Mindset Magazine Nº 5 - Ano 1 - Verão 2019

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| ANO 1 | NÚMERO 5 | VERÃO 2019

INDSET M AGAZINE Desenvolvimento Pessoal, Auto-Conhecimento e Espiritualidade

PERIGO - ANSIEDADE! Mude a forma como vive os seus triggers de ansiedade!

DISTÚRBIOS ALIMENTARES A compulsão é um dos comportamentos mais comuns.

O CORAÇÃO DA EMPATIA Um mundo com empatia é um mundo que eu quero para o meu filho e para todas as crianças do mundo!

ENTREVISTA A ALEXANDRE MARTINS

SEMPRE FUI UMA PESSOA PREOCUPADA EM DESENVOLVER COMPETÊNCIAS PESSOAIS E PROFISSIONAIS PARA OBTER MELHORES RESULTADOS


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EDITORIAL

DIRECTORA| SÓNIA RIBEIRO

revista@promind7.com PARTILHAS DO LEITOR E SUGESTÕES

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Caros amigos, Mudar é uma constante na vida, essa é uma das certezas que a todos nos une. A Mindset Magazine mudou, passa a partir deste número a ser trimestral. A promessa é de sermos cada vez mais uma referência, mantermos a qualidade nos artigos que partilhamos e abrirmos a publicação a mais temas, a mais pessoas, ás histórias dos nossos leitores. Teremos uma revista por cada estação do ano e, nesse sentido já a partir da próxima edição (setembro) teremos também temas extra ligados à estação a que diz respeito a revista. Tem alguma sugestão para nos fazer chegar, gostaria de partilhar um artigo, uma história? Faça-nos chegar a sua opinião através do email revista@promind7.com, teremos todo o prazer em ler e responder de acordo com o que nos enviar. Na verdade, acreditamos que podemos mudar o mundo através da simplicidade de uma partilha. E que o Verão nos presenteie com belas partilhas, afectos, sorrisos e muito calor humano. Fique connosco nesta viagem pela perspectiva singular e colectiva de pessoas inspiradoras com o propósito comum da partilha de saberes e aprendizagens transformadoras.

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NESTA EDIÇÃO

04

DISTÚRBIOS ALIMENTARES...

06

MENTORIA ACELERA O PROCESSO ...

Patrícia Gama

Alexandre Martins

08

CURANIMAL Ana Patrícia Coelho

09

PLANETAS OLHANDO-SE ENTRE SI Ana Maria Bispo

10

O TEU CORAÇÃO

11

O CORAÇÃO DA EMPATIA

13

TU MERECES

16

AS DUAS SÍNDROMES

17

O TEMPO

18

PERIGO - ANSIEDADE!

21

UM AMOR, DUAS CABANAS...

23

Fernando Ferreira Carla Pinto Catarina Teixeira César Ferreira Denise Oliveira Ana Guimarães Joana Marques

ENTREVISTA A ALEXANDRE MARTINS Sónia Ribeiro

28

A SEMENTE DA TRANSFORMAÇÃO

30

O PODER DO PENSAMENTO

32

HÁ UM TEMPO PARA TUDO...

34

AS ALERGIAS NÃO EXISTEM

Inês Sousa Susana Santos Roberto Vida Nova Jorge Malheiro

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NESTA EDIÇÃO

35

INTUIÇÃO

36

MUDANÇAS DE PARADIGMA

39

SIMPLICIDADE

40

COMO TER EXITO NA VIDA...

43

O EGO

Teresa Tavares Ricardo Peixe Paula Neto Rui Martins

Bruno Neves

44

QUE GATILHO MENTAL... Paulo Silva de Pombal

48

COMO MUDAR DE VIDA ...

50

A FÉ

53

MASTERMIND...

55

CONSCIÊNCIA EMOCIONAL

57

A INCONDICIONALIDADE...

59

O TEU PRESENTE

61

UMA LEITURA...

Rui Gabriel Yoniel Garcia Pedro Neves Sónia Ribeiro

Patrícia Labandeiro Maria João Marino Sibila Madzalik de Morais

63

EMOÇÃO...

66

ILUSÃO...

