Consertando as redes

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de Janeiro, RJ

Rio

Consertando as redes: Uma análise bíblica sobre a liderança da igreja

Traduzido do original em inglês: Mending the Nets: Rethinking Church Leadership

Copyright © 2024 Phil A. Newton, Rich C. Shadden

Publicado originalmente por Courier Publishing 100 Manly Street Greenville, South Carolina 29601 www.courierpublishing.com

Todos os direitos em língua portuguesa reservados por PRO NOBIS EDITORA, Rua Professor Saldanha 110, Lagoa, Rio de Janeiro-RJ, 22.461-220

1ª edição: 2025

ISBN: 978-65-81489-81-6

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Proibida a reprodução por quaisquer meios, salvo citações breves, com indicação da fonte.

Direção executiva

Judiclay Silva Santos

Conselho editorial

Judiclay Santos

David Bledsoe

Paulo Valle

Gilson Santos

Leandro Peixoto

Supervisão editorial: Cesare Turazzi

Tradução: Mariana Ayres

Preparação e revisão de texto: Gabriel Lago

Capa: Luis de Paula Diagramação: Marcos Jundurian

Nesta obra, as citações bíblicas foram extraídas da Bíblia Almeida Revista e Atualizada (ARA), salvo informação em contrário.

As opiniões representadas nesta obra são de inteira responsabilidade do autor e não necessariamente representam as opiniões e os posicionamentos da Pro Nobis Editora ou de sua equipe editorial.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Newton, Phil A.

Consertando as redes: uma análise bíblica sobre a liderança da igreja/Phil A. Newton, Rich C. Shadden; tradução Mariana Ayres. – Rio de Janeiro: Pro Nobis Editora, 2025.

Título original: Mending the nets.

ISBN 978-65-81489-81-6

1. Bíblia - Ensinamentos 2. Liderança - Aspectos religiosos - Cristianismo 3. Ministério cristão I. Shadden, Rich C. II. Título.

25-289183

Índices para catálogo sistemático:

1. Liderança: Aspectos religiosos : Cristianismo 262.1

Eliete Marques da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9380

contato@pronobiseditora.com.br www.pronobiseditora.com.br

CDD-262.1

“O pastor nem sabia que os diáconos não podiam demiti-lo.” Ouvi essa frase de um pastor amigo meu, menos de uma hora antes de começar a ler este livro. É claro que esse é apenas um capítulo na longa e triste história de uma igreja que agoniza. Você talvez ache cansativo o tema do governo eclesiástico, e pode ser que sua igreja esteja funcionando bem no momento. Mas o dia pode chegar em que sua indiferença a esse assunto contribuirá para o colapso de sua congregação — e poderá custar o seu ministério. Pelo seu bem, pelo bem da sua igreja e pela causa de Cristo, dê atenção à orientação bíblica e testada pelo tempo que Newton e Shadden oferecem.

Benjamin Wright, pastor da Cedar Pointe Baptist Church, Cedar Park, TX

Este livro é uma dádiva de um Deus amoroso, que chega até nós pelas mãos sábias e confiáveis de Phil Newton e Rich Shadden. É um material de valor inestimável para quem deseja uma visão completa do governo da igreja sob uma perspectiva batista. Com seu conteúdo histórico, bíblico e, acima de tudo, prático, este livro é um guia seguro para refletirmos e implementarmos o governo escriturístico em nossas igrejas. Fui profundamente abençoado por esta leitura e, com certeza, será um recurso ao qual retornarei com frequência em busca de sabedoria e direção.

Billy Dalton, pastor de pregação da First Baptist Church, Cedar Key, FL

Há inúmeros livros sobre liderança e estrutura eclesiástica. No entanto, poucos abordam o governo específico das igrejas batistas congregacionais e os padrões nocivos que lhes são peculiares. Menos ainda são os que explicam como conduzir essas igrejas a uma maior fidelidade bíblica. Este livro foi escrito exatamente para essa tarefa, e a cumpre com maestria. Newton e Shadden nos oferecem um guia sábio, claro, bíblico e imensamente prático sobre como as igrejas batistas devem se organizar e por quem devem ser lideradas. Eles nos mostram de onde viemos, onde estamos e nos dão os passos práticos para retornar ao que o Novo Testamento ordena. Todo

pastor precisa ler este livro, especialmente os que servem em igrejas autônomas e congregacionais.

Brian Croft, fundador e diretor executivo do Practical Shepherding

Deus se importa com a forma como sua igreja é organizada e governada. Rich Shadden e Phil Newton escreveram uma obra excelente para equipar líderes e membros com os princípios bíblicos do governo eclesiástico. Ao ler o livro, eu mal podia esperar para compartilhá-lo com meus presbíteros e com os vocacionados em nosso programa de residência pastoral. O livro une um sólido fundamento bíblico sobre o governo da igreja a uma sábia aplicação pastoral para sua implementação. Minha oração é que esta obra seja amplamente lida.

