são todas em placas cimentícias.

As portas camarão serão todas no laminado melamínico, um material resistente à impactos, riscos, umidade e impactos.

As fachadas terão três tipologias de painéis: Painéis com trama de madeira e vegetação – foram posicionados nas fachadas com maior incidência de sol, fachadas oeste e em algumas fachadas norte. Esta tipologia contribuirá para passagem de iluminação e ventilação natural.

Painéis todo em vidro leitoso – estão nas fachadas norte, onde incide o sol da manhã.

Painéis leitoso com vidro transparente – foram instalados nas fachadas sul que recebem pouca incidência solar, mais ainda sim tem o vidro leitoso para promoção de um espaço mais agradável termicamente. Além de promover visão ao edifício existente e a conexão com a cidade.

FIGURA 177 Alta pressão laminado melamínico..

Fonte: Fórmica. Disponível em https://www.formica.com.br/pro_comparativo.htm.

Acesso em 15 de novembro de 2019.

DETALHE ESCADA

FACULDADE ESTÁCIO RIBEIRÃO PRETO - 2019 ARQUITETURA E URBANISMO - RAYANE DE LIMA NOGUEIRA CENTRO CULTURAL – ESTAÇÃO CULTURA DATA:21/11/2019

ESCALA: 1:200

PLANTA BAIXA-SUPERIOR

03/09

102

FACULDADE ESTÁCIO RIBEIRÃO PRETO - 2019 ARQUITETURA E URBANISMO - RAYANE DE LIMA NOGUEIRA CENTRO CULTURAL – ESTAÇÃO CULTURA DATA:21/11/2019

ESCALA: -

PERSPECTIVAS - SUPERIOR

04/09

104

MEMORIAL TERRAÇO Um espaço de encontro, descanso que comunica o usuário com a cidade a partir de suas vistas emblemáticas.

Entre os jardins existem espaços intermediários como os módulos de alimentação, que são feitos em placas cimentícias pintadas na Tinta Acrílica Fosca Premium Suvinil Barro, justamente com intuito de remeter as antigas construções de pau a pique da região. Seu balcão é feito em ardósia.

Todos terraços são equipados por bancos, pergolados, espreguiçadeiras e grandes mesas coletivas.

O nível do terraço do prédio 01 está no +737,28m que é o mesmo do prédio 02, já o terraço do prédio 03 se encontra no nível +738,28m. Todos se conectam a partir da passarela metálica que abraça e acolhe o usuário, fazendo-se semelhante aos mineiros que são grandes anfitriões.

FACULDADE ESTÁCIO RIBEIRÃO PRETO - 2019 ARQUITETURA E URBANISMO - RAYANE DE LIMA NOGUEIRA CENTRO CULTURAL – ESTAÇÃO CULTURA DATA:21/11/2019

ESCALA: 1:200

PLANTA BAIXA-TERRAÇO

05/09

106

MEMORIAL COBERTURA Assim como todo edifício as coberturas também são todas em concreto armado, são equipadas com placas fotovoltaicas que contribuem para uma arquitetura sustentável e eficiente.

Em cada edifício existem duas caixas d'água com 750 litros cada, totalizando 1500 litros por prédio.

COMPOSIÇÃO DO PAINEL Moldura de Alumínio Vidro Especial Película Encapsulante – EVA Células Fotovoltaicas Película Encapsulante – EVA Backsheet (fundo protetor) Caixa de junção

O guarda-corpo é todo metálico preto com vidro transparente, será o mesmo para os pavimentos anteriores.

FACULDADE ESTÁCIO RIBEIRÃO PRETO - 2019 ARQUITETURA E URBANISMO - RAYANE DE LIMA NOGUEIRA CENTRO CULTURAL – ESTAÇÃO CULTURA DATA:21/11/2019

ESCALA: 1:200

PLANTA BAIXA-COBERTURA 06/09

108

AA

FACULDADE ESTÁCIO RIBEIRÃO PRETO - 2019 ARQUITETURA E URBANISMO - RAYANE DE LIMA NOGUEIRA CENTRO CULTURAL – ESTAÇÃO CULTURA DATA:21/11/2019

ESCALA: 1:200

CORTES E ELEVAÇÕES

07/09

110

3

1

2

4

O ENTORNO O entorno completa o Centro Cultural com toda sua receptividade e vitalidade. As cores, a água, os mobiliários e a espontaneidade convida o usuário.

Os acessos e os caminhos foram destacados conforme o que já acontecia, já que estes são claramente definidos pela população.

A passagem por onde se passava os trilhos de ferro antigamente foi destacada na cor rosa com intuito de mostrar para população a importância que a o trem teve para história de Passos e região, uma forma de deixar viva a memória cultural.