Andreia Brandão

Patrícia Haidar

68

REALIDADE TOTAL... Nuno Costa

70

REIKI-UMA TRADIÇÃO... João Carlos Melo

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DISTÚRBIOS ALIMENTARES Devido a comportamentos alimentares, que causam danos à saúde, como a redução extrema ou o consumo em excesso de alimentos e também a expulsão dos alimentos após sua ingestão de várias formas, os distúrbios alimentares são muito comuns na adolescência e no começo da idade adulta. Estes estão relacionados a uma série de consequências psicológicas, como a ansiedade e as pressões sociais para o chamado dito “corpo perfeito” ou o “peso ideal“ (uma pesquisa realizada pela Associação Americana de Psiquiatria mostra que um por cento da população mundial – cerca de 70 milhões de pessoas – sofrem com transtornos alimentares.) Estes distúrbios são mais frequentes no sexo feminino, no entanto tem-se vindo a sentir um aumento de 67% em homens entre 26 e 40 anos. Estudos feitos no Reino Unido por especialistas que realizaram este mesmo estudo concluíram que uma parte considerável desses transtornos alimentares está ligada às redes sociais. Transtorno alimentar é um tema que merece uma atenção especial, o que o pode causar ( sendo um pouco generalista)? Pessoas com depressão, ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo, baixa de Auto-estima, percas graves, abandono e, não querendo exagerar, na maioria tem a ver com a parte parental e a infância. Estas pessoas têm toda a propensão a desencadear um distúrbio alimentar. Qualquer distúrbios alimentar necessita de ajuda, seja terapêutica, psicológica, nutricional, com um Coach da especialidade. Compulsão Alimentar Este é o comportamento com que mais trabalho, talvez por ser o meu, além de outros terem estado presentes em algumas alturas da minha vida. A compulsão é um dos comportamentos mais comuns. Muitas das vezes em pessoas que levam uma vida inteira a fazer dietas restritas, e sempre que sentem que se desviaram um pouco da dieta MINDSET MAGAZINE | 4


prescrita. A falta de auto-estima é uma consequência deste problema e ela é tão necessária neste comportamento. Culpa, vergonha e angústia em frente à situação, são sentimentos que podem levar a uma compulsão ainda mais excessiva. É necessário trabalhar esta área, na área do desenvolvimento pessoal, entender qual a causa que te leva a comer? Que emoções comes? Colocar questões só faz com que haja crescimento emocional e pessoal. Ao que eu chamo a chave mestre da porta principal do nosso lar ( o nosso próprio corpo). Compreender que há milagres e que esses mesmos milagres podem ser feitos por nós mesmos. Compreender que medidas drásticas não são e nunca vão ser a solução. Compreender que dará trabalho mas que só assim haverá consistência.

Para qualquer dos casos anteriores, reaprender que a comida não é inimiga. Ter contacto com a alimentação além de saudável é terapêutico. Reaprender que a possibilidade de fazer escolhas saudáveis é possível como necessário. Dicas que ajudam nestas causas - meditação - yoga - actividade física ( não necessitas de ir para um ginásio) -Workshops de desenvolvimento pessoal -Workshops de cozinha saudável

PATRÍCIA GAMA COACH ALIMENTAR

coach@patriciagama.com www.patriciagama.com

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MENTORIA ACELERA O PROCESSO E EVITA ERROS Ao longo da vida, procuramos a orientação e ajuda de outras pessoas, normalmente com mais anos de experiência do que nós, que nos possam transmitir lucidez com os seus conselhos e sabedoria. Fiz muito isto, no passado. Hoje estou onde estou por causa da procura incessante da minha evolução. Quando tomo consciência de que estou a estagnar, procuro novos mentores que me possam levar para o próximo nível. Para muitas pessoas, os seus avós, pais, ou irmãos mais velhos, foram uma importante fonte de orientação e ajuda. Olhe à sua volta, no seu local de trabalho, por exemplo, poderá ter colegas, ou superiores, com quem pode sentir-se à vontade para conversar sempre que precisa de algum conhecimento adicional, para lidar com um determinado problema, situação ou pessoa. Quando recorremos frequentemente a uma determinada pessoa, ela passa a ser a nossa “mentora”, pois vai-nos orientando ao longo da vida. Na minha vida

profissional tive a audácia de procurar vários exemplos de pessoas sábias, eu ouvi-as e elas a mim. Mentores são pessoas a quem podemos recorrer e confiar. Só querem o melhor para nós e nós também devemos querer o melhor para eles. Hoje em dia, as organizações com uma visão mais avançada e com planos de futuro são mais proativas e já atribuem, automaticamente, um mentor às pessoas mais jovens. Em alguns casos, esses mentores podem ser seus chefes e, normalmente, são pessoas com muita experiência numa determinada área. Não se preocupe se nunca ouviu falar neste conceito de mentoria ou se achar que nunca beneficiou da sabedoria de um verdadeiro mentor. É que, por vezes, estes mentores podem estar longe do seu alcance, neste momento, no entanto, saberá

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identificá-los com facilidade, pois são pessoas com quem você se identifica e de quem está ansioso por “beber da sua sabedoria”. Se, agora, andar à procura de um mentor, considere os seguintes pontos:

