Série alien abduction #01 sequestro acidental (eve langlais)

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Sequestrada por um pirata do espaço, ela luta contra a tentação de deixar que saqueie seus bens. Quando seu noivo tenta assassiná-la deixando Megan no meio do oceano, afundando sem esperança de sobreviver, a luz brilhante que vê no céu noturno não era sua porta de entrada ao céu, a não ser o início de um sequestro acidental por parte de um pirata espacial. Megan agradecia que a tivesse resgatado, mas tinha um problema. Não podia manter a boca fechada, não fechou a boca nem mesmo quando a ameaçou de morte ou de leiloá-la ao melhor ofertante. E o mais estranho ainda era que, apesar de sua decisão de não se envolver com seu captor, não podia deixar de desejar seu toque. Tren saiu de seu trabalho como mercenário para poder desfrutar da vida, mas nunca contou com o aborrecimento que sua inatividade lhe causaria. A aquisição de objetos estranhos preencheu o vazio de algum jeito, mas o sequestro acidental de uma deliciosa terráquea que não sabia quando se calar voltou a colocar emoção em sua vida. Seu espírito ardente o atraía e ao mesmo tempo o


conduzia à loucura. Lutando contra seus impulsos, deveria decidir

entre

estrangulá-la

ou

reclamá-la

como

sua

companheira. Apesar do que sentia em seu coração, estava decidido a vendê-la ao melhor ofertante. Entretanto, apesar de suas boas intenções, descobre que não pode deixá-la ir. E quando aparece um inimigo de seu passado e a leva, percebe que faria qualquer coisa para recuperá-la.


Talvez se afogar não fosse tão ruim como pensou Megan, tinha os braços e pernas adormecidos e apesar de que todo seu corpo lhe dizia que deixasse de mover-se, ela continuava movendo-se o suficiente para manter-se fora da água. De vez enquanto engolia um pouco de água salgada que a fazia tossir e não fazia nada para acalmar sua sede. Ao menos não tinha que suportar o sol. O mais provável era que sucumbisse à fadiga antes que chegasse o amanhecer com seus cálidos raios. Seu lado sarcástico lhe dizia que deveria estar agradecida já que deixou de tremer, seu corpo se ambientou nas águas do Pacifico. Ela

tinha

um noivo que

era

estúpido, tinha

que

agradecer ao maldito idiota por sua atual situação. E pensar que considerou Cameron seu príncipe azul. Ele disse e fez as coisas corretas quando a paquerou e parecia gostar de sua companhia, fingiu muito bem a maior parte do tempo. Deveria ter percebido que havia algo estranho quando imediatamente quis que compartilhassem tudo e quando ela perguntou lhe disse: “não confia em mim?”, pouco depois de irem viver juntos. Não havia nada tão bobo como uma mulher apaixonada, e ela foi a mais boba de todas, caiu na armadilha dele e não


apenas foi uma enganada, mas caiu em uma armadilha mortal. Perguntou-se se em sua lapide diria: “Aqui jaz, Megan, enganada por um homem, mais uma vez”. Em sua defesa, tinha que dizer que nenhuma mulher esperava que o homem a quem amava ou gostava a traísse, ainda que, em seu caso, seu histórico com os homens deveria ter proporcionado uma pista. Ela alegremente aceitou ir a um passeio de barco com ele, a luz da lua em celebração ao seu aniversário de seis meses juntos. E agora seria também a data de sua morte. Pelo menos o bastardo a embebedou com champanha antes de jogá-la do barco com exagero. — Oops! E agora, ele teve o descaro de rir quando lhe pediu ajuda enquanto a água a engolia, fazendo-a ver o que era obvio desde o principio. Logo lhe dedicou várias maldições que fariam ruborizar o mais antigo marinheiro. Claro, gritar em detalhes a forma como iria mutilá-lo quando colocasse as mãos nele, poderia ter influenciado Cameron e sua decisão de seguir adiante com seu mortífero plano. Provavelmente deveria ter deixado os detalhes sobre como iria castrá-lo. Mas ainda assim. O que ele esperava depois do que lhe fez?


Megan ouviu a risada zombeteira durante muito tempo depois que ele se foi com o iate deixando-a ali. Horas mais tarde ou ao menos isso supunha, teve tempo para pensar se sobrevivesse de como se vingaria e estava no limite de sua resistência e de suas forças, lutando para sobreviver apesar de que não tinha muitas possibilidades. Uma grande onda cobriu sua cabeça, se debateu sob a água por um momento, quase se deu por vencida, estava muito cansada para continuar lutando. Então viu a luz! A incredulidade fez com que seu olhar sob a água se fixasse em um farol brilhante justo por cima de sua cabeça, isso significava um resgate? Com um último esforço colocou a cabeça para fora do oceano e piscou com a luz brilhante e logo voltou a piscar com incredulidade quando seu corpo começou a sair da água. — Morri? É assim como vai começar minha viagem ao céu...? Molhada e irritada? — Pensou... Por não falar de que ela sempre esperou muito, muito mais. Um peixe que saía da água na frente dela bateu a cauda em

seu

rosto.

Que

demônios?

Olhou

ao

redor

com

incredulidade, enquanto ela e um montão de peixes, junto com outros habitantes do oceano se levantavam da água, presos em algum campo antigravitacional estranho, não era uma nerd da ciência para pensar isso, viu recentemente uma maratona do filme Star Trek com Cameron, um verdadeiro fã


Trekkie. Nunca esperou que a ficção da tela passasse a fazer parte de sua vida, mas que outra explicação poderia ter para ela e milhares de criaturas marinhas estarem flutuando para um buraco iluminado cujas bordas mal podia distinguir? Ocorreu-lhe que podia gritar para pedir ajuda, mas de verdade, não era tão idiota embora na escolha de namorado fui mais que idiota. Além disso, exatamente quem esperava que fosse salvá-la de um sequestro alienígena? Em sua situação, no ritmo que estava se afogando, o sequestro era a melhor opção. Outra emoção substituiu o esgotamento e a resignação por seu destino, estava a ponto de conhecer a vida extraterrestre. Seriam verdes? Altos ou baixos? Se pareciam com o ET enrugado ou seriam mais do tipo humano como ela? Além destas reflexões internas, lhe surgiu a dúvida E se fossem violentos? E se comessem seres humanos? Ou vendessem as fêmeas humanas como escravas sexuais? Megan olhou sua figura gordinha e sua boca se torceu com tristeza. Estou mais perto de terminar sendo o prato principal de alguém, que ser uma escrava sexual. Embora não lhe importasse suas abundantes curvas, muita gente lhe dizia que tinha que emagrecer, mais de um namorado afirmou que não era seu corpo que os afastava e sim sua boca... Não sabia manter suas opiniões e críticas para si mesma. A subida durou uma eternidade, parecia que nunca iria


alcançar o buraco na parte inferior da nave e, sobretudo, porque fora da água fazia frio, pois seu vestido de verão molhado grudava no corpo. Abraçou seu corpo, para parar de bater os dentes. Quais eram as possibilidades de que lhe dessem as boas-vindas com uma toalha? Olhando a seu redor observou os peixes com os olhos abertos e a boca enorme que se abriam e fechavam sem fazer ruído, não contava com isso.

A

luz

brilhante

diminuiu

até

que

ela

e

seus

companheiros aquáticos entraram na nave. Logo olhou ao redor com os olhos arregalados pelo assombro, porque por todos os lados na área havia enormes tanques cheios de líquido, com peixes de grande tamanho; e, se não estivesse enganada nem todos eram da Terra. Encontrou-se presa dentro de uma cuba aberta cheia de um líquido de cor púrpura que não se parecia com nada que já viu e com uma amostra de um tentáculo negro. Notou algo inquietante, os outros tanques estavam fechados e sua mente não demorou a chegar a uma conclusão inoportuna. Se ficasse dentro do aquário, poderia estar outra vez no mesmo sufoco; afogando-se. — Outra vez não — Murmurou. Deu meia volta para olhar a seu redor e viu as vigas por cima e ao redor das cubas, precisava chegar a uma dessas. Andando, a água era como uma espécie de melaço que lhe dificultava avançar. O

suor se

formava em sua

testa


enquanto avançava, seu progresso era lento. Roçou em peixes cativos, suas úmidas e asquerosas peles viscosas contra a dela, seus olhos sem pálpebras olhando fixamente seu caminho. — Juro que parecem que estão rezando para que eu não consiga. Era a vingança por seu habitual sushi das sextas-feiras à noite. Seus dedos tocaram uma borda fria de metal. Colocou as mãos ao redor da viga e se elevou sobre ela, amaldiçoou o fato de que tinha uma matrícula em uma academia que nunca usava, com os músculos tensos, subiu as pernas para colocá-las ao redor do suporte metálico, a perda repentina do campo gravitacional quase a fez cair quando de repente teve que aguentar todo seu peso. Seus músculos doloridos gritaram em sinal de protesto, mas aguentou para salvar sua vida. O plop da chuva de objetos que golpeavam a água a fez virar a cabeça para ver como peixes e outros habitantes do mar, capturados pelo trator, caíam no enorme tanque. Logo que o último golpeou a superfície líquida, o feixe de luz se apagou e Megan piscou diante da repentina perda de visão. Ainda podia ver, embora não tão bem como antes, havia luzes fracas que rodeavam a câmara. Isso não a impediu de ouvir o zumbido da maquinaria e


o estalo suave quando o tanque se fechou, seguido de um golpe seco mais forte que ela assumiu ser a porta inferior que também se fechou. Logo tudo ficou em silêncio, exceto por um leve zumbido e sua respiração ofegante. Seus braços tremiam pelo esforço de sustentar a si mesma e pensou que a primeira coisa que tinha que fazer era tentar chegar a terra firme. O esgotamento quase a levou a histeria com seu trocadilho involuntário e ela riu. Bom, provavelmente não terra firme, mas ao menos uma superfície em que pudesse se manter em pé, por exemplo, um chão estaria bem. Pendurando-se como um macaco olhou ao seu redor e viu um caminho não muito longe se pudesse ir para ele. — Igual fazem os macacos — Recordou a si mesma enquanto balançava seu corpo de um lado para o outro. Suas mãos agarraram a viga e tentou se agarrar com as pernas com toda a força que era capaz. Ela não contou com a fadiga dos braços ou o quanto seu corpo pesava. Sem mencionar que pensava que havia uma menor gravidade no espaço. Uau! Suas mãos deslizaram da viga e caiu, seu breve grito de terror se interrompeu quando pousou sem graça em algo duro e apagou.


Tren,

com

os

pés

apoiados

no

console

principal,

amaldiçoou quando um alarme disparou. — Que merda está acontecendo agora? — Murmurou em voz baixa enquanto dava um murro nas teclas dos braços de sua cadeira, colocando a tela diante dele onde aparecia o vídeo da zona de transporte, o mais provavelmente era que um dos espécimes tivesse ficado livre do trator, não se preocupou com este último grupo. O planeta Terra não era conhecido pela periculosidade

de seus habitantes. Pelo

contrário, suas criaturas eram bem dóceis, especialmente a variedade que vivia na água. A zona de armazenamento, com seus enormes tanques apareceu na tela passando a câmera em várias direções e esquadrinhou a sala. Ele não viu nada estranho, mas, algumas das criaturas que capturou eram bastante pequenas não como asknovakian com seus quarenta longos tentáculos, a esses tiveram que sedar antes da captura para poder transportá-los. Com um gesto chateado, levantou-se de sua cadeira e esticou seu volumoso corpo antes de ir para o elevador que o levaria à parte de baixo. Parou antes de entrar e gritou uma ordem.


— Entrar no sétimo planeta do quadrante e logo descer à hipervelocidade e ir rumo para a galáxia Jifnarian, terceiro planeta. — Curso bloqueado. — A voz suave de sua equipe confirmou as ordens. Entrou no elevador e apertou o botão da área de transporte. Ele iria lutar com um peixe, a ideia o fez suspirar. Ele, que tinha um longo caminho percorrido desde que começou sua carreira como mercenário. Sua nova vida transportando espécies estranhas de outras galáxias não desenvolvidas poderia aborrecer a qualquer um, mas era certo que iria conseguir, e obviamente nada podia se comparar com a emoção de lutar em uma missão militar. Mas a vida de um mercenário não era tão longa, por isso a mudança de trabalho. Entretanto, ninguém o advertiu que a aposentadoria significaria terminar aborrecido de si mesmo. Tentou levar uma vida de ócio durante um tempo, acumulou créditos suficientes para fazê-lo, mas para um homem a vida não só era se embebedar e se atirar em tantas mulheres como possível e tudo isso se tornou aborrecido. Então comprou

uma

nave

e

começou

uma

nova

carreira

especializada em aquisições estranhas. Ao menos com seu novo trabalho, viajava e lutava contra as espécies resistentes de serem capturadas e contra


os piratas. Aqueles que eram estúpidos o suficiente para enfrenta-lo. Sua reputação o precedia e agora, inclusive a escória do universo o evitava. Era hora de trocar de nave e enganá-los fazendo acreditar que era novato. Começou a rir diante da ideia e tomou nota mentalmente para que seu gerente iniciasse os trâmites. A porta do elevador se abriu, interrompendo seu plano para enganar aos piratas e entrou na área de transporte. — Luzes — Gritou. A sala escura imediatamente se iluminou e ele se dirigiu aos tanques que encheu recentemente, para ver o que fazia com

que

o

alarme

ainda

estivesse

tocando.

Não

se

incomodou em ir com sigilo e o forte ruído de suas botas de combate soou no compartimento de carga. Aos espécimes que pegou não poderiam crescer as pernas e sair correndo. Que lástima, não teria lhe importado, era uma forma de se entreter. Ao chegar ao tanque, olhou o chão e ao redor, mas não encontrou nada na base do tanque. Subiu por uma escada para chegar às passarelas e, assim que colocou um pé no ralo de metal viu um vulto úmido. — O que me faltava, que merda é isso? Não se parecia com as ilustrações que viu de espécies aquáticas da terra. Enrugou o nariz ante o fedor de peixe que


saía da criatura pálida, ele tirou sua pistola quando grunhiu. O que confundiu com algas se moveu levantou-se e se encontrou cara a cara com o rosto de um humanoide pálido. Grandes olhos marrons com raias vermelhas piscaram e os lábios azuis se abriram com um grito afogado. — Oh! Você é o Han Solo1 — Disse a humana. E com essas estranhas palavras, a terráquea que capturou acidentalmente, desabou para frente. Seus olhos ficaram em branco e sua testa chocou bruscamente contra o chão. — Ah merda, que lixo! Tren apoiou as mãos nos quadris e fez uma careta ao ver a coisa encharcada que estava estirada no chão. Mato a terráquea agora ou deixo para mais tarde? Tinha a impressão de que era uma mulher, embora dada sua posição e o estado desalinhado, poderia ser também um homem afeminado. De qualquer maneira, ele não a queria. Ali não havia mercado para as terráqueas. Dado seu temperamento, as fêmeas eram propensas a chorar todo o tempo e a ter ataques de histeria, sobretudo quando eles eram seus novos amos. Pareciam ser problema quando as vendia como escravas sexuais. Por isso Tren preferia as criaturas, porque não 1

Han Solo é um personagem ficcional, protagonista dos livros e filmes de ficção científica da série Star Wars (Uma Nova Esperança, O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi). No cinema, Han Solo foi interpretado pelo ator Harrison Ford.


falavam. Perguntou-se se poderia deixá-la em algum lugar de seu planeta, descartou a ideia quase imediatamente. Primeiro, porque não podia e segundo porque aprendeu a lição quando as terráqueas, as quais devolveram depois de um sequestro, disseram a quem quisesse escutar, que lhe tinham injetado algo e agredido sexualmente. Era engraçado; a maioria dos mundos civilizados considerava a Terra um planeta bárbaro, pessoas decididas a destruir seus recursos naturais, e por isso fez esta viagem para recolher amostras. Ao ritmo que estavam destruindo os oceanos, imaginou que não faltava muito para que o planeta esgotasse todos seus recursos naturais. Não é que lhe preocupasse sua sorte, a galáxia tinha outros planetas suficientemente viáveis. O que faria com a terráquea? Levantou a pistola para acabar com a vida da humana, mas vacilou. O que quis dizer com isso de Han Solo? Seu tradutor não tinha nenhuma versão e maldição se agora sentia curiosidade. Iria descobrir primeiro e matá-la depois. Decidido, guardou a arma e logo agachou para agarrar o corpo inerte. Colocou o ser humano sobre suas costas e foi quando notou que era uma fêmea sem dúvida, seu abundante peito sobressaía pela parte superior de um trapo, mas tinha só dois


peitos, em lugar de quatro ou cinco. Ignorou seus atributos femininos e agarrou sua perna que estava quebrada em ao menos três lugares. Surpreendia-se que não tivesse gritado a todo pulmão quando acordou. Provavelmente o choque a impediu

de

perceber

sua

lesão,

sem

dúvida

quando

despertasse novamente, choraria e gritaria, e isso era algo que não iria aguentar. Por um momento, voltou a repensar despachá-la antes que acabasse louco de internar, mas parou ao ver seu aspecto tão vulnerável. Amaldiçoou quando guardou sua arma. Ele, o assassino mais frio que havia nas galáxias conhecidas, não pode matá-la. Tinha uma missão a cumprir, antes de se converter em um brando faria saber a seus contatos que estava de volta aos negócios, logo que se desfizesse

de

sua

carga...

Incluindo

uma

mulher

que

certamente seria irritante Deslizou suas mãos sob seu corpo gordinho e a puxou para ele e antes de pensar a embalou em seus braços. Sem nenhum esforço por sua parte, já que se mantinha em uma forma impecável, levou-a ao final da passarela e ao elevador, que os conduziu a um nível superior onde estava seu quarto e a enfermaria. A curiosidade o fez olhá-la enquanto a levava. Sua pele parecia pálida, e debaixo de sua superfície podia ver uma frágil rede de veias. Poderia dizer que sua pele era irrepreensível, mas notou que parecia marcada por uma


estranha linha de pontos claros na ponte do nariz. Ah! Isso vai diminuir seu valor. Tinha cílios e sobrancelhas escuras em desacordo com seu cabelo marrom com uns reflexos dourado claro. Seus lábios, de uma cor azul estranha, eram cheios, e através deles se podiam ver os dentes brancos. Seu corpo enchia seus braços, era corpulenta e suave, mas não exagerada. O tecido molhado que usava estava grudado à plenitude de seus peitos e ressaltava seus proeminentes mamilos. Para sua incredulidade, sua virilha se apertou ao olhar esses peitos, parecia que tinha esperado muito tempo para visitar os bordéis, se esta pálida e encharcada mulher podia incitá-lo à luxúria, sobretudo considerando que possuía apenas dois seios, uma característica comum entre os de sua espécie. Ou... Era uma anomalia genética? Aborrecido consigo mesmo por seu interesse nela para copular, ele a deixou sobre a maca na sala médica. Uma unidade de diagnóstico desceu do teto com um zumbido. Tren apertou os botões que havia no dispositivo e logo se afastou, apenas para voltar um momento depois, quando a máquina começou a apitar. — Máquina estúpida. Pode curar qualquer coisa, mas não pode cuidar da roupa molhada — Resmungou. Agarrou o tecido úmido que tampava seu corpo e a


rasgou pela metade antes de tirar de seu corpo. As curvas femininas, que ele devorou com o olhar, ficaram descobertas da cor escura de seus mamilos ao loiro escuro entre suas pernas. Sua mão não pode deixar de tocar a suavidade ao redor de seu ventre com um furo no meio, se perguntou para que era, e teve que admitir que a vista de seu corpo fez seu pênis endurecer. Com uma maldição por sua falta de controle, deu a volta e saiu da sala, permitindo que a unidade médica fizesse seu trabalho. Suas roupas estavam úmidas e fedidas por ter levado a terráquea nos braços, tinha que trocá-las e foi ao seu quarto para fazê-lo. Deixou cair suas roupas sujas na unidade de limpeza e se vestiu com um traje limpo e seco. Foi quando colocava a camisa dentro da calça que lhe ocorreu que teria que vestir à fêmea. Ou deixar que ficasse nua, imaginou-os brincando de correr por toda a nave. Seu pênis tremeu de antecipação diante da ideia. Tren apertou os lábios com incomodo, definitivamente tenho que visitar um bordel em minha próxima parada. Como não tinha roupas femininas, agarrou uma camisa e uma calça dele. Teria que comprar algo de roupa em um de seus portos de conexão, isso ou vendê-la nua, certo de que conseguiria o melhor preço. A unidade médica demoraria um tempo para completar seu trabalho, voltou para o centro de comando, com a roupa


sob o braço. Queria investigar mais sobre as mulheres terráqueas e descobrir a maneira de amordaçá-la porque com sua sorte, provavelmente seria do tipo ruidoso. E todos os homens sabem que a única vez que uma mulher deve falar é durante as relações sexuais quando ela grita seu nome.


Megan voltou há si pouco a pouco, um meio sorriso curvou seus lábios, teve um sonho muito vivido com um pirata espacial que a sequestrava para seduzi-la. Seu sorriso se dissipou lentamente. Era um sonho estranho para ter, abriu os olhos e piscou quando viu uma máquina estranha. As luzes da maquina piscaram, os motores zumbiam e enquanto olhava, um buraco se abriu e deixou cair um jorro de uma mistura estranha sobre ela. — Que porra é esta? Lutou para se sentar, mas não pode; o que lhe provocou um pequeno ataque de pânico. Girou a cabeça de lado a lado, a única parte que podia mover. Não tinha ataduras em seus braços, nem em suas pernas, entretanto algo, uma força invisível a sujeitava enquanto a máquina lhe jogava essa coisa asquerosa em todo o corpo. O mais inquietante de tudo é que não estava com nenhuma peça de roupa. Quem me despiu? E o que fez com meu corpo? A lembrança de seu sequestro alagou sua mente e fechou os olhos com um gemido. Ao que parecia, o pirata escuro que recordava vagamente de seu sonho não era produto de sua imaginação. Ele a levou a bordo de sua nave disposto a... Ela abriu um olho... Curá-la? Fodê-la? Preparar seu corpo para logo


comer? Esperava que fosse a primeira opção. Estava presa como uma mosca em fita adesiva até que pudesse sair desta situação. Fez um repasse de suas lesões, a dor da perna e das costelas desapareceu, teria lhe dado alguma droga? Ou a máquina desativou as terminações nervosas? Talvez, para que não gritasse quando a comesse viva? Não deveria ter visto a maratona desses filmes tão ruins do espaço com Cameron. Eram filmes de terror a respeito de como os humanos podiam morrer nas mãos extraterrestres. De seu cansaço, não ficou nem rastro, nem sequer a mínima dor nos músculos, apesar das horas que ficou na água, isso a fez se perguntar quanto tempo permaneceu inconsciente. Com o fim de manter a calma e evitar entrar em pânico, já que a máquina seguia melando sua pele com uma variedade de líquidos, voltou seus pensamentos em sua lembrança do alien, uma retorcida versão de Han Solo. Teria que dar uma olhada de novo para ver se era tão atraente como se lembrava. Quando estava delirando de dor, teve uma breve impressão de sua altura e largura, a surpresa refletida

nos

penetrantes

olhos

azuis

dizia

que

definitivamente não esperava encontrá-la em sua nave. Sentia calor em todo o corpo, e esticou a cabeça o quanto pode, para ver se a máquina colocou seu corpo no fogo.

