Revista Rádio Manchete - Ed. nº 20 by Jorge Rodrigues

Crime que cresce Casos de estupros aumentam no Estado

Cine Paradiso em Guadalupe Sala vira modelo na exibiĂ§ĂŁo de filmes brasileiros

NESTA EDIÇÃO 05 Programação

06 08

Moda

Manchete Entrevista Célia Domingues presidente da Amebrás

32 38

Manchete na Folia

Cidade Violência contra a mulher

28 29

Cinema, Séries, TV e DVD

Troféu Rádio Manchete

24 26

Informática

Esporte

16 18

Capa

Saúde e Bem Estar Casos de Conjuntitvite aumentam no outono

12 14

Comportamento Os rumos da juventude na nossa sociedade

Editorial

Agenda Cultural

40 44

Português em foco

Miguel Nasseh miguelnasseh@radiomanchete.com.br

Costumo dizer que há prazeres na vida que não tem preço. Um deles é a família, a quem devemos tudo no mundo. Outro é a certeza do dever cumprido. A Rádio Manchete está completando 5 anos sob a administração da Nasseh Comunicação. Pode parecer pouco perto de grandiosas e bem sucedidas empresas com décadas no mercado, mas para nós que fazemos esse sonho maravilhoso dar certo e para vocês, que nos dão o privilégio da audiência, é muito. Muito porque se hoje estamos nos estabelecendo cada vez mais como uma opção de entretenimento e informação é graças à paixão pelo rádio. Obrigado mais uma vez. Foi ótimo estar com vocês nestes 5 anos. E vai ser melhor ainda continuarmos lado a lado. E aguardem as próximas novidades que virão por aí. * Encerramos o Carnaval 2011 com chave de ouro com a quinta edição do Troféu Rádio Manchete. Quero agradecer a presença de todos que prestigiaram o nosso evento. À Liesa, representada pelo seu presidente, Jorge Castanheira, Aniz Abrahão David membro do conselho superior e toda a diretoria, que nos dá total apoio na transmissão do maior espetáculo da Terra, à Riotur, aos presidentes das escolas de samba e suas diretorias, aos grandes artistas do Carnaval e à equipe técnica, repórteres e produtores da Rádio Manchete. Como na Manchete é Carnaval o ano inteiro, seguimos juntos rumo ao Carnaval 2012. Um forte abraço e boa leitura.

DIRETOR PRESIDENTE Miguel Nasseh

REDAÇÃO

REPORTAGEM Daniel Gonçalves Luiza Souto Bárbara Campelo Thaiana de Oliveira

CEP: 20.011-901 Tel.: 21 . 2531 0070 comercial@radiomanchete.com.br www.mancheteonline.com.br

COLUNISTAS Antonio Carlos Mattar Vilella Cristina Seixas Helena Garrido Juninho Tititi Rodrigo Campos Jorge Luis Rodrigues

ATENDIMENTO AO LEITOR

A revista da RÁDIO MANCHETE é uma publicação da RÁDIO MANCHETE.

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Redação, administração, publicidade e correspondência: Rua da Assembléia, 10, grupo 3401, Centro, Rio de Janeiro - RJ CEP: 20.011901.

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DIRETORA EDITORIAL Cátia Nasseh

PROJETO GRÁFICO Fabiana Bouças www.fabianaboucas.com

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PROGRAMAÇÃO 760-AM De segunda a sexta-feira 00:00/03:00 PAPO DA MADRUGADA - Kleber Sayáo 03:00/05:00

manutenção nos transmissores

05:00/06:00

22:00/00:00

ROBERTO EM DETALHES - Jorge Baccarin ACORDA RIO - Jorge Baccarin FALA GAROTINHO - Garotinho PROGRAMA CLARISSA GAROTINHO - Clarissa Garotinho DAVID DÁ SHOW - David Rangel CONFRONTO MANCHETE - Ronaldo Gomlevisky SHOW DO MÁRIO ESTEVES - Mário Esteves SHOW DO LUIZ DE FRANÇA - Luiz De França SHOW DO RAPHAEL DE FRANÇA - Raphael De França MANCHETE ESPORTIVA - Equipe de Esportes VAI DAR SAMBA - Miro Ribeiro

18:00

Ave Maria - Luiz De França

06:00/08:00 08:00/09:00 09:00/10:00 10:00/12:00 12:00/13:00 13:00/15:00 15:00/17:00 17:00/19:00 20:00/22:00

Sábado 00:00/03:00

PAPO DA MADRUGADA - Kleber Sayáo

03:00/06:00

manutenção nos transmissores

06:00/08:00

MORADA DO PAI - Equipe Fonte de Luz A VOZ DA MULHER - Wylma Guimarães SUPER SÁBADO - Jorge Baccarin MOMENTO DO POVO - Jonas Santanna MANCHETE NA FOLIA - Juninho Tititi RAPSÓDIA PORTUGUESA - Cláudia Ferreira JORNADA ESPORTIVA - Equipe de Esportes CIDADE DO SAMBA - João Estevam

08:00/09:00 09:00/11:00 11:00/12:00 12:00/14:00 14:00/15:00 15:00/21:00 21:00/00:00

Quando não houver futebol: SHOW DA MANCHETE com Cláudio Ferreira, de 18:00 as 21:00

Domingo 00:00/06:00

manutenção nos transmissores

06:00/08:00

RAPHAEL DE FRANÇA Especial de Domingo - Raphael De França SANTA MISSA DOMINICAL - Padre Reginaldo Manzotti DEBATE SUSTENTABILIDADE - Prof. Henrique Cortez CONSTRUINDO SUCESSO - Miro Ribeiro AGENDA GILSSE CAMPOS - Gilsse Campos ARQUIBANCADA MANCHETE - Rodrigo Campos JORNADA ESPORTIVA - Equipe de Esportes SUPER PARADÃO MANCHETE - Robson Alencar A CAMINHO DA LUZ - Paulo Newton

08:00/09:00 09:00/09:30 09:30/12:00 12:00/13:00 13:00/15:00 15:00/21:00 21:00/23:00 23:00/00:00

Quando não houver futebol: SHOW DA MANCHETE com Cláudio Ferreira, de 18:00 as 21:00

SAÚDE E BEM ESTAR

Fonoaudiologia: o que ela pode fazer por você

o dia 9 de dezembro, profissionais da fala comemoram 30 anos de regulamentação da profissão, mas as festividades já começaram. Em entrevista à Rádio Manchete, a fonoaudióloga Maria Aparecida Xavier, de 33 anos, falou da importância de cuidar da voz e faz um alerta sobre o câncer na laringe. “Em 16 de abril comemoramos o Dia Mundial da Voz, então a gente pegou carona com a Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia para alertar sobre os indicativos de câncer de laringe. Até 2009 o Brasil era o segundo em números da doença. Então a gente quer mesmo é veicular nossa logomarca para falar sobre o fonoaudiólogo e sua importância”, explicou Aparecida. Existem hoje sete especialidades dentro da fonoaudiologia. São elas a linguagem, a audiologia, a voz, a motricidade orofacial, a disfagia, a educacional e a saúde coletiva. “A fonoaudiologia nasceu na área da educação. Antes ela se chamava logopedia, pois trabalhava a comunicação da criança de forma lúdica. Hoje ela se estendeu a vários ramos e ajuda o paciente com diversos problemas, como gagueira, deficiência auditiva, transtorno específico do desenvolvimento da fala e da linguagem, comum em autistas e quem tem síndrome de down, e disfasia”, disse. Aparecida lembra que os tratamentos citados ganharam cobertura de todos os planos de saúde em junho de 2010. “Desde 1999 a Agência Nacional de Saúde (ANS) determinou o que deve ser coberto pelos planos. E aí, no ano passado, ficou

decidido que todos os planos devem dar cobertura de até 24 consultas anuais”.

como instrumento de trabalho, como aten-

Vale lembrar que tratamentos estéticos, feitos por profissionais que têm a voz

cobertura alguma, pois não se trata de um

dente de telemarketing e locutor, não têm problema clínico. z

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SAÚDE E BEM ESTAR

Casos de conjuntivite aumentam no Outono por THAIANA DE OLIVEIRA

os primeiros meses de 2011 um surto de conjuntivite tomou conta de várias cidades do estado de São Paulo. E a doença já está chegando em outras regiões, como o Rio de Janeiro. Casos da doença costumam aparecer com mais frequência em estações como o outono devido à mudança na temperatura. Em entrevista à Rádio Manchete, o oftalmologista Antonio Gabriel Ribeiro Costa explicou como se dá o contágio. “A doença é causada por bactéria, por vírus ou ambos. O meio de contaminação principal é quando o paciente leva a mão aos olhos sem lavá-la antes. Logo, o simples fato de não coçar os olhos sem antes lavar as mãos já evita a conjuntivite”, disse Costa. Segundo o oftalmologista, a doença não é transmitida pelo ar. É preciso que exista um contato físico para que aconteça a contaminação. “O importante é procurar um médico. Somente o olho vermelho não significa que o paciente esteja com conjuntivite. Há outras doenças que apresentam o mesmo quadro, como o glaucoma e a uveíte, e o não tratamento desses casos pode ocasionar a perda da visão”. O oftalmologista afirma que, independente da idade e sexo, toda pessoa pode ter a síndrome do olho seco, que aumenta a predisposição à conjuntivite, mas as mulheres na menopausa formam o grupo de maior risco. Além da conjuntivite viral, quem sofre com doenças respiratórias também tem tendência a contrair a conjuntivite alérgica nesta época do ano.

Tipos da conjuntivite Há três tipos de conjuntivite: a viral ou bacteriana, a alérgica e a tóxica. Segundo o oftalmologista Fernando Portolani, o tratamento apropriado para a doença depende da causa do problema. A conjuntivite viral é transmitida por vírus ou bactérias e está geralmente associada a sintomas no trato respiratório superior. Mais comum e mais transmissível, a conjuntivite alérgica pode ser causada por alergia a substâncias como cosméticos, perfumes, depósito de proteínas na lente de contato ou medicamentos. Ela afeta mais aqueles que têm rinite e bronquite. Geralmente ocorre nos dois olhos e não é contagiosa. Já a conjuntivite tóxica é causada pelo contato direto com o agente tóxico, ou seja, ao tomar o medicamento. Em alguns casos, este tipo de conjuntivite ocorre em recémnascidos devido ao uso obrigatório do colírio no momento do nascimento. Entre as substâncias mais comuns que causam a conjuntivite tóxica podemos citar produtos de limpeza, fumaça de cigarro e poluentes industriais. A pessoa com conjuntivite tóxica deve se afastar do agente causador e lavar os olhos com água abundante. Esse tipo de doença se torna altamente contagiosa no calor devido às aglomerações em locais onde pode conter água contaminada, como piscinas ou praias. O fato de já ter pego a doença não impede que o paciente seja infectado novamente. Se a pessoa estiver em um ambiente contaminado e não tiver cuidados corre o risco de pegar conjuntivite. “Nessa época do ano é mais comum a conjuntivite causada por vírus. Geralmente ela

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começa subitamente em um olho e, de forma rápida, passa para o outro. O tratamento é sintomático. Ou seja, de acordo com cada caso não é utilizado nada que mate o vírus. É como um tratamento de gripe, por exemplo. O objetivo é a melhora do paciente, já que o vírus fica na pessoa contaminada, se reproduz e vai embora”, explicou Portolani. Os sintomas da conjuntivite costumam durar de 7 a 14 dias, sendo que nos primeiros 3 ou 4 dias eles incomodam mais. Para aliviar a dor, o oftalmologista recomenda muita compressa fria nos olhos, colírios lubrificantes e medidas de higiene. “Lembrando que não é qualquer colírio que pode ser usado. É importante procurar um médico para que ele faça a receita. E, nos casos mais graves, há necessidade de uso de antiinflamatórios”, completou Portolani. A Secretaria Estadual de Saúde informou, por meio de nota, que ainda não há surto da doença no Rio de Janeiro, mas é grande a procura em postos de saúde de pessoas com os sintomas. Já a Secretaria Municipal de Saúde explicou que não há números oficiais da conjuntivite porque doenças como ela e a gripe não são acompanhadas com a mesma intensidade que a dengue. “A notificação é feita através dos números passados pelas coordenadorias de monitoramento e isso acontece quando a quantidade de casos cresce de forma absurda, fugindo do que é considerado “padrão”, como 50 casos por semana em um determinado local”, explicou o órgão. Ainda de acordo com a secretaria, até o dia 19 de abril houve 1.098 casos notificados em 11 regiões administrativas. z

SAÚDE E BEM ESTAR

Encontros pela medicina O CAFÉ NA VARANDA É UM ENCONTRO SEMANAL, PROMOVIDO PELO CARDIOLOGISTA CLÁUDIO DOMÊNICO, NA CLÍNICA SÃO VICENTE, NA GÁVEA, ZONA SUL DO RIO, ONDE PROFISSIONAIS DA ÁREA MÉDICA DISCUTEM OS ÚLTIMOS AVANÇOS DO SETOR, AS NOVAS TECNOLOGIAS E PROCEDIMENTOS NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE DOENÇAS. AQUI, VOCÊ CONFERE OS PRINCIPAIS TEMAS DISCUTIDOS NO CAFÉ NA VARANDA. por MONIQUE DUTRA

A evolução no diagnóstico de câncer No tratamento do câncer, o exame PET-CT é, atualmente, o mais avançado no diagnóstico. A diferença dele para os demais é a avaliação do metabolismo das células e não só a anatomia do corpo humano, o que faz dele mais eficiente, pois consegue detectar a doença logo no seu início. “Com ele, é possível fazer uma rápida mudança no tratamento e na medicação do paciente”, afirmou o médico nuclear do CDPI/Multi Imagem, José Leite Cavalcanti.