O seu futuro mentor é uma pessoa com quem se pode sentar e pedir conselhos e orientações? Poderia confiar no seu mentor? Você tem conversas com determinadas pessoas em que sente que já está a ser orientado e mentorado por pessoas mais experientes? Por vezes, fazem-me a seguinte questão, “Alexandre, eu posso ter mais do que um mentor?” Se tem estado a ler com atenção, já deduziu que sim, você poderá sentir a necessidade de ter mais do que um mentor. Isso dependerá do seu foco, dos seus objectivos e do que pretende ao ser mentorado. Pense numa coisa, pessoas diferentes possuem conhecimentos e experiências diferentes. Apesar de tudo, é importante adverti-lo do seguinte: quando tem mais do que um mentor, para a mesma área, tenha o cuidado para não baralhar tudo, com o excesso de informação que vários mentores lhe passam, porque em vez de estar a focar-se, poderá estar a fazer o caminho inverso, desfocando-se da sua aprendizagem, do seu caminho e da sua evolução. Nestes casos, aconselho a definir um único mentor para áreas distintas. Se mantiver a ideia dos vários mentores, saiba “beber” com moderação das várias fontes, saiba filtrar o que é realmente importante. Sei que hoje em dia andamos todos muito ocupados mas arranje muito tempo para se sentar com o seu mentor, ou mentores. Aproveite cada momento e seja uma “esponja” no caminho da sua aprendizagem, porque existem mentores que são autênticas enciclopédias vivas. Podemos evitar erros crassos e ganhar muito tempo.

ALEXANDRE MARTINS COACH DE ALTA PERFORMANCE alexandremartins.org@gmail.com www.martinsalexandre.com MINDSET MAGAZINE | 7


CURANIMAL O meu nome é Ana Patrícia Ferreira Coelho e tenho 32 anos. Tive o privilégio de crescer numa aldeia, nos arredores da Maia, no meio da natureza e de animais e desde que me recordo sempre tive o sonho de me formar em Medicina Veterinária. Para mim, estar em equilíbrio com a natureza e com os animais é estar em equilíbrio comigo própria. Caracterizo-me por ser uma pessoa sonhadora, idealista e com muita vontade de mudança. Focome diariamente no meu crescimento pessoal e profissional. Um dos valores que melhor me poderá descrever é a liberdade, a liberdade de ser quem sou e de criar aquilo que acredito. Formei-me em Medicina Veterinária em Julho de 2014 e trabalhei em vários locais que me permitiram continuar o meu crescimento pessoal e profissional. Em Junho de 2018, criei a Curanimal, uma empresa que presta serviços veterinários ao domicílio. O intuito da minha empresa começou por ser levar ao cliente/tutor/animal um apoio veterinário mais próximo e cómodo trazendo um conforto acrescido tanto para o tutor como para o dono.

Hoje estou a implementar uma outra ideia antiga que é a formação do tutor ou futuro tutor, transmitindo conhecimentos e informações que considero importantes, dando assim um outro suporte e consecutivamente uma outra consciencialização em relação aos animais. O meu lado idealista acredita que assim será possível dar o apoio necessário à população, ao nível emocional e pessoal, algo que carece a nossa sociedade. As formações terão como mote “Um tutor feliz, um animal feliz”. Vou abordar, com o apoio de outros formadores, diversos temas na área animal e pessoal. Com estas formações/Workshops pretende-se aliar o desenvolvimento pessoal ao facto de ter um animal de estimação. Em breve divulgaremos as primeiras iniciativas neste sentido.

ANA. PATRÍCIA COELHO MÉDICA VETERINÁRIA info@curanimal.pt Tlf. 916020231

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PLANETAS OLHANDO-SE ENTRE SI Os aspectos entre planetas em transito ,observados através da Terra ,assim também como os aspetos formados com a posição dos planetas no momento presente ,e em relação á posição dos planetas do nosso mapa de nascimento,trazem influencias profundas à nossa vida que, quando estudadas, podem ser uma mais valia para aproveitar o momento. São dez planetas, que são influenciados por energias entre eles, como se fossem irmãos. Quando eu ou alguém está a ser influenciado por um aspeto tenso, (quadratura ou oposição)sinto-me nostálgica, tensa, com necessidade de mudar algo, libertar-me, crescer interiormente. Podemos dizer que estão a puxar um para cada lado com ideias diferentes. Se eu estou sobre a influência de um aspeto bom que flui, (trígono ou sextil) eu sinto que, sem grande esforço, a vida me dá grandes possibilidades para eu avançar em algo ou simplesmente as coisas vêm ter comigo sem eu fazer grande esforço como se dois elementos familiares estivessem-se abraçando. Ainda assim vemos que existem planetas com energias diferentes, opostas como Saturno e Plutão, que, mesmo nos bons aspectos, se colidem um