Dave Kiehn, pastor líder da Park Baptist Church, Rock Hill, SC

Hoje em dia, há muitos bons livros sobre a igreja local, mas este é, sem dúvida, o mais completo para quem deseja conduzir uma igreja a uma vida saudável. Newton e Shadden são como técnicos que descomplicam o plano de jogo. Eles atualizam o leitor de forma rápida e precisa sobre as questões passadas e presentes do governo batista e oferecem sólidos conselhos bíblicos para pastorear a igreja com graça em direção à fidelidade. Farei desta uma leitura obrigatória para nossos vocacionados, presbíteros atuais e presbíteros em formação, pois o livro fomenta excelentes discussões para a capacitação de líderes. Sim, essa obra é boa de verdade!

Garrett Conner, pastor Titular da La Plata Baptist Church, La Plata, MD

O governo da igreja é fundamental! Embora para muitos o tema pareça enfadonho ou secundário, o vigor de uma igreja depende diretamente de seus líderes. Em sua bondade, Deus nos deixou na Palavra a orientação necessária para moldar a estrutura de liderança eclesiástica. Phil e Rich aplicam com sabedoria os conselhos

da Bíblia sobre o tema e mostram como integrar esses princípios na igreja contemporânea. A orientação desses dois pensadores profundos e pastores experientes é um legado valioso para os líderes de hoje e do amanhã.

Matt Rogers , pastor da Christ Fellowship Cherrydale, Greenville, SC

Francis Schaeffer escreveu: “A obra do Senhor deve ser feita à maneira do Senhor”. E o Senhor nos mostrou claramente em sua Palavra como lhe aprouve organizar sua obra, a igreja, que é a expressão local da noiva de seu Filho. O plano dele é que a igreja seja liderada por uma pluralidade de homens piedosos e maduros. Contudo, apenas recentemente temos visto um movimento de igrejas que buscam edificar a si mesmas à maneira do Senhor: sob a liderança de presbíteros. Por isso, sou imensamente grato por este livro. Consertando as redes defende de forma acessível e persuasiva por que devemos dar continuidade ao resgate do governo batista histórico, com igrejas lideradas por uma pluralidade de pastores biblicamente qualificados. Há muito tempo adotei uma regra pessoal: “Se Phil Newton escreveu algo sobre a igreja, eu preciso ler”. Fico feliz em estender essa regra a um irmão fiel como Rich Shadden. Phil e Rich são pastores de verdade — homens provados por anos de ministério, cujas vidas acompanho de perto e de longe. Todo pastor sábio dará ouvidos ao que eles têm a dizer sobre todos os assuntos da igreja.

Mitchell W. Kimbrell, PhD , pastor titular da Christ Memorial Church, Williston, VT

Um compromisso inabalável com a autoridade e a suficiência das Escrituras; um profundo entendimento bíblico e histórico do governo da igreja; um dedicar-se à implementação cuidadosa, intencional e graciosa; e o coração e amor de um pastor pela igreja local. Quem pensa em liderar uma igreja na transição para uma pluralidade de presbíteros precisa começar por aqui — e é exatamente

isso que os Drs. Newton e Shadden nos entregam em Consertando as redes. Este livro será um recurso de imenso valor para pastores, líderes e membros que buscam um guia biblicamente fiel, com sólida base histórica, “sensível à congregação” e de aplicação imediata.

Stephen Cavness, pastor da First Baptist Church, Fulton, KY

Ao longo de mais de vinte anos de ministério, conversei com muitos pastores batistas convictos do congregacionalismo liderado por presbíteros e servido por diáconos. No entanto, nessas conversas, quase sempre notei um abismo constante entre o que creem (ortodoxia) e o que praticam (ortopraxia). Por que tantos de nós não vivemos aquilo que professamos crer? Se você precisa fechar essa brecha entre teoria e prática, ou se busca aprimorar e fortalecer o governo de sua igreja, Consertando as redes, de Phil A. Newton e Rich C. Shadden, será seu grande aliado. Esses irmãos experientes e criteriosos o ajudarão a refletir sobre as motivações bíblicas para a mudança e sobre como implementá-la, pela graça de Deus. Eles já trilharam esse caminho e sabem, por experiência própria, o quanto um governo eclesiástico saudável é vital para a igreja. Durante a leitura, me vi aprendendo, concordando em voz alta e sendo corrigido. Este livro será uma peça central no treinamento de nossos presbíteros e diáconos nos próximos anos. Ele também pode ajudá-lo a transpor esse abismo entre ortodoxia e ortopraxia. Permita que Newton e Shadden o guiem em passos práticos e bíblicos para consertar as brechas que temos negligenciado, a fim de que nossas redes se encham até transbordar, e a Palavra de Deus continue a crescer, multiplicando-se grandemente o número de discípulos (cf. At 6.7), como na igreja primitiva.

