Psiquilibrios em Revista - Maio de 2019

Número IV | 2019 www.psiquilibrios.pt

EM REVISTA PSICOLOGIA & PSICOTERAPIAS: DOENÇA BIPOLAR - O QUE É?

EXPERIÊNCIAS: DIVÓRCIO É COISA DE ADULTOS DÚVIDAS NA ESCOLHA VOCACIONAL? A CONSULTA PSICOLÓGICA VOCACIONAL PODE AJUDAR.

EDITORIAL

ÍNDICE

O papel da Psicologia em Portugal está a conquistar um crescente reconhecimento da sociedade e é com satisfação que sentimos que o Psiquilibrios tem contribuído para isso, com o seu leque de serviços de excelência. Desde sempre, temos pautado a nossa ação pela promoção de mais e melhor acesso a serviços de Psicologia de qualidade, com psicólogos experientes e edições de relevo nas áreas da Psicologia e da Educação.

O Psiquilíbrios responde a uma necessidade, que é também uma expectativa, de contribuir para a melhoria dos serviços de psicoterapia e psiquiatria, através das suas duas vertentes principais: as consultas e as publicações do Psiquilíbrios Edições. Prova do reconhecimento do nosso trabalho é o crescente número de pedidos de consulta, muitas vezes indicados pelos nossos antigos clientes, e as diversas propostas de publicações de livros que o Psiquilíbrios Edições recebe de investigadores e docentes integrados nas universidades de Portugal e de outros países.

FICHA TÉCNICA

Título Psiquilíbrios em Revista

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Edição Psiquilíbrios Sede Av. Alfredo Barros, 20. Braga

Conteúdos e proteção de propriedade http://psiquilibrios.pt/revista/PoliticaPrivacidade_4.pdf

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Assinaturas Psiquilibrios@gmail.com

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A Psiquilibrios em Revista é uma publicação que pretende distinguir-se pela elevada qualidade dos seus colaboradores e conteúdos.

Todas as opiniões serão bem-vindas e servirão para a nossa reflexão e crescimento.

As ideias apresentadas são meramente informativas e não pretendem impor comportamentos nem substituir a consulta de um profissional.

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Experiências

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Conheça a revista online: http://psiquilibrios.pt/revista/Revista_4_site.pdf8 Subscreva a revista em: http://bit.ly/revistapsiquilibrios #psiquilbrios #revista #tematica #crianças #adolescentes #pais #adultos #filhos #psicologia #livros

- Divórcio é coisa de adultos - Como ajudar as crianças no divórcio

Sabia que...

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Escola & Família

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Livros e outras notas

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Destaques

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Saber+:

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- Pais, deixem que estudar seja verbo para os vossos filhos conjugarem.

- Aliança Terapêutica: da teoria à prática clínica.

- Sistema de avaliação Empiricamente Validado (ASEBA)

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Por fim, ressaltamos algumas iniciativas do Psiquilibrios Edições para os próximos lançamentos em livros, com especial atenção à segunda edição da obra Aliança Terapêutica, totalmente revista e ampliada, de Eugénia Ribeiro, Professora Auxiliar e investigadora da Escola de Psicologia da Universidade do Minho.

Temos ainda para si algumas ofertas que pode aproveitar desde já!

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Psicologia & Psicoterapias - Doença bipolar - O que é?

Diretora executiva Vera Ramalho

Esta é a quarta edição da Psiquilibrios em Revista que mantém a intencionalidade de apresentar temas de cariz informativo dedicado a psicólogos e outros técnicos de saúde mental, docentes, educadores, professores e ao público em geral, numa lógica de dar a conhecer temas e abordagens eficazes da Psicologia e da Educação, promovendo uma vida profissional e familiar mais satisfatória.

Vera Ramalho

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ISSN 2184-2299

Projeto gráfico e design digiUP - creative solutions

Um forte abraço,

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- João Amorim

Número IV Maio de 2019

Estamos mobilizados para sermos mais fortes e conseguirmos levar a mais pessoas os benefícios do nosso trabalho. De modo a assegurarmos que prestamos um serviço de qualidade superior, aumentamos a nossa equipa com elementos dotados de experiência e com formação especializada.

Neste número, destacamos a entrevista ao psicólogo clínico João Amorim que revela alguns desafios que encontra na sua prática clínica. A psiquiatra, Filipa Pereira, traz-nos um artigo que explica a doença bipolar e as suas principais características, diagnóstico e formas de tratamento. Na rubrica Saber +, as psicólogas Ana Sofia Melo e Daniela Silva falam-nos sobre a consulta psicológica vocacional e a consulta de desenvolvimento de carreira.

Entrevista com...

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- Equipa aumentada

- Dúvidas na escolha vocacional? A Consulta Psicológica Vocacional pode ajudar.

