Contos de Enigma - 8º ano 2020

CONTOS DE ENIGMA

a 8 ano – 2020

Apresentação Prefácio Por Felipe, Fernando e Joaquim Quando citamos a palavra enigma, o interesse é instantâneo; ao começar a leitura de um livro deste gênero, a busca pela solução faz com que o leitor fixe seus olhos a cada letra das páginas que seguem. Provavelmente um dos maiores nomes da literatura policial enigmática é Sherlock Holmes. A escrita de Doyle, o autor do intrigante personagem é sem dúvida, uma das mais fabulosas que já lemos.

Para escrever nossas histórias, uma grande pesquisa foi feita; começamos com a leitura de um conto, o qual realizamos diversas atividades e discutimos em aula.

Logo, estabelecemos limites para o gênero que encararíamos mais à frente, na escrita.

Tivemos o grande privilégio de ler os livros de Sherlock; foram duas grandes histórias que usamos como base para os contos que produziríamos; deste modo, conhecemos o personagem mais a fundo.

Depois da leitura, discussões e exercícios, nossa professora sugeriu-nos o intrigante desafio: solucionar um único mistério; outrossim, os contos neste livro abrigam as mais variadas soluções de um exemplar enigma.

Enlouqueça com os diferentes resultados desta equação enigmática.

Boa leitura!

Autores Ana Julia Marques Ganzer Carolina Zulian Teles Felipe Orion Hindrikson Golz Fernanda Katatani Bernardes Ferreira Fernando Puzzilli Fontana Gabriel Hydalgo Ribeiro de Melo Gustavo Rioli Pires Castanho Isabela Oliveira dos Reis Joaquim D´Horta e Silva Leticia Peres Gruber Lucas Rodrigues Duran Maria Clara Tetzlaf Caniatto Martín Lima Bosch Priscila Contreras Villegas Tiago do Carmo Pikel Veridiana Rabello da Silva Prado

O caso da parede sussurrante Por Ana Julia Na bela mansão situada em Londres, a Senhora Bellgrade, viúva do comendador Bellgrade, contratou o detetive Sherlock Holmes, pois afirmou ouvir vozes que tramavam sua morte e ainda cavavam sua sepultura.

Dr. Watson, assistente de Holmes quis encaminhá-la a um psiquiatra, mas o procurador dela, Guy Winding, pediu a Holmes que investigasse o caso.

O enérgico detetive interrogou todos os empregados da mansão Bellgrade, o que incluía o jardineiro Paul Pullman, a criada Gerda Foxworth, o mordomo Soames Carston, a cozinheira Carmine Crouton, e até o diarista Raul Huffmann.

Sherlock então começou a procurar pistas que o levassem à captura do culpado: encontrou uma pá na sala, que o levaria a suspeitar do Jardineiro Paul. Logo essa pista foi descartada, pois percebeu que alguém plantou essa pista para incriminar o jardineiro.

Seguindo, Sherlock encontrou pegadas de sapatos femininos na sala e nos quartos, suspeitando da criada Gerda e da cozinheira Carmine, porém analisando os fatos descartou a duas, pois Guerda era a que mais se movimentava dentro da mansão pelo fato de ser governanta e Carmine não saía da cozinha.

Descartou também o diarista pois ele não dormia no emprego, e no interrogatório provaria que estava em suas casas em todas as noites.

Sherlock então foi verificar uma foto em cima do balcão da sala.

Nela aparecia o casal Bellgrade acompanhado de outras cinco pessoas. Ele então questionou Lady sobre quem eram as cinco pessoas, ela respondeu que quatro eram primos e uma era a antiga governanta, que faleceu na mansão cinco anos atrás, chamada Mary.

No dia seguinte o detetive informou que teria que fazer uma viagem às pressas, por problemas particulares e se ausentaria. No entanto, era um truque para se infiltrar na mansão sem que ninguém percebesse.

O detetive então se escondeu na adega e nessa mesma noite ele começou a ouvir sons. Sherlock então começou a segui-los e descobriu que eles vinham de um quarto próximo e foi até lá de mansinho. As vozes

vinham atrás de um armário antigo, ele moveu o objeto e descobriu um fundo falso na parede.

Dentro da parede estava escondido o Mordomo Soames, ele que estava emitindo as vozes e foi pego em flagrante.

Questionado porque estava fazendo aquilo, Soames disse que era filho da governanta que tinha morrido na mansão e que achava que a mãe morreu por muito trabalho, pois quase não tinha folga e que ele, revoltado, jurou vingar a morte da mãe se empregando na casa dos Bellgrade.

Soames tramou as vozes com a intenção de que Lady Bellgrade ficasse louca e se suicidasse, livrando-o de cometer um assassinato e passar impune.

Mas o plano do mordomo não deu certo e, graças à Sherlock Holmes, foi desmascarado e preso, devendo passar alguns anos na cadeia.

O caso da parede sussurrante Por Carolina Todos que passavam pela avenida mais movimentada e chique da cidade de Londres ficavam maravilhados pela beleza da mansão Bellgrade. Essa mansão já ganhara vários prêmios por ser considerada a mais bonita da cidade. Os donos se chamavam Lorde Ashton Bellgrade e sua esposa se chamava Lady Bellgrade; Ashton trabalhava como advogado e Lady como Atriz, mas seu principal foco era ser modelo.

Eles contrataram os melhores funcionários do mundo para trabalhar na mansão, o que incluía o jardineiro Paul Pullman, a cozinheira Carmine Crouton, a criada Gerda Foxworth, o mordomo Soames Carston e até o diarista Raul Huffmann.

Soames, além de suas responsabilidades na mansão, era também secretário de Asthon e Lady.

Eram mais ou menos três horas da tarde quando o telefonema tocou: — Sim! - disse Soames.

— Olá Soames, aqui é a Flavia, tudo bem? Estou na porta da delegacia aguardando Asthon. Sabe me dizer se ele está chegando?

— Claro, ele já está a caminho.

Assim que desligou o telefone, entrou na sala de Asthon e comentou: — Senhor, sua cliente, Flavia ligou dizendo que o aguarda na porta da delegacia para entrarem e dar o depoimento.

— Obrigado por avisar – respondeu Asthon rapidamente, pegando sua maleta, saindo da mansão e entrando no fiacre.

Enquanto isso, Lady estava em seu quarto arrumando-se para que seu pintor a retratasse; ao terminar, foi para o ateliê. Asthon levou duas horas e meia para que conseguisse terminar seu trabalho na delegacia e logo pediu ao cocheiro que voltasse à sua casa. Entretanto, estava chovendo muito, o que deixou-o esperando por volta de meia hora.

A chuva não melhorava, mas mesmo assim ele foi até um fiacre. A rua estava muito escorregadia, sem movimento e uma neblina cobria tudo.

Sem perceber, o cocheiro se distraiu por conta de um raio acompanhado de um estrondo e começou a invadir a pista contrária, o que levou a um acidente fatal com outro carro. *** — Alô, por acaso estou falando com Lady Bellgrade? – disse uma policial.

— Sim, e você quem é?

— Sou a Policial Chefe Charlie Will, estou ligando para dar-lhe uma notícia muito ruim.

— E qual seria essa notícia? - respondeu Lady interrompendo Charlie com um tom de preocupação.

— Eu sinto muito Lady..., mas seu marido morreu.

— Como assim?! Se isso for uma brincadeira é melhor parar agora!

— Infelizmente não, Lady, ele morreu há pouco em um acidente.

Lady desligou o telefone, jogou-o em cima da cama e caiu no chão chorando de um jeito que ninguém nunca viu, o que fez com que os funcionários ouvissem o barulho e fossem direto vê-la. Quando chegaram, ouviram o que aconteceu e também ficaram em choque.

Passaram-se alguns dias depois que Ashton morreu e todos da cidade e do mundo inteiro estavam apoiando Lady com a morte do seu marido.

Antes e depois dessa morte Soames sempre achou que Lady e Ashton pegavam pesado com os afazeres dos funcionários e, além de terem as suas obrigações, eram-lhe conferidas tarefas que não eram de suas funções. Como Soames já tinha se “livrado” de um, ainda faltava Lady, então ele usou a morte de Ashton como base para seu plano.’

Enquanto Lady chorava em seu quarto há dias e dias, Soames pensava em seu plano de vingança. Ele estava na cozinha, um lugar desértico. Carmine ia até a despensa para saber o que faltava para comprar, mas viu que Soames estava no balcão escrevendo algo, então ela foi para trás dele e começou a ler.

— O que você vai fazer com isso? – perguntou, disfarçando com uma cara de apaixonada.

Na hora, Soames virou rápido e escondendo os papeis, não falou nada, apenas demonstrou estar bravo, com uma cara de desespero e nervosismo.

— Fala, desembucha! – gritou Carmine de um jeito que não sabia se ficava brava ou normal – Eu vi o que você escreveu, então trate de me contar agora, ou senão...

— Ou senão, o quê? – perguntou Soames com um tom ameaçador — Senão eu vou contar para a Lady e seu plano irá tudo por água abaixo!

— Você não faria isso!

— Duvida!?

Nessa hora, Soames ficou em choque, pois nesses dois anos de trabalho, em nenhum momento Carmine teve essa coragem.

— Que seja, você não vai abrir a boca para ninguém! – argumentou Soames.

— Tudo bem, eu não conto pra ninguém, mas eu vou querer algo em troca!

— O que você quer?

— Não sei ainda, vou precisar pensar.

— Então você pensa e depois me fale.

— Está bem.

Cada um foi para um lado fazer seus afazeres. No dia seguinte, Soames foi para a cozinha e perguntou para Carmine se ela já havia pensado.

— Bom dia Carmine, você já pensou aquilo?

— Bom dia, eu ainda não sei o que eu quero em troca, mas eu pensei ontem à noite e quero participar. Tudo bem em eu ser sua cumplice?

— Eu não sei, não!

— Olha, ou você me deixa participar, ou eu conto para a Lady. Você que escolhe?

— Já que eu não tenho opção, certo!

Carmine estava explodindo de felicidades por dentro, mas tentou não demonstrar por fora, pois ela iria ficar mais próxima do Soames, já que gostava dele.

No mesmo dia, eles já começaram a pôr o plano em ação.

— Bom, o que você pensou? - perguntou Carmine.

— Eu pensei em fazer o seguinte...

Soames terminou de explicar o plano e eles já estavam preparados para fazer a primeira etapa: — Aaaaaaaaaah! - gritou Carmine na cozinha.

Todos foram para lá desesperados e quando chegaram, viram Carmine em cima do balcão olhando para baixo.

— O que foi, Carmine? Que gritaria foi essa? - perguntou Lady.

— É... que eu...vi um...

— Um o quê? - perguntou Paul.

— Um rato enorme de dentes gigantes e pelo preto!

— Meu Deus! – disse Lady subindo em uma cadeira.

Nessa hora os meninos ficaram olhando no chão para ver se encontravam o rato, enquanto as meninas subiram em cima das cadeiras com medo. Depois de alguns minutos de procura, Raul disse: — Meninas... nós não achamos nenhum rato. Carmine, você tem certeza que viu?

— É... sim!

— E agora? - disse Gerda.

— Eu acho que vocês não procuraram direito, pois eu tenho certeza que vi!

— Nessa hora, Soames estava fazendo a primeira parte do plano, que era escrever a seguinte frase: “Eu voltei, meu amor” no espelho da penteadeira no quarto de Lady.

— Onde está Soames? Faz tempo que eu não o vejo. Eu queria pedir...

— Estou aqui Lady! – falou chegando por trás dela, interrompendo-a.

— Ah, oi, eu preciso que você me faça um favor!

— Sim, pode falar!

— Eu queria que você ligasse para o melhor dedetizador da cidade.

— Sim, mas para que chamar um dedetizador se a Gerda já faz praticamente esse serviço?

— Pois a Carmine disse que viu um rato aqui na cozinha e os meninos não acharam! Então, onde quer que esteja esse bicho, quero que ele morra!

— Ah, tá, pode deixar que eu ligo, sim. *** Mais tarde, Lady ainda não tinha entrado em seu quarto, pois estivera no escritório. Várias vezes, Carmine e Soames iam lá para perguntar se ela precisava de algo e sempre falava seu belo e arrogante “não”. À noite, Lady foi ao quarto para tomar seu banho, mas estava tão concentrada em seu livro, que passou reto, sem ver o espelho. Ao terminar o banho ela trocou-se e foi até a sua penteadeira para pegar a escova de cabelo, quando se deparou com a escrita feita com batom. Ela ficou tão traumatizada que nem jantou e, no dia seguinte, acordou às 14:00 da tarde. Quando ela se levantou, se trocou e foi para a cozinha tomar café da manhã: — Boa tarde, Lady! – disse Carmine lavando a louça Lady não respondeu e Carmine ficou pensativa, então falou: –—Bom, Soames mandou te avisar que Paul já foi cortar o jardim daquele jeito que você gosta; Raul limpou a casa e a piscina, também do jeito que você gosta; Gerda foi no mercado comprar alimentos e produtos de limpeza para mim; Soames está fazendo os afazeres dele e nos supervisionando; e eu estou arrumando a cozinha, mas se precisar, eu posso fazer alguma coisa para você comer agora, o que acha?

— Não, obrigada.

— Mas você não pode ficar sem comer.

— Está bem...

Carmine fez torradas com manteiga, Lady comeu, mas deixou metade no prato. Logo, subiu para o quarto correndo e a Carmine foi atrás.

— Posso entrar? – perguntou Carmine atrás da porta.

— É... entra, vai!

— O que está acontecendo com você? Não come, não dorme, chora pela casa inteira...

— É...

— Pode contar!

— Está bem! Ontem à noite eu vim aqui no meu quarto e fui direto para a banheiro, quando eu voltei estava escrito no espelho uma frase que me assustou e, por favor, não me pergunta o que estava escrito.

— Ah, me desculpe, eu não sabia que era um assunto delicado, mas eu vou indo tenho terminar um afazeres! – falou Carmine ansiosa para correr ao quartinho de Soames.

— Soames, você não vai acreditar no que acabou de acontecer!

— O quê?

— Carmine me disse o porquê estava todo esse tempo daquele jeito, e adivinha? Foi pela escrita no espelho!

— Ótimo, o nosso plano está fluindo bem, agora vamos para a segunda parte! Às 16:00 horas da tarde no mesmo dia, Soames chegou no escritório de Lady e falou: — Lady, eu vou ter que sair, pois tive um problema familiar, mas não vou demorar!