Travis Cardwell, pastor líder da University Park Baptist Church, Houston, TX

Cristo ama a igreja. Ele a comprou com seu próprio sangue e nos chama para cuidarmos dela com o mesmo amor. Como pastores, nosso desejo é que nenhum membro se perca pelo caminho, mas que possamos apresentar todos perfeitos em Cristo. Em Consertando as redes, Phil Newton e Rich Shadden, com a sabedoria de anos de experiência pastoral, nos ajudam, como pastores e igrejas, a cuidar da igreja de Deus. Leia este livro para ser desafiado, encorajado e equipado a fim de liderar de maneira bíblica e amorosa.

Zach Schlegel , pastor da First Baptist Church, Upper Marlboro, MD

Sumário

1. O que são sistemas de governo?

— Phil A. Newton .............................................. 33

2. Batistas do passado até o presente

— Phil A. Newton .............................................. 53

3. O que uma igreja procura em presbíteros?

— Phil A. Newton .............................................. 69

4. Um cargo, vários homens, diversos dons

— Rich C. Shadden ............................................ 93

5. O que os presbíteros fazem?

Ou: Por que não precisamos confundir presbíteros e diáconos

— Phil A. Newton .............................................. 113

6. Como os presbíteros trabalham juntos

— Rich C. Shadden ............................................ 131

7. Presbíteros e diáconos em parceria

— Rich C. Shadden ............................................ 143

8. Como fazer a transição para a pluralidade de presbíteros?

— Phil A. Newton .............................................. 159

Apêndices

A. Ficha para indicação ao presbitério ................ 183

B. Questionário para candidatos ao presbitério . 185

C. Pauta de reuniões do presbitério .................... 189

D. Sugestão de culto para a ordenação de novos presbíteros ............................................ 193

E. Documentos sugeridos sobre sistema de governo da igreja ........................... 199

Bibliografia selecionada ......................................... 225

Dedico ao meu irmão Joey Newton: sangue do meu sangue em Cristo, conselheiro fiel, companheiro encorajador, coparticipante da esperança que só há em Jesus.

Dedico ao meu pai, Richard Shadden (1943-2021): irmão em Cristo, um marido fiel para a minha mãe, pai amoroso, diácono humilde, cuja fé agora vê o cumprimento das promessas invisíveis.

Agradecimentos

Este é o segundo livro que escrevemos juntos abordando áreas do ministério pastoral.1 Isso parece apropriado para um livro focado em promover uma visão da liderança bíblica da igreja que enfatiza a liderança compartilhada. Beneficiamo-nos com a liderança compartilhada, mas também trilhamos o caminho mais solitário no ministério pastoral. Muitos de nossos irmãos batistas serviram fielmente por anos como o único pastor da própria igreja. Alguns continuaram no ministério e outros se esgotaram. Entendemos o desgaste do ministério pastoral, especialmente quando os pastores conduzem sozinhos. Nós dois nos beneficiamos de servir ao lado de presbíteros fiéis. Sim, o ministério pastoral continua árduo mesmo quando servimos juntos. Ainda assim, como é encorajador, revigorante e sustentável trabalhar junto de colegas

1 Cf. Phil A. Newton, Rich C. Shadden, Pastoreando pastores: As bênçãos e os desafios da mentoria pastoral (Rio de Janeiro, RJ: Pro Nobis, 2024). (N. E.)

para pastorear o povo de Deus. Esperamos que este livro incentive os leitores a dar uma nova olhada no que as Escrituras ensinam sobre a liderança bíblica da igreja e a colher os benefícios de trabalhar com fidelidade no sistema de governo de sua igreja para esse fim.

Este livro não teria se concretizado sem o incentivo inicial e contínuo de Evan Knies, da Courier Publishing. Obrigado, irmão, por iniciar este projeto e nos encorajar ao longo do caminho. E obrigado a você e seus colegas presbíteros por fornecerem um ambiente maravilhoso na North Hills Church em West Monroe, LA, para ensinar convicções bíblicas sobre a liderança plural de presbíteros. Amamos seu coração inclinado para pastores. Além disso, somos gratos a Jeff Robinson e à equipe da Courier Publishing, que tornaram este livro possível. Jeff, seu amor pela igreja é contagiante. Seus esforços fiéis para colocar livros biblicamente fundamentados nas mãos de pastores darão muitos frutos. Somos gratos a dois queridos amigos, Alex Duke e Lauren Spano, cuja edição melhorou, esclareceu e aprimorou este livro.