- A consulta de desenvolvimento de carreira e aconselhamento

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Entrevista com...

João Amorim

João Amorim, mestre em Psicologia clínica e da saúde pela Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa (Porto), desenvolve desde 2013 atividade como psicólogo clínico no Psiquilíbrios. A sua atividade tem-se focado na consulta e intervenção psicológica com crianças, adolescentes, adultos e casais. Membro efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses.

Como é que o Psiquilibrios surgiu na sua vida profissional?

O Psiquilibrios surgiu na minha vida profissional em 2012, no âmbito do estágio curricular, inserido no mestrado que me encontrava a fazer. Terminado esse estágio foi-me dada a oportunidade de fazer aqui o estágio profissional e, por sua vez, continuar a trabalhar enquanto psicólogo até o momento.

Como é trabalhar na equipa do Psiquilibrios e o que o torna numa clínica especializada? É verdadeiramente enriquecedor e um grande privilégio. Trabalha-se para servir bem o cliente e somos muito respeitados no exercício da nossa atividade. Há algo que faz a diferença no trabalho aqui no Psiquilibrios: mensalmente temos uma reunião de equipa onde os psicólogos têm a possibilidade de trocar experiências, expor duvidas, dificuldades e discutir temas relevantes para a nossa prática. Isso significa apoio, trabalho em equipa. As decisões são tomadas em conjunto e o psicólogo não se sente sozinho.

Qual é a sua área de especialização dentro da Psicologia?

A minha área de especialização é psicologia clínica e da saúde e, neste momento, exerço maioritariamente a minha prática com adultos. De uma forma genérica, podemos dizer que aquilo que faço em psicologia engloba a avaliação e intervenção em diversas problemáticas, como sejam, ansiedade, depressão, dificuldades relacionais e emocionais que influenciam o funcionamento da pessoa e causam mal-estar psicológico, impactando a sua saúde mental. No âmbito da psicoterapia, posso dizer que este é um processo desenvolvido em conjunto com o cliente, durante o qual se procura ajudar a pessoa a identificar e perceber os fatores que contribuem para o surgimento ou manutenção do mal estar e a identificar formas mais ajustadas de lidar com as eventuais dificuldades. Ou seja, procuramos ajudar o cliente a encontrar um funcionamento mais ajustado a si, sendo que a mudança ocorre quando as regras antigas são desafiadas, facilitando a emergência de alternativas ou exceções. Portanto, ao longo do processo de psicoterapia vamos ter a evolução da pessoa para uma auto-narrativa alternativa e desejada.

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Qual é o campo de atuação profissional de um psicólogo que trabalha na área da Psicologia Clínica?

As grandes áreas de intervenção do psicólogo clínico são a avaliação e a intervenção. Podemos conceptualizar a avaliação psicológica enquanto um processo científico que visa a compreensão do indivíduo no seu todo. Outro foco importante é identificar as diferentes áreas que devem ser objeto de exploração: atividade psíquica, personalidade, relações intra e interpessoais, recorrendo-se para tal a instrumentos que auxiliam no estudo do indivíduo, sempre com a aplicação do conceito de evidência à prática clínica.

No seu trabalho diário com pessoas que procuram o Psiquilibrios, quais são as problemáticas mais frequentes?

Aqueles pedidos mais frequentes de intervenção prendem-se com dificuldades relacionadas com ansiedade, depressão, bipolaridade, problemas relacionais e do foro emocional, ou, nas crianças, problemas de comportamento e de ansiedade; associados a diferentes fases do desenvolvimento.

Quais são as situações mais delicadas ou que levantou mais problemas éticos para si?

São as situações que envolvem os tribunais porque é da competência do psicólogo, caso notificado, colaborar com esta instituição.

A privacidade é algo central na Psicologia e não podemos pôr em causa valores como o respeito pela autonomia do cliente e o possível prejuízo para a pessoa, em caso de quebra de confiança, na relação com o psicólogo.

Assim, e segundo a Ordem dos Psicólogos Portugueses, o psicólogo deve prestar as informações solicitadas pelo tribunal com o consentimento do cliente. Caso este não consinta, o psicólogo tem o dever de avaliar o interesse social da informação que dispõe e se envolve riscos para o próprio ou terceiros, para depois decidir se revela ou pede escusa. É claro que se o tribunal considerar que a informação é relevante poderá anular o direito de escusa do psicólogo, mas até a data isto não aconteceu comigo!

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Psicologia e Psicoterapias

Doença bipolar – o que é?

Filipa Pereira é Médica Psiquiatra, licenciada na faculdade de medicina da Universidade de Coimbra. Fez a especialidade de Psiquiatria no hospital de Braga.

A perturbação de Humor Bipolar (PHB) é uma doença crónica e recorrente que se caracteriza por flutuações graves do humor e da energia. Afeta cerca de 1% da população mundial e representa uma das principais causas de incapacidade no adulto jovem.

