Revista Carnaval de Torres Vedras 2016

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FIGURA S & FIGUROE S TEMA 2016

Carnaval de Torres Vedras

ORGANIZAÇÃO:

PRODUÇÃO:

COM O APOIO:

APOIO:



CARNAVAL DE TORRES VEDRAS Manda a tradição que a cidade por altura deste grande acontecimento seja “tomada” tanto pelos torrienses como por aqueles que nos visitam, sempre com um enorme espírito de folia. Este grande “Reino” é entregue entre os dias 5 e 10 de fevereiro a suas majestades os Reis do Carnaval de Torres. A sua maior responsabilidade é ordenar que todos os foliões se divirtam e disfrutem deste belo período festivo. O Carnaval é portanto um evento de todos e para todos. A maior prova disso é o seu programa, que consegue estar direcionado para pessoas de todas as idades. A alegria é contagiante e quem nos visita pela primeira vez quer certamente regressar. Desde a inauguração do monumento, ao enterro do entrudo, existem muitos momentos de animação que nos marcam e diferenciam. Falo-vos por exemplo da visita da Comitiva Real do Carnaval a Lisboa, do corso escolar, dos corsos diurnos e noturnos ou do Baile de Máscaras Tradição, das praças com animação, dos bares e discotecas, do comércio local e da restauração que ganham uma nova vida. Deixo também uma palavra a todas as pessoas que direta ou indiretamente estão envolvidas no Carnaval, aos habitantes e comerciantes locais, às empresas criativas que produzem excelentes obras de arte, aos grupos de mascarados e às mais variadas associações carnavalescas que transmitem esta nossa tradição que há muitos anos está enraizada na identidade cultural e social da cidade e dos torrienses. Uma palavra de apreço também para as forças de segurança e de proteção civil e para o importante trabalho que realizam, bem como para todos aqueles que de uma forma anónima preparam este grande evento ao nível promocional, administrativo, técnico e operacional (montagens e desmontagens), contribuindo para o reforço da imagem de marca da nossa Cidade e do nosso Concelho. Todos juntos fazem deste “o Carnaval Mais Português de Portugal”, há 93 anos! Este ano com a particularidade de lançar a primeira “Figura” do futuro Centro de Artes do Carnaval, no espaço do antigo Matadouro Municipal. Viva o Carnaval… Com muita intensidade junto de suas majestades os Reis do Carnaval! O presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras

Carlos Manuel Antunes Bernardes


PROGRAMA 05 FEVEREIRO | SEXTA-FEIRA 9h30 Corso Escolar | centro da cidade* 22h00 Chegada dos Reis do Carnaval [estação de comboios] 22h30 Dj’s Carnaval I Palco 1 | Praça Machado Santos Palco 2 | Jardim de Santiago 04h00 Encerramento dos Palcos

06 FEVEREIRO | SÁBADO 21h00 Corso Noturno | Concurso Grupos Mascarados, Tó'Candar [centro da cidade*] 22h30 Dj’s Carnaval II Palco 1 | Praça Machado Santos Palco 2 | Jardim de Santiago Palco 3 | Mercado Municipal 03h00 Abertura de portas do recinto 04h00 Encerramento dos Palcos ENTRADA CORSO: 07 FEVEREIRO | DOMINGO 14h00 Portugal em Festa // SIC [Avenida 5 de Outubro] 14h30 Corso Diurno – Tó'Candar [centro da cidade*] 22h30 Dj’s Carnaval III Palco 1 | Praça Machado Santos Palco 2 | Jardim de Santiago 04h00 Encerramento dos Palcos

