Cartilha

*Reflexões e recursos visando a inclusão escolar






*Reflexões e recursos visando a inclusão escolar
Estimulação e Intervenção pedagógica para alunos com Síndrome Congênita do Zika Virus (SCZV) utilização de recursos visando o desenvolvimento e a inclusão
Cartilha para Educadores
Esta cartilha foi idealizada como trabalho de conclusão da Curso de Especialização em Educação Especial e Inovação Tecnológica que traz como resultado e proposta, a criação de um material didático pedagógico em formato de Cartilha digital direcionada aos educadores. O trabalho é o resultado de uma pesquisa bibliográfica referente às questões relativas à Síndrome Congênita do Zica Virus (SCZV) apresentando, desde conceitualizações e características da síndrome, á práticas pedagógicas, oferecendo possibilidades de instrumentos de mediação no processo de ensino aprendizagem e estimulação pedagógica aos alunos com a SCZV no cotidiano escolar.
✓ A descrição clínica da doença;
✓ Explicar o conceito fazendo distinção entre ela e a microcefalia;
✓ Procurar compreender a situação alarmante que aconteceu em território brasileiro e nos leva a buscar um maior entendimento sobre a síndrome.
Para responder essa indagação, precisamos alinhar três pontos importantes, que são:
Você saberia dizer o que é síndrome congênita do zika vírus?
A causa
Causada pelo mesmo agente transmissor da Dengue, temos o Vírus Zika, que foi inicialmente descoberto na África Oriental na década de 1950 e permaneceu infectando na África e no Sudeste Asiático. O vírus chegou ao Brasil, em meados de 2014 e 2015, por indivíduos infectados em outros países, que serviram como reservatórios para transmissão.
Foto ilustrativa do mosquito transmissor:
Com sintomas diferentes e similares à Dengue, as pessoas infectadas pelo Vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os primeiros relatos apontavam que se tratava de uma doença aparentemente leve, que causava muita coceira, manchas e às vezes febre, e seus sintomas podem desaparecer entre 3 e 7 dias. Vale destacar que formas graves da doença são raras, mas quando ocorrem podem, em situações excepcionais, evoluir para óbito.
O vírus Zika passou a circular pelo Brasil e atingiu muitas pessoas, estima-se que duzentas mil pessoas foram infectadas. Apesar de parecer algo alarmante para saúde pública, o que se relatava anteriormente sobre o Vírus não causava alarde e maiores preocupações, uma vez que não havia relatos de casos graves ou fatais, apenas associações com o aumento de casos de Síndrome de Guilain Barré (SGB), que causa paralisia e, em alguns casos, compromete a respiração, podendo ocasionar alguns tipos de infecção.
Existem três formas principais de transmissão do Zika Vírus:
- Transmissão pela picada do mosquito Aedes Aegypti.
- Transmissão sexual.
- Transmissão de mãe para o feto durante a gravidez.
No caso do feto ser infectado durante a gestação, este pode desenvolver lesões cerebrais irreversíveis e ter comprometida, definitivamente, toda a sua estrutura em formação. As doenças neurológicas, especialmente nas crianças com a doença congênita (infectados no útero materno), têm sequelas de intensidade variável, conforme cada caso. O comprometimento nesses casos é tão importante que algumas crianças, ao nascerem, têm microcefalia, uma deformação dos ossos do cabeça, sinal do não crescimento adequado do encéfalo (cérebro).
Com o advento do Vírus Zika no Brasil, constatou-se que mães que relataram terem sido contaminadas pelo Vírus, ao longo do período gestacional, vinham dando à luz a crianças com Microcefalia, e é esse distúrbio que passa a preocupar médicos e pesquisadores.
A Microcefalia é uma má-formação no cérebro que acarreta um desenvolvimento anormal do crânio.
Onde a circunferência da cabeça é menor do que 33 centímetros ocasionando dificuldades no desenvolvimento, podendo gerar dificuldades cognitivas, motoras e de aprendizado.
Apesar da prevalência da microcefalia, outras manifestações clínicas passaram a estar associadas ao vírus zika, desenvolvendo em muitas crianças um quadro de *Deficiências Múltiplas.
O termo deficiência múltipla tem sido utilizado, com frequência, para caracterizar o conjunto de duas ou mais deficiências associadas, de ordem física, sensorial, mental, emocional ou de comportamento social. No entanto, não é o somatório dessas alterações que caracterizam a múltipla deficiência, mas sim o nível de desenvolvimento, as possibilidades funcionais, de comunicação, interação social e de aprendizagem que determinam as necessidades educacionais dessas pessoas.