A prevalência da Perturbação Bipolar é consistente em diversas culturas, grupos étnicos e estatuto socioeconómico. O que difere entre países é o acesso dos pacientes aos sistemas de saúde mental, dificultando o manejo desta doença nos países menos desenvolvidos.

A PHB alterna períodos de humor elevado e períodos de depressão, intercalados por períodos de remissão; estes períodos estão associados a sintomas cognitivos, físicos e comportamentais específicos.

De acordo com DSM – 5 (Manual diagnóstico e estatístico de perturbações mentais), a PHB inclui dois tipos principais: ipo I – a elevação do humor é grave e persistente (mania) T com importante impacto social e ocupacional que, na maioria das vezes, origina necessidade de internamento. ipo II – a elevação do humor é mais ténue (hipomania) e com T menor impacto social e ocupacional (por vezes há uma melhoria do funcionamento ocupacional, ainda que transitória, à custa de uma produtividade aumentada e elevação do humor).

A base do conceito moderno da Perturbação de Humor Bipolar remonta a meados do século XIX, quando o psiquiatra francês Jules Baillarger descreveu um novo tipo de insanidade «la folie á double forme», cuja principal característica era os episódios depressivos e de elação do humor no mesmo paciente. A doença foi descrita por vários psiquiatras sob várias denominações: «la folie circulaire» (Jean Pierre Falret) «demência precoce e insanidade maníaco-depressiva» (Emil Kraepelin).

A PHB é uma doença complexa e multideterminada, causada pela interação de factores genéticos e ambientais. Estudos com gémeos indicam que as perturbações do espectro bipolar são hereditárias, com uma incidência superior a 80% em gémeos idênticos, caindo para 6% em familiares de 1º grau.

CARACTERIZAÇÃO DA DOENÇA O humor elevado ou irritável pode ser classificado como mania ou hipomania, dependendo da sua gravidade e da presença de sintomas psicóticos. Classifica-se como mania quando o humor e/ou irritabilidade estão gravemente elevados, provocando alterações no comportamento e funcionalidade do individuo.

A duração do estado de mania dever ser, no mínimo, uma semana, estando os sintomas referidos presentes na maior parte do dia, quase todos os dias. Na hipomania, as elevações do humor e as alterações do comportamento são menos graves e com duração mais curta do que no estado de mania podendo até não requerer atenção médica.

Existem outros sintomas que caracterizam os episódios de mania/hipomania, como o aumento de energia e/ou atividade, a autoestima aumentada ou sentimentos de grandiosidade, a alteração do sono com diminuição da necessidade de dormir, a pressão para falar e a sensação subjetiva de pensamento acelerado.

No polo oposto, os quadros de depressão da PHB, têm habitualmente características de Episódio Depressivo Major e são caracterizados por humor francamente depressivo, perda de interesse/prazer por quase todas as atividades durante, pelo menos, duas semanas. Além disso, o individuo pode apresentar outras alterações, como alterações no apetite e no peso, no padrão de sono, diminuição da energia, sentimentos de culpa ou de menos valia.

DIAGNÓSTICO O diagnóstico da PHB é clínico e auxiliado por uma entrevista dirigida com o doente e com os seus familiares. Em média, desde o início dos sintomas até ao diagnóstico da doença, passam-se 5 a 10 anos. Os diagnósticos diferenciais mais comuns são feitos com Perturbação Depressiva Major, Perturbação de Ansie-

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dade, Perturbação de Personalidade, Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção.

EVOLUÇÃO DA DOENÇA A evolução da doença é variável. A idade média do primeiro episódio da PHB tipo I é aos 18 anos, enquanto a PHB tipo II tende a surgir mais tarde, pelos 25 anos de idade. O aparecimento de primeiros sintomas maníacos (desinibição social/sexual) no final da idade adulta ou na terceira idade pode indicar a existência de outra condição médica (quadro demencial, por exemplo) e devem ser investigados de outra forma.

Apesar da caracterização da doença ser baseada nos sintomas de mania/hipomania, a depressão é geralmente o quadro mais comum e persistente, sendo também a principal causa de incapacidade.

Na PHB tipo II é comum haver múltiplos episódios depressivos antes de ocorrer um episódio de hipomania. A mudança de um episódio depressivo para um episódio de mania ou hipomania pode ocorrer de forma espontânea ou durante o tratamento com antidepressivos.

TRATAMENTO O primeiro passo no tratamento da PHB passa por definir o humor, confirmar o estado de mania/hipomania ou depressão, dado que a abordagem terapêutica difere, consideravelmente, nas situações referidas.

Diversos factores podem condicionar o tratamento escolhido: comorbilidades psiquiátricas e não psiquiátricas, resposta a tratamentos psiquiátricos prévios, antecedentes familiares e até o envolvimento do doente com a sua doença. Existem guidelines publicadas para o tratamento da PHB que incluem os mais recentes desenvolvimentos farmacológicos e psicoterapêuticos.