ENTRADA GRATUITA ATÉ AOS 9

LIVRE TRÂNSITO (até 5 f

4 CORSOS: SÁBADO+DOMINGO+SEGU

LIVRE TRÂNSITO (6 e 7 f

4 CORSOS: SÁBADO+DOMINGO+SEGU

08 FEVEREIRO | SEGUNDA-FEIRA 14h30 Baile Máscaras Tradição [Expotorres | Pavilhão Multiusos] 21h00 Corso Trapalhão, Tó'Candar [centro da cidade*] 22h30 Dj’s Carnaval IV Palco 1 | Praça Machado Santos Palco 2 | Jardim de Santiago Palco 3 | Mercado Municipal 23h00 Concurso Matrafonas [Av. 5 Outubro] 03h00 Abertura de portas do recinto 04h00 Encerramento dos Palcos 09 FEVEREIRO | TERÇA-FEIRA 14h30 Corso Diurno – Tó'Candar [centro da cidade*] 19h00 Abertura de portas do recinto 10 FEVEREIRO | QUARTA-FEIRA 21h00 Enterro do Entrudo c/ Fogo de artifício [Praça da República ao Tribunal] * Centro da cidade: Rua Henriques Nogueira | Av.5 Outubro | Rua Santos Bernardes | Rua Augusto José Lopes Júnior Horários do recinto: sábado das 16h00 às 3h00 | segunda das 19h00 às 3h00 | domingo e terça das 11h00 às 19h00

FICHA TÉCNICA REALIZAÇÃO // PRODUÇÃO: Câmara Municipal de Torres Vedras // Promotorres EM // Real Confraria do Carnaval de Torres Vedras IMPRESSÃO: Grafivedras


: €5

9 ANOS

fev.):

€10

fev.):

€15

UNDA+TERÇA

UNDA+TERÇA




ór ico t is H o t n e m a r d a u q En Histór ia As origens de uma tradição antiga Já no século XIII, nomeadamente no reinado de D. Afonso III, se festejava o Entrudo em Por tugal, do latim introitus, “entrada”, referindo-se ao período de três dias que precedia a entrada na Quaresma. Tratava-se de uma festa popular resultante de compor tamentos espontâneos onde se lançavam pelas ruas baldes de água, ovos, laranjas, farelos entre outros produtos. No século XVI, atesta-se também a utilização do termo Carnaval, evocando as festas romanas então recuperadas pelo Cristianismo, que começavam no dia de Reis (Epifania) e terminavam na quar ta-feira de cinzas, vésperas da Quaresma. A sua origem parece advir do latim medieval carnelevāre, véspera de quar ta-feira de cinzas, dia em que se inicia(va) “a abstenção da carne”. Uma alusão ao dia em que, anualmente, o sacerdote colocava as cinzas resultantes da queima das palmas bentas do ano anterior sobre a cabeça dos fiéis... idênticas às cinzas que resultariam da queima do Entrudo, o Carnaval personificado, num rito purificador de retorno à ordem social e religiosa quotidiana. As mesmas cinzas a que seria votado, mais tarde, o rei do Carnaval, aquele que melhor encarna o espírito carnavalesco.



ór ico t is H o t n e m a r d a u q En Neste período, de inversão das regras do mundo, a máscara, a mesma máscara usada no teatro grego, era um elemento obrigatório, símbolo da transformação de quem a usava em outra pessoa, de personna, termo latino para máscara. Com o mesmo sentido se estendeu aos restantes disfarces, de que são exemplo as matrafonas, testemunhos da inversão da ordem social e de quebra do interdito, sobretudo religioso. De tudo isto bebeu o carnaval torriense, hoje como ontem desenvolvido na rua, com os seus cor tejos, com as batalhas das flores em vez das laranjadas, por vezes violentas. Um tempo de excessos também na comida, através de alimentos gordos e flatulentos que liber tariam gases pestilentos e sonoros, substituídos modernamente pelas bombas de mau cheiro. A República domesticaria estes costumes espontâneos numa festa de rua organizada, dado o seu caráter profano. Assim se entende a popularidade do primeiro grande Carnaval de rua organizado em Torres Vedras, pela mão dos republicanos, que substituíram a procissão das cinzas pelo enterro do Entrudo, logo em 1912. Emergia uma nova festa cívica, porque inver tia a ordem vigente, por extensão a ordem anticlerical. Como muitas outras, o carnaval afirmou-se, na primeira República, como uma festa de substituição, também ela de cariz republicano, democrática, substituindo, em par te, uma festa religiosa, pelo que não tardaria que, a par tir de 1923, o carnaval passasse a ser uma cerimónia de rua, com organização continuada. Carlos Guardado da Silva, janeiro de 2012 in Revista Torres Vedras nº06