O principio do PET-CT é a injeção de uma glicose radioativa na corrente sanguínea do paciente, sendo possível estudar o corpo dele por completo. As células doentes são identificadas através da maior captação da glicose injetada. É possível avaliar também a extensão da doença e ainda fazer o acompanhamento terapêutico do paciente. De acordo com Cavalcanti, com um clico de terapia já é possível pedir um novo exame para saber se o paciente está respondendo ou não ao tratamento. Ainda de acordo com o médico, a medicina do país ganha com essa tecnologia principal-

mente pelo direcionamento mais apurado da doença e também pela sobrevida que o paciente passa a ter. Além do câncer, o exame pode ser feito nos tratamentos de epilepsia, Alzheimer e em pacientes que sofreram infarto ou que tem disfunsões no coração. Porém, essa tecnologia ainda é restrita a minoria da população por causa do custo do exame, que é de R$ 3.400. O PET-CT já foi incluído na relação de exames obrigatórios da Agência Nacional

Incontinência urinária: como essa doença afeta mulheres e idosos A incontinência urinária afeta principalmente as mulheres e os idosos. No público feminino é um problema bastante grave. A explicação é a fragilidade do assoalho pélvico. A musculatura que dá sustentação aos órgãos dessa região é mais frágil nas mulheres e estão sujeitas a esforços, como o parto, que provocam uma queda da bexiga e da uretra. Além disso, o músculo estriado, que forma um pequeno anel em volta da uretra, é mais fino e adelgaçado nas mulheres e mais espesso e forte no público masculino. As perdas urinárias nos homens adultos estão mais relacionadas a procedimentos cirúrgicos que envolvem a retirada da próstata e o comprometimento da enervação do esfíncter, que é o mecanismo de continência. Nos idosos, pode haver deficiência neurológica que vão levar o paciente à falta de controle da bexiga. Normalmente relacionada a algumas doenças que afetam a medula espinhal, como Parksion, arterioesclerose, Alzheimer, traumatismo craniano e outras.

A qualidade de vida é afetada devido à incontinência urinária, com a restrição da vida social. Nas mulheres, isso acontece naquelas que tiveram muitos filhos, estão acima do peso, têm mais de 60 anos ou apresentam algum problema neurológico. “Essas pessoas começam a ter uma restrição social intensa o que pode levar a um processo de dessocialização e depressão”, afirma o médico Pedro Paulo, professor titular da Faculdade de medicina de Petrópolis. O médico alerta que é muito importante que essas pessoas procurem um especialista para que eles possam estudar e tratar o problema. Segundo ele, para evitar a incontinência urinária é preciso manter uma musculatura pélvica forte por meio de exercícios, ficar alerta com a prisão de ventre e verificar se existe algum déficit neurológico. Os problemas causados pela doença podem ser corrigidos e revertidos completamente.

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SAÚDE E BEM ESTAR

Doenças do coração: é melhor prevenir

fatores de risco como, diabetes, colesterol alto, obesidade, dieta inadequada, falta de atividade física, pressão arterial alta e histórico familiar. Nessa população, podem ser utilizados medicamentos de uma forma preventiva para que possam produzir uma proteção que diminua as chances de uma doença cardiovascular, como explica o médico cardiologista Luiz Antônio Campos, candidato à presidência da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Outro assunto discutido no Café na Varanda foi a prevenção de doenças no coração, que hoje está ao alcance de todos, principalmente em pessoas que possuem

A tônica da palestra foi a série de limitações do desempenho dos medicamentos utilizados no tratamento das doenças car-

de Saúde para o tratamento de câncer de pulmão e câncer no sistema linfático. Sendo assim, os planos de saúde terão que disponibilizá-lo para os segurados. Já no Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não há previsão de quando esse tratamento estará disponível.

diovasculares. O ácido acetilsalisílico é o mais usado. De acordo com o médico, a pesquisa clínica tem investigado e lançado novos medicamentos que podem potencializar o emprego da aspirina. Três novas drogas foram usadas, mas apenas uma está aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Com o nome científico prazogrel, está disponível no Brasil, porém ainda não tem formulação genérica. A rede pública ainda não disponibilizou o medicamento. z

Dr. José Leite Cavalcanti Filho médico nuclear na Clínica de Diagnóstico por imagem tel.: 2432 9155 Dr. Luiz Antônio Campos cardiologista diretor científico do Hospital Pró-Cardíaco lacampos@cardiol.br Dr. Pedro Paulo Sá Earp professor titular da Faculdade de medicina de Petrópolis e livre docente da UFERJ/UNIRIO tels.: 2537 3221 / (24) 2242 5633 Dr. Cláudio Domênico Doutor e Mestre em Cardiologia cdomenico@gaveacor.com.br

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MODA

por Cristina Seixas

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Uma estação... muito doce!

Caramelos Enquanto assistia aos desfiles e nas minhas pesquisas para o Outono/Inverno, uma cor me chamou a atenção entre tantas que apareciam ou se afirmavam: o caramelo e suas nuanças. Ora em detalhes, ora compondo os looks, lá estava ela, firme e presente. Uma cor que combina com tudo. Perfeita para qualquer ocasião!

Um quê de Caramelo Outono / Inverno Karamello

Fotos Rodrigo Takeshi. Styling Anderson Vescah Modelo Fernanda Traviski

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MODA

Dicas de Estilo e faltar! 9 O trench coat não pod 9 Silhueta marcada preto e branco: 9 Um toque Chanel em e-coque d-d pie pied-de-poule e ês! 9 Paetês, brilhos e lam 9 A laise em evidência

Vestido e Top CBK

ue selvagem 9 Fera Fashion! Um toq no guarda-roupa ! 9 O couro está em alta e scarpins 9 Nos pés: ankle boots meia pata

Vestido Paetes EMPÓRIO ANNA

Londres lança o Action for Hapiness, um movimento pela felicidade, que visa incentivar mudanças nas atitudes das pessoas e construir uma sociedade mais solidária. Certamente é o que o mundo deseja!

Não precisa mais esperar meses para encontrar a moda lançada nas passarelas. Basta acessar o Clube da Primeira Fila (www.clubedaprimeirafila.com.br), criado pela jornalista Heloisa Marra, escolher e comprar!

Um hit para este inverno: o trench coat com babado na barra, usado pela esposa do prínipe William, Kate Middleton, em um evento em Londres. Virou peça de desejo. Por aqui, a grife carioca Botswana lançou uma versão em sua coleção de inverno, na cor caramelo e plissado na barra. Vale a pena conferir.

ONDE ENCONTRAR z

BOTSWANA www.botswana.com.br

ANNA www.emporioanna.com.br

CBK www.cbkfashion.com.br

DIMONA Rua Senhor dos Passos 228, Centro

KARAMELLO www.karamellorio.com.br

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EMPÓRIO

ESPORTE

Pague menos e leve mais GRANDES CLUBES DO FUTEBOL EUROPEU GASTAM FORTUNAS COM REFORÇOS E NÃO CONSEGUEM SUPERAR RIVAIS QUE PREGAM A ECONÔMIA por MIGUEL NASSEH NETO

os últimos anos percebemos que nem sempre gastar e investir mais no futebol é garantia de uma boa temporada. Os principais exemplos estão nos dois maiores e melhores campeonatos nacionais do mundo, o Inglês e o Espanhol. O Real Madrid é um dos mais célebres casos de investimentos desenfreados, mas que não estão gerando o retorno desejado. O presidente do clube, Florentino Perez, desde que assumiu a equipe vem fazendo

contratações milionárias, como a de Cristiano Ronaldo, que foi tirado do Manchester United pela quantia de 93 milhões de euros (cerca de R$ 257 milhões). A manobra se tornou a transação mais cara do futebol internacional. A do brasileiro Kaká custou aos cofres merengues cerca de 65 milhões de euros (cerca de R$ 178 milhões) e foi a terceira maior da história do Real, ficando atrás apenas do próprio Cristiano Ronaldo e de Zidane, que se transferiu da Juventus da

Itália para o Real Madrid por 70 milhões de euros (cerca de R$ 200 milhões). Isso tudo fora as contratações medianas, porém caras, como a de Xabi Alonso, Benzema, Khedira, Ozil, Di Maria e Adebayor. Já o Barcelona fez poucas apostas nesses últimos anos. O clube manteve seu elenco e contratou pouco. A principal aquisição foi a do sueco Ibrahimovic na temporada passada, o que não deu certo. O atacante voltou para a Itália para jogar no Milan. Já nesta temporada a principal contratação foi do

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ESPORTE atacante David Villa, campeão mundial em 2010 com a seleção da Espanha, além da aposta em jovens jogadores de sua divisão de base. Olhando para as contratações e para os investimentos das duas equipes, a maioria apostaria que o Real Madrid levaria vantagem, mas não é o que acontece. Os madrilenos nessa nova era galáctica conquistaram apenas um título, a Copa do Rei desta temporada, enquanto o Barcelona com muito menos dinheiro, vem conquistando os campeonatos nacionais, indo bem na Liga dos Campeões, e levando uma boa vantagem no Campeonato Espanhol deste ano. Na Inglaterra a história não é muito diferente. O Chelsea, também com seu rico e poderoso dono, Roman Abramovich, fez muitas contratações, investiu pesado, mas, assim como o Real Madrid, não conseguiu reverter isso em títulos. O clube inglês durante todos esses anos, vem fazendo diversas aquisições de peso, entre elas a de brasileiros. Nesta temporada o Chelsea contratou o zagueiro David Luiz e o meio campo Ramires, além do atacante Fernando Torres pelo valor astronômico de 58 milhões de euros (cerca de R$ 133 milhões). Mesmo diante de tanto investimento, o Chelsea conseguiu apenas o campeonato nacional da última temporada. Já o seu rival Manchester United fez pouquíssimos investimentos de peso. Apenas renovou contrato com sua estrela maior, Wayne Rooney, e a contratação do até então desconhecido Javier Hernandez, o Chicharito, por apenas 7 milhões de libras (cerca de R$ 18 milhões). Mesmo assim, os Diabos Vermelhos vêm mantendo a regularidade e fazendo grandes temporadas, eliminando, inclusive, o Chelsea na Liga dos Campeões e seguindo líder absoluto do Campeonato Inglês. Dizem que dinheiro não traz felicidade. Neste caso, o ditado é verdadeiro. z

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Na arquibancada rodrigocampos@radiomanchete.com.br

Final de mais um Campeonato Carioca. Venceu o time que menos errou na competicão. Mesmo sem ter feito nenhuma atuação de encher os olhos do seu mais fanático torcedor, o Flamengo, merecidamente, levantou mais um caneco. Destaque para Thiago Neves, que brilhou nos principais jogos, fazendo com que as exibições pouco convincentes do astro Ronaldinho Gaúcho fossem ignoradas. Vem aí o Brasileirão e o sentimento do torcedor que frequenta o Arquibancada Manchete é o seguinte: O Flamenguista: Mesmo feliz pela conquista do Estadual, sabe que o time ainda está devendo uma grande atuação. Não confia no seu setor defensivo e espera mais de Ronaldinho Gaúcho. O Vascaíno: Espera um comportamento mais audacioso do seu time. Sabe que houve uma melhora, mas não o suficiente para brigar pelo título. Vive na expectativa por Juninho Pernambucano. Sabe que se ele estiver bem o time entra forte. O Tricolor: Confia na superação do elenco em momentos mais complicados. Reconhece que o time desse ano é inferior ao do ano passado. Cobra melhores exibições dos seus principais jogadores. O Botafoguense: Está tenso. Sabe das muitas limitações do seu time e está descrente da atual diretoria. Já questiona jogadores que, em um passado recente, eram idolatrados. Herrera é o principal alvo. NÃO ME IRRITAAAAAA!!!!! O péssimo nível da arbitragem do futebol carioca. Entra ano, sai ano e a incompetência só aumenta. É FESTAAAAAAAAAA!!!!! Juninho Pernambucano, Felipe, Thiago Neves, Ronaldinho Gaúcho, Conca, Fred, Loco Abreu, Jeferson. O Rio de Janeiro tem os maiores craques do futebol brasileiro.