Na fase aguda da doença, os estabilizadores de humor e os antipsicóticos são o pilar da abordagem terapêutica. Os antidepressivos nunca devem ser usados em monoterapia na PHB tipo I. A electroconvulsivoterapia é altamente eficaz no tratamento de sintomas afectivos agudos.

Tratando-se de uma doença de natureza crónica e recidivante, a otimização do tratamento a longo prazo é fundamental. O lítio é considerado um dos tratamentos mais eficazes, quer na prevenção dos episódios maníacos, quer dos episódios depressivos.

Pode ser necessária combinação de vários fármacos: estabilizador de humor com antipsicótico ou antidepressivo. É fundamental uma intervenção psico-social nos períodos de eutimia (humor neutro) de forma a garantir a adesão terapêutica e prevenir recaídas. A psicoterapia e psicoeducação são, também elas, importantes armas na abordagem terapêutica da PHB. PROGNÓSTICO A maior parte dos doentes recupera do primeiro episódio de humor, porém a taxa de recaída é muito elevada. Os indivíduos mais jovens, casados e com mais escolaridade têm uma recuperação funcional mais favorável. Os doentes que têm um padrão de ciclação rápida têm pior prognóstico.

A eficácia do tratamento da PHB está relacionada, em muitos casos, com o início próximo ao aparecimento dos sintomas. A adesão do doente ao tratamento é um factor de prognóstico muito importante, sendo a psicoeducação fundamental no tratamento da doença.

Filipa Pereira

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Experiências

Divórcio é coisa de adultos

Como ajudar as crianças no divórcio

Na nossa prática clínica recebemos com frequência pais e crianças fruto de relações terminadas em divórcio, por vezes, nem sempre da melhor forma. Percebemos que estão a atravessar um período difícil, com muitas incertezas, inseguranças e medos e pedem ajuda para serenar o turbilhão emocional em que se encontram. A investigação revela maior satisfação com um processo terapêutico que consegue envolver pais e filhos com o menor conflito possível, sempre a favor da criança.

Para facilitar o ajustamento dos filhos a uma separação ou divórcio, os pais:

Do ponto de vista daqueles pais que querem realmente dar o melhor aos seus filhos, surgem dúvidas sobre como gerir a culpa que sentem por não poderem proporcionar mais tranquilidade aos filhos e por nem sempre conseguirem estar no seu melhor para dar aquilo que as crianças merecem e precisam nestas situações: um sentimento de segurança. Apresentamos um resumo de alguns gestos, atitudes e comportamentos a exibir e a evitar que são empiricamente demonstradas como funcionais e que efetivamente podem contribuir para reduzir o conflito e promover o bem-estar da criança e dos pais.

Nota: Nesta secção abrimos portas para quem interessar partilhar uma experiência enriquecedora que possa ajudar quem a lê. Nesta edição, optamos por reunir algumas opiniões que apresentam um tema em comum: o divórcio.

Envie-nos a sua história ou opinião sobre algum produto ou serviço do Psiquilibrios (um livro, a sua experiência de psicoterapia no Psiquilibrios, uma formação, etc.).

Não deve ultrapassar meia página A4.

As opiniões mais construtivas serão divulgadas nos próximos números da Psiquilibrios em Revista. Para proteger a identidade de quem nos envia uma opinião, os nomes divulgados serão fictícios.

Contacte-nos para psiquilibrios@gmail.com

DEVEM √ Ser sinceros com a criança quanto ao que se está a passar, contudo, sem entrar em detalhes que apenas dizem respeito aos adultos. √ Adaptar a linguagem utilizada às caraterísticas e idade da criança. √ Mostrar interesse pelo que a criança possa estar a sentir e mostrar-se disponível para responder a perguntas e esclarecer dúvidas relacionadas com receios acerca do divórcio. √ Passar tempo de qualidade com a criança, sem utilizar este tempo para saber o que esta faz em casa do outro progenitor. √ Proteger a criança dos conflitos entre os pais, não devendo ser envolvida nos assuntos que dizem respeito ao casal. Isto é essencial para o ajustamento emocional da criança.

NÃO DEVEM √ Expor a criança a conflitos, discussões e situações de tensão. √ Usar a criança como mensageiro ou "arma" no decorrer e após o divórcio. A tentação para fazer da criança "mensageira" ou aliada de um dos pais é situação muito penosa para ela e que causa problemas sérios no deu desenvolvimento. √ Usar a criança como forma de apoio pessoal. √ Dizer mal do outro progenitor ou da sua família à criança nem permitir que a restante rede familiar o faça. √ Perguntar à criança se prefere estar com o pai ou com a mãe.