A

coisa

estranha

que

tinha

por

todo

o

corpo


desapareceu e um momento depois, a força invisível que a segurava a deixou livre. Megan desceu da mesa e olhou a seu redor, a sala era grande, as paredes lisas, de uma cor esbranquiçada, não tinha porta alguma, estava decepcionada. Até o momento, a espaçonave não estava à altura de suas expectativas. Megan voltou para a mesa, a tempo de ver a máquina deslizar para o teto. Agora sem a máquina, a sala parecia ainda mais estéril sem nada de mobiliário, sem uma triste cadeira. Passou as mãos pelo corpo, em busca de qualquer rastro de dor ou feridas. Entretanto, não apenas não sentia dor, se sentia muito bem, como nova. A máquina não só tinha curado suas feridas, também tirou algumas cicatrizes. A cicatriz da operação de apêndice desapareceu junto com a do joelho de quando caiu andando na bicicleta, estava em toda a tíbia e sempre a cortava ao raspar as pernas. Agora só faltava que lhe tivesse colocado o traseiro e os peitos no lugar. Não lhe importava o tamanho de seu peito, mas quando corria era irritante. Passou as mãos pela parede em busca de uma fenda ou algo para pressionar que lhe permitisse sair. Também desejava poder encontrar algo para vestir, porque encontrar alguém estando nua, seja extraterrestre ou não, não tinha graça, então quando ouviu um ruído atrás dela, se virou enquanto tampava entre as pernas com uma mão e com a outra seus seios. Dado seu tamanho generoso,


não iria conseguir fazer muito mais e seu sequestrador riu. — Não vejo graça — Grunhiu com os dentes apertados. — Agora, se puder deixar de rir, apreciaria muitíssimo se você se virar, ou melhor, ainda se for me buscar roupas. Isso o sossegou definitivamente, embora permanecesse na frente a ela. — Xfinewfikagdolpa? Ele se dirigiu a ela em uma língua gutural que fez sua pele arrepiar. Ignorou como a sua voz a afetou e se concentrou no fato do que estava dizendo. — Não entendo absolutamente nada — Disse. — Não sei que demônios você disse, então... Por que não me repete isso em inglês em lugar de qualquer idioma estranho? Ele grunhiu algumas palavras estranhas antes de atirar algo para ela e sair da sala. A roupa a golpeou enquanto olhava com assombro como a porta que não viu antes deslizar para o lado e voltar para seu lugar confundindo-se com a parede novamente. Como não estava segura se o alienígena voltaria, se apressou em vestir a roupa, a que supôs que era dele a julgar pelo tamanho e o estilo: uma camisa branca tipo túnica que lhe chegava até os joelhos e calça que se ajustavam a seu traseiro redondo, mas que ficavam muito compridas. Sentou-se e dobrou a bainha até


que seus pés aparecerem. Com esse traje estava bem coberta por fim, embora sem sutiã. Enquanto esperava que o alien voltasse, tomou um tempo para analisar sua aparência. Em primeiro lugar, era imenso, essa era uma boa maneira de começar a descrevê-lo. O homem passava dela pelo menos uns vinte centímetros ou mais e ela não era pequena. E se falasse de largura tinha uma considerável, precisada apenas olhar a camisa que cobria seu corpo para adivinhar a largura das costas. Eram os músculos ou a gordura o que enchia a camisa? Oh! E os alienígenas tinham o

mesmo

ali

embaixo?

Não

podia

negar

que

sentia

curiosidade e que queria saber. Deixando de pensar em seu corpo por um momento, pensou em seu rosto e a cor de sua pele. Púrpura, estou ficando louca... Púrpura? Não era um efeito da luz que lhe dava um tom violeta, era um profundo e rico malva, que fazia com que seus olhos azuis ressaltassem. Seu cabelo era escuro, com uma pequena onda, e chegava até quase os ombros, a mesma cor tinha seu cavanhaque. Tinha um anel de prata no nariz e outro na testa. Seus lábios pareciam negros, mas seus dentes eram brilhantes e brancos. Sem dúvida, era carnívoro. Quando falou nesse estranho idioma, sua voz rouca retumbou por todo seu ser. Vagamente recordou tê-lo chamado de Han Solo, mas pensou que se parecia mais com


Johnny Depp em seu papel de Piratas do Caribe, apenas mudando para o espaço. Sombrio, perigoso e terrivelmente quente. Dadas suas características exóticas, se perguntou que outras surpresas escondia além da cor de pele e os dentes. Poderia ser um pênis duplo ou um esperma ácido que a queimasse por dentro. Levou a mão à boca antes que começasse a rir em voz alta, não estava segura se ele ou algum outro ET a observava com uma câmera oculta. Sem prévio aviso, a parede se abriu novamente e o pirata entrou, seus olhos claros estavam brilhantes. Jogou algo pequeno e ela levantou as mãos para ele, mas falhou. O pequeno objeto negro caiu no chão e ouviu um suspiro de exasperação. — Bem, me perdoe por não ser a senhorita agilidade, queria ver como você estaria se quase tivesse morrido afogado por culpa de seu noivo, sugada por uma espaçonave, e

depois

ter

uma

máquina

estranha

fazendo

algum

experimento com você, garanto que seus reflexos tampouco funcionam. Ele não respondeu, cruzou os braços sobre o enorme peito e assinalou com a cabeça para o objeto no chão. Agachou-se para pegar e o olhou, mas não reconheceu o objeto absolutamente. — O que é? Ouviu-se outro suspiro seguido de um movimento.


Olhou para ele e segurou o fôlego quando viu que ia para ela, quase dois metros e treze de um zangado pirata púrpura. Teve uma reação muito feminina, recuou. Ele grunhiu e, por reflexo,

ela

grunhiu,

sua

resposta

fez

com

que

suas

sobrancelhas se elevassem, tampouco ajudou o sorriso que cruzou seu rosto enquanto ela ficava fora de seu alcance. Com um movimento rápido, sua mão saiu disparada como um raio para ela, que gritou e correu para esconder-se atrás da maca em que acordou. — Não se aproxime de mim — Gritou-lhe. — Você... Você gigante estranho e púrpura. — Kddwolsgewo. Falou nesse estranho idioma novamente e lhe fez um gesto com a mão para que fosse para frente. Ela bufou. Ele grunhiu, mostrando os dentes pontudos. Sem nada com que se proteger, lhe lançou o objeto negro. Ele o pegou com um movimento rápido da mão e ela engoliu saliva, demonstrou ter uns reflexos notáveis. Ele se moveu ao redor da mesa, e ela também se moveu, tentando se manter longe. Nem sempre foi tão covarde, mas de verdade, o homem (se um alien pudesse ser chamado de homem) era enorme, e ele não estava muito contente. Ela gritou quando ele saltou sobre a mesa e colocou um braço ao redor de sua cintura. Continuou gritando e se


debatendo. Ele colocou seu duro peito em suas costas, seu braço era como uma âncora imóvel ao redor de sua cintura. Sua outra mão estava em seu ouvido e ela gritou. — Solte-me seu bruto, monstro. —Quer se calar? Que irritante é mulher! Cale-se antes que ceda ao impulso e te mate. Suas palavras penetraram através do pânico, ela ficou imóvel, com o peito agitado. — Eu te entendi — Sussurrou. — É obvio que sim, tola humana. Se não tivesse tanto medo, como sua espécie está acostumada a ter, teria mostrado como inserir o tradutor em seu ouvido. — Bom, como diabos eu iria saber? — Espetou-lhe. — Não conheci um alien antes, em meu mundo, não vamos colocando coisas nas orelhas das pessoas, quando nos encontramos pela primeira vez. — Sim, sou muito consciente de que seu planeta está em um estado bárbaro — Respondeu com um bufo de desgosto. — O que? — Balbuciou. — Olhe o que disse a frigideira à chaleira.


— Sabia que tinha que ter te matado — Queixou-se à suas costas. Ocorreu a Megan que talvez devesse se calar por um momento. O silêncio, entretanto, a fez consciente de onde estava, e mais contra quem estava. Pressionado contra as costas, o alien a esquentava, inclusive através da malha que os separava. A palma da mão apertada contra seu estômago deixava sua marca através da camisa de linho fino, e a sustentou firmemente contra ele. Ela se moveu com a intenção de escapar, mas isto só serviu para que a puxasse mais perto e seus olhos se abriram quando sentiu algo duro se cravar em suas costas, melhor que não seja o que eu acredito que é. Em lugar de ter a elegância de se calar, respirou fundo e a soltou. — Oh, não posso acreditar nisso, se pensa que vou te entreter sexualmente está louco. Ele a separou dele e bufou. — Acha que está em muita alta estima mulher, se acredita que me rebaixaria a copular com seu corpo tão pálido, com sua boca, é mais que suficiente para acabar com a ereção de qualquer homem. Megan girou e colocou as mãos no quadril.


— Pálida? Eu sou a que tem uma cor normal aqui, em vez de uma maldita cor púrpura. E sabe, minha boca ainda não recebeu nenhuma queixa, ao contrário, minhas técnicas orais são bem conhecidas entre meus amantes. Quando seus lábios se curvaram em um sorriso, o rubor coloriu suas bochechas e lhe encheu o corpo de calor. Entretanto, ela não se acovardou, nem saiu correndo, se ergueu e lhe sustentou o olhar. — Obrigado pela informação sobre suas capacidades amorosas. Vou acrescentá-la a sua lista de habilidades quando te leiloar no primeiro porto ao que cheguemos. E com essas palavras, ele se virou e começou a se afastar. Leiloá-la? Ohhh, não. Armou-se de coragem e foi atrás dele.

*****

Tren fervia de raiva, não pela terráquea que o divertia com sua valente postura e seu falatório incessante, era contra si mesmo por seu interesse em saber quão boa era em suas habilidades orais. Não tinha nenhum interesse na criatura bárbara, embora quisesse empurrar seu pênis na


boca desta menina para ver se assim conseguia ao menos deixar de ouvir sua voz por um tempo, apenas era questão de pensar, e seu eixo ereto insistiu em tentar. E essa sua atração por ela era algo que não entendia. O cabelo já seco era marrom com uns toques dourados de

uma

maneira

extremamente

atrativa,

levemente

encaracolado. O traseiro, que não notou anteriormente, era redondo e atrativo. Quanto a seu corpo com só dois peitos; gostava da forma em que seus seios redondos enchiam o tecido de sua camisa e seus mamilos se sobressaíam através da malha, rogando a que uma boca os chupasse. Não. Nós não provamos a mercadoria, esperava-se que as mulheres fossem virgens, mas pela forma como falava, estava muito longe de estar nesse estado. Embora, podia terminar como comida congelada se continuasse chateando-o dessa maneira. Ela foi atrás dele o seguindo de perto, enquanto se afastava tentando escapar de seu falatório. — Não haverá nenhuma venda nem de mim, nem de meus serviços — Gritou às suas costas. Tren ignorou e continuou caminhando, o que ela queria era que deixasse de lado seus planos e inclusive considerasse suas opiniões. — Oh! — Exclamou com exasperação.


Um momento depois, o atacou, golpeando-o nas costas com fúria. Sério estava se atrevendo a lhe bater? Virou e seus golpes deram em seu duro abdômen. Ele a olhou enquanto ela descarregava sua ira e só falou quando parou. — Terminamos? Ela levantou o olhar para o dele, e não pode deixar de notar o rubor rosado em suas bochechas. Encontrou-se cativado pelo vermelho de seus lábios, sua cor natural agora que tinha se esquentado, não viu vir seu joelho que conectou com seu pênis com uma precisão infalível. — Agora sim! — Disse, soando muito satisfeita consigo mesma. Tren apertou os dentes pela dor ardente, e antes que pudesse lhe infligir mais dor, ele a agarrou e a colocou por cima do ombro. — Desça-me — Gritou, batendo em suas costas com os punhos. — Não. — Não vou deixar que me viole seu... Seu pirata púrpura — Exclamou. — Como já te disse, não tenho nenhum interesse em seu corpo, não tem seios suficientes para meu gosto. Mas os


tenha ou não, vou te vender ao melhor ofertante. Suas palavras foram lançadas em um tom ameaçador, mas Megan não fez nada para fechar a boca. — Não pode fazer isto, exijo que me leve de volta a meu planeta, não me venderá como se fosse um objeto. — Silêncio — Rugiu, golpeando seu traseiro com a palma da mão. Quando ela gritou de raiva, golpeou-a uma e outra vez até que se acalmou. Uma pena, porque teria desfrutado açoitando-a um pouco mais, talvez nua, tinha um traseiro delicioso. — Pela última vez, silêncio. Agora ouça, terráquea. Em primeiro lugar, não estamos nem sequer no seu sistema solar, por isso voltar para seu planeta de origem não é uma opção, e acredite, eu já estou lamentando. Em segundo lugar, estou começando a pensar que a menos que ponha uma focinheira ou te corte a língua, nunca terei a sorte de te vender. Os homens preferem as mulheres dóceis, obedientes e tranquilas... Muito, muito tranquilas, uma lição que é possível que você deseja aprender. E três, minha nave, minhas regras. — Suas regras me fazem suar de medo!


Tren ficou com a boca aberta de surpresa com sua resposta. Esta mulher não tinha sentido comum? Só os idiotas o provocavam assim e nunca mais de uma vez, se assegurava disso. — Nunca te disseram que é um dom saber quando se calar? — Muita gente, mas me deixe-me perguntar, como se sentiria se seu namorado tentasse matá-lo e logo depois fosse abduzido por um alien que quer vende-lo? Então, para seu horror, ela começou a chorar. — Oh, não! Não, lágrimas não; não vou tolerar isso... Pare de chorar neste instante! — Ordenou. Ela soluçou mais forte. Tren, finalmente chegou ao centro de

comando,

deixou-a

cair

na

cadeira

e

ficou

novamente observando-a. Sua cativa sorriu sem rastro de lágrimas no rosto, era mentira. — Vejo que as mulheres terráqueas são iguais a todas as mulheres do universo propensas aos mesmos dramas. — Você não gosta? — Ela perguntou. Megan lhe lançou um sonoro beijo e lhe mostrou seu dedo, o que provavelmente significava algo em seu planeta, mas só lhe deu um impulso de morder e chupar o dedo.


Deixando de lado os pensamentos de qual parte de seu corpo gostaria de morder, descobriu que tinha curiosidade a respeito de algumas de suas palavras anteriores. — Por que seu companheiro queria matá-la? É porque nunca se cala? — Não — Respondeu ela, endireitando as costas. — Ele queria meu dinheiro, fui uma estúpida, não sabia que era um estelionatário até que decidiu que já não precisava de mim, e me jogou do barco para que me afogasse. Por

alguma

estranha

razão,

as

ações

de

seu

companheiro o enfureceram, mas não pensava deixar que ela notasse. — Que sorte a minha, agora tenho que carregá-la comigo, e aviso que é melhor começar a se comportar, porque se decidir te matar, eu terei sucesso. Mostrou-lhe seu aspecto mais perigoso e esperou ver o medo que estava acostumado. Ela lhe mostrou a língua e Tren revirou os olhos por seu atrevimento. — Faça! — Zombou. — Está louca, mulher? — Rugiu. — Disse que se comportasse ou do contrário... — Para que? Já me disse que tem intenção de me


vender — Acusou. — E isso não é de meu agrado, já sabe. Tren encolheu os ombros. — A bondade não entra em meus planos absolutamente, isto é um negócio justo. É parte de minha captura, e porque deveria

te

liberar?

Servirá

para

melhorar

meu

estado

financeiro, por que perder uma venda quando posso ganhar algo pelos problemas que vou ter? — Que problemas? A polícia espacial vai vir me liberar? Seus olhos se iluminaram diante da perspectiva e Tren quase riu. Ele manteve o rosto sério e respirou fundo antes de responder. — A polícia é para aqueles que são parte da coalizão universal, seu planeta não se encontra dentro da coalizão e tudo o que há nele, incluindo sua gente, são presas fáceis por causa de sua instabilidade mental. — Nossa o que? — Balbuciou. — A histeria e a falta de conhecimentos básicos de como funciona o universo — Ele deu de ombros. — Na realidade, é algo assim como o comportamento que está tendo. Moveu-se para o lado e evitou o pé que ia direto à sua panturrilha.


— Bom, ao menos nós não somos grosseiros, nem idiotas, nem arrogantes — Replicou ela. Tren grunhiu e lhe mostrou os dentes. Para seu desgosto, ela nem sequer se alterou. — Sabe como fácil seria te matar? Ela revirou os olhos. — Oh, por favor, economize a conversa para alguém que acredita. Se não me matou depois que te dei um chute nas bolas, então não acredito que só por falar o faça. Uma careta cruzou seu rosto com seu pensamento e para sua surpresa, ela riu. Um som rico e gutural, que fez com que a curva de seus lábios se visse sedutora e seu olhar se iluminasse. Também fez com que seu pênis se inchasse com interesse, mas não gostou nenhum pouco. Como supunha que iria fazê-la respeitá-lo se achava suas ameaças divertidas? Nunca esteve em uma situação assim. A maioria dos seres que ameaçou se acovardaram imediatamente, desmaiavam ou urinavam. Precisava se afastar dela e das emoções que lhe provocava. — Eu tenho trabalho para fazer, não toque em nada — Disse a ordem, mas ela se limitou a continuar sorrindo de uma maneira que achou inquietante.


Para se assegurar de que não mexesse em nada, ele apertou um painel na parede ao lado do elevador e bloqueou o controle dos comandos para que só funcionasse com sua voz. Para sua surpresa e decepção ela não disse nada para detê-lo. Bom, já era hora que desse um descanso a sua língua, apesar de que não podia deixar de pensar em outras maneiras que podia fazê-la se calar. Maneiras que fazia seu pênis inchar em sua calça.


Sozinha, Megan tamborilava os dedos sobre o apoio de braços da poltrona e olhava a seu redor com interesse. Por alguma razão, o que ela esperava de um centro de comando era maior que o que estava vendo para ser uma nave. Entretanto, o espaço era como seu quarto de hóspedes, mas com menos móveis. Sabia que a nave era imensa pelo que viu da área de carga e pelo trajeto que fizeram para chegar até ali. Entretanto, a única coisa que parecia faltar na nave eram outras pessoas, seres extraterrestres, ou o que fossem. Apesar de sua cor púrpura, era difícil pensar nele como um

extraterrestre.

Ele

emanava

muita

testosterona

e

chauvinismo igual a um homem da Terra. Ocorreu-lhe pensar que deveria estar mais irritada por sua atual situação provavelmente gritando histérica, mas na verdade depois do choque da tentativa de assassinato, a aventura espacial veio como uma espécie de alívio. E ninguém sentiria falta dela, não tinha família alguma, essa era razão pela qual era uma presa tão fácil para os homens. Trabalhava em casa como programadora e analista de Web,

por

isso

não

tinha

colegas

de

trabalho

que

perguntassem onde ela estava. Quanto aos amigos, Cameron se assegurou de mantê-la afastada deles... Algo muito


conveniente para os planos que tinha para ela. O que realmente a incomodava não era sua situação atual, era o fato de que Cameron provavelmente já teria atracado e estaria celebrando sua morte, gastando seu dinheiro com alguma prostituta. Queria voltar só para poder matá-lo ela mesma. Enquanto tinha estes pensamentos de vingança, a preocupação mais imediata era seu destino final. Apesar de seu captor a ameaçar, não tinha a impressão de que fosse lhe fazer algum dano, inclusive quando continuava ameaçando-a de matar ou vender. Suas palmadas no traseiro doeram, mas considerando seu tamanho e força era evidente, que se conteve. Não como alguns de seus anteriores noivos que se tornaram

violentos

Sinceramente,

não

na acredito

mais que

mínima me

faça

provocação. mal.

Um

pensamento tolo apoiado em nada mais que seu instinto, que em alguns casos demonstrou ser muito pouco confiável no passado. Tenho uma grande experiência com homens desse tipo, se não estiverem para me foder, estão me fodendo ou tentando me bater ou como a última vez, me assassinar. Nunca tinha se apaixonado por nenhum loucamente, mas a dor da traição ainda lhe doía. Era muito pedir que o homem do qual gostasse a quisesse como era, franca, direta, com curvas e todo o resto? Talvez devesse permitir que a vendesse como escrava sexual, assim seria valiosa para alguém,

mesmo

sendo

um

alienígena.

Se

permitir

se


converter em uma pessoa que dá e recebe prazer, além disso, era boa na coisa. Poderia se transformar em uma cortesã de primeira classe e ter um amo que a enchesse de presentes, era uma fantasia interessante que incluía alguém mais. Sozinha e com necessidade de fazer algo para se entreter, levantou-se da cadeira e foi até o centro de controle, ou ao menos supunha que fosse, dada a escassa decoração. Diferentemente dos filmes Star Trek, não havia muitas luzes nem, botões, apenas um espaço na parede com uns desenhos, uma cadeira e uma grande janela com uma tela que não mostrava nada, nem sequer seu próprio reflexo. Que aborrecido! Apoiou-se na tela e tentou olhar através dela, se perguntando se talvez a vissem do lado de fora. — Console de comando bloqueado. Por favor, fale para confirmar a identidade. Megan retrocedeu ao ouvir a voz feminina que saiu do nada. Quando não aconteceu nada e não apareceu ninguém, tocou levemente a tela com um dedo. — Console de comando bloqueado. Por favor, fale para confirmar a identidade. Isto parecia ser obra dele. Uma voz que ativava o computador. Genial.


— Um, olá, sou Megan. — A entrada de voz não é válida. — Claro, com que voz vai funcionar se não? Megan falou em voz alta, mas a equipe não respondeu. Seu sequestrador provavelmente colocou sua voz para que fosse valida somente para ele. Frustrada e aborrecida andou pela sala, tocando vários painéis onde encontrou símbolos, alguns dos quais fez surgir essa mesma mensagem, com alguns outros não fez nada. Também tentou encontrar a maneira de abrir a porta do elevador, mas terminou chutando a parede e machucando os dedos do pé. Irritada, se jogou contra a parede com um grito de frustração, golpeando-a com os punhos, quando de repente se abriu, e ela caiu contra o alien estabilizando-se com as mãos. — Terminou de maltratar minha nave? — Disse o alien, com seu tom de voz baixo e sexy. Um calafrio percorreu suas costas e não tinha nada a ver com o medo. Suas mãos, apoiadas sobre o peito, registraram um ruído constante, como um batimento de coração, mas estava no lado oposto ao dele e mais abaixo, e isso o fazia parecer mais humano. Tomou consciência de seu corpo e o desejo que sentiu em suas partes baixa a surpreendeu.


Atraída por um negociante de escravos de cor púrpura com dentes pontudos? Estou completamente louca! Ao perceber que

ele

esperava

que

falasse,

saiu

com

o

primeiro

pensamento que veio à mente, que não fosse para pedir que ele tirasse a camisa. — Estou aborrecida e tenho fome — Queixou-se. Lhe lançou um olhar rebelde enquanto cruzava os braços sobre o peito, sobretudo para ocultar seus mamilos eretos que pareciam decididos a chamar sua atenção. — Não percebi que os de sua raça são propensos a ter um ataque de manha e birra como se fosse uma criança, só para chamar a atenção. — Talvez se não tivesse me deixado presa sem nada para fazer, não teria que recorrer a táticas infantis para conseguir um pouco de atenção. Ela poderia ter jurado que viu um brilho de humor que iluminou momentaneamente seus olhos. — Oh! Agora tem toda minha atenção, mas não será minha culpa, se você terminar sendo o prato principal. Mostrou os dentes e ela revirou os olhos. — Chega já de tentar me intimidar, você não me matou, a menos que o plano seja me matar de fome, preciso comer.


— Tenho melhores maneiras de te castigar. Seus olhos percorreram seu corpo sensualmente. Ela fingiu não entender sua insinuação sexual. — Poderia me bater depois que me der de comer? — Venha comigo, e te darei de comer, talvez melhore sua má disposição. Ele sorriu enquanto entrava novamente no elevador, quando ela entrou e ficou de frente para ele, lhe lançou um olhar assassino por seu comentário. Inclinou-se sobre ela que conteve o fôlego esperando a vingança, só para perceber que simplesmente queria apertar um botão. Ocorreu-lhe enquanto a porta se fechava atrás dela que não sabia se seu pirata espacial tinha um nome. — Meu nome é Megan, ou você não chama pelo seu nome a mercadoria que vai vender? Ela poderia ter jurado que seus lábios tremeram com uma risada, mas seu aspecto continuava sério. — Eu sou Tren, e coloco nome a todas as coisas que vendo. Novo carro da liberação. Retiro relaxante. Noite na Vulva vermelha. Já sabe, esse tipo de coisas. — Touché. Mas tenho uma pergunta, se meu povo é tão bárbaro, como é que você fala nosso idioma?


