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Basílio Horta: um ano de promessas Goucha processa Estado Concelho , 4

O apresentador televisivo Manuel Luís Goucha está a processar o Estado português devido aos comentários homofóbicos de uma juíza. Correio Rosa, 15

Alunos de escola primária ficam sem festa de Natal Concelho , 6

União Mucifalense em risco de fechar Lazer e Desporto , 14

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18 de dezembro de 2014

quando se usam as palavras

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editorial  Professores: a mentira

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Ficha Técnica

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Voz do leitor

Conte-nos tudo! Este espaço é seu... Aqui damos voz aos nossos leitores. Envie para: geral@correiodesintra.net

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única grande diferença entre animais e humanos é a palavra. A fala é, sem dúvida, um instrumento de comunicação que nos distingue dos outros seres vivos (embora existam animais que saibam repetir as nossas palavras, como os papagaios, vezes sem conta). A fala permite que humanos partilhem entre si o que não podem mostrar nos seus cérebros. Ou seja, o seu pensamento. De uma forma muito mais eficiente do que qualquer outro meio de comunicação, pela fala partilhamos sentimentos, pensamentos e, muitas vezes, descobrimos coisas em comum. E, assim, se aproximam mais humanos que, aparentemente, nada tinham em comum. E quantas vezes dois amantes se apaixonam novamente quando traduzem em palavras um sentimento que já pensavam perdido, ou como o conhecimento pode avançar quando dois cientistas cruzam ideias por meio das palavras. Mas não nos podemos iludir com toda esta beleza das palavras. Quantas vezes, crentes na verdade das palavras, os cordeirinhos tropeçam nas armadilhas de algum lobo? Vejamos o exemplo atual dos professores, dedicados e muito preocupados com os seus alunos, mas que não se inibem de marcar uma greve no exato dia em que eles próprios têm de fazer exames, para muitos deles uma data tão decisiva. É um direito de qualquer trabalhador, dirão muitos. Nem questiono! Mas há mais qualquer coisa nestas palavras que merece ser explicado. Há já quase um século que os psicólogos separaram este mundo das palavras em dois grupos bem diferentes. As palavras-significado, ditas sem suficiente valor interno, como se não existissem dentro de nós, e que até enganam as famosas máquinas da verdade e detetores de mentira, e as palavras-sentido, mais fortes do que qualquer sistema moral ou penal. Neste último caso, o sentido, não dizemos o que não nos vai na alma, e por isso nunca se expressa em palavras, porque não se consegue, o que é contrário ao que fazemos. Mas no caso do significado, porque nunca nos confrontamos com o que nós mesmos falamos, o que é dito e o que é feito parecem por vezes originados em duas pessoas diferentes. E o pior de tudo isto, para mim, é que até penso que aqueles professores que se dizem muito preocupados com o seu futuro, mas que fazem greve quando são examinados, acreditam efetivamente que se preocupam com aqueles a quem prejudicam, quando, na verdade, a principal preocupação é o seu emprego. Que ao menos assumissem que nada sentem por aqueles a quem ensinam e que só se preocupam com o futuro deles. E se um aluno também decidir fazer greve e se recusar a fazer um exame o quê que lhe acontece? Ah pois é…  CARLOS TOMÁS

iveram, finalmente início, esta segunda-feira, as obras de recuperação e limpeza do muro na rua de São Tomé, no Cacém, que desmoronou no passado dia 21 de novembro. A intervenção prevê a preparação e desmontagem dos blocos de betão nos logradouros (cerca de 500 m3) de modo a permitir a remoção daqueles blocos para o exterior. Nesta fase está previsto também a criação de um sistema de drenagem de águas pluviais. A intervenção, que foi projetada para reduzir o impacto nas estruturas envolventes, tem um custo de 65 mil euros (sem IVA) e um prazo de execução de três a quatro semanas. Os moradores agradecem…

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Aqueduto das Águas Livres foi um complexo sistema de captação, adução e distribuição de água no distrito de Lisboa e que tem como obra mais emblemática a grandiosa arcaria em cantaria que se ergue sobre o vale de Alcântara e atravessa a Amadora, Queluz e Belas. O Aqueduto foi construído durante o reinado de D. João V. Com origem na nascente das Águas Livres, em Belas, Sintra, foi sendo progressivamente reforçado e ampliado ao longo do século XIX. Resistiu incólume ao Terramoto de 1755. Agora, em cada local onde existe uma fonte de água, a União de Freguesias de Queluz e Belas, colocou cartazes a recordar a história e com as fontes recuperadas.

A frase... Quero ajudar as pessoas a perceberem a mente desta gentinha, de há muito envolvida em atos de corrupção e tráfico de influências. É que os psicopatas (aparentemente) não criminosos são bem piores que os outros.”

.”, José Barra da Costa, ex-inspetor da PJ e autor do livro “Nós, os psicopatas”.