Car r os A le gór icos Futemáfia Muitos zeros à direita (e uns quanto à esquerda) neste mundo dos Milhões do futebol: Compras, vendas, transferências, empréstimos inflacionados, aber tura e fecho de mercados, contas em paraísos fiscais… um universo que só encontra rival no mundo da banca, mas isso é outro campeonato…ou talvez não! Nesta corrida/perseguição de mafiosos, o figurão principal o Padrinho (Michel Platini), está comodamente instalado na sua poltrona dourada (da FIFA), sobre o planeta do futebol, que manieta impiedosamente e como ninguém. Um pouco mais à frente Pinto da Costa, um mafioso respeitado na hierarquia, par ticipa na corrida sobre o seu distinto Cadillac FCP, enquanto manieta habilmente um Sr. Árbitro, sempre acima de qualquer suspeita!

Mais à frente, mas com a mesma habilidade mafiosa, surge Luís Filipe Vieira, no seu glorioso e luminoso automóvel, algo incomodado com a manipulação a nor te, mas sobretudo ferido pelo duro golpe recentemente perpetrado pelo eterno rival (Sporting), que lhe desper ta sede de vingança. Aponta impiedoso a sua arma ao rival, sem perder a compostura e mantendo firme o seu charuto símbolo de poder. E por fim na dianteira, mas com um olho (a franja não permite os dois) no perseguidor, o mafioso arruaceiro (Bruno Car valho) agarra-se com afinco à sua companheira de luxo (Jorge Jesus), paga a peso de ouro, e que durante anos foi companheira do seu rival. E a corrida segue e promete ser sangrenta: futebol, prostitutas e milhões são os melhores ingredientes para um belo enredo mafioso. TEXTO POR: GATE 7

Tuga Circus Senhoras e Senhores, meninos e meninas, o Tuga Circus apresenta os seus notáveis ar tistas, palhaços e malabaristas! O apresentador Cavaquito (Cavaco Silva), que após anos de inércia, e porque a reforma lhe pode falhar, monta o seu próprio circo político. O casting foi difícil, pois foram muitos os candidatos, mas por fim são apurados, de entre os finalistas, os 5 concorrentes mais completos na ar te circense: palhaços-malabaristas-ilusionistas-trapezistas sem

rede. E começa o circo. Os ar tistas recorrem ao público para abrilhantar as suas exibições. E inevitavelmente lá vai o Zé (povinho) sujeitar-se aos mais arriscados papéis. Passos Coxixo (o Primeiro), palhaço especialmente hábil no manuseamento de canhões, prepara-se para projectar o Zé (que teve o azar de se sentar na 1ª fila) para longa distância (além fronteiras), numa ajuda preciosa ao combate ao desemprego. TEXTO POR: GATE 7



Car r os A le gór icos

Sher if f, mas pouco É hora de trabalhos forçados! Toca a forçar o Zé, e a continuar a carregar com pesada carga fiscal . Os nossos corruptos irmãos Dalton (os figurões José Sócrates, Duar te Lima, Armando Vara e Ricardo Salgado), mantêm-se ativos no lançamento de bolas esmagadoras. Uma nova versão do bowling, com requintes de malvadez. E o Zé jaz sob o peso da austeridade e da corrupção, e já só consegue mexer os olhinhos.

À margem deste jogo, dorme tranquilo o Sherif f, que de lucky Luck tem pouco, alheio aos acontecimentos e pouco preocupado com o triste fado do Zé.Passos Coxixo (o Primeiro), palhaço especialmente hábil no manuseamento de canhões, prepara-se para projectar o Zé (que teve o azar de se sentar na 1ª fila) para longa distância (além fronteiras), numa ajuda preciosa ao combate ao desemprego. TEXTO POR: GATE 7