O desempenho e as competências dessas crianças são heterogêneos e variáveis. Alunos, com níveis funcionais básicos e possibilidades de adaptação ao meio podem e devem ser educados em classe comum, mediante a necessária adaptação e suplementação curricular.
Outros, entretanto, com mais dificuldades, poderão necessitar de processos especiais de ensino, apoios intensos, contínuos e currículo alternativo que correspondam às suas necessidades na classe comum.
Tendo em vista as especificidades de desenvolvimento que uma criança com deficiência múltipla em decorrência da SCZV possa ter, oportunidades educacionais devem ser propiciadas o mais cedo possível e contemplar experiências que favoreçam o seu desenvolvimento integral (PLETSCH, et al 2020).
Atualmente, o conjunto de anomalias congênitas e alterações neuropsicomotoras causadas pela infecção intrauterina do vírus zika, que muitas vezes inclui a microcefalia, compõem a chamada Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZV).
Ao conceituar e trazer a descrição clínica da SCZV, acaba sendo uma necessidade tentar dissociar a Síndrome (SCZV) da Microcefalia. Entendendo que apesar de caminharem em direções semelhantes e provocarem efeitos colaterais semelhantes, suas causas são diferentes e podem gerar extensões diferentes de comprometimento e agravos.
Entre as consequências do vírus, está a infecção de bebês durante o período gestacional. Grávidas que são infectadas pelo vírus da Zika durante a gestação tiveram consequências devastadoras no desenvolvimento de seus filhos. Entre as diversas consequências, a que mais tomou notoriedade incialmente foi a microcefalia, no entanto, após diversos estudos, foi constatado que a microcefalia é apenas um dos diversos efeitos do Zika na gestação. Esse quadro clínico envolve um conjunto de alterações neurológicas decorrentes do agente infeccioso no organismo do bebê e denominado "Síndrome congênita do Vírus Zika” (SCZV) (FARIAS e VILLACHAN-LYRA, 2018 p.11).
Por ser considerada uma condição clínica, as crianças com Síndrome Congênita do Vírus Zika (SCVZ) estão suscetíveis a atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor, incluindo dificuldades intelectuais, cognitivas, alterações motoras, auditivas, visuais e de fala; concomitantemente a isso, poderão desenvolver convulsões, epilepsia, paralisia cerebral (DA SILVA et al., 2018, p.59).
Acerca dos impactos em pacientes com SCZV, necessitamos reflexionar os casos de maneira individual, visto que cada paciente poderá ter comprometimentos diferentes, dependendo da área e da extensão do cérebro que foi atingida pela doença, sem é claro descartar aquilo que pode ter sido ocasionado ao longo do período gestacional.
As crianças com SCZV, tal como outras crianças, necessitam de estímulos e incentivo para desenvolver suas capacidades e potencialidades. Todavia, por conta dos efeitos da síndrome, essa criança carece de mais tempo e encorajamento, por parte dos seus familiares e dos profissionais que acompanham suas trajetórias. Com isso, depreendemos a importância de um atendimento global, que seja capaz de envolver essa criança em diferentes aspectos de acolhimento.
Assim que eclodiu a SCZV, uma publicação oficial, ou nota técnica se ocupou de definir e traçar os direitos concernentes as pessoas com SCZV...
De acordo com a Nota técnica n° 25, que sistematiza Orientações para o acolhimento dos bebês com microcefalia pela educação infantil, veremos:
[...]
Considerando que a educação constitui direito humano incondicional e inalienável, é fundamental assegurar aos bebês com microcefalia, o acesso à educação infantil inclusiva, bem como ao atendimento educacional especializado ‐ AEE, nas redes públicas e particulares de ensino; [...] os bebês com microcefalia devem ter acesso ao conjunto de cuidados próprios da primeira infância e, sobretudo, àqueles, inerentes a sua condição específica. Sabendo que as crianças com microcefalia também podem aprender, se verem oportunidade de interagir desde a mais tenra idade, as creches devem acolher os bebês com microcefalia em ambientes inclusivos, ricos e estimulantes, que ofereçam por meio de ação interdisciplinar, as condições necessárias ao seu desenvolvimento integral (BRASIL, 2016a, p.46-47).
Após muito refletir sobre o que é a SCZV, nossa cartilha se volta aos recursos, entendendo que o professor e seus companheiros de vivências escolares necessitam reconhecer as ferramentas que dispoõem para utilizar como aporte e recepção desses educandos.
Por que a Formação Continuada é fundamental?