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2 Correio de Sintra


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4 Correio de Sintra

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SOCIEDADE. O presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, prometeu que vai avançar com o reperfilamento e repavimentação da Avenida António Correia de Sá, em Monte Abraão, e a construção de uma rotunda na Rua Direita, em Massamá, no sentido de melhorar a fluidez de trânsito naquelas localidades.

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Autarquicas Concelho Basílio Horta promete acabar com caos no trânsito em Massamá e Monte Abraão a não ser que nos retirem o pouco verde que ainda temos para respirar”, disse aquele morador. Acresce que a autarquia também se comprometeu a construir um parque infantil e a requalificar a zona onde já existe uma espécie de campo de treinos.

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m anúncio que foi feito na passada sexta-feira, durante mais uma “Presidência Aberta” do autarca. Desta vez, Basílio Horta visitou a União das Freguesias de Massamá e Monte de Abraão, com a companhia de Pedro Brás, o presidente daquela autarquia local. Em Monte Abraão, o autarca falou da Avenida António Correia de Sá e garantiu uma intervenção camarária que terá início, segundo ele “no primeiro semestre de 2015”. A obra irá custar 120 mil euros, contemplando o “reperfilamento e a repavimentação da via”. Outro grande problema, já identificado ao Correio de Sintra pelo presidente da União de Freguesias, Rui Brás, prende-se com a Rua Direita de Massamá. Sem anúncio prévio, já está a ser construída, junto ao chafariz e na confluência das ruas das Orquídeas e Natália Correia, uma rotunda, numa intervenção que será complementada pela requalificação da via rodoviária e da remodelação da rede de abastecimento de água da Terra da Várzea. Porém, apurou o Correio de Sintra, estas obras carecem de autorização financeira Pub

Basílio Horta anunciou a construção de duas rotundas em Massamá e Monte Abraão

por parte de vários ministérios, nomeadamente o das Finanças, algo que Basílio Horta ainda não conseguiu ao longo de mais de um ano de mandato. Mais promessas “Finalmente, vamos ter uma rotunda. Isto era como as pis-

deverá durar um ano. Pedro Brás é lacónico: “Estamos a falar de intervenções de grande importância, nomeadamente porque implicam mexer em eixos rodoviários de muito movimento e circulação de pessoas”. Basílio Horta prometeu igualmente uma intervenção

Há um compromisso de se realizarem obras durante o primeiro semestre de 2015.”

cinas, uma por freguesia.”, disse o presidente da União, Pedro Brás, lembrando promessas efetuadas em anteriores mandatos. As obras devem arrancar em Agosto/ Setembro de 2015, segundo também prometeu Guadalupe Gonçalves, diretora, ainda que delegada, dos SMAS de Sintra. Segundo ela, será lançada uma empreitada conjunta que

de requalificação da Praceta Cesário Verde, em Massamá, com a possibilidade de criação de um maior número de lugares de estacionamento. “Só se ele puser os carros na cabeça”, ironizou Carlos Sousa, de 45 anos, morador naquela praceta, lembrando que existem várias escolas e creches em redor. “Aqui não há mais espaço para nada,

Tudo no próximo ano Basílio Horta fez uma espécie de balanço às suas “presidências abertas”, que em alguns casos não contaram com convites à oposição principal, liderada pelo vereador Marco Almeida: “Há um compromisso de se realizarem obras durante o primeiro semestre de 2015. Vamos intervir em áreas urbanas onde se acumulam muitos problemas. Houve um longo período de inércia e temos de voltar a ligar a máquina.” E o autarca conclui: “Estamos melhor, mas há sempre coisas para resolver.” E por resolver continua a situação dos dois silos para automóveis construídos para dar apoio às estações ferroviárias de Tercena, Barcarena, Massamá, Cacém e Agualva. A autarquia diz que tudo tem a ver com um problema com a Refer, uma vez que aquela empresa não aceitou a proposta de exploração apresentada pela autarquia em relação ao silo automóvel de Massamá. Quanto ao silo de Agualva, nem uma palavra. Nesta presidência aberta foi ainda anunciado que a autarquia pretende construir uma ciclovia ao longo da Avenida 25 de Abril, atravessando todo o “Shopping de Massamá”

e chegando à Rua Direita.“A ideia é regular o trânsito e criar uma ciclovia que vai atravessar toda a avenida, regulando até o estacionamento. As pessoas vão poder vir de bicicleta até à estação e deixar os veículos dentro do silo ali existente sem pagar nada”, revelou fonte camarária.  CARLOS TOMÁS

Presidente da União satisfeito com a visita

O presidente da União de Freguesias de Massamá e Monte Abraão mostrou-se satisfeito com a visita de Basílio Horta: “Da visita resultaram alguns compromissos muito importantes e de grande relevo para a vida das pessoas, nomeadamente na Praceta Cesário Verde, em Massamá, onde haverá uma recuperação do pavimento degradado e a criação e normalização de lugares de estacionamento da referida praceta. De igual forma, será construída a rotunda junto ao Chafariz com o objetivo de disciplinar o trânsito naquela zona e desta forma resolver um problema de muitos anos e que decerto contribuirá para a melhoria da mobilidade das pessoas que diariamente ali circulam. Também, algo que vinha sendo referenciado, era a Av. António Correa de Sá, em Monte Abraão, que será requalificada, através da colocação de pavimentação no eixo viário e a criação de mais estacionamento.”