Rota Cega Comandado pelo porco capitalista, deliberadamente vendado porque não quer ver, este paquete de luxo traz a bordo os 7 pecados capitais (avareza, ira, gula, luxúria, soberba, preguiça e vaidade). Reina a super ficialidade de quem está protegido pelo poder, e o mundo ocidental ergue com vaidade as suas bandeiras, enquanto brinda à abundância, às grandes decisões macro-economicas e à estratégia geo-politico-financeira do mundo das cimeiras, onde se decide a vida das pessoas. Mas a catástrofe está eminente! Num

pequeno bote sobrelotado e à deriva, lutam os náufragos no limite da sobrevivência , que fogem da fome, dos conflitos e da miséria. São o reflexo de quem se atreve a olhá-los de perto. Podiam ser qualquer um de nós, dos que se aventuram em busca de soluções para uma vida melhor. E, desgovernado pela cegueira do comandante, o paquete está prestes a abalroar sem misericórdia este frágil bote, onde falta tudo mas sobra o peso da sobrelotação. O risco é real e estes homens, mulheres e crianças são, afinal, o verdadeiro espelho de uma sociedade desigual. TEXTO POR: GATE 7


T 261 858 464 · www.grafivedras.pt · geral@grafivedras.pt Estrada Nacional 247, Km 36 Escravilheira · 2560-191 Torres Vedras


Car r os A le gór icos Resgate dos Deuses O grito de socorro ecoa nos mares. Os deuses sucumbem à catástrofe e o Olimpus desmorona-se desgovernado num mar alto de desespero. Só lhes resta pedir socorro, agora que já nem as divindades estão a salvo e correm o risco de serem vendidas no comércio de retalho, para salvar o que ainda resta da Grécia. Por ali per to, confor tavelmente instalada numa ilha dourada, Angela Merkle ouve os gritos de desespero e prepara-se para num pseudo resgate de solidariedade, e decide dar uma ajudinha. Para tal solta os tubarões

amestrados (FMI e BCE) para tomarem conta da ocorrência. Na companhia do porquinho mealheiro, que vai engordando enquanto outros sucumbem, Angela protege-se com o chapéu de sol do poder capitalista, contra raios UV e a fúria que ainda resta a alguns deuses, nomeadamente ao Atlas que carrega o mundo nos ombros e tenta a todo o custo sobreviver e mantê-lo à tona.… Os pobres deuses resistem com a dignidade que lhes resta, porque a alternativa é morrerem afogados nas dívidas tor tuosas de longos anos. TEXTO POR: GATE 7

Zézinho Depois de levar os tomates aper tados em 2013 (televisão) e ter aturado os boys em 2014 (o amor), o Zé Povinho far tou-se, revoltou-se… e virou! Zézinho (como agora gosta de ser chamado) “virou-se” para a moda e de costas voltadas para as inimigas descobre todo um novo mundo cor de rosa que

preenche o seu dia. De lábios afiados e com o pau (de selfie) na mão, não há pedra da calçada que não conheça a sua figura. Os tomates? Esses continuam no sítio, mas já não os usa…

TEXTO POR: CREATIVE FACTORY



Car r os A le gór icos O Museu do Car naval Na sala principal deste museu encontra-se a exposição permanente com as mais ilustres figuras da cidade de Torres Vedras. Um museu de qualidade (tal como se prevê o futuro museu do Carnaval) que espelha nas suas peças um valor incrível. A Vereadora Laura Rodrigues surge no seu pedestal em cima de uma deslumbrante Agostinha, representando a figura do ilustre Joaquim Agostinho; O Vereador Sérgio Galvão veste a figura de um culturista, com o símbolo da física ao peito; O Vereador Bruno Ferreira confunde-se com o “Bob Construtor”, enquanto a Vereadora Ana Umbelino surge através de um busto esculpido com a sua esbelta presença e profundo olhar, da autoria do ar tista João Castro Silva. Carlos Bernardes aparece, robusto, entre os pinheiros... é o “Carlinhos dos Bosques”! Numa mão tem o seu arco e flecha, na

outra tem a coroa… é o novo sucessor! Mas existe um pedestal vazio, falta uma das figuras mais impor tante deste museu... Todos nós olhamos para cima. Será um pássaro? Um avião? Não! É o Secretário de Estado Carlos Miguel, o Super-Cami! Está a ser colocado no pedestal através de uma enorme grua. Mas, estará esta grua a pôr ou a levar o Super-homem para outras bandas? E de quem é esta grua cor-de-rosa? Nas traseiras deste museu está o Dr. “Estivera” a vender o merchandising do mesmo, a sacola de cigana que tem à cintura é pequena para tantas matrafónicas, estando a ser escoltado pelos seus “fiscais de negro”,todos eles de boné, óculos escuros e espanador na mão, garantido que este museu estará sempre limpo e arrumado... e a render! Enquanto isso, lá está um a multar a grua... TEXTO POR: CREATIVE FACTORY