É consenso que nenhuma formação inicial, mesmo em nível superior, é suficiente para o desenvolvimento profissional, o que torna indispensável a criação de sistemas de formação continuada e permanente para todos os professores. (BRASIL, 2002)
A formação continuada é o prolongamento da formação inicial, visando o aperfeiçoamento profissional teórico e prático no próprio contexto de trabalho e o desenvolvimento de uma cultura geral mais ampla, para além do exercício profissional (LIBÂNEO, 2004, P.227).
Ensino colaborativo, ou coensino, é um dos modelos de prestação de serviço de apoio no contexto escolar, onde um professor comum e um professor especializado dividem a responsabilidade de planejar, instruir e avaliar o ensino dado a um grupo heterogêneo de estudantes. Tal modelo surgiu como alternativas aos modelos de sala de recursos, classes especiais ou escolas especiais.
Em um modelo colaborativo, os professores da Educação
Comum e Especial devem juntar suas habilidades, seus conhecimentos e perspectivas a equipe, procurando estabelecer uma combinação de recursos para fortalecer o processo de ensino-aprendizagem (Capellini, 2008).
“coletivamente que se podem efetivar as mudanças necessárias na apropriação e uso dos espaços, na organização do tempo, na formação de um contexto de desenvolvimento adequado para todos os alunos.” (REIS, 2013).
Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social (BRASIL, 2009).
Um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente pro- mover vida independente e inclusão (BERSCH, 2006)..
É uma área da prática clínica e educacional que se propõem a compensar (temporária ou permanentemente) a incapacidade ou deficiência do indivíduo com distúrbio severo de comunicação.
Tem como objetivo valorizar todos os sinais expressivos do indivíduo, ordenando-os para o estabelecimento de uma comunicação rápida e eficiente
(WALTER,2015)
A comunicação Aumentativa e Alternativa é: “destinada a atender pessoas sem fala ou escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar, escrever e/ou compreender. Recursos como as pranchas de comunicação, construídas com simbologia gráfica [..], letras ou palavras escritas, são utilizados pelo usuário da CAA para expressar suas questões, desejos, sentimentos, entendimentos” (BERSCH, 2017, p.06).
• Sala de Recursos Multifuncionais (SRMF)
• Planejamento Educacional Individualizado (PEI)
• Psicomotricidade
• Ludopedagogia
• Recursos pedagógicos adaptados para a prática inclusiva
• Desenho universal de aprendizagem (DUA)
• O trabalho multidisciplinar
Nos primeiros anos de vida, foi sugestionado um acompanhamento que previa a estimulação precoce para as crianças afetadas pelo vírus da zika. Estimulação precoce é o conjunto dinâmico de atividades e de recursos humanos e ambientais incentivadores que são destinados a proporcionar à criança, nos seus primeiros anos de vida, experiências significativas para alcançar pleno desenvolvimento no seu processo evolutivo. Dessa maneira, encarando a necessidade de intervir frequentemente na vida dessas crianças, sugerimos um conjunto de práticas possíveis, onde o professor e os demais agentes do campo educacional são convidados a fomentar sua prática, com fundamentação teórica em elementos utilizados com outras crianças em ocasião de outras deficiências e comprometimentos, que necessitam ser experimentadas, respeitando sempre a individualidade de cada pessoa e suas demandas.
“Na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática, e no interior da escola e da sala de aula. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática” (FREIRE, 1996).
A sala de recursos multifuncionais é, portanto, um espaço organizado com materiais didáticos, pedagógicos, equipamentos e profi ssionais com formação para o atendimento às necessidades educacionais especiais. (....) A denominação sala de recursos multifuncionais se refere ao entendimento de que esse espaço pode ser utilizado para o atendimento das diversas necessidades educacionais especiais e para desenvolvimento das diferentes complementações ou suplementações curriculares. (ALVES, 2006)
O PEI é um esboço das necessidades individuais do aluno e de como elas devem ser atendidas, como esse aluno será avaliado, a priorização dos recursos a serem adaptados ao perfil desse aluno. (ALMEIDA,2022).
Planejamento individualizado, periodicamente avaliado e revisado, que considera o aluno em seu nível atual de habilidades, conhecimentos e desenvolvimento, idade cronológica, nível de escolarização já alcançado e objetivos educacionais desejados a curto, médio e longo prazos. Também são levadas em consideração expectativas familiares e do próprio sujeito (GLAT, et al,2012).
A psicomotricidade está associada à afetividade e à personalidade, porque o indivíduo utiliza o seu corpo para demonstrar o que sente.