É

o

tradutor

que

o

faz,

os

dispositivos

são

programados com todos os idiomas conhecidos. Embora, acredito que esta versão de seu idioma está um pouco defasada algumas de suas expressões não são traduzidas. Megan moveu a cabeça compreendendo. — Aposto que são referências da cultura pop. — E este Han Solo que ouvi você mencionar antes, é uma cultura pop? Seus olhos azuis se cravaram nos seus enquanto o elevador

parava,

e

ela

quase

teve

uma

combustão

espontânea sob seu intenso olhar. — Ele é um personagem do filme Guerra nas Estrelas. Ao ver que ele revirava os olhos, começou a rir. — Duvido que possa te explicar isto sem ver o filme, foi feito pela primeira vez com o Harrison Ford, ele foi Han Solo na trilogia. As sobrancelhas de seu sequestrador se juntaram. — Eu não sou um ator. Ela revirou os olhos. — Bom, só falei que a primeira vista você lembra ele


nesse papel, mas não se preocupe, agora que o vi sem a dor e o cansaço que sentia, mudei de opinião, você parece mais o Johnny Depp em Piratas do Caribe, mas tem os dentes mais brancos, e pontudos também. Seus lábios se apertaram com aborrecimento. — Nada do que acaba de dizer tem muito sentido. Eu sou eu, e embora exista quem tente me imitar, sou único. Saiu do elevador para um longo corredor, com as costas rígidas. Megan começou a rir, parecia que Tren, seu pirata púrpura, se ofendeu. — Nunca disse que não era único. Virou-se com um olhar escuro, ela sorriu, e com um movimento de cabeça, deu a volta. — Esqueça, aonde vamos? — Para o meu quarto. Megan parou de andar. — Desculpe. Quando te disse que tinha fome, me referia a comida, não a sexo. Ele a olhou por cima do ombro e definitivamente desta vez não pode se enganar com o significado de seu leve


sorriso. Seu rosto se transformou e fez com que seu coração batesse desenfreado. — Quem falou em sexo? Lá é onde está o simulador de alimentos. Embora, se mantiver a oferta de pé, não sou contra provar a mercadoria depois do jantar. Megan ficou com a boca aberta de surpresa. — Sim, no inferno. — Suponho que quer dizer que não, mas não me culpe por querer aceitar sua oferta, você é a única que continua fazendo referência ao tema sexual, eu só estava tentando satisfazer suas necessidades, que parecem insaciáveis. Ele olhou seu corpo de cima abaixo com um olhar lento que acendeu um fogo entre suas pernas, apertou as coxas muito juntas. — Preciso de outro amante como necessito de um buraco em minha cabeça. Não, obrigada. E eu não sou nenhuma ninfomaníaca. — Se está falando — Disse arrastando as palavras, enquanto entrava em uma grande suíte, onde havia uma cama enorme. Megan ignorou a cama por medo de que qualquer comentário o levasse a acreditar que queria ter sexo com ele.


Ela tinha um apetite sexual saudável, andou pelo quarto olhando com curiosidade a mesa rodeada de cadeiras, que pareciam de borracha. Uma estante embutida na parede tinha uns objetos estranhos, figuras de umas criaturas que nunca imaginou. Havia uma espécie de fada e um dragão em um arco íris, uma mulher voluptuosa com cinco peitos, saudava com quatro braços. — Estas criaturas são reais? — Perguntou passando um dedo pelas figuras. — Lembrança de algumas de minhas conquistas mais significativas — Gabou-se. Ela retirou a mão e se virou com os olhos muito abertos. — Fez com todas elas? Ele franziu o cenho. — Se pergunta se tive sexo, então sim. Mas isso é só uma fração muito pequena das mulheres com que estive, e essas, como disse, são as mais memoráveis. — E eu tive que ficar presa em uma nave com um mulherengo — Soprou com desgosto. Embora, não pudesse negar certa curiosidade. Sobre o quanto exatamente bem informado ele estava sobre o corpo feminino.


— Não me pagam para agradar a ninguém. Entretanto, se a necessidade for grande e não estou de humor para conquistar, eu pago a uma mulher por seu tempo. — Vou ao espaço e conheço meu primeiro alien, só para descobrir que os homens de todo o universo são uns porcos. Tren franziu o cenho. — Eu não gosto nem do seu tom, nem do que significa. Meu método é o mais seguido no universo. Como sua gente soluciona suas necessidades sexuais? — Evoluímos, sabe, sair para jantar, talvez ver um filme e então, se nos gostarmos, vamos para a cama. Tren riu. — Então em lugar de compartilhar os créditos, é por uma comida ou uma noite de entretenimento. Não vejo nenhuma diferença além de que suas mulheres podem ser compradas baratas. E pelo menos minhas conquistas não tentam me matar depois de ter relações. Sua

referência

ao

seu

noivo

e

sua

tentativa

assassinato irritou Megan que o olhou zangada. — Estou começando a sentir aversão por sua pessoa. — Bom. Odeio as mulheres pegajosas.

de


Com essa resposta, virou-se de costas e manipulou algo na parede por cima da mesa. Um momento depois, um aroma estranho lhe fez cócegas no nariz. Curiosa, se aproximou e viu dois pratos, fumegantes sobre a mesa. — O que é isso? — Comida. Ela sentou-se na cadeira de borracha que se adaptou a seu traseiro, e relaxou o suficiente para examinar a coisa púrpura e verde que havia no prato. — Que tipo de comida é? — Do tipo que não te mata, pode comer isso. Com uma espécie de garfo de prata, se dispôs a comer a comida. Com medo de se intoxicar, colocou um pouco na boca e para sua surpresa, estava bom. O que fosse que havia no prato, era muito bom, comeu com vontade e quando matou a fome, a curiosidade a levou a interrogá-lo. —

Obviamente

você

não

é

humano.

O

que

é

exatamente? Engoliu antes de responder. — Sou Kulin, uma raça de guerreiro muito poderoso e muito superior a sua.


— Bom, e definitivamente mais vaidoso, te concedo isso, quanto

a

serem

superiores,

diria

que

isso

não

está

demonstrado. Ela ignorou o olhar assassino que lhe dirigiu, e continuou procurando respostas. — Então, há um montão de aliens diferentes na galáxia? Quero dizer, que além de sua cor de pele e os dentes, parece humano, isso é normal por aqui? — No universo há muitas formas diferentes de vida. Os bípedes são os mais comuns, teria que ser muito ignorante para dar como certeza que a maioria das criaturas é como você. Especialmente pelo posto que ocupam na escala evolutiva em comparação com as civilizações mais avançadas e geneticamente melhoradas. Wow, realmente era um idiota presunçoso. Mas uma parte do que lhe disse chamou a atenção. — Espera um segundo, disse melhorado geneticamente? O que significa isso? — Alguns escolhem ampliar as capacidades com as que nascem, é quase um procedimento normal, junto com a manipulação de embriões para garantir não só a perfeição física, mas também a astúcia mental.


Genial, não só era um maldito pirata espacial, era um mutante. Uma vez mais, ela fingiu não perceber que o incomodava tanta pergunta, queria lhe perguntar um monte de coisas mais, como se tinha superpoderes, mas não estava segura do limite de sua paciência. A prudência lhe dizia que deixasse o tema da genética para mais adiante e fazer a pergunta mais importante agora. — Então, aonde vamos exatamente? — A qualquer lugar onde possa te leiloar. Ela franziu o cenho. — E onde seria isso? — No primeiro planeta que encontrarmos que ofereça este serviço. Estava tão irritada com ele e com seu plano que lhe atirou uma parte de comida no rosto, mas ele abriu a boca e a apanhou. Surpresa, atirou outra parte e ele o agarrou de novo. Entretanto, Megan não teve a mesma sorte quando atirou uma parte nela, limpou sua bochecha o olhando com irritação, ele apenas sorriu e continuou comendo. Tinha lhe tirado a fome ele tê-la vencido em seu próprio jogo, empurrou o prato e olhou a seu redor, mas não encontrou o que queria.


— Tem algo para beber? Sem deixar de comer, pressionou a parede e um momento depois, um compartimento se abriu com dois copos. Ela agarrou um e olhou o conteúdo de cor rubi. — Por favor, me diga que isto é vinho. — Se refere-se a que seja uma bebida alcoólica, então sim. Justo o que precisava. Megan tomou um gole e se perguntou se era o que entendia por álcool, dada a suavidade do líquido que deslizou por sua garganta. Sedenta, bebeu com ânsia e percebeu que a estava olhando. — Deveria ir mais devagar, o Kijar que está bebendo pode ter um resultado muito forte para os que não estão acostumados. Jogou-lhe uma framboesa. — Ora! Posso beber como um peixe! — Disse arrastando levemente as palavras e riu. — Peixe há,há,há,há,há! Já que me pegou em sua rede espacial, sou como uma espécie de sereia, ha, ha, ha, ha! Riu por sua própria brincadeira, o olhou e viu seu olhar de assombro, o qual causou um novo ataque de risada, e caiu da cadeira rindo. Ela ficou de pé, cambaleou e deu outro gole


desse vinho tão delicioso. — Acredito que já teve suficiente. Ela colocou o copo para baixo. — Não? — Negou com o dedo. — É um desmanchaprazeres — E riu diante seu olhar severo. Foi agarrar o vinho, mas ele colocou o copo fora de seu alcance. Ela se equilibrou sobre ele tentando lhe tirar o copo, mas acabou perdendo e perdeu o equilíbrio, não foi um grande problema já que aterrissou em seu colo. Seus braços a estabilizaram e pareceu que o ouviu suspirar. Ela colocou os braços ao redor de seu pescoço. — Cheira bem — Disse quando se aproximou de seu pescoço — Você está bêbada. —Não estou — Contradisse. Ela se retorceu em seu colo e ele gemeu, aproveitando sua distração, Megan lhe tirou o copo e bebeu o conteúdo. Todo seu corpo ardia de calor e se voltou novamente para lhe sorrir. — Não está mal para ser um alien de cor púrpura.


Entrelaçou

os

dedos

nos

cabelos

da

nuca

e

se

surpreendeu por sua suavidade. Ele inclinou a cabeça para liberar a mecha de seu cabelo. — Eu acredito que deveria dormir até que passe os efeitos da bebida. — Oh, hora de dormir. Ela levantou-se de seu colo, e cambaleou perdendo o equilíbrio. Foi para a cama e se deixou cair nela, rindo rolou sobre suas costas e lhe disse: — Vem? Tren não sabia se estrangulava a terráquea, ou se unia a ela na cama. Era insolente, aberta, valente e fascinante. Ele nunca conheceu uma mulher como ela, e ainda não podia decidir se gostava ou queria matá-la. Neste momento, seu corpo sabia o que queria, ela nua com suas pernas bem abertas para que pudesse entrar, investigou o suficiente para saber se seus órgãos sexuais eram compatíveis, e teve a tentação de comprovar até onde chegava a compatibilidade. Ela continuava deitada com um sorriso em sua cama e lhe fazia um sinal com o dedo... Embora fosse muito descarada, não podia negar seu encanto. — Está bêbada — Mas isso não fez nada para evitar que seu pênis inchasse. — E quente — Acompanhou a declaração com um


apalpar de seus seios, apertando sua forma gordinha. Uma parte de si insistiu em mostrar um pouco de controle, mas com toda honestidade, estava desfrutando muito. Ele tentou convencê-la novamente. — Vai me amaldiçoar quando estiver sóbria. — Vou amaldiçoar mais se não vier — Bateu na cama a seu lado. Um homem não tinha tanta resistência, Tren encolheu os ombros, levantou-se da mesa, se aproximou da cama, inclinou sobre ela e lhe lambeu os lábios. — Tire a camisa — Ordenou ela. — Morro para ver o que tem escondido debaixo. Tren tirou a camisa e quase também a calça, se deixando levar por seu olhar. — Por Deus — Sussurrou. — Inclusive tem um abdômen assim. Seu peito inchou de orgulho com o assombro em sua voz. — Suponho que você gosta do que vê, está satisfeita? Ficou de joelhos e passou a mão por seu peito, deixando


um formigamento por onde tocava. Tren conteve o fôlego quando colocou ambas as mãos sobre ele, se inclinou e roçou sua pele com os lábios, deixando um rastro brilhante que foi direto a sua virilha. A diferença dos machos de sua espécie, ele não tinha mamilos uma característica inútil em um homem, segundo sua opinião. Ela viu seus piercings, uns aros de prata, um par a cada lado, penetrando seus peitorais, os puxou e sorriu. — São quentes. Inclinou-se e passou a língua pelo metal e Tren fechou os olhos diante da intensa sensação. Ela brincou com os aros e Tren se perguntou se sabia quão sensíveis eram a qualquer tipo de contato. Se sabia ou não, brincou com eles com maestria, alternou entre puxar e lamber sua zona erógena. A excitação

fazia

estragos

em

seu

corpo,

deixando-o

impaciente, uma sensação nova para ele. Ele colocou as mãos ao redor de sua cintura e a levantou até a altura dos olhos, ela abriu os lábios e ele esperou que falasse, como parecia ser seu costume, mas deu a seus lábios um melhor uso, pressionando sua boca contra a sua com um suave suspiro. A sensação foi elétrica. Tren a apertou com força, enquanto sua boca saqueou a dela com um beijo sensual que mesclou seus fôlegos entrecortados. Suas mãos deslizaram pelo cabelo agarrando-


o e aproximando mais seu rosto. A sensação de sua língua deslizando entre seus lábios o fez gemer, quando se percebeu se encontrou empurrado contra ela. Ele roçou sua língua com seus dentes pontudos e gemeu. Apertou mais a parte inferior de seu corpo contra ele, e deixou cair uma mão para agarrar a perna e colocá-la ao redor de sua cintura, ela passou a outra perna ao redor dele, seu sexo estava contra seu pênis palpitante. Ela suspirou, o som vibrou contra seus lábios enquanto movia seus quadris contra seu duro apêndice. Deslizou suas mãos sob as nádegas, ajudando-a a se mover contra ele, enquanto suas bocas continuavam dançando. O sabor dela o deixava selvagem, e sua apaixonada resposta quase destruiu seu controle. Sou um guerreiro, pensou. Tenho mais controle que um animal. Para recuperar parte de seus sentidos, tirou sua boca da dela, mas a cadela o torturou ainda mais quando inclinou a cabeça para trás, expondo sua garganta, um verdadeiro ato de confiança e de erotismo entre os de sua espécie. Incapaz de resistir, colocou os lábios em sua pele enquanto com os dentes afiados beliscava com suavidade. Lutou contra o impulso de morder mais forte, de marcá-la com dele. Entre seu povo, em tempos passados, tal ato seria como uma reivindicação, declarando a todos que lhe pertencia. Ele grunhiu diante do impulso primitivo sem saber por que, mas decidido a não seguir com esse jogo perigoso. Levou seus dentes longe da tentação que tão inconscientemente lhe


oferecia e colocou seus lábios nessa boca ansiosa. Ela se agarrou a seus ombros, seus movimentos eram frenéticos contra ele deixando-o louco de excitação. Ele empurrou seus quadris para ela, o calor de sua vagina queimava, inclusive através da roupa. Seus gemidos subiram de tom mais e mais rápido, a menor fricção alcançava seu ponto gélido. Com um grito final, seu corpo ficou tenso contra o dele, e seu sensível pênis sentiu o tremor de seus músculos vaginais. Ela teve seu primeiro orgasmo e Tren inchou o peito com orgulho. Levou-a ao clímax e sem nem sequer tirar a roupa. Sua erótica e sensível natureza a queria pronta para o seguinte orgasmo. — Esse foi forte — Sussurrou enquanto apoiava a cabeça em seu ombro. Ele teria respondido, mas o som de seu suave ronco o deixou boquiaberto de incredulidade. Dormiu? Não posso acreditar nisso! Separou-a de seu corpo e a colocou sobre a cama, ela se retorceu por um segundo, mas seus olhos permaneceram fechados e Tren passou uma mão pelo cabelo com incredulidade. Agora, o que deveria fazer com isto? Olhou seu pênis inchado com tristeza. Sua consciência não lhe permitia tomar uma mulher enquanto dormia, obviamente, desmaiou não


apenas pelo orgasmo, pelos excessos também. Entretanto, embora sua moral ditasse apenas foder com mulheres conscientes, não dizia nada sobre se masturbar a seu lado. Tirou as botas e a calça, seu pênis inchado saiu alegremente de seu cativeiro. Debateu-se entre fazê-lo ali deitado ao seu lado, ou ir para o banheiro para fazer em privado, mas por alguma razão em que não queria pensar, queria olhá-la enquanto acariciava a si mesmo. Abriu a mão, cuspiu nela, a saliva sempre foi seu lubrificante quando se masturbava, e agarrou seu eixo. Deslizou a mão para trás e para frente ao longo de sua longitude torcida, olhava-lhe os lábios vermelhos que faziam uma careta enquanto dormia, com as bochechas ainda ruborizadas pela paixão. Ele gemeu ao ver a forma como seus seios esticavam o tecido de sua camisa, e o mais atraente de tudo, o persistente aroma de sua excitação. O punho apertava seu pênis enquanto imaginava Megan de joelhos, seus seios fontes de alimento para seus meninos. Talvez usasse a língua para lamber a cabeça de seu pênis, essa imagem tão tentadora o levou ao limite. Com um grunhido, disparou sua carga cremosa em sua camisa. Saciado, mas não satisfeito, debateu-se sobre o que fazer, não tinha o hábito de perder seu tempo dormindo com as mulheres com que tinha relações sexuais. Preferia dormir sozinho.


Entretanto, sua nave não estava exatamente equipada para ter hóspedes, e ele não queria deixá-la sozinha. Eram desculpas plausíveis, embora uma parte dele soubesse que queria ficar com ela, e não entendia por que. Como adormeceu com a roupa pensou em lhe tirar a camisa suja que usava. Ele moveu seu corpo inerte até que conseguiu, como ela não despertou, tomou um momento para admirar seus seios. Seus mamilos eram rosados e muito saborosos, lhe davam água na boca. Talvez a próxima vez começasse primeiro por seus seios e logo depois ir para o restante, não queria questionar a naturalidade com que assumia um segundo encontro. A ponto de deitar-se na cama, parou, parecia estranha vestindo apenas a calça, e, além disso, estava úmida com os rastros de seu clímax, deixando-a, sorriu ao imaginar sua reação quando acordasse. Se tivesse sorte saltaria sobre ele e faria uma demonstração de seus seios balançando. Com um sorriso nos lábios, deitou-se na cama a seu lado, totalmente nu, e jogou a coberta sobre seus corpos. — Sem luz. Com o quarto às escuras, ficou sobre suas costas, muito consciente de quem dormia tão profundamente a seu lado. Virou de um lado, e logo do outro, ficou de costas e suspirou. O sono lhe escapava e não teve que ir muito longe para encontrar a causa. O que havia nesta mulher bárbara que o


atraía tanto? Ele permitiu sua ousadia, coisa pela qual matou outros no passado. Poderia nomear tantas coisas dela que não gostava, e, entretanto, não podia matá-la. Não podia nem sequer colocá-la para fora da cama. Emitia alguma espécie de hormônio que fazia com que perdoasse tudo? Era impossível dado o quão bem sua unidade médica a tinha examinado.

E,

entretanto,

estava,

em

silêncio

no

momento, mas que, sem dúvida, só duraria até acordar. E ele só podia imaginar a conversa que o esperava, um sorriso se desenhou em seu rosto enquanto olhava com interesse seu corpo. O sussurro do tecido lhe deu só um momento antes que seu exuberante corpo nu ficasse de barriga para cima. Conteve a respiração enquanto se aconchegava a seu lado, com o braço sobre seu peito, e uma perna sobre a dele. Sua respiração quente lhe fez cócegas na pele do peito, e por um momento, pensou em jogá-la da cama. Já tinha jogado a mais de uma fêmea da cama quando tentou abraçá-lo. Entretanto,

de

algum

modo

estranho,

em

lugar

disso

envolveu-a com seus braços para aproximá-la mais e antes de perceber, dormiu também.


Megan despertou com a cabeça palpitante e a língua grossa. O que aconteceu? Bom, além de quase morrer afogada e ser sequestrada por um bonito pirata alienígena, recordava fragmentos do que aconteceu com algum detalhe. A última coisa que lembrava era o jantar em questão, e que o vinho tinha um delicioso sabor. Então.... Oh Deus, ela gemeu em voz alta e sentiu algo sob sua bochecha, algo sólido e coberto de pele. Seus olhos se abriram de repente e afogou um segundo gemido quando se descobriu abraçada a um corpo arroxeado muito grande. Embora mortificada pela vergonha, não pode deixar de notar como se sentia bem estando assim. Lembranças da noite anterior passaram por sua mente, sobretudo quando o montou

como

uma

vaqueira

com

muita

roupa.

Suas

bochechas ficaram vermelhas de vergonha e sua vagina umedecida com interesse. Oh, merda, me joguei sobre ele como uma cadela e adorei, mesmo agora podia recordar a paixão ardente, a poderosa sensação de seu clímax, gozou apenas se esfregando contra ele. Ela se mexeu e percebeu outra coisa evidente, estava nua. Estou nua, e, entretanto não me lembro de ter tirado a roupa. A única conclusão que tirava de seu estado de nudez


era que fez algo e não recordava nada. Não sabia o que a chateava mais: o que pode fazer estando bêbada ou o fato de que não tinha uma só lembrança de sua primeira e única vez com um alien, maldição. Sua mente sarcástica perguntava se podia lhe pedir uma repetição. Não! Está louca, não haverá nenhuma repetição, nem nada desse estilo. O pirata tinha intenção de vendê-la, e ela tinha um pouco de respeito por si mesma, agora que estava sóbria de qualquer forma. O peito sob sua bochecha se moveu, e ela terminou sobre suas costas com um alien vasculhando na união de suas coxas. Seus braços musculosos a mantiveram presa a ele, seu pênis pressionava contra o vértice de suas coxas. Um formigamento quente se estendeu por seu corpo fazendo-o vibrar, despertando o desejo e esteve a ponto de abrir as pernas para ver se a versão dele de uma boa manhã era igual a sua. Entretanto, a falta de café e de comida a fez enjoar, se abraçou mais forte e fechou os olhos. Tren durante a batalha interna com sua libido, a olhou com a cara séria em desacordo com o cabelo alvoroçado. — Está acordado — Disse o que era óbvio. — Não estou de brincadeira. Ela não se atreveu a se mover por medo que ele percebesse que estava se excitando e lhe dar mais ideias do que precisava. Certo, o calor que irradiava seu corpo,


suspenso sobre o dela, fez com que seus mamilos ficassem duros como pedras e sua vagina umedecesse ainda mais. — Está zangado e não sei por que, já que se aproveitou de mim — Acusou. Suas sobrancelhas se elevaram e seu lábio se curvou em uma careta de desprezo. — Em seus sonhos, terráquea, simplesmente fiz o que me pediu, quase me rogou para que a possuísse. A lembrança deste fato a sacudiu. — Eu estava bêbada e você aproveitou para me foder. Soprou

enquanto

se

separava

dela

e

seu

corpo

imediatamente lamentou a perda de seu calor. — Se está insinuando que tive sexo com você, então volta a se equivocar. Eu não faço sexo com fêmeas que estão inconscientes e não sabem o que fazem. Então, como explica minha nudez? Embora se lembrasse de beijá-lo, também lembrava que estava vestida. — A despi para que ficasse mais confortável. Da próxima vez me limitarei a atirar seu cadáver bêbado no chão e deixarei a cama para mim.


Não gostava da forma como ele estava agindo, mas se negou a admitir que ela poderia tê-lo provocado com suas acusações. — É um idiota que obviamente não gostou o suficiente do que viu para tomar vantagem — Não entendia por que isso a incomodava, pois deveria estar contente de que estivesse relativamente intacta. — Tranquila. Olharam-se um ao outro por cima da cama, quando reparou no fato de que tinha um alien muito grande totalmente nu olhando-a com desejo. E, oh, meu Deus, maldição! Parecia mais quente do que vagamente recordava. Os músculos eram bem delineados na parte superior de seu corpo, segurou o fôlego quando viu os aros que perfuravam sua pele e então percebeu a falta de mamilos. Ele desfrutou bastante da forma quando puxou e chupou seus piercings, sua boceta umedeceu mais ainda com a lembrança. Não podia tirar os olhos do duro abdominal que ia para baixo dos quadris. Sem modéstia, ficou de pé com orgulho, sem ter nenhuma intenção de se cobrir, ela deixou que seu olhar vagasse ainda mais abaixo até a virilha sem pelos. De entre suas

coxas

muito

musculosas,

seu

enorme

pênis

se

sobressaía, de uma cor malva escura, sua grossa cabeça era rosada. Então foi quando percebeu algo horripilante.