— Pode ir sim, mas só vou te liberar, porque você fez todos os afazeres que eu pedi!

Soames não ia resolver nenhum problema familiar, ele ia em uma loja de relógios, pois queria ver se encontrava algo que iria usar para fazer a segunda parte do plano.

— Em que posso ajudar? – perguntou um funcionário.

— Por acaso você vende Gramofone?

— Sim, tenho várias opções, elas estão no segundo corredor.

— Obrigado.

Soames foi até o segundo corredor e comprou o mais caro, pois seria o mais avançado:

— Como que eu coloco um áudio em um disco de vinil? - perguntou Soames.

— Ou você me traz o áudio pronto e eu só o coloco no disco ou se preferir gravamos na hora! O que o senhor me diz?

— Bom, eu não estou com o áudio pronto, então podemos fazer agora?

— Deixa eu ver a minha agenda... Podemos sim!

Eles foram para uma salinha e começaram a gravar. Depois disso, Soames esperou na entrada da loja. Passaram-se alguns minutos e o funcionário chegou com o disco pronto nas mãos: — Pronto, são 45 libras!

— Está bem, toma!

Soames pagou o funcionário, saiu da loja e foi direto para a mansão Bellgrade.

— Soames por que essa demora? - disse Lady brigando com ele.

— É... que... minha mãe caiu da escada e quebrou o pé e tive que ficar com ela no hospital, mas ela já está bem!

— Bom, melhoras pra ela!

No dia seguinte, Lady saiu logo cedo de casa, pois foi tratar coisas relacionadas sobre a morte de Ashton: — Carmine eu consegui os materiais para nós partirmos para a segunda parte do plano.

— Está bem, vou distrair os demais. Boa sorte!

Carmine chamou todos os funcionários e comentou: — Pessoal, como todos nós já fizemos as nossas obrigações, o que acham de fazermos uma festinha?

— Mas e a Lady? – perguntou Raul.

—Ela saiu para resolver papelada e, acredito eu, que vai demorar! Vai gente, nem que seja por uma meia hora!

De tanto Carmine insistir, todos cederam. Enquanto isso, Soames estava colocando em prática a segunda parte do plano. Ele estava no quarto de Lady, colocando o Gramofone em um dos armários que ela não usava, ao fazer o teste, ficou feliz, pois dava a impressão de que as vozes feito por Soames, estavam saindo pelas paredes. Ele também fez um sistema que ao apertar um controle o gramofone tocaria e com isso, daria para ouvir as vozes. Ao terminar foi para a cozinha, para não deixar pistas.

Lady voltou para casa segurando vários papeis e ficou para o seu quarto para descansar um pouco. Depois um uns vinte minutos que Lady entrou em seu quarto, Soames decidiu apertar o controle:

“Oi meu amor, estou de volta.”

— Quem está aí?

“Meu amor sou eu, você não está me reconhecendo?”

— Ashton?

“Eu mesmo, agora podemos ficar juntos” — Mas você está morto!

Depois disso “Ashton” não falou nada e Lady estava apavorada. Então, ela desceu até a cozinha e perguntou para Carmine: — Ashton morreu, né?

— Sim, você não lembra disso?

— Você ter certeza do que está falando?

— Sim, ele morreu há duas semanas. Mas, como você não lembra da morte do seu marido?

— É porque eu ouvi vozes no meu quarto e quem falava era Ashton, dizendo que estava voltando!

— Jesus!

Passou-se uma semana que Lady ouvia as mesmas falas de Ashton todas as noites, então ela teve a ideia de chamar o melhor detetive do mundo, Sherlock Holmes, e foi quando a campainha tocou: —Pois não?

— Prazer, eu sou Sherlock Holmes e uma pessoa me ligou dizendo que queria saber se eu poderia resolver algo aqui neste endereço!

— Desculpa, mas você está no lugar errado.

— Sherlock Holmes, seja bem-vindo, entre, por favor! - disse Lady.

— Obrigado.

— Venha, vamos até o meu escritório para conversar melhor.

Já no escritório, Lady contou tudo, detalhe por detalhe. Eles decidiram que Holmes iria ficar na casa por um tempo para investigar: — Você suspeita de alguém?

— Eu acho que não seria nenhum dos meus funcionários, pois eles trabalham comigo há dois anos e penso eu que criamos um laço de amizade. Então eu acho que foi alguém de fora.

-Certo, de qualquer forma eu vou investigá-los!

Sherlock Holmes já estava há cinco dias na mansão Bellgrade, já tinha algumas hipóteses e também alguns suspeitos: — Esse tal, Sherlock Holmes está estragando todo o nosso plano, ele fica nos observando, nos seguindo, que coisa irritante!

— Estão falando sobre o quê? – perguntou Holmes entrando na cozinha.

—Nada que deveria te interessar. – falou Soames bravo.

Logo após dessa conversa, Holmes pediu permissão a Lady para entrar nos cômodos e investigar e, como resposta, ela disse sim. Holmes deixou para investigar o quarto de Lady por último: — Que estranho! Todas as paredes desta mansão são de alvenaria, e mesmo que o culpado tenho colocado algo na parede, daria pra ouvir!

— E como você tem certeza disso? - perguntou Lady.

— As paredes de alvenaria não são ocas, então quando você bate não se ouve nada, então se o culpado colocou algo dentro da parede nós ouviríamos.

— Então vamos começar a bater na parede.

Eu já fiz isso e não ouvi nada, então o culpado não colocou algo dentro da parede. Mas também podemos dizer que o culpado colocou o objeto dentro de algo, só que não é a parede. Eu vou fazer um interrogatório com todos os funcionários.

Sherlock chamou primeiro o Paul e perguntou: — Você gosta de Lady, e quem você acha que pode ser o culpado?

— Eu gosto demais da Lady, na verdade ela foi a minha salvação, pois antes de trabalhar aqui eu estava desempregado e com dívidas para pagar, então ela me contratou e por isso eu sou muito grato a ela. Eu acho que foi o Soames e a Carmine, pois desde a morte de Ashton eles não se desgrudam.

A próxima que Holmes interrogou foi a Gerda, ele fez a mesma pergunta para ela e como resposta, ouviu: — Olha, eu acho que foi alguém aqui de dentro, pois desde a morte de Ashton, Lady não abre mais a porta por nada. Não recebe visita, nem sai pra passear, etc.

E por último foi o Raul. Holmes preferiu interrogar Soames e Carmine no dia seguinte: — E então Raul, quem você acha que é e por que essa pessoa faria isso?

— Não sei direito, acho que ninguém que trabalha aqui faria isso, a Lady é uma graça, então não tem motivos de fazermos isso com ela.

— Está bem, muito obrigado!

No dia seguinte, logo de manhã, Holmes decidiu falar primeiro com Soames e em seguida com Carmine:

— Bom, e você, quem seria o culpado em sua opinião?

— Eu acho que foi a Carmine, ela me disse que não gostava das coisas que Ashton pedia pra ela, e da Lady, nossa, o ódio é profundo.

— Obrigado, vou levar isso em consideração.

Dessa vez foi a Carmine e Holmes se aprofundou mais nela: — Carmine, você gostava de Ashton?

— Sim, ele era um homem super bacana, eu o admirava!

— E a Lady?

— A Lady, sem palavras, ela é um doce de pessoa.

— Você tem ideia de que seja?

— É... eu acho que não foi ninguém.

— Está bem, obrigado.

Holmes ficou com a hipótese que foi a Carmine, mas não tinha provas. Então Holmes foi em seu quartinho e começou a investigar, mas não encontrou nada. Foi até o jardim e viu Carmine e Soames conversando. Ele foi tentando chegar mais perto, mas sem que o vissem. Ele não ouviu muito bem, a única coisa que ele ouviu foi Soames falar “o nosso plano está dando certo, mas preciso despistá-lo”. Então Sherlock usou o seu fonógrafo de bolso e gravou essa fala. Ele ficou pouco confuso, portanto, foi investigar o quartinho de Soames.

Depois de uns cinco muitos procurando, ele se colocou no lugar do criminoso e pensou onde ele esconderia algo. Foi até o armário e o abriu. Nele, pôde ver algumas roupas de trabalho e algumas roupas pessoais. Porém, ao empurrar algumas roupas para o lado direito e outras para o lado esquerdo, bateu no fundo do armário, e o som que ouviu indicava uma conclusão, a de que Soames estava escondendo algo. Holmes pegou um martelo na despensa e começou a quebrar o fundo do armário. Feito isso, viu uma caixa pequena e, ao abrir, achou um controle. Ficou pensando que pista seria essa e foi ao quarto de Lady.

Ao chegar, Lady estava lá em um telefonema, mas Holmes não queria atrapalhar. O que ele achou mais estranho é que o controle só tinha um botão e atrás tinha uma etiqueta com o nome da loja. Holmes tinha a impressão que já ouviu falar nessa loja, com isso chamou um fiacre e saiu: — Por favor, o senhor conhece essa loja? - perguntou Homes.

— Sim, é uma loja de relógios, mas também vende uns aparelhos, quer que eu te leve lá? - disse o cocheiro.

— Sim, por favor.

Holmes chegou na loja e perguntou ao funcionário o que ele vendia exatamente, que respondeu:

— Desculpa te interromper, mas você disse gramofone?

— Isso mesmo.

— Você poderia me mostrar os modelos?

— Claro, me acompanhe. Chegamos, pode ficar à vontade, se precisar é só me chamar.

— Está bem.

Sherlock começou a andar pela loja. Além dos gramofones, ele também viu outras coisas.

— E você conseguiria fazer um disco de vinil, só que não necessariamente de música?

— Sim, aí podemos fazer de duas maneiras: ou você me traz gravado e eu só coloco no disco ou podemos gravar na hora.

— É, eu tenho um casamento e queria fazer uma homenagem, será que podemos fazer isso agora? - disse Holmes dando uma desculpa.

— Claro, me acompanhe!

Eles gravaram normalmente, e Holmes ficou esperando na entrada. Quando o funcionário veio, trouxe o disco e um controle: — Você precisa de um gramofone?

— Não precisa, eu já tenho.

— Está bem então, olha esse é o disco e esse é o controle, quando você quiser que toque o que você está falando no disco é só apertar.

— Está bem, obrigado.

Holmes voltou pra mansão e testou. Nesse momento, Lady passava pelo seu quarto e rapidamente seu cérebro e pensou que fosse a que voz vinha do seu quarto.

Entrou rapidamente no quarto de Holmes assustado: — O que foi Lady?

— É que quando você tocou isso, tive a mesma sensação de quando eu ouvia as vozes.

— Hummm. Olha eu estou com esse gramofone e ele tem quarenta por quarenta centímetros. Você sabe me dizer se no seu quarto tem algum lugar em que possa guardá-lo?

— Sim, os armários. Mas por quê?

— Eu acho que sei quem está fazendo isso, mas preciso só ter certeza.

Eles foram para o quarto e começaram a vasculhar todos os armários, cômodas, etc.

— Eu sabia, tinha certeza.

— O que? - disse Lady Holmes mostrou o que tinha no armário e pediu para que Lady chamassem todo mundo no quarto.

— Bom, vocês devem estar se perguntando o porquê eu mandei chamar vocês aqui.

— Sim – comentou Raul.

— Bom, eu fiquei duas semanas aqui investigando todos que moram aqui, as pessoas que entram ou saem, o que fazem etc. Porque a Lady ouvia vozes aqui no quarto que, aparentemente, pareciam o Ashton, e eu sei quem foi o culpado.

— Quem? – perguntou Gerda.

— Foi o Soames e a Carmine!

— O quê?! Primeiro você não pode ir entrando na casa dos outros e ficar investigando e depois apontar o dedo sendo que essa pessoa não fez nada.

— Na verdade, meu caro colega, eu tenho provas sim que foi você e a Carmine que colocaram o gramofone no armário de Lady para assustá-la.

— E quais seriam essas provas?

— Bom, primeiramente, Soames e Carmine conversavam o tempo todo; dois, quando interroguei todos vocês, você, Soames, apontou o dedo dizendo que ela seria a culpada.

— Isso é verdade, Soames? - disse Carmine, muito triste com a traição de Soames.

— Sim. — Continuando, três, eu fui em seu quarto, Soames, e abri o seu armário. Lá eu achei esse controle com o nome da loja. Fui até lá e também fiz a mesma coisa que você. Quando voltei eu testei, e Lady entrou no meu quarto e disse que, ao ouvir, dava a mesma sensação de quando ela escutava as vozes no quarto dela. Nós viemos para o quarto dela e achamos um gramofone. Além disso, eu vi você e a Carmine conversando no jardim e gravei a conversa, ou seja, tudo indica que o culpado foi você.

Mesmo assim, Soames ficava negando que o culpado era ele, então Carmine disse: — Foi o Soames e eu sim, que fizemos isso com a Lady!

— O quê?! - disse Lady.

— Isso mesmo, nós achamos que você pega pesado com a gente. Eu te admiro muito, mas realmente nós estávamos sendo tratados que nem lixo.

Todos ficaram impressionados, então a Gerda viu que o ar estava meio pesado e chamou a polícia. Depois de cinco minutos os policiais chegaram, mas ninguém atendia, então os policiais arrombaram a porta e começaram a procurar pessoas pela casa.

— Todos com a mão na cabeça! - disse um policial.

— Está tudo bem, podemos abaixar a arma. – comentou Holmes.

— Holmes, é você?! Resolveu mais um caso, né?

— Isso mesmo!

— E quem é o culpado?

Holmes apontou os culpados, que foram levados para a prisão. Lady agradeceu: — Obrigado Holmes, você realmente salvou a minha vida.

— De nada, se precisar da minha ajuda é só me ligar, tchau!

— Tchau!

Depois de toda essa confusão, Lady colocou seguranças pela mansão e redobrou as câmeras. Carmine e Soames ficaram dois anos na prisão e Lady começou uma nova vida.

FIM

O caso da parede sussurrante Por Felipe Quando lady Bellgrade afirmou ouvir vozes que tramavam sua morte e ainda cavavam sua sepultura, Watson quis encaminhá-la a um psiquiatra. Mas o procurador dela, Guy Winding, pediu a Holmes que investigasse o caso. O enérgico detetive interrogou todos os empregados da mansão Bellgrade, o que incluía o jardineiro Paul Pullman, a criada Gerda Foxworth, o mordomo Soames Carston, a cozinheira Carmine Crouton, e até o diarista Raul Huffmann.

Lady Bellgrade começou a ouvir vozes logo depois da morte de seu marido Lorde Ashton Bellgrade, e só nas noites em que os seus empregados não estavam em casa.