Somos gratos pelas amizades pastorais. Quatro pastores que eu (Phil) tenho em alta estima gentilmente nos permitiram reimprimir a declaração do sistema de governo de suas igrejas sobre a pluralidade de presbíteros. Obrigado, Matt Smethurst (River City Baptist Church, Richmond, VA), Dave Kiehn (Park Baptist Church, Rock Hill, SC), David King (Concord Baptist Church, Chattanooga, TN) e Garrett Conner (LaPlata Baptist Church, LaPlata, MD), por sua amizade e generosidade. Rich e eu também temos uma comunhão calorosa de pastores locais fiéis na área

de Memphis, de quem estamos constantemente recebendo encorajamento e aprimoramento para o ministério pastoral. Obrigado, irmãos. Este livro foi aperfeiçoado por seus sábios conselhos e exemplo fiel.

Somos especialmente gratos aos nossos colaboradores no ministério que pastorearam o povo de Deus conosco.

Vocês fizeram da pluralidade de presbíteros uma experiência alegre. Sua parceria no evangelho é fundamental para o nosso entusiasmo em escrever este livro.

Eu (Rich) quero agradecer a Phil. Quinze anos atrás, Deus graciosamente o colocou em meu caminho (ou talvez eu tenha caído no seu!). No entanto, a providência de Deus é doce. Sua influência aprimorou a trajetória do meu ministério pastoral. Como um pastor fiel para mim, você constantemente tem me exortado a olhar para Cristo como meu amado Salvador. Sou grato por poder chamá-lo de amigo.

(De Rich) Kristy, seja eu o único pastor ou apenas um entre uma pluralidade de pastores, você sempre me encorajou, orou por mim, me ouviu e me aconselhou. Sua alegria no Senhor permeia nossa casa. Eu te amo profundamente como o presente especial de Deus para mim.

Eu (Phil) sou grato por fazer parceria com meu querido irmão e amigo Rich, ao embarcarmos em outro livro com o objetivo de servir à igreja. Observar seu crescimento na graça e no ministério pastoral, e como servo das igrejas, me dá muita alegria. Continue assim!

(De Phil) Mais uma vez, Karen me incentivou, me ajudou a esclarecer e simplificar ideias, leu páginas de rascunhos, orou por mim e me inspirou com seus bons

Agradecimentos

esclarecimentos e crescente caminhada com Cristo. Ela continua ouvindo com interesse minhas reflexões sobre o ministério pastoral, agora há 48 anos, o que recebo com gratidão como o gentil presente do Senhor para mim. Eu te amo, Karen! Sou grato por minha filha Kelly Newton Moore ter feito um belo trabalho com uma ilustração visual do fruto do Espírito e do caráter dos presbíteros. Conciliar isso com sua agenda é um presente gentil para seu pai. Obrigado, Kelly!

Prefácio à edição em português

Este livro caiu em minhas mãos pela primeira vez em 2024. Phil Newton, um dos autores, veio para o Rio de Janeiro com o intuito de falar na Primeira Conferência Pro Nobis de Pastores. Ele me deu uma cópia pessoal da edição em inglês. Eu li a maior parte de seu conteúdo antes de ele ir embora. Além de pensar em como ajudar os outros com o que aprendi, cresceu em meu coração a convicção de que a Pro Nobis deveria publicar este excelente tratado em português. Deixe-me explicar o porquê. O livro tem como objetivo convencer, motivar e guiar um pastor a mover a igreja sob seu cuidado para uma “estrutura bíblica específica” . 2 Eu parafraseio esse modelo como congregacionalismo responsável e funcional. Sua configuração depende da compreensão e prática destes componentes: (1) governo congregacional; (2) uma pluralidade de pastores; (3) diáconos; e (4) documentação eclesial.

2 Citações em itálico indicam as palavras dos autores deste livro.

Sintetizo-os a fim de trazer luz sobre a sua inter-relação e a sabedoria do ideal eclesial proposto.

A premissa começa com a igreja local como “a autoridade final”, uma vez que ela é a portadora das chaves do reino. Os membros reunidos chancelam as decisões que afetam a vida, a missão e o futuro do corpo. Em segundo lugar, a membresia elege seus pastores. Esses homens “nutrem o rebanho, o lideram, cuidam dele e o protegem”, 3 conduzindo-o no desempenho de sua autoridade concedida por Cristo. Terceiro, a congregação seleciona seus diáconos e os autoriza para atender às necessidades temporais que surgem entre os membros. Através do seu empenho e de sua organização de ministérios que envolvem outros crentes, o corpo coloca em prática o comando: “Levai as cargas uns dos outros” (Gl 6.2).

Finalmente, os pastores lideram na elaboração ou, quando necessário, na modificação das chamadas “crenças, compromissos, e protocolos”4 como símbolos e referências para sua congregação. Embora não exista nenhum capítulo sobre confissões de fé, pactos eclesiais, estatutos e regimentos internos, os autores salientam ao longo do livro sua importância e sabedoria em ajudar a igreja a andar de acordo com a Palavra de Deus. Esses documentos também lembram aos membros como permanecer no caminho que as gerações anteriores de cristãos forjaram para eles.