ARQUIBANCADA MANCHETE Aos domingos, às 13h. Para participar ligue: 2509 3656 Apresentação: Rodrigo Campos

COMPORTAMENTO

Os Rumos da Juventude na nossa Sociedade

mês de maio marca o início da maratona que os jovens irão enfrentar nos diversos vestibulares e no Enem. Esse será apenas mais um dos desafios que os adolescentes terão que vencer. Associadas a entrada na Faculdade, outras exigências lhe serão impostas. Terminar o ensino médio, entrar na idade adulta, assumir responsabilidades, responder por suas escolhas, assumir sua autonomia, fazer sua escolha profissional, enfim, como percebemos, são muitas as tarefas e muitos papéis a serem desempenhados em poucos meses. A propósito, eles não podem cometer erros ou equívocos, a sociedade, representada pela família, pelo grupo social e pela escola, está atenta para que esse jovem faça tudo bem feito. Não é possível recuar. Esse é o processo “natural” do desenvolvimento humano, quanto mais papéis desempenharmos mais espontâneos poderemos nos tornar. Mas, será que todos os jovens estão prontos e amadurecidos para toda essa pressão? Não terão outros planos próprios e genuínos que sejam diferentes daqueles planejados pela sociedade atual? Poderão optar por um curso técnico qualificado que os coloque no mercado de trabalho em menos tempo? Ou serão obrigados a entrar em uma faculdade? Qual é a tendência do mercado de trabalho para os próximos cinco anos? As preocupações dos adolescentes, porém, não estão restritas apenas as situações citadas, se assim fosse eles poderiam resolvê-las com mais facilidade. Associadas àquelas, existem as relações afetivas, as “tramas” familiares - relações pré-estabelecidas naquela determinada família - a definição sexual e os diversos apelos para as “últimas sensações e celebridades” que surgem através de parte considerável da mídia. Estão aí os exemplos: BBB 11; uma salada, com variados tipos de frutas, que emolduram o corpo feminino como se fosse um prato a ser degustado; as novelas

com seus roteiros inacreditavelmente repetitivos e atuações pífias; os entulhos culturais que são importados e por nós consumidos. Lamento caros leitores, mas é necessário interromper o andamento do artigo sem, no entanto, me distanciar do tema no qual discorria, pois como um violento golpe na “boca do estômago” ou como um soco na “ponta do queixo”, nos abateu a chacina cometida pelo Wellington Menezes de Oliveira na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo. A tragédia deixou 12 mortos e 12 feridos. Incluímos nesses números aqueles que levarão na memória marcas do ataque que presenciaram. Nestes momentos, nós profissionais de saúde mental, somos instados a tentar explicar o que talvez não tenha explicação. Nos debruçamos em nossa bibliografia sobre Psicopatologia, revisamos os casos já ocorridos e por nós já diagnosticados e, ainda assim, a sensação inicial é a de impotência em comentar o ato do ex-aluno? Se é correto afirmar que alguns jovens que sofreram de abusos físicos e/ou emocionais desenvolveram o desejo de se vingar de seus algozes, também é certo a afirmativa de que outros que passaram pelas mesmas situações conseguiram superá-las. Se Wellington sofreu abusos emocionais ou bullying - o diagnóstico da moda - por que essa prática não foi identificada pela escola durante o período em que ele lá estudou? Mais ainda, por que não houve uma atuação firme dos responsáveis, coordenadores ou orientadores, no sentido de coibir a suposta prática? Não há aqui a intenção de responsabilizar gratuitamente esta ou aquela instituição, como também não há a intenção de transformar o atirador em um “animal” ou em um monstro,embora compreenda que diante das cenas e dos detalhes conhecidos, é natural que tenhamos tal sentimento. Supondo que Wellington tenha sofrido de abusos na escola, esse fato por si só, não justificaria

tamanha frieza e muito menos um planejamento minucioso. Nos parece claro que o atirador sofria de sérios distúrbios mentais. Nós especialistas, somos solicitados a definir que tipo de distúrbio mental levaria uma pessoa a atirar na direção de jovens indefesos, tendo como alvo preferencial a cabeça, o rosto e região próxima ao coração. Qual a razão de Wellington em ordenar que suas vítimas não olhassem para ele? Por que onze das suas doze vítimas eram do gênero feminino? Qual a razão da sua carta? A quem era dirigida? Esquizóide, apontam uns, psicótico denunciam outros, um Psicopata animal afirma um jornal de grande circulação do Rio de Janeiro. Como podemos avaliar corretamente os motivos que levaram este homem a provocar essa tragédia se ainda não temos acesso a sua história nessa escola? Se ainda não temos detalhes da sua história de vida. As informações, são as de que Wellington tinha um modo de vida “estranho” e misterioso, introvertido e ensimesmado. Um dos seus irmãos adotivos afirma que ele chegou a realizar psicoterapia por indicação de profissionais da escola, que sinalizaram os primeiros sinais de que Wellington necessitava de atenção e observação especiais. Um surto Psicótico ou esquizofrênico dessa proporção, não ocorre de uma hora para outra sem que antes alguns sinais ou sintomas sejam percebidos por aqueles que tenham contato com aquela pessoa. Afirmar que a causa foi um suposto abuso sofrido na escola, embora possível, nos parece prematuro e simplista. Certamente outros fatores prédispuseram Wellington ao seu “ato final”, ao desfecho por ele programado deliberadamente. Reafirmo que um suposto abuso emocional poderia servir de fator desencadeante de um desequilíbrio já existente, mas não seria a única causa. Nestes casos o “alvo” escolhido serve como referencial de projeção. Aquelas determinadas

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COMPORTAMENTO pessoas servirão de modelo exemplar contra as quais irá desferir a sua fúria. As situações, reais ou imaginárias, nas quais Wellington se sentiu desvalorizado ou humilhado serão vingadas. Observem que estamos falando de um adolescente que estudou em uma escola citada como referência na rede pública. E nas demais escolas? É possível afirmar que “esses” casos só ocorrem em escolas públicas? Obviamente essa assertiva não é correta. Os distúrbios psíquicos não escolhem “locais” e nem escolhem classe social. Notamos uma nova campanha pelo desarmamento ou sugestões que impeçam a entrada de armas nas escolas. Porém, ainda não ouvi ou li nenhum comentário a respeito das centenas de pessoas que vivem nas ruas, em especial crianças e adolescentes. Por que não desencadear uma campanha séria e efetiva que acolha essa população? Incluindo vários portadores de distúrbios mentais. É oportuno salientar que os primeiros sintomas de um distúrbio psíquico, a esquizofrenia, por exemplo, surgem por volta dos treze ou 15 anos. A doença é insidiosa e progressiva e nem sempre se manifesta através de atos de violência ou de comportamento retraído. O esquizofrênico também pode demonstrar notável inteligência e rara capacidade em aprender com facilidade. Como poderemos identificar se nossos jovens seguirão os rumos de uma vida saudável, ou se apresentarão traços de personalidade que poderão vir a comprometer o desenvolvimento de seus potenciais? No início deste artigo nos referíamos aos desafios a que os jovens serão exigidos a enfrentar a partir do próximo mês. Citamos a sociedade e a mídia, como instituições participantes da sociedade, na condição de responsáveis pelas mudanças desejadas por todos nós. E a escola? Qual a atual participação da escola neste processo? Como profissional da saúde e da educação me sinto em condições de afirmar que, cada vez mais, a escola tem assumido papéis que não deveriam ser por ela desempenhados. Ainda assim, nós profissionais da educação assumimos funções que ultrapassam o “simples papel” de reprodutores de conteúdo pedagógico. É no ambiente

escolar que nos deparamos com conflitos nos vínculos relacionais, sejam familiares, afetivos ou vínculos de amizade. É neste contexto que atestamos as múltiplas estratégias que são utilizadas pelos jovens para desconstruir, reconstruir ou reproduzir seus dramas internos. Em muitos casos, é neste espaço que o jovem encontra sua única referência de valorização, sua última chance de “sobreviver” emocionalmente. A nossa experiência aponta na direção de que podemos contabilizar um número inestimável de êxitos. Nas situações em que nos deparamos com as nossas limitações, podemos contar com o Conselho Tutelar, agente público criado para intermediar conflitos que ultrapassam os muros de uma escola e as paredes de um “lar”. Porém, reconheço que é uma luta desigual que travamos contra os “agentes intervenientes”. Não é fácil persuadir a nossa juventude, através de argumentação ponderada, de que uma boa leitura é a substituta adequada àquele programa de televisão. É necessário “carisma” e ousadia para convencer o jovem que talvez seja interessante experimentar visitar uma exposição e deixar o “show” para outra ocasião. Como disse, é uma disputa entre o superficial e supérfluo - geralmente oferecido através de boa parte da mídia - e a obtenção de um senso crítico mais apurado e de cultura geral. Já não restam dúvidas quanto aos caminhos que podem nos levar a realizar pro-

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fundas mudanças. Uma dessas vias é a da educação. Não apenas a formal, mas principalmente aquela que nos obriga a auxiliar a juventude a resgatar valores. A mobilização da sociedade tem ocorrido em situações trágicas. Infelizmente as tragédias de hoje são rapidamente substituídas pelas de amanhã, que serão esquecidas porque outra surgiu. A jovem Suzane foi substituída pelo casal Nardoni, que deu seu lugar ao caso Bruno, que, por hora, cede sua vez ao caso da escola de Realengo. É como se estivéssemos em uma Vara Criminal lendo e relendo processos “em andamento”. E a cada episódio novo nos surpreendemos e disparamos os “porquês” ou “como isso foi acontecer”. Ficamos indignados e revoltados, até que uma nova notícia nos arrebate. Somos responsáveis, todos nós, cada um com a sua cota. Seremos responsáveis, todos nós - jovens e adultos - pelos rumos e caminhos que desejamos construir. z

Antonio Carlos Mattar Villela Psicólogo Clínico e Escolar mattarvilella@hotmail.com Telefone: 9363 4481

TROFÉU RÁDIO MANCHETE

Noite de gala no Troféu Rádio Manchete texto BÁRBARA CAMPELO e fotos ALEXANDRE FARIAS e CARLOS WILL

Rádio Manchete realizou, em abril, a 5ª edição da festa de entrega do Troféu Rádio Manchete aos melhores do Carnaval 2011. O evento, realizado na churrascaria Porcão Rio´s, no Aterro do Flamengo, zona sul do Rio, reuniu a nata do Carnaval e representantes da Liesa, Riotur e Lesga, entidades responsáveis pela realização do maior espetáculo do planeta.

A cerimônia, que teve transmissão ao vivo pela Rádio Manchete, foi apresentada pelo radialista Miro Ribeiro, que lembrou da triste perda dos pais de alunos da escola Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste, e pediu um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da tragédia, ocorrida no dia 7 de abril, quando o atirador Wellington Menezes de Oliveira tirou a vida de 12 adolescentes e feriu mais 12. O primeiro a subir ao palco foi o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Castanheira, que agradeceu a homenagem e elogiou a equipe da Manchete. Em seguida, foi feito também um tributo à Associação de Mulheres Empreendedoras do Brasil, Amebras, representada pela presidente Célia Domingues. Sob os acordes do samba-enredo campeão A Imperatriz Adverte: Sambar faz bem à saúde, eleito o melhor samba, o apresentador Miro Ribeiro chamou ao palco os compositores Flavinho, Me leva, Gil Branco, Tião Pinheiro e Drummond. Depois foi a vez da Unidos da Tijuca levar o Troféu de melhor intérprete para Bruno Ribas.

O melhor enredo deste ano foi para a Estação Primeira de Mangueira, representada pelo diretor de Carnaval Jeferson. O hino da Unidos da Tijuca foi tocado mais uma vez para a apresentação do casal de coreógrafos Rodrigo Negri e Priscilla Mota, que levou o Troféu Manchete de melhor comissão de frente. O intérprete Igor Sorriso, o caçula do Grupo Especial, estreou com chave de ouro no carro de som da São Clemente e ganhou o troféu revelação. Logo depois, o mestre Ailton Nunes subiu ao palco para receber, emocionado, o Troféu Rádio Manchete de melhor bateria. Ele assumiu o comando da bateria da verde e rosa faltando um mês para o carnaval. A Beija Flor de Nilópolis foi eleita a melhor escola com o enredo A simplicidade de um rei, e foi representada pelo seu presidente de honra, Aniz Abrahão David. A esposa dele, Fabíola David, estava presente e também subiu ao palco para receber o Troféu Rádio Manchete de melhor destaque. O Troféu Manchete Online foi entregue pela primeira vez no evento. O objetivo foi homenagear quem mais se destacou pela competência, originalidade e conjunto da obra. Nessa categoria foi escolhido o carnavalesco Paulo Barros, da Unidos da Tijuca, pela sua trajetória, deixando sua marca registrada nos desfiles, em apenas cinco anos. Ele foi representado pelo vice-presidente Guilherme Lobo.

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CONFIRA OS GANHADORES Samba-Enredo Flavinho, Me Leva, Gil Branco, Tião Pinheiro e Drummond (Imperatriz Leopoldinense) Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira Rafhael Rodrigues e Marcella Alves (Mangueira) Miro Ribeiro apresentador do evento

Intérprete Bruno Ribas (Unidos da Tijuca) Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis Rainha de Bateria Luiza Brunet (Imperatriz Leopoldinense) Comissão de Frente Rodrigo Negri e Priscilla Mota (Unidos da Tijuca) Bateria Ailton Nunes (Estação Primeira de Mangueira)

Jorge Castanheira, Aniz Abrahão David e Miguel Nasseh

Enredo Dir. Carnaval Jeferson (Estação Primeira de Mangueira) Revelação Igor Sorriso (São Clemente) Destaque Fabíola David (Beija-Flor) Personalidade Beth Carvalho (Mangueira) Troféu Manchete Online Paulo Barros (Carnavalesco da Unidos da Tijuca)

Francisco Marins, Jorge Castanheira, Eric, Aniz Abrahão David, Miguel Nasseh, Elmo e Eron.

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1- Equipe Manchete; 2- As recepcionistas Adriana, Lidiane, Michele e Priscila; 3- Família Nasseh; 4- José Maria Rocha e Gilsse Campos; 5- Bábara Campelo entrevistando Ailton Nunes; 6- Cátia Nasseh, Miguel Nasseh e Marco Marcondes.

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1- Aniz Abrahão David, Fabíola David, Cátia Nasseh e Miguel Nasseh; 2- Igor Sorriso e Juninho Tititi; 3- David Rangel e Miro Ribeiro; 4- Bruno Ribas entre a mãe Célia Regina e a esposa Joelma; 5- Ciro Neves, Barbara Campelo, Jorge Rodrigues e Daniel Gonçalves; 6- Miguel Nasseh e Marcelo Nasseh.

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1- Jorge Castanheira (presidente Liesa); 2- Jeferson (diretor de carnaval da Mangueira) e Miro Ribeiro; 3- Rodrigo Negri e Priscilla Mota; 4- Compositores da Imperatriz Leopoldinense; 5- Igor Sorriso e Miro Ribeiro; 6- Fabíola David.

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1- Célia Domingues (presidente da Amebrás); 2- Bruno Ribas e Miro Ribeiro; 3- Aniz Abrahão David e Miro Ribeiro; 4- Ailton Nunes e componente da bateria da Mangueira; 5- Sr. Guilherme (representante de Paulo Barros); 6- Eric, Jorge Castanheira, Aniz Abrahão David, Elmo e Eron.