Respeitar os direitos dos seus filhos numa situação de divórcio poderá ser o primeiro passo para proteger a sua relação com eles e minimizar o sofrimento da criança.

√ Manterem-se cooperativos e consistentes no que se refere à educação da criança. O papel dos pais daqui em diante deverá centrar-­se na criança e não na sua relação como casal. √ Manter ao máximo hábitos e rotinas diárias. √ Estar atentos a eventuais alterações comportamentais e emocionais da criança e recorrerem a ajuda profissional quando tal acontecer. São exemplos: regredir para comportamentos mais infantis, como as birras; manifestar ansiedade ao separaremse dos pais; tristeza, isolamento, dificuldades de sono, etc. √ Respeitar o direito da criança de gostar do pai, da mãe e dos restantes membros da família, sem sentir culpa ou pressão. √ Ter em consideração o estádio de desenvolvimento da criança, não exigindo mais nem menos do que aquilo que a criança está efetivamente apta a realizar. √ Ser flexíveis e abertos a novas alternativas e soluções no que se refere às atividades e responsabilidades inerentes ao acordo relativo à guarda das crianças, visando o bem-estar destas.

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Sabia que...

Os psicólogos da educação devem apostar na Prevenção, Promoção e Intervenção Precoce, não obstante a coexistência e necessidade de intervenções com caráter mais remediativo.

• • • • • Pretende-se que o aconselhamento favoreça a construção de respostas pessoais de adaptabilidade de carreira que se poderão traduzir na capacidade dos indivíduos desenvolverem um elevado sentido de valor pessoal, identidade, confiança e agência, expressos numa nova sigla VUCA de Values, Uniqueness, Confidence and Agility.

• • • • • A psicoterapia é uma forma de tratamento psicológico cujo objetivo é melhorar o ajustamento das pessoas face a problemas psicológicos e psiquiátricos. Idealmente a psicoterapia contribui para o desaparecimento dos sintomas (ou diminuição significativa) e para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

Escola & Família

Pais, deixem que estudar seja verbo para os vossos filhos conjugarem.

A investigação científica em psicoterapia tem apresentado evidência consistente de uma relação positiva e significativa entre a qualidade da aliança terapêutica e os resultados da terapia, independentemente da modalidade terapêutica e do diagnóstico dos clientes (e.g. Horvath, 2011). Em termos gerais, a aliança terapêutica refere-se à força e qualidade da relação colaborativa que se estabelece entre o terapeuta e o cliente, e se desenvolve ao longo do processo terapêutico.

• • • • • No que concerne ao luto, a investigação psicológica recente sugere alterações na forma como este é vivido, sugerindo que a natureza da ligação é de facto dinâmica e perene. o propósito do luto poderá ser a elaboração de um novo vínculo que possa ser integrado na vida dos sobreviventes.

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Sílvia Fernandes é professora de línguas no ensino básico e secundário, presentemente a lecionar no Agrupamento de Escolas D. Manuel de Faria e Sousa, e é colaboradora do Psiquilibrios enquanto revisora.

Não me dediquei ainda o suficiente a esta questão, mas prometo fazê-lo, para poder criar um ponto de ordem neste assunto. Ainda não consegui entender muito bem se os pais substituem os seus filhos nas tarefas escolares porque entendem que assim deva ser (também ao ver outros pais fazerem-no) e que seriam menos bons pais se não o fizessem, ou se os resultados académicos dos seus filhos refletem as qualidades dos pais, também em termos académicos.

Aqui, também não descartaria alguma culpa dos professores, mais em particular dos Diretores de Turma que vão sempre pedindo aos Encarregados de Educação que se envolvam no processo de ensino aprendizagem. Consciente ou inconscientemente, os Diretores de Turma esquecem-se de dizer que,

neste contexto, a palavra em questão está ao nível de (apenas e já é muito!!!) acompanhem. Acompanhem para estar a par das situações escolares dos respetivos educandos, para que comportamento e performances académicas correspondam ao esperado. O primeiro porque a escola é uma micro-sociedade e o espaço físico e emocional dos outros deve ser absolutamente respeitado (seja colega, professor ou funcionário), o segundo porque a escola é, efetivamente, um espaço de aprendizagem que deve ser feita. O que não é fácil entender é que os pais teimem em fazer os resumos das matérias (ensinem, antes, a fazer resumos…) ou de fazerem os trabalhos de índole mais criativa (façam sugestões, não peguem na cola e nos marcadores). Resta-me a pergunta final (fatal seria muito forte?): quando têm os pais tempo para terem tempo de qualidade com os filhos, se quando estariam a fazer as suas tarefas… estão a fazer as dos filhos?

Sílvia Fernandes

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Livros e outras notas Aliança Terapêutica: da teoria à prática clínica.