As vozes, segundo ela, pareciam vir da parede sul do quarto.

Na primeira noite de folga dos empregados, Sherlock escondeu-se na adega de vinho recém construída na mansão Bellgrade.

Quando me reencontrei com Sherlock ele estava muito satisfeito com seu resultado, e rapidamente começou a contar como resolveu esse caso tão confuso: — Escutem-me que vou lhes explicar: quando me escondi, percebi que não adiantava ficar parado, por isso olhei atentamente a cada canto daquela adega. Não foi difícil encontrar a pequena porta que levava aos quartos, muito menos foi difícil deduzir que só poderia ser alguém dos quartos vizinhos. Comecei explorando o quarto do mordomo, à primeira vista estava absolutamente normal: as cortinas estavam abertas, a cama arrumada, a escrivaninha organizada e o guarda-roupa impecável.

Quando estava de saída, olhei para o criado mudo, a gaveta estava aberta, me aproximei e vi uma carta que dizia:

Esta carta me levantou grandes suspeitas quanto ao mordomo. Estava tão pensativo que não escutei os passos no corredor. O mordomo abriu a porta de seu quarto e se assustou com minha presença. Eu não iria perder tal oportunidade, e por isso interroguei-o ali mesmo: “O que está fazendo aqui em sua folga, senhor Carston?”

“Detetive, espero que não tome atitudes precipitadas, tive problemas com minha esposa. Fui expulso de casa e, como estava sem moradia, vim para cá dormir.”

“E como pode explicar esta carta? Suponho que não seja por problemas de moradia que ela está aqui.”

O mordomo demorou a responder, era perceptível sua insegurança e nervosismo. Depois de alguns minutos ele se acalmou e me explicou: “Posso te assegurar que esta carta não está ligada às ameaças de morte a Lady Bellgrade. Há alguns anos meu irmão foi preso, o detetive do caso foi Gregson. Ele foi julgado por ter assassinado minha mãe, mas eu sei que não foi ele, pois naquela noite eu havia saído com meu irmão para uma caminhada e, avoado como sempre, ele esqueceu sua carteira em casa. Chegando lá encontrou minha mãe morta, com uma faca no peito. Os policiais o prenderam e, depois da investigação ele foi declarado culpado. Nunca vou esquecer deste dia, desde então eu procuro vingança”.

Liberei o mordomo, pude sentir sinceridade em sua voz. Mas eu perdi muito tempo com essa pista falsa. Continuando minha exploração, fui ao quarto da cozinheira. Ao entrar senti um ar pesado e úmido. Investiguei cada canto do quarto, era estranhamente impecável, por ser uma mansão de alto padrão relevei minhas suspeitas e voltei à adega.

Assim que entrei na adega me escondi, pois alguém se aproximava, certamente um funcionário. Não pude reconhecer exatamente quem era, mas tinha o uniforme da casa. O funcionário mexeu em diversas garrafas de vinho, revirou os barris e saiu com três frascos em sua mão, sendo que um deles havia caído de sua mão sem que percebesse.

Comecei investigando o frasco que foi derrubado. Aparentemente era algum tipo de tempero, algo parecido com sal. Minha primeira ideia foi descobrir o que era aquilo, claramente não era sal, ainda mais porque estava dentro de uma garrafa de vinho. A substância não tinha cheiro, por isso coloquei no vinho, assim se fosse algum tipo de veneno ou químico alteraria o cheiro da bebida. Como pensei, era um veneno, provavelmente para pragas como ratos.

Eu senti que estava perto da minha resposta, então assim que descobri o conteúdo do frasco, passei para as garrafas e barris, que continham grandes quantidades de veneno em fundos falsos e compartimentos.

Era a minha chance de resolver o caso. Com o mordomo em seu quarto e lady Bellgrade dormindo, era só passar pela casa e encontrar o funcionário que planejava todas essas maldades. Saindo da adega, passei pela sala de jantar, que estava completamente vazia, depois passei pela cozinha, que estranhamente estava com a luz acesa. Era claro que a pessoa tinha passado pela cozinha, talvez até para misturar o veneno a uma comida. O meu pensamento foi interrompido por um forte estrondo de algo caindo. Ela apareceu, a cozinheira, com os frascos de veneno em uma mão e um belo prato de comida, que havia caído no chão. Não tive tempo de reação e ela começou a gritar: “Sherlock Holmes, está vendo esse veneno? Espero que sim, já que ele será sua última refeição. Penso há anos em como faria minha vingança e quem diria que você viria até mim tão facilmente. A minha ideia era te atrair e servir a comida

envenenada, mas assim é bem melhor, não acha? Será que Sherlock se lembra de todos os casos que ele resolveu? Consegue se lembrar de prender minha família?”

Carmine pegou uma das facas da cozinha e tentou me atacar, ela tentou um golpe rápido e, quando senti a arma próxima de mim, ela parou. O medo havia consumido a pobre cozinheira, ela estava imóvel, respirando lentamente, em poucos segundos reagi e improvisei algemas com cordas que estavam abaixo do balcão. Tudo o que eu poderia fazer naquela situação era esperar, levei-a para a adega e deixei-a sentada no chão.

Eu sabia que ainda não tinha acabado tudo, então fui olhar novamente o quarto de Carmine, desta vez, com mais atenção. Em meia hora eu encontrei o segredo das vozes, um buraco quase imperceptível atrás de um guarda-roupa levava diretamente ao quarto da lady Bellgrade. Por ali ela poderia falar e ser escutada, porém não localizada.

Foi uma história tão surpreendente que estávamos todos sem palavras, o primeiro a tomar iniciativa foi Gregson: — E onde está a Carmine agora, Holmes?

— Esperando seu julgamento final, provavelmente será presa em menos de um dia.

— Mas qual o motivo de tudo isso? Ela queria matar todos?

— Não tenho certeza, foi muito rápido. Podemos interrogá-la no futuro, mas minha opinião é de que ela enlouqueceu depois da perda da família.

Senti que era minha vez de perguntar: — O marido ter falecido não poderia ser uma pista?

— Não mais, está claro quem foi o culpado e, além disso, fantasmas não existem, certo?

Holmes terminou essa frase com um tom hilário e seguiu dizendo: — Detetives, falem com a lady Bellgrade, e, da próxima vez, me tragam um caso realmente complicado.

Fim

O caso da parede sussurrante Por Fernanda Quando lady Bellgrade afirmou ouvir vozes que tramavam sua morte e ainda cavavam sua sepultura, Watson quis encaminhá-la a um psiquiatra. Mas o procurador dela Guy Winding, pediu a Holmes que investigasse o caso. O enérgico detetive interrogou todos os empregados da mansão Bellgrade, o que incluía o jardineiro Paul Pullman, a criada Gerda Foxworth, o mordomo Soames Carston, a cozinheira Carmine Crouton, e até o diarista Raul Huffmann.

Começou a escutar vozes, mas assim que o mordomo entrava no quarto as vozes paravam e assim ele saía as vozes continuavam. Isso só acontecia nas noites em que o seu mordomo não estava em casa.

As vozes, segundo ela, pareciam vir da parede sul do quarto. Era como se fossem espíritos, mas quando o mordomo chegava as vozes paravam e assim quando ele saía as vozes continuavam.

O mordomo quis se aproximar da Lady logo após a morte de seu marido, ajudando em tudo o que ela precisava, então a Lady pensou que, se o mordomo ficasse por perto, ela não iria ter mais medo porque o som parava quando ele estava por ali.

Então o mordomo aproveitou para se aproximar melhor de lady pedindo ela em casamento.

Lady gostava muito do mordomo, que agora era seu marido, e colocou o nome dele no testamento como herdeiro de tudo o que ela tinha.

Então Sherlock Holmes foi chamado para investigar a causa da morte da Lady e em pouco tempo ele desvendou todo o mistério e explicou todos os detalhes da morte.

“O mordomo e a cozinheira eram um casal, mas eles tentaram guardar segredo. O mordomo ficou com a riqueza e obviamente iria dividir a riqueza com a cozinheira. Esse era o motivo para querer matar a lady.

A cozinheira queria virar a dona da mansão, junto com o mordomo.

O mordomo casou-se com a Lady, conquistou a sua confiança e seu amor e após ter o testamento deixando toda a riqueza para ele, matou a Lady envenenada com uma frutinha, sem deixar nenhuma pista, mas não contavam com a minha experiência.

Investiguei o jardineiro, e como o mordomo sabia de minhas habilidades, deixou uma pista para desviar minha atenção.

Enquanto estava investigando, descobri que o mordomo tinha plantado aquilo para gastar o meu tempo e, assim levar mais tempo para que eu conseguisse resolver o caso.

A cozinheira fazia a comida e por isso conseguiu colocar um tipo de veneno.

Para tentar não ser incriminado, o mordomo tentou incriminar o jardineiro, mas se o jardineiro fosse o assassino, ele teria fugido.

No quarto da Lady havia uma luva do jardineiro, que foi colocada ali para que eu a encontrasse. Mas na realidade foi o mordomo que pegou a luva do jardineiro e deixou no chão como uma pista falsa.

Encontrei uma frutinha venenosa no quarto do mordomo.

De repente vi a cozinheira circulando pela casa, e percebi que no bolso dela tinha uma pequena mancha vermelha e então perguntei a ela: — Por que tua roupa está manchada de vermelho, o que é isso?

A cozinheira ficou apavorada, porque ela sabia que a prova do crime estava lá no seu bolso.

Ela fingiu que não aconteceu nada, mas pedi para ver o que era, porque eu estava investigando. Quando vi que era a fruta, associei com a fruta que vi no quarto do mordomo.

Aí descobri que foi ela quem colocou a frutinha venenosa na comida da Lady e assim virou a principal suspeita.

— Como você pôde ir atrás do mordomo? - perguntou Watson.

— A pista do mordomo era a própria cozinheira, porque a fruta da cozinheira incriminaria o próprio mordomo. - respondi.

Pesquisei no cartório e nos jornais da época sobre a vida da cozinheira e descobri que a ela era casada com o mordomo.

Descobri que foi o mordomo porque como estava escuro e eu estava procurando a saída, tropecei em um sapato, caí na parede e percebi que ela estava oca: era um fundo falso de gesso e, ao quebrá-la, encontrei a caixa de som que era utilizada para assustar a Lady.”

E assim Sherlock Holmes descobriu o mistério da parede sussurrante.

Fim

O caso da parede sussurrante Por Fernando Era cedo quando Sherlock e eu recebemos uma carta de um mensageiro bem vestido e de notável aparência; vinda da Escócia, ela dizia-nos sobre um caso extremamente insólito e curioso: paredes que teciam a morte e sepulturas que abriamse no meio da noite.

Estava na carta escrito:

“Prezado Sr. Holmes, Aviso-te sobre provavelmente o caso mais curioso que já ouviu falar; o episódio de Bellgrade; as paredes tecem a morte de Lady Bellgrade e as sepulturas se abrem quando ela dorme. Precisamos de sua ajuda para resolver esse encabulado mistério.

Mansão Bellgrade, 176, Gifford, Escócia.

Gregson e Lestrade”.

Tínhamos acabado de tomar chá e estávamos sentados na mesa da cozinha quando lemos a carta. Sherlock, já entusiasmando-se disse: – Vamos Watson! Um caso deste tipo não se encontra em qualquer esquina!

O que esperas?

Pegou sua capa, cartola, calçou os sapatos e junto com uma maleta, correu para a rua, sequer esperando-me acabar o chá, já frio. Chamou um Fiacre, pagou ao cocheiro cinco libras e falou-lhe: — Para a rua Gifford, Escócia, por favor, Sir. — Escócia? – disse o cocheiro indignado – terá que pagar-me mais do que isso!

Sherlock deu ao homem mais dez libras e ordenou-lho seu destino novamente.

Corri para a porta do Fiacre e pulei no assento de couro quando os cavalos começavam a relinchar com as açoitadas do cocheiro.

— Não é curioso Watson? Paredes falantes! Estou intrigado para ver isso...

— Temo ser um mero caso de loucura, isso não existe.

— Vamos esperar para ver, meu amigo! Conhece Lady Bellgrade?

— Não, só sei que quando eu passava pela Escócia em 1867, soube de uma morte curiosa, uma doença desconhecida do marido de Lady Bellgrade, Lorde Ashton Bellgrade.

— E que doença seria essa?

— Ora, Sherlock, se soubesse qual doença seria, não chamá-la-ia de “doença misteriosa”, não é? O que posso falar-lhe é que chamaram muitos médicos, mas nenhum deles conseguiu tratar o Lorde; dores nas pernas, tosse e mal humor, ele mal conseguia falar em seus últimos dias... foi o que soube. Você acha que foi outra coisa?

— Meu caro Watson, nunca se deve desamarrar um laço de marinheiro se você não sabe o seu tipo. *** Depois de cinco paradas para alimentação e mais dois dias dentro do Fiacre, chegamos em Gifford; alugamos um quarto no Hotel Scotland Home e caminhamos à mansão Bellgrade.

— Um longo caminho, não? – Indaguei.

— Sem dúvida. Ainda mais absurdo foi o preço que esse grosseiro exigiu-nos!

A mansão Bellgrade era datada do início do século XIII, um castelo que já havia sido palco de muitos ataques. Cinco grandes torres – algumas com pináculos, outras não – destacavam-se em torno do edifício; nas torres sem pináculos encontrávamos canhões autênticos do século XVIII, todos enferrujados e com oxidações aparentes. O Castelo fora construído no estilo Românico inicialmente, mas com características exclusivas dos povos célticos, que misturados com os prazeres germânicos e escandinavos, geravam um aspecto curioso, também vestido com roupas Tudorianas. Havia aspectos florentinos renascentistas, causados pela influência italiana: um grande pátio centralizado no meio do edifício e contornado por um jardim de rosas e tulipas, vermelhas, amarelas e azuis. Os portais de madeira, norte e oeste, decorados com ornamentos metálicos também oxidados exigiam grandiosa força para abri-los, tal força possuinte ao mordomo, Soames Carston.

Lestrade e Gregson estavam no hall onde nos receberam, enquanto Soames retirava nossos sobretudos e levava-os até um cômodo extenso, onde os pendurou em uma chapeleira.

– Que bom que veio Sr. Holmes, este mistério está quase sem solução... – Disse Gregson.

Holmes deu algumas risadas em secreto e perguntou ao mordomo: – Onde encontramos Lady Bellgrade e os suspeitos?