Car ros dos Reis: o car ro t r iunfal Em tempos, o carro dos reis era o Carro Triunfal, aquele que, puxado por bois e revestido a flores, transpor tava consigo as duas figuras mais emblemáticas do Carnaval de Torres Vedras, os Reis! Agora, a presença de suas altezas neste carro é erguida por toda a tradição do carnaval mais por tuguês de Por tugal, por todas as figuras que, ao longo de décadas de história deste carnaval e da cidade de Torres Vedras, erguem, protegem e exaltam no seu topo estas duas figuras tão ilustres. Um carro mecanizado e interactivo, representado por um enorme coche dourado

puxado a bois onde esculpidas as diversas figuras que irão escoltar eternamente as suas altezas reais, entre elas: Cavalos, Ministros, Matrafonas (Corneta), Maria Cachucha, Confraria do Carnaval, Zés Pereiras, Xico da Bola e, como não poderia faltar, o Bobo da Cor te, figura que acompanhava sempre os reis e que brindava o público que permanecia nas ruas por onde passavam. Um carro nobre, cheio de detalhes e que surge como uma peça de ar te que não deixará ninguém indiferente, nem à sua passagem, nem à sua história! É o Carnaval de Torres Vedras intemporal, imperial e sobre Rodas! TEXTO POR: CREATIVE FACTORY



na v al r a C o a o t n e m u n o M

Figur inhas de Oiro Este é o momento mais impor tante do ano! O Figurinhas de Oiro é uma gala cheia de glamour que elege as maiores “figurinhas” deste nosso mundo, passando por várias categorias como a política, despor to, televisão, música entre tantos outros! Nenhuma figura ilustre vai querer faltar a este acontecimento ímpar, até os mor tos ganham vida como é o caso do Dr. Salazar (dos Drs. Mário Soares e Cavaco Silva…). Cristiano Ronaldo, o “Homem das Bolas de Ouro”, surge acompanhado pelas suas três fêmeas, cada uma com as suas respectivas “bolas”, estando ele a pedir só mais uma… O Jet 7 falido marca presença sem ser convidado. Lili Caneças recebe o prémio de figura do ano na área das Ar tes Plásticas e está a sair do palco em cima de um car-

rinho transpor tado por um agente (ela não se pode mexer muito…). José Castelo Branco surge uma vez mais no topo do palco acompanhado pela Betty onde, sem se aperceber e ao querer fazer as suas poses, a está a estrangular…. Nesta gala, apresentada pelo ilustre Manuel Luís Goucha e onde está a ser entregue o prémio da Figurinha de Oiro na categoria de Melhor Penteado a Jorge Jesus (nomeado para melhor treinador, melhor actor, melhor penteado, melhor pastilha elástica…) ocorre uma invasão de palco por par te de Bruno de Car valho e José Mourinho, que tentam agarrar o troféu antes de Jorge Jesus. Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira, crentes, tentam agarrar Jesus… Instalou-se o caos!

Paulo Futre, cuja “ignição p este cenário a conduzir um prestes a despenhar-se e d centenas de chineses dize afinal, eles não vão para sim para a SAD do Torrien está prestes a acontecer p entrevistas, onde o Empla de qualquer folião que com uma foto! Na passadeira vermelha de dados Pedro Passos Coelh com o seu longo vestido d de princesa… O povo tenta ultrapassar a car nestes ilustres (afinal, sã BESta) enquanto atrás desfi kel, François Hollande e Ni


pegou”, sobrevoa m Char ter que está de onde irão vazar endo o Futre que, o Spor ting mas nse! Este acidente per to da zona de astro pousa junto m ele queira tirar