pouco operando transformações. Como quando alguém na família se zanga e depois se reconcilia deixando, no entanto, sempre uma marca e mesmo tratando-se muitas vezes de energias opostas, pertencem-nos, não as podemos querer excluir assim é também com os membros das famílias. Se eu quero excluir algum planeta, excluo-me a mim, excluo a vida. O SOL, representa o Pai! Nesta abordagem, profunda astrológica e sistémica, temos muito a aprender com este planeta lindo que se chama Terra e com todos os planetas que conhecemos no sistema universo. Isto leva-nos a pensar que estamos lá no meio, tão suspensos como eles e que tudo é um mistério. Não vale a pena ser só racional, nem achar que só a mente nos rege e assim ficarmos limitados. Nós somos os planetas! Precisamos ir muito mais longe para amar o que não é visível à mente e expandir a consciência.

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ANA MARIA BISPO TERAPEUTA EM PARAPSICOLOGIA amaria.bispo@gmail.com


O TEU CORAÇÃO O Teu Coração é o Teu MOTOR, a "bomba" incansável que noite e dia envia o teu sangue a todas as partes do teu corpo, mantendo-te VIVO. É o coração que sofre contigo as venturas e desventuras do amor, que se exalta perante as injustiças, e se "derrete" perante a cortesia e a amabilidade, que "pula" desenfreado quando vês alguém que amas ou que se entristece quando as saudades batem à porta. É o teu coração que te "sussurra", às vezes no meio do bulício em que vives, qual o caminho que deves seguir, como uma bússola fiel que quer sempre o melhor para ti. Noite e dia, sem parar, sempre a bater, desde o momento em que nasceste até ao momento em que exalares o teu último suspiro! Um fiel amigo o teu coração, comprometido com a VIDA, com a TUA VIDA! Como é que tu tratas dele? Como é que retribuis toda esta dedicação? Dás-lhe o exercício de que tanto gosta e precisa, ou condena-lo à inactividade que o faz definhar? O teu coração é o teu "MOTOR" como te disse lá atrás, trata-o bem, dá-lhe os alimentos certos que não "estorvem" e dificultem o seu trabalho, dá-lhe o exercício certo, moderado e criativo, sintoniza-o com o seu "NÚMERO MÁGICO", o número de batimentos cardíacos por minuto que ele não deve ultrapassar quando estás a fazer actividade física, e que o tornarão MAIOR, MAIS FORTE, MAIS EFICIENTE E MAIS SAUDÁVEL! Dá-lhe o carinho e o conforto dos bons sentimentos, e ele retribuirá com um palpitar "alegre" e ritmado. Não o "tortures" com exercícios sistematicamente violentos e esforçados para o qual ele não foi feito, não o canses com a ansiedade de viveres preocupado com o futuro, com a ânsia de teres mais, de precisares de mais. O teu coração foi feito para te acompanhar toda a vida e quando nasceste ele estava preparado para

isso, dá-lhe o melhor TREINO na intensidade correta e ele agradecerá, proporcionando-te bons momentos e uma VIDA LONGA. Está nas tuas mãos, e o "NÚMERO MÁGICO" é a melhor ferramenta que podes utilizar para o AJUDAR, para te ajudares a TI PRÓPRIO! Lembra-te, com um CORAÇÃO GRANDE mais sangue poderás bombear por minuto, nutrindo melhor o teu corpo e tornando-te mais saudável e mais apto para desafiares os teus limites! Com um CORAÇÃO GRANDE terás mais espaço para amar, a TUA VIDA e a VIDA daqueles de quem mais GOSTAS! PENSA NISSO!

FERNANDO FERREIRA * PROFESSOR E MOUNTAINLOVER mountainlover.fernandoferreira@gmail.com www.mountainlover.pt

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O CORAÇÃO DA EMPATIA “ As melhores e mais belas coisas do mundo não podem ser vistas nem sequer tocadas. Têm de ser sentidas com o coração” Helen Keller Para muitos de nós, o mais profundamente desejado era termos sido vistos e aceites na família tal com éramos, um desejo de sermos tratados com amabilidade, compaixão, compreensão e respeito; que nos tivessem sido dadas liberdade, segurança e privacidade, bem como uma noção de pertença. Todas estas coisas dependem da capacidade de um pai ou mãe ser empático. A empatia é a capacidade de reconhecer e compreender os sentimentos dos outros. É a capacidade de sentir o que a outra pessoa está a sentir – não apenas sentir por ela, mas sentir com ela. Esta capacidade é fundamental no relacionamento parental porque nos ajuda a encontrar respostas adequadas para aquele filho, uma vez que cada filho é único. Ao ser empático com os seus filhos, vai assegurar que responde a cada um deles da forma que necessitam. Pensou-se em tempos que os bébés nasciam sem empatia. Mas isso não é verdade. Todos estamos programados para a empatia. Temos apenas de aprender como ligar os fios certos para a fazer funcionar. A empatia situa-se no sistema límbico do cérebro e é este que controla a memória, as emoções e o instinto. Segundo Daniel Siegel, a empatia facilita a nossa ligação com outros e desenvolve-se na infância através da relação com a figura de afeto. Uma criança, aprende, em primeiro lugar, a sintonizar-se com as emoções da sua mãe e, mais tarde, com as de outras pessoas. O que a mãe sente vai ser sentido e espelhado pela criança. É por isso que o tom de voz, o contacto visual, as expressões faciais são tão importantes no início da vida.