Investir no espaço público

Pedro Brás salientou ainda outras promessas importantes para a União a que preside: “Fomos à Urbanização Cidade Desportiva onde foi anunciada a construção de um parque infantil e um espaço de manutenção para seniores. Quanto ao espaço do Parque das Vendas de Monte Abraão, que foi desmantelado em Setembro de 2013, vai ter obras de limpeza e beneficiação da zona onde está inserido. O Presidente da Câmara Municipal quis ir ao Bairro camarário 1.º Maio, em Monte Abraão, onde anunciou a construção de um parque infantil e um parque geriátrico. Além disso, foi conhecer as lojas do bairro que se encontravam encerradas há cinco anos e que agora serão reabertas, através da cedência das mesmas a instituições sociais, possibilitando uma melhor qualidade de vida às populações e do Bairro.” E o autarca concluiu: “Em suma, foi uma reunião de trabalho muito interessante pois permite ao executivo camarário, liderado pelo seu presidente de Câmara, que tem feito um trabalho de grande relevância, na recuperação da imagem do nosso concelho e de organização do funcionamento da autarquia para a colocar ao serviço das pessoas, constatar no local as diferentes dificuldades que cada freguesia possui e dar-lhe um rumo. Um rumo de mudança e de investimento no espaço público. Desejo a todos os munícipes umas boas festas e que 2015 seja um ano de esperança, otimismo, partilha e de grande solidariedade entre todos nós.”


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Pais natais motards

SOCIEDADE. É uma figura

Cerca de 200 motards vestidos de pai natal, vão desfilar no centro histórico de Sintra, uma iniciativa com fins solidários, no próximo dia 21 de dezembro, pelas 15h00. Os motards vão efetuar um percurso com passagem pelos Paços do Concelho, Volta do Duche, Praça da República, e paragem junto à entrada do Parque da Liberdade. Na visita ao Reino de Natal no Parque da Liberdade, cada um dos elementos do grupo contribuirá com um bem alimentar.

emblemática do centro de Sintra. Todos o conhecem apenas por senhor Mota e chamam-lhe o pai Natal devido à barba que ostenta.

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Refeitórios escolares abrem novamente no Natal

A Câmara Municipal de Sintra vai abrir os refeitórios escolares durante a pausa letiva de Natal, garantindo refeições a todos os alunos dos estabelecimentos de ensino da rede pública do concelho e mantendo o apoio aos alunos carenciados. De acordo com iniciativa realizada pela primeira vez no ano passado, os refeitórios escolares vão estar abertos aos familiares de alunos que pretendam partilhar as respetivas refeições.

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O “Pai Natal” de Sintra

Breve

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stá sempre nas arcádas onde funciona uma dependência da Caixa Geral de Depósitos, em frente ao MU.SA vigia a caixa Multibanco e dorme onde calha. “Já fiz de tudo na vida. Desde pedreiro a polícia. Não gosto de fotografias. E Também não gosto de aparecer em jornais e revistas”, começou por dizer á reportagem do Correio de Sintra. A custo, foi possível perceber que o “pai Natal” de Sintra cresceu sozinho. “Os meus pais morreram quando eu era criança. Fui criado por uma instituição de que já nem me lembro o nome. Depois fiz a tropa, fui polícia, pedreiro, carpinteiro, calceteiro e, devido a um desgosto grande, acabei na miséria. Nunca quis casar e ter filhos. Isso é para as pessoas com dinheiro.”

O senhor Mota é uma figura emblemática de Sintra e conhecido como “o pai Natal”

Cultura O senhor Mota esteve na Terrugem, onde também é uma figura bem conhecida, mas diz que decidiu deixar aquela localidade por “ser muito sombria”. “Gosto mais de Sintra, porque é uma vila com história”. O indigente conhece Fernando Pessoa e todos os seus heterónimos, cita Miguel Torga e Camões e não esquece o poeta popular António Aleixo, lembrando a célebre frase de que “eu pareço um ladrão, mas há aqueles que sem parecerem o que eu pareço são aquilo

que eu pareço”. E a verdade é que, embora com outro tom, o senhor Mota se parece com o Pai Natal: “Sim, várias pessoas dizem-me isso. Mas eu não tenho presentes para dar. Limito-me a falar comigo, porque só assim me compreendo melhor. E não peço dinheiro a ninguém. Quem quiser dar alguma coisa dá de livre vontade. Estou a cair aos pedaços, mas de consciência tranquila. E desejo um bom Natal a todos, porque o meu vai ser passado ao relento numa rua qualquer.”  C.T.