2ª edição, de Eugénia Ribeiro

Eugénia Ribeiro é Professora Auxiliar da Escola de Psicologia da Universidade do Minho. É membro da Society for Psychotherapy desde 1997 e do comité editorial das revistas internacionais: International Journal of Clinical and Health Psychology e da Psychotherapy Research. Foi diretora associada da revista Psicologia (da APP).

A investigação científica em psicoterapia tem apresentado evidência consistente de uma relação positiva e significativa entre a qualidade da aliança terapêutica e os resultados da terapia, independentemente da modalidade terapêutica e do diagnóstico dos clientes (e.g. Horvath, 2011). Em termos gerais, a aliança terapêutica refere-se à força e qualidade da relação colaborativa que se estabelece entre o terapeuta e o cliente, e se desenvolve ao longo do processo terapêutico.

Considerada numa perspectiva transteórica (Bordin, 1979), a aliança terapêutica concretiza-se na manifestação de três dimensões: o acordo entre terapeuta e cliente em relação aos objetivos da terapia, o acordo em relação à tarefas terapêuticas consideradas como necessárias ou relevantes para o atingir dos objetivos e o estabelecimento de um vínculo afetivo entre ambos os elementos da díade. Sendo a aliança terapêutica um fenómeno diádico e dinâmico, importa conhecer quer os fatores do terapeuta e do cliente que contribuem para a formação de uma aliança terapêutica de qualidade, quer os processos que influenciam o seu desenvolvimento ao longo da terapia.

Este livro reúne a contribuição da equipa coordenada pela Prof.ª Doutora Eugénia Ribeiro, que nos últimos anos tem investigado e aprofundado o conhecimento na área da aliança terapêutica. Partindo do aprofundamento teórico e da revisão da investigação, as autoras refletem sobre as implicações clínicas para a formação e desenvolvimento da aliança terapêutica, tendo subjacente a sua ligação à mudança em psicoterapia.

Em cada capítulo desta segunda edição procurou-se ir para além da revisão da teoria e da investigação respetiva ao tema, estendendo a reflexão às implicações para a prática clínica, formação e supervisão de psicoterapeutas e psicólogos clínicos. Assim, com a publicação deste livro esperamos contribuir para sustentar a formação, inicial ou avançada, de psicólogos clínicos e de psicoterapeutas, bem como ajudar a fundamentar práticas de reflexão e supervisão clínicas, focadas em processos relacionais.

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Se quiser conhecer melhor a investigação da Prof.ª Eugénia Ribeiro sobre como a aliança terapêutica contribui para a mudança em psicoterapia, consulte: https://www.psi.uminho.pt/pt/investigacao/Relacao_Terapeutica/

Sistema de avaliação Empiricamente Validado (ASEBA): CBCL1-5, C-TRF, CBCL 6-18, TRF e YSR. de Thomas Achenbach

Os técnicos de saúde mental sentem, cada vez mais, a necessidade de instrumentos de avaliação psicológica que sejam eficazes na avaliação de problemas emocionais e de comportamento (Achenbach & Ruffle, 2000). O modelo ASEBA (Achenbach System of Empirically Based Assessment; Achenbach, 1991; Achenbach & Rescorla, 2000), surge como uma proposta de avaliação sistemática e empiricamente validada que colmata esta necessidade. Esta bateria permite obter informação útil para a complexa tarefa de avaliação e intervenção psicológica com crianças e adolescentes. Inclui os questionários e os perfis de cotação manual por escalas de síndromes e validadas estatisticamente.

Entre 2010 e 2013, foi conduzido um estudo de aferição das versões portuguesas da bateria ASEBA, na Universidade Católica Portuguesa. Este estudo, coordenado pelo Prof. Pedro Dias, contou com a colaboração de uma equipa de investigação constituída por: Prof. Vânia Sousa Lima, Prof. Bárbara César Machado, Prof. Lurdes Veríssimo, Prof. Maria Raul Lobo Xavier (Universidade Católica Portuguesa) e Prof. Miguel Gonçalves (Universidade do Minho). Este estudo culminou no estabelecimento das normas para a população portuguesa, a partir dos dados recolhidos junto da amostra normativa e do grupo clínico.

No âmbito deste estudo, foi, ainda, elaborado em 2014 e em português, o Manual do Sistema de Avaliação Empiricamente Validado (ASEBA) para o Período Pré-Escolar e Escolar.

Período Escolar (6 aos 18 anos) • Questionário de Comportamentos da Criança – CBCL 6 – 18 Relato de problemas e competências através da informação dos pais (ou substitutos).

Descrições de atividades e competências.

112 descrições de comportamentos (problemas).

• Questionário de Comportamentos da Criança – TRF 6 – 18 Relato de problemas e competências através da informação de professores ou outros profissionais educativos.

Descrições de desempenho académico e de outras características da criança.

112 descrições de comportamentos (problemas).