— Oh, meu Deus, lhe castraram! — O que? — Gritou ele, ficando com as mãos nos quadris, o que atraiu ainda mais atenção à zona da virilha. — Neutralizado, esterilizado ou como diabos se chame quando lhe cortam as bolas. Meu deus, não me diga que é assim como vocês fazem o controle de natalidade? Megan não podia, não pode evitar que o horror se refletisse em sua voz. E ele tinha chamado os seres humanos bárbaros. Seus olhos se abriam cada vez mais, ficou mudo. Quando por fim conseguiu articular algo, era um cruzamento entre um bufo e risadas. — Está completamente louca. Do que está falando? — Suas bolas já sabe, essas coisas redondinhas que ficam penduradas embaixo do pênis. O que lhes aconteceu? Extirparam isso junto com os mamilos? Ele cobriu o rosto com as mãos, e seus ombros se sacudiam enquanto murmurava em voz baixa. Megan se inclinou para frente, sem ligar para sua própria nudez, aproximando-se para o caso dele necessitar de um ombro para chorar. — Não, não, não chore, eu sinto muito, quanto terrível terá sido para você que o tenham mutilado. Doeu? Pode


seguir funcionando, como, já sabe, um homem com o daí embaixo? A julgar por seu pênis em rápida diminuição, não teve que perguntar por sua capacidade para fazê-lo, talvez fosse sua incapacidade para ejacular, foi por isso que não abusou dela quando teve a oportunidade perfeita. O ruído provinha de trás de suas mãos e soava suspeitosamente como uma risada. Ela franziu o cenho. — Terráquea — Conseguiu balbuciar com voz afogada. — Deveria ter escolhido uma carreira nas artes cômicas. Quando tirou suas mãos viu que tinha o rosto contraído pelo esforço de segurar a risada. — Essas bolas, como você chama, estão dentro de meu corpo, como em todos os de minha raça. Só uma raça menos evoluída manteria sua semente por fora onde é mais vulnerável aos danos. Quanto aos mamilos: as mulheres têm mamilos, os homens não. Para que ter? Nós não somos os que alimentam aos bebês, não há nada estranho em mim. Você, entretanto, não pode falar de deformidade só com dois peitos e esse buraco no estômago. Megan o olhou boquiaberta. — Deformidade... — Ela agarrou seus peitos e os levantou. — Isto é uma deformidade para você? Acredito que


meus seios são de uma beleza perfeita, obrigada. E quanto a meu umbigo, todos os seres humanos o têm, sendo assim, eu sou normal. — Isso é o que você diz — Replicou. Apesar de sua afirmação de que estava longe de ser perfeita, não podia negar o fato de que seu pênis tinha outras ideias a respeito. Olharam um ao outro, suas partes íntimas admiráveis, seu pênis se levantava orgulhoso chamando a atenção dela e sua vagina se umedecia de desejo. Poderiam ter ficado assim por um tempo ilimitado se a equipe da nave não tivesse interrompido. — Aproximando-se da estação Lokihaj, recomenda-se acoplamento para carregar combustível e reparar o mau funcionamento do propulsor. Tren grunhiu e deu a volta para sair, Megan conteve o fôlego diante da vista de suas costas tonificada e esse traseiro que era a perfeição que fazia com que suas mãos coçassem para acariciá-lo e beliscá-lo. Talvez devesse ter levado a situação esta manhã de maneira diferente. Em outras palavras, ter mordido a língua, e permitir que seu pênis entrasse nela e logo analisasse suas proezas, com bolas ou não. O orgulho não a deixou chamá-lo para pedir desculpas, e ele parecia empenhado em ignorá-la, que amável de sua parte. Se gostou do que aconteceu na noite


anterior e o que viu, não deveria estar tentando fazê-lo novamente? Seu pênis parecia mais que disposto a lhe dar uma oportunidade. O pirata tocou na parede e um compartimento se abriu, tirou camisa e calça limpa, jogou para ela sem nem sequer olhá-la. Tocou outra vez na parede e uma nova porta se abriu e saiu do quarto. Megan colocou a roupa, precisava de um banheiro seguido de uma ducha e um pente, se arrumar um pouco. Ela entendeu a mensagem o suficiente para saber que chegariam a algum tipo de civilização. Não sabia bem como, mas isto a ajudou, se decidiu a ter voz e voto em seu destino, entrou

no quarto do lado onde

Tren estava.

Encontrou-se em um paraíso branco que supôs fosse um banheiro, porque tinha uma espécie de cabine de ducha e um armário com muitas roupas. O que realmente queria saber, assim como sua bexiga, era onde estava o banheiro. Em troca, lhe perguntou: — Onde vamos? De pé em um cubículo de vidro, sua figura pareceu imprecisa quando se virou para olhá-la. — Nós não vamos a nenhuma parte, você permanecerá na nave, enquanto eu termino uns assuntos — Respondeu, com voz embargada. Ela se sentiu ofendida por seu modo frio de mandar, mas a curiosidade a levou a perguntar: — O que está


fazendo? — Limpando-me, é obvio. Megan olhou de lado a lado enquanto observava as luzes acesas que iam de cima abaixo por seu corpo. — Como funciona? Não se vejo nada de água. Soprou. — Nós estamos no espaço, não em um hotel. A bordo da nave, utiliza-se o laser para limpar nossos corpos e nos desfazer dos resíduos. Enrugou o nariz. Não soava muito divertido. — Dói? — Você me dirá. Antes que pudesse gritar, ele abriu a porta da cabine e a colocou dentro. Na estreiteza da ducha sem água, ela não pode deixar de notar seu corpo grande, nu e muito viril. Manteve os olhos fixos no cavanhaque que cobria seu queixo. — Uumm é suave, mas no caso de que não tenha notado, estou totalmente vestida idiota. — Não por muito tempo — Anunciou com um sorriso.


— O que? — Chiou quando algo lhe fez cócegas no braço. Olhou e viu que a roupa que usava se desintegrou. Em pânico, tentou escapar. Uns braços musculosos ficaram ao seu redor e deteve sua fuga. — Acalme-se, terráquea. Os lazeres não farão mal a sua pele ou a seu cabelo. Só as substâncias estranhas e os resíduos evaporam. Suas palavras de consolo não a impediram de continuar pressionada contra ele, pele com pele. Também a fez ter consciência de que ambos estavam nus, e que ele parecia muito contente de vê-la, a julgar a forma que pressionava seu traseiro, um pênis muito grosso e duro. Para se distrair, ela falou: — Pare de me chamar de terráquea. Meu nome é Megan. — Pede que a chame por seu nome, quando você me chama de tudo, menos pelo meu. Megan mordeu os lábios ao recordar os numerosos nomes que usou. — Parece certo, Tren. — Obrigado, Megan — Inclinou-se para sussurrar seu nome no ouvido e ela estremeceu. Agora se vire.


— Q... Q... Que? — Assim os lazeres podem limpar melhor suas nádegas, economizaria muito trabalho se não se agarrar tanto a mim. Ou é sua maneira de dizer que quer copular comigo? — Eu acredito que você não gosta — Queixou enquanto girava. Ela levantou os olhos para não ver seu pênis, que estava cravado em seu ventre. Também resistiu ao impulso de cair de joelhos e provar esse pênis púrpuro. — Bom seu novo dono poderia se ofender, se fosse penetrada, por isso não vou incentivá-la a se apaixonar por mim. Ela não pensou, lhe atingiu no estômago e depois gritou pelo dano que fez, levou o punho latejante a boca, esqueceu que tinha o corpo duro como uma rocha. O idiota riu. Nem sequer piscou, levantou o joelho, e conectou com seu pênis e desfrutou muito por um momento, até que percebeu o que fez. Tentou sair e ela não ficou para ver se ele concordava. Saiu com toda a dignidade que pode estando nua, agarrou uma roupa da bancada branca e se dirigiu de volta para o quarto se vestindo pela segunda vez essa manhã. Ao menos não se sentia tão suja e a bexiga já não lhe doía. Uma ducha e banheiro tudo em um, e teve que admitir a contra gosto, que se sentia fresca e bem. Tocou seu cabelo por curiosidade


e descobriu que não estava áspero. Interessante. Perguntouse o que mais a ducha podia fazer. Depois de se vestir, se inclinou sobre a mesa e olhou a parede pela qual saiu a comida na noite anterior. Havia desenhos em sua superfície e suspirou ao perceber que não tinha ideia do que fazer. — O que está fazendo? Sua voz grave soou atrás dela e saltou, mas virou para encará-lo, provavelmente estava zangado pelo joelhada que lhe deu na ducha. Vai me açoitar? Atirar-me na cama e me violar? Prender-me no calabouço? Ele não fez nada disso. Conteve a respiração não queria que se zangasse e perdesse o controle, ou sim? — Estou procurando o café, ou pelo menos, algo quente e com cafeína — Seu corpo se pegou ao dela quando se aproximou mais, seu coração pulsava desenfreado. — O que está fazendo? — Dando-lhe o que está pedindo. Oh Deus, o que ele acredita que quero? A julgar pelo grosso pênis pressionando contra seu traseiro, parecia que pensava que necessitava de uma boa transa e possivelmente poderia estar certo. Sua mão se aproximou dela e... Tocou a parede. Em um momento as luzes do painel de controle acenderam. O oco na parede se abriu e ela olhou a taça fumegante com dúvida, e um pouco de decepção, que


aumentou quando ele se afastou. Suspirando, agarrou a taça e olhou o conteúdo turvo. Se atreveria a beber? — Está zangado comigo? — Perguntou. — Não. —

Tem

certeza?

Porque

eu

não

gostaria

de

ser

envenenada, tem que estar zangado, eu o machuquei. Ele riu e o som fez com que um calafrio percorresse suas costas. — Tem muito boa opinião de si mesma se acredita que esse golpe tão frouxo me fez algum mal, me surpreendeu, sim, mas ser muito mais forte para me machucar. — Isso é um desafio? — Ela riu quando ele grunhiu. — Sério, esta bebida vai me prejudicar como o vinho? — Não, agora beba e se comporte enquanto termino um negócio. Ela tomou um gole do líquido quente e engoliu feliz. Noz com um toque amargo, um sabor que lembrava o café. Também reforçou sua determinação. — Não vai me deixar aqui. Ela se virou para ele enquanto falava, e o surpreendeu


vestido só com uma calça, a camisa ainda em suas mãos. Estreitou os olhos azuis, sua expressão muito suave para que ela confiasse. O que estava planejando? Estava pensando em como podia vendê-la mais rapidamente? E por que quero cruzar o quarto e brincar com os aros de prata que lhe perfuravam o peito? — O lugar para o qual vou não é seguro para as mulheres. — Mas estarei com você. Além disso, o que acontece se não voltar? Eu ficaria presa aqui e provavelmente morreria de fome, não sei como funciona nenhum dos malditos botões. — Disse, colocando o copo sobre a mesa. Suspirou enquanto colocava a camisa e escondia seu magnífico peito. — Está abusando da minha paciência, Megan, não há nada nesta estação que seja tão perigoso para que me ocorra algo e não volte. — Isso é o que você diz — Respondeu ela teimosa, cruzando os braços. — Sim, eu digo. Além disso, como pretende vir comigo quando não tem nada que colocar nos pés? Megan olhou os pés descalços e mordeu o lábio, não


pensou no calçado. — Você é um pirata. Não se supõe que tem que tem um bota de cano longo a bordo? Com certeza pode encontrar sapatos que eu possa usar — Estava rangendo os dentes? — Eu não sou um pirata, sou um especialista em aquisições. Megan riu entre dentes. — Está de brincadeira, não é? — Ela viu seu semblante austero, e riu mais forte. — Oh, meu Deus! É tão divertido. Odeio ter que lhe dizer isso meu pirata púrpura, mas em meu mundo, o saque de objetos e pessoas sem ter comprado primeiro é roubar, o que fazem os piratas. — Está me insultando novamente — Grunhiu com os olhos estreitos. — O que vai fazer? Vai me fazer caminhar pela prancha? Megan riu tão forte, que caiu da cadeira, e não o viu partir, mas escutou o comentário de despedida. — Voltarei para saquear mais tarde. O que deveria ter soado como uma ameaça, a fez sentir um formigamento no estomago, era totalmente inaceitável, mas já estava advertida. Ela não iria ceder sem lutar.


*****

Tren entrou na estação com um humor de cão. Ela o chamou de pirata, ele não era um ladrão. Um mercenário, sim, mas não roubava. Para que fosse considerasse como um roubo a alguém, era necessário que percebesse que o tinham tirado. E se alguém sentia falta de Megan? Disse a sua consciência que se calasse. Ele nunca teve a intenção de sequestra-la,

mas

se

não

a

tivesse

sequestrado

acidentalmente, teria se afogado. O que fazia dele um herói, não um pirata, o que diria a ela quando retornasse. Não podia esperar para escutar sua réplica. A tarefa de repor a nave se fez com rapidez, mas como faltava uma peça para a nave significava que teria que atrasar a reparação do motor propulsor, que por sua vez significava outra parada antes que pudesse se desfazer de Megan. Talvez devesse retirar os fones dos ouvidos para não escutá-la? Começou a rir ao imaginar sua reação, mas logo se conteve, não a achava divertida, absolutamente não. Com o cenho franzido, caminhou pela estação espacial quase deserta, mal notando os distintos habitantes que jaziam dispersos por ali. Um tecido de cor brilhante na barraca de um vendedor chamou sua atenção e foi para lá. Muitos


créditos passaram nas mãos do vendedor, mais tarde retornou à nave com um pacote sob o braço. Antes de se dirigir a seu quarto e começar uma nova luta, fez um desvio à sala de comando. Tinha que traçar a rota de sua próxima parada e responder as comunicações que recebeu enquanto visitava a galáxia Bárbara, também tinha que se assegurar que a nave proporcionava comida para sua cativa. Queria que ela estivesse bem alimentada, necessitaria muita energia para o que planejava fazer. Oh esperança. Fazer hipóteses em seu caso poderia ser errado, sendo que ela não reagia como qualquer outra mulher que tivesse conhecido. Era sem dúvida a coisa mais frustrante e também a mais fascinante. Seu trabalho na sala de comando levou mais tempo do que o esperado, mas quando acabou e pegou o caminho de seu quarto, a antecipação o percorreu e se negou a examinar sua ânsia por vê-la. Enquanto trabalhava, esteve a ponto de pedir a equipe que lhe pusesse uma imagem de seu quarto. Ele se absteve, se negava sucumbir a esse tipo de fraqueza tão lamentável. Mas quando entrou no quarto, amaldiçoou sua falta de perspicácia e amaldiçoou novamente quando algo duro lhe golpeou na cabeça. — Que demônios está fazendo? — Gritou. Megan a ponto de voltar a lhe bater com a bota


novamente, parou e franziu o cenho. — Estava tentando nocauteá-lo para poder escapar deste quarto. E teria conseguido, tem uma ferida que está sangrando na cabeça. A curiosidade o fez perguntar:.— E o que teria feito depois de me deixar inconsciente? Ela encolheu os ombros. — Não sei, suponho que iria a sala de comando da nave e pilotar. Tren tentou se manter sério, mas a risada se apoderou dele, e se fez mais forte quanto mais ela ia escurecendo seu olhar. — Não vejo a graça — Murmurou, cruzando os braços de uma maneira que fez subir seus seios deliciosos. Tren soprou. — Em primeiro lugar, precisa de muito mais força para me nocautear, que um simples golpe. Em segundo lugar, minha nave nunca a teria obedecido. — E três? —Perguntou. — Não há três, nunca teria chegado além dos dois


primeiros. — É bom saber, me assegurarei para a próxima vez. Disse tão séria que Tren riu novamente. Ela realmente tinha um coração guerreiro nesse corpo tão delicioso. Uma parte dele sabia que deveria castigá-la ou ao menos mostrar um pouco de ira por ela ter tentado lhe nocautear e escapar. Em seu lugar, achou engraçado. E, além disso, se ela tivesse conseguido escapar, ele a teria caçado, colocado no ombro e... Que lástima não aconteceu! Talvez na próxima vez lhe permitisse pensar que havia uma oportunidade para poder desfrutar da caça. Jogou o pacote que segurava, mas ela não conseguiu pegá-lo e a acertou no estômago. — Ouça — Gritou. — Por que fez isso? Tren revirou os olhos. — Pensei que você fosse pegar. — Ocorreu-lhe pensar que poderia me entregar? — Não, agora se cale e abra. — E se me nego a me calar? O pênis de Tren inchou e seus lábios se curvaram em um sorriso.


— Então tenho algo que posso colocar na sua boca para se calar, acho que assim resolve. Ela não retrocedeu nem se encolheu de medo, pelo contrário, sua respiração acelerou, as bochechas ruborizaram e seus mamilos endureceram sob a fina camisa. — Porco! — Respondeu ela, sem rastro de rancor pelo que a palavra soou mais como um termo carinhoso. — O que há no pacote? — Perguntou mudando de assunto. Olhou o pacote com desconfiança e o sacudiu. — Algo que você não merece depois de suas travessuras — Replicou. Mostrou a língua e a fez vibrar, quando fez um ruído estranho. Sacudiu a cabeça diante de suas travessuras. Por que não a matava de uma vez, não sabia. Então ela abriu o pacote e tirou seu conteúdo. O primeiro que encontrou foram os sapatos, eram mais um tipo de sandálias, e sorriu quando as colocou nos pés. — Que bom, meus pés já não congelam. Seu sorriso de prazer se desfez quando se virou para ele com incredulidade enquanto segurava o outro presente que lhe comprou. Ela puxou o vestido vermelho e Tren se apoiou contra a parede com os braços cruzados sobre o peito enquanto esperava sua reação e não se decepcionou.


— Está louco? Isto é tãããão, não-uso-esta-coisa — Ela cuspiu com asco e Tren sorriu. — Pediu a roupa e os sapatos, sou um homem amável e generoso, proporcionei enfeites que sei que aumentarão seu valor quando chegar o momento de vendê-la. O tecido vermelho voou pelo ar para golpeá-lo em um voo de seda. — Não vou sair vestida com isso — Disse com o peito agitado e os olhos faiscando. Isso o excitava totalmente. — Por que não? — Perguntou com inocência fingida, provocando-a de propósito. — O material é de seda fina, a cor favorece sua pele e mostrará seus encantos de uma maneira adequada. Admito que não foi fácil encontrar uma roupa que fosse para só um par de seios... — Isto é roupa de gatinha sexual. — O que? — Não entendeu sua expressão, embora, pudesse adivinhar o que significava. — É obsceno — Ela revirou os olhos, e com um bufo, continuou. — Com esta roupa vou parecer um anúncio ambulante para ter relações sexuais, a saia é curta e o decote é super indecente. — Exatamente, o traje é perfeito para o leilão que


planejei, a menos que prefira ir à venda nua? — Eu te odeio. — Sou um pirata, recorda? Não me importa o que sente. Ele já estava preparado quando ela foi até ele, com os punhos fechados para a briga. Segurou suas mãos e as colocou por cima da cabeça antes de aproximá-la de seu corpo. — Fêmea irracional, comprei a roupa e é assim como me paga. Era a isca perfeita, estava desfrutando da forma como suas bochechas ruborizavam e seus olhos brilharam de ira. Quando ela abriu a boca para gritar novamente, ele a levantou e a beijou. A paixão selvagem de seu abraço valia cada crédito que pagou pela roupa. E algo mais.


Megan não estava certa de como terminou beijando seu pirata. Tampouco pensou mais nisso depois do primeiro toque abrasador. Passou o dia aborrecida e irritada, e tudo por que a deixou sozinha, e pior ainda, quente. Cada vez que pensava nele, seu corpo se esticava e estremecia. Inclusive enquanto se preparava para lhe preparar uma emboscada, a umidade alagou sua vagina. Provavelmente uma parte dela sabia que seu plano não podia ter êxito? Provavelmente, mas o fez de qualquer modo, uma parte perversa de sua mente tinha a esperança de que a beijasse de novo e... Fingir desgosto pelo vestido resultou fácil, mas não por essa razão, pensou, lembrou-se que tinha a intenção de vendê-la, e isto esfriou todo o prazer que sentiu por que lhe comprou a roupa, ela estava destinada a mostrar seu corpo no leilão. Ela o beijou, e pressionou seu corpo voluptuoso contra a dureza de sua excitação que era evidente contra seu ventre, e que por sua vez avivou sua própria libido. Quando lhe soltou as mãos, ela as colocou ao redor do seu pescoço e deslizou os dedos por seu cabelo sedoso. Ele usou as mãos para agarrar suas nádegas e levá-la para a cama. Entretanto, em vez de jogá-la sobre a cama, sentou-a em seu colo. Manteve os lábios juntos dos seus, ela se retorcia contra sua ereção, que apertava contra seu traseiro, desfrutando de seu


gemido. Suas línguas se bateram em um duelo úmido, as bordas de seus dentes roçaram nela fazendo-a estremecer. — Coloque o vestido — Ordenou-lhe com voz rouca. Em meio à paixão, conseguiu murmurar: — Não. — Mulher teimosa. Uma grande mão agarrou a parte posterior da cabeça e a beijou novamente com força, enquanto com a outra mão deslizou até a camisa e percorreu a pele de suas costas. Ao ter seus dedos nos cabelos, desfrutou da suavidade deles e dos gemidos que fazia quando o puxou contra ela. Mas uma vez,

tirou

sua

boca

da

dela

e

a

olhou

com

olhos

entrecerrados. — Disse para vestir, obedeça minha ordem terráquea. Ela afundou em seu olhar brilhante, seu estomago vibrando pela paixão que podia ver em suas profundidades azuis. Seus lábios se curvaram em um sorriso zombeteiro. — Me obrigue. O desafio foi lançado, e ele não perdeu tempo; ela gritou quando se colocou em ação. Em questão de segundos, se encontrou de costas com uma de suas mãos em seu estômago, pressionando-a para baixo, enquanto que com a outra puxou sua calça. Por mais que estivesse gostando de


como ele a estava tratando, ficando mais e mais úmida, ela não cederia sem lutar, não quando a luta a excitava tanto. Além disso, se fingia que a tinha forçado, então sua consciência sobre se abster dos homens poderia permanecer livre. Ou ao menos pensou isso enquanto tentava

se

contorcer sob seu implacável agarre. O chamou de alguns nomes muito sonoros. Agarrada a ele não pode impedir que a despisse, literalmente arrancou a roupa dela e a vestiu com o vestido que era mais adequado para um bordel. Uma vez que ele a tinha vestido, soltou-a e ela saltou da cama, não muito longe, entretanto. Virando-se, enfrentou-o com as mãos nos quadris e o peito agitado. O muito bruto deitou-se na cama, com as mãos debaixo da cabeça e a olhou com os olhos apertados. Seus lábios se curvaram em um sorriso de satisfação. — Dê a volta devagar. — Foda-se — Respondeu ela, suas palavras e a postura desafiante poderia sugerir uma coisa, mas os batimentos do coração e a umidade entre suas coxas e seus mamilos duros diziam outra. —

Descarada,

terráquea,

pode

dançar

para

mim?

Incline-se para frente, mostre-me seu traseiro. Ela arqueou uma sobrancelha, arrogante, sua vagina estava molhada e seu canal tremia de excitação.


— Sério? Acho que vou passar. Oh espere! Sabe o que estou pensando? Porque não tira sua roupa e dança para mim! A expressão em seu rosto era inestimável. Seu tempo para desfrutar... Segundos, o que demorou a ele deixar a brincadeira e cravá-la no lugar, com um olhar intenso. Ficou na frente dela, e se livrou da camisa revelando seu peito bem delineado e os aros de prata, muito sexy. Engoliu com força, não de medo, e sim com pura luxúria. Ficou ali, esperando, com o corpo tenso pela espera, enquanto ele se aproximava. — Não é muito obediente — Disse, parando muito perto dela. Olhando-a, lambeu os lábios inchados. — Não, não sou. O que vai fazer a respeito? — Ensiná-la quem manda nesta nave. Inclinou-se para frente, e apoiou as mãos na parede, prendendo-a entre seus braços. Olhou-o fixamente, as boas intenções e a moral, ia contra seu desejo por este pirata, este homem que a fazia sentir cada polegada de corpo. Devolveulhe o olhar, com os olhos acesos que deveria parecer estranho, mas a fascinava. Esperava que lhe desse outro beijo abrasador, de fato ela não podia esperar mais para voltar a grudar no seu corpo. Em troca, virou-a contra a parede com seu corpo atrás. Agarrou suas mãos, as colocou por cima de sua cabeça, sustentando-a com uma só mão. Oh,


meu Deus, está me deixando louca e superquente. Mas só estavam brincando, ao menos isso é o que disse com o fim de tranquilizar sua consciência. Ela se retorceu, o que só serviu para esfregar seu traseiro contra sua evidente ereção e isso não era nada mal. Sua mão livre se curvou ao redor de sua cintura, dobrou-a pela

metade

levantando

seu

traseiro.