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Canil de Sintra não permite adopções como “prendas de Natal de última hora”

O Canil Municipal de Sintra não realizará adopções nos dias 22 e 23 de dezembro, de forma a evitar o abandono dos animais. “A procura de animais como prendas de última hora e a custo zero aumenta acentuadamente no Natal todos os anos, mas muitos são abandonados poucos dias ou semanas depois, assim que os seus detentores se apercebem das consequências inerentes a uma adopção, como as despesas, os possíveis estragos e barulho, pêlos na casa ou a necessidade de garantir que alguém cuida do animal quando a família tem de se ausentar”, disse o grupo de voluntários do canil. “Os animais acolhidos nas instalações do Gabinete Médico Veterinário Municipal de Sintra tiveram anteriores detentores que não souberam fazer a distinção entre um animal e uma coisa” e que “foram largados na rua ou nas próprias instalações ou sofreram maus-tratos e negligência”, uma “terrível experiência” que esta medida pretende evitar.’’ divulgou o grupo de voluntários do canil nas redes sociais.

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6 Correio de Sintra

Concelho

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SEGURANÇA. O muro da

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Câmara reparou o muro da “polémica” propriedade do advogado e recluso na Carregueira, Vale e Azevedo, localizada em Sintra, ruiu pela segunda vez num ano.

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estrada mais direta que liga Almoçageme à aldeia do Penedo permaneceu mais duas semanas encerrada, o que fez com que os habitantes tivessem de fazer um percurso de cerca de oito quilómetros para contornar aquela artéria. Mas, desta vez, a Câmara de Sintra não esperou pela intervenção dos proprietários e decidiu remover os destroços e estabilizar o muro. A estrada já está reaberta ao trânsito. Porém, esta é uma verdadeira telenovela que se tem desenrolado na estrada contígua ao muro da Quinta de Cima, na Rua Principal que liga as localidades de Casas Novas e Penedo. Em meados deste ano a Câmara mandou que se procedessem às obras de segurança a fim de evitar uma der-

Apesar de o muro ter sido reparado a população teme pela sua segurança

rocada. As respetivas obras foram feitas mas, em finais do passado mês de Novembro, a parte do muro que foi reconstruída caiu e restou apenas a parte antiga. Risco continua Assim, a estrada entre o Penedo e Almoçageme, no concelho de Sintra, esteve, novamente, cortada à circulação. “A estrada esteve fechada devido à derrocada e ainda é preciso analisar o que aconteceu para evitar novos problemas. Enquanto não

existir essa análise, o risco de nova derrocada, embora pouco provável, mantém-se”, esclareceu uma fonte da Câmara de Sintra. A população da aldeia do Penedo já esteve impedida, durante cerca de sete meses, de utilizar a estrada, vedada à circulação devido à ameaça de derrocada daquele muro. A infraestrutura, com cerca de quatro metros de altura e 100 metros de comprimento, encontra-se muito degradada, fendilhada e inclinada para a estrada. A Câmara de Sintra

decidiu, naquela altura, vedar o acesso por precaução. “A população teve de passar a fazer um percurso alternativo, entre sete e oito quilómetros, optando pelo Pé da Serra ou por Colares, com maior prejuízo para as pessoas sem transporte próprio ou para as crianças na deslocação para a escola. Foram feitas obras, mas voltou-se ao mesmo”, explicou José Pereira, residente no Penedo e comerciante em Almoçageme. Maria Alice, de 47 anos, outra residente no Penedo, diz estar satisfeita pela reabertura da estrada, mas não se sente totalmente segura: “Se já caiu duas vezes, há sempre uma terceira. Não me parece que tenham feito grandes obras e apenas fizeram uns remendos. Deus queira que eu esteja enganada e que um dia destes não aconteça ali uma verdadeira tragédia. Até hoje aquilo caiu sem ninguém a passar. Mas o risco existe e está lá.”C.T

Escola de Ouressa sem festa natalícia EDUCAÇÃO. A creche, escola pré-primária e de primeiro ciclo de Ouressa (EB-1), em Sintra, não realizou, este ano, a tradicional festa de Natal, facto que indignou dezenas de pais que acusam a diretora daquele estabelecimento de ensino de não ser cristã e de, alegadamente por esse motivo, ter recusado a realização pública de qualquer evento alusivo ao Natal.

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presidente da Associação de Pais, Filipa Mota, limitou-se a dizer ao Correio de Sintra que estranhou o facto, uma vez que é o primeiro ano em que tal acontece, mas