As atividades psicomotoras visam propiciar a ativação dos seguintes processos:
Entende-se por estimulação psicomotora o programa que envolve contribuições para o desenvolvimento harmonioso da criança no começo de sua vida. Caracteriza-se por atividades que se preocupam e vão ao encontro das condições que o indivíduo apresenta, acima de tudo na sua capacidade maturacional, procurando despertar o corpo e a afetividade através de movimentos e jogos e buscando a harmonia constante. Estimulação quer dizer despertar, desabrochar o movimento (BUENO, 2014).
Vivenciar estímulos sensoriais para discriminar as partes do próprio corpo e exercer um controle sobre elas; Vivenciar, através da percepção do próprio corpo em relação aos objetos, a organização espacial e temporal;
Vivenciar situações que levem a aquisição dos prérequisitos necessários para aprendizagem da leitura escrita.
Na escola, o brincar pode ser dirigido, livre ou exploratório: o essencial é que ele faça a criança avançar do ponto em que está no momento em sua aprendizagem, criando condições para a ampliação e revisão de seus conhecimentos.
(MOYLES, 2001)
A ludicidade não é apenas uma forma de diversão, ela torna-se uma necessidade do ser humano em qualquer idade. Ao desenvolver atividade com aspectos lúdicos possibilita e facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultura, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil. No desenvolver das ações lúdicas percebe-se que ela auxilia no processo de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento, pois possibilitam experiências que constroem valores também para aspectos pessoas.” (FREIRE, 2011).
Para fazermos a inclusão, não basta boa vontade. Há necessidade de adaptações concretas na escola (SILVA, 2009).
“com muita frequência, a disponibilização de recursos e adaptações bastante simples e artesanais, às vezes construídos por seus próprios professores, torna-se à diferença, para determinados alunos com deficiência, entre poder ou não estudar e aprender junto com seus colegas” (GALVÃO FILHO, 2009).
De acordo com a limitação física apresentada é necessário utilizar recursos didáticos e equipamentos especiais para a sua educação buscando viabilizar a participação do aluno nas situações prática vivenciadas no cotidiano escolar, para que o mesmo, com autonomia, possa otimizar suas potencialidades e transformar o ambiente em busca de uma melhor qualidade de vida." (BRASIL, 2006)
• Os recursos mencionados nas páginas a seguir são sugeridos pelo livro: *Portal de ajudas técnicas para educação Equipamento e material pedagógico especial para educação, capacitação e recreação da pessoa com deficiência física, contudo com uma pesquisa na internet e em outros livros e revistas é possível encontrar grande arsenal de materiais inspiradores, que utilizam-se de materiais simples, recicláveis e de baixo custo.
Cada necessidade é única e, portanto, cada caso deve ser estudado com muita atenção. A experimentação deve ser muito utilizada, pois permite observar como a ajuda técnica desenvolvida está contemplando as necessidades percebidas (BRASIL, 2002).
Possibilita uma melhor preensão, caso o aluno demande vontade e/ou possibilidade para usar o lápis. O tamanho da haste do tubo foi confeccionado para atender a necessidade do aluno. Este recurso facilita a escrita do aluno com paralisia cerebral. Descrição: O recurso foi confeccionado com um tubo de PVC, uma rolha de cortiça e lápis comum ou de cera.
Disponibiliza para o aluno uma alternativa de comunicação. Foi confeccionado para um aluno que não falava e estava em processo de alfabetização. Esse material tem sido utilizado por outros alunos com paralisia cerebral, em fase escolar.
Descrição: O Recurso é confeccionado com lâmina de compensado, forrado com placas de espuma fina e encapado com tecido emborrachado. Uma faixa de velcron permite grudar saquinhos cheios de areia ou arroz. Nesses saquinhos são colados numerais, letras ou formas geométricas. O quadro mede 70 cm de comprimento poor 50 cm de largura. Esse tamanho pode ser ajustável à necessidade do aluno.
Trabalha a sensibilidade tátil e sinestésica, a discriminação de cores e texturas. A cada página o aluno encontra uma nova história com texto e ilustração. Na ilustração, os materiais utilizados permitem ao aluno vivenciar várias sensações táteis, o que serve como estímulo para manusear o livro. A história apresentada na página da direita é escrita em fonte ampliada. Sabemos que vários alunos com deficiência física têm dificuldade em virar as páginas de livros e revistas e, pensando nisso, foi adaptado um virador de páginas para atender a essa necessidade. Descrição: Este livro apresenta ilustrações que fornecem estímulos com diferentes texturas, feitas em alto relevo, com lã, papéis lisos, bolinhas de papel e palitos de fósforo. A parte inferior de cada folha possui um palito colado de forma que facilite ao aluno, virar a página.
A abordagem do desenho universal visa a criação de produtos e/ou ambientes que são projetados, desde o início, para atender os indivíduos com uma maior gama de habilidades e deficiências do que seriam atendidos por aplicações tradicionais (ROSE et al, 2005).