Soames disse para esperarmos alguns minutos e foi chamar Lady Bellgrade e os empregados. Quando todos estavam prontos, reuniram-se na sala de estar; Lady no sofá e os empregados em pé ao lado. Entre eles estavam Carmine Crouton, a cozinheira de aspecto simpático: bochechas rosadas, corpo gordinho, cabelos brancos cobertos por uma pequena renda bordada branca e um vestido largo.

Paul Pullman, o jardineiro também de aspecto simpático e provavelmente da mesma origem que a cozinheira; bochechas rosadas, calça bege, camisa branca, coletes

pretos e chapéu da mesma cor. Não que essas características sejam restritas apenas a nativos da Polônia, mas realmente deu-me ele essa impressão.

Soames Carston, o mordomo que parecia muito dedicado ao trabalho, era alto, magro e esguio, possuía sobrenome conhecido na região – Carston –, de origem norueguesa e trazida pelos germânicos até a Inglaterra, onde habituou-se também aqui na Escócia e no País de Gales, local de nascimento de Soames. Era também antigo em seu emprego, testemunhou o nascimento de todas as filhas do Lorde Klauss Ruschel, pai de Lady Bellgrade.

Raul Huffmann, o sério e responsável diarista alemão; ligeiramente gordo e de cabelos grisalhos, usava óculos redondos, camisa xadrez, suspensórios chamativos, colete cor de vinho, chapéu tirolês verde e calça bem acinturada.

A criada Gerda Foxworth, austríaca, mas de ascendência gaélica; responsável e tímida, possuinte de um extremo sotaque alemão, cabelos loiros quase brancos, nariz de botão, roupas pretas e cobertas por tule também preto e colar dourado e discreto.

E é claro, Lady Bellgrade, de aparência devaneada e assustada, como se algo a perseguisse; de ascendência francesa, ela era extremamente reservada. Estava em luto, usava trajes negros também de tule, como Gerda, mas estava com um véu, tinha cabelos loiros, nariz empinado, joias aparentes e olhos verdes.

— E então, Lady Bellgrade, pode relatar-me o que tem acontecido com a senhora? – Indagou Sherlock.

Desatenta, como se estivesse avoada, disse: — Eu não sei o que está acontecendo... As paredes dizem que vou morrer e as covas se abrem no jardim! Estou em perigo, preciso ficar atenta a qualquer movimento.

Sherlock perguntou calmamente com a intenção de não afetar bruscamente a saúde mental de Lady Bellgrade: — Você poderia dizer-nos o que as paredes falam e como as sepulturas se abrem? abrem.

— “Cuidado, sua morte se aproxima.” e nada mais. Não sei como as covas se — Quem você acha que está fazendo isso?

— Não sei... qualquer pessoa... pode ser cada um desses idiotas dos meus empregados... mentirosos e gananciosos! Ouço as vozes quando ninguém está em casa, só eu.

— De onde elas vêm?

— Elas vêm das paredes, principalmente da sul...

— Excepcionalmente um caso de loucura! – Eu disse – Não existe isso! Paredes não falam, Holmes!

— Estou aqui dizendo a vocês, – exclamou Lady Ballgrade – as paredes estão falando! As covas estão se abrindo mesmo que depois se fechem! Estou dizendo-lhes: Não estou louca!

No mesmo instante chegou um outro homem da rua; Guy Winding, o procurador de Lady Bellgrade. Ele era jovem e magro, de aspecto inteligente e estudado; seus olhos eram azuis, seu queixo reclinado para cima, seus cabelos castanhos e curtos, seu nariz grande e reto, suas vestes nobres; sapatos pretos, terno escuro alinhado, luvas brancas e uma cartola preta.

— Não a levem ao psiquiatra! – disse – Acreditem-na! Para acreditarem só basta passar uma noite aqui!

Logo comecei a discutir sobre sanatórios e médicos enquanto Sherlock, como se não importasse com a discussão, virou-se para sua maleta, abriu-a e pegou sua grandiosa lupa; caminhou desde o hall até o último quarto. Voltou, depois de meia hora, e quando a discussão já havia cessado, guardou-a e perguntou para Lestrade e Gregson: — Não tocaram em nada, não é?

— Absolutamente. Só revistamos a casa agora há pouco em meio a discussão; achamos pegadas lamacentas de Gerda nas escadas, uma pá recém utilizada no quarto de materiais de limpeza e um fio do tecido do vestido de Gerda na terra do jardim. Está claro que foi ela! Sem dúvida um crime muito mal acabado! – disseram eles.

— E como vocês explicam as vozes saindo das paredes?

Gregson e Lestrade ficaram quietos.

— Era o que eu esperava... – disse Sherlock satirizando-os.

Holmes pediu licença e foi embora sem falar mais uma palavra, deixando a todos intrigados. *** — Holmes, o que descobriu? – disse eu.

— Pretendo não revelar agora, meu caro Watson; descobrirá quando for a hora.

— O que irá fazer agora?

— Quero resolver alguns assuntos que tenho aqui, demorarei um pouco – respondeu Sherlock.

— E que assuntos seriam esses?

— Assuntos de um caso anterior... nada demais. Preciso resolvê-los sozinho.

Achei curiosos os assuntos pessoais de Sherlock, mas não indaguei mais e deixei-o ir.

Quando cheguei ao hotel fiquei pensando no caso: vozes que saíam das paredes... túmulos que se abriam sozinhos... isso não era possível! Ou Lady Bellgrade estava louca, ou alguém estava fazendo isso! Mas como esse alguém estava fazendo tais coisas? Essa pergunta que intrigava a todos... se Lady ouvia as vozes quando dormia era certo que eram sonhos, mas não teria explicação em relação aos túmulos.

Se alguém fizesse isso, era certo de que possuía contato com as paredes e a casa, já que

também era certo que Lady as ouvia quando ninguém estava lá. Então poderíamos dizer que era algum empregado, pois todos possuíam a chave para entrar de manhã...

Pensei durante muito tempo em alguma forma de fazer vozes saindo das paredes; seria uma passagem? Uma ilusão? Ou algum eco feito por outro objeto que passasse desde o homem até o quarto?

Quando Sherlock voltou coloquei em jogo as minhas ideias, mas ele não respondia mais nada; não comeu nem falou, apenas dormiu.

No dia seguinte, acordamos às 06:30 AM, logo tomamos café – ou melhor – chá, e saímos para a mansão Bellgrade; Sherlock estava sorridente quando disse: — Ficarei essa noite na mansão escondido sem que ninguém saiba, assim descobrirei se os passos de Gerda nas escadas são verdadeiros para comprovar minhas teorias!

— E que teorias seriam essas?

— Meu caro Watson, a enfim descoberta só vem depois de muito tempo em pesquisa; saberá quando chegar a hora. Mas não conte para ninguém que estarei lá, depois que eu for para o hall e esconder-me na adega, fale que fui embora pois precisava resolver assuntos pessoais; se alguém exclamar por grosseria, diga que eu estava atordoado em meio a pensamentos.

Caminhamos até a mansão Bellgrade, onde fomos recebidos pelo mordomo, Soames Carston, que novamente retirou nossos sobretudos de inverno e pendurou-os na chapeleira do extenso cômodo.

Logo em seguida, Sherlock e eu interrogamos cada um dos suspeitos, começando por Gerda, depois Soames, Paul, Raul, Carmine, Guy e por fim, Lady Bellgrade.

Quando acabamos, rodeamos a casa, onde Lady apresentou-nos todos os cantos; o jardim, em que rosas e tulipas cresciam ao passo que do outro lado, não havia grama, apenas terra onde as sepulturas tinham sido preparadas.

As áreas de trabalho dos empregados, as salas, quartos e outros cômodos, todos, sem dúvida, decorados nos estilos Vitoriano; móveis riquíssimos em detalhes, Rococó, pela influência francesa de Lady; móveis inteiramente ornamentados em dourado, e pinturas nos tetos, e Tudor, principalmente no exterior; tijolos vermelhos, madeira em janelas, mas mesclado com as características originais Românicas do palacete.

Depois de tudo, já era trade; tomamos um brunch, ouvindo as histórias de Lady e reunimo-nos no salão onde ficamos conversando por quinze minutos enquanto Sherlock preparava-se para o plano; sumiu repentinamente quando a conversa fluía, quase não dando a perceber. Quando Lady perguntou, fiz o que me foi orientado, falei que fora resolver assuntos pessoais, e quando exclamaram grosserias, por ter saído sem ao menos pedir licença, disse que ele estava afogado em meio a pensamentos. Fui embora deixando Sherlock na adega sem que ninguém percebesse. ***

No dia seguinte, Holmes acordou bem cedo e saiu escondido da mansão, voltou para o hotel, onde encontrou-me tomando chá, e disse para retornarmos no mesmo instante. Quando chegamos, batemos nas imensas aldravas de ferro da porta, onde fomos recebidos novamente por Soames Carston, que levou nossos sobretudos à chapeleira no extenso cômodo. No hall encontramos, por sorte, Lestrade e Gregson que já estavam certos de que quem fazia a ilusão era Gerda Foxworth.

Sherlock pediu para Soames reunir todos na sala; assim feito, quando estava Lady junto a Guy no sofá e o resto dos criados em pé ao lado, Sherlock disse: — Bem, tenho as informações sobre o responsável, e digo-lhes; é um de vocês!

— Todos entreolharam-se suspeitos. Houve um clima tenso.

— Para dizer-lhes, relembrarei os acontecimentos que creio que todos estejam cientes, além das pistas: Lady Bellgrade vai dormir todas as noites crendo que todos os seus empregados já tenham saído; quando ela deita, dorme e acorda com as vozes. Logo em seguida, ela sai do quarto e corre pela casa, por sinal encontrando as covas no jardim. Encontramos terra avermelhada no gramado onde a terra é negra, passos de lama nas escadas, uma pá e uma linha do vestido de apenas uma pessoa, Gerda Foxworth.

— Eu?! – esbravejou ela – Claro que não! Eu não o faria!

— Ninguém disse que foi a Sra., acalme-se.

— Como não foi, Homes?! – exclamou Lestrade.

— Primeiramente quero informar-lhes que esta noite passei aqui, mais precisamente na adega.

— Como assim? – perguntou Lady achando Sherlock extremamente invasivo.

— Sim, Lady, dormi aqui. Desculpe-me pela tomada da casa, mas foi por uma boa causa, afinal foi você que nos chamou aqui, não?

Lady calou-se.

Há fatos que ainda não contei. – Continuou Holmes – Quando investiguei a casa enquanto meu amigo, Watson, discutia com Guy Winding, achei muitas coisas interessantes e cartas, que me informaram a respeito de assuntos muito suspeitos...

— Que invasão! – Argumentou Lady.

— Sim Lady, mais ainda quando contar o que descobri, mas agora contarei o que fiz depois de visitar sua mansão pela primeira vez. Ao chegar aqui, encontrei todos vocês, logo depois Guy chegou e inoportuna foi a hora em que ele disse para não nos meter na saúde mental de Lady ao levá-la para um sanatório psiquiátrico, já que sabemos que ele não dormiu aqui em nenhuma noite. Sendo assim, é estranho um homem de tal defender uma pessoa que diz ouvir vozes vindas das paredes! Logo depois que fui noblesse obligé embora visitei a lista telefônica disponível no centro da cidade e descobri onde Guy trabalha - em Arcuvul Meerland, 867. Assim fiquei sabendo a região, que por sinal é a mesma onde encontramos a terra avermelhada que achei no jardim.

— Está dizendo que fui eu, Sr. Holmes?

— Deixe-me terminar, por favor. – Continuou Sherlock – Bem, ao descobrir isso, investiguei a planta da casa disponível na prefeitura, onde encontrei um fato que ressalta minhas investigações: o encanamento do banheiro de Lady vai direto para as paredes sul, onde ela ouve as vozes. Logo, há alguém transmitindo as vozes pelo encanamento que, por sinal, é o único caminho do mesmo banheiro. Podemos assim concluir que a pessoa que faz as vozes está no banheiro de Lady à noite.

— Mas Lady repararia. – Argumentou Gregson.

— Sim, a menos que essa pessoa se escondesse no único lugar disponível, o armário do banheiro onde Lady guarda toalhas e perfumes.

— Isso parece ridículo! – Gargalhou Lestrade ridicularizando Holmes.

Como se não percebesse, Holmes continuou: — Ao ficar na adega, percebi que as vozes saíam mesmo das paredes sul, confirmando minhas teorias; mas também ouvi passos chegando da porta dos fundos, caminhando até o jardim e depois até o quarto de Lady, onde começaram as vozes.

— De Guy! Por conta da terra avermelhada da região onde ele trabalha. – Exclamou Lestrade.

— Possivelmente, – disse Homes – mas também percebi que eram duas pessoas, passos femininos, levando-nos a crer que eram de Gerda, e passos masculinos, de possivelmente Guy. — Eu não! – Exclamou Gerda e Guy. — Acalmem-se! O que importa é o que estava escrito nas cartas. Em uma delas, com letras recortadas de jornais, estava:

“Muito bem Lady, de-me sua fortuna ou eu contarei a ela. Sei seu segredo.”

E não havia assinatura. Na outra estava escrito com letra caligráfica:

“Minha amada, ha quanto tempo estamos juntos... acho

que esse relacionamento nao vira a durar tanto; minha mulher desconfia! Fuja com nossa filha para em longe e nunca mais apareca!

Adeus, minha querida; Com amor, Klauss Ruschel.”.

E junto com essa carta, a resposta:

“Meu amor, nao! Por favor, ao levar minha filha

para longe, trata-la-ao muito mal, afinal e bastarda. Deixea contigo, mas nunca conte a ela! Eu irei.

Adeus meu amor; Emma Foxworth.".

— Minha mãe! – Exclamou Gerda.

— Sua infeliz! Desgraçada, minha irmã bastarda! – Gritou Lady.

— Você acha que eu não sabia? Sua bruxa! Tratou-me desde criança como empregada! Você e sua mãe...

— Como assim, você sabia?

— Soames contou-me!

— Seu desgraçado!

— Eu? – Perguntou esbaforido Soames – Não o faria!

— Claro que faria, você sabia que ela é minha irmã!

— Vamos parar com isso! – Enfureceu-se Sherlock – Deixem-me terminar.

Quem escreveu as cartas de chantagem foi Soames! Sei disso pois o selo de cera que está nela pertence à Família Cartston, hoje pobre, mas antigamente rica! Além disso Guy Winding é tão culpado; ele é o amante de Lady!

— Eu?!

— Exatamente! Você e ela mataram Lorde Ashton com veneno, mercúrio! Sei disso pois encontrei-o nas gavetas de Lady.