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CAPA

Dengue: cuidados dentro de casa ainda são a melhor prevenção por THAIANA DE OLIVEIRA e LUIZA SOUTO

e acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 20 mil pessoas morrem anualmente em consequência da dengue no mundo. A Secretaria Estadual de Saúde divulgou, na quarta-feira (11), o relatório semanal dos casos de dengue no estado. De 2 de janeiro até 7 de maio, foram notificados 85.415 casos suspeitos de dengue no Estado do Rio de Janeiro. Na capital, conforme números da Secretaria Municipal de Saúde, são 37.995 registros da doença. No estado, foram confirmados 66 óbitos, 23 deles na capital. Os municípios que registraram mortes são os seguintes: Nova Iguaçu (7), Duque de Caxias (5), Magé (2), Cabo Frio (1), São Gonçalo (8), Maricá (1), Mesquita (1), São João do Meriti (4), São José do Vale do Rio Preto (1), Bom Jesus de Itabapoana (1), Itaocara (2), Itaperuna (1), Rio das Ostras (2), Barra Mansa (1), Belford Roxo (2), Campos dos Goytacazes (1), Angra dos Reis (1), Queimados (1), Seropédica(1). Atualmente, os municípios com epidemia no estado são: Bom Jesus de Itabapoana, Santo Antonio de Pádua, Cantagalo, Mangaratiba, Cordeiro, Guapimirim, Seropédica, Magé, Silva Jardim, Cabo Frio, Macuco, Iguaba Grande, Quissamã, Rio das Ostras, Angra dos Reis, Mesquita, Vassouras e Cambuci. A revista da Rádio Manchete mostra como não entrar nessa estatística.

O Aedes Aegypti no Brasil Acredita-se que o Aedes Aegypti chegou ao Brasil através dos navios negreiros. Com o processo de industrialização e urbanização acelerada do país durante os anos 40 e 50,

surgiram criadouros para os mosquitos como, por exemplo, pneus e ferros velhos, disseminados pela indústria automobilística. Em 1967, o mosquito foi detectado em Belém (provavelmente trazido em pneus contrabandeados do Caribe). Em 1974, ele já infestava Salvador, chegando ao Estado do Rio de Janeiro no final da década de 70. No fim da década de 80, descobriu-se que, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, 28% dos domicílios e 100% das borracharias da via Dutra tinham larvas do mosquito. A partir de 1986, várias epidemias atingiram a cidade e algumas capitais da região Nordeste. Desde então, a dengue vem ocorrendo de forma continuada. O Rio de Janeiro viveu o primeiro grande surto da dengue em 1998. Desde então foram detectados três sorotipos virais (dengue tipo 1, dengue tipo 2 e dengue tipo 3). Em 2010, mais precisamente no Estado de Roraima, foi identificado o primeiro caso de dengue tipo 4. Os sintomas são os mesmos. Não há diferença em relação à gravidade até o momento. O que aconteceu para ele aparecer é porque não teve circulação do tipo 4 nas últimas décadas. Ela apresenta risco a quem já foi contaminado pelos outros subtipos e é isso que está assustando. Mas, ao ser infectado pelo tipo 4, são apresentados os mesmos sintomas, explicou à Rádio Manchete o Dr. José Bento Pereira Lima, entomologista da Fundação Oswaldo Cruz.

Evolução do mosquito Segundo Lima, o Aedes Aegypti não evoluiu, apenas se adaptou aos novos criadouros.

Especialistas acreditam que o vírus 2, responsável pelos doentes atuais, vai continuar a circular em 2012, atingindo principalmente quem tem menos de 23 anos e ainda não teve contato com ele. Aos primeiros sintomas, como febre alta e dor nas articulações e no corpo, é recomendável procurar um médico.

Prevenção Os órgãos públicos ligam fatores climáticos ao avanço da doença. Enquanto números vão dobrando a cada ano, o melhor a fazer é cada um cuidar do seu. De acordo com Lima, o meio mais eficaz de evitar a doença é mesmo evitando o acúmulo de água. À medida que são eliminadas as larvas em determinados locais, o mosquito busca outros lugares, como calhas, ralos externos, banheiros abandonados, qualquer lugar onde é possível acumular água, explicou. Ele alertou ainda sobre os métodos alternativos de prevenção, como o pó de café nas plantas e o consumo de inhame, que funcionaria como repelente. Muita coisa mata, mas o café, por exemplo, acaba criando outros problemas. O fato de colocar pó na água pode entupir pias e ralos. O ideal é não deixar água acumulada. As medidas simples são as mais eficazes. Outros meios não têm o grau de eficiência que os mais conhecidos. O entomologista Rafael Freitas, também da Fundação Oswaldo Cruz, falou que a maior dúvida da população é justamente sobre os métodos de prevenção.

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CAPA Esses mitos de comer muito alho, tomar complexo B ou mesmo ingerir grande quantidade de inhame não dão muito certo. Até o uso de repelente durante todo o dia não faz bem. Não adianta a pessoa se encher do produto. Além de prejudicar a pele, ele acaba perdendo o efeito. O bom mesmo é acabar com os criadouros.

Ilha do Governador, Penha e Ramos concentram o maior índice de infestação Até o fechamento desta edição, a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil divulgou um levantamento do primeiro índice de infestação predial do Aedes Aegypti (LIRAa) realizado neste ano, de 13 a 19 de março. De acordo com o documento, a média da cidade do Rio de Janeiro ficou em 3,4%, o que significa que de cada 100 imóveis vistoriados pelos agentes de saúde, em 3,4 foram encontrados focos do mosquito transmissor. Entre 2007 e 2010, no mesmo período, o LIRAa variou entre 4,4% e 2,6%.

A região que registrou os menores índices da cidade é a chamada Área de Planejamento (AP) 5.3, que compreende os bairros de Santa Cruz, Sepetiba e Paciência, com 2,1% de infestação predial, seguida da AP 5.1 (Realengo, Bangu e adjacências), com 2,2%. Em seguida, vem a região da AP 4.0, que abrange Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá, com 2,3% de infestação. O índice mais alto foi notado na AP 3.1, que compreende os bairros da Ilha do Governador, Penha, Ramos e bairros adjacentes, que registrou 4,8%. De acordo com a pesquisa, a maior concentração de focos do mosquito nessa área está em caixas d'água, cisternas e outros depósitos de água. Em seguida, aparece a AP 3.3 (Madureira, Irajá, Pavuna e adjacências), com infestação de 4%. Segundo os dados, a maioria dos focos do mosquito transmissor da dengue se concentra ainda em locais como calhas, tanques, lajes e toldos em desníveis, ralos, sanitários em desuso, piscinas não tra-

tadas, fontes ornamentais e cacos de vidro em muros, entre outros. Estes tipos de depósitos fixos representaram 25,8% dos focos encontrados, contra 31,9% do levantamento de outubro do ano passado. Logo atrás vêm os depósitos móveis, como vasos / frascos com água, prato, garrafas, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras e bebedouros em geral, entre outros, com 24,2% dos focos encontrados. No último levantamento, estes locais figuravam na quarta posição, com 18,5%. Em contrapartida, houve uma queda no número de focos encontrados em lixo como recipientes plásticos, latas e garrafas, em entulhos, sucatas e ferros-velhos. Em outubro, estes depósitos eram o segundo lugar em ocorrências, com 19,4%, passando para a quarta posição no levantamento atual, com 17,8%. A metodologia do LIRAa divide os municípios em grupos de nove mil a doze mil imóveis com características semelhantes. Em cada grupo, também chamado estrato, são pesquisados 450 imóveis. z

Divulgação Ministério da Saúde

Faça a sua parte e ajude a combater os focos do mosquito

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CIDADE

Violência contra a mulher: até quando? por THAIANA DE OLIVEIRA e LUIZA SOUTO

número de vítimas de estupro do sexo feminino. O número passou se 68 vítimas em 2009 para 178 em 2010. A Polícia Civil informou que o policiamento foi reforçado.

Na última semana de abril, o ISP divulgou a sexta edição do Dossiê Mulher, indicando que as mulheres continuam sendo as maiores vítimas desse crime (81,2%). Elas também são as que mais sofrem ameaça (65,4%) e lesão corporal dolosa (62,9%). Grande parte desses delitos ocorre no espaço doméstico e no ambiente familiar.

Qualquer estudo que aponte dados estatísticos em relação à violência doméstica e sexual será impreciso, pois há casos em que a mulher não denuncia. Em relação às medidas no campo da segurança pública, é necessário que os policiais conheçam a Lei Maria da Penha, estejam preparados para atuar nesses casos, incluindo o afastamento do agressor do domicílio. A criação de mais delegacias especializadas no atendimento à mulher é uma medida de proteção necessária, considerando a alta incidência e as especificidades dos crimes que envolvem as relações de gênero. A atuação das diferentes políticas públicas, como saúde, educação e assistência social é indispensável, pois se não for interrompido o ciclo da violência pode levar à morte, afirmou Ludmila.

estupro é um dos crimes que mais vêm crescendo no Rio de Janeiro. De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), em 2010 foram registrados 4.589 casos. Já em 2011, apenas em janeiro, foram computados 396 casos (uma média de 13 por dia), número 14,7% superior ao registrado no mesmo período de 2010, quando foram contabilizados 345 estupros no Estado.

Em entrevista à rádio Manchete, a professora doutora da Escola de Serviço Social da UFRJ e membro do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDIM), Ludmila Fontenele Cavalcanti, afirmou que, em muitos casos, o estuprador é o próprio marido. A maioria das violências contra a mulher é cometida por parceiros íntimos. Em muitos casos, o estuprador é o marido, o ex-marido, o noivo, o namorado ou alguém com quem a mulher tem relação afetiva e não um estranho, disse Ludmila. O crime de estupro e atentado violento é tipificado no artigo 213 da lei 1205-09 do Código Penal. Apesar do endurecimento da lei, que prevê de 6 a 10 anos de prisão para estupradores, o índice desses crimes está crescendo, principalmente na Baixada Fluminense. De acordo com o ISP, somente nos municípios de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis foram registradas 3.857 ameaças contra mulheres. Em Belford Roxo houve um aumento de aproximadamente 162% no

Buscando maior proteção à mulher, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou, neste ano, a mudança no artigo 41 da Lei Maria da Penha, que passa a proibir a suspensão condicional da pena do infrator. Em entrevista à rádio Manchete, a diretora do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA), Ana Claudia Jaquetto Pereira, comemorou a iniciativa. Para nós foi uma grande conquista. Ficamos muito felizes porque a mudança aconteceu devido a uma unanimidade entre os ministros. E o judiciário apenas reafirmou o que a lei diz sobre não existir suspensão condicional. Os crimes contra as mulheres não podem ser de menor potencial ofensivo. Essa lei realmente tem que ser diferente porque ela foi criada especialmente para a proteção da mulher, explicou Ana Claudia.

Diariamente, Ana Claudia lida com mulheres vítimas de agressões e abusos. Ela falou sobre a importância do apoio às vítimas. Nós fazemos um acompanhamento do orçamento público para assegurar que tenha verba para manter as delegacias onde a mulher possa ter atendimento. Focamos o trabalho em cima da cobrança da política pública, visando os projetos de lei e juizados que apoiem a mulher. Trabalhamos também com abrigos, para caso a mulher precise se afastar do agressor.

Gravidez indesejada e acompanhamento psicológico Além de conviver com a lembrança de ter sido violentada, cerca de 5% das mulheres estupradas acabam engravidando do criminoso. Nesses casos, o aborto é legal. A mulher que for vítima de estupro, engravidar e não quiser ter o filho pode procurar o Hospital Maternidade Fernando Magalhães, em São Cristóvão (zona norte do Rio), o único em todo o Estado que realiza a interrupção da gravidez prevista em lei. Para a mulher fazer esse tipo de interrupção é preciso que exista pelo menos um serviço de referência em cada uma das regiões do Estado. Ainda hoje a mulher não consegue fazer esse procedimento seja por medo ou por desconhecer esse direito. Além do mais, profissionais muitas vezes não encaminham para o serviço de referência devido ao desconhecimento da legislação ou ao preconceito, disse Ludmila. As mulheres que são estupradas têm o direito ao serviço médico, onde recebem tratamentos através da profilaxia, que é a aplicação de meios que evitam as doenças sexualmente transmissíveis, e da contra-

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CIDADE cepção de emergência, conhecidas como “pílulas do dia seguinte”, além de acompanhamento psicológico. As vítimas têm que denunciar os casos na Delegacia de Apoio à Mulher mais próxima, onde ela será encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar o exame de corpo de delito. Nesse exame é coletado material das partes íntimas, onde é verificado se houve defloramento recente, além de outros indícios, como marcas de violência e presença de secreção masculina no corpo. A instrução é que o exame seja feito em até 48h após o ocorrido. O resultado é encaminhado à delegacia e anexado ao Inquérito Policial. Em alguns casos, a roupa íntima também poderá passar por exame pericial, afirmou Ludmila. A informação sobre os diferentes serviços a que a mulher pode procurar está disponível no site da Secretaria de Política para as Mulheres (SPM), através do endereço www.sepm.gov.br, e também no site da Prevenção à Violência Sexual Contra a Mulher, www.ess.ufrj.br/prevencaoviolenciasexual.