Megan

tinha

a

respiração acelerada de excitação, enquanto levantava a saia, deixando o traseiro descoberto. Foi se inclinando, até que ficou ao seu gosto, com o traseiro no alto e sua vagina toda rosada a vista. O vermelho tingiu suas bochechas quando ele não disse nem fez nada por um momento. Um súbito temor se apoderou dela; a acharia inadequada, muito humana. — Bela. Suas palavras murmuradas com sua voz rouca enviaram um calafrio por todo seu corpo e a umidade a alagou. Traçou um caminho com seu dedo, um toque leve que se fez mais audaz quando entrou em seu canal. Megan gemeu diante de seu toque elétrico e logo gritou quando ele moveu o dedo. Apertou-se mais contra ele, e colocou seu dedo mais fundo, o suficiente para tocar essa parte sensível em seu interior. Acariciou-a uma e outra vez, o orgasmo ia aumentando, então ele se retirou, e ela gemeu pela perda, um vazio que durou pouco, substituiu seus dedos pela língua.


Habilmente, lambeu seu sexo, deslizando sua língua, sondando com ela. Retirou-a e voltou novamente para sua vagina,

encontrou

seu

clitóris

e

ela

rebolou,

roçou-a

novamente com a língua e ela saltou com um grito. A mão que a tinha presa pelos pulsos a prendeu mais forte, enquanto que a outra mão ficou ao redor de suas coxas como uma âncora. Uma vez que a tinha bem presa, colocou a língua contra seu sensível mamilo, Megan estremeceu. A tensão do orgasmo dentro dela aumentou rapidamente, e não pode lutar contra isso. Todo seu corpo se esticou e logo explodiu. Seu clímax lhe arrancou um grito, e ele a lambeu mais forte, aumentando seu prazer. — Chega — Ofegou. — Não posso aguentar mais. Parou um momento. — Estamos muito longe de ter acabado. Um estremecimento sacudiu seu canal vaginal com a promessa de suas palavras. Sentiu que se movia atrás dela e ouviu o sussurro de tecido. Um momento depois, pressionava sua úmida fenda com a ponta de seu pênis. Inclinada como estava, Megan não podia ver enquanto ele deslizava dentro dela, mas podia sentir cada deliciosa polegada. Por ser muito bem dotado, esticou as paredes de seu sexo, enchendo-a de uma maneira que nunca antes experimentou, soltou-lhe as mãos para colocá-las nos quadris, logo se empurrou dentro.


Lento no princípio, seu pênis deslizava dentro e fora dela. Mas logo aumentou seu ritmo e Megan, apesar de ter satisfeito seu prazer havia um momento, sentiu que entrava em outro orgasmo. Marcou o ritmo com as mãos firmes em seus quadris, aproximando-a e afastando-a de seu corpo com uma velocidade que logo virou vertigem. Era enlouquecedor como a cabeça de seu pênis parecia aumentar dentro dela, exercendo pressão sobre o colo do útero. A fricção com suas zonas erógenas a enviaram em espiral ao seu segundo clímax. — Oh, meu Deus! Gritou enquanto seu segundo orgasmo a golpeava mais forte que o primeiro. Ele grunhiu enquanto as paredes de seu sexo o apertavam, seus dedos se cravavam em sua carne suave e seu corpo saia mais uma vez no dela. Um calor úmido encheu seu ventre, e a enviou a outro clímax quando ainda estava estremecendo do anterior. Megan quase chorou com o intenso prazer que sentia, as forças sumiram por um instante, deixando-a como se fosse de gelatina. Ele a sustentou, com suas fortes mãos agarrando-a para levá-la a cama, onde se reuniu com ela, e amoldou seu corpo com o dele. Embalada em seus braços, e com um sorriso nos lábios, deslizou no mundo do sonho.


*****

Tren despertou, seu corpo colado ao de Megan, e pior ainda, desfrutando disso. Ele não gostava disso, as fêmeas eram para a cópula, nada mais. Nunca antes o aroma e o sabor da mulher o tinham deixado cego de necessidade. Ainda mais estranho, queria mais. Sua luxúria por ela não se apaziguou nada, ansiava mais de seu sabor. As mulheres não tinham lugar em sua vida, ainda mais uma que o fazia sentir emoções que nunca antes experimentou, inclusive uma que possuía a capacidade de lhe fazer rir e deixá-lo louco. Razão

demais

para

vendê-la,

e

rapidamente,

não

necessitava uma mulher bárbara arruinando sua existência. Apesar

disso,

ele

não

era

resistente

a

desfrutar

da

mercadoria até que se desfizesse dela. Agora isso soava mais a sua habitual e insensível forma de ser. Obvio, a maneira como saiu da cama para não despertá-la não contava, disse a si mesmo que o fazia assim para não ter que escutá-la antes do necessário. Ela conseguia fazer com que desejasse ser surdo, mas também desfrutava muito de seus gritos de prazer. Dirigiu-se ao banheiro e se limpou tentando esquecer que ela dormia no quarto ao lado. Vestiu-se com roupa limpa antes de ir novamente para seu quarto. Viu-a sentada na


cama com as pernas cruzadas vestindo a camisa, o vestido vermelho com o qual dormiu não se via por nenhum lado. — Sim, o que acontece? — Disse, fixando sua atenção na forma como seus seios esticavam o tecido de sua camisa. — O que aconteceu foi um engano — Estreitou os olhos. — E não deve voltar a acontecer. — E isso quem diz? — Espetou de repente zangado, não importava o fato de que não podia esperar para se desfazer dela, o irritava que fosse ela a que decidisse antes. — Escute, demônio, não o farei novamente, você vai me vender ao melhor lance. Portanto, acredito que é melhor nos abstermos de... De... — Suas bochechas ruborizaram com uma cor carmesim e o pênis de Tren cresceu, junto com sua ira. — Estou de acordo. Copular com a mercadoria não é uma prática empresarial recomendável — Ele sentiu um prazer selvagem pela forma como sua boca se fechou de repente e seus olhos brilharam com ira. — Eu te odeio! Por alguma razão suas palavras originaram algo nele, e se encontrou caminhando para a cama. Ela não se moveu, apenas o olhou com os olhos muito abertos. Ela o deixava


louco com suas palavras, o deixava louco com seu corpo, fazia estragos em suas emoções, em seu corpo e em sua vida. Mas não podia matá-la ou tira-la do seu lado. Então a beijou e lhe mordeu o lábio inferior. — É um idiota — Ofegou contra sua boca antes de chupar seu lábio inferior. — E você é uma megera barulhenta — Respondeu ajudando a colocar suas pernas ao redor de sua cintura. Seu pênis encontrou a entrada úmida de seu sexo e se meteu nela, desfrutando de seu gemido enquanto enchia seu apertado canal. As mãos nas nádegas, a levavam para cima e baixo de seu eixo, a sucção de seu sexo puxava seu pênis deliciosamente sensibilizado. Enterrando seu rosto na suave curva de seu pescoço, chupou a cremosa pele, tomando cuidado de não morder, embora sentisse a necessidade de fazê-lo. Para combater sua compulsão irracional por reclamá-la, fodeu-a mais rápido e ela respondeu arranhando suas costas, uma reação selvagem que o fez gritar de prazer. O clímax rugiu através dos dois corpos como uma onda que os fez paralisar na cama. Saciados e ofegando, cara a cara na cama, chegaram a um acordo. — Não sei como você faz — Começou ele. — Mas por alguma

razão,

meu

corpo

a

necessita.

Isto

não

é


permanente, mas como terá que compartilhar o quarto... — ...poderíamos dar a nossos corpos o que querem — Terminou ela. Selaram seu acordo com um beijo e outro encontro sexual frenético, que os deixou suados e famintos. Uma visita ao banheiro e um pouco de comida foi suficiente para renovar as forças, ele lhe ordenou que limpasse o quarto e ela lhe respondeu com as mãos apoiadas nos quadris. — Eu não sou sua faxineira — O que significou que voltaram a ficar suados e famintos. E assim fizeram a viagem descobrindo o lado erótico um do outro através de várias galáxias, Tren não parou nos planetas que encontraram em seu caminho que sabia que faziam leilões. Sua desculpa? A de procurar um melhor preço em outro lugar. A verdade? Não podia ficar longe da terráquea e embora não admitisse isto em voz alta não queria deixá-la ir.


Megan perdeu a conta das vezes que fodeu com o pirata, ela se negava a qualificar o que faziam como fazer amor, embora, a maioria das vezes se abraçassem depois. Ainda mentia a si mesma dizendo que o odiava, mas seu corpo sabia a verdade, embora ainda não estivesse preparada para admitir a si mesma. E menos ainda a ele. Tentavam evitar um ao outro, ele pilotava a nave enquanto ela olhava vídeos alienígenas. Mas como o yin e o yang, Tom e Jerry, não podiam estar separados e procuravam mil desculpas para se verem. Suas poucas conversas eram mais como combate, que sempre terminavam nus e ofegando. Na realidade, o provocava de propósito, mas em sua defesa, tinha que dizer que ele parecia estar fazendo o mesmo. Por alguma razão, não podia manter as mãos afastadas dele, embora fingisse estar zangada. Tampouco podiam simplesmente ter relações sexuais, tinha que ser através de um baile complicado que implicava gritar e lutar e essa era a parte que mais a excitava. Ao menos esta vez, não iria ser traída, pensou. Ele não escondia o fato de que iria vendê-la assim que encontrasse um mercado onde tirasse um alto preço por ela. E, entretanto, o curioso era que cada vez que ela falava de


seu plano de leiloá-la como escrava sexual, ele ficava em silêncio e zangado. Então a acariciava até que gritasse de êxtase e nem era preciso dizer, que ela entrava no tema cada vez que podia. Em meio aos combates sexuais e de batalhas verbais, compartilhavam um pouco de informação pessoal. Ela lhe contou todas suas relações falidas, ele se gabou de suas numerosas conquistas. Essas conversas terminavam em um frenesi sexual. Não sabia qual dos dois era o mais patético, ela continuamente provando e falhando no amor, e ele por evitá-lo como a peste. Confiava nela e podia ir a qualquer sala que desejasse, frequentemente era o quarto, mas ele também a levou até sua sala de comando para dar a cadeira um uso especial. Caíram em uma rotina cômoda, uma que odiava admitir que gostava. Lamentando o fato de não ter nenhum óleo para massagear seu delicioso corpo, algo que a fez perceber que tinha um problema. Necessitava uma distração, por que o fato era que estava começando a sentir coisas por seu sequestrador. Alguma espécie de síndrome de Estocolmo que esperava ter um bom final, ao menos para ela. Então, quando a equipe da nave anunciou que estavam se aproximaram de uma estação de acoplamento para efetuar as reparações, saltou de alegria. — Quero ir com você — Disse enquanto se vestia.


Ele nem sequer se incomodou em olhá-la enquanto respondia, uma lástima porque ela balançava o peito para lhe distrair porque sabia que era seu ponto fraco. — Não, é muito perigoso. —

Oh,

está

dizendo

que

se

preocuparia

se

me

acontecesse algo? — Provocou intencionalmente, e quando ele lhe lançou um olhar severo, ela agitou seus cílios para ele. Ele grunhiu. — Está me incomodando outra vez. Sabe o que acontece quando faz isso? Megan revirou os olhos. — Bom, o mesmo que aconteceu, há cinco minutos na ducha quando disse que se barbeasse porque sua cara irritava minhas partes femininas. E, igual a, há umas horas na poltrona da sala de comando quando me declarei amotinada. Seus olhos brilhavam com um olhar que chegou a reconhecer como de luxúria. — Muito bem. Pode vir comigo. Mas a advirto neste momento, se houver algum problema, vou deixá-la lá a sua própria sorte. Um sorriso apareceu em seu rosto quando cedeu a seu


pedido. — Está bem, acredita que poderia encontrar uma roupa mais adequada? Suas roupas eram confortáveis, eram suaves, mas preferia

roupas

de

seu

tamanho,

de

vestir

os

olhos,

infelizmente, a que possuía não sobreviveu a um de seus encontros mais fogosos. — Algo mais? Já sabe que este não é um cruzeiro Frukxian — Grunhiu enquanto colocava as botas. — Ei, foi você quem me sequestrou. Agora terá que lidar com as consequências. Sorriu-lhe e logo riu de seu cenho franzido. Ela deixou de rir, quando ele colocava as cartucheiras ao redor da cintura, nas coxas e nos braços. Continuou guardando as facas e pistolas que tirou de outra abertura na parede. — Hum! Tudo isto é necessário? Ela olhou o arsenal cada vez major com fascinação e um pouco de medo. Ele não se incomodou em responder, deslizou um par de adagas em cada uma de suas botas. Levava armas suficientes para equipar meio exército, se endireitou e sorriu, um sorriso predador que mostrava seus dentes pontudos. Uma pessoa sensata teria gritado, ou teria


desmaiado ou estremecido de medo. Megan tremeu, mas de luxúria, já que, por tudo no que acreditava, ele parecia perigoso e muito sexy. Assim... Bom, atrasaram a saída um pouco para lhe demonstrar o muito que gostava de seu aspecto de mercenário.

*****

Tren queria dar com a cabeça contra uma parede, ou talvez golpear algo ou alguém, e definitivamente queria matar alguém. Um homem inteligente teria aniquilado a fêmea que estava suportando ao seu lado, mas maldição, ele admirava seu espírito, adorava seu corpo, e relutantemente gostava dela. Ainda mais estranho, tinha um sentimento que gostava. Claro, que ela não sabia nada a respeito dele, de sua reputação no universo como mercenário. Entretanto, tinha a sensação de que não lhe importaria nenhum pouco. Ela

agia

como

uma

rainha

arrogante

e

exigente

e

estranhamente gostava. Desfrutava, com ela tanto dentro como fora da cama, não que fosse admitir em voz alta, ela utilizaria essa informação contra ele era obvio, pensou com um sorriso. Não mudou de opinião sobre a venda, entretanto, tinha decidido mantê-la a seu lado um pouco mais, dizia a si mesmo que para tirar um maior benefício.


Também tinha a intenção, por muito egoísta que fosse, de desfrutar de seu corpo o quanto pudesse até que o momento chegasse. O surpreendia não ter se cansado dela, mas a verdade era que até lutava contra o impulso de marcála cada vez que expunha seu pescoço. Tinha que ter se contagiado com alguma enfermidade do espaço, porque esperava suas conversas e suas intenções de provoca-lo, sua natureza combativa o atraía. Obvio, que seu método de castigo, que a deixava gritando de prazer, poderia ter muito a ver com o fato de que ela não deixasse de tentar deixá-lo louco.

Louca

humana.

Minha

humana,

essa

ideia

tão

possessiva quase parou seu coração. Ele deve ter emitido algum ruído porque ela olhou e perguntou: — Está bem? Grunhindo em resposta, ele colocou a culpa destes pensamentos estranhos por estar levando sua mercadoria para passear e que provavelmente teria que protegê-la. Devo acrescentar mentiroso a minha lista de habilidades. Tren manteve uma mão na pistola enquanto saíam do túnel de conexão na parte principal da nave, eram muitos edifícios unidos por uma cúpula, sobre um asteróide que girava ao redor de uma estrela. Era a única estação espacial nesta parte da galáxia, e que ele tentava evitar devido a seus numerosos habitantes. Como tinha problemas com um propulsor traseiro que


necessitava concerto, tinha sentido utilizar os serviços que ali eram oferecidos, embora os preços beirassem ao obsceno. Embora não tão obsceno como Kharnqiop, percebeu suas dúzias de olhos com desrespeito, babando quando Megan passou a seu lado. Tren não gostou nenhum pouco, caminhando atrás de Megan, lhe mostrou os dentes pontudos em uma careta que prometia violência e dor extrema. A criatura fechou a boca deixou cair suas dúzias de olhos e partiu arrastando os pés, provavelmente para propagar o que aconteceu. Bom para dar algumas lições aos que vinham se arrastando pelos cantos deste

buraco

negro,

serviria

para

mantê-lo

entretido

enquanto esperava que terminassem as reparações. Entretanto, as operações encobertas eram mais difíceis de dirigir quando todos conheciam seu rosto e alguns na intenção de obter fama, continuavam tentando matá-lo. Pelo menos as intenções de matá-lo desde que se retirou, o tinham mantido em forma. Ter Megan a seu lado e ter que protegê-la

acrescentaria

um

elemento

interessante

a

equação, entretanto mataria a qualquer um que a tocasse, apenas pelo negócio era obvio, não queria que danificasse a mercadoria, tinha que vendê-la a um bom preço. Perguntouse o que pensaria a respeito da ameaça constante a que estava submetido. Provavelmente se alegraria se pensasse que seria benéfico para ela. A ideia o fez sorrir.


Deixou-a ir à frente, o que o divertia já que não tinha ideia de onde ir, mas ela fingiu que sabia e ia com a cabeça bem alta, como se fosse a proprietária de tudo. Chegaram à rua principal, cheia de seres de uma multidão de raças, onde finalmente parou. Ficou ao seu lado, apenas sua presença já proclamava que era de sua propriedade. Deixou que seu olhar vagasse ao redor com os olhos muito abertos, antes que lhe desse uma cotovelada para indicar a direção em que tinham que ir. — Feche a boca, está chamando a atenção, é carne fresca. — Bom, perdão por sofrer um choque cultural, uma coisa é te conhecer, que parece humano. Mas isto é muito estranho. Tren tentou por um momento ver sob sua perspectiva, a cena diante deles que viu centenas de vezes. Seres de todas as formas, tamanhos, cores e com diferentes apêndices percorriam

o

mercado.

Vamos,

coisas

normais

pensou

encolhendo os ombros. — Acostumará, agora vamos. Temos que conseguir a permissão de trabalho em primeiro lugar. — Em primeiro lugar o que? Tren não se incomodou em responder, simplesmente foi


a passo rápido e depois de um momento de vacilação, ela o seguiu. Mas, obvio, não caminhou atrás dele em uma posição de subordinação, colocou-se a sua esquerda. Com os lábios apertados, fingiu uma indiferença que estava longe de sentir. O escritório era um lugar sujo na estação de serviço, Tren entrou e deu um murro na mesa, uma cara familiar veio correndo da parte posterior. Tren zombou quando a criatura empalideceu. Transmitiu as instruções sobre a reparação que tinha a fazer na nave e a criatura assentiu com a cabeça em deferência. Tren não tirou o olho de Megan que olhava tudo com muita curiosidade. Também parecia muito atraente até com a camisa de grande tamanho, o balanço de seus seios era muito visível. Tren grunhiu e o mecânico deu um passo atrás, tragando saliva com suas cinco bocas. Fixou seu olhar na criatura. — Espero que se faça dentro de uma unidade astral. — Mas os outros clientes... Tren se inclinou para frente e agarrou o mecânico pelo pescoço. — É necessário perder outro braço? Irritado pelas taxas exorbitantes que lhe cobraram da última vez, Tren mostrou seu desgosto de uma maneira que


deixou

uma

impressão

permanente.

Moveu

a

cabeça

concordando, e Tren o soltou, um comichão na nuca fez com que virasse. Megan já não estava na loja, saiu para a rua. E, era obvio, tinha se metido em problemas.


— Solte-me agora mesmo — Exigiu Megan, ocultando seu medo atrás de uma falsa valentia. Não era uma tarefa fácil, considerando o polvo azul que a agarrava pelo pulso. Ouviu um murmúrio como um zumbido, que suspeitou ser uma risada, fazendo uma careta totalmente asquerosa. — Deixe-me ir. Quando a criatura alienígena não lhe fez caso e começou a puxá-la, seus pés calçados com sandálias começaram a escorregar, zangou-se. — Deve haver um homem sob toda essa coisa pegajosa. Tirou um garfo que tinha pego do jantar, depois de ter visto Tren se armar até os dentes, fez seus próprios preparativos e o colocou dentro da calça para um caso de emergência. Cravou-lhe o garfo no tentáculo que a agarrava, o repulsivo alienígena chiou enquanto a soltava. Megan deu um passo atrás, lhe mostrou os dentes e agitou sua espada improvisada. Seus olhos, uma meia dúzia, viram algo atrás


dela. Virou-se gritando, quando um corpo familiar se colocou diante dela. Tren agarrou o extraterrestre como se não pesasse nada e o lançou contra uma parede. Este nem sequer tinha começado a deslizar para baixo, deixando um rastro viscoso, quando Tren tirou uma pistola e disparou. Um grande buraco apareceu no meio da criatura, enquanto Megan o olhava com a boca aberta. Tren embainhou sua arma e virou-se para ela, o brilho perigoso de seus olhos e a tensão de seu rosto enviou uma sacudida de puro desejo por todo seu corpo. Oh, meu deus, acredito que foi o único e mais quente que um homem fez por mim e ignorou o fato de que quase se salvou antes que ele chegasse. Ela admirava a forma em que teve controle de tudo e a protegeu. — Está bem? — Perguntou enquanto seus claros olhos azuis a examinaram de cima abaixo. — Estou bem, me defendi — Disse levantando o garfo. Um sorriso apareceu em seus lábios. — Sim, o fez, ele servirá de exemplo para advertir a outros que se mantenham a distância. Incomodou-a que o matasse? Ela encolheu os ombros.


— Talvez se fosse um ser humano teria sido diferente, mas nunca me importaram muito os produtos do mar. Soprou, e tentou não rir, mas não pode, ele começou a rir, com uma risada alegre que resultou contagiosa e ela se uniu a ele. Vagamente percebeu que alguns aliens se detiveram para olharem boquiabertos, mas não lhes deu atenção. Tren tinha a risada mais incrível que já escutou e tinha a impressão de que não a utilizava frequentemente. Gostava de saber que ela a causou embora fosse sem intenção. — Guarde a arma, não vai querer assustar os donos das lojas e que fechem antes que possamos comprar algumas coisas. Megan guardou o garfo na cintura antes de ir. — Compras, genial, acredita que podemos encontrar alguns sapatos? Eu adoraria encontrar um par de botas de combate com ponta de aço do meu tamanho. Estas sandálias não servem para chutar bolas. Tren soprou e Megan sorriu e enquanto examinava as lojas lhe vieram lembranças de sua casa. Bom, se não considerasse o fato de que os objetos que exibiam tinham várias mangas e os vendedores pareciam experimentos científicos. A adrenalina da luta desapareceu e ela com um estremecimento

fingiu

interesse

nas

mercadorias

que


criaturas que pareciam ter saído diretamente do filme Os Homens de Preto lhe ofereciam. A cabeça dava voltas e finalmente o acontecido a golpeou, não só apunhalou um ser vivo, mas também viu como o matou apenas por tocá-la. Não é que se arrependesse de suas ações, apenas se perguntava quanta violência tinha que esperar de sua nova vida. A julgar pelos grunhidos e golpes que ouviu em suas costas, conforme Tren passava, provavelmente frequentemente. Uma precisava

parte

selvagem

dela

saltou

de

alegria,

não

mais de falsas cortesias ou aguentar tolices

desnecessárias. Mas, igual a todas as coisas, só os mais fortes prevaleceriam. Na atualidade, Tren a protegia, mas o que aconteceria quando ele a vendesse? Era algo que não queria pensar, mas sempre foi realista. Que habilidade tinha para sobreviver que não fosse uma língua afiada? Em uma luta que fosse de socos ou com armas, se não ganhasse por aborrecimento com seu discurso, não tinha outra maneira, sua

forma

física

deixava

muito

a

desejar.

Teve

uma

inspiração, virou-se para falar com Tren e quase mordeu a língua, tentando de conter a risada. Encontrou-o com um punho fechado, e a outra mão sustentava um duende pelo pescoço e parecia envergonhado por ter sido pego em flagrante. — Não importa, termine o que estava fazendo — Disse fazendo um gesto magnânimo.