— Isso eu uso para clarear minha pele. Tenho ascendência francesa, meus ancestrais faziam isso, é costume.

— Não me venha com mentiras Marie Bellgrade! Tenho conhecimento de química e esse componente causa os mesmos sintomas com que seu marido morreu!

Você e Guy envenenaram-no para ficar com a herança e fugir!

— Está certo! – Gritou Lady – Nós fizemos isso sim! E com muito orgulho!

Mas não sou eu quem está fazendo as vozes – Exclamou.

E Holmes respondeu: — Quem está fazendo é Gerda. À noite ela entra pela porta dos fundos, sobe as escadas, vai ao banheiro e faz as vozes; quando Lady acorda, ela se esconde no armário.

— Guy, você está fazendo isso?! – Perguntou Lady decepcionada.

— Não! – Disse Sherlock – Quem cava as covas é Soames, já que ele e Gerda são amantes!

— Eu?!

— Sim, Soames! – Disse Lady – Você e essa minha irmã bastarda querem tirar minha fortuna! Fortuna que deveria ser minha e de Guy! — Eu tenho direitos sobre ela, também sou filha de Klauss! – Respondeu Gerda.

— Lestrade e Gregson, podem prendê-los. – Disse Sherlock.

Lestrade retirou uma arma de seu bolço e mandou todos se calarem. Depois de meia hora a polícia chegou. *** No dia seguinte partimos para Londres, e já dentro do Fiacre, perguntei para Holmes: — Como você sabia que eram eles?

— Meu caro Watson, desconfiei desde o início quando disse-me que Lorde Ashton morreu com aqueles sintomas; sabia que era mercúrio, tanto como sabia que Lady tinha ascendência francesa. Também desconfiei quando Guy, ao entrar na casa, logo exclamou para não levarmos Lady ao psiquiatra, sem mesmo dormir uma noite na casa. Foi apenas com as cartas e passando a noite na adega que confirmei minhas teorias. Além disso, não contei, mas Soames estava envenenando Gerda para ficar com todo o dinheiro depois que Lady fosse internada no sanatório.

Fim

O caso da parede sussurrante Por Gabriel Era meia noite, tudo estava deserto na mansão Bellgrade. Os empregados não estavam em casa, porém, no quarto de lady Bellgrade e seu falecido marido era possível ouvir vozes que diziam tramar sua morte e cavar sua sepultura. Lady não aguentava mais ouvir essas vozes, já estava enlouquecendo. Ela começou a ouvir essas vozes após a morte de seu marido Lorde Ashton Bellgrade. Pensava em ir a um psiquiatra para tentar resolver esse problema, pois ela achava que era tudo coisa de sua cabeça.

Um dia, ela desistiu. Pediu que seu procurador Guy Winding, chamasse para Sherlock Holmes investigar o caso. Seu parceiro, Dr. Watson, sugeriu que lady procurasse um psiquiatra, porém Holmes preferiu investigar o que havia de errado com a parede do quarto dela.

Sherlock interrogou primeiramente a vítima, antes de todos os suspeitos.

“Olá, tudo bem? Você poderia me dizer por gentileza o que está acontecendo?”

“O que está acontecendo é o seguinte: eu estou, desde que meu marido Lorde Ashton Bellgrade morreu, ouvindo vozes na parede sul do meu quarto. Eu não faço a mínima ideia do que pode ser, por isso pedi para você investigar esse caso.” - disse Lady Bellgrade.

“E você tem alguma ideia de que poderia ser? Se são problemas psicológicos pelo falecimento de seu marido, ou alguém poderia estar falando essas coisas?” perguntou Sherlock.

“Eu acho que pode ser alguém, mas não sei quem possa ser.”

“Tem mais alguém que mora nessa casa com você?”

“Não, só meus empregados vêm aqui todo dia, mas têm noites em que eles não estão aqui, e são justamente nessas noites que eu ouço as vozes.”

“E você acha que algum deles pode ser um suspeito?” - perguntou ele.

“Eu acho que não. Eles são tão bons, e não fariam isso comigo, pelo menos eu acho.” - disse ela.

Após isso, Sherlock e eu nos dirigimos primeiramente ao mordomo, pois era ele quem determinava cada função para cada empregado e por isso deveria saber mais sobre cada um.

“Caro Soames Carston, você sabe o que podem ser aquelas vozes que lady anda ouvindo no quarto?” Perguntou Sherlock.

“Sim, eu sei o que houve. Há muito tempo, bem antes de Ashton morrer, Paul Pullman, o jardineiro, Carmine Crouton, a cozinheira e Raul Huffmann, o diarista, tramavam um plano para tentar expulsar lady e seu marido da casa, e agora que ele morreu, eles tentaram pôr o plano em ação...”

“Então, toda noite em que não estamos lá, eles se escondem em uma passagem que havia na casa e dizendo que vão matá-la, que estão cavando sua sepultura, enfim.

O que eles estão tentando fazer é amedrontar tanto lady Bellgrade até que ela se mude da mansão, isso tudo por pura inveja.” - Interrompeu Gerda Foxworth, a criada da casa que também sabia do plano dos outros empregados.

Após essa fala, fiquei meio desconfiado sobre a informação.

“Você tem certeza de que isso que eles nos disseram é real?” - perguntei a Sherlock.

“Não tenho muita certeza, mas como essa é nossa única pista, não podemos descartá-la.” - disse-me.

“Mas como ele sabe disso tudo?” - perguntei mais uma vez.

“Eu não sei, vamos investigar!” - disse ele, um pouco nervoso.

Então, nos dirigimos primeiramente a Raul Huffmann, o diarista.

“Olá Raul, eu tenho uma coisa para te falar e preciso que diga se é verdade ou não: Soames Carston, o mordomo, disse que você, Paul Pullman e Carmine Crouton invadem a casa durante a noite quando ninguém além de lady está em casa, se escondem, e ficam falando que vão matá-la, que estão cavando sua sepultura, entre outras coisas amedrontadoras. Isso é verdade?”

“Não, claro que não, que grande mentira! Nós nunca fizemos isso! Por que ele disse isso?” - falou Raul.

“Bom, se é mentira, eu não sei por que ele disse isso. Mas obrigado.” - disse Sherlock.

Depois de interrogar Raul, fomos até o jardim interrogar Paul Pullman, o jardineiro, mas quando estávamos a caminho do jardim, ouvimos Paul e Carmine conversando no jardim. Antes que interrompermos a conversa, nós ouvimos um pouco do que eles estavam falando.

“Porque será que Soames e Gerda falaram isso de nós? Será que Raul está de brincadeira com a nossa cara?” - disse Paul.

“Não, eu ouvi um pouco da conversa que Sherlock e Raul tiveram, eles realmente disseram isso de nós.” - afirmou Gerda.

“Mas então eu não sei porque eles disseram isso de nós, assim, sem motivos.”

“Será que é por que eles são os verdadeiros culpados?”

“Será? Se for, eu não sei por quê, a única coisa que sei é que Soames era um grande amigo de Ashton, mas será que é por isso?”

“Talvez, não sei direito... Mas por que Gerda disse isso? Não faz sentido!”

“Soames até tem um motivo para fazer aquilo com lady, porque ela não o levou ao hospital, antes de morrer? Isso teria salvado sua vida.”

“Tem razão, mas Gerda não tem nenhum motivo para ficar assustando lady com essas vozes.”

Depois de ouvirmos a conversa, Sherlock interrompeu apenas para perguntar onde ficava o quarto de Gerda. Os dois disseram que era só subir a escada, e era o segundo quarto à direita.

Fomos até seu quarto, Sherlock queria revistá-lo para tentar achar alguma pista que desse explicações para Gerda ser uma cúmplice do mordomo.

Após vasculharmos o quarto inteiro, encontramos um diário guardado na gaveta do criado-mudo. Era o diário de Gerda. Sherlock vasculhou todas as páginas, e em uma página perdida no meio do diário havia uma frase: “Eu não acredito que lady fez isso com Ashton, eu juro vingança!”. Ficamos assustados e ao mesmo tempo sem saber por que Gerda havia escrito isso em seu diário. Sherlock concluiu que Gerda também estava enfurecida com lady por ela não ter levado ele ao hospital, mas não sabíamos o porquê de ela estar enfurecida.

“O que você acha, Sherlock?” - perguntei.

“Eu não sei por que ela está brava, mas posso garantir que aquela frase significa que ela não queria que o marido morresse. Eu sei que ninguém queria que Ashton morresse, mas porque ela estava tão brava a ponto de escrever isso em seu diário e de ser uma provável culpada?”

“Eu não sei, mas então, você tem alguma ideia?”

“Eu tenho sim, não sei se vai dar certo, mas vou lhe contar. Todos os dias, os empregados se reúnem na sala quando acabam seu serviço, então o que eu vou fazer é o seguinte: eu vou me esconder naquela adega de vinho ali” - me disse apontando para a adega de vinho. - “E vou observar o que vai acontecer, mas geralmente todos vão embora, porém se alguém continuar aqui, eu fico observando o que vai fazer. E além disso, vou colocar um fonógrafo no quarto para conseguir ouvir depois como e quando as vozes começarão a ser ouvidas.” - Me contou.

“Boa ideia! Faça isso e depois me conte o que aconteceu.”

Não demorou muito para escurecer, então Sherlock pôs logo seu plano em ação. Se escondeu atrás da adega de vinho, preparou o equipamento e esperou os empregados se reunirem, e depois de um tempo eles chegaram.

“Pessoal, já está na hora de todos irem embora, por isso, já estão liberados. Eu só vou conversar sobre um assunto particular com a Gerda, mas exceto ela, todos podem ir.” - disse o mordomo.

Todos foram embora então, deixando os dois suspeitos e Sherlock sozinhos.

“Gerda, vamos lá ligar o gramofone novamente, aproveitando que a lady não está em casa.” - disse o mordomo.

“Vamos lá. Espero que ela enlouqueça de vez, não estou aguentando mais.” disse ela.

“Eu também, mas é pelo coitado do Ashton. Que saudades dele... Porque lady tinha que ser tão burra a ponto de não levá-lo ao hospital!” Disse o mordomo, irritado.

Depois disso os dois foram para o quarto. A partir daí Sherlock não tinha mais visão deles, só tinha a gravação para ouvir o que aconteceu, e só poderia ver quando os dois fossem embora.

Sherlock ouviu alguns barulhos, dentre eles, as vozes que lady sempre ouvia.

Ele também ouviu barulhos de alguma coisa sendo movida, uma coisa grande, que caiu no chão logo em seguida. E ele ouviu, não muito bem porque os dois estavam longe de Sherlock, Soames Carston e Gerda Foxworth conversando, ele só conseguiria ouvir a conversa pela gravação.

Depois de algum tempo os dois suspeitos foram embora correndo. Então Sherlock rapidamente foi para o quarto consultar sua gravação, mas ao entrar no quarto já conseguia ouvir as vozes. Ele foi na direção de onde a voz vinha, mas na parede só tinha um quadro, e não parecia ter nada atrás dele, porém ao olhar detalhadamente para o quadro, descobriu que estava faltando um prego nele, então encostou no quadro, que estava quase caindo no chão, e tirou-o do parede. Atrás de onde estava o quadro havia uma espécie de buraco na parede, e nesse buraco havia fios de eletricidade e um gramofone. Sherlock descobriu que as vozes saíam desse gramofone, e então tirou-o de onde estava e pregou o quadro na parede. Mas ele não sabia ainda o por quê de Gerda estar com o mordomo nessa, então consultou a gravação.

“Já colocou o gramofone aí?” - perguntou Gerda.

“Pronto, já coloquei. Deixa só eu fechar o quadro aqui...”

“BOOM!” “Soames, seu desastrado! Coloca logo esse quadro aí, mas sem fazer barulho!”

“Prontinho. Tomara que lady enlouqueça de vez.”

“Pois é, meu grande sonho era ser casada com Lorde Ashton Bellgrade, e ela destruiu tudo!!!” - disse Gerda, bem irritada.

“Eu sei, mas pelo menos ela já está enlouquecendo, já até chamou um detetive para desvendar o caso, mal sabe eles que essa voz é apenas um gramofone, que de tão velho que é, o som é corroído e se transforma em uma voz macabra.”

“Sim, enfim, já que já fizemos tudo, vamos logo, antes que lady chegue.” disse Gerda, apressada.

E depois eles foram embora. O detetive já havia descoberto tudo, então quando lady chegou, ele a informou de tudo que havia descoberto e me chamou.

“E aí, o que descobriu?” - perguntei.

Ele me mostrou a gravação. Depois de algumas risadas, já vi tudo.

“Uau, quer dizer então que esse era o real motivo, Gerda gostava de Ashton.”

- disse, surpreso.

“Exato, e eles armaram um gramofone atrás do quadro. Para emitir vozes macabras ele devia ser bem velho, não é?”

“Sim, hahaha.”

Fim

O caso da parede sussurrante Por Gustavo Quando lady Bellgrade afirmou ouvir vozes que tramavam sua morte e ainda cavavam sua sepultura, Watson quis encaminhá-la a um psiquiatra. Mas o procurador dela Guy Winding, pediu a Holmes que investigasse o caso. O enérgico detetive interrogou todos os empregados da mansão Bellgrade, o que incluía o jardineiro Paul Pullman, a criada Gerda Foxworth, o mordomo Soames Carston, a cozinheira Carmine Crouton, e até o diarista Raul Huffmann.

Lady Bellgrade começou a ouvir vozes logo depois da morte de seu marido Lorde Ashton Bellgrade, e só nas noites em que os seus empregados não estavam em casa.

As vozes, segundo ela, pareciam vir da parede sul do quarto.

Na primeira noite de folga dos empregados, Sherlock escondeu-se na adega de vinho recém construída na mansão Bellgrade. Pela manhã, ele já havia descoberto: Quando Sherlock estava na adega, viu o diarista, Raul Huffmann voltando a casa, porém ele não foi rápido como Sherlock imaginaria que fosse, na verdade ele ficou na casa por duas horas. Holmes resolveu sair da adega e seguiu Raul, Holmes viu Huffmann se aproximando das paredes do lado de fora do quarto de lady Bellgrade.

Holmes suspeitou que fosse Raul que estava assombrando lady Bellgrade, então resolveu chegar mais perto de Huffmann sem ser visto é claro.

Raul se virou rapidamente, assustando Holmes, porém se virou novamente para a parede do quarto de Bellgrade, sem falar nenhuma palavra.