É a primeira forma de sentir confiança e afeto e de começar a aprender a empatia. Os pais têm uma grande responsabilidade pois são o principal exemplo de empatia e devem também praticá-la, através de uma linguagem pessoal, comunicação não violenta e o seu comportamento. As crianças estão sempre focadas nos pais e vão espelhá-los! A empatia é pois um comportamento que se modela e por isso é ensinado e transmitido de forma não verbal. Nutrir a empatia nas crianças desde bem cedo ajudaas a criar relacionamentos mais afetuosos no futuro. E sabemos que são as relações afetuosas que constituem os alicerces para a verdadeira felicidade e bem estar. Para Justin Coulson um mundo de empatia é aquele em que as pessoas se sentem seguras e conectadas. É um lugar onde podemos confiar que as pessoas estão preocupadas com as nossas necessidades e interesses. É um mundo onde as pessoas sentem e vêem através dos nossos olhos. Um mundo com empatia é um mundo onde as pessoas se entendem e se importam umas com as outras. Um mundo com empatia é um mundo que eu quero para o meu filho e para todas as crianças do mundo! Vou sugerir-lhe algumas atividades que poderá fazer com o seu filho com o objetivo de desenvolver a empatia, a capacidade de nos conseguirmos pôr no lugar do outro, de reconhecer as suas necessidades e emoções e respondermos adequadamente. * Tempo para ajudar (+ 10 anos) Olhar para quem vive ao nosso lado é importante para desenvolvermos o nosso foco externo e sairmos do nosso campo de visão. Ajudar alguém é das atividades que mais altera os nossos níveis de felicidade. Por isso, procure algo em que possa contribuir e oferecer ajuda. Seja flexível, atento e paciente com os outros, aceite que todos somos diferentes e que isso é algo muito positivo.

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* Mandalas humanos (+0 anos) São necessários pelo menos quatro elementos entre crianças e adultos. O objetivo é construirem algo juntos. Podem fazer inúmeras figuras, entre estrelas e círculos. Conversem sobre a figura a realizar e depois um clique de máquina fotográfica pode contribuir para eternizar o momento. * O nosso Lema (+ 8 anos) Sabe qual o lema da sua família? Definam em conjunto e façam algumas destas perguntas que poderão ajudar na reflexão: - Quais são os nossos sonhos? - Qual é a nossa missão? - O que é mais importante para nós? - O que gostamos de fazer juntos? - O que nos entusiasma? * Conflitos nos desenhos animados, filmes e histórias (+ 6 anos) Os desenhos animados, filmes e histórias estão repletos de mensagens que podemos e devemos aproveitar como oportunidades para conversar com os nossos filhos. O que aconteceu? Como achas que estavam a sentir-se as personagens? Qual era o conflito? Como o resolveram? Também já te sentiste assim? Ouça cada resposta com calma, sem interromper e sem julgar.Fique disponível para conversar. * Em casa com amigos (+ 4 anos) Convidar amigos dos nossos filhos para virem a nossa casa deixa-os entusiasmados e mais felizes que nunca. Criam-se memórias fortes de momentos significativos para mais tarde lembrar com carinho. Pode ser uma noite de pijama, cinema com pipocas, lanche de amigos. CARLA PINTO FUNDADORA DA TRIBO DOS AFECTOS