Um sorriso selvagem se desenhou em seu rosto, Tren virou-se de volta para sua vítima e alguns tapas e sacudidas mais tarde, virou-se novamente para ela. Megan negou com a cabeça — Isto acontece frequentemente com você? Ele encolheu os ombros. — Mais ou menos. Disse para ficar na nave. — Eu não lhe disse que me olhasse, o fez porque quis, claro que isso explicaria o arsenal que leva, e é sobre isso que queria falar com você, queria saber se me ensinaria a me proteger. Percebi que não se pode contar com a polícia para me proteger aqui fora. — Eu a protegerei — Grunhiu ele. — Por agora. Mas o que acontecerá quando nos separarmos? Já viu o que aconteceu, se não tivesse vindo... — Seu rosto se entristeceu, mas continuou: — Então, por favor, poderia me ensinar a me defender? — Você está longe de estar indefesa — Disse-lhe enquanto se afastava. Ela se apressou a alcançá-lo. — Oh, vamos, você e eu sabemos que não tenho nenhuma chance, até com o mais adoentado destes tipos.


Ele parou de repente e se voltou. — Por quê? — Você sabe que a maioria destes tipos me liquidaria em um segundo — Ela passou um dedo pela sua garganta e fez um som afogado. Soprou. — Está se subestimando, se defendeu bastante bem contra mim. Megan revirou os olhos. —Você não conta, quero dizer, você é um pirata e tudo isso, mas não acredito que seja um mal tipo, o tipo de pessoa que me faria mal sem pensar. Tren se engasgou. — Você acredita que não sou perigoso? — Bom, é um bom tipo para ser um pirata — E acrescentou. — Quero dizer, é grande e me chateia, mas que nunca me fez mal. — E sobre isso? — Ele perguntou apontando alguns aliens que estavam mancando, e um cadáver ocasional, que deixou no caminho. Ela bufou.


— O que quer de um antro como este, os ataques são de esperar, a defesa própria não é um delito, são coisas que acontecem. Suas

palavras

fizeram

com

que

a

incredulidade

aparecesse em seu rosto. Uma mão a agarrou pelo braço, puxando-a para si, até tê-la apertada contra seu peito. — Mulher, não percebe que sou a coisa mais perigosa que você pode encontrar? — Sussurrou antes de elevá-la em seus braços para lhe dar um beijo que a deixou sem fôlego. Megan esqueceu que estavam no meio de um mercado alienígena, esqueceu a violência, esqueceu inclusive de seu próprio nome quando seus lábios se fundiram com os dele em um beijo possessivo, que converteu seus joelhos em gelatina e enviou calor úmido a sua vagina. Ela colocou os braços ao redor de seu pescoço e o aproximou mais, deslizando sua língua entre os lábios, ela estremeceu enquanto chupava e roçava seus dentes. Beijá-lo sempre parecia como se fosse a primeira vez não importava quantas vezes se tocassem, nunca cansava. A excitação corria por seu corpo e a fez desejar estar em um lugar mais íntimo, especialmente quando uma voz sarcástica os interrompeu. — Bem, bem. Este lugar é acolhedor?


*****

Tren manteve um braço ao redor de Megan enquanto tirava uma pistola e apontava ao único homem no universo que podia se aproximar tão sigilosamente dele. Seu maldito irmão e seu pior inimigo. O frio olhar de seu único irmão nem se alterou apesar de que Tren apontava uma pistola. — O que quer Jaro? — A voz de Tren era tensa. — O que quero? É necessário que tenha uma razão para falar com você? Ao fim e ao cabo é meu irmão e passou muito tempo, me perdoe se me interesso por como está e como tem ido. — Estou bem, agora vá e continue com seus assuntos. — Disse as palavras com os dentes apertados. Jaro lhe sorriu com frieza. — Sempre mantém os familiares escondidos? — A voz de Megan atravessou seu espaço e conteve um gemido enquanto via como Jaro concentrava sua atenção nela. — E você quem é? — Jaro perguntou-lhe com um sorriso zombeteiro. — Sou da Terra, e me chamo Megan, mas se Tren fizer a


sua vontade, provavelmente serei um novo par de sapatos, ou talvez uma camisa, em função do preço que possa obter por mim quando me leiloar. Ao que parece, sou muito irritante, assim não poderá obter um bom preço por mim. Por desgraça Jaro entendeu sua declaração, sendo que ele também usava um tradutor, deixou-lhe com a boca aberta e com os olhos muito abertos quando olhou seu irmão. — Eu não sabia que se dedicava ao tráfico de escravos, irmão. Tren teria respondido com um comentário mordaz, mas Megan estava em ação. — Oh, ele não tinha a intenção de me sequestrar, o fez acidentalmente quando estava pescando em meu planeta. Olhe, meu noivo decidiu me matar e me atirou ao mar, por sorte, fui sequestrada por um pirata e agora tenho que esperar para ser leiloada como uma escrava sexual ou um aperitivo, dependendo suponho, do comprador e seu gosto. — Megan — Tren grunhiu seu nome e ela deu a volta em seus braços e lhe sorriu com falsa inocência. — O que? Falei algo mau? — Com um sorriso, voltou para enfrentar seu inimigo. — Não há nada mau absolutamente, querida Megan —


Interveio Jaro, atraindo sua atenção. — Desculpo-me por meu irmão, pessoalmente, se tivesse descoberto uma joia como você em meu porão, a teria vestido com finos tecidos e cortejado como corresponde a alguém de sua beleza. Tren grunhiu. Ele não podia fazer nada, seu irmão paquerava Megan, e ela parecia aceitar, apesar de que o rastro de seu beijo, sem dúvida permanecia em seus lábios. Isto o zangou, despertando um ciúme possessivo que nunca antes

sentiu.

Megan

ria

e

Tren

apertou

os

dentes.

Certamente, ela não cairia em seu encanto artificial. — O que diz é tolice — Falou Megan. Sua risada foi zombeteira e Tren viu com satisfação como o rosto de Jaro se tingia de fúria. — Você o diz a sério que são tolices, não é? Ela soprou. — Posso ser considerada bárbara, mas não sou tão ingênua. — Cuide de sua língua, ou do contrário pode ser que fique sem ela — Grunhiu Jaro. Tren não iria deixar que continuasse com seu tom ameaçador, mas parecia que Megan tampouco. Antes que Jaro percebesse, recebeu uma joelhada entre as pernas.


Quando Jaro abriu a boca em busca de ar, lhe sorriu docemente. — Isso é por ser tão idiota com seu irmão. E isto. — Deu-lhe outra joelhada desta vez no estômago. — Por ser um idiota completo. Megan virou-se para Tren e ficou nas pontas dos pés para lhe roçar os lábios com os seus. — Verei você na nave, estarei esperando meu castigo — Ela disse com uma piscadela. Separou-se dele e se dirigiu novamente para a nave, suas nádegas se movendo sedutoramente. Tren seguiu seu passo com o olhar, enquanto seu irmão se endireitava com dificuldade. — Vou matá-la... Jaro não terminou a frase porque Tren lhe agarrou pelo pescoço e o golpeou contra a parede. — Eu não terminaria essa frase, se fosse você, e mais, poderia esquecer a promessa que fiz a nossa mãe e terminar com tudo neste momento. Jaro

abriu

muito

manifestava em seu rosto.

os

olhos,

a

incredulidade

se


— Você vai ficar com essa grosseira e bárbara como sua mulher? — É obvio que não — Zombou Tren. — Ela é uma mulher, uma que está destinada à venda uma vez que encontre o mercado adequado para ela. — Estou ansioso para fazer uma oferta neste momento. Acredito que se verá esplêndida nua em minha cama. Não acredito que seja capaz de falar muito com meu pênis na garganta. — Oh não, não acredito. Um ataque de ciúmes se apoderou dele. Tren sabia que era tolo, jogou o punho para trás e golpeou seu irmão. Com essa atitude, deixou que seu irmão soubesse que Megan significava mais para ele do o que aparentava, mais do que nem sequer queria admitir para si mesmo. Assim que seu irmão desabou, uma parte dele lamentou o que levou a ambos até este ponto. Tren golpeou o balcão, o comerciante meio oculto o olhou com olhos assustados. —Sabe quem sou

não? — A cabeça que aparecia

assentiu. — Bom. Espero que você se assegure de que ele chegue sem sofrer nenhum dano, ou vou voltar e irá se arrepender. — Tren virou-se para partir, mas parou. — Oh, mas para compensar as moléstias, agarra tudo o que tenha.


Tren

riu

ao

imaginar

a

reação

de

Jaro

quando

recuperasse a consciência, nu como o dia que nasceu. Poderia ter prometido a sua mãe que não mataria seu irmão, mas nunca havia dito nada a respeito da humilhação. Preocupado de que Megan pudesse ter encontrado problemas em seu caminho de volta a nave ou tê-los causado, passou por cima do corpo estendido de Jaro e foi em sua busca.


Megan andava em frente a porta da nave, incapaz de ficar quieta, não havia maneira de poder entrar, a porta não se abria, mas não quis ir procurar Tren. Não estava inquieta por essa violência que presenciou ou o encontro estranho com seu irmão, mas esse beijo ardente que lhe deu em público com esse estranho olhar em seus olhos a confundiu totalmente, os joelhos viraram gelatina, e no momento que a abraçou esqueceu de tudo exceto do que sentia ao estar em seus braços. Perguntou-se se teria protestado se tivesse tentado ir além, na frente de todos, provavelmente não, dado o fogo que correu por suas veias. Um pensamento que a deixou gelada, mas não tanto como o que temia que significasse. Nem sequer eu gosto dele, claro é muito sexy e não é de pedra, mas maldição, quer me vender como um brinquedo sexual para algum pervertido. Entretanto, sabendo de tudo isto, ela desfrutava de sua presença e ansiava seu toque. Uma vez mais, como uma idiota, voltou a confiar em um homem, apesar de todos os sinais que apontavam que iria lhe machucar. E só ela teria a culpa, ele deixou claras suas intenções desde o começo, era estúpida por permitir que seu coração se envolvesse. Jogou a culpa em seu corpo e em seu desejo louco por ele, se pudesse saciar sua inesgotável sede que tinha dele.


Falando do diabo púrpura, ele chegou caminhando pela passarela, o cenho franzido e seus lábios em uma linha tensa. — Por que está fora da nave? — Ladrou. — Provavelmente porque não sei como entrar. Apertou o painel ao lado de sua cabeça e a porta se abriu, começou a entrar quando ele a deteve. — Não esqueceu algo? Ela se virou e mordeu o lábio enquanto lhe devolvia o garfo. — Obrigado. Ela encolheu os ombros, deu-lhe as costas e se dirigiu para a nave. — Megan. Ele pronunciou seu nome brandamente, e outra vez parou para olhar para trás. Ela não podia ler o olhar de seus olhos claros com o cenho franzido. — Estarei de volta logo, procura não se colocar em problemas. Por alguma razão, ela teve a impressão de que queria dizer algo mais. Assentiu com a cabeça em resposta, e não


deixou cair os ombros até que a porta se fechou. O que tinha esperado? Que de repente a agarrasse em seus braços e reatasse o beijo de antes? O beijo que parecia falar de algo mais que paixão, mas... Não, melhor nem sequer pensar. A partir de agora, era melhor que eles se mantivessem afastados um do outro, bem longe. Levou-lhe várias tentativas, mas finalmente chegou a sala de comando. Sentou-se na cadeira e brincou com seu cabelo enquanto esperava que Tren retornasse. — Ei computador, suponho que tenho uns vídeos para ver — Murmurou em voz alta. Para sua surpresa, a tela se iluminou, se inclinou para frente e olhou com grande atenção quando percebeu que as imagens eram em tempo real do mercado que acabou de ir. Em sua posição, estudou as diferentes raças que passavam pela área, e esperou ver Tren. Levou um tempo, durante o qual observou uma violência quase cômica entre as diversas espécies exóticas. Tren finalmente apareceu diante de um edifício com uma cor vermelha brilhante, com letras que ela não podia ler, por ali havia mulheres alienígenas que se aproximaram dele. Irritada batucou com os dedos nos braços da poltrona tentando adivinhar o que diziam, algumas alienígenas se penduraram em cada braço e apertaram seus numerosos


peitos contra ele, e ele, o muito maldito, não fez nada para afastá-las. Pelo contrário, sorriu e afagou a mão de uma. Soltando fumaça, cruzou os braços e ficou de lado na cadeira para

não

ver

mais

nada

do

comportamento

das

desavergonhadas, um ciúme irracional a devorou. Não era dele e não importava o tempo que passasse com ele, e ao que parecia, tampouco importava quantas vezes fodessem, na primeira oportunidade que podia, preferia pagar para fazê-lo, isso dizia muito de sua habilidade ou a falta dela. Ele era um pirata que tinha a intenção de leiloá-la e estava pensando em adquirir mais mercadoria de outra variedade. Quando por fim chegou ao centro de comando, girou para enfrentá-lo. — Vejo que por fim conseguiu averiguar como se utilizam alguns dos comandos da nave —Anunciou. — Sem sua ajuda — Queixou-se. — Estava ocupado — Replicou. —Sim, vi que estava muito ocupado — Disse com sarcasmo, girou e o olhou com uma careta de desprezo. — Voltamos a ter uma atitude irracional? — Espetou-lhe. Ela arqueou uma sobrancelha. — Eu? Nunca tive essa atitude. E não trate de mudar de


assunto. Tren olhou boquiaberto. — De que porra está se queixando agora? — Deixa de bancar o inocente. O vi com essas... Essas coisas — Seu olhar desviou para a tela que mostrava imagens em tempo real da praça do mercado. E por fim ele entendeu tudo. — Por favor, admito que não sei o que você queria, daí minha dificuldade na escolha. — Por favor? Ela levantou-se da cadeira, se dirigiu para ele e o golpeou com força no peito e logo o golpeou outra vez só pelo prazer de fazê-lo. — Só porque deixo que me foda, não significa que me tenha aberto a suas fantasias sexuais doentes. Tren a olhou sem compreender. — Como chegamos de novo ao sexo? Só fui pelo que me pediu. Ou mudou de opinião a respeito da roupa e dos sapatos? — Roupa — A testa de Megan enrugou. — O que? O que


tem a ver a roupa com essas putas que o estavam apalpando? Compreendendo, começou a rir. — Viu-me com as costureiras e pensou que falava com putas para fazer uma orgia em grupo? Megan ruborizou e ele riu mais forte. Irritada por seu engano, lhe deu na virilha e logo pisou no pé bem forte para que deixasse de rir. Mas colocou os braços ao redor dela para aproximá-la a ele, lhe dando um abraço triturador. — Não tem graça — Murmurou, com as bochechas vermelhas de vergonha. — Acredito que seus ciúmes é muito divertido. Ele esfregou o queixo na parte superior de sua cabeça, e esse gesto fez com que fosse difícil para ela continuar zangada. — Eu não estou ciumenta, teria que gostar para estar. Mas suas palavras foram como uma bofetada em plena cara. Caralho, estava com ciúmes. — Mentirosa — Repreendeu-a. Sim, assim era, e não gostava do que isso implicava. Como não gostava conversa.

do giro que estava tomando esta


— Então, o que acontece com você e seu irmão? Vejo que tem o mesmo aspecto e encanto, é por isso que não se dão bem? Sua brincadeira acabou com seu bom humor e se separou dela, levando seu calor com ele, e, por um momento, se arrependeu de suas palavras. — Minha discussão com meu irmão não é problema seu. E no futuro, se voltar a encontrá-lo outra vez, faria bem em se afastar de seu caminho, pode ser que eu seja reconhecido na galáxia como mercenário, mas ele é o chicote da mesma. — Que família encantadora! — Exclamou ela. — Acredito que vou saltar a reunião familiar. — Não tenho família, além de Jaro, e não nos vemos frequentemente. Megan mordeu o lábio. — Sinto muito, eu não sabia. Isso explicaria por que ele nunca falou de sua família nem de sua vida passada. Tren encolheu os ombros, com o rosto inexpressivo. — Meu pai morreu quando meu irmão e eu éramos jovens. Uma missão falida. Minha mãe sucumbiu a uma lesão faz mais de dez ciclos planetários.


— Ainda tem a seu irmão, mesmo se não se dão bem. — Só porque prometemos a nossa mãe não nos matar um ao outro — Grunhiu, caminhando para a sala de comando. — Talvez possam concertar coisas — A incomodava vêlo tão agitado e descobrir que estava tão sozinho no universo quanto ela. — É suficiente. Não vou falar mais disto — Ele levantou uma mão para deter qualquer comentário de sua parte. — Entrando mensagem do conselho galáctico — A voz da equipe os interrompeu. Tren franziu o cenho. — O que querem agora? Sabem que estou aposentado. — Uau o conselho galáctico? — Perguntou Megan. — E está aposentado de...? — Não é assunto seu, tem que sair para que eu possa escutar a mensagem, deixei o pacote com sua roupa no quarto. Megan se sentiu rejeitada e doída, começou a caminhar para o elevador quando ele a agarrou lhe virando para dar um beijo que lhe roubou o fôlego. Ela não disse nada quando


a soltou, só ficou olhando-o nos olhos, que brilhavam com intensidade. — Vou demorar um pouco, espero te ver com algo novo. Megan lhe jogou uma framboesa em resposta que o fez rir. Sorrindo o deixou, entrou no elevador para ir para seu quarto, ao sair no corredor, um tremor sacudiu a nave e Megan apoiou sua mão contra a parede. Que diabos foi isso? Um alarme começou a soar assustando-a,

mas

não

tanto

como

quando

as

luzes

apagaram. Megan ficou imóvel, rodeada de escuridão, tinha um mau pressentimento, algo que triplicou quando ouviu o ruído de briga no corredor. — Tren. Ela odiava o tremor em sua voz, perdoou a si mesma neste caso, a situação o requeria. Ninguém respondeu, mas a pele de sua nuca se arrepiou, anunciando o fato de que compartilhava a sala escura com alguém ou algo mais. Procurou o garfo em sua cintura, amaldiçoando em silêncio enquanto tentava localizá-lo, o deixou na sala de comando enquanto esperava Tren. Um sussurro atrás dela a fez girar, não é que via algo, deu um murro para frente e fez contato com algo e ouviu um grunhido, mas seu golpe era fraco, sentiu que lhe colocavam um tecido pela cabeça, e uma espetada no braço.


— Tren vai te matar filho da puta por tocar em sua mercadoria — Disse ao seu atacante antes de cair no chão inconsciente.


Tren ficou um momento olhando a porta do elevador, desejando poder seguir Megan em lugar de perder tempo escutando uma mensagem pela qual não tinha nenhum interesse. — Escutar a mensagem do Conselho — Ordenou em voz alta ao computador. Mal sentou-se na cadeira, a tela se iluminou com o escudo do conselho galáctico, mas o rosto que apareceu depois o fez saltar de seu assento grunhindo. — Z'nistakn, o que quer? O humanóide verde tirou uma língua bífida começou a rir, um som repelente. — Quero o que sempre quis, sua cabeça em uma bandeja, e suas vísceras em meu prato. Tren sorriu friamente. — Está me ameaçando? É realmente tão estúpido? Me viriam bem um par de botas novas. O vereador assobiou com os olhos amarelos estreitados.


— Em primeiro lugar, teria que me encontrar, sujo mercenário. — Não me tente — Respondeu sem lhe deixar ver que já sabia a localização do vereador corrupto e suposta base segura. — Tenho um trabalho para você — Já tinham chegado ao verdadeiro motivo da chamada. — Estou aposentado. — Sem dúvida, poderia fazer uma exceção. O réptil tamborilou com os dedos como garras. Tren queria atravessar a tela e estrangular a criatura, não gostava do vereador fazia bastante tempo, era um sentimento recíproco, e, entretanto, Z'nistakn continuava solicitando seus serviços, embora Tren sempre lhe dissesse que estava ocupado. — Então, ouvi que estava brincando com uma fêmea humana, espero que tenha desfrutado de seu sabor. Tren se conteve de grunhir. O que importava para ele se o vereador viscoso insultava

Megan? Ela simplesmente

satisfazia uma necessidade. — Procure outro mercenário para fazer seu trabalho sujo, não me interessa.


O vereador suspirou com exagero. — Bom, me alegra saber que a mulher bárbara não o suavizou. Nesse caso, suas vontades. Antes que Tren pudesse responder, uma explosão sacudiu a nave e Z'nistakn riu. Tren cortou a comunicação e se moveu enquanto o computador o advertia. —

Escotilha

traseira

aberta,

vida

não

autorizada,

embarque selado. O ar a seu redor se espessou e um calafrio percorreu seu corpo. A voz da máquina cortou e a fonte de alimentação da nave se cortou e o deixou na escuridão. Muito poucas coisas podiam incapacitar a nave, mas a avaria na energia eletromagnética seria temporária. Todo seu sistema se reiniciaria com uma unidade de quarto astral. — Maldição! Tren amaldiçoou em voz alta, mas não permaneceu quieto. Tinha que chegar até Megan. Ela estaria no quarto às escuras. Era muito bom, que tivesse as melhorias visuais, que lhe permitiam ver melhor que a maioria das criaturas noturnas. Assim não era coisa tão insignificante como a falta de luz, que iria lhe impedir de chegar até Megan. Não quando ela precisava dele. Enquanto abria a escotilha no chão do elevador, se amaldiçoou por parar nesta estação e não ficar


mais alerta. No geral, nada nem ninguém poderia se aproximar o suficiente da sua nave para causar dano, mas ele permitiu a reparação e o fizeram sem sua supervisão. Em circunstâncias

normais,

fiscalizava

todos

os

ajustes,

entretanto, desta vez, estava ocupado com uma mulher. Uma lição bem aprendida que não voltaria a se repetir. Enquanto isso, tinha que retificar seu engano, e rapidamente. Megan enfrentava ao perigo, sozinha. E isso era inaceitável. Tren desceu rapidamente os degraus do buraco do elevador, contando mentalmente até que chegou ao piso correto. Abriu as portas e entrou no corredor, enquanto tirava suas armas, e apontava para a escuridão. Entretanto, de Megan, não havia nem rastro. Guiando-se por seu instinto, não entrou em seu quarto e correu ao outro extremo do corredor, onde estava o elevador secundário, entrou pelo buraco e desceu rápido as escadas. Foi pelo labirinto de túneis e poços no nível mais baixo, que os atacantes utilizaram para entrar. Ele se meteu pela garagem onde se realizaram as reparações. Olhando ao redor, Tren apertou a mandíbula. Megan se foi. Um mercenário como ele a deixaria ir, assumindo uma perda da mercadoria, uma mulher bárbara que não valia o gasto de combustível e tempo que supunha a perseguição e sua captura. Um homem inteligente teria considerado a situação como o método mais fácil para se desfazer de uma companheira de cama sem temor a represálias. Mas Megan


lhe pertencia. E ninguém tocava no que era dele.