Holmes começou a ouvir vozes, mas não eram de Raul. Ele ficou confuso então decidiu ir olhar pelo resto da casa, quando estava procurando quem estava fazendo este barulho, viu a cozinheira, Carmine Crouton, na cozinha. Carmine se virou e avistou Holmes, Sherlock rapidamente foi de encontro à srta. Crouton para que não falasse nenhuma palavra que entregasse que o detetive estava na residência Bellgrade.

Holmes calmamente explicou para a cozinheira o que estava fazendo ali e como estava lá, e pediu que ela o ajudasse. Ela concordou sem hesitar, e mostrou todos os dutos de ar que havia na casa, falando onde cada um levava. Sherlock fez simples “placas” e as grudou do lado de cada duto falando onde cada uma levava e fez uma legenda com os números de cada duto em seu caderno.

Os dois escutaram barulhos vindo do sótão da casa e Sherlock perguntou à Carmine onde a entrada do sótão ficava, porém a cozinheira não sabia onde era, pois nunca viu ninguém entrar ou sair de lá e nunca perguntou a lady Bellgrade.

Sherlock correu para o segundo andar, que possuía corredores cobertos por carpetes, ou seja, mais fácil para saber onde ficava a entrada do sótão, pois os pés da escada ficaram marcados no carpete. O detetive começou sua busca incessante para

achar essas marcas de pés de escada no chão coberto em carpete do segundo andar da residência Bellgrade.

Quando achou, chamou Carmine para acompanhá-lo lá em cima. Quando chegaram, veio o diarista, Raul Huffmann, observando o quarto de lady Bellgrade, pois o sótão ficava logo acima do quarto da lady e tinha uma fenda. Quando Holmes o pegou no flagra começou a “interrogá-lo”.

Raul disse que trabalhava lá, pois há uns anos sua mãe trabalhava na casa, porém era maltratada pela lady Bellgrade. Como o marido de lady Bellgrade sempre foi simpático com ela, quando ele faleceu ela pediu para patroa para sair e não trabalhar mais lá.

Raul, como precisava de trabalho, viu a oportunidade perfeita para se vingar, trabalhando na casa que sua mãe trabalhava. Porém quando estavam com Raul no sótão, ouviram o que lady Bellgrade relatava, e não era Raul, pois ele estava com Holmes e Carmine.

Carmine desceu, depois Holmes e Raul para irem ver de onde estava vindo esse barulho e quem era responsável por ele. Vasculharam a casa inteira e não encontraram quem fazia essas ameaças a Bellgrade. Foram à rua e lá encontraram o mordomo falando ao telefone. Quando Sherlock o viu no telefone e os telefones fora do seu gancho percebeu do que se tratava.

Sherlock o trouxe para dentro da casa e ele começou a explicar por que e como fazia o que estava fazendo.

“Quando vi a patroa ao telefone percebi que se alguém liga e alguém da casa atende todos na casa podem ouvir a conversa que está acontecendo usando os telefones.

Isso foi perfeito, pois quando saía de meu turno, ia até o telefone que tem na rua, ligava na casa de lady e atendia com todos os telefones que conseguia sem ser visto, e quando fazia isso voltava rapidamente ao telefone da rua e começava a fazer a as ameaças.”

“Mas porquê?” perguntou Carmine.

“Simplesmente pois vi uma oportunidade de atormentar a senhora Bellgrade quando o lorde morreu, que era a pessoa mais simpática da casa.”

Holmes falou para todos os empregados para virem normalmente ao trabalho, porém eles não sabiam que a polícia iria vir e prender Soames e Carmine.

Quando Carmine perguntou por que, Holmes disse que Carmine havia mentido sobre os dutos de ar quando disse que cada um levava a um local diferente, pois quando estava na adega viu um duto, entrou e viu que havia várias ramificações e descobriu que eram todos os dutos da casa.

Mas Carmine ainda não estava convencida. Porém ela foi presa pois Holmes viu Carmine atendendo o telefone e sem perguntar, não desligou, mas o deixou “caído”.

Fim

O caso da parede sussurrante Por Isabela Era uma bela manhã, quando Guy Winding chamou Sherlock para investigar o caso de lady Bellgrade em sua mansão. Sherlock e Watson foram para lá no dia seguinte e o conheceram, ele era procurador de lady, que contou que ela afirmava ouvir vozes que tramavam sua morte e ainda cavavam sua sepultura, que vinham da parede sul do quarto, e ela começou a ouvir as tais vozes logo após a morte de eu marido, Lorde Ashton Bellgrade, mas somente quando os empregados não estavam na mansão. .

Watson falou para que levassem ela a um psiquiatra porque poderia ser somente o fato dela não estar lidando muito bem com o luto, porém Guy pediu novamente a Sherlock para que investigassem o caso. O detetive pediu para interrogar todos os empregados da mansão: o jardineiro Paul Pullman, a criada Gerda Foxworth, o mordomo Soames Carston, a cozinheira Carmine Crouton, e até o diarista Raul Huffmann.

Então, para poder realmente saber o que estava acontecendo, Sherlock decidiu se esconder na adega de vinho para investigar o caso. Ao ajeitar suas coisas ele encontrou um pedacinho de papel rasgado no chão e, ao pegá-los, encontrou datas: 6 de janeiro, 2 de março, 2 de junho e 3 de julho.

Após ler e analisar, logo percebeu essa pista formava o nome Raul, do diarista.

Logo identificou que se tratava de uma pista falsa, pois obviamente o culpado não teria motivos para colocar seu próprio nome, mas talvez outros detetives como Lestrade e Gregson se conseguissem desvendar colocariam a culpa no Raul.

O tempo se passou e nada aconteceu, Sherlock não tinha ouvido nenhuma voz e nem lady, que estava dormindo, então decidiu explorar a mansão pra ver se notava alguma coisa.

Sherlock foi de cômodo em cômodo procurar pistas, foi na sala que estava arrumadíssima e limpa, no banheiro, na garagem, passou pelo quarto de lady que dava somente para ouvir seu ronco, entrou no quarto onde ficam as coisas dos empregados e decidiu dar uma olhada. Nas coisas do Raul havia escovas de dente, sapatos e umas roupas, nas do mordomo tinha um terno e sapatos, nas da criada havia algumas maquiagens e roupas, nas coisas do jardineiro tinha um estojo com escova de dentes, espelho e outros objetos de uso pessoal e nos pertences da cozinheira tinha roupas e um livro sobre receitas. Quando Sherlock abriu o livro para folhear caiu de dentro dele um pacote com um pouco de um pó dentro.

Sherlock abriu o pacote e colocou uma pequena quantidade na língua e viu que se tratava de noz moscada, um tempero que algumas pessoas colocam na comida para dar um gosto e que também é boa para usar antes de dormir, mas em grandes quantidades pode causar vários problemas como diarreia, náusea, alucinações e também até a morte! Sherlock achou estranho estar dentro de um livro e não na cozinha, então ele tentou se recordar dos interrogatórios que fez com os empregados e com lady, e percebeu que lady dizia não tomar nenhum tipo de remédios ou alimentos

temperados por ter alergia, e a cozinheira, quando foi interrogada, disse que antes de ir embora da mansĂŁo fazia a janta de lady. Com isso Sherlock percebeu que a culpada era a cozinheira.

Ao amanhecer ele saiu da mansĂŁo e mandou prenderem a cozinheira, que no final assumiu sua culpa: ela era a amante do Guy, sabia do dinheiro da lady e pensou que, se desse um jeito de fazer lady parecer louca, a colocariam em um psiquiatra e ela conseguiria ficar com seu dinheiro.

Fim

O caso da parede sussurrante Por Joaquim Quando lady Bellgrade afirmou ouvir vozes que tramavam sua morte e ainda cavavam sua sepultura, Watson quis encaminhá-la a um psiquiatra. Mas o procurador dela Guy Winding, pediu a Holmes que investigasse o caso. O enérgico detetive interrogou todos os empregados da mansão Bellgrade, o que incluía o jardineiro Paul Pullman, a criada Gerda Foxworth, o mordomo Soames Carston, a cozinheira Carmine Crouton, e até o diarista Raul Huffmann.

Lady Bellgrade começou a ouvir vozes logo depois da morte de seu marido Lorde Ashton Bellgrade, e só nas noites em que os seus empregados não estavam em casa. As vozes, segundo ela, pareciam vir da parede sul do quarto.

Na primeira noite de folga dos empregados, Sherlock escondeu-se na adega de vinho recém construída na mansão Bellgrade. Pela manhã, ele já havia descoberto o caso.

Logo de manhã, eu, juntamente com Lestrade e Gregson, fomos até a mansão Bellgrade para saber o que Sherlock havia descoberto sobre o caso. Então quando nós chegamos, fomos direto ao encontro com ele, que parecia satisfeito e confiante.

Assim que ele nos viu, veio diretamente a nós e logo começou a nos contar de suas descobertas: "Bom, já vou avisando que o caso pode parecer mais complexo do que nós imaginamos, mas mesmo assim, consegui informações cruciais para nossa investigação. Para começar descobri através de um buraco na parede que existia um espaço entre o quarto de lady e a adega. Junto com isso, descobri que onde eu me escondia também era possível escutar as vozes, logo, deduzi que estivesse vindo desse espaço entre os quartos.

Resolvi olhar pela fresta que dava diretamente no espaço entre os quartos, e vi um homem de mais ou menos 1,80 metro, segurando uma carta, enquanto gritava suas asneiras. Então aproveitei a oportunidade para ler a carta que dizia sobre um encontro que iria acontecer às 3 horas da manhã, e faltavam apenas 10 minutos para às 3, sendo assim, aproveitei meus poucos minutos e anotei a vestimenta do dono da carta, e também anotei detalhadamente o lugar onde o mesmo se encontrava.

Fui ao local de encontro entre os criminosos, e os vi conversando sobre o caso.

E ouvindo a conversa inteira, descobri algumas coisas. Primeiramente vi que um dos criminosos era o marido de Lady, que havia forjado sua morte para conseguir uma porcentagem do dinheiro de herança que seria dado a um dos irmãos dela, que não foi possível identificar qual dos cinco eram, já que estava de costas, usava chapéu, sobretudo, e não teve citado seu nome, então não deu para ver nada, além de sua altura, que era próxima a do marido de Lady Bellgrade, e por isso estimaria 1,75 metros de altura.

Esse encontro se encerrou por volta das três e meia da manhã, onde acompanhei o marido de Lady até a mansão, e assim, descobri como que ele entra na divisória de quartos."

"Já sei!" - Lestrade disse, interrompendo Sherlock - "Agora é só nos perguntarmos para a Lady Bellgrade qual dos irmãos dela tem uma altura semelhante a essa, e qual ela acha que receberia a herança caso ela morresse!"

"Não é tão simples assim, temos que considerar a possibilidade de ter um dos funcionários envolvidos nisso também, porque é muito estranho os criminosos saberem que dia não tem ninguém na mansão." - Refutou Sherlock "Realmente, mas ainda não descarto a ideia de falarmos com Lady para termos mais informações" "Essa é uma opção, mas seria um choque tremendo para ela simplesmente falarmos que seu marido forjou sua morte, por conta de dinheiro. Imagino que devemos olhar com mais calma cada cômodo para ver se não achamos mais algumas coisas. Depois falamos com ela com mais propriedade."

"Certo, acho melhor nós nos apressarmos, para que dê tempo de examinar tudo" - Disse Gregson.

"Vamos." - Todos falaram juntos.

Primeiramente fomos ao quarto do mordomo, que estava incrivelmente arrumado e organizado, então não ficamos muito tempo lá, e já fomos em direção à cozinha. Mas aconteceram imprevistos: a Lady Bellgrade apareceu e já perguntou à Sherlock o que ele descobriu. Ele, muito esperto, aproveitou a deixa para perguntar se ela sabia de um lugar entre seu quarto e a adega.

"Conheço sim" - disse ela com prontidão - "conheço um espaço que foi dado como um defeito na arquitetura da mansão."

"Você sabe me dizer quem conhece aquele lugar?"

"As únicas pessoas que conhecem aquele lugar somos eu, a cozinheira, o meu falecido marido, e agora vocês, detetives."

"Certo, você pode me levar até esse lugar?"

"Imagino que você já saiba chegar até lá, já que descobriu esse lugar" - ela disse isso com um tom de deboche.

"Não, eu realmente não sei chegar até lá. Eu só descobri sobre ele, por conta de uma fresta que tinha na parede da adega" - ele falou com convicção, embora fosse mentira.

"Entendido Sr. Sherlock, me acompanhe."

Após alguns minutos seguindo-a, enfim, chegamos lá. Era um lugar bem empoeirado, escuro e não tinha nada em particular, mas tinha traços de que alguém havia passado ali há pouco, já que tinha marcas de mão e um sapato no canto do espaço.

Lady pareceu surpresa ao ver esse sapato, e disse que era igual ao que a cozinheira usava, o que causou surpresa a todos.

Sherlock aproveitou a oportunidade para chamar a cozinheira ao local, para comparar a marca do sapato em relação ao dela.

Ele logo descartou a possibilidade de ser dela, e disse: "como dá para ver, o sapato que a cozinheira usa é igual ao outro, mas o par que ela usa está desgastado, e essa marca que está no chão indica que o calçado é novo.

Com isso consigo dizer que quem colocou esse sapato aqui certamente sabe que nós viríamos para cá, e também sabia qual o modelo de sapato a Carmine usava."

Então Lestrade perguntou a Lady com um tom de pressa: "Você sabe qual dos seus irmãos tem por volta de 1,75 metros de altura?!"

"Mais ou menos, eu tenho 3 irmãos com uma altura parecida com essa."

"Chame-os" - disseram Lestrade e Gregson com prontidão.

"Nós teremos um encontro que está marcado para amanhã por volta das 5 e 30 da tarde."

Assim, todos nós detetives, voltamos para nossas casas para refletir sobre o que já tínhamos sobre o caso, e nos reunir novamente no encontro da família Bellgrade.

Então o dia chegou e nos encontramos com Lady Bellgrade às 5 horas, enquanto seus funcionários preparavam a casa para o evento.

Quando todos da família Bellgrade já haviam chegado, nós nos escondemos para analisar o comportamento dos irmãos de Lady, ao citar a herança que seria dada a ela.

Foi possível ver que todos os irmãos pareciam um pouco tristes com a distribuição de herança, mas um deles parecia muito mais incomodado do que o resto.