3 Tomo a liberdade de parafrasear essas quatro áreas que os autores apontam.

4 David Bledsoe, Igreja regenerada , 2ª ed. (São José dos Campos: Fiel, 2024), p. 416.

No entanto, a maioria das igrejas se contenta com versões menores5 em sua governança. Com efeito, elas nunca atingem o seu pleno potencial. Tomo a liberdade de mencionar algumas concessões eclesiais, que provavelmente invocarão na mente dos leitores suas experiências pessoais e nomes de igrejas e personagens.

1. Visões equivocadas do congregacionalismo

Existe uma tríade dos exageros confundidos com o governo congregacional que devem ser evitados. Primeiro, a visão congregacional de governo é equivalente à democracia pura no sentido de que cada detalhe, não importa quão minúsculo seja, precisa de um voto pela membresia. Tal configuração, com razão, frustra tanto o pastor quanto os membros. Em segundo lugar, o congregacionalismo é usado como desculpa para delegar a autoridade da igreja à equipe pastoral ou à diretoria. Essas distorções, porém, retiram as obrigações e privilégios dos membros. Além disso, a configuração se compõe de indivíduos não apropriados para exercer tais funções pela membresia. Terceiro, a ideia que a igreja local governa a si mesma sugere que uma igreja é totalmente independente e pode fazer o que quiser. Sim, ela é autônoma, no sentido de que não há um corpo civil ou eclesial sobre ela. Mesmo assim, sua cabeça é Cristo, seu manual é a Palavra de Deus, e seu pastores prestarão contas a Deus pelo rebanho e, ao mesmo tempo, se submetem

5 Os autores concordariam com minhas descrições, pois eles destacaram alguns dos mesmos casos. À luz disso, os cenários são mais comuns do que se imagina.

ao discipulado da congregação. Além do mais, todos os membros correspondem aos magistrados civis em todas as questões que não contrariam as leis de Cristo. Assim, a autonomia da igreja não justifica decisões imprudentes e práticas contrárias às normas neotestamentárias.

2.

Modelos pastorais menores

Três modelos concorrentes parecem substituir o ideal bíblico de múltiplos pastores que “trabalham juntos” na pregação da Palavra, cuidando dos membros, liderando a igreja e supervisionando os assuntos do rebanho. Primeiro, o pastor que serve como homem forte, ou melhor, o pastor chefão. A igreja espera que ele tome as decisões e dê aos membros detalhes sobre o que necessita ser implementado e como tudo deve ser feito. Garante que um pregador, tão bom quanto ele, está no púlpito quando ele está fora. Enquanto a igreja pode ter outros pastores, tanto esses homens quanto os demais membros sabem quem manda. O segundo modelo cai no lado oposto do espectro. Eu o chamo de pastor colaborador. O papel do pastor centra-se na gestão da igreja de acordo com a pauta estabelecida pela diretoria, pelo corpo diaconal, pelos principais líderes informais e/ou pela denominação. O terceiro modelo é o pastor-capelão. Seu papel é visto mais como aquele que visita os membros e afirma o valor deles nos cultos dominicais. Além disso, ele aparece em festas de aniversário e conduz a dedicação de bebês, os casamentos e os funerais. Cada modelo tem um aspecto louvável, todavia em detrimento de outras esperadas funções pastorais e dinâmicas congregacionais.

3. Subutilização ou uso excessivo de diáconos

As igrejas parecem estar em oito ou oitenta a respeito do diaconato. Resumem-se esses extremos em três. Primeiro, algumas igrejas não têm diáconos. É curioso quando a membresia atesta que a Bíblia é a sua única regra de fé e prática sem esses servos em seu meio. Segundo, outras igrejas possuem diáconos; contudo, seu cargo é simbólico. É um paradoxo, uma vez que o relato bíblico revela que os diáconos eram ativos no corpo e em prol da igreja local. Parece que, nos primeiros dois casos, as funções do diaconato foram assumidas por pessoas assalariadas — funcionários ou staff — e equipes voluntárias de membros. Por último, ainda há igrejas onde os papéis do seu corpo diaconal vão muito além daquele descrito nas Escrituras Sagradas, por coincidirem com os do pastor. Com efeito, as funções e a autoridade reservada aos pastores é compartilhada ou subvertida pelo exagero dos diáconos, que se tornam “presbíteros híbridos” .