• Questionário de auto-avaliação para jovens – YSR 11-18 Relato de problemas e competências através da informação do adolescente Descrições de atividade social 112 descrições de comportamentos (problemas e atitudes positivas) O Sistema de avaliação Empiricamente Validado (ASEBA) é uma publicação exclusiva do Psiquilibrios.

Saiba mais através de psiquilibrios@gmail.com

Período Pré-escolar (1 ano e meio até 5 anos) • Questionário de Comportamentos da Criança – CBCL 1 1/2 – 5 Relato de problemas e competências através da informação dos pais (ou substitutos).

Descrições de atividades e competências.

Inclui o Questionário de Desenvolvimento da Linguagem – LDS (18-35 meses).

99 descrições de comportamentos (problemas).

• Questionário de Comportamentos da Criança para Educadores – CTRF 1 1/2 – 5 Relato de problemas e competências através da informação de educadores de infância ou outros profissionais educativos

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Destaques

Equipa aumentada O Psiquilibrios continua a crescer e também a nossa equipa.

Temos novos psicólogos especializados, confira:

Dr. João Tiago Oliveira

Dra. Daniela Silva

Dra. Dulce Pinto

Dra. Rita Rodrigues

Doutorado em Psicologia Aplicada – Psicologia Clínica (Universidade do Minho), é atualmente Professor Auxiliar Convidado da Escola de Psicologia da Universidade do Minho. Investigador do Centro de Investigação em Psicologia da mesma Universidade, tem desenvolvido trabalhos no domínio dos processos de mudança em psicoterapia. Tem participado em diversos projetos de investigação nacionais e internacionais e é autor de várias publicações científicas em jornais e livros da especialidade. A sua prática clínica tem-se centrado, maioritariamente, na consulta individual de adultos, com foco nas Perturbações Depressivas e de Ansiedade. É membro efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses.

Doutorada em Psicologia, domínio de conhecimento de Psicologia Vocacional, Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho. Psicóloga especialista em Psicologia Clínica e da Saúde e em Psicologia Educacional com Especialidade avançada em Psicologia Vocacional e do Desenvolvimento da Carreira, reconhecido pela Ordem dos Psicólogos Portugueses. Formadora e investigadora, tendo publicado livros, capítulos de livros e artigos em revistas científicas nacionais e internacionais. Intervenção psicológica educacional e clínica com crianças e adolescentes (ansiedade, necessidades educativas especiais, Dificuldades de aprendizagem). Membro fundador da APDC – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Carreira.

Doutorada em Psicologia Aplicada – Psicologia Clínica pela Universidade do Minho desde 2017, é atualmente Professora Auxiliar Convidada da Escola de Psicologia da Universidade do Minho. Enquanto Investigadora do Centro de Investigação em Psicologia da mesma Universidade desde 2009, tem desenvolvido trabalhos no domínio da relação terapêutica, participando em diversos projetos de investigação e sendo autora e coautora de várias publicações científicas em jornais e livros da especialidade. Participa frequentemente em formações e encontros científicos da área, nas quais tem vindo a realizar diversas comunicações orais e em poster no âmbito dos seus trabalhos. A sua prática clínica tem-se centrado na consulta de crianças e adultos, com foco nas Perturbações Depressivas e de Ansiedade. É membro efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses.

Médica interna de formação específica em psiquiatra da infância e da adolescência (Pedopsiquiatra). Mestre em Medicina pela Nova Medical School – Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa. Formação em Psicoterapia Cognitivo-comportamental. Formação em intervenção e avaliação de Perturbações do Espectro do Autismo. Experiência como líder de grupos de treino parental do programa “Anos Incríveis”, básico (2-8 anos de idade) e grupos de pais de doentes com diagnóstico de PHDA. Especialização em Ciências Médico-Legais pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, em 2016/2017.

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Saber+

Saber+

Dúvidas na escolha vocacional?

A Consulta Psicológica Vocacional pode ajudar.

Parece que foi ontem que o seu filho entrou pela primeira vez na escola e não se sabe bem quem estaria mais nervoso, os pais ou ele. Passados alguns anos, já está no 9º ou no 12º ano e terá de fazer escolhas vocacionais. Muitas questões se colocam e podem ser geradoras de ansiedade, insegurança e dificuldades na tomada de decisão: “E agora, que área devo seguir? O que vou escolher? Será esta opção indicada para as minhas características? O que se faz neste curso ou profissão? …” É certo que o processo de construção de carreira, de maturidade e de tomada de decisão vocacional constrói-se ao longo de todo o ciclo vital, desde os primeiros pensamentos sobre o que fazer no futuro, passando pelas decisões escolares e profissionais, até aos objetivos e escolhas no final da vida. No entanto, nos momentos de transição escolar, por imperativo das exigências curriculares, os jovens são confrontados com a eminência de uma escolha. Desta forma, há aspetos importantes que poderão ajudar nesta tomada de decisão e promover a capacitação dos jovens para outras escolhas pela vida fora. Neste processo é importante o conhecimento de si próprio e das suas caraterísticas identitárias; o seu perfil de valores, competências e interesses; a exploração da realidade e oportunidades a nível escolar e profissional; assim como a ponderação de alternativas de concretização do seu projeto vocacional e de carreira.