Então assim que o evento acabou, chamamos esse e os outros dois suspeitos para uma entrevista, sendo que cada um seria entrevistado por um detetive diferente: um foi com Gregson, outro com o Lestrade, e o mais suspeito foi deixado comigo e com o Sherlock.

Para começar Sherlock perguntou: "O que você estava fazendo durante a noite do dia anterior?"

"Estava em casa junto com minha mulher e minha filha."

"Quantos anos ela tem?" - Perguntou Sherlock.

"Ela tem 7 anos" - disse com um ar de dúvida.

"O que ela estava fazendo?"

"Estava comemorando seu aniversário de 7 anos junto conosco."

"Certo, então você pode me explicar como está sendo a divisão da herança de sua mãe?"

"Toda a fortuna dela será dada ao seu filho mais velho, sendo ela até o momento a dona dessa mansão, a Winry Bellgrade" - disse com um tom de reprovação.

"Tem alguma forma dessa herança ir para outra pessoa?"

"Sim, caso ela morra."

"E quem a receberia?"

Ele ficou um tempo calado e disse vagamente: "Ao irmão mais velho depois dela."

"Você sabe me dizer que sapato é esse?" - Sherlock mostrou o sapato que foi encontrado na divisória de quartos, que era muito semelhante ao da cozinheira.

"O Ashton me disse que era da cozinheira."

"Ué, mas ele não morreu?"

"Sim, ele me disse alguns dias antes de morrer, lembro que estava eu e minha filha de 5 anos junto com ele."

"Certo, pode ir embora, acho que já consegui o que precisava."

Assim que a entrevista acabou, fomos nos reunir com Lestrade e Gregson para reunir as informações.

Então Lestrade e Gregson falaram que não obtiveram muitos resultados, e Sherlock compartilhou o que descobriu: "Primeiramente foi possível reparar que ele estava extremamente agitado, o que é muito compreensível no sentido de estar sendo suspeito de querer assassinar sua irmã, mas também é possível ver do ponto de medo de ser pego, então, perguntando algumas coisas, foi possível ver sinais de incongruência, como, ele falando que descobriu sobre o sapato quando Ashton estava prestes a morrer e sua filha tinha 5 anos, sendo que faz alguns meses que ele morreu, então não teria como ela ter essa idade. Outro ponto são as palavras "até o momento" ditas por ele quando se referia a herança que seria dada a Lady, e por fim, quando eu perguntei sobre quem iria receber a herança caso a Lady morresse, e ele não quis responder diretamente, sendo que na lógica, era óbvio que ele iria receber, já que era o segundo irmão mais velho da família."

Após isso, estava óbvio que esse era o irmão culpado, então decidimos esperar outra noite com essas vozes, para levar a polícia para prender os dois e também levar a Lady Bellgrade, porque era a melhor forma de explicar para ela o ocorrido era ela mesmo vendo.

Assim que o momento chegou, foi a polícia junto com Lady para dentro da divisória de paredes, e assim, conseguiram pegar um dos criminosos, o Ashton, que entregou tudo em troca de uma pena menor, e assim, esse caso se encerrou.

Fim

O caso da parede sussurrante Por Letícia A vingança Tivemos alguns casos curiosos e enigmáticos em nosso pequeno palco da rua Baker Street, como esse caso que irei relatar agora: Lady Bellgrade afirmou ouvir vozes que tramavam sua morte e ainda cavavam sua sepultura. Watson quis encaminhá-la a um psiquiatra. Mas o procurador dela, Guy Winding, pediu a Holmes que investigasse o caso. O enérgico detetive interrogou todos os empregados da mansão Bellgrade, o que incluía o jardineiro Paul Pullman, a criada Gerda Foxworth, o mordomo Soames Carston, a cozinheira Carmine Crouton, e até o diarista Raul Huffmann.

Lady Bellgrade começou a ouvir vozes logo depois da morte de seu marido Lorde Ashton Bellgrade, e só nas noites em que os seus empregados não estavam em casa.

As vozes, segundo ela, pareciam vir da parede sul do quarto.

Holmes descobriu uma passagem secreta que dava para o quarto sul onde lady ouvia e já entendeu tudo que havia acontecido.

Assim que amanheceu Holmes se escondeu atrás da porta do sótão e assim que eles acordaram o detetive se trancou junto a eles e os interrogou: — Por que você forjou a própria morte?

— Pois descobri que minha mulher só queria me matar para ter logo minha herança em suas mãos. Ela já tentou me envenenar várias vezes mas em nenhuma teve sucesso, pois os empregados, sempre que ela pedia para levar uma bebida para mim, trocavam pela mesma bebida só que sem o veneno. Então fingi ter morrido com a última tentativa dela e pedi ajuda aos empregados pra assustá-la para que nunca mais tente envenenar alguém. - respondeu Lorde Ashton Bellgrade.

Homes desceu até a entrada da casa, chamou o Watson e pediu para que ligasse para Lestrade e Gregson para virem prender a lady. Assim que os oficiais chegaram, lady já tinha entendido e percebeu que Holmes já sabia de tudo. O detetive se aproximou de lady e fez a seguinte pergunta: — Por que você tentou envenenar seu marido?

— Para me vingar dele, que nunca me deu um tostão do seu dinheiro então o matei e agora tenho tudo! - Respondeu ela.

— Seu marido não está morto, senhora. Ele e os empregados estão produzindo as tais vozes.

— Como você sabe?

Então Holmes explicou que na primeira noite de folga dos empregados, ele se escondeu na adega de vinho recém construída na mansão. Pela manhã, ele já havia descoberto que o marido não havia morrido e sim forjado a própria morte para se vingar de sua mulher, que queria roubar toda sua herança. O famoso detetive foi até a casa da lady para ficar uma noite e descobrir de onde vinham as vozes. Holmes se escondeu na adega durante a noite, e descobriu que havia uma passagem atrás dela então procurou saber onde ela levava e descobriu que havia um sótão escondido na casa onde os empregados e o marido se escondiam para assustá-la com as vozes misteriosas.

E assim descobriu que o marido não havia morrido e sim forjado a morte para se vingar.

Assim lady foi presa e seu marido teve sua herança recuperada.

Fim

O caso da parede sussurrante Por Lucas Após aquele dia terrível e traumatizante da morte de seu marido, lady Bellgrade começou a ouvir vozes saindo das paredes de sua mansão, tramando sua morte. As vozes conversavam com ela pessoalmente.

“Ainda bem que você está aqui”, - disse a senhora, suando da cabeça aos pés.

“Estive ouvindo vozes por trás das paredes, mesmo sabendo que essas paredes são ocas!

Essa mansão foi feita há 73 anos atrás, quando tinha apenas três anos de idade.”

Conversei com todos os trabalhadores da mansão, a cozinheira, o mordomo e a diarista. Quando fui falar com o jardineiro, ele já sabia que lady ouvia vozes. O jardineiro conhecia uma psiquiatra para ajudar nesse problema. Eu segui o conselho do jardineiro e contratei essa psiquiatra. O jardineiro a recomendou porque eles se conheciam pessoalmente e era de boa graduação. Após algumas sessões com a psiquiatra Mariana, lady Bellgrade tinha esquecido o que tinha acontecido com a morte de seu marido e as vozes por trás da parede.

Passados dois meses de sessões, Lady Bellgrade e a psiquiatra estavam andando pelo corredor para se despedirem quando as duas ouviram um barulho que parecia estar por trás da parede. Foi quando a psiquiatra percebeu o motivo pelo qual Watson entrou em contato com ela. O trauma não era imaginação dela, mas sim um certo barulho. Mariana me avisou que não era impressão de lady Bellgrade, mas mesmo algum barulho dentro das paredes: “Você não ouviu se era uma voz ou animal?” - perguntei com algumas dúvidas.

“Não certamente, mas acho que deveria chamar um especialista para investigar esse caso.”

Então, sem pensar duas vezes, Guy Winding entrou em contato com o famoso detetive Sherlock Holmes para ajudar a sra. Bellgrade em seu tratamento.

Explicando o caso para o grande detetive no carro, ele já teve alguns suspeitos através das informações que lhe contei. Quando chegamos lá ele entrevistou todos na casa: o jardineiro, a cozinheira, o mordomo, a diarista e a psiquiatra. Sherlock estava investigando quando viu um par de luvas brancas que estavam em ótimo estado e lembrou quem usava uma luva branca. Com isso tinha uma suspeita sobre o mordomo, pois sempre estava com luvas. Outra suspeita na lista de Sherlock era a cozinheira, mas esta falou que só usava luvas para facas muito afiadas, mesmo não tendo nenhum corte na mão dela ou nas luvas.

O jardineiro também era suspeito, mas ele falou que usava o mesmo par há um ano: “E além do mais” - disse o jardineiro - “as minhas são muito mais sujas do que essas limpas!”

Sherlock sabia que era o jardineiro, mas decidiu guardar a informação para ele mesmo. O grande detetive fez três perguntas para lady Bellgrade: “A coisa que a sra. ouviu era uma voz”?

“Sim” - ela respondeu - “com certeza.”

“Você reconhecia a voz?”

“Parecia familiar. Acho que já tinha ouvido uma vez ou outra”.

“Como está sua situação com seu marido”?

Sherlock tinha esquecido sobre o acidente de seu marido. Por isso, lady Bellgrade saiu correndo pelos corredores tropeçando em sua estante. Sherlock foi se desculpar quando percebeu que tinha algo incomum atrás da estante. Era uma porta coberta com papel de parede. O detetive decidiu entrar quando achou um rastro de folhas amarelas que pareciam ser do jardim. Com essa informação, ele sabia que era o jardineiro, mas teve que entrevistar a cozinheira caso ela fosse uma cúmplice, ele pensou. Chegou na cozinha e viu o corpo dela no chão com uma adaga nas suas costas.

Percebeu de primeira que a faca tinha as digitais do assassino. Após uma longa sessão de rastreamento das digitais dos trabalhadores da mansão, Sherlock descobriu que foi a psiquiatra era cúmplice do jardineiro assassino. Contando essa história para a polícia: “Mas como soube que era o jardineiro e a psiquiatra? - Eu perguntei com dúvida.

“Elementar, meu caro Watson. O jardineiro, não tendo mais nada para esconder, contou que ele recebia pouco dinheiro comparado com a fortuna que a lady tinha, além de nem estar perto comparando aos outros. Por isso queria vingança contra a sra. Bellgrade. Sua cúmplice, a psiquiatra Mariana, foi infiltrada para pegar informações pessoais de lady Bellgrade para expô-la a todos.

Fim.

O caso da parede sussurrante Por Maria Clara

Meu nome é Watson, Dr. Watson. Fui chamado para a mansão Bellgrade porque Lady Bellgrade estava adoentada desde a morte de seu marido, Lord Bellgrade.

Uma morte precoce, já que ele tinha muita saúde, costumava cavalgar e exercitar-se frequentemente, alimentava-se bem e tinha bastante respeito de seus amigos e de seus empregados. Foi realmente uma triste perda.

Encontrei Lady Bellgrade em seu quarto, bastante assustada, olhos arregalados, parecia realmente desequilibrada. Sentada em sua cama olhava fixamente para a parede sul do quarto e dizia que as vozes iriam matá-la e que estavam cavando sua sepultura. Comigo naquele momento estavam o seu procurador, Guy Winding, a criada Gerda Foxworth e o mordomo Soames Carston, que apenas observavam meus procedimentos. Fiz alguns exames de rotina e não detectei nada de errado, além de uma taquicardia constante. Chamei seu procurador de lado e sugeri que consultasse um psiquiatra, assim poderíamos ter um diagnóstico mais preciso, já que certamente Lady Bellgrade estava delirando. Guy apenas me chamou para próximo da janela, abriu devagar a cortina e mostrou uma cova rasa, ainda por terminar. Confesso que um arrepio correu pelo meu corpo. Guy sugeriu que investigássemos e que chamássemos profissionais qualificados como Lestrade e Gregson. Sugeri que chamássemos também o investigador Sherlock Holmes. *** Enquanto Lestrade e Gregson buscavam informações sobre o círculo de amizade de Lord e Lady Bellgrade, Holmes e eu nos concentrávamos no dia a dia da Mansão Bellgrade. Holmes conversou com Lady Belgrade que parecia mais calma e conseguiu explicar o que ouvia. Eram barulhos de batidas nas paredes, como se almas quisessem sair dali para pegá-la; eram frases que a ameaçavam de morte, que diziam estar cavando sua sepultura, e que diziam saber das coisas que ela tinha feito no passado.

Holmes me disse que sentiu que o passado de Lady Bellgrade guardava segredos, mas não tinha certeza. Pediu então para que ela saísse do quarto e começou a investigar a parede sul. Não encontrou nada estranho, a não ser um pequeno buraco perto do chão que permitia passar uma forte corrente de ar. Achou estranho. Embaixo da cama eu encontrei uma caixa de remédios para tratamento de esquizofrenia.

Mostrei a Holmes, que pediu para que guardássemos a pista e que não contássemos isso a ninguém. Será que Lady Bellgrade era louca e não contou para ninguém? *** Do lado de fora da mansão Bellgrade, perto da cova, encontramos pegadas que foram escondidas por folhas secas. Interrogamos o jardineiro Paul Pullman, que nos disse estar bastante assustado com o aparecimento daquela cova e que tentou fechá-la

várias vezes. Mas que logo em seguida ela aparecia aberta de novo. Provavelmente as pegadas ali seriam dele. Porém seguindo os rastros descobrimos que elas nos levavam para um lugar diferente do pequeno quarto de ferramentas para a parte de trás da casa, justamente a porta de saída dos empregados. Talvez não fossem almas que estiveram cavando aquela sepultura.

A porta dava para a cozinha e Holmes decidiu investigar por ali interrogando primeiramente o diarista, o mordomo e a cozinheira. Perguntou como era o dia a dia de trabalho dos dois que responderam apenas o normal: servir Lady Bellgrade. Holmes achou os três um pouco tensos com as perguntas e com as respostas curtas, principalmente o mordomo que esfregava forte as mãos. “Um mordomo sem luvas?

Estranho”, pensou. A cozinheira, ao sair, acabou por esbarrar no lixo derrubando tudo.

Eu, prontamente, fui ajudar a recolher tudo e encontrei um frasco de remédios para dormir. A cozinheira Carmine Crouton tentou bruscamente tirar o frasco de minha mão, desviei e passei para o Holmes. Holmes olhou fixamente o frasco e a cozinheira, e achou sua atitude bastante suspeita.