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foi lacónica: “Tratou-se de uma decisão interna e tomada pela atual comissão de festas, pelo que só temos de a respeitar. Em vez da festa de Natal tradicional optaram por colocar os alunos a fazer trabalhos manuais nas salas de aulas que depois serão expostos. As salas foram transformadas numa espécie de atelieres.”. Pais revoltados O Correio de Sintra sabe que diversos pais já manifestaram o seu desagrado junto do Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro, de que a EB-1 de Ouressa faz parte. Porém, a resposta terá sido que cada diretor tem direito a escolher

a forma de comemorar esta época festiva. “Nós sabemos que tudo está relacionado com o facto de a diretora da escola professar outra religião que não a cristã e que terá sido por isso que não se realizou a festa”, denunciou, ao Correio de Sintra, um militar que tem familiares a frequentar aquele estabelecimento, acrescentando: “A senhora pode professar a religião que quiser, mas não devia impedir a realização de uma festa de Natal que sempre foi tradição na escola, com a atuação dos alunos em peças de teatro e a cantar.” A mesma fonte acrescentou

que aquela escola “foi a única do Agrupamento Ferreira de Castro onde não se realizou a tradicional festa de Natal”. O Correio de Sintra tentou obter uma reação da diretora daquele estabelecimento e do responsável pelo agrupamento de escolas mas tal não foi possível até à hora de fecho da nossa edição. Porém, um professor daquele estabelecimento de ensino, que solicitou o anonimato, revelou que a não realização da tradicional festa natalícia se terá ficado a dever meramente “a razões de economia e nada teve a ver com questões religiosas”.C.T

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Polícias apanham quadrilha no IC-19

Agentes do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da Divisão Policial de Sintra, no passado domingo, pelas 23h15, em pleno IC19, na zona de Rio Mouro - Sintra, quatro homens, com idades compreendidas entre os 19 e 24 anos, pelos crimes de furto de uso de veículo, detenção de arma proibida, condução perigosa de veículo rodoviário e condução sem habilitação legal. “Os suspeitos circulavam numa viatura furtada, desobedecendo diversas vezes à ordem de paragem das autoridades, circulando sempre a alta velocidade colocando em perigo os utentes da via pública e simultaneamente atirando pela janela armas de fogo, as quais foram posteriormente recuperadas após a interceção e imobilização em segurança do veículo”, explicou ao Correio de Sintra um responsável do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa. De acordo com a mesma fonte, “foram apreendidas, duas armas de fogo de calibre 6,35 milímetros, com os respetivos carregadores, e ainda uma caçadeira de calibre 12 milímetros, sendo que uma das armas se encontrava municiada com sete projéteis”. Gorros e gás pimenta Na sequência de uma busca na viatura e de outras às residências dos detidos os agentes da PSP conseguiram apreender vários gorros e luvas, uma faca de mato, um “spray” de gás pimenta, diversas munições e uma gazua artesanal com que terão conseguido furtar o veículo onde circulavam quando foram apanhados. A fonte policial revelou ainda ao nosso jornal que “todos os detidos têm antecedentes criminais pela prática de crimes contra o património e por tráfico de estupefacientes”. Um deles, adiantou aquele responsável da PSP, “encontrava-se em liberdade condicional por ter sido condenado a sete anos de pena de prisão pela prática de vários crimes de roubo”. Os detidos foram presentes a primeiro interrogatório Judicial, no Tribunal da Comarca Lisboa Oeste – Núcleo de Sintra, ficando sujeitos a Termo de Identidade e Residência até conclusão do inquérito.







12 Correio de Sintra

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SOCIEDADE. Os habitantes do Cacém estão ansiosos pela abertura da prometida “loja do Cidadão”, com todos os serviços públicos disponíveis, nomeadamente cartório notarial, serviço de identificação civil e emissão do cartão de cidadão.

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Cacém Agualva - Cacém Moradores desesperam pela prometida “Loja do Cidadão”

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sta foi uma promessa feita em Outubro deste ano pelo presidente da Câmara Municipal de Sintra quando inaugurou as obras de requalificação do mercado daquela cidade. O edifício do mercado municipal do Cacém foi requalificado, numa obra de 1,6 milhões de euros. O comércio de frutas, peixes, carnes e legumes passou para o piso térreo, que se encontrava devoluto, e no piso superior deveria ficar instalada, até ao final deste ano, uma loja do cidadão. “A loja será inaugurada antes do final do ano. Terá disponíveis os serviços da Câmara

e da Segurança Social. Se as Finanças quiserem também terão espaço”, disse no dia da inauguração das obras de reestruturação o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta.

mas também se queixaram de dificuldades de estacionamento. O vereador Luís Patrício disse também naquele dia que a autarquia estava a ponderar colocar parquímetros na zona, como pretendem os comerciantes. Outra possibilidade, segundo aquele vereador, seria abrir o esta-

Queixas são muitas Comerciantes e clientes elogiaram o novo espaço,

cionamento subterrâneo pago, que até agora tinha pouco uso e estava fechado ao fim de semana, mas com a passagem do mercado para o piso térreo ganharia utilidade. Os comerciantes queixam-se agora de nada ter sido feito. “Nem o estacionamento está a ser aproveitado, não existem parquímetros e a Loja do Cidadão é uma miragem”, ironiza Carlos Sanches, um dos inúmeros comerciantes daquele espaço. O vereador Marco Almeida, que ficou a escassos votos de ser presidente da autarquia e que está sem pelouro, não tece grandes comentários, mas lembra que “a requalificação do Mercado do Cacém foi uma obra que já vinha do anterior executivo camarário, do qual fazia parte”. “Faz falta” Maria de Lurdes, de 64 anos, residente num lote