carlaabpinto@gmail.com facebook.com/tribodosafetos/

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TU MERECES Durante muitos anos da minha vida escolhi viver focada na falta, na ausência daquilo que julgava precisar para me sentir completa. Escolhi alimentar a escassez, desejando viver a abundância. Escolhi sentir revolta, raiva, culpa e injustiça, por achar que a Vida estava a ser cruel e injusta comigo. Escolhi atribuir a responsabilidade do que estava a receber dela a terceiros. Nessa altura dizerem-me que “o que dás ao Universo é o que recebes de volta” era apenas uma bonita frase feita. Era impensável para mim assumir essa responsabilidade e aceitar que estava a nutrir um íman de escassez no meu coração, que atraia pessoas e situações que espelhavam essa minha energia. Na verdade, como é que eu podia querer amor, dinheiro, saúde… enfim, abundância na minha vida, se no fundo escolhia alimentar crenças que me boicotavam e faziam acreditar que não era merecedora do que desejava! No início da minha caminhada de autoconhecimento e alinhamento pessoal, a maioria dos terapeutas e coaches, a quem pedi ajuda e orientação, diziam-me: “precisas de reconhecer os teus recursos internos”, “precisas de valorizar os teus talentos, os teus dons inatos, os teus pontos fortes, todos temos e tu também tens!”, “precisas de olhar para o lado bom da tua vida e reconhecer as coisas boas que tens ao teu redor”. Acreditas, que estas frases me começaram a irritar? Estava sempre a ouvi-las! Mas sabes porquê? Porque não queria aceitar trabalhar o que já me havia sido revelado no meu mapa numerológico: “precisas de trabalhar a tua energia 8, resgatar o teu poder pessoal, reconhecer o teu valor e os teus recursos internos, acreditar que tens tudo o que precisas dentro de ti para alcançar o que desejas na tua vida (valorização e reconhecimento pessoal). Precisas de reconhecer e valorizar as bênçãos que a vida te tem dado como presente (abundância e prosperidade) e sentires-te merecedora de as

receber e usufruir delas (merecimento), só desta forma conseguirás mudar a tua vida!”. Na verdade, esta tomada de consciência fez-me sentir irritada e culpada porque percebi que tudo dependia de mim, da minha força de vontade e coragem para quebrar hábitos e crenças de uma vida inteira, por isso resisti tanto! Mas tudo a que resistimos persiste na nossa vida, certo? Por isso, o Universo, sábio e amigo, criava o contexto ideal para eu fazer o que tinha de ser feito, enviando pessoas e situações, só que em ressonância com a energia do meu íman. Acabei por ceder e decidi aceitar o compromisso sério de trabalhar a minha energia 8, de escolher assumir a responsabilidade pela minha própria vida e de mudar a energia do meu íman. Desta vez, escolhi viver e agir de forma diferente, sob a perspetiva da gratidão e do merecimento, acreditando e confiando, que o resultado que iria alcançar seria atrair até mim novas pessoas e situações. E assim foi e continua a ser, por isso, partilho contigo dois dos exercícios que mais impacto tiveram e continuam a ter na minha mudança de energia, para que também tu possas entrar já em ação: * Todos os dias, ao acordar e ao deitar, escreve três coisas pelo qual és grata na tua vida. Observa com atenção cada momento do teu dia, foca-te no que te faz sorrir e vibrar o teu coração. Reconhece as bênçãos que estão presentes na tua vida, o quanto elas fazem com que o teu dia se torne especial e dá significado à tua vida a partir dessas pequenas grandes bênçãos que já te pertencem! Tu mereces! * Todos os dias, lê em voz alta, se possível, a olhar bem fundo nos teus olhos em frente a um espelho, a poderosa Oração de Merecimento, escrita pela Louise L. Hay. Antes de leres esta oração, fecha os olhos, leva a tua atenção por uns instantes para o teu coração e respira profundamente.

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Aquilo que te proponho não é uma simples repetição de afirmações positivas e visualização. Este exercício é muito mais do que imaginar e sonhar, pede-te que sintas cada palavra de forma profunda como uma realidade já presente na tua vida. Pede-te que te comprometas a sério, que te entregues de coração, que acredites e confies em todo o teu poder pessoal para visualizares e criares a mudança que tu desejas alcançar. Para mim esta oração tornou-se um mantra diário.

Durante pelo menos 21 dias é esse o desafio que te coloco: compromete-te a fazer desta oração o teu mantra diário de merecimento e gratidão! E permitete receber e usufruir dessa nova realidade que tu tens o poder de criar! Tu mereces! Muitas vezes, enquanto conduzia o meu carro em direção ao trabalho que não me realizava, dizia esta oração em voz alta, visualizando e sentindo no meu corpo a certeza de que esta já era a minha realidade, a minha energia atual. Ainda hoje sempre que me