Carmine, gaguejando, nos disse que o remédio para dormir era seu. Holmes os dispensou e achamos bastante estranha atitude dela, já que era a primeira a chegar e a última a sair sempre naquela casa. O cansaço por tanto trabalho tornaria quase impossível uma insônia. *** Lestrade e Gregson trouxeram informações não somente sobre o círculo de amizades da família Bellgrade, como de outras pessoas. Holmes questionou sobre eventuais consultas médicas que Lord e Lady Bellgrade tivessem feito e em nenhuma delas apareceu um psiquiatra. Logo Holmes descartou que o remédio para esquizofrenia encontrado no quarto fosse realmente da Lady Bellgrade. Alguém o teria colocado lá. Faltava descobrir por quê.

Holmes começou a juntar os fatos e suspeitou que as vozes não eram de um evento paranormal. O buraco na parede com a corrente forte de ar e o frasco de sonífero poderiam ter uma relação.

Naquela noite, após a Lady Bellgrade ir dormir e após a saída dos empregados para suas casas, Holmes e eu entramos na mansão. Abrimos devagar a porta de Lady Bellgrade, e, sem fazer barulho fomos até a parede sul do quarto, mas antes eu acabei esbarrando em uma pequena mesa fazendo uma porcelana cair. Lady Bellgrade nem se mexeu. Holmes se aproximou e viu que ela dormia profundamente, de modo estranho.

Parecia sedada.

Fomos então até o quarto ao lado. Na parede norte, rente ao chão, percebeu a mesma corrente de ar do quarto de Lady Belgrade. Procurou pela parede e ao deslocar um quadro pela direita, uma passagem secreta se abriu. Um pequeno vão de 50 cm de largura revelou-se. Holmes acendeu um fósforo que mostrou uns pequenos buracos que davam para o quarto de Lady Bellgrade, além de barras de metal e...

“Elementar meu caro Watson!” - sussurrou.

Ao tentar sair da mansão percebeu luzes de lanternas se aproximando.

Observou mais atentamente e viu que as luzes pararam próximas à sepultura e os reflexos delas mostravam pessoas cavando. Logo depois as luzes vieram em direção à parte de trás da casa. Holmes então se escondeu na adega recém reformada, que ficava ao lado da cozinha, e com isso, disse que eu já poderia me retirar. *** No dia seguinte Holmes chamou a todos e revelou que o caso estava resolvido.

Eu sinceramente não acreditei prontamente que em tão pouco tempo ele tinha conseguido juntar evidências suficientes para resolver tudo. Para mim ainda era tudo confuso, o remédio para esquizofrenia, o sonífero, as vozes, a cova que aparecia e desaparecia.

— Achei bastante estranho encontrar um remédio para esquizofrenia no quarto da Lady Bellgrade, sendo que fomos informados que ela nunca fez uma consulta com um psiquiatra. Estranho também achar a embalagem de remédio para dormir no lixo e a cozinheira dizer que era dela, já que trabalha muito e acho difícil ter insônia.

As pegadas que encontramos perto da cova não eram do jardineiro, já que descobrimos que elas levavam para a porta de entrada dos empregados, a que dá para a cozinha, e não para o quarto de ferramentas. Um pequeno buraco no quarto de Lady Bellgrade tem uma forte corrente de ar, ele tinha de vir de algum lugar. Descobri no outro quarto uma parede falsa que dava para um vão entre os quartos. Dali vinha o ar e ali encontrei barras de ferro e isso!

Nesse momento Holmes tirou um par de luvas do bolso e entregou ao mordomo.

— Acho estranho um mordomo sem luvas. Escondi-me ontem na adega ao lado da cozinha porque achei estranho luzes de lanternas ficarem um bom tempo próximo à cova e depois se aproximarem da casa. Logo ouvi as vozes dos cinco criados da casa. O que eles faziam ali no dia de folga? Eles são as vozes que Lady Bellgrade ouvia no vão entre os quartos. A cozinheira diluía o remédio para dormir na bebida de Lady Belgrade, quantidade o suficiente para que ela não percebesse a volta dos empregados na casa e para que acordasse com o barulho das vozes.

Eu não estava entendendo nada, tive de interromper.

— Mas Holmes, porque eles fariam isso?

— Elementar me caro Watson. Lady Bellgrade sempre foi muito dura e exigente com os empregados, diferente de Lord Bellgrade, que os tratava como da família; tanto que deixou parte de seus bens em testamento para os cinco empregados.

Lady Bellgrade tentou convencê-lo a mudar o testamento, mas ele não quis. Lady Bellgrade sabia que o marido era alérgico a um dos componentes desse remédio para esquizofrenia e passou a diluí-lo em sua bebida, até o dia que lhe deu uma superdose, matando-o assim. Dessa forma teria como reverter o testamento. Os empregados perceberam a ação de Lady Belgrade, mas não conseguiram salvar o patrão a tempo.

Decidiram então vingar-se e, ao invés de entregá-la à polícia, provocariam sua insanidade inventando toda a história das vozes e da cova quando descobriram o vão

da parede. A ideia era fazê-la perder a sanidade para que não tivesse condições de mudar o testamento.

Lady Bellgrade foi presa por assassinato. Os empregados receberam suas respectivas partes do testamento. E eu, Watson, aprendi mais um pouco com o mestre Holmes.

Fim

O caso da parede sussurrante Por Priscila Sherlock Holmes resolveu aceitar o convite e descobrir o mistério das vozes sussurrantes que assustavam a Lady Bellgrade.

Naquele dia, ele e Watson foram até a mansão e conheceram todos os suspeitos: a criada, o mordomo, a cozinheira, o jardineiro e o diarista.

Ao entrar ele conheceu o Mordomo, um homem grisalho e muito educado.

Ao entrar Sherlock viu pegadas pequenas no corredor de entrada.

O mordomo abriu a porta e estava feliz com a visita dos dois investigadores Sherlock e Watson e ofereceu uma xicara de chá. Watson preferia café, então ele pediu também uma xicara de café. Conversaram e receberam o café e o chá que a criada serviu. Ela parecia bem nervosa e os dois suspeitaram dela. Eles perguntaram há quanto tempo ela trabalhava lá. Muito nervosa, ela respondeu que há mais de 20 anos.

Ela contou que estava muito assustada com as vozes que só a Lady Bellgrade escutava.

Ela acreditava que podiam ser do Lord Bellgrade que havia morrido.

Sherlock conversou com a Lady Bellgrade, que era muito vaidosa e muito calma. Ele também pediu para ver o quarto onde ela escutava as vozes: era um quarto muito cheio de enfeites, com uma cama grande no centro e uma janela grande com cortinas de tecido antigo e grosso. De lá ela disse que podia ouvir alguém cavando uma cova, pois dava para ver o jardim.

Sherlock perguntou se ela gostava de café e ela disse que não tomava nunca e os únicos que tomavam café eram a cozinheira e o jardineiro.

Watson não acreditava em espíritos e sabia que Sherlock podia desvendar o caso. Sherlock e Watson também encontraram com o diarista que estava tirando o lixo e descobriram que ele era mudo e não poderia contar a ninguém o que viu.

Então eles foram embora. Sherlock voltou de noite e se escondeu na adega para ver quem entrava no quarto para fazer as vozes. O único que tomava café era o jardineiro que entrava e se escondia atrás da cortina enquanto a Lady Bellgrade jantava. Ele também cavava o jardim e era o que Lady Bellgrade podia ver e ouvir. As pegadas da entrada eram de barro e pequenas que só podiam ser da cozinheira porque a criada usava tênis e não sapatos.

O plano era: se a Lady Bellgrade morresse, todos eles teriam parte da herança, mas o mordome e a criada tinham uma parte maior e, se fossem culpados, iriam para a cadeia e os outros receberiam tudo.

Fim

O caso da parede sussurrante Por Tiago

— A vida está sem graça, os jornais nada contam, nenhuma aventura. - disse Sherlock Holmes na sala para mim.

Ouviram passos na escada do pequeno prédio e a campainha tocou. Era o senhor Guy Winding, de corpo forte, óculos de ouro, faces coradas, procurador da senhora Bellgrade, uma rica senhora moradora de uma mansão afastada do centro de Londres.

— Porque veio aqui, Sr Guy? — O assunto é perturbador e confio no trabalho de detetive do Sr Sherlock.

Algo estranho está acontecendo na casa da Sra Bellgrade, gostaria que investigasse. Ela está muito nervosa! A polícia também está buscando explicações, com os policiais Lestrade e Gregson.

Sherlock usou um coche até a mansão da Sra. Bellgrade que ficava a poucos quilômetros do centro da cidade. Subindo para um lugar montanhoso, numa estrada cheia de curvas, árvores sem folhas agora no inverno, e cobertas por um denso nevoeiro. A mansão era afastada da estrada, com janelas grandes e portas altas, construção muito antiga. Descemos do coche, e um mordomo muito velho, andando com dificuldade abriu-nos a porta. A Sra Bellgrade nos aguardava. Era uma pessoa gentil, com um olhar preocupado. Casada com Sr. Bellgrade, um rico comerciante.

Ela, ansiosa, contou-nos o que estava acontecendo. Sempre à noite e quando os empregados folgavam, ouvia vozes ameaçadoras e barulhos de pá remexendo a terra, as vozes faziam eco assustadores. Dizia ela: — Estou enlouquecendo! Preciso resolver isto antes que aconteça uma tragédia!!

Sherlock olhava tudo com curiosidade na sala. Com aquele seu jeito característico: cabeça esticada para frente e cachimbo na boca, me perguntou: — O que acha, Watson?

— São muitos suspeitos, Sr.!!

A cozinheira, senhora tímida, casada com o jardineiro, que além de cuidar do jardim também fazia compras para a Sra Bellgrade na cidade. Seu filho era o diarista e limpava os objetos da casa. Nesta semana comemoraram um aniversário da família e saíram mais cedo. O mordomo muito velho, somente atendia a porta. A criada Gerda Foxworth acompanhava Sra Bellgrade e estava sempre a par do que acontecia na casa, participava do jantar e das conversas da casa. Recentemente ouviu comentários de que falecera um tio da Sra Bellgrade que lhe deixou uma grande herança.

Certo dia, uma notícia chocou os empregados: o Sr Bellgrade caiu de uma ribanceira, na estrada cheia de curvas. O corpo nunca foi encontrado. A polícia encerrou o caso.

Algumas manhãs Sherlock se dirigia até as redondezas da mansão para observar o local. No final de uma ladeira, viu a criada Gerda sair do Café London e de sua bolsa caiu um pedaço de papel.

Sherlock, sem ser visto, apanhou o papel e percebeu que era um cartão de uma empresa de construção.

— Watson, o que acha disso?

Caminhando em direção à mansão, percorreram o jardim, e se dirigiram à adega que ficava no lado sul da casa, bem junto a uma pequena elevação de uma enorme pedra. O local tinha um portão grande e, ao lado, corria um riacho muito pedregoso.

O vento sul batia forte naquela entrada. A adega foi construída recentemente no verão.

Sherlock pediu ao jardineiro a chave do portão. Entrou naquela fria adega e percebeu vários túneis e entradas muito escuras.

— Sherlock, olhe o que tem aqui no chão.

O mesmo cartão que vimos hoje na rua. Ele foi bem observador.

Disfarçadamente não trancaram o portão da entrada e voltaram à noite, quando seria folga dos empregados, e se esconderam. Os barulhos começaram forte, com o som de vozes, passos, terra, vindo dos túneis ocos, com ajuda do vento forte vindo do sul. Duas silhuetas foram vistas, um homem e uma mulher: a criada e o sr Bellgrade!

Entregues ao policial Lestrade, eles confessaram tudo.

O simples motivo era que eles queriam a fortuna da Sra Bellgrade. O plano era eliminá-la.

— Meu caro Watson, o Café London nos espera!

FIM!

O caso da parede sussurrante Por Veridiana Eu e Sherlock estávamos numa cafeteria tomando um chá com biscoitos. Era um dia que estava chovendo muito, fomos para casa, e o telefone não parava de tocar.

Sherlock atendeu e era a lady Bellgrade. Ela dizia que vozes estavam aterrorizando suas noites.

Sherlock e eu fomos até a casa de Bellgrade para ver o que estava acontecendo.

Chegamos lá, lady Bellgrade contou sobre as vozes, e disse que a cada noite era uma voz diferente. Uma noite era uma voz grossa, masculina, e outra noite era uma voz grossa, mas feminina.

Sherlock interrogou todos os trabalhadores da casa: o jardineiro Paul Pullman, a criada Gerda Foxworth, o mordomo Soames Carston, a cozinheira Carmine Crouton, e até o diarista Raul Huffmann. Ao anoitecer, eu e Sherlock ficamos na casa e nada de vozes. De manhã, lady Bellgrade estranhou não ter ouvido vozes, mas Sherlock presumiu que era por ele e eu estarmos lá. Conversamos com lady Bellgrade e tentamos montar um plano para pegar os assassinos. Sherlock teve uma ideia e disse: — Para fazer seu inimigo se deslocar, atraia-o com uma isca que ele vai engolir.

— Como assim? - disse lady Bellgrade.

— Quer dizer que utilizar iscas vai fazê-lo se movimentar no tabuleiro respondeu Sherlock.

Ao anoitecer, lady Bellgrade foi para sua cama, e eu e Sherlock ficamos na adega de vinho recém-construída. Eu comecei a andar pela casa e claramente percebi uma movimentação estranha, a janela da frente da casa estava aberta, as cortinas estavam balançando com o vento. Quando me virei para sair, alguém me deu uma pancada e acabei desmaiando.

Quando acordei Sherlock estava na minha frente e Lady Bellgrade estava sentada numa cadeira. A polícia estava lá, não estava entendendo nada, mas quando vi o mordomo e a cozinheira, tinha entendido o que estava acontecendo: Sherlock tinha pego a cozinheira em flagrante depois de dar uma pancada em mim e achou o mordomo logo depois. Ele chegou perto de mim e disse: — Você no final foi a isca... eu ouvi o barulho de algo caindo no chão e fui ver o que era. A cozinheira estava lá, no final a lady Bellgrade não foi uma isca, “voluntariamente” você conseguiu ser uma isca ótima, logo depois que te achei eu encontrei o mordomo subindo as escadas em direção ao quarto dela. Parece que foi pura sorte... – e saiu de perto.

Ele parecia chateado por não ter realmente resolvido o caso. Ao perguntar para os criminosos por que tinham o desejo de matar lady Bellgrade, os dois diziam que era

por causa de sua arrogância, pois ela era sempre mal educada com eles. Eles foram presos por invasão de propriedade, numa terça-feira às 4h44 da manhã.

Fim