Culpa e depressão Vítimas tentam buscar uma explicação para o que não tem: o que levou o agressor a um ato tão cruel. Por conta disso, muitas se sentem culpadas. Eu fiquei com nojo de mim mesma, vomitei muito. Chorava em silêncio e não conseguia sair de casa. Sentia muita tristeza e raiva daquele homem, além de culpa por ter passado naquele lugar e não ter conseguido me defender. Não tinha coragem de contar para ninguém. Só depois que conversei com a minha prima que ela me acompanhou a um grupo de mulheres, onde recebi várias orientações, relatou A.V.P, 29, à Rádio Manchete. Ela sofreu o abuso quando tinha 17 anos. Hoje a dona de casa vive normalmente com seu marido e sua filha de quatro anos. Ela confessou que o tempo para se recuperar do trauma foi grande e que foi difícil confiar em alguém e despertar o desejo de se casar depois de tudo. Aconteceu enquanto eu esperava para atravessar a rua. Um carro parou e o ‘monstro’ me ameaçou com uma arma. Na hora

eu fiquei calada, só conseguia chorar. Ele disse que se eu contasse a alguém iria me matar e a minha família também, relatou A.V.P. Para L.M.C., 34 anos, que também foi vítima de abuso sexual, falar sobre o fato é algo complicado. Traumatizada com o ocorrido, ela se mudou para a França, onde vive atualmente com o marido. Não gosto de relembrar, falar sobre o assunto é complicado para mim, falou L.MC

Perfil das vítimas O Dossiê Mulher aponta que 37,6% das vítimas de estupro do sexo feminino eram brancas, 43,6% eram pardas e 11,9% eram negras; 77,3% eram solteiras; 23,2% tinham entre zero e 9 anos e 30,3% tinham entre 10 e 14 anos de idade. Para o delito de lesão corporal dolosa, que apresentou um aumento de 1,1% no total de mulheres vítimas em comparação com 2009, a maioria das vítimas também é branca (45,8%). Mais da metade (54,7%) tinha entre 18 e 34 anos; 55,6% eram solteiras e 32,2%, casadas ou "viviam junto". Das vítimas, 50,9% eram companheiras ou excompanheiras dos acusados

recurso emocional, variando de acordo com o contexto.

Abuso contra a criança cresce Para a diretora do Movimento de Mulheres de São Gonçalo, Elinéa Campinho, nos últimos anos muitas crianças com até 11 anos de idade estão sendo vítimas de estupro. Dados do ISP revelam que do total de 3.751 estupros praticados contra vítimas do sexo feminino, 53,5% referiamse a “estupro de vulnerável”, ou seja, as vítimas eram meninas de até 14 anos de idade. Há um número absurdo de vítimas que relata suas histórias onde pais, padrastos ou pessoas próximas à família tenham cometido o crime, disse Elinéa. Para a professora titular do Instituto de Psicologia da USP e coordenadora do Laboratório de Estudos da Criança, Maria Amélia Azevedo, é preciso muita atenção aos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes.

De acordo com Ludmila, nos últimos anos os casos de violência têm sido mais notificados porque se tornou algo mais visível. Ela explicou ainda que a mulher de classe média, apesar de dispor de mais recurso, tem mais vergonha de se expor, causando assim isolamento e diminuindo a possibilidade de romper o silêncio. Essas mulheres podem ter mais dificuldade de procurar os serviços públicos. Já as mulheres de classe popular, quando residem em áreas consideradas perigosas, podem acabar não denunciando por medo de sofrer outros tipos de violência.

Crianças e adolescentes sabem mais do que imaginamos. Por isso resgatar suas vozes, ouvir suas queixas e investigá-las é o primeiro mandamento para assegurar proteção verdadeira a eles. A violência contra menores acontece nas melhores famílias e até mesmo entre renomados profissionais. É preciso ensinar crianças e adolescentes a se defenderem da violência em suas múltiplas faces perversas. Eles devem aprender a respeitar pais, mestres e profissionais que mereçam isso. Mas devem igualmente ser ensinados quando e porque desconfiar de pais, mestres e professores que ameacem sua integridade física ou psicológica, disse Maria Amélia.

Na atenção às pessoas em situação de violência sexual, cada situação deve ser abordada, considerando suas singularidades. Esse tipo de violência pode atingir qualquer mulher, independente de classe social, religião e cor. O que caracteriza o motivo da agressão é o fato de ter uma relação onde a hierarquia de poderes está em jogo. A mulher depende do parceiro que a agride seja para suporte social ou

Em março deste ano, 40 agentes das DEAMs de Nova Iguaçu, Belford Roxo, Duque de Caxias e São João de Meriti, em conjunto com a Polícia Civil, realizaram a Operação “Quatro Paredes”. A ação tinha o objetivo de cumprir 40 mandados de prisão, expedidos pela Justiça, contra estupradores e pessoas envolvidas em violência doméstica e sexual. Segundo a Polícia Civil, nove pessoas foram presas. z

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INFORMÁTICA por Jorge Luis Rodrigues

Plano de Banda Larga terá R$35 milhões em contratos

Telebrás assinou em abril dois novos contratos no valor total de R$35,9 milhões para implementação do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). Tratam-se de soluções de rádio enlace para iniciar a implantação dos anéis sudeste e nordeste, no valor de R$ 17,1 milhões, além dos Sistemas Auxiliares da Rede IP, no valor de R$18,8 milhões. Os documentos foram assinados pelo presidente da Telebrás, Rogério Santanna, e pelo diretor presidente da PromonLogicalis, Eduardo Cardoso, que fornecerá os Sistemas Auxiliares da Rede IP. Já o contrato

para o fornecimento das soluções de rádio enlace foi assinado por Gilberto Soares Machado, diretor presidente da Digitel que é a empresa líder do consórcio formado também pelas empresas Asga e Gigacom do Brasil. As soluções de rádio enlace farão a distribuição do sinal de internet da rede nacional de telecomunicações (backbone) até a sede dos municípios contemplados pelo PNBL. Já os Sistemas Auxiliares tem como função, entre outras, traduzir nomes de portais para o seus respectivos endereços IP e auxiliar na investigação de problemas e falhas no funcionamento da rede.

Brasil fecha março com 210,5 milhões de acessos móveis O Brasil fechou março de 2011 com mais de 210,5 milhões de assinantes na telefonia celular. Nos três primeiros meses do ano, o Serviço Móvel Pessoal (SMP) registrou 7,6 milhões de novas habilitações (crescimento de 3,73% no ano) e teledensidade de 108,34 acessos por 100 habitantes (crescimento de 3,50% no ano). O número absoluto de novas habilitações nos três primeiros meses de 2011 é o maior dos últimos onze anos. Do total de acessos em operação no país, 173.006.208 são pré-pagos (82,18%) e 37.503.354 póspagos (17,82%). Em março, foram 2.943.350 de habilitações (crescimento de 1,42% em relação a fevereiro). A teledensidade avançou 1,34% (subiu de 106,91, em fevereiro, para 108,34, em março). Nesse período, dezessete Estados já possuíam mais de um celular por habitante: Distrito Federal, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Sul, Rondônia, Mato Grosso, Santa Catarina, Pernambuco, Espírito Santo, Paraná, Tocantins, Rio Grande do Norte, Amapá, Minas Gerais e Sergipe.

Para Machado, a entrada da Telebrás no mercado de banda larga está incentivando o crescimento das empresas nacionais que fornecem equipamentos e serviços para este segmento. “Com este contrato vamos ter escala para competir em pé de igualdade com grandes fornecedores mundiais que atuam no Brasil”, disse. Segundo o presidente da Telebrás, as licitações realizadas pela empresa para implementação do PNBL utilizam a modalidade de pregão para registro de preços cuja ata pode ser aderida por outros órgãos públicos sejam eles federais, estaduais ou municipais.

Governo dos EUA fecha principais sites de Poker Online Segundo o site ratevegas.com, o FBI confiscou os domínios da internet de sites de poker, incluindo o Full Tilt Poker, a PokerStars e Absolute Poker, sob a acusação de fraude e jogos de apostas ilegais. Mesmo tendo seus servidores fora do território dos EUA, a ação afetou globalmente os sites. Jogadores de diversas partes do mundo já informaram a impossibilidade de acessá-los, até mesmo no Brasil. Além das acusações criminais, a procuradoria dos EUA entrou com uma ação civil pedindo US$3 bilhões como reparação de danos. Mais de 75 contas bancárias ligadas às empresas de poker foram bloqueadas, além das empresas responsáveis por seus pagamentos. Os softwares das empresas, até o momento, ainda não sofreram com as sanções impostas pelos norte-americanos, até porque os servidores não ficam nos EUA. Ainda não está claro, até o momento, é o que acontecerá com os recursos dos clientes que estavam depositados nestes sites. Até o fechamento desta edição, o Departamento dos EUA aceitou liberar dois dos três portais envolvidos, PokerStars e o Full Tilt Poker, para que seus usuários internacionais possam recuperar o dinheiro investido.

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MANCHETE ENTREVISTA

Amebras comemora 13 anos de sucesso ENTIDADE ENXERGOU NO CARNAVAL UM MEIO DE INCLUSÃO SOCIAL E EMPREENDEDORISMO QUE ATUALMENTE AJUDA QUATRO MIL MULHERES A GERAREM A PRÓPRIA RENDA por BÁRBARA CAMPELO

Associação de Mulheres Empreendedoras do Brasil, Amebras, que não tem fins lucrativos, foi fundada em 27 de maio de 1998 por 18 empresárias de diferentes setores. Inicialmente o objetivo era capacitar, reciclar, informar e preparar a mulher para a rotina administrativa de seus empreendimentos, buscando negócios e gerando renda. A presidente Célia Domingues ressalta, com orgulho que hoje a entidade que acreditou no Carnaval como um importante meio de inclusão sócio cultural, criou boas oportunidades para comunidades que trabalham com o maior espetáculo da Terra. Nesses 13 anos de Amebras qual foi o momento que mais te deixou realizada?

Foram vários os momentos e cada um diferente do outro. Ao longo desses 13 anos nós tivemos muitas etapas, muitos caminhos, altos e baixos, dias muito bons e felizes e dias muitos ruins e infelizes. Para nós o que toca mais é quando se vê o resultado da transformação do ser humano, é quando a gente vê uma pessoa que chega nos procurando querendo uma oportunidade de trabalho. Nós vemos essa pessoa recebendo o certificado e indo pro mercado de trabalho. Essa transformação muda a auto estima, dá um novo foco, uma nova direção, esperança e perspectiva de um futuro promissor. Quantos projetos de qualificação do Carnaval a Amebras já desenvolveu?

Na verdade nós temos um projeto de qua-

Célia Domingues presidente da Amebras

lificação chamado “Carnaval e Cidadania”, mas o mais engraçado é que, por questões de parcerias, ele acaba, às vezes, mudando de nome. Mas a metodologia é a mesma. São as mesmas oficinas. Através dele estamos dando oportunidade de qualificação de emprego e mantendo a cidadania de jovens e adultos. Mas ele já se chamou “Dançando com o Pé no Futuro”, “Sambando com o Pé no Futuro”, e hoje ele é o PlanSeQ do Carnaval (Plano Setorial de Qualificação Profissional do Carnaval). E como é que vocês fazem para manter o projeto em termos de custo?

Nada acontece sem parcerias, porque hoje ele já é um projeto muito grande, não só aqui no Rio de Janeiro, mas em nove

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Estados do Brasil. Nós temos apoio do Ministério do Trabalho e da Liesa. Em 2010, nós atendemos cinco mil alunos, em mais de 70 núcleos de 19 municípios diferentes e estamos agora no período de certificação dessas pessoas. Vários já receberam seus certificados e muitos já estão trabalhando. No começo de tudo isso você já tinha ideia do sucesso que a Amebras faria?

Não, do sucesso da Amebras não, mas do projeto sim, porque eu acredito muito no que você sonha e no que você faz para realizar. Eu sou uma sonhadora, mas eu sou também idealizadora. Então eu tive a benção de Deus, para conseguir montar uma boa equipe com pessoas que também

MANCHETE ENTREVISTA acreditaram na proposta e que fizeram de tudo para que o projeto se realizasse. Agora tudo isso foi em função de uma oportunidade que eu tive na Estação Primeira de Mangueira, de coordenar um projeto social. Na época, o presidente Elmo dos Santos confiou em mim. Eu logo percebi que muitas pessoas que iam em busca de qualificação não eram da comunidade. Isso me fez ver o quanto era necessário que a proposta fosse estendida para outros bairros e cidades. E foi aí que a Amebras abraçou a causa. Fala um pouco do Carnaval de San Luis, na Argentina, que vocês promoveram.

Isso começou em 2008, quando a hoje deputada federal Benedita da Silva, que na época era secretaria de Assistência Social, fez uma viagem para a Argentina, na Província de San Luis, e na pauta da reunião o governador Alberto Sá mostrou interesse pelo nosso Carnaval, até porque ele é um artista e um administrador de visão. Ele queria levar para a Província algo que não fosse apenas entretenimento, mas que envolvesse a população, dando oportunidade de crescimento e de qualificação para as pessoas, como eu estava fazendo aqui. Foi então que ele fez uma proposta para Benedita que disse apenas que iria

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falar com uma pessoa que ela confiava aqui no Rio. Eu me senti lisonjeada por isso. Nós conversamos e eu pedi um tempo para respirar e analisar direito, pois era uma proposta grandiosa, envolvendo muita responsabilidade. Temos que entender que não estamos falando só do Carnaval, mas estamos carregando nomes de instituições de referência como a Liesa, Lesga, Aescrj, Amebras e as empresas. Nós sentamos com a AMI7, empresa de produção de eventos, dirigida por Dr. Alcione

Barreto, Alvinho, Elias Riche, Elmo dos Santos, Edson Marcos, Amauri e Moacyr, pessoas ligadas ao Carnaval, e pesamos os prós e os contras e acabamos decidindo encarar o desafio. Levamos cerca de 1.000 pessoas em 2010 e foi um sucesso. O governador quis repetir a dose este ano e levamos duas mil pessoas. E o governador da Província fez alguma outra proposta?

O governador quer uma escola de samba lá, mas com uma proposta social, dando oportunidade para as pessoas da província, aproveitando principalmente aqueles que participam do projeto de inclusão, pessoas que tiveram alguma situação de alto risco e que hoje estão empenhadas em reconquistar o espaço na sociedade. Que oficinas são oferecidas?