4. Documentos eclesiais irrelevantes — ou nenhum documento sequer

O que é importante para a igreja, quanto às suas crenças, compromissos e como tomar decisões, merece ser escrito. Dito isso, pouca atenção é dada à sua declaração de fé, pacto de membresia, estatuto e regimento interno. Mais uma vez, a maioria das igrejas parece se encaixar em uma dessas três situações. Primeiro, há igrejas que não têm uma confissão de fé subscrita formalmente e outros símbolos já citados. Esse caso é o mais perigoso de todos, pois expõe os cristãos a cada vento de doutrina e

moda que surge. Em segundo lugar, as congregações têm a maioria desses documentos que herdaram, mas estes possuem pouca relevância para os pastores e membros. Esse cenário não é muito melhor do que o primeiro. Em terceiro lugar, os documentos carecem de clareza, e, pior ainda, certas partes entram em conflito com outras documentações eclesiais e com as próprias Escrituras. Para um leitor que percebe que sua congregação está em uma dessas circunstâncias, que este livro seja um aviso para sua igreja. A confessionalidade, os compromissos pactuados e as decisões apropriadas não acontecem automaticamente, mas precisam ser adotados e cultivados com regularidade. Felizmente, tanto Phil quanto Rich oferecem ao seu público-alvo convicções bíblicas, bom senso e pensamento claro em relação aos quatros componentes nesse ideal congregacional. Eles esperam, como no caso de sua própria formação eclesial e de sua experiência pastoral, que existam versões menores na mente de seus leitores e em suas respectivas igrejas. Enquanto os benefícios divinos são realizados através das estruturas existentes, as “redes” da igreja precisam ser “remendadas” para que os pastores, diáconos e demais membros possam usufruir mais de seus respectivos empenhos. Como uma nota adicional, eu aprecio a forma como os autores escreveram este tratado. Ambos espalharam declarações concisas e precisas que facilitam o entendimento de seus leitores. Só quem domina o assunto possui essa habilidade.

O que os pastores Phil e Rich propõem exigirá oração, convicção, esforço e paciência, especialmente da parte dos

demais pastores. Alguns membros expressarão opiniões contrárias sobre a necessidade dos ajustes bíblicos quando tudo parecer ir bem. Além disso, incertezas surgirão por entrar em territórios inexplorados. No entanto, os pastores não se arrependerão da experiência à luz da eternidade e do amor de Cristo pela igreja.

Fraternalmente em Cristo Jesus.

David Bledsoe, missionário no Brasil, desde 1999, da International Mission Board da Convenção

Batista do Sul, e membro do conselho editorial da Pro Nobis. O Dr. Bledsoe leciona em conferências e seminários, incluindo o Seminário Teológico

Batista do Sul, sediado no Rio de Janeiro. Entre seus livros publicados, os mais recentes são Igreja regenerada (Editora Fiel) e Zacharias C. Taylor: A tocha do evangelho no Brasil (Pro Nobis).

Prefácio original

Em agosto de 1975, minha (Phil aqui) noiva e agora esposa, Karen, me levou até um pântano em sua cidade natal na costa do Alabama, onde embarquei no JohnEric, um barco de pesca de camarão com destino ao Golfo do México para uma semana de pesca de arrasto. Eu nunca havia entrado em um barco assim, especialmente um com casco de aço de 27 metros para pescar 24 horas por dia. Com seu gerador ligado e luzes acesas, o barco quase parecia uma quadra de tênis iluminada à noite. Sua pequena tripulação se preparava ativamente para o que estava por vir. O barco tinha tudo de que precisava: redes enormes de 18 metros de comprimento presas em placas de arrasto para abri-las como bocas enormes quando lançadas no Golfo, um guincho poderoso para puxá-las quando cheias, toneladas de gelo armazenadas no casco do barco para resfriar a pesca, comida e água para a tripulação, e tripulantes habilidosos para acompanhar o ritmo repetitivo da pesca no Golfo. Contudo, havia um problema que poderia frustrar a captura e custar recursos valiosos

destinados a essa “colheita das águas”. Na viagem anterior, dentes afiados de criaturas marinhas deixaram buracos gigantes nas enormes redes. Embora tivéssemos todas as coisas necessárias para uma grande pesca a bordo, o barco não estaria pronto até que as redes fossem consertadas. Só depois de várias horas examinando cada centímetro quadrado delas, e de serem remendadas com paciência e cuidado, elas estavam prontas para serem lançadas ao mar, a fim de cumprir o propósito do barco e da tripulação.

Parece que muitas igrejas se encontram em posição semelhante. Com recursos suficientes para realizar o trabalho de discipulado — bons professores, pastores fiéis, pessoas com corações ensináveis e uma congregação disposta —, perdem muito do que poderiam realizar por causa de buracos enormes. Neste caso, os buracos existem na estrutura de liderança. A menos que as redes sejam consertadas, os trabalhos e a eficácia da igreja serão prejudicados. Bons recursos para a obra do evangelho e para fazer discípulos serão desperdiçados sem uma liderança eficaz que capacite, treine, pastoreie e conduza a congregação.

“Consertar as redes” serve de metáfora para o que temos em mente ao repensar a estrutura de liderança da igreja local. A maioria das igrejas tem os recursos necessários para discipular seus membros de forma eficaz e fazer discípulos por meio de sua missão. Todavia, como as redes rasgadas, as estruturas de liderança geralmente têm muitos buracos, impedindo que isso aconteça. As redes precisam ser consertadas. A estrutura de liderança deve retornar ao ensino da Bíblia para se renovar e se remodelar visando a eficácia.