mesmo em frente do mercado, não tem dúvidas. “O mercado ficou muito melhor e está mais bonito. Agora dá gozo ir lá fazer compras. Mas a Loja do Cidadão faz aqui muita falta. Já imaginou eu, que ando de muletas, ir daqui para Lisboa só para tratar de papéis? Claro que faz aqui muita falta.” “Estamos a falar de uma cidade como o Cacém, que coliga com S. Marcos, Rio de Mouro, Agualva e Mira Sintra e que movimenta, só na estação da CP, quase meio milhar de pessoas diariamente. É uma das estações mais movimentadas da Europa. Apesar disso, não tem qualquer loja do cidadão e as pessoas que queiram tratar dos seus documentos mais prementes ainda têm, por enquanto, de se deslocar muitas vezes para fora da freguesia”, salienta Miguel Macedo, 40 anos, morador na Rua dos Bons Amigos, em Agualva. C.T

PERIGO. . Na passada semana

um veículo, de marca Audi A3, invadiu o passeio junto ao nº 44 da Avenida Cidade de Lisboa, no Casal do Cotão, indo bater no gradeamento que protegia os peões de cair numa enorme ribanceira.

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acidente danificou o gradeamento e fez com que caíssem para a ribanceira vários blocos de cimento que estavam a proteger e sustentar a referida estrutura metálica. Terá também, Pub

segundo os moradores locais, danificado o passeio. Com as recentes chuvadas, há quem tema pela derrocada da zona onde os transeuntes circulam. “Com a chuva é possível que se abram cada vez mais a brechas e o risco para os peões é iminente”, disse Carlos Romão, um taxista que mora no Casal do Cotão há vários anos. Prometida intervenção Na presidência aberta que fez à União de Freguesias do Cacém e S. Marcos, o presidente da autarquia garantiu

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Barreira derrubada no Casal do Cotão que iria tentar resolver os problemas infraestruturais do Casal do Cotão, onde existem problemas como uma fábrica abandonada e onde recentemente se registou um incêndio de grandes proporções. No local estavam botijas de gás abandonadas e que colocaram em risco a vida dos bombeiros que ali se deslocaram. Fonte da União de Freguesias assegura que a presidência está a par dos vários problemas e procura soluções na “medida das suas capacidades financeiras”.  C.T


Queluz Reclusos de Sintra sem apoio psicológico

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e acordo com Vítor Ilharco, secretário-geral da Associação Portuguesa de Apoio aos Reclusos (APAR), “a inexistência deste apoio – que, recorde-se, é obrigatório por lei – resulta de não ter sido aberto, a tempo, pela Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, o concurso público para a contratação daqueles profissionais”. E o dirigente associativo é contundente: “Entretanto, foi publicado no Diário da República uma lei que autoriza a mesma Direção

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SOCIEDADE. Os cerca de três mil reclusos das prisões de Sintra (Linhó, Sintra e Carregueira) encontram-se, desde a passada semana, sem apoio psicológico, numa época festiva em que todos os dados estatísticos disponíveis demonstram que tal apoio é ainda mais necessário.

Reclusos de Sintra estão sem apoio psicológico em época festiva

Geral a abrir procedimentos de contratação externa de serviços de saúde diversos para a população reclusa e jovens educandos, desde agora até 2017 e num astronómico valor total superior a três milhões e meio de euros.”

Falta regulamentação Vítor Ilharco vai ainda mais

longe: “É muito curioso que se invoque para a abertura de procedimentos de contratação de serviços de saúde, para mais de um valor tão elevado, o facto de mais de cinco anos depois, o Código de Execução de Penas e Medidas Privativas de Liberdade (CEPMPL) não ter sido devidamente regulamen-

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Opinião

tado em matéria de acesso e prestação de cuidados de saúde dos cidadãos reclusos no âmbito do Serviço Nacional de Saúde e que, depois, se autorizem procedimentos de contratação até ao final de 2017. Isto faz supor que já se deu por assente a continuação, por muitos anos, da ausência da referida regulamentação que o Estado há muito deveria ter aprovado.” Aquele dirigente é da opinião que “deixar a população reclusa sem o indispensável apoio psicológico, e para mais numa época como a do Natal, configura não apenas (mais) uma postura de grave irresponsabilidade da Direcção Geral dos Serviços Prisionais, como também (mais) uma situação em que o Estado – que condenou os reclusos ao cárcere sob o argumento de que eles incumpriram a Lei – é, no sis-

tema prisional, afinal o primeiro a incumprir a mesma Lei”. O secretário-geral da APAR apela à transparência e exige que o investimento anunciado seja explicado: “A autorização para a abertura de procedimentos de contratação, cujos exatos termos e condições são desconhecidos, deste montante (mais de 3,5 milhões) e para esta duração (mais de 3 anos) não pode deixar de suscitar as maiores reservas sobre a transparência de tais processos e sobre o efetivo empenho da Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais em cumprir a lei e permitir o efetivo acesso dos reclusos ao Serviço Nacional de Saúde, preferindo-se a contratação de privados, com desaproveitamento dos recursos públicos e pagamentos de elevados montantes aos mesmos privados.” C.T

AMBIENTE. Mais de uma dezena de palmeiras foram este mês abatidas em Massamá. Tudo, porque foram afetadas pelo escaravelho-vermelho.