esfilam de braços ho e Paulo Por tas, de cauda e coroa

a grade para toão os lesados do ilam Angela Mericolas Sarkozy de

braços dados, sendo que também junto à grade, os refugiados não hesitam em agradecer aos seus novos heróis, as por tas que lhes abriram (ou não)... Do topo do hotel lança-se o 44, José Sócrates, com o seu fato às riscas pretas e brancas, sendo que a ele está agarrado o “Senhor da Telepissa”... De camarote assiste o Secretário de Estado Dr. Carlos Miguel acompanhado pelo seu ilustre convidado António Costa, ao estilo das Marchas Populares… mas desta vez, finalmente, ao contrário! O Figurinhas de Oiro (troféu entregue a todos os vencedores) encontra-se robusto e gigante no meio de todo este (catastrófico) cenário e a tapar os olhos de vergonha… É o Povinho, o “Óscar” desta gala! Aquele que todos querem ter na mão… TEXTO POR: CREATIVE FACTORY


la” o B a d o ic h C “ io ír f r F r anc is co Po Figura Torreense

Chico da Bola 1928-2015

Francisco Por fírio, também conhecido por Chico da Bola, é uma das figuras mais icónicas do Carnaval de Torres Vedras. Durante décadas fabricou os cabeçudos (de Papelão) tão característicos do nosso Carnaval.Também era membro do grupo Ministros e Matrafonas!

“ O Carnaval de Torres no futuro será sempre a melhorar. Se continuasse é hoje já seria um grande carnaval. Será um carnaval em que as pesso saírem dos corsos continuarão a dizer que voltam no próximo ano.”

Carnaval sem cabeçudos, gigantones, Zés Pereiras, não é Carnaval, fazendo estas figuras par te do imaginário de muitas gerações de torrienses. Francisco Caetano Por fírio, tinha alcunha já de família, porque seu pai dava uns chutos com ar te na dita, e por isso é conhecido como Chico da Bola. A paixão pelos cabeçudos começa depois de completar a escola primária, com um grande ar tista da nossa terra, o senhor Luís Faria, que foi o seu grande mestre. Chico da Bola gostava muito de ver a fabricação dos cabeçudos e Luís Faria ao perceber o seu interesse convida-o para aprender essa ar te. Por tanto, ainda era criança quando começa a fazer cabeçudos e foi aper feiçoando a sua técnica. É aos 17 anos que se dedica à ar te e nunca mais baixa os braços, em trabalhar com alegria e mestria…durante 69 anos!

O cabeçudo (dizia Chico da Bola) “é uma figura mui to antiga que começou po ser feita em papelão e representava personagen s idealizadas, como o Zé Pov inho. É um boneco muito engraçado que toda a gente sempre gostou de ve no Carnaval de Torres. Tem também a característic a de assustar as crianças Lembro-me dos pais a dizerem-lhes para não tere m medo e a explicarem que o cabeçudo é manipulado por uma pessoa que está dentro de uma armação...”


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Os cabeçudos mais tradicionais eram criados com diversos materiais, sendo que nos primórdios era realizado um molde e esculpidos em barro. Depois, fazia-se um molde com gesso por cima, dividido em duas par tes, atrás e à frente. De seguida eram colocadas folhas de flandres à volta e outra camada de papel. Para terminar colocava-se linho para dar consistência ao molde. Até meados da década de 80 utilizavam-se jornais, e eram finalmente pintados. Os cabeçudos atualmente são modelados de uma forma muito diferente, e o material utilizado é fibra de vidro. Têm uma armação em madeira para que as pessoas que andam com eles possam efetuar aquelas manobras comuns, como as vénias, por exemplo, sem com isso se desequilibrar. Tal como nos nossos dias, os cabeçudos do Chico da Bola vestiam-se com roupas animadas e aplicavam-se-lhes braços e mãos compridas. Amante de todo e qualquer tipo de ar te Chico da Bola trabalhava na construção civil, como estucador, na altura em que se faziam trabalhos muito bonitos nos tetos (como sempre fazia questão de relembrar), e interrompia a sua atividade profissional todos os anos para se dedicar ao carnaval.