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sinto em desequilíbrio ou que a energia que vibra no meu íman não é de gratidão e merecimento, procuro mudar o meu diálogo interior e elevar a minha energia com este mantra, resgatando a calma, tranquilidade, otimismo, equilíbrio e confiança que necessito. Este momento ajuda-me a voltar a focar-me nas bênçãos que tenho na minha vida, nas características que me tornam única e a reconetar-me e realinhar-me com a minha verdadeira essência e propósito de vida. Os pensamentos que escolhes legitimar como verdades para ti, as palavras que escolhes verbalizar, o sentimento de gratidão e merecimento que tens a possibilidade de escolher gerar dentro de ti a cada instante da tua vida, dão-te o poder gigante de mudares, a qualquer momento, a tua energia, a frequência do teu íman do coração e de criares a tua realidade. E como que por magia, começas a escolher agir e ser de forma diferente, e isso permite-te atrair para a tua vida pessoas e situações que espelham a tua nova realidade, a tua nova energia, a mudança que escolheste criar na tua vida! E esse sentimento de pleno alinhamento entre o teu interior e exterior permite-te voltar a sentir e a viver todos os dias a energia do amor, gratidão, merecimento, autovalorização, reconhecimento pessoal e prosperidade! Essa é a tua energia mais pura e verdadeira! Permite-te voltar a vibrar na tua energia original! Alinha-te coma tua Essência! Tu mereces!

CATARINA TEIXEIRA COACH TRANSFORMACIONAL

catarina_teixeira@hotmail.com

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AS DUAS SÍNDROMES... Há duas síndromes que deve evitar quando se fala em aprendizagem. São a síndrome do sábio e a síndrome do “não consigo”. Embora pareçam antagónicas, a verdade é que ambas levam ao mesmo resultado: ao fracasso. O ato de aprender exige sempre que nos posicionemos fase à informação a que temos acesso. A postura que assumimos é tão determinante para um bom resultado, quanto as técnicas que utilizamos para o efeito. Síndrome do sábio O processo de aprendizagem requer entrega. E esta necessita de ser genuína. Se vamos com a ideia (e postura) de que já sabemos tudo, muita coisa nos vai escapar. Conhece alguém que, ao ler apenas uma pequena percentagem de um livro, já pensa que sabe tudo? Quando isto acontece é sinal de que a pessoa estava a experienciar a síndrome do sábio. Assim que tiver algo a aprender, dê hipótese ao conhecimento que lhe chega porque, em última instância, está é a dar oportunidade a si mesmo. Deixe de lado a altivez e, em alguns momentos, tudo o que já sabe. Entregue-se à mensagem e ao novo que possa aparecer. Jamais conseguirá evoluir com consistência se considerar que a sua perspetiva é melhor do que as outras. Síndrome do “não consigo” Ao invés da síndrome do sábio, a do “não consigo” representa o sentimento de insegurança nas nossas capacidades de aprendizagem. Nas nossas habilidades em processar o que é novidade e aquilo em que incide o nosso sistema de crenças. Se está em processo de aprendizagem é normal que se encontre perante uma coisa que pouco ou nada conhece. Independentemente de se sentir inseguro,

só tem de avançar e confiar no que já aprendeu. O conhecimento é escalável. Se percorreu todos os níveis da forma certa, estará apto para lidar com a nova informação e com as novas formas de pensar. A situação de domínio de uma matéria é feita por intensidade, em que vamos do mais simples ao mais complexo. Todas as etapas são valiosas e trazem consigo um propósito. Em inúmeros casos de pessoas a quem tenho dado mentoria de aprendizagem, arrisco a dizer que o maior dos desafios é quando a pessoa se sente insegura no ato de aprender. Quando este é desbloqueado acontecem maravilhas. Contudo, o que se fez foi treinar a pessoa para gerir o nível de insegurança e de expectativa face às suas competências. A acreditar em si mesma e de que possui os recursos internos necessários para lidar com o que está a aprender. A melhor postura para uma aprendizagem eficaz Humildade é postura que devemos adotar quando estamos quer a ler, quer a aprender. A informação que somos capazes de processar, associar e aplicar depende diretamente da nossa capacidade de entrega. Sem julgamentos e sem ideias preconcebidas. Se ambiciona uma aprendizagem eficaz ou mesmo uma produtividade de alto rendimento, esteja apto a aceitar o novo com total devoção e entrega. Pois, na verdade, esse é o novo que irá fazer parte de si.

CÉSAR FERREIRA READING COACH & BIBLIOTERAPEUTA cesar.a.ferreira@gmail.com www.cesarferreira.co