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rata-se de um inseto que devora estas plantas e que atinge todas as regiões do país, obrigando os investigadores a procurar novos tratamentos. O abate custa anualmente milhares de euros às câmaras e, neste caso em concreto, à União de Freguesias de Massamá e Monte Abraão. “As palmeiras estavam tão infetadas que já não havia hipótese de tratamento. A solução foi cortar o mal pela raiz. Até porque havia riscos para a saúde pública. Não foi uma solução que nos agradasse,

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Palmeiras abatidas em Massamá mas teve de ser”, explicou ao Correio de Sintra fonte da Câmara Municipal de Sintra. Uma praga de morte A praga do escaravelho-vermelho, originário da Ásia, foi detetada em Portugal há cerca de uma década. Já dizimou milhares de palmeiras, muitas centenárias, em quase todo o território continental e até na Madeira. Apenas os Açores têm escapado ao bichinho que, no máximo atinge cinco centímetros. O inseto resiste cada vez mais aos tratamentos e aproveita qualquer descuido dos proprietários das plantas para atacar. O besouro tem atacado sobretudo os concelhos do litoral e está a destruir árvores que podem valer

Escaravelho-vermelho levou ao abate de mais de uma dezena de palmeiras

muitos milhares de euros. Uma palmeira entre os 10 e os 15 metros pode valer 30 a 40 mil euros, segundo Carlos Gabirro, sócio-gerente da Biostasia, uma empresa que tenta fazer o controlo da praga nas palmeiras em várias zonas do Distrito de Lisboa.

Em Portugal, o primeiro ataque detetado foi no Algarve, em 2008. Depois, o escaravelho foi subindo no mapa, incluindo o interior do país e Madeira. Chegou à região de Lisboa e Vale do Tejo em 2009 e ao Alentejo e ao Norte em 2010. Segundo os especialistas que

estão a tentar encontrar um antídoto contra esta praga, basta uma palmeira não tratada para infestar todas as outras num raio de uma dezena de quilómetros. Ninguém revela quantas palmeiras já morreram, mas serão muitas centenas, que se traduzem em milhares de euros de prejuízo para câmaras e privados. Na União de Freguesias de Massamá e Monte Abraão, já foram abatidas mais de uma dezena de Palmeiras e, seja por Deus ou não, resistem as que estão plantadas junto à igreja da primeira destas freguesias, localizada a escassos 50 metros da casa do nosso primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.  C.T Pub


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Lazer & Desporto

União Mucifalense em risco de fechar portas

União Mucifalense promove várias práticas desportivas e tem o seu futuro em risco

DESPORTO. O alarme está instalado e pronto a soar. No passado dia 5 de dezembro realizou-se uma assembleia geral de sócios da União Mucifalense com o objetivo de eleger novos órgãos sociais e não houve ninguém eleito, revelou o blogue “Notícias de Colares”.

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sta foi a segunda tentativa de eleição dos dirigentes daquela instituição e sem que se fizesse uma luz ao fundo do túnel. Segundo o Correio de Sintra confirmou, a direção da União Mucifalense cessou funções em finais de Outubro e, até ao momento, não surgiu nenhuma lista nova para ocupar os órgãos Pub

sociais. Os elementos anteriores mantêm uma gestão administrativa, situação que terá de terminar em menos de seis meses, de acordo com a legislação em vigor. Caso contrário, a associação desportiva terá mesmo de fechar as portas. Nova assembleia em 2015 Está marcada uma nova Assembleia Geral de sócios para meados de Janeiro onde, caso não existam interessados em formar uma nova direção, se discutirá a forma de dissolução desta emblemática coletividade de Sintra. “A União Mucifalense é a maior e mais eclética associação cultural e desportiva da Freguesia de Colares. Com dezenas de utilizadores diários, esta cole-

tividade coloca ao dispor da comunidade excelentes condições para a prática ou a aprendizagem de atividades que vão da música ao teatro, do futebol ao judo entre outras atividades desportivas”, explicou ao nosso jornal Júlio José Silva, um morador local, garantindo que “os mucifalenses irão encontrar uma solução, para bem de toda a freguesia de Colares e do concelho de Sintra”. O Correio de Sintra envidou esforços para ouvir os atuais gerentes da União Mucifalense, através dos contatos disponibilizados no seu sítio da Internet, que não é atualizado desde o passado mês, mas a resposta que obteve foi o som de um fax. C.T