*****

Megan despertou com a língua grossa e a cabeça palpitante, piscou uns segundos sem poder acreditar no que via, voltou a piscar e tudo seguia igual, por isso os fechou. Respirou fundo, uma e outra vez para se tranquilizar antes de voltar a abri-los. Nada mudou, continuava sendo uma má situação. Maldição, igual ao seu primeiro sequestro se encontrou incapaz de se mover, entretanto, a diferença da última vez, estava acorrentada a uma parede. Sequestrada, mas desta vez não com tanta sorte se não estivesse equivocada. Perguntou-se se Tren sequer sabia que a tinham sequestrado e se lhe importaria. Provavelmente não, dada a quantidade de problemas que ele dizia que ela causava continuamente. Talvez visse seu sequestro como um alívio, claro, embora perdesse um pouco de dinheiro, mas agora ele não tinha que aguentá-la. Megan balançou a cabeça abatida, basta de autocompaixão. Ele nunca disse que era sua para ter que cuidar dela, e não é que lhe importasse. Ele estava bem para ter bom sexo e um corpo quente para dormir abraçada a ele e... Grunhiu enquanto tentava pensar com


lógica, não podia se permitir cair na estupidez e angústia. Além disso, tinha coisas mais importantes com o que se preocupar, como a maneira de escapar de sua situação atual. Um puxão das algemas não lhe serviu de nada, o ruído, entretanto, fez com que abrisse a porta da cela. Quando a porta se abriu entraram três mecânicos armados, eram os mesmos que foram reparar a nave — Levou bastante tempo para despertar — Queixou-se um, e Megan contemplou com fascinação como suas cinco bocas se moviam a diferentes velocidades. E isso a fez se perguntar o que teria ouvido se não usasse um tradutor. Esperava que o maldito alien levasse também um tradutor, porque não queria que perdesse os insultos que tinha para ele. — Bom, me perdoe, pelo medicamento ter causado tanto efeito. Da próxima vez, me avise antes de me sequestrar e procurarei que não me cause tanta reação. Ela falou sem pensar como sempre, uma falha que sempre cometia sem importar a situação. A criatura sorriu e foi a resposta a pergunta que fez para si, podia entendê-la. Perfeito, era o momento de utilizar sua arma mais efetiva a língua e a ironia. Megan suspirou. — Pensei que fariam algo mais original. Sabe quantas


vezes disseram essa frase nos filmes? Sério. Custava fazer algo diferente? E, talvez poderia tomar um banho? Digo sério, cheira mau. — Fala muito — Disse o alienígena com o cenho franzido, três de suas cinco bocas mostravam uma careta de desgosto. — É o que todo mundo me diz. O que vai fazer a respeito? Deu-lhe uma bofetada no rosto que doeu muito, mas também acalmou Megan. — Oh, que machão, bater em uma mulher indefesa por que não? Certo? Que covarde não? Tem medo de que se não estivesse acorrentada o esmagasse? O mecânico se virou e grunhiu: — Fecha a boca puta. — Eu gosto que meus homens tenham bolas. Acredito que deixou as suas em casa. Ou alguém lhe cortou? Megan, o provocou tanto com suas palavras zombeteiras que ele voltou a lhe bater. Dessa vez, quando a golpeou, ela provou seu sangue, mas ainda não iria ceder, seguiria com suas

brincadeiras

esperava

envergonhá-lo

para

que

a

desamarrasse. Mas foi pior ainda, a visão do sangue o excitou e começou a chover golpes em seu corpo, sem deixar uma


parte sem bater. Bem, provavelmente não era um bom plano, através da névoa de dor e sangue, podia ouvi-lo falar com ela. Bateu-lhe mais algumas vezes. — Parece que tenho a última palavra. Veja o que faço a sua mulher agora, Trenkaluan. Não é um mercenário tão perigoso depois de tudo. E uma vez que tenha mostrado a esta puta qual é seu lugar, vou tê-la a meu serviço. O que te parece isso, filho da puta presunçoso? — Está equivocado — Murmurou. — Tren não se importa com o que faz comigo. — Mentira! — Cuspiu o alienígena, suas bocas se moviam descontroladas babando de luxúria. — Ele nunca saiu com uma mulher fora de um bordel. Deve significar algo para ele, e eu vou te destroçar e ele não poderá fazer nada a respeito. — Isso é o que você acredita! — Grunhiu uma voz. — Ele veio por mim!


Tren amaldiçoou o tempo que demorou para arrumar a nave para sair. Aproveitou esses momentos para imaginar como iria torturar aos três bastardos que se atreveram a enfrentá-lo. Era obvio, que ele tinha a culpa de que o tivessem pego com a guarda baixa, por estar distraído com uma mulher. Uma vez que começou a procurar, localizá-los foi fácil. O tradutor de Megan tinha um dispositivo de rastreamento, foi uma atualização cara que tinha adquirido para um projeto. Sua nave seguiu o sinal, enquanto ele se preparava minuciosamente e se dispôs a começar uma guerra, ninguém brincava com ele e vivia para contar. Quando chegou dentro do alcance do radar, ativou o dispositivo de camuflagem. Outro brinquedo caro, mas o dinheiro deixou de ser um problema fazia muito tempo. Sua nave era maior do que a que Megan estava sequestrada. Dirigiu-se

á

cobertura

inferior,

não

onde

estavam

os

sequestradores, entrou em outra seção menor, especialmente construída para embarcações espaciais. Apertou as chaves corretas no console da zona de embarque, e abaixou um tubo de metal. Conectou-se a superfície da nave sem fazer o menor ruído. Tren apoiou os pés sobre a escotilha, que abriu com um


assobio e se deixou cair dentro, fez um corte com laser no metal e logo que a peça caiu e lhe facilitou a entrada, seguiu adiante, tirando as facas. Teria que estar louco para utilizar as armas dentro de uma nave, pois poderiam perfurá-la em áreas vitais. No geral, ele era uma dessas pessoas loucas, mas agora tinha que garantir a segurança de Megan. Entrou na sala de carga que continha mercadoria roubada, mas não havia nada com o valor suficiente. Uma pena. Uma análise da nave por seu computador lhe mostrou que só havia seis formas de vida a bordo... Megan, mais cinco idiotas. Uma quantidade ínfima. As duas primeiras estavam na ponte, alheios à nave ancorada por cima deles. Cortou a garganta deles antes que pudessem dar o alarme, limpou as facas em seus corpos, e se apressou a procurar sala por sala. Um tripulante saiu de um camarote e conseguiu gritar antes que Tren lhe cravasse a adaga e o cortasse de cima abaixo. Uma raiva fria o levou a caçar aos dois restantes, encontrou ao velhaco fora com a porta aberta, olhando algo com entusiasmo. Tren ouviu uma voz murmurando e alguém sendo golpeado. Tren foi por trás do guarda avoado e lhe cravou duas adagas nas costas, as usando para levantá-lo e mover ao valentão que murmurou pelo caminho. Tren ficou na porta, e sua fúria aumentou grandemente. O mecânico de três braços, que deveria ter sabido melhor


que ninguém que não se brincava com ele, estava batendo em Megan, que estava pendurava em umas algemas, toda machucada e ensanguentada. Captou a metade de uma frase. — Ah sim! Bastardo presunçoso! — Está equivocado — Murmurou. — Tren não se importa com o que faz comigo. Suas

palavras

o

golpearam

como

um

murro

no

estomago. —Mentira! — Cuspiu o alienígena, suas bocas se moviam descontroladas babando de luxúria. — Ele nunca saiu com uma mulher fora de um bordel. Deve significar algo para ele, e eu vou te destroçar e ele não poderá fazer nada a respeito. — Isso é o que você acredita — Disse Tren, mais zangado do que recordava nunca ter estado. Não necessitava de suas facas para fazer isto, então as embainhou enquanto corria para o alienígena, era a vingança personificada. O mecânico grunhiu enquanto tirava uma faca e se equilibrava sobre ele. Tren o esquivou, prendeu o pulso dele e o torceu até que soltou a faca, a pressão fez com que o osso rompesse e o alienígena começou a gritar e a chorar. Mas Tren não teve piedade, agarrou o terceiro braço e o partiu,

também.

O

alienígena

caiu

gritando,

os

gritos

irritaram Tren, que lhe deu um chute na cabeça, deixando-o


inconsciente. Logo virou-se para olhar sua humana e Megan, olhava-o boquiaberta. — De verdade veio por mim? Ele encolheu os ombros. — Eu mencionei que odeio os piratas? Ela começou a rir, apesar da dor. — Está louco! — Provavelmente. Mas eu não falaria se fosse você. O que disse a respeito de se colocar em problemas? Falou-lhe com suavidade, tentando que concentrasse sua atenção nele e assim distraí-la da dor enquanto que tentava abrir as algemas. A esquerda se abriu e começou com a outra. — Sei. Eu faço o que posso, mas os seus não me deixam ser boa. — Se isto seguir assim vou ter que mantê-la comigo durante um tempo até que salde suas dívidas. A outra algema se abriu e ela desabou contra ele. Abraçou-a com força contra ele, sua ira voltou novamente ao ver sua debilidade e o dano que causaram.


— Sinto muito — Sussurrou contra seu peito. — Deveria ter me deixado morrer. — Nunca — Apenas a ideia de sua morte o horrorizava. Mas

ela

não

escutou

inconsciência.

Uma

grande

sua

resposta

quantidade

de

e

caiu

na

sentimentos

formava redemoinhos nele. Ele queria despertá-la para não sucumbir ao desespero. Queria abraçá-la com força e mantêla para sempre a salvo. Queria beijá-la até que sorrisse. Queria chorar de alívio porque a encontrou. Realmente perdeu a cabeça e já não estava seguro de que se importava, uma situação que examinaria mais tarde, neste momento, Megan precisava dele. Ele a pegou em seus braços, e se dirigiu ao corredor principal, ao chegar ao buraco que fez, sustentou-a com um braço enquanto usava o outro para agarrar o arnês que caiu de sua nave quando ele ordenou. Sustentados pelo cabo, ele e sua preciosa carga foram içados. Não a soltou, não podia se separar dela enquanto apertava os comandos que separariam sua nave da outra; a escotilha se fechou e Tren ouviu o som da retração do tubo de metal. Não se importou em olhar pela tela quando ordenou ao computador que disparasse contra a outra nave logo que estavam a uma distância segura. Tinha assuntos mais importantes, como levar Megan à unidade médica o mais rápido possível. Depositou-a sobre a


mesa com cuidado, tirou suas roupas ensanguentadas, uma estranha

umidade

apareceu

em

seus

olhos

enquanto

examinava seu corpo. Um gemido surgiu dele ao ler a lista de lesões internas que sofreu porque falhou. Nesse momento, comprometeu-se a não deixar que nunca mais sofresse algum dano. E nunca vou deixar que ela se vá.

*****

Os olhos de Megan abriram e, preocupada com o que viu, fechou-os rapidamente. Oh não, morri. Ela tentou acalmar sua respiração, que se acelerou quando fez um balanço de sua situação. A última coisa que se lembrava era estar nos braços de Tren quando ele a resgatou, a dor em seu corpo fez com que desmaiasse. A dor parecia ter desaparecido, entretanto, a superfície suave em que se encontrava era com segurança uma nuvem, e o céu sobre sua cabeça não se parecia com o da nave ou qualquer outra coisa que tivesse visto alguma vez em sua vida. Portanto, devo ter morrido e fui para o céu e vou perder meu maldito pirata. Uma lágrima escapou do canto de seu olho... E um dedo


caloso a limpou. Abriu os olhos e deixou escapar uma risada chorosa quando um rosto púrpura muito familiar apareceu à vista. — Não estou morta — Exclamou. — É obvio que não — Replicou Tren. Ela sorriu. — Bom, perdão por ter duvidado de você — A última coisa que recordava era perder a consciência. — Uma constituição fraca, mulher, não é desculpa para duvidar de minha capacidade. Megan soprou. — Sim, eu gostaria de vê-lo se tivesse ficado preso e sido golpeado. — É outra maneira de pedir sexo pervertido? Ele a olhou de lado e Megan começou a rir. Sentia-se tão bem por estar viva. — Quanto tempo fiquei inconsciente? E onde estamos? Perguntou, sentando-se e percebendo que tinha apenas um lençol ao redor de sua cintura, não usava nenhuma roupa. A seu favor, ou não, ele não deixou que seu olhar fosse para seus seios nus.


— Suas feridas precisavam de vários ciclos galácticos para melhorar. Quanto a nossa localização, estamos em um lugar seguro para poder fazer as reparações na nave. — Vá, outro atraso em meu caminho para o leilão — Brincou, embora seu coração se rompesse em pedaços com a ideia de ser vendida, a dor de saber que sua venda significava que não voltaria a desfrutar da companhia de Tren ou de seu corpo. — Não tem por que temer, ainda não posso me desfazer de você — Disse enigmaticamente deixando cair um beijo em seus lábios. — Agora, tem fome? Megan assentiu com a cabeça e o viu sair do quarto. Perguntou-se o que o fazia tão feliz. Seria saber que logo que a nave estivesse reparada, finalmente poderia se livrar dela? Megan franziu o cenho, é um estúpido, idiota. Ele não dá a mínima que logo vá pertencer a outra pessoa. A compreensão deste fato a fez ir abaixo, destruiu seu último muro de negação e a obrigou a examinar seus sentimentos por ele. Ah, deus, eu o amo! Como e quando aconteceu? Ela não podia, ele tinha a intenção de vendê-la, e, entretanto, despertava uma paixão em seu corpo como nenhum outro. A tinha provocado até que ela o atacou, mas ao mesmo tempo estimulava sua mente com sua atitude. Demônios, caiu pouco a pouco, em uma emoção inútil que agora garantia que


romperia seu coração, porque não tinha ilusão de que ele sentisse o mesmo. Por que ele iria sentir, se podia ter as mulheres que quisesse? Por que iria querê-la, com sua língua afiada, quando podia estar com alguém dócil e delicada? Megan grunhiu enquanto jogava para trás o lençol e colocava as pernas fora da cama. De pé, se esticou nua e muito desanimada, com esse estado de ânimo foi para uma espécie

de

porta

coberta

com

cortinas

vaporosas,

a

atravessou e viu o paraíso, ou algo muito parecido a ele. Dois sóis brilhavam no céu, um muito maior que o outro. O balcão estava por cima de um escarpado de pedra de rocha negra, mas quando olhou para o lado, viu uma praia que se estendia ao longe, com areia branca e brilhante, as ondas do mar se estrelavam e os sóis arrancavam brilhos de luz. O ar úmido e quente acariciou sua pele nua. Não ouviu Tren se aproximar dela, abraçou-a por trás, seu corpo roçando o dela, ele apoiou o queixo em sua cabeça. — O que você acha da vista?— Perguntou, falando com uma indiferença que não lhe inspirava confiança. — Esta bem. — Apenas bem? — Ele a fez girar em seus braços e ela se assombrou ao vê-lo franzir o cenho. — Este lugar não é de seu agrado? Você não gosta do clima quente e viver na praia? — Amo os climas tropicais. E o lugar parece magnífico,


mas não tem muito sentido se apegar muito — Ela encolheu os ombros. — Quero dizer, isto é temporário não? — E se não for? Você gostaria de viver em um lugar como este? Seu olhar se concentrou nela com atenção. Ela enrugou o nariz diante de suas perguntas. — Para que tantas perguntas? — Apenas curiosidade, para o leilão, é obvio que seu novo proprietário vai querer saber — Seus lábios se curvaram em um sorriso quando disse isto e a alegria dançava em seus olhos. — Você é um idiota — Respondeu ela sem rastro de seu calor habitual. Suas palavras a deprimiram em lugar de irritála como costumavam fazer. — Sei. Agora coloque seu traseiro para dentro e coma algo para que possa mostrar o lugar. Queria lhe perguntar por que se incomodava, mas já tinha ido. Jogou um olhar para o paraíso, ela podia admitir ao menos para si mesma que se pudesse ter voz em seu futuro, iria querer viver em um lugar como este. Megan voltou a entrar no quarto e viu Tren já deitado na cama, comendo de uma bandeja. Deu-lhe uma fome de outro tipo e moveu seus


quadris enquanto cruzava o quarto até ele. Seus olhos se iluminaram com um brilho que reconheceu, mas ele não se moveu para atuar em consequência. Irritada, sentou-se com as pernas cruzadas na cama para comer, ainda nua e mostrando sua vagina, ao que não ele não deu atenção. Ela não falou, só o observou enquanto lhe explicava que estavam sozinhos, os guardas de seu complexo se alojavam a curta distância. Entretanto esclareceu que isso não significava que não fosse com cautela. Megan o escutou e se perguntou por que se incomodava com um longo discurso para elogiar as virtudes do lugar. — Não vamos sair logo que arrumem a nave? Não é que estivesse ansiosa para partir. Para falar a verdade, caso se separasse dele hoje ou amanhã, não importava, lhe doeria igual. Assim, tinha duas opções: ficar deprimida por algo que não podia mudar ou se divertir enquanto durasse. Ela sempre odiou as mulheres choronas e se negava a se converter em uma. Uma vez que terminou de comer, deixou a bandeja de lado e lhe fez um sinal com o dedo. Tren parou no meio da frase e uma expressão luxuriosa apareceu em seu rosto. —Tem certeza? Talvez queira tomar um pouco de ar fresco. Ela suspirou.


— Para ser um pirata, que está familiarizado com o saque deixa muito a desejar, o que se deve fazer para ser assaltada por aqui? Ela gritou quando ele se jogou sobre ela, um grito interrompido por seus lábios, um beijo ardente que lhe roubou o fôlego. Diferente das outras vezes que fizeram amor de forma selvagem, desta vez ele tomou seu tempo com ela, acariciando-a com uma delicadeza que a fez ofegar. Explorou sua boca a fundo, a língua entrelaçada com a dela. Megan se agarrou a ele com força, colocou os braços ao redor de seu pescoço, desfrutando da sensação de seu corpo mais pesado sobre o dela. Ele deixou sua boca e se transferiu para seu pescoço, lambendo e mordendo sua pele suave. A ponta de seus dentes raspando sua carne a fazendo tremer. — Senti saudades enquanto descansava e curava — Sussurrou enquanto beijava o caminho entre seus seios. — O que? Sentiu saudades? — Ela levantou a cabeça para

olhá-lo

com

incredulidade.

Devolveu-lhe

o

olhar,

completamente sério. — Senti. Provavelmente esteja louco, mas estou muito feliz que tenha despertado. Seus lábios se curvaram em um sorriso. Megan não pode evitar que seus lábios se curvassem em um sorriso de prazer.


— Alegro-me que tenha vindo por mim. — Nunca duvide de mim — Grunhiu, seus olhos ficaram escuros. Ele apertou seu mamilo com os dentes e o mordeu. Megan ficou sem fôlego, seu corpo se arqueou sob o dele quando sua mordida enviou uma sacudida diretamente a sua vagina. Uma risada vibrou contra seu peito antes que formasse redemoinhos de sua língua ao redor do mamilo, o colocou na boca, e enviou uma corrente de prazer até sua já úmida vagina. Moveu para o outro seio, prestando a mesma atenção. Quando parou, ela protestou, mas ele parecia decidido a torturá-la. Movia-se por seu corpo lentamente, seus lábios acariciando sua pele suave, deixando-a louca de desejo. Acariciou o vértice de suas coxas e ela as separou, seu peito subindo e descendo enquanto lutava por respirar. Perdeu o fôlego quando sua língua a tocou intimamente. Seus dedos agarraram seu cabelo com força enquanto sua língua e sua boca se alternavam entre morder e chupar seu clitóris. Colocou dois dedos em seu canal, bombeando enquanto sua língua lambia seu mamilo. Seus músculos pélvicos apertaram os dedos, seus quadris balançavam seguindo a cadência

de

suas

investidas.

Quando

lhe

mordeu

brandamente o inchado clitóris com as pontas afiadas dos dentes, saltou na cama com um grito. Ele a empurrou para baixo e a segurou com suas mãos, e o fez novamente,


aplicando mais pressão. Seu clímax aumentou e alcançou uma intensidade que a fez perder a cabeça. Ele grunhiu com satisfação enquanto se movia para cobri-la com seu corpo. Ela o empurrou. — Fique de costas — Ordenou-lhe. Um sensual sorriso cruzou seu rosto enquanto obedecia, mas só até certo ponto. Quando ela se aproximou dele para ficar escarranchada e lhe devolver o prazer, ele a agarrou e a colocou de maneira que sua vagina ficou sobre seu rosto. Um tremor sacudiu sua vagina quando ela percebeu sua intenção. O sessenta e nove era um número tão encantador. Seu pênis, de um púrpura mais escuro que o resto de seu corpo, sobressaía de sua virilha nua, a falta de bolas o fazia parecer ainda maior. Ela o agarrou pela base, desfrutando da forma como pulsava em sua palma, lambeu a ponta cor rosa, saboreando a doçura de sua excitação, o levou a boca com uma fraqueza decadente. A encantava zombar dele, sentir como tremia com seu toque. O escutou gemer enquanto chupava seu pênis, e arrastava os dentes ao longo de sua longitude. Mas ele não deixou esta tortura sem resposta. Suas mãos levaram seu sexo para baixo para poder prová-lo com sua língua. Sensível por seu clímax anterior, ela estremeceu, com o toque da língua e a boca e começou a construção de um novo orgasmo. Tentou ignorar o que ele fazia a sua vagina e continuou acima e abaixo de seu pênis,


tomando-o profundamente em sua garganta. Cresceu mais em sua boca, a protuberância de sua glande, era um sinal que anunciava seu clímax iminente. Uma vez mais, ele tomou o controle e a moveu até que ela o olhou novamente cara a cara, sua palpitante vagina sobre sua cintura. Megan lhe sorriu, levantando-se um pouco para que seu sexo

estivesse

sobre

a

ponta

dele.

Seus

olhos

azuis

brilhavam com paixão, agarrou-a pela cintura e a puxou para baixo, para colocar seu pênis dentro dela. Ela gritou ao se sentir encher, com as costas arqueadas, não se moveu por um momento, ele desfrutando estar dentro dela, em sua parte mais íntima. Inclinando-se para frente, apoiou as mãos sobre seu peito, enquanto seu cabelo caía para criar uma cortina onde apenas Tren e ela existiam. Movendo os quadris, se apertou mais contra ele, com um movimento giratório que fazia pressão sobre seus clitóris e que a fez gemer. Seus dedos se afundaram na suave pele de seus quadris, insistindo que se movesse mais forte, mais rápido. Ele viu como ela se movia levando o ritmo, o único som eram suas respirações aceleradas e o som suave e úmido de sua união. Ela não podia separar os olhos dele. Uma parte dela percebeu que, desde que despertou, a atitude dele com ela mudou, não saberia dizer o que era, mas diria que se preocupava e que não o escondia. Era um pensamento tolo


de esperança de sua parte provavelmente, mas não podia deixar de fantasiar enquanto se inclinava para beijar seus lábios, um beijo terno cheio de nostalgia e do amor que sentia por ele. Como se sentisse suas frágeis emoções, sua resposta foi igualmente doce e sensual, o que freou o ritmo. Uma lágrima escapou e rodou por sua bochecha e ele deve ter sentido, porque ficou quieto. — Por que chora? — Não estou chorando — Respondeu ela, uma mentira suave e pouco convincente. Em um movimento rápido, colocou-a debaixo dele. — Abra os olhos — Ordenou-lhe. Ela os fechou mais. — Não. — Por favor. Como podia ignorar sua súplica? Ela deixou escapar um suspiro com a garganta apertada, e abriu os olhos. Seu polegar roçou um olho, cheio de lágrimas sem derramar. Um espasmo cruzou seu rosto. — Está com dor? Ela negou com a cabeça. Outra mentira, doía-lhe, mas não fisicamente como ele supunha.


— Está triste? Ela pensou em mentir, mas não pode. — Um pouco, não se preocupe vou superar. — Por que está triste? Ela encolheu os ombros. — Não sei. Suponho que sinto falta da minha casa — Seus olhos escureceram e seu rosto se esticou. — Esta agora é sua casa. — Apenas até que você me venda — Disse bruscamente, a ira era uma emoção mais fácil de sentir que a dor. — E se eu decidir ficar com você? Jogou a bomba que a deixou sem voz. Franziu o cenho. — Por que não responde? Odeia tanto assim? Ele não esperou sua resposta. Beijou-a com ferocidade, seu pênis, seguia enterrado dentro dela, começou a bombear, dentro e fora, o engrossamento de seu pênis e a investida contra suas paredes interiores a levou rapidamente para o orgasmo. Ela se agarrou a ele, para lhe dar um beijo com paixão, não se atreveu a falar. Cavalgaram a onda da paixão juntos, carne contra carne, respirações misturadas. Separou


seus lábios dos dela ao chegar ao topo, com os olhos ardendo de paixão. — É minha — Grunhiu. Com essas palavras tão possessivas, enterrou seu rosto no oco de seu pescoço e a mordeu. Megan gritou, não com dor por que ele a mordeu com seus dentes afiados, mas sim pelo prazer de seu orgasmo. Um êxtase como uma maré, varreu seus corpos os encheu de felicidade. Com cada sorvo que bebia de seu pescoço, fluía sem dúvida para o topo de seu clímax a levou mais e mais alto. Quando ela pensou que fosse desmaiar por sua potência, descobriu o paraíso. De algum jeito, Tren lhe tocou a alma, uma façanha, que nunca tinha imaginado que pudesse passar, ou mesmo explicar. Ela saiu flutuando de seu corpo, e teria sido realmente aterrador, se Tren não a tivesse encontrado no vasto limbo. Seu próprio espírito envolvido ao redor do dele, entrelaçou-se com ele, de uma forma permanente que tinha consigo um sentido de realização. Retidão. Como estar em casa.