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Nós temos as oficinas de costura, customização, bordado, chapelaria, adereços, figurino, marcenaria, serralheria, estamparia, cenografia, decoração de alegorias, entre outras. Nós fazemos uma pesquisa para saber qual é a necessidade da escola, como é o mercado e qual é a expectativa do aluno pra gente poder compor dentro de uma proposta que seja o mais real possível, de forma que o aluno não fique

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MANCHETE ENTREVISTA restrito ao mercado de Carnaval, mas tenha acesso às outras áreas. Os cursos são todos gratuitos?

Sim, todos são gratuitos, pois nós temos a parceria do governo que investe em equipamentos, materiais e uniformes. O aluno tem obrigação de estar presente, participar e aproveitar a oportunidade.

3 anos era formado por 400 associadas, hoje há quase quatro mil. Elas não pagam nenhum tipo de contribuição, apenas participam com o trabalho ou quando precisam de um mutirão, como aconteceu no dia 7 de fevereiro, quando ocorreu o incêndio na Cidade do Samba, em que nosso espaço também foi atingido.

A Amebras tem muitas associadas?

Quais os projetos da Amebras para o futuro?

Muitas, e a cada dia temos mais porque cada vez que a gente termina uma oficina, nós temos um núcleo de negócios e oportunidades, que é responsável em buscar negócios para colocar esses novos profissionais trabalhando e aí, obviamente, as mulheres se tornam empreendedoras e têm interesse em ficar participando da Amebras como associada. Então, o que há

Nós estamos na expectativa da reconstrução do nosso espaço e, enquanto isso não acontece, estamos fazendo a capacitação dos nossos instrutores, preparando eles para a sala de aula, para servir neste segundo semestre e também estamos fortalecendo as parcerias. Estamos realizando a avaliação do ano anterior, das nossas ações e fazendo o fechamento do Planseq

do Carnaval. Estamos elaborando a nossa prestação de conta e os relatórios. Nesses 13 anos de sonhos realizados a quem você agradece?

Eu agradeço a todos os que acreditaram, que se aproximaram, que aproveitaram e todos que nos deram uma mão, porque nós não podemos fazer nada sozinhos. Hoje a Amebras é essa instituição grandiosa pelo trabalho que executa. Nós agradecemos nossos parceiros, os governos Municipal, Estadual e Federal e às instituições, principalmente a Liesa, que é uma grande parceira nossa. Quero fazer um agradecimento muito especial para a Rádio Manchete, que me proporcionou um momento de muita emoção na homenagem que prestou à Amebras na entrega do Troféu Manchete. Eu digo que sou muito feliz com o trabalho que faço. z

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CINEMA, SÉRIES, TV E DVD

por Daniel Gonçalves

Ponto Cine - O Cinema Paradiso de Guadalaupe UMA SALA DE CINEMA COM 73 LUGARES VIRA PONTO DE ENCONTRO NO BAIRRO por CINTIA BRAND

oma/Sicília, Itália. Salvatore Di Vita é um cineasta bem-sucedido. Ao receber um telefonema de sua mãe avisando que Alfredo está morto, recupera lembranças da infância e, principalmente, do Cinema Paradiso, para onde Salvatore, então chamado carinhosamente de Totó, fugia sempre que podia. Ele costumava espiar as projeções escondido nas cortinas, enquanto o padre da cidade via as películas para censurar as imagens que possuíam beijos, e fazia companhia a Alfredo, o projecionista. Foi ali que Totó aprendeu a amar o cinema. Guadalupe/Rio de Janeiro, Brasil. Adailton Medeiros é um apaixonado por arte. Nascido em Anchieta, no subúrbio carioca, ele foi um jovem inconformado com o preconceito cultural que o bairro e as redondezas sofriam. Depois de 11 anos trabalhando em uma empresa de meteorologia, em 1995 ele decidiu fazer a parte dele para mudar aquela realidade. Abandona a estabilidade financeira, compra um projetor e monta um cineclube. Entre a ideia da criação da Lona Cultural Carlos Zéfiro e a projeção de filmes de arte em salas de cinema alternativas pelo programa Cinema BR, Adailton chega a Guadalupe em meados de 2006, mais precisamente à Estrada do Camboatá, onde fica o Guadalupe Shopping, zona norte da cidade. Foi ali que Adailton começou a alimentar a paixão pelo cinema. A dele e de algumas centenas de milhares de cariocas. Adailton atraiu espectadores a uma única sala de apenas 73 lugares em modelo stadium e a transformou no hoje famoso Ponto Cine, ou o Cinema Paradiso de Guadalupe, principal endereço de difusão e formação de plateia da produção audiovisual nacional. Para se ter uma ideia, em 2007, 2008 e 2009 o empreendimento conquis-

tou o prêmio PAR Ancine, da Agência Nacional de Cinema, como o maior exibidor de filmes brasileiros do país. Mas antes de conseguir alcançar tanto sucesso, Adailton Medeiros, agitador cultural, idealizador e diretor executivo da sala, precisou transformar a realidade do entorno do Ponto Cine. Na primeira sessão, com o filme Tainá Uma Aventura na Amazônia, de Tânia Lamarca e Sérgio Bloch, exibida ainda na praça de alimentação do shopping, a expectativa de Adailton era de um público de 300 pessoas. A administração previu apenas 50. No final, foram quase mil espectadores. O sucesso rendeu o convite para a montagem de uma sala de cinema no centro comercial. Com apenas R$1 mil na conta bancária para comprar poltronas de um antigo cinema desativado, ele acreditou no sonho e organizou a première do espaço. Os dois filmes que formaram a programação do Ponto Cine foram Irma Vap e O Retorno e Ginga - A Alma do Futebol Brasileiro.

A resposta positiva do público foi o resultado da esperança de alguém que sempre desejou provar que o que faltava no subúrbio não era público, mas sim oferta. O fato de ter nascido na capital cultural do país e não poder ter acesso ou participação nos bens culturais da cidade sempre me incomodaram. Sabia que o que faltava era alguém para quebrar esse preconceito. Além disso, as pessoas precisavam de um cinema que, de fato, coubesse no bolso delas, analisou Adailton. Para caber no orçamento das famílias cariocas de baixa renda e honrar o compromisso de ser a primeira sala de cinema popular do Brasil, em um bairro que estava mais acostumado a aparecer nas páginas de polícia do que nas de cultura, o Ponto Cine nasceu digital. Cortando os custos que as salas de exibições tradicionais têm com as películas, seja por conta do transporte ou do seguro dos rolos de filmes, o cinema de Guadalupe equilibrou as contas com bilheteria a R$6 e R$3, além do saldo da

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CINEMA, SÉRIES, TV E DVD bomboniere, da publicidade na tela e de patrocínios de peso, como o da estatal Petrobras, para os projetos de formação de plateias. A sala é toda climatizada e automatizada, com as poltronas ergonômicas e equipadas com acentos especiais. A estratégia que reduz os custos e amplia o público transforma o endereço não apenas em uma sala popular digital, como também na primeira sala de cinema da América Latina com o selo Carbon Free, conquistado em 2009. O digital é uma realidade e um caminho não apenas para tornar mais acessível o cinema, como também ser mais coerente com a natureza. Em termos de qualidade de exibição, não se perde em nada. Além disso, não contamina a natureza com despejo de dejetos químicos para a produção das fitas ou tampouco gera CO2 com a incineração de cópias quando os filmes saem do circuito, explicou Adailton. E é do outro lado do túnel, a quilômetros de distância do chamado circuito tradicional, que o Ponto Cine faz justiça ao nome que leva e se torna o ponto de encontro da produção nacional e do público. Por Guadalupe já passaram cineastas, atores e diretores como Cacá Diegues, Rosane Svartman, Renato Terra e Selton Mello, com as sessões do projeto Diálogos do Cinema, quando um filme nacional é exibido e, na sequência, acontece um debate entre o público e a equipe de produção. A sala também entrou na programação de eventos como É tudo verdade e Festival do Rio. Para Medeiros, a explicação para o sucesso é fácil. Cinema é lugar de encontro. Aqui nós não apenas difundimos a produção brasileira, como também ajudamos a alfabetizar o olhar do espectador. Desde a inauguração da sala não houve nenhum incidente de vandalismo. Ao término das sessões, as pessoas têm a consciência de descartar o lixo no local adequado, com o que ele chama de sentimento de “pertencimento”. Não somos uma simples sala de exibição. Somos um espaço de formação de plateia. É esse o nosso diferencial em relação aos grandes complexos. Procuramos elevar a autoestima da comunidade

Sessão do projeto Diálogos do Cinema

ao redor e valorizar o conhecimento. Não à toa conseguimos ocupação quase completa em todas as sessões mesmo com a quantidade de DVDs piratas e a possibilidade das pessoas baixarem os filmes que desejam assistir em casa. Com 273 títulos já exibidos, 18 participações em festivais e mais de 100 mil espectadores, o Ponto Cine provoca, desde 2006, a fantasia do cinema em plena zona norte do Rio de Janeiro. Se no clássico Cinema Paradiso a história de amor da pequena cidade da Sicília pela sala de exibição dura 123 minutos, em uma das mais belas homenagens que o cinema já recebeu, em Guadalupe a paixão parece estar apenas começando. z

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Para assistir Cinema Paradiso - Nuovo Cinema Paradiso. Itália. 1988. Gênero: Drama. Atores: Antonella Attili, Enzo Cannavale, Isa Danieli, Leo Gullotta. Duração: 123 min. Direção: Giuseppe Tornatore.

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O Rio em cena CADA VEZ MAIS REQUISITADA, A CIDADE MARAVILHOSA ESTÁ SE TORNANDO UM PÓLO DO CINEMA INTERNACIONAL

m monstro verde destruindo barracos em uma favela. Uma perseguição de carros tunados na Lapa. Brutamontes trocando tiros na Região dos Lagos. Um casal de vampiros em lua de mel em Paraty. Um pássaro que não sabe voar pegando carona em uma asa delta. O que cada um destes acontecimentos tem em comum? Eles são cenas de filmes Hollywoodianos que se passam no Rio de Janeiro. Na ordem, Hulk, Velozes e Furiosos 5, Mercenários, Amanhecer e Rio. O último é uma animação realizada pelo diretor brasileiro Carlos Saldanha, mas com produção, divulgação e dublagem original totalmente importadosa. O Brasil tem exportado talentos e ganhado notoriedade no exterior nos últimos anos. Cidade de Deus concorreu ao Oscar, Tropa de Elite levou o Urso de Ouro de Berlim, Sandra Corveloni ganhou a Palma de Ouro no longa Troca de Passe. Além disso, atores e diretores estão sendo convocados para produções lá fora. Entre os preferidos estão os diretores Walter Sales (Água Negra), José Padilha (que vai filmar nova versão de Robocoop) e Fernando Meireles (O Jardineiro Fiel e Ensaios Sobre a Cegueira), e os atores Alice Braga (Eu Sou a Lenda), Rodrigo Santoro (Simplesmente Amor e 300) e Wagner Moura (Elysium). Esses são apenas alguns nomes que atingiram sucesso e prestígio na indústria americana. O bom desempenho dos profissionais brazucas acabou por atrair investimentos para cá. A paisagem diversificada do Rio e o incentivo logístico do governo para as filmagens ajudaram. Falar do nosso país, bem ou mal, está se tornando um negócio rentável para nós. O que não significa que todo mundo esteja adorando. No ano passado, Silvester Stallone, que fez Mercenários, quis elogiar a boa receptividade brasileira, mas acabou criando uma saia justa. “Você pode explodir o país e eles ainda dizem ‘obrigado, e aqui está um

macaco para você levar para casa’”, disse antes de se desculpar e garantir que tem grande respeito pelo Brasil. Polêmicas como essas são rotineiras. No recente Velozes e Furiosos 5 teve gente reclamando dos policiais corruptos que aparecem no longa e do fato do personagem de Vin Diesel esconder dinheiro em um batalhão da PM. “Isso não tem nada a ver”, amenizou o ator Paul Walker, um dos protagonistas da produção. “Maus policiais tem em qualquer lugar do mundo”. “Nas sessões-teste que fizemos do filme nos EUA, ouvimos pessoas dizerem, ao fim da projeção, que não podiam esperar para conhecer o Rio”, garantiu Diesel. Já em Rio, animação da Pixar, críticos chiaram da cena de abertura que mostra aves sambando, o que representaria um estereótipo da cidade. Em recente artigo publicado no O Globo, o presidente da RioFilme, Sérgio Sá Leitão, defendeu a consolidação do Rio de Janeiro como um polo internacional de cinema e audiovisual. Mas para isso, segundo ele, é preciso “aprender a lidar com todos os

tipos de filmes, não apenas com os que enaltecem a cidade”. “O modo como a cidade aparece em Velozes e furiosos 5 não é, no geral, positivo. Exatamente como ocorreu com Tóquio no filme anterior da franquia. Ou como ocorreu com Nova York e Londres em centenas de filmes que mostram aspectos não glamourosos dessas metrópoles”, disse Leitão. Por fim, o presidente da RioFilme apresenta os impactos na geração de renda e emprego que as produções provocam. Velozes e furiosos 5 trouxe US$2 milhões e gerou 400 empregos, enquanto em Amanhecer foram US$3,5 milhões investidos e 500 empregos criados. A RioFilme lançou a campanha “Rio. Uma cidade de cinema” para impulsionar ainda mais a vinda de estrangeiros para cá. O boom cinematográfico na cidade maravilhosa vai mostrar ao mundo nossas qualidades, incentivando o turismo em época de grandes competições esportivas. Os problemas também estarão lá na telona, mas nem por isso ela deixará de ser maravilhosa. z

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NO ESCURINHO DO CINEMA Terra Média - Já começaram as gravações de O Hobbit, na Nova Zelândia. Ansiosos para verem uma imagem da produção? Está pouco nítida, mas é melhor do que nada. A foto mostra o ator Andy Serkis, que interpreta a criatura Gollun. Tá aí, ó.