O Fio d’Azeite, Grupo de Marionetas do Chão de Oliva, está a apresentar o espetáculo “O Rei Vai Nu”, uma exibição baseada no conto infantil de Hans Christian Andersen, na Casa de Teatro de Sintra, até ao próximo dia 21 de dezembro. “Habitualmente vemos “O Rei vai nu” ou “O fato do Imperador”, como também é conhecida, como uma história de moralidade, que o autor nos quis deixar como um espelho de quarto, onde nos possamos ver ao levantar e ao deitar. Não uma moralidade beata, castradora, mas uma outra, estimulante e sã”, explica a organização do evento em comunicado. A Câmara de Sintra, que apoia o evento, acrescenta: “Andersen

juntou a luminosidade da voz pura da infância, na desmontagem da(s) aparência(s) ou, uma semente de esperança que fica à espera do tempo justo.” O espetáculo pode ser visto este sábado e domingo, pelas 16h00. O bilhete normal custa cinco euros, para grupos de 5 a 10 pessoas quatro euros e para grupos maiores que 10 pessoas o custo é de 2,5 euros. DR

DR

Marionetas em exibição na Casa do Teatro de Sintra

O clássico ‘’O Quebra Nozes’’ chega a Sintra no próximo dia 4 O Centro Cultural Olga Cadaval será palco do espetáculo ‘’O Quebra Nozes’’ que terá lugar no auditório Jorge Sampaio no

dia 4 de janeiro. O grande clássico de ballet e o fantástico conto de Natal serão apresentados de uma forma atractiva com decorações cuidadas e figurinos requintados que darão visibilidade ao virtuosismo desta formação que tem a qualidade como linha artística. Os bilhetes já se encontram à venda. 

Patinagem anima Várzea de Sintra

A Sociedade Recreativa da Várzea de Sintra organiza a sua Festa de Natal, com apresentações de patinagem artística, no próximo dia 20 de dezembro, pelas 17h00, com entrada livre. Subordinada ao tema “A Magia do Cinema”, os participantes vão apresentar

as suas atuações alusivas a grandes clássicos do cinema. A iniciativa conta também com apresentações de danças latinas e aikido. “Épic”, “Os Marretas”, “Gru o Mal Disposto”, “Cabaré” e “Moulin Rouge” serão alguns dos filmes recreados em patins.


18 de dezembro de 2014

Correio rosa

A

cara mais conhecida da TVI queixa-se de homofobia e levou o caso ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Em causa está a postura de uma magistrada que avaliou o processo que ele moveu contra o programa “5 para a Meia Noite”, da RTP1, por lhe terem atribuído o prémio de melhor apresentadora de Portugal. A revista VIP exibiu mesmo na capa uma foto de Manuel Luís Goucha. E a revista acrescentava a frase: “Não é possível pactuar com a atitude homofóbica de uma juíza“, que é atribuída ao apresentador. Críticas à juíza “Uma juíza, uma mulher que não conheço, diz que me ponho a jeito destas graçolas de mau gosto só porque trabalho com um público feminino e sou conhecido por no meu vestuário usar cores do universo feminino. Mas onde está escrito que o amarelo, o rosa ou o roxo são de mulher? O que é isto? Idade média? Mundo das trevas? Até posso perder, mas tenho direito a mosPub

trar a minha indignação perante este tipo de justiça, que é preconceituosa“, salienta Manuel Luís Goucha na entrevista àquela publicação. “Posso ter a minha sexualidade, não mudei de género e sou homem. Eu sou homem. E aquilo foi uma brincadeira de mau gosto. Não sou uma apresentadora. A minha sexualidade é um pormenor da minha vida privada e íntima, não fez com que mudasse de género e não admito essa insinuação a ninguém. Nunca sofri de preconceito e não deixo que ninguém me ataque e menospreze”, concluiu Manuel Luís Goucha em declarações à VIP. CT

Victoria Guerra altera o corte e a cor do cabelo

A atriz Victória Guerra rendeu-se às exigências profissionais e alterou a cor e o corte de cabelo. Tudo, porque é uma das estrelas do filme francês “Cosmos”, cuja produção é do português Paulo Branco e está a ser rodado em Sintra. A atriz não quer falar do seu trabalho, mas já fez saber que é um dos maiores desafios da sua vida. Na passada quinta-feira ela surpreendeu tudo e todos quando apareceu num evento no El Corte Inglés de franja e cabelo curtinho. “Mudei de visual para estar compenetrada na personagem do novo filme que estou a fazer. Como se trata de um filme francês, resolvi adotar o típico corte de cabelo das francesas”, explicou Victória Guerra aos representantes dos vários órgãos de comunicação social presentes no evento. A mudança drástica no visual de uma mulher que sempre foi conhecida pelos fãs como loira não é, de acordo com a atriz, nenhuma novidade: “Sempre adorei mudanças. Este corte ajuda muito a interpretar a personagem. Já pintei o cabelo de tantas cores e tantas vezes que já nem me lembro da cor natural dele. Mas garanto que me sinto muito bem com este novo visual.” DR

FAMOSOS. O apresentador televisivo Manuel Luís Goucha está a processar o Estado português devido aos comentários de uma juíza.

DR

Goucha acusa Estado de descriminação

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