O intuito do projeto era propor espaços para receber melhor as atividades existentes, visto isto, foi implantado uma arquibancada acompanhando as curvas de níveis do terreno, onde os usuários podem se apresentar, ensaiar, interagir.

O talude que é utilizado pela população como um espaço de encontro, circulação e permanência, ganhou está rampa, garantindo melhor conforto e acessibilidade a área.

FACULDADE ESTÁCIO RIBEIRÃO PRETO - 2019 ARQUITETURA E URBANISMO - RAYANE DE LIMA NOGUEIRA CENTRO CULTURAL – ESTAÇÃO CULTURA DATA:21/11/2019

ESCALA: -

PLANTA BAIXA-IMPLANTAÇÃO

08/09

112

1

2

3

4

FACULDADE ESTÁCIO RIBEIRÃO PRETO - 2019 ARQUITETURA E URBANISMO - RAYANE DE LIMA NOGUEIRA CENTRO CULTURAL – ESTAÇÃO CULTURA DATA:21/11/2019

ESCALA: -

PERSPECTIVAS IMPLANTAÇÃO 09/09

FIGURA 176 Ocupa Estação Cultura.

Fonte: Arquivo ocupa estação, 2018.

BIBLIOGRAFIA

7 114

APPOLLINÁRIO, F. Dicionário de metodologia científica: um guia para a produção do conhecimento científico.

2. ed. São Paulo, SP: Atlas, 2011. 295 p.

AZEVEDO, E. B. Patrimônio industrial no Brasil. Revista eletrônica de Arquitetura e Urbanismo da Universidade São Judas Tadeu, São Judas Tadeu, v. 1, n. 3, p. 11-22, jan./jun. 2010). Disponível em:< https:// www.usjt.br/arq.urb/numero_03/2arqurb3-esterezilda.pdf>. Acesso em: 29 mar. 2019.

CARTA DE VENEZA. Sobre conservação e restauro dos monumentos em padrões internacionais . Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta%20de%20Veneza%201964.pdf>. Acesso em: 04 abr.

2019 CHOAY, F. A alegoria do patrimônio. 3. ed. São Paulo: Estação Liberdade: Editora UNESP, 2006. 282 p.

COSTA, A; RIBEIRO, V. Urbanismo: Regime jurídico da urbanização e edificação. Vida Econômica, 2018. 672 p.

Disponível em: <https://books.google.com.br/books?id=8LOKDwAAQBAJ&pg=PA646&dq=CONCEITO+DE+REABILITA%C3%87% C3%83O+DE+UM+EDIF%C3%8DCIO&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwi3tOO9ncThAhWVHLkGHaayDi4Q6AEINDAC#v=onepage&q=CONCEITO% 20DE%20REABILITA%C3%87%C3%83O%20DE%20UM%20EDIF%C3%8DCIO&f=false>. Acesso em: 05 abr. 2019.

ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS DO BRASIL. Cia Mogiana de estradas de ferro (1921-1971) Fepasa (1971-1998). Disponível em: <http://www.estacoesferroviarias.com.br/mmg/passos.htm>. Acesso em: 01 abr. 2019.

GERODETTI, J. E; CORNEJO, C. As ferrovias do Brasil nos cartões-postais e álbuns de lembranças. São Paulo: Solaris Edições Culturais, 2005. 260 p. Disponível em: <https://books.google.com.br/books? id=j_T1noNaMC4C&pg=PA137&dq=Cia.+Mogiana+d+Estradas+de+Ferro+Passos&hl=pt BR&sa=X&ved=0ahUKEwjCvOT10rzhAhURLKwKHREfAmkQ6AEIMDAB#v=onepage&q=Cia.%20Mogiana%20de%20Estradas%20de% 20Ferro%20Passos&f=false>. Acesso em: 01 abr. 2019.

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Patrimônio imaterial. Brasília. 2019. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/234> Acesso em: 02. Abr. 2019.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSCA. População. Disponível em: < https://cidades.ibge.gov.br/ brasil/mg/passos/panorama>. Acesso em: 07 abr. 2019.

116

_____. Instrumentos de salvaguarda. Brasília. detalhes/418/> Acesso em: 02. Abr. 2019.

2019.

Disponível

em:

<http://portal.iphan.gov.br/pagina/

_____. Modo artesanal de fazer queijo de Minas nas regiões do Serro, da Serra da Canastra e do Salitre. Brasília.

2019.

Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/bcrE/pages/folBemCulturalRegistradoE.jsf? idBemCultural=0_%5Bd36_%4018c5551n%5D8%3Am208z%40s1%5Bv8%3Ax3331n%5D8%3Am207%2F%24ghi*%3Adef%24%3B52g0_% 5B3y3p600001n%5D8%3Am209 > Acesso em: 04. Abr. 2019. _____. Patrimônio ferroviário MG. Brasília. detalhes/1304> Acesso em: 02. Abr. 2019.

2019.