Vai lá, Padilha - O diretor brasileiro José Padilha (Tropa de Elite e Tropa de Elite 2) vai dirigir a refilmagem de Robocop, aquele policial robô que combatia o crime em Detroit, nos EUA. Com a visão de mercado unida à qualidade da câmera de Padilha, a gente acha que ele vai arrebentar. Só não vale o robozão dizer “põe na conta do Papa”.

Vai lá, Wagner - O ator brasileiro Wagner Moura (Tropa de Elite e Tropa de Elite 2-- essa galera vai dominar o mundo!) também está de malas prontas para Hollywood. Ele vai ser o vilão do filme Elysium, com direção do festejado Neill Blomkamp, e Matt Damon e Jodie Foster no elenco.

O fime - Ainda não viram o cartaz do último filme do bruxo Harry Potter que vai estrear neste ano? Tá aí, ó.

Corram - M. Night Shyamalan vai dirigir um novo filme. Sim, ele vai. Não é brincadeira. Não é uma piada de mau gosto. Ele vai cometer esse atentado. E, acreditem: Will Smith e o filho, Jaden Smith, devem estrelar a ficção científica.

Vampiros - Protagonistas da série Crepúsculo, o casal Robert Pattinson e Kristen Stewart reataram o namoro. Isso mesmo… ah, e o oceano atlântico é mais salgado que o pacífico.

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LUZ, CÂMERA, OPINIÃO

Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio

er clichê faz parte da vida. Nós somos clichês várias vezes ao longo do dia. Há clichês em todas as artes. No cinema, o clichê está absolutamente presente, mesmo porque seria impossível reformular os gêneros comédia, terror, aventura, entre outros, a cada nova produção. Por isso, assistir a Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio é saber, com antecedência, que iremos nos deparar com troca de tiros improváveis, acrobacias automobilísticas impossíveis e personagens cuja personalidade se monta em poucos minutos. O problema é quando o clichê vem acompanhado da preguiça.

O filme do diretor Justin Lin continua a partir do final de Velozes e Furiosos 4, quando Brian O'Conner e Mia Toretto salvam Dominic Toretto da prisão. O trio se vê encurralado na cidade do Rio de Janeiro e perseguido por policiais americanos. Eles precisam se unir a antigos companheiros (personagens dos filmes anteriores) para um último trabalho que vai lhes proporcionar a tão sonhada liberdade. Velozes 5 é divertido e engraçado. Recheado com cenas de ação mirabolantes, ele agrada quem só quer entretenimento de fácil degustação. A franquia sempre foi bem sucedida nessa missão de entreter e talvez por isso o filme incomode ao relaxar demais com a certeza de que a velha fórmula vai funcionar de novo. Um simples trabalho de pesquisa bem feito evitaria equívocos bizarros na obra. Exemplo disso é a favela onde os heróis se escondem. No Rio de Janeiro há aproximadamente 600, de acordo com a secretaria de Segurança. Mas, em Velozes 5, o lugar é chamado apenas de “A Favela”, como se fosse a única da cidade e por isso mesmo sem necessidade de ser batizada.

Por que gravar boa parte das cenas na cidade de Porto Rico, principalmente o clímax do terceiro ato, fingindo ser o Rio. Só por ser mais barato? “Ora, ninguém de outros países vai perceber. E os cariocas nem vão se importar, afinal, nós escolhemos cenários muito bonitos” deve ter sido o raciocínio dos produtores. O fim da picada é o vilão, um homem poderoso e corrupto, que tem a incrível capacidade de ter como subordinados a elite da Polícia Militar, e é o manda chuva do Rio. Não que a gente prefira, mas com tantas facções do tráfico e

milícias por aqui seria difícil um empresário ter tamanho controle sobre a Cidade Maravilhosa. Mas se por um lado Velozes 5 soa inverossímil, por outro supera outras sequencias da franquia. Fato curioso é que as cenas com carros tunados disputando pegas perderam espaço. Uma tentativa de dar novos rumos a Velozes e Furiosos, com mais crime organizado e menos corrida? Pode até dar certo, mas sem preguiça, pois até os clichês merecem respeito. z

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Aqueles olhos violeta DONA DE UMA BELEZA ESTONTEANTE, ELIZABETH TAYLOR REUNIU O QUE SE ESPERA DE UMA DIVA: TALENTO E AÇÕES HUMANITÁRIAS

la conquistou tudo que se podia em Hollywood. Fama, fortuna e o status de diva. Ganhou três Oscars e estrelou consagradas produções do cinema americano. Foi amiga de vários ídolos, entre eles o gênio do pop Michael Jackson. Encantou o mundo com seus olhos cor de violeta, que no dia 23 de março se fecharam para sempre. Elizabeth Taylor morreu, aos 79 anos, vítima de insuficiência cardíaca no Hospital Cedars-Sinal, em Los Angeles, onde estava internada havia dois meses.

Gata em Teto de Zinco Quente (1960), De Repente, No Último Verão (1959) e Assim Caminha a Humanidade (1956). A atriz fundou a Amfar, fundação para combater a Aids, em 1985. O motivo foi a morte de seu grande amigo, o ator homossexual Rock Hudson. Foi Elizabeth uma das celebridades pioneiras a tocar no até então delicado assunto, em uma época em que o preconceito e a falta de informação eram uma realidade mundial. “Eu admirei e a respeitei não apenas como atriz, mas por seu trabalho incrível e inspirador como uma ativista da Aids”, disse Madonna. “Não foi apenas sua beleza ou seu estrelato. Foi seu humanitarismo. Ela colocou um rosto à luta contra a Aids. Ela era engraçada. Ela era generosa”, afirmou, emocionada, Barbra Streisand.

Os problemas de saúde da atriz começaram em 1997, quando foi operada para retirada de um tumor no cérebro. Em 2004, ela adoeceu por causa de uma grave escoliose. Foi vítima de fratura na espinha, falência cardíaca congestiva, úlceras, bronquite e pneumonia. Elizabeth também foi tema de tablóides por causa do suposto vício em bebidas e drogas. Mãe de quatro filhos e avó de 10 netos, Taylor ficou imortalizada no papel de Cleópatra no longa de mesmo nome de 1963. Venceu o Oscar por Disque Butterfield

8, de 1961, e Quem Tem Medo de Virginia Woolf?, de 1967. A carreira ainda reuniu sucessos como Um Lugar ao Sol (1951),

Cogita-se de que parte da fortuna que Elizabeth deixou como herança seja destinada a fundações de apoio aos doentes. Mais um motivo para seu nome brilhar na história tanto quanto seus olhos violeta fizeram no cinema. z

FALANDO EM DVD Vai dizer que você também não é fã de Glee? Taí uma excelente oportunidade de se tornar mais um seguidor de estudantes fracassados de Ohio que entram para o coral da escola. Chega às lojas a segunda temporada desse sucesso de crítica e público. Mas se o seu negócio não é dança e música, mas sim sangue, mortes e dentes afiados é melhor escolher a terceira temporada de True Blood, com a gatinha Anna Paquin arrasando o coração de vampiros sanguinários. Sangue por sangue, outro sucesso de vísceras arrancadas dá as caras (ou as tripas) nas locadoras: é Dexter, a quarta temporada. Para a criançada Ben 10 - Força Alien (quem vem antes de Ben 10 - Ameaça Alienígena, ou seria depois?). E tem mais: Comer, Rezar e Amar, com Julia Roberts (atualmente preferimos a sobrinha dela) e Clive Owen; Ben Hur, sucesso da década de 1959; A animação divertida Megamente; o retorno do querido Arnaldo Jabor em A Suprema Felicidade; Nosso Lar, que faturou alto nas bilheterias amparado pela onda espírita nos cinemas; O Vencedor com um Cristian Bale na lama e nas drogas; e Atividade Paranormal 2… não é que seja ruim, vejam bem, só é horroroso.

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AGENDA CULTURAL por Luiza Souto

Confira a programação OS MESES DE MAIO E JUNHO RESERVAM BOAS ESTRÉIAS NO CINEMA E NO TEATRO, ALÉM DE ÓTIMOS SHOWS E PASSEIOS. Cinema Estreia 13/05/2011 Os agentes do destino

lendário Barba Negra. Sparrow está em busca da Fonte da Juventude e não sabe se a relação deles é amor, ou se ela apenas é uma golpista que quer saber como chegar à fonte. Um novo despertar

solteiro em Las Vegas, Stu não quer correr riscos e decide fazer um almoço seguro e deprimente na véspera do casamento. No entanto, as coisas nem sempre seguem conforme o planejado. O que acontece em Vegas pode ficar em Vegas, mas o que acontece em Bangcok é inimaginável.

Eventos

Elenco: Matt Damon, Emily Blunt, John Slattery, Daniel Dae Kim, Terence Stamp, Anthony Mackie Direção: George Nolfi Gênero: Drama Sinopse: David é um carismático político prestes a ganhar o seu lugar no Senado Americano. Conhece, então, Elise Sellas, uma linda dançarina de ballet que acredita ser a mulher dos seus sonhos, mas percebe que circunstâncias misteriosas e esforços ocultos começam a atrapalhar o romance. Estreia 20/05/2011 Piratas do Caribe: navegando em águas misteriosas

Elenco: Mel Gibson, Anton Yelchin, Jodie Foster, Jennifer Lawrence Direção: Jodie Foster Sinopse: Walter Black parece ter chegado ao fundo do poço quando sua esposa Meredith o expulsa de casa. Mas um dia, Walter conhece O Castor, um fantoche de mão do animal encontrado no lixo. Walter então descobre uma nova vida através das dicas do Castor e se reaproxima de sua família e volta ao seu trabalho. Porém, as coisas começam a dar errado novamente quando O Castor começa a tomar por completo o controle da vida de Walter. Estreia 27/05/2011 Se beber não case 2

Elenco: Johnny Depp, Geoffrey Rush, Penélope Cruz Direção: Rob Marshall Gênero: Aventura Sinopse: O Capitão Jack Sparrow retorna em mais uma aventura cheia de ação sobre verdade, traição, juventude. Ele começa sua jornada quando cruza com uma mulher de seu passado, a filha do

Elenco: Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis, Justin Bartha Direção: Todd Phillips Sinopse: Phil, Stu, Alan e Doug viajam à exótica Tailândia para o casamento de Stu. Após uma inesquecível despedida de

Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas Artistas apresentam sucessos de grandes cancioneiros da região nordeste. Telefone: 2580-5335 Website: www.feiradesaocristovao.org.br Programação Fixa - Palco João do Vale (projeto Forró da Feira) Bandas Impacto Show; Lunar; *CaraForró; Grupo Clebinho/rei do Arrocha e Raminho/trio Forró Pesado. Sexta, das 18h às 05h; sábado, das 18h às 05h; domingo, das 10h às 22h. - Palco Jackson do Pandeiro (projeto Forró da Feira) Bandas Energia do Som; Pakerar; Clássicos Show; *CaraForró; Grupo Forró Balança; Zé da Onça & Sua Gente; Zé Matias/trio Xodó. Sexta, das 18h às 05h; sábado, das 18h às 05h; domingo, das 10h às 22h. - Praças Padre Cícero, Frei Damião, mestre Vitalino e Câmara Cascudo (projeto Roda de Forró) Raminho/trio Forró Pesado; Netinho Ferreira/trio Aba de Couro; Zé Matias/trio Xodó; Chico Souza/trio Taperoá. Sexta, das 22h às 05h; sábado, das 22h às 05h; domingo, das 11h às 22h. - Praça Catolé do Rocha (projeto Repente da Feira) Miguel Bezerra, José Geraldo, Zé Duda, Tarinho Rodrigues, Severino Gomes, Zé Sinval, Zé Viana, Zé Ricardo, George Botelho. Sexta, das 20h às 03h; sábado, das 20h às 03h; domingo, das 10h às 15h. *CaraForró se apresenta sempre no último sábado do mês e/ou em projetos especiais, intercalando-se nos palcos.