O BONECO DO ENTERRO DO ENTRUDO Chico da Bola começa a fazer o boneco do enterro do entrudo ainda muito novo. Havia um grupo da Por ta da Várzea (do tio Abílio) que fazia o boneco, mas o gosto, entusiamo e prazer em desempenhar esta tarefa levam Chico da Bola a “chamar para si” esta tarefa! Se ao início a forma de construção era muito típica e sui generis, numa armação enrolava-se palha e depois vestia-se o boneco, estrutura à qual se juntava então o cabeçudo, que há hora do julgamento era regado com petróleo ou gasolina para ser incendiado, hoje é uma ar te muito diferente.


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O boneco do enterro, é hoje em dia uma cabeça à moda antiga dos cabeçudos, uma armação em ferro com as respetivas bombas e rastilhos, e só depois de estar todo organizado é que é vestido: primeiro com sarapilheira e de pois com roupa ao nosso gosto. Fica assim preparado para ser queimado depois de julgado o Rei na quar ta feira de cinzas. A ar te de Chico da Bola não é apenas visível no Carnaval de Torres, as suas peças correm mundo…Por intermédio do dr. Sardinha faz para um museu luso-alemão situado em Hamburgo um casal de gigantones vestidos de noivos, uma figura de um ardina e outros bonecos. Em Por tugal fez cabeçudos para o Carnaval da Marinha Grande, para um grupo de foliões de Lisboa e para pessoas de vários outros locais. Nos últimos anos Chico da Bola passou a sua expe-riência, amor e ar te aos mais novos, com ações desenvolvidas nas escolas do Concelho de Torres Vedras, tendo alguns cuidados específicos que passa aos jovens, como o não usar cola porque não é benéfico para a saúde, utilizando um preparo com farinha que ser ve para colar. Nestes ateliês, explicava também como se podem fazer outras figuras em papelão para além dos cabeçudos. Em tempos, Chico da Bola chegou a fazer presépios em papelão. Homem de sentido crítico, par ticipativo e com uma grande paixão pelo Carnaval de Torres, assitiu à evolução do Carnaval com natural orgulho. Admirava todos os ar tistas que trabalhavam no nosso Carnaval, em par ticular os trabalhos desenvolvidos nos carros alegóricos, que considerava lindíssimos.


Francisco Porfírio “Chico da Bola”

1928 - 2015 s: Nas histórias que nos deixou recordava muitas veze anos “Um primo meu de Lisboa que durante muitos a veio ao Carnaval de Torres ficava admirado com sem forma como as pessoas lançavam os cocotes, com qualquer tipo de desordem. Ficava maravilhado o o comportamento das pessoas no carnaval. Eu tenh r as muito orgulho de ser torriense... Costumo ouvi r pessoas de fora que vêm assistir aos corsos a dize aque voltam no próximo ano. E o facto é que o carn a val sempre teve muita gente, mas agora é uma cois que não tem explicação…”


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/2015 9 9 9 1 s o d a r a c s a M o P r e miados Co nc ur s 1999 1º A IDA À LUA Associação Cultural Despor tiva e Recreativa da Orjariça 2º 101 DÁLM ATAS União Despor tiva Recreativa e Cultural do Sarge 3º OS DESPERTAS Atlético Clube Barroense

2000 1º O MÁGICO E AS CA RTOLAS MÁGICAS Sérgio Paulo e amigos de Casalinhos de Alfaiata 2º AS TENDAS DO CIRCO União Despor tiva Recreativa e Cultural do Sarge 3º COCÓ CHANEL Maria de Fátima Costa e amigas

2001 1º SALVEM O M A R, PÉROLA DA VIDA! Assoc. Cultural Recreativa e Despor tiva da Orjariça 2º O MUNDO GIRA Marco António Santos e amigos 3º AS CRIANÇAS QUEREM SALVA R O PLANETA Lina João Malhado e amigas

2002 1º OS BANHISTAS DE SANTA CRUZ Marco António Santos e amigos 2º DAM AS E CAVALHEIROS Sónia Simões e amigas 3º DOCINHOS FOLIÕES Ricardo Batista e amigos do Sarge

2003 1º UM HERÓI TORREENSE Marco António Santos 2º HERÓIS HÁ 100 ANOS Rogério Ribeiro 3º O GATO DAS BOTAS ALTAS Sónia Simões