Tren esperou que o inimigo se aproximasse, com uma pistola em uma mão e uma faca na outra, foi atrás dos invasores. Ele disparou para matar. Cada disparo na cabeça derrubou um intruso, e aquele no qual não disparou se encontrou com o fio de sua faca. Quando atacaram, o inimigo demonstrou ser bastante medíocre, eram clones que se pareciam com os duendes de pele viscosa da galáxia Pracgudian, que não sabiam utilizar as pistolas laser. Quem os enviou para que o atacassem, podia tê-los armado melhor em lugar de lhes dar apenas facas. Na realidade, a facilidade com que os despachou o insultou. Se alguém quer me atacar podia ter feito ao menos um esforço por fazê-lo melhor. A menos que este ataque tivesse outro propósito, como lhe entreter. Tren quase gemeu em voz alta por sua estupidez ao não reconhecer a tática. Através

de

sua

conexão

com

Megan,

sentiu

sua

surpresa, e logo o medo misturado com ira, mas o que mais o preocupou de tudo foi quando, como se tratasse de um fogo, se apagou, já não sentia nenhuma de suas emoções. Tren rugiu de fúria, o fio intacto de seu vínculo de casal era o que lhe permitia saber que ela vivia. Inaceitável. Tren abandonou a batalha com os clones e correu para sua casa, não precisou de muito tempo para saber que era seu irmão, já que foi ela


era quem caminhava até ele com Megan pendurada no ombro. — Solte-a, Jaro, antes que ponhamos fim a nossa disputa de uma vez por todas. Seu irmão se voltou com um sorriso. — Já acabou com minha pequena surpresa? Isso deve ser um recorde inclusive para você, calculei que levaria pelo menos umas poucas unidades, o tempo suficiente para acabar com a fêmea. Tren levantou a arma e apontou para a cabeça de seu irmão, sua mão firme, embora seu coração tremesse, mas Jaro o obrigava a fazê-lo. — Não faça com que o mate — Advertiu. Jaro zombou. — Você e eu sabemos que não vai romper, por uma mulher, a promessa que fizemos a nossa mãe. Tren sentiu seu lado assassino sair à superfície. — Vou matar a qualquer um que faça mal a minha companheira, com promessa ou não. Os olhos de Jaro se abriram incrédulos, dando um passo atrás.


— Companheira? Vinculou-se com a terráquea? Não é possível. — Megan é minha companheira, a prova é visível em seu pescoço. Então vou lhe perguntar isso uma vez mais... Vai deixá-la no chão? Ou terei que te matar? Antes que Jaro pudesse fazer alguma coisa, algo golpeou Tren. Com um grunhido, voltou-se e disparou a um novo grupo de aliens que se aproximavam armados com pistolas laser. Uma presença a seu lado o fez grunhir, quando viu seu irmão com uma pistola na mão. — Acabou-se o jogo, Jaro. Chame seus comparsas — Gritou Tren. — Esses não são meus — Respondeu Jaro, com expressão sombria enquanto apontava e disparava. — Maldição! — Tren não gostava disso. —Megan. Voltou-se a tempo de ver como iam para sua figura estendida no chão. Tren rugiu enquanto corria, disparando para

a

vegetação

enquanto

ficava

sobre

seu

corpo,

protegendo-a. Alguns disparos o atingiram, fazendo-o apertar os dentes e não viu o ataque pelas costas que o deixou estendido no chão. — E é por isso que me converti em um mercenário em


lugar de um soldado — Disse Tren. Os ataques encobertos são muito melhor para minha saúde que a batalha aberta. As lesões que enchiam seu corpo se curariam se conseguisse chegar a uma unidade médica. Tren grunhiu enquanto tentava se levantar, enquanto os gritos e os disparos se intensificaram, imaginou que os guardas, que fez com que partissem durante seu encontro com Megan tinham chegado. Desesperado, olhou a seu redor procurando Megan. Quando não a viu ficou em pé. O movimento repentino o enjoou e pontos negros dançaram diante de seus olhos. E já não soube nada mais.

*****

Tren despertou na unidade médica e gritou quando a máquina não o deixou levantar até que completasse a recuperação.

Seu

grito

atraiu

Jaro

que

estava

com

hematomas de cores diferentes. — Onde está Megan? Tren podia senti-la, mas muito débil. Sua frágil conexão com ela o assustava como nenhuma outra coisa o assustou jamais. Tren lutou contra os laços invisíveis que o prendiam, enquanto a máquina continuava fazendo seu trabalho.


— Isto é sua culpa! — Gritou Tren. — Não fui eu que a sequestrou! — Gritou-lhe Jaro. — Mas foi você que fodeu minha segurança, não foi assim? Jaro,

ao

menos

teve

a

decência

de

parecer

envergonhado. — Eu só queria levar sua humana e copular com ela como você fez com Shinja, para que soubesse o que se sente ao ter uma mulher que te importa estragada por outro. Tren grunhiu. — Idiota! Quantas vezes tenho que dizer que nenhuma vez a toquei? Que ela é uma bruxa? — Jaro apertou os lábios. — Deixa de mentir, ela me disse isso. — Porque a muito puta estava louca e eu a rejeitei. — Mentira. Ela me disse que me amava e que só podia ficar comigo. — Ela estava fodendo com todo o regimento. Eu fui o único que lhe disse não. Não acredita? Bem, então ligue para os companheiros que tínhamos. Estou seguro que agora que o tempo passou, terão a coragem de admitir o que acontecia


as suas costas. Jaro se esticou por um momento, logo cedeu com resignação. — Alguns já confessaram. — E? — Perguntou Tren. — Os matei em vez de acreditar neles. Tren soprou. —

Provavelmente

mereciam.

Então,

vai

continuar

acreditando nessa puta que não serve para nada ou em seu próprio irmão e seu sentido comum? — O que? E renunciar à competição por ver quem é o melhor mercenário? — Disse Jaro sorrindo. — Já. Que competição? Os dois sabem que sou o melhor. — Isso diz o homem que tinha o sistema de segurança desativado e não percebeu até que fiz soar um alarme —Jaro sorriu em sinal de triunfo e Tren franziu o cenho. — Eu estava distraído. E agora estava muito preocupado por sua companheira.


— Quanto tempo falta para que esta maldita coisa termine? Tenho que ir atrás de Megan. — Ainda faltam umas unidades para terminar, mas não se preocupe, quase a tiramos das mãos do idiota que a levou. Tren jogou a cabeça para trás e fechou os olhos com alívio. — Esta bem. — Na realidade não. Z'nistakn foi quem a sequestrou e a levou a seu planeta que é virtualmente inexpugnável. Tren permitiu que um sorriso aparecesse em seus lábios. — Não, não é. Subornei o engenheiro que desenhou seu sistema. — Quer dizer que o torturou? — Disse Jaro com ironia. — Como você quiser, mas me deu os códigos da porta traseira para poder entrar. — Como sabe que não os trocou? — O matei depois — Tren riu e Jaro se uniu a ele. — Bem, isso nos dá uma oportunidade, mas não nos ajuda com as tropas que tem lá defendendo o terreno, tanto em terra como no espaço.


— Eu me ocupo em como entrar em sua fortaleza, afinal essa é minha especialidade. Quanto ao espaço, devem-me alguns favores. Vou trazê-la de volta, Jaro, embora tenha que iniciar uma guerra contra todo o conselho galáctico. Jaro suspirou. — Que bom. Não faz nem sequer uma unidade galáctica que estamos juntos e já esta me metendo em problemas — Riu. — Como nos velhos tempos. Tren riu com ele, mas a sua foi uma risada mais escura. Estava preocupado com Megan e faria qualquer coisa para voltar a tê-la. Ai daquele que ficasse em seu caminho!

*****

Estava se convertendo em costume, Megan abriu os olhos e piscou, suspirou e os manteve abertos. Não é que a vista que tinha a frente a atraísse. Além disso, a situação requeria o uso de todo seu engenho, porque de pé frente a ela havia um cruzamento entre um crocodilo e um ser humano. Em outras palavras, algo realmente feio. Diferente dos sequestros anteriores, desta vez estava sentada em uma


cadeira com apenas as mãos presas na frente, com os pés livres. Que engano. — Finalmente acordou — Falou a criatura, mostrando uma língua bífida. Ela enrugou o nariz. — Quem é você, o primo de Voldemort? —

Silencio

mulher.

Eu

sou

o

vereador

galáctico

Z'nistakn, mas pode me chamar de Professor. Uma risadinha escapou de seus lábios. — Não acredito, embora, posso ver que o chamarei de meu novo par de botas se não me levar novamente para junto de Tren. Megan fez a ameaça sem saber se Tren a resgataria novamente. Quando seu sequestrador apareceu e falou, reconheceu os sinais da riqueza a seu redor, os guardas estavam

bem

armados.

De

todo

modo,

Tren

não

se

preocuparia com ela, apenas era uma mercadoria que perderia, desfrutou de seu corpo, mas nada mais. Mas isso não a impedia de ter esperança, de que viesse empunhando suas armas para resgatá-la como Han Solo e Luke Skywalker fizeram com a Princesa Leia. O lagarto, cujo nome ela não podia pronunciar, plantou-se diante dela.


— Puta insolente. Eu a ensinarei a não zombar de seus superiores. Com seus dedos com garras agarrou o manto que levava e o abriu para revelar um pênis gordinho e pequeno. Megan começou a rir. — Ooh! Que medo olhe como tremo! É tão pequeno, quase minúsculo. Meu deus, toda sua espécie está tão mal dotada? Não é de se espantar que precisem sequestrar mulheres, as suas estarão rindo fora de casa. As risadas se ouviram na sala, o lagarto retraiu a garra e lhe deu uma bofetada, inclinando sua cabeça. Voltou-se para ele, e sorriu. — Muito bonito, outro alien covarde que só se atreve a bater em uma mulher quando está presa. Tren é o único alien na galáxia homem o suficiente para comandar uma mulher? Ela deveria aprender a se calar, pensou, quando ele a golpeou uma e outra vez, mas, preferia morrer a deixar que esse monstro a tocasse. Um assobio soou e uma voz anunciou. — Solicitação de teleconferência de Trenkaluan para o vereador galáctico Z'nistakn. O crocodilo parou de esbofeteá-la, seus olhos estreitos


iluminaram de prazer. — Já era hora. Estava começando a me perguntar se minhas tropas o tinham matado durante seu sequestro. O coração de Megan quase parou diante destas palavras. Tren estava ferido? Oh, meu Deus. O lagarto se separou dela e ficou em frente a uma grande parede em branco. — Ative a tela. O rosto de Tren encheu a parede, com os olhos azuis quase opacos pela fúria. —Z'nistakn — Grunhiu. — Cruzou a linha do tolerável. O alien cantarolou. — Ah, o poderoso mercenário, perdeu algo? O que aconteceu com sua reputação de estar sempre alerta? Mercenário? Megan franziu o cenho. Tren era um pirata do espaço, ou não? De repente, algumas coisas que ele disse e fez se esclareceram e ela queria rir de sua ingenuidade. Mercenário ou não, o amava. — Devolva-me Megan ou sofra as consequências — Ordenou Tren. — Não acredito. Bom, não até que faça uma série de


coisas para mim, então poderemos falar de uma possível troca. — Assinará sua sentença de morte, então. — Vai precisar algo mais que as ameaças para me assustar — Zombou o lagarto. Os lábios de Tren se curvaram em um sorriso sádico que a fez tremer, mas não com medo, mas de satisfação. O idiota que a tinha sequestrado não parecia perceber que brincava com fogo. Isso não era uma ameaça. Era uma promessa. O alien começou a rir. — Parece esquecer que tenho um exército a minha disposição. Na realidade, neste momento, já enviei meus esquadrões para vigiar sua nave se por acaso se nega a cooperar. O sorriso de Tren se alargou. — Quem disse que eu vim sozinho? A imagem da tela mudou para mostrar uma nave pequena flutuando no espaço e logo, de repente, havia dúzias de naves de diferentes tamanhos. Um fedor impregnava a sala quando o alien se decompôs de medo. Sua voz tremeu quando voltou a falar. — Como se atreve! O conselho não o permitirá me


matar. Isto significaria uma declaração de guerra se fizesse. Os olhos de Tren se estreitaram, seu olhar era frio. Megan quase podia sentir o frio que desprendiam. — Se for necessário uma guerra para que minha companheira volte comigo, que seja. Eu vou por ela. E quando o fizer, você e qualquer outra pessoa que cruze em meu caminho vai morrer. O alien entrou em pânico, e continuou gritando ordens. Megan, entretanto estava boquiaberta... Companheira? Acaba de se referir a mim como sua companheira? Um sorriso se desenhou em seu rosto. Ele não foi por ela, amava-a o suficiente para iniciar uma guerra galáctica. Nada dizia melhor eu te amo como o derramamento de sangue e a violência. As explosões se escutavam na sala e Megan levantou da cadeira e colocou as costas contra uma parede, mas o lagarto virou-se para ela. — Você mulher! Venha aqui. Já que significa tanto para ele, então me servirá bem para poder escapar. Ele não se atreverá fazer nada contra mim se você estiver em meu poder. — Se me quer, venha me buscar — Zombou.


O

lagarto

ia

para

ela,

quando

a

porta

da

sala

arrebentou. Megan, entretanto, não se atreveu a deixar de olhar o alien, os gemidos das criaturas que morriam enchiam o ar. Junto com os gritos chegou o aroma acre da carne queimada e o plástico que picava no nariz e enchiam os olhos de lágrimas. Um rugido de pura fúria se escutou na sala, mas Megan não teve tempo de sorrir ou olhar como seu pirata vinha resgatá-la. O monstro chegou e fez intenção de agarrá-la. Megan esquivou das garras e lhe chutou no que era sua virilha. Com um grito de dor, a lagartixa dobrou-se sobre si mesmo. Logo foi pela sala, até chegar a Tren, que o jogou a um lado como se fosse lixo. Um segundo depois, tinha-a apertada contra seu peito. Deu-lhe um beijo rápido nos hematomas que tinha nos lábios e logo a colocou atrás dele. Com uma pistola em cada mão, disparou nos soldados que chegavam, até que só se escutou um gemido que pertencia ao vereador corrupto. Tren embainhou uma pistola antes de apertá-la contra ele. — Está ferida? — Perguntou com brutalidade. — Só algumas contusões. Chegou bem a tempo. — Teria chegado antes, mas Jaro me obrigou a esperar os reforços.


Seu

tom

aborrecido

esquentou

Megan

enquanto

caminhavam para o vereador que tentou se arrastar e fugir. Tren lhe plantou uma bota negra nas costas e o deteve. — Alegro-me que o fizesse esperar, do contrário, a probabilidade de êxito teria sido menor. Além disso, o importante é que veio para me salvar. Olhos azuis, quase opacos se moveram para encontrar os seus. — Eu sempre virei por você. Voltou-se e apontou com sua arma à cabeça do lagarto. Megan o agarrou pelo braço, parando-o. — Espere, se fizer isso não se iniciará uma guerra com sua gente? Tren salpicando

disparou uma

e

série

a

cabeça

de

coisas

do que

alien era

desapareceu melhor

não

mencionar. — Sua vida é mais valiosa que o sangue ou o caos que se possam produzir de minhas ações no dia de hoje. Megan virou-se para ele. — Está dizendo o que acredito que está dizendo?


Tren virou-se e disparou na cabeça de algo que chiou. —

Pode

esperar

para

ter

esta

conversa

até

que

estejamos em um lugar seguro? — Pediu-lhe. — Oh, está bem! Mudando de assunto — Exclamou ela. — Faça algo útil, já que não vai admitir o óbvio. Ela elevou as mãos atadas. Tren sacou uma faca da capa e cortou as cordas. Já livre Megan se agachou e pegou uma pistola. — O que está fazendo? — Disse Tren. — Ajudar é obvio — Respondeu ela. — Pode ajudar permanecendo fora de seu caminho. Megan sorriu. — Obrigue-me. Com um movimento rápido a jogou no ombro, olhou suas nádegas enquanto a levava a um lugar seguro. E para que se apressar, a acariciou.


Tren não conseguiu relaxar até que chegaram à nave, uma viagem de volta muito mais tranquila pelo fato de que a maior parte das tropas de Z'nistakn desapareceram quando o divisaram,

sua

fama

o

precedia.

Era

uma

boa

coisa,

considerando a distração que levava sobre seu ombro. Sua companheira era muito travessa, em lugar de sucumbir a histeria e ao medo, brincava com ele, pedindo que andasse depressa porque, como ela declarou: — Estou suja e com tesão. Apertou o passo e se dirigiu diretamente a seu quarto. Jaro parou seu passo, de pé diante dele como um muro imóvel. Tren quase atirou nele, sua paciência estava se esgotando. — Fora de meu caminho! — Grunhiu. — O conselho galáctico esteve chamando. — Diga-lhes que estou ocupado — Respondeu Tren. O palpitar em suas vísceras era uma necessidade muito mais importante e que tinha que aliviar. Jaro sorriu. — Acredito que ter uma companheira deixou seu cérebro


podre, um destino que espero não sofrer. Mas deixando seus problemas mentais de lado, e antes que você vá desfrutar dela, deve saber que não haverá represálias por nossas ações. Ao contrário, Z'nistakn tinha uma ordem de expulsão, e como se encarregou disso, significará uma boa soma de crédito para os dois. Tren não se incomodou em seguir discutindo sobre a partilha dos lucros, apesar de que ele foi o que matou o vereador corrupto. — Está bem, já me deu a notícia, agora se mova. Jaro levantou uma mão. — Espera, há mais. Ao ficar uma cadeira vaga no Conselho, e considerando sua lealdade e seu bom trabalho, está nomeado para o posto. Uma grande honra para nosso povo, como bem sabe. — Diga-lhes que não. Eu não faço política. — Não tem tempo — Disse Megan. — Porque tem as mãos ocupadas comigo. — Silêncio, mulher. Tren golpeou seu traseiro, não lhe doeu, mas de todo modo chiou e lhe beliscou as nádegas em represália. Tren quase a colocou contra a parede, estivesse seu irmão ali ou


não, se conteve com muita dificuldade. Jaro negou com a cabeça. — Rejeita esse cargo de honra? — Agora vá para ponte de comando e não me incomode a menos que haja algo que matar — Ordenou Tren. Jaro riu quando se colocou de lado. Tren passou junto a ele e apertou o botão no console, que o levaria a seu quarto. Foi direto à sala de limpeza, levando Megan em cima de seu ombro, não se incomodou em tirar as roupas sujas e entrou no posto de limpeza. Apertou um botão e o laser começou a limpeza, desintegrando a roupa o que resultou muito interessante, já que deixou as nádegas nuas de Megan na posição perfeita para morder. Ele não pode resistir e ela gritou. — Vai me colocar de pé? Deu-lhe outra mordida antes de responder. — E se não quiser? — Então, vai te custar trabalho me segurar — Replicou ela. Tren não pode deixar de sorrir diante de sua observação tão descarada. Inclusive tendo sido sequestrada e golpeada,


nada, nada podia acalmar seu espírito indomável. Permitiu-lhe deslizar por seu corpo, lentamente, a fricção suave de sua pele contra a dele, deixou seu sangue a um ponto de ebulição. Partes da roupa ficaram presas entre seus corpos. Viu os hematomas que tinha no rosto, e acariciou com um dedo a curva de sua bochecha. — Sinto muito. Isto não deveria ter acontecido, temos que ir à unidade médica. Megan lhe agarrou a mão e deu um beijo na palma. — Estou bem, Tren. Eu prefiro lhe demonstrar quão feliz estou de que tenha vindo por mim. — É minha, Megan — Ele suavizou suas palavras com um sorriso. — Se esta for sua maneira de dizer que me ama, então eu também te amo, meu monstruosamente grande pirata púrpura. Ou deveria dizer mercenário? — Ela arqueou uma sobrancelha e sorriu timidamente. — Mercenário retirado convertido em especialista em aquisições. E agora seu companheiro. — E o que significa ser meu companheiro? O que quer


dizer? Tren a levantou pela cintura e a colocou de costas contra a parede. — Isto significa... — Respondeu, colocando seu pênis em seu úmido canal que lhe deu boas-vindas. — Que você me pertence e eu pertenço a você. Colocou as pernas ao redor dele enquanto o olhava com os olhos brilhantes. — Isto significa que, se alguém a sequestrar, irei buscála e os matarei, lenta e dolorosamente. Seu canal se apertou ao redor dele. — Isto significa que, embora me deixe louco com sua conversa e tentativas de me mutilar, eu a castigarei com delicioso prazer até que grite meu nome com o clímax. Isto significa que vou te amar para sempre, não importa o que acontecer. — Oh, Tren! Eu te amo muito! Ela não disse nada mais, e ele tampouco a menos que contasse o grito que soltou enquanto sentia seu orgasmo ao redor de seu pênis. O férreo controle de seus músculos pélvicos o ordenhou


e se esvaziou dentro dela. Ofegantes, abraรงaram-se, e Tren sorriu. Talvez tivesse demorado para atravessar os limites da galรกxia e sequestrar acidentalmente uma mulher bรกrbara para encontrar o amor, mas voltaria a fazer novamente, isso e

muito

mais,

se

significasse

companheira para sempre.

ter

Megan

como

sua


Vários ciclos galácticos mais tarde... Megan vagou pela ponte de comando da nave e encontrou Tren sentado em sua poltrona, sorrindo. Ela sentou-se em seu colo, com os braços ao redor de seu pescoço e o aproximou para dar um beijo. Tren lhe deu um rápido beijo que a fez franzir o cenho, parecia a ponto de estalar de alegria. — O que o deixou de tão bom humor? — Perguntou. Por dizê-lo em outras palavras, o que o distraía tanto que não tinha saltado ainda em cima dela? — Trago um presente. Ele a girou para que olhasse para frente e a ouviu tocar o console. A tela da parede se iluminou com uma vista que reconheceu. Ela fez uma careta de desgosto. — A Terra? Trouxe-me para casa. Mas, por que? Não vê que já tenho tudo o que necessito? —

Tudo,

misteriosamente.

exceto

uma

coisa

Ele

respondeu


Um momento depois na tela apareceu a área de carga. A câmara fez um zoom em uma jaula e Megan viu o que havia. — Pegou Cameron por mim? O idiota que tentou matá-la fazia muito tempo e que a lançou à aventura de toda uma vida. Seu ex-noivo soluçava em sua jaula e Megan negou com a cabeça diante seu comportamento covarde. E pensar que uma vez dormi com isso. —

A

princípio,

tinha

planejado

pendurá-lo

pelos

calcanhares, abrir o ventre e lhe dar de comer suas próprias vísceras, mas teria terminado muito rápido. E eu quero que sofra pelo que fez a você. Girou em seu colo, até que o olhou aos olhos. — Bom, já sabe, o que fez foi iniciar a cadeia de acontecimentos que me trouxe para você. — É por isso que não estou pensando em torturá-lo eternamente. Entretanto, tem que pagar pelo que fez. Seus lábios curvaram diante do olhar malvado em seu rosto. — Tem um plano, não? Tren não respondeu imediatamente.


— Conheço um bordel no qual se pratica os atos sexuais mais perversos e estão procurando um prostituto. Megan começou a rir. A velha Megan poderia ter se assombrado com que Tren pretendia fazer com Cameron. A nova Megan, forjada no amor e adaptada a uma nova realidade mais violenta, sorriu. — Oh, meu Deus, é tão deliciosamente mau. — Tinha a esperança de que fosse como ele. — É igual a ele, eu adoro. Mas não tanto como o amo, meu pirata púrpura. — Mercenário — Grunhiu. Megan sorriu. Não deixavam de ter esta discussão de propósito, era obvio. Ela gritou quando ele a levantou e a colocou por cima do ombro. — De volta a cama até que aprenda a lição. — E qual seria? — Sou o mais temido dos mercenários no universo conhecido, e vai me obedecer ou sofrerá as consequências. — Prefiro que seja meu pirata e que me tome a força. Ele golpeou seu traseiro e logo esfregou a mão contra a


dobra de sua vagina. — Nunca vai deixar que esqueça que a sequestrei acidentalmente, não é? — Não. Mas não se preocupe, eu ainda o amo. — E eu te amo, minha bela terráquea. Mas não diga a ninguém, ou terei que matá-los. A risada soou, cheia de alegria porque ela descobriu nos braços de seu amante alienígena: o amor. No fim fez amor com ela, e quando ainda discutiam sobre seu título, lhe ensinou que sempre deveria dizer o que pensava, que os resultados eram muito agradáveis para não fazê-lo.



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