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AGENDA CULTURAL A Companhia dos Novos está em cartaz ao mesmo tempo na Tijuca e em Ipanema com o espetáculo Leá, Cléia e Azaléia, de Luciano Rocha.

peça narra um momento na vida de três irmãs. Léa ( Jhonas Araújo) é uma “piriguete”, candidata a dançarina de bandas de pagode, funk ou escolas de samba. Já Cléia (Douglas André) é uma desastrada e péssima atriz iniciante. Por último, Azaléia (Bruno Carvalho) é uma jovem que pretende ser modelo, mesmo não tendo predicados para tal. As três sonham com um futuro profissional de sucesso e um grande amor. Na mesma semana, Léa conhece Edu, um estudante repetente que frequenta shows de pagode. Cléia é apresentada, acidentalmente, a Dudu, um jogador de peladas. Já Azaléia participa de um obscuro desfile de moda e se apaixona por Du. São três rapazes que parecem representar a realização de parte do sonho que acalentam. Logo se revela, porém, que Du, Dudu e Edu são a mesma pessoa, interpretada por Caco Rodrigues. O romance se revela impossível para as três e vem abaixo toda a fantasia criada pelas irmãs, quando uma surpreendente revelação deixa as moças desencantadas. O rapaz é gay e tem um envolvimento intimo com Ricardo (Evandro Machado), seu melhor amigo. Léa, Cléia e Azaléia resolvem então dar a volta por cima e decidem compensar o fracasso amoroso com a busca do êxito profissional, seguindo os conselhos de

Gertrudes ( João Vicente Bessa), a empregada da família. O final, porém, em uma última coincidência hilariante, sugere que o destino se repete, e as três serão mais uma vez vítimas dele. O espetáculo, que já foi apresentado em várias cidades do Brasil, como Salvador, Curitiba e Maceió, ganhou o prêmio de Melhor Espetáculo do Júri Popular e Melhor Ator do FIT (Festival Ipitanga de Teatro 2007). Na versão carioca, a peça leva a direção de Jhonas Araújo e co-direção de Vívian Rodrigues, além de Alexandre Meyer assinando a cenografia. Uma comédia irreverente, interpretada por atores masculinos em todos os personagens femininos e que nos faz rir e lembrar de casos semelhantes. Escancaradas e algumas vezes desequilibradas, as irmãs Léa, Cléia e Azaléia é uma boa pedida para não ficar em casa. Rir é um bom remédio para a mesmice. z

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Serviço Leá, Cléia e Azaléia, com a Companhia dos Novos Teatro Ipanema Endereço: Rua Prudente de Morais, 824 - Ipanema Temporada: Todas as quartasfeiras de maio, sempre às 21h Ingressos: R$30 (inteira) Informações: 2523-9794 Teatro Henriqueta Brieba, no Tijuca Tênis Clube Endereço: Rua Conde de Bonfim, 451 - Tijuca Temporada: Todas as sextas-feiras de maio e junho, sempre às 20h Ingressos R$20 reais inteira Informações: 3294-9300 Outras informações: 7494-0904 (Produção do espetáculo) www.companhiadosnovos.cjb.net

MANCHETE NA FOLIA

por Juninho Tititi

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Marquês de Sapucaí de cara nova em 2012

o último dia 20 o prefeito Eduardo Paes, o secretário especial de Turismo e o presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira de Mello, deram início às obras de ampliação do Sambódromo. Com investimento de R$ 30 milhões, a obra será custeada pela Ambev e a previsão é de que esteja pronta para o Carnaval de 2012. Serão demolidos o antigo prédio da Brahma e o setor 2 (camarotes), que darão lugar a quatro novos blocos com arquibancadas, camarotes e frisas, no mesmo padrão, do lado oposto da Sapucaí. A obra resgata o projeto original do arquiteto Oscar Niemeyer, que previa um equilíbrio entre os dois lados do Sambódromo.

Grupo de Acesso A Acadêmicos do Cubango Durante a festa de entrega do prêmio Jorge Lafond, que é dado aos melhores do Carnaval, a Acadêmicos do Cubango anunciou a troca do seu intérprete oficial. Saiu Igor Vianna e entrou Sereno, que era um dos cantores do carro de som da Unidos da Tijuca. Além da troca, o presidente Pelé confirmou as dispensas de Jorginho Harmonia, que era diretor de Carnaval, e do mestre-sala Rogerinho. Já a porta-bandeira Elaine permanece na verde e branco. Para o lugar de Jorginho, a diretoria não pensa em contratar ninguém, já que o diretor de harmonia Luiz Carlos fará essa dupla função.

Inocentes de Belford Roxo As alternativas de preservação do meio ambiente, fauna, flora, lendas e histórias da cidade de Corumbá, localizada no Estado do Mato Grosso do Sul, será conta-

da pela Escola de Samba Inocentes de Belford Roxo em 2012. Para o desenvolvimento do tema o carnavalesco Wagner Gonçalves (ex-Mangueira), reassume o cargo. A agremiação também fará dois lançamentos do enredo: um no Rio, e outro em Corumbá. A pedido da liga local, haverá distribuição de sinopse para os compositores locais que irão participar de eliminatórias. “O samba vencedor irá participar da final realizada no Rio”, disse Reginaldo.

Grupo Especial Estação Primeira de Mangueira Cid Carvalho, após sua temporada na Mocidade Independente terá uma missão super importante por assumir o Carnaval da verde e rosa. Por sinal, a agremiação estará contando a história do Cacique de Ramos, com o tema Vou festejar! Sou Cacique, sou Mangueira. O tradicional bloco, criado em Olaria, na zona norte do Rio, completou 50 anos em Janeiro de 2011.

Mocidade Independente de Padre Miguel Com um time de profissionais renomados, a verde e branca da zona oeste contratou uma turma com vasta experiência em suas atribuições. Alexandre Louzada assume o Carnaval da agremiação. Já o bailado do primeiro pavilhão ficará a cargo do casal Robson Sensação e Ana Paula e a voz da Sapucaí será de Luizinho Andanças. Vale lembrar que a escola permanece até 2015 sob a administração do presidente Paulo Vianna,

reeleito em 17 de abril. Falando em Alexandre Louzada, o niteroiense estará assinando também o Carnaval da Unidos do Viradouro. É Louzada em dose dupla no Carnaval. Ufa! Que disposição!

Portela Paulo Menezes assume o Carnaval da Portela. Alex Fab e Junior Escafura serão os coordenadores de Carnaval. Já a vice-presidência ficará a cargo de Nilo Mendes Figueiredo Junior, o Nilinho, que também será o responsável em captar os recursos necessários para a elaboração do Carnaval da Águia de Madureira.

Porto da Pedra A escola de São Gonçalo, após obter a oitava colocação no Carnaval 2011, começou a reforçar seu time para brilhar em 2012. O Tigre contratou Roberto Szaniecki para desenvolver seu enredo. A outra mudança aconteceu com a voz oficial do carro de som, que anteriormente era comandada por Luizinho Andanças, e que agora ficará sob o comando de Wander Pires. Já o Pavilhão principal terá o brilhante bailado de Fabrício Pires e Cristiane Caldas (ex-Mocidade) e a harmonia ficará por conta de uma dupla da comunidade a cargo de Diego Marins e Aloisio Mendonça.O presidente Francisco Marins promete muitas novidades para esse Carnaval. Agora é só aguardar!

Beija-Flor Com chapa única, Nelson Alexandre Sennas David, se tornou o novo presidente da Beija-Flor de Nilópolis. Nelsinho, como é conhecido na escola, ficará à frente da agremiação até 2014. O deputado estadual

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MANCHETE NA FOLIA é filho do ex-presidente Farid Abraão, Ricardo Martins David será o vice-presidente. Anísio Abraão David é o presidente de honra da escola.

União da Ilha O dia 10 de abril de 2011 ficará marcado na União da Ilha do Governador. Pela primeira vez na história das eleições na agremiação, um presidente foi reeleito por aclamação para mais três anos de administração. Ney Filardi, por sua vez, já recomeçou os trabalhos e no Carnaval de 2012 levará para a avenida o tema Era uma vez...uma Ilha, que terá assinatura do carnavalesco Alex de Souza. A cada quatro anos o mundo se une para o grande momento do esporte e para celebrar a paz. A cidade anfitriã faz em sua abertura uma representação artística de sua história e sua cultura. No ano de 2012, Londres será a sede desse evento.

GAROTADA A TODO VAPOR PARA 2012.... A Associação das Escolas de Samba definiu na noite de terça-feira, dia 26 de abril, em sua sede, através de sorteio a ordem dos desfiles das agremiações para o Carnaval de 2012.

16 - Petizes da Penha

Vejam a ordem:

Após a queda para o Grupo de Acesso B, na noite de sexta-feira (02/04), o presidente César Tadeu Vinheiros tomou posse como o novo administrador da Caprichosos de Pilares em uma cerimônia que contou com a presença de todos os segmentos. A noite foi comemorativa e o carnavalesco Amauri Santos, que permanece na agremiação aproveitou para anunciar o enredo que leva o seguinte título A Caprichosos faz o seu papel... levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. Além da permanência do carnavalesco, a escola optou para o comando um único mestre de sua bateria, Alexandre, Clóvis Pê reassume a voz principal do carro de som, Israel Ribeiro fica com o cargo de diretor geral de harmonia e o bailado com o pavilhão principal volta a ter o brilho do casal Peixinho e Andreya Neves .

1 - Inocentes da Caprichosos 2 - Aprendizes do Salgueiro 3 - MEL do Futuro 4 - Infantes do Lins 5 - Corações Unidos do Ciep 6 - Ainda Existem Crianças na Vila Kennedy 7 - Nova Geração do Estácio de Sá

A União da Ilha fará uma versão bem carioca e carnavalesca dessa festa. E também uma contagem regressiva para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

8 - Império do Futuro

Imperatriz Leopoldinense

11 - Miúda da Cabuçu

Jorge, amado Jorge será o título do enredo para o Carnaval 2012, que será desenvolvido pelo carnavalesco Max Lopes. A definição aconteceu após uma reunião entre a direção da escola, a filha e a neta do cantor e compositor.

12 - Pimpolhos da Grande Rio

9 - Herdeiros da Vila 10 - Filhos da Águia

13 - Mangueira do Amanhã 14 - Planeta Golfinhos da Guanabara 15 - Tijuquinha do Borel

17 - Estrelinha da Mocidade GRUPO DE ACESSO B Caprichosos de Pilares...

A agremiação definiu que, no próximo Carnaval, levará 1.500 componentes para o desfile no Grupo de Acesso B e todas as fantasias serão doadas para a comunidade.

Vila Isabel Wilson Alves, mais conhecido como Wilsinho, foi eleito presidente da Vila Isabel no início de abril. O jovem de 26 anos é filho de Wilson Vieira Alves, o Moisés, que dirigiu a agremiação nos últimos anos. Com a experiência de alguns carnavais como superintendente da azul e branca, Wilsinho é o responsável pelos passos da Vila nos próximos três anos. Já o mestre de bateria Átila deixou o comando para concorrer a presidência do Império Serrano, escola que por muitos anos comandou a bateria denominada Sinfônica do Samba. z

Praça-Seca aposta em carnavalesco com vitórias longe do Rio A escola de samba Império da Praça Seca, campeã do Grupo de Acesso D da Associação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro e que tem em seu comando um ex mestre-sala, Sandro Avelar aposta alto para 2012. Márcio Puluker, acostumado com vitórias longe do Rio, será o responsável pelo desenvolvimento do Carnaval da agremiação da zona oeste. O ilustre profissional foi um dos participantes da comitiva de heróis que contribuiu para refazer o desfile da Acadêmicos do Grande Rio, que viu o sonho de um grande Carnaval se acabar.

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PORTUGUÊS EM FOCO

Uso indevido de certas palavras e expressões

m época de “pacotes de medidas” do governo (os chamados “pacotaços”), de boatos, verdades e mentiras, é um tal de ouvir algumas palavras que pouca gente gosta de ouvir. “Calote” e “inadimplência”, termos que costumam frequentar o noticiário, são bons exemplos. A imprensa usa essas palavras como se fossem sinônimas, como se apresentassem o mesmo significado. É aí que mora o perigo. Nos tempos do “politicamente correto”, confundir “calote” com “inadimplência” é meio complicado. Para começar, o dicionário Aurélio diz que a palavra “calote” é da linguagem familiar. Significa “dívida não paga, e/ou contraída sem intenção de pagamento”. É claro o valor pejorativo da palavra. Quando se chama alguém de “caloteiro”, afirma-se que a pessoa tem o mau hábito de não pagar, assume dívidas, com a clara intenção de não pagar. “Inadimplência” é outra história. Antes, é bom saber que se pode usar “inadimplência” ou “inadimplimento”. Também é bom saber que “inadimplência” é o ato de “inadimplir”, termo jurídico, ou seja, técnico, pertencente à linguagem específica. Significa “deixar de cumprir no termo convencionado um contrato ou qualquer de suas condições”. É claro que no boteco da esquina se pode dizer que “anda grande o calote nas prestações”. Mas, em linguagem específica - jurídica, jornalista -, não se justifica esse emprego. Quem é que nunca ouviu isso? As casas são “geminadas”, e não “germinadas”. “germinar” é o que fazem as sementes, quando começam a desenvolver-se. Casas, infeliz-

Dica Literária Esmeralda Zibia Gasparetto Todos nós escolhemos livremente nossos caminhos. Pressionados pelas emoções, baseados em nossos sentimentos, envolvidos em nossas ilusões. Tudo é escolha nossa. O romance Esmeralda retrata com muita clareza o reflexo de nossas escolhas.

mente, não brotam. Seria uma ótima solução para o problema habitacional do país. Casas duplicadas, feitas aos pares, são geminadas, sem “r”. Estamos diante de um fato mais do que claro: a necessidade da adequação da linguagem e da terminologia à situação, ao contexto. Isso é a chamada propriedade linguística . O que é adequado na praia talvez não seja no tribunal, na repartição pública, na escola, no banco, no consultório médico, etc. O que é adequado em uma região do país talvez não seja em outra.

verde”. Faz muito, muito tempo que em português as paredes são verdes - e não “em verde”.

A palavra “rapariga” é ótimo exemplo. Nos dicionários, aparece como sinônimo de “moça, mulher nova”. Em Portugal, é esse o uso que se faz. Lá, uma “rapariga” é uma moça, uma jovem. Em algumas regiões do Brasil, “rapariga” é sinônimo de “prostituta”, “meretriz”. Para encerrar esse rol de impropriedades, certas manias aparecem ninguém sabe de onde - e, às vezes, ficam. Uma propaganda de umas das fábricas de automóveis instaladas no Brasil anunciava que o carro tinha “bancos em couro”. Desde quando isso é português? O banco é “de couro”, e não “em couro”. Outra bobagem monumental é dizer “paredes em

Na planta conhecida como sensitiva ou dormideira (Mimosa pudica), na base de cada folhinha, existem células capazes de perder água com grande rapidez. Isso acontece quando a planta recebe um estímulo externo - o toque, por exemplo. O curioso é que quanto mais forte o toque, maior é o número de folhas que se fecham. Mas o efeito é temporário: depois de um tempo sem ser tocada, a planta restabelece o equilíbrio de água em seu interior e as folhas voltam a abrir.

Profª Helena Garrido

CURIOSIDADE Planta Sensitiva