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O TEMPO O tempo o que é? Dizemos que não o temos, que passa rápido, ou devagar, que voa, parece que foge… Na verdade todos temos, é-nos dado quando nascemos, muito embora, a maioria de nós não aprenda a lidar com ele. O tempo sempre esteve, está e estará connosco e o que fazemos dele ditará, isso sim, se o tivemos ou não. No final de ano, em que fazemos as tais promessas de aproveitar melhor o próximo, de o usarmos para investir em nós, de o usarmos para viver melhor e amarmos mais, gostaria de deixar uma breve reflexão. O tempo é sempre o mesmo e nada se alterará se não partir de uma vontade interna de efetivar mudanças e fazê-las acontecer. Possivelmente que decisões terão sido arrumadas em anos passados, exatamente pela desculpa de “não tenho tempo”? Pegue numa folha de papel e caneta e proponha-se a escrever o que faria caso hoje, só por hoje vivesse cada momento como se fosse o último. Que sentido daria à sua vida? Este exercício nada tem de fatalista, uma vez que o objetivo é fazer com que tome consciência do valor que o tempo tem na sua vida e como o “usa”. O agora é o único instante, é agora que pode tomar nenhuma, pequenas ou grandes decisões. O agora é o único momento em que pode escolher fazer aquele telefonema, preparar aquele jantar especial, abraçar quem ama. Agora é o momento em que pode escolher ouvir o coração ou ser invadido pelo ruído exterior que apenas causa perturbação e distração fútil.

O tempo, seja para o que for, é agora! A falta de tempo não é mais do que escolher dar prioridade para algo em detrimento de uma outra coisa. E, quando eu escolho privilegiar alguém ou alguma atividade, deixo para segundo plano outra coisa. Importa, então, pensar se a ordem que estou a criar na vida é mesmo a que pretendo, se está de acordo com os meus valores e com o sentido da minha vida. Se sim, ótimo, aumento a minha realização e satisfação; se não, com certeza serei invadido pela frustração e descontentamento. Com isto, espero que possa refletir sobre qual a melhor oferta que tem para o outro e mesmo das opções para o futuro, começando agora. Poderá tão simplesmente ser o tempo. O tempo com amor, o tempo para melhorar a saúde, para aumentar sabedoria, para fazer acontecer a vida na sua forma mais bela.

DENISE OLIVEIRA * COACH E FORMADORA seragora.do@gmail.com

* Denise Oliveira, desde sempre teve paixão pelo desenvolvimento pessoal, fez a certificação em coaching e coaching trainer. É Formadora de desenvolvimento pessoal e coach na área da gestão pessoal, autora de workshops e do Ser Agora, página de divulgação de artigos e temas da área de trabalho.

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PERIGO - ANSIEDADE!

Imagem: Gerd Altmann por Pixabay

O seu chefe comunica-lhe que precisa de reunir consigo a sós, daí a alguns dias. O seu coração dispara. Este trimestre os seus objetivos estão muito aquém do esperado, apesar do seu trabalho e dedicação. Aquele mega projeto afinal está parado e arruinou os seus números. O que será que ele quer? A respiração acelera, sente falta de ar, o seu estômago deu um nó e aquela sensação de apreensão (ou mesmo medo) alastra-se rapidamente. É oficial: A ANSIEDADE ESTÁ INSTALADA! O que é a ansiedade? A "central de alarme" do seu cérebro (a amígdala) detetou uma potencial ameaça ao seu status profissional e à sua estabilidade financeira, que atualmente interpretamos como os nossos passados interpretariam a aproximação de um leão feroz: run for your life! São despoletados os mecanismos para o dotar das capacidades físicas necessárias para sobreviver (lutando ou fugindo, daí o nome de resposta fight-or-flight).

Atualmente as ameaças são outras mas os mecanismos para lhes fazer face são os mesmos. O seu organismo reage como se tivesse que dar o sprint da sua vida para fugir de um animal selvagem ou enfrentá-lo e arriscar-se numa luta. A libertação de cortisol (uma hormona de stress) provoca a aceleração do ritmo cardíaco, o aumento da tensão arterial e dos níveis de glicose e gorduras no sangue. Também suprime o sistema imunitário: a sua saúde está mesmo mais frágil. Os sistemas digestivo e reprodutor são preteridos (já que não são essenciais para a sobrevivência): as digestões tornam-se difíceis (ou páram!) e não lhe apetece mesmo nada ter uma noite romântica com a sua cara-metade. O objetivo? Disponibilizar energia extra necessária a uma reação muscular enérgica, decisiva para aumentar as hipóteses de sobrevivência. A libertação de adrenalina e noradrenalina no cérebro visa facilitar a reação física imediata: está na iminência de uma atividade muscular violenta.

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Tem dificuldade em concentrar-se no trabalho... Passou o resto do dia com a sensação de que havia sempre alguém a observá-lo como se soubesse o que se avizinhava para si, por isso está em estado de alerta máximo! Monitoriza o ambiente incessantemente em busca de ameaças que parecem surgir a todo o momento e de qualquer direção. A sua amígdala está hiper-sensível e hiperreativa. O perigo espreita de todos os lados e isso faz com que a sua cabeça dispare antecipando todos os possíveis cenários adversos. Raciocinar com clareza é uma missão desafiante: os seus recursos cognitivos são bloqueados. Afinal de contas, não é