A primeira coisa que aprendi a fazer como membro da tripulação do JohnEric foi consertar redes. Outras coisas podiam esperar. Elas precisavam estar prontas para a missão do barco. Demorei um pouco para entender, porém logo me juntei ao trabalho de tecer as redes rasgadas para serem úteis mais uma vez.

Como você conserta as redes da estrutura de liderança de uma igreja local? Essa é uma pergunta que esperamos responder neste livro. Queremos ajudar as igrejas locais, especialmente as igrejas batistas, das quais ambos fizemos parte por toda a vida, a repensar suas estruturas de liderança para assegurar que reflitam o ensino bíblico. Esperamos garantir que elas façam o melhor uso dos recursos dados por Deus na igreja local para discipular membros e fazer discípulos na comunidade e nas nações.

Precisamos mesmo de outro livro sobre estruturas de liderança da igreja? Já lemos alguns bons livros sobre governo eclesiástico, estruturas de liderança e pluralidade na liderança. Incluímos alguns em nossa bibliografia selecionada. Não obstante, queríamos escrever um volume conciso especialmente para igrejas e pastores batistas. Acreditamos que outras tradições evangélicas se beneficiarão do que reunimos. Alguns dos livros sobre liderança da igreja que lemos contêm um excelente material sobre qualificações e competências para líderes plurais, mas carecem do componente essencial do congregacionalismo que prezamos como batistas. Eu (Phil) tive uma conversa com Gene Getz, o qual escreveu o longo volume Pastores e líderes. Eu lhe disse o quanto apreciei sua obra, porém reconheci que sua perspectiva e prática de governo por

presbíteros não funcionariam bem em nosso contexto batista. Isso não significa que não podemos aprender com seu livro ou outros que assumam posições diferentes. Contudo, batistas e sistemas de governo presbiterianos nem sempre se misturam muito bem.

Este livro procura apresentar um modelo específico no qual a congregação é a autoridade final, mesmo quando uma igreja é liderada por pastores/presbíteros e auxiliada por diáconos. Em suma, este livro defende o congregacionalismo liderado por presbíteros e diáconos. Infelizmente, alguns têm dificuldade de enxergar como essa estrutura bíblica funciona na prática. Esperamos que você veja com clareza o seu funcionamento.

Rich serve a uma congregação Batista do Sul em Memphis, há quase 13 anos como pastor principal. Ele cresceu numa igreja tradicional Batista do Sul que moldou sua vida espiritual. Phil pastoreou quatro congregações

Batistas do Sul; as três primeiras tinham estruturas tradicionais de conselho pastoral e diaconal. A quarta — uma igreja que ele plantou em Memphis e pastoreou por 35 anos — fez a transição para a pluralidade de presbíteros em seu quinto ano. Muitas de suas observações surgiram desse extenso histórico na vida de uma igreja batista.

Abordamos o assunto da liderança bíblica da igreja considerando primeiro o que significa um sistema de governo eclesiástico (capítulo 1). Em seguida, no capítulo 2, damos uma olhada bastante reveladora no sistema batista dos últimos cem anos; isso nos ajuda a ver por que estamos onde estamos e, talvez, como podemos recuperar o padrão anterior no governo da igreja batista. Quando as igrejas

procuram homens para servir como líderes espirituais, o caráter deve estar no topo da lista, então o capítulo 3 examina os seis Cs do ofício de pastor/presbítero. Depois, nos capítulos 4 a 7, nos aprofundamos nos detalhes de como a pluralidade de presbíteros se encaixa em uma igreja congregacional, o que inclui o modo como presbíteros e diáconos trabalham juntos. O capítulo 8 oferece conselhos sobre como a igreja pode fazer a transição para a liderança plural. Por fim, os apêndices fornecem amplos recursos para estudo mais aprofundado: uma bibliografia selecionada, um formulário de indicação de presbíteros, um questionário para presbíteros, um exemplo de culto de ordenação de presbíteros, um exemplo de agenda de reunião de presbíteros e quatro exemplos de sistemas de liderança de igrejas batistas.

Acreditamos que você achará úteis estes recursos. Adicionamos algumas notas de rodapé para direcioná-lo a mais materiais conforme você busca liderar sua igreja em direção a uma governança fiel e bíblica. Claro, buscamos ser leais à Bíblia em nossas conclusões, mas você terá de julgar nosso trabalho a partir de seu próprio estudo da Palavra de Deus. Que o Senhor nos capacite a depender dele enquanto servimos sua igreja com fidelidade e integridade.

O que são sistemas de governo?