2004 1º EURO SALOIO Marco António Santos 2º PONTAPÉ DE SAÍDA 2004 Ricardo Baptista 3º BOLAS, BOTAS, FILHOS E COTAS Associação de Pais do Turcifal


car ta z 20 08

car taz 2012


/2015 9 9 9 1 s o d a r a c s a M o P r e miados Co nc ur s 2005 1º A BIX A RADA Acácio Patrício 2º O CÓCÓ DA GRAÇA Marco António Santos 3º OS ESPANTA-BIX AS Carlos Bernardes

2006 1º VIOLONCELOS DAS PA RADAS Sónia Maria Simões

2007 PÚBLICO

OS RIQUEXÓS Marco António Santos

GRUPOS

OS EGIPCÍOS Associação Despor tiva Cultural e Recreativa da Orjariça e Catefica

CONFRARIA

OS EGIPCÍOS Associação Despor tiva Cultural e Recreativa da Orjariça e Catefica

2008 PÚBLICO

A PINOCADA Marco António Santos

GRUPOS

A PINOCADA Marco António Santos

CONFRARIA

A PINOCADA Marco António Santos

2009 PÚBLICO

PA ROESTE Marco António Santos

GRUPOS

PA ROESTE Marco António Santos

CONFRARIA

VENDEDORES DO SHOPPING RURAL Mónica Bento

2010 PÚBLICO

MÓIJUÍZOS, INVASÃO DOS MOINHOS EÓLICOS NO OESTE Marco António Santos

GRUPOS

OS PROFILAMPOS MÁGICOS Carla Oliveira

CONFRARIA

INVASORES, ALIADOS E OUTROS LIX ADOS Acácio Maria



/2015 9 9 9 1 s o d a r a c s a M o P r e miados Co nc ur s 2011 PÚBLICO

TUCANOS-Ó-BICHO Marco António Santos

GRUPOS

AVESTRUZES DESCOBRIDORAS Rui Santos Pedro

CONFRARIA

OS REIS DO GA RRAFÃO Acácio Maria

2012 PÚBLICO

OCEAN SALOIENS Marco António Santos

GRUPOS

OCEAN SALOIENS Marco António Santos

CONFRARIA

GIMNOVITAMINADAS Patrícia Costa

2013 PÚBLICO

BONECAS DE BALÃO Mónica Bento

GRUPOS

BONECAS DE BALÃO Mónica Bento

CONFRARIA

SÓ COM FATURA Lúcia Reis/Marco Batista

2014 PÚBLICO

DONAS DE CASA DESESPERADAS Rui Santos Pedro

GRUPOS

DONAS DE CASA DESESPERADAS Rui Santos Pedro

CONFRARIA

OS DÁ KANAL Marco António Santos

2015 PÚBLICO

OS “A RRANJINHOS” FLORIDOS Élia Roque

GRUPOS

GA RÇONETES DO AMOR Mónica Bento

CONFRARIA

BAILÓPÉDECHUMBO Rui Santos Pedro



LEGENDA MAPA

B

BILHETEIRAS ENTRADAS [ ACESSO AOS CORSOS ]

+

POSTO DE SOCORROS PALCOS BAR MERCHANDISING OFICIAL RECINTO DIURNO RECINTO NOTURNO

SECRETARIADO [ 919 923 595 ] ESCOLA PRIMÁRIA Nº1, RUA HENRIQUES NOGUEIRA

i

POSTO DE TURISMO [ 261 314 094 ] RUA 9 DE ABRIL

PSP [ 261 330 770 ] POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA

BOMBEIROS [ 261 3327 157 ] VOLUNTÁRIOS DE TORRES VEDRAS

FARMÁCIAS DE SERVIÇO 05 fev.: farmácia CALQUINHA _____ [ 261 743 373 ] 06 fev.: farmácia ESPADANAL _____ [ 261 313 585 ] 07 fev.: farmácia GARÇÃO ________ [ 261 911 440 ] 08 fev.: farmácia QUINTELA _______ [ 261 336 870 ] 09 fev.: farmácia GARCIA ALVES ___ [ 261 311 241 ] 10 fev.: farmácia SANTA CRUZ _____ [ 261 337 350 ]




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