Disponível

em:

<http://portal.iphan.gov.br/mg/pagina/

_____. O Iphan em Minas Gerais. Brasília. 2019. Disponível em: < http://portal.iphan.gov.br/mg/pagina/ detalhes/1081>. Acesso em: 19 mar. 2019. _____.

Dicionário do Patrimônio Cultural.

2019.

Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/ dicionarioPatrimonioCultural/detalhes/58/revitalizacao> Acesso em: 01 jun. 2019.

KÜHL, B. M. Algumas questões relativas ao patrimônio industrial e à sua preservação. Disponível em: <http:// portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/algumas_questoes_relativas_ao_patrimonio.pdf >. Acesso em: 01 abr.

2019.

_____. Arquitetura do ferro e arquitetura ferroviária em São Paulo: reflexões sobre a sua preservação. São Paulo: Ateliê Editorial, 1998. 436 p.

LOPES, L. A. Transporte ferroviário e economia no sudoeste de Minas Gerais: o café e a Cia. Mogiana de E. F. (1880-1930). XX Encontro Regional de História. História em Tempos de Crise. Uberaba, 2016. Disponível em: < h t t p : / / e n c o n t r o 2 0 1 6 . m g . a n p u h . o r g / r e s o u r c e s / anais/44/1469241387_ARQUIVO_TransporteferroviarioLeandroLopes.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2019.

MG.GOV. Nossa gente. 2019. Disponível em: <https://www.mg.gov.br/conheca-minas/nossa-gente> Acesso em: 08.

Abr. 2019.

MOURA, D.; GUERRA, I.; SEIXAS, J. A Revitalização Urbana: Contributos para a Definição de um Conceito Operativo. Cidades, Comunidades e Territórios, n.12/13, p. 15-34, 2006. Disponível em: < https:// repositorio.iscte-iul.pt/bitstream/10071/3428/1/Cidades2006-12-13_Moura_al.pdf>. Acesso em: 08 abr. 2019.

PIO, L. G. Usos e sentido do patrimônio cultural no projeto porto maravilha. Rio de Janeiro: Gramma, 2017.

402 p. Disponível em:<https://books.google.com.br/books?id=ziZEDwAAQBAJ&pg=PA22&dq=requalifica%C3%A7%C3% A 3 o + d e + u m + p a t r i m % C 3 % B 4 n i o & h l = p t BR&sa=X&ved=0ahUKEwjfmKSa093iAhWPGLkGHUFYADgQ6AEIOzAD#v=onepage&q=requalifica%C3%A7%C3%A3o%20de%20um% 20patrim%C3%B4nio&f=false>. Acesso em: 02 jun. 2019.

Projeto de Restauração e Adequação Arquitetônica da “Estação Cultura” (Antiga Estação Ferroviária). Passos/ MG. Vol. 2. Projeto de Intervenção/Restauração. Passos – Minas Gerais. 2011.

RAMPAZZO, Lino. Metodologia científica. 3. ed. São Paulo, SP: Loyola, 2005. 136 p.

RUSKIN, J. (2008). A lâmpada da memória. (PINHEIRO, M. L. Trad.). Cotia - São Paulo: Ateliê Editorial.

(Obra original publicada em 1849).

Disponível em: <https://books.google.com.br/books? i d = D g t F k E l h X I E C & p r i n t s e c = f r o n t c o v e r & d q = R u s k i n + ( 2 0 0 8 ) & h l = p t BR&sa=X&ved=0ahUKEwiF1Kvm1t3iAhXqK7kGHdzaBukQ6AEILDAA#v=onepage&q=Ruskin%20(2008)&f=false>. Acesso em: 05 jun. 2019.

SILVA, F. F. As cidade brasileiras e o patrimônio cultural da humanidade. 2. ed. São Paulo: Peirópolis: Editora da Universidade de São Paulo, 2012. 232 p. Disponível em: <https://books.google.com.br/books? i d = I n W C C w A A Q B A J & p g = P T 5 & d q = A s + c i d a d e + b r a s i l e i r a s + e + o + p a t r i m % C 3 % B 4 n i o + c u l t u r a l + d a + h u m a n i d a d e + F e r n a n d o + F e r n a n d e s + d a + S i l v a & h l = p t BR&sa=X&ved=0ahUKEwirz7zgy8DhAhUaHbkGHYMcAw8Q6AEIKTAA#v=onepage&q=As%20cidade%20brasileiras%20e%20o% 20patrim%C3%B4nio%20cultural%20da%20humanidade%20Fernando%20Fernandes%20da%20Silva&f=false>. Acesso em: 03 abr. 2019.

SILVA, L. M . Patrimônio industrial: passado e presente. IPHAN, Brasília. 2006. Disponível em: < http:// portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/patrimonio_industrial_passado_e_presente.pdf>. Acesso em: 05 abr.

2019.

11810