Toda congregação é composta de líderes e membros. Ambos têm posições-chave na adoração, ministério, crescimento e missão da igreja. Os membros tendem a se concentrar nos aspectos práticos do ministério diário. Os líderes tendem a encorajar, treinar e exemplificar qualidades de membros saudáveis. Os membros precisam de líderes para capacitá-los e servir-lhes de modelo. Os líderes precisam de membros para responsabilizá-los e para se envolverem na vida da igreja. Bons líderes devem primeiro ser bons membros. Bons membros encorajam bons líderes. Bons líderes discipulam futuros membros; líderes ruins distanciam os membros daquilo que são capazes de ser e fazer.1

1 Veja Richard Langer e Joanne J. Jung, The Call to Follow: Hearing Jesus in a Culture Obsessed with Leadership (Wheaton, IL: Crossway, 2022), para uma análise ponderada e perspicaz sobre o que significa ser um membro.

O que são sistemas de governo?

Por que dedicar tempo em pensar sobre o sistema de liderança? Porque Cristo designou líderes específicos sobre cada congregação que a pastoreiam e lideram. Ele não é vago ou descuidado sobre aquilo que planeja e exige para os líderes de sua igreja. A maneira como esses papéis são estruturados constitui o sistema de governo de uma igreja.

E o que é o sistema de governo da igreja? Talvez seja estranho perguntar a alguém que está lendo um livro sobre o assunto. Mas faço essa pergunta porque nem todos os batistas, inclusive aqueles que se consideram interessados em questões de eclesiologia, compreendem os sistemas bíblicos de governo da igreja. Deparei com essa realidade durante meu último ano na faculdade. Minha professora de inglês dava uma aula de escrita criativa. Ela era membro ativo de uma notável igreja batista perto da minha faculdade. Era rigorosa na avaliação, especialmente com os “jovens pregadores”, porque sabia que precisávamos aprender a nos comunicar. Em um trabalho importante, abordei o assunto do governo eclesiástico bíblico. Quando o recebi de volta, “governo” estava circulado e, em tinta vermelha, a palavra “liderança” estava espalhada pelas margens. Ela achou que eu tinha escrito a palavra errada. Deu-me grande alegria, admito com vergonha, levar o trabalho até ela e explicar o significado e o uso corretos de “sistema de governo”. Se uma professora universitária de inglês que é ativa em sua igreja batista local não sabia o que “sistema de governo” significava, então é justo presumir que muitos outros membros, até mesmo líderes, podem não estar familiarizados com o termo. Não é que eles não tenham governos eclesiásticos; quase com certeza o possuem.

Entretanto, podem não entender como esta precisa ser uma parte intencional da vida da igreja.

Simplificando, “sistema de governo” se refere à maneira como uma igreja é conduzida. Mais especificamente, trata-se de como a autoridade é exercida em uma igreja. Este como inevitavelmente leva a perguntas sobre quem exerce essa autoridade. Tendo em vista que o sistema de governo de uma igreja não leva ninguém ao reino, conversas sobre ela podem parecer sem importância. No entanto, como Jonathan Leeman explica com ironia, “As pessoas insistem que não vale a pena debater, depois ficam frustradas quando você questiona o sistema de governo delas”.2 Mesmo que muitas pessoas da igreja não usem o termo “governo”, elas têm em mente algum processo pelo qual sua igreja exerce a governança. Um amigo pastor certa vez me convidou para pregar numa conferência de quatro dias sobre a igreja. Em um sermão sobre Mateus 18, expus os méritos da membresia da igreja, porém me surpreendi com a expressão no rosto das pessoas. Depois, meu amigo admitiu: “Esqueci de te dizer: nós não temos membros. O homem que começou a igreja era contra a membresia, e eu não consegui convencê-los de que precisamos de membros”. Perguntei-lhe: “Então, como vocês disciplinam os membros se não têm membros? Como exigem que os membros cuidem uns dos outros se não há membresia?”. Ele concordou, porém a igreja permaneceu sem membros.

2 Jonathan Leeman, Don’t Fire Your Church Members: The Case for Congregationalism (Nashville: B&H Academic, 2016), p. vii.

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O ministério da Pro Nobis tem por alvo especial ajudar os batistas brasileiros na missão de edificar a igreja e anunciar o Evangelho ao mundo. Para tanto, o conhecimento de suas raízes históricas e herança teológica é fundamental. Existem excelentes editoras evangélicas no Brasil, com as quais juntamos forças nesse trabalho de servir ao povo de Deus.

Mas por que Pro Nobis? Trata-se de uma expressão em latim que significa POR NÓS. Na tradição cristã, essa expressão se relaciona com a obra de Jesus Cristo em nosso favor. A cruz é o símbolo maior e mais sublime da fé cristã, o coração do Evangelho. O Deus Trino fez uma aliança de redenção em favor de seu povo eleito, salvo pelo sangue do Cordeiro. Nosso alvo é edificar a igreja para que ela prossiga na missão de proclamar “o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo” (Ef 3.8).

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