Para que se alcance um Desenho Universal na Aprendizagem, é fundamental a busca de uma educação e de uma escola cuja estruturação e organização devem ser pensadas, desde o início, de forma flexível, de maneira que possa dar conta eficientemente da diversidade humana presente nas salas de aula. Ou seja, que todo o universo educacional escolar, com suas dinâmicas, rotinas, tempos, conteúdos, materiais didáticos etc., sejam flexibilizados e diversificados, de forma a que a escola não somente inclua e respeite a diversidade existente na sociedade humana, mas também valorize essa diversidade como um fator de enriquecimento dessa sociedade (FILHO,
Acerca do diagnóstico de crianças com SCZV, HAMAD e SOUZA, 2020 enfatizam a importância de que essas crianças tenham acesso ao acompanhamento multidisciplinar:
[...]deve existir um planejamento acerca da forma como será fornecido o diagnóstico, objetivando apoiar e esclarecer as dúvidas que possam surgir sobre a doença. A aceitação e adaptação podem ser definidas a partir da sensibilidade do profissional de saúde que aborda o diagnóstico, assim como todo o apoio multiprofissional em todas as etapas, tornando-se essenciais para o empoderamento e o equilíbrio familiar (HAMAD; SOUZA, 2020 p.11).
Formada por vários profissionais de diversas áreas da saúde que trabalham em conjunto, permitindo atendimento global de acordo com as necessidades dos pacientes.
Normalmente essas equipes são formadas por médicos de diversas especialidades, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos e/ou terapeutas ocupacionais, que se reúnem para decidir quais serão os objetivos para o paciente.
Assista o vídeo:
Intersetorialidade, acesso à políticas públicas e tessituras no cuidado pósepidemia de Zika Vírus https://www.youtube.com/watch?v= ZQRf6OP-o1Y&feature=youtu.be
Atendimento multidisciplinar no Rio de Janeiro
A pesquisa “Intersetorialidade, políticas públicas e tessituras do cuidado na pós-epidemia do zika vírus”, uma das contempladas pelo Programa de Incentivo à Pesquisa (PIP III) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), teve como objetivo analisar as condições de vida atuais das famílias e o acesso das crianças a políticas públicas intersetoriais; contribuir para o fortalecimento do acesso à rede intersetorial de atendimento e para a qualificação dessa rede no que tange às necessidades de crianças com condições crônicas de saúde e deficiências, e suas famílias.
“Do ponto de vista da pesquisa stricto sensu, o estudo buscou analisar o acesso às políticas públicas pelas crianças acometidas pelo vírus zika, para assim identificar, na trajetória de suas famílias, sobretudo em relação à rede intersetorial de atendimento, os elementos que fortalecem ou dificultam o acesso a bens e serviços públicos pelas crianças com condições crônicas de saúde e/ou deficiências em geral”
A proposta desta pesquisa se deu a partir da investigação sobre o tema proposto e a identificação do quanto se faz necessário avançarmos em pesquisas e práticas que nos capacite enquanto educador no atendimento educacional especializado para crianças com múltiplas deficiências e em específico, as afetadas pelo Zika Vírus, por ser uma realidade recente, a partir de 2015, com o grande número de crianças nascidas com a SCZV devido a epidemia de Zika Esperamos ser este trabalho e produto, um incentivo aos profissionais de educação, sem a pretensão de se bastar, mas que alimente a ideia e o sentimento de que é possível realizar um trabalho diferenciado que alcance nossas crianças afetadas pela SCZV, estimulando novas pesquisas, estudos e capacitações.
¨...torna-se relevante a realização de pesquisa envolvendo tal temática, assim como a ampliação de recursos multifuncionais, bem como a formação de professores sobre tais recursos e sua relação com o processo de ensino e aprendizagem¨ (ROCHA e PLETSCH, 2013).
A Deus, por nos permitir realizar essa especialização nesta instituição que é referência e modelo de excelência em educação superior pública.
A família: Que nos acompanhou durante todo o processo, entendendo a nossa ausência e nos impulsionando a prosseguir.
Ao nosso grupo de amigas e companheiras : Rafaella, Tatiane ,Selma e Sirle pelo carinho e parceria em todas as horas. Sempre fazendo os trabalhos juntas, uma ajudando a outra com a correria do tempo.
Aos professores, colaboradores, ao consórcio, aos profissionais da UFRRJ, os palestrantes convidados, nossa coordenação, bem como aos autores que corroboraram com a nossa pesquisa.
ALVES, D. O. Sala de recursos multifuncionais: espaços para atendimento educacional.
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