Este processo de ajuda guiada ao nível da Consulta Psicológica Vocacional cria segurança e previsibilidade, orienta e clarifica a tomada de decisão, o que se revela fundamental para reduzir o stress e promover o bem-estar emocional do jovem e da família.

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A consulta de desenvolvimento de carreira e aconselhamento

No Psiquilibrios, os pais também são chamados a participar neste processo, não para decidir pelo jovem, mas para se instituírem como figuras de suporte no processo de tomada de decisão, uma vez que os resultados da investigação neste domínio (e.g. Vautero, 2018) sinalizam uma associação positiva entre o apoio parental e a auto-eficácia na tomada de decisões de carreira.

Ana Sofia Melo

Em dezembro de 2018, o Psiquilibrios começou a oferecer um serviço muito procurado por quem pretende explorar, desenvolver e implementar projetos de vida/carreira pessoais, concretos e realistas, desde a adolescência à vida adulta.

A carreira é atualmente concebida como um processo pessoal e social, construído a partir dos significados conferidos às escolhas e às experiências pessoais, académicas e profissionais vivenciadas ao longo da vida. É compreendida como uma construção subjetiva, que incorpora memórias passadas, experiências atuais e aspirações futuras.

A consulta de desenvolvimento de carreira e aconselhamento pretende promover processos de exploração pessoal e do meio que apoiem o planeamento, tomada de decisão e implementação de escolhas dos indivíduos em diferentes momentos e fases de vida.

Como é um processo pessoal, é centrado na pessoa e envolve a procura de informação, a experimentação, e o ensaio em imaginação e a avaliação de si em diferentes ocupações e papéis de vida. Este processo mobiliza uma co-construção em parceria com o/a profissional de psicologia, promovendo a reflexão, um papel ativo do indivíduo e a sua autoconfiança para agir no mundo contemporâneo. São abordados, entre outros aspetos, a tomada de decisão, a adaptabilidade e o questionamento ético na carreira, permitindo o desenho e construção da vida atendendo a significados pessoais e demandas sociais.

Daniela Silva

Número IV, 2019 17

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2 FORMAS PARA MELHORAR A VIDA: Escrever é uma ferramenta terapêutica importante. Permite assumir novas perspectivas onde anteriormente só se via uma e permite “digerir” de forma saudável os acontecimentos negativos que vão marcando presença na vida.

Presencialmente, em Maio, em Lisboa, há um workshop dedicado inteiramente a usar de uma forma narrativa esta técnica.

E, em online, para que possa ter um acesso fácil a qualquer altura e de qualquer lugar, pode descarregar um programa de escrita expressiva.

LIFE DESIGN: Para que possa rever a sua vida actual, afinando-a para uma forma que lhe faça mais sentido e lhe traga maior satisfação, pode aceder a este programa online único e exclusivo, onde irá aprender, a par e passo, a melhor forma de criar mudanças significativas.

10 ESTRATÉGIAS PRÁTICAS PARA GERIR A ANSIEDADE: A ansiedade anda a atrapalhar-lhe a vida? Neste programa online, encontra as 10+1 estratégias mais eficazes para gerir os picos de ansiedade, bem como explicações importantes sobre o ciclo ansioso e as formas de lidar com os diversos tipos de ansiedade.

7 ESTRATÉGIAS PARA A PREOCUPAÇÃO E RUMINAÇÃO: Preocupação ou ruminação? Ambas partilham muitas características comuns e podem ser reduzidas ou eliminadas com estratégias semelhantes. E, como são um eixo central das perturbações ansiosas e depressivas, ao aprender a lidar com estes processos cognitivos, com os exercícios propostos neste programa online irá dar um passo importante para voltar a estar bem.

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Não perca a Psiquilibrios em Revista de julho!

A Psiquilibrios em Revista de julho vai ser especial porque será uma edição comemorativa dos 22 anos do Psiquilibrios. Neste número irá encontrar a entrevista com Leandro Almeida, coordenador científico do Psiquilibrios Edições e Professor Catedrático de Psicologia da Educação no Instituto de Educação da Universidade do Minho; artigos sobre temas de relevo para quem quer estar atualizado, como por exemplo a educação inclusiva, a mudança em psicoterapia, os programas de treino parental Anos Incríveis, etc.

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Diretora

do Psiquilíbrios, Miguel Gonçalves, Sócio Fundador Psiquilibrios Edições autor e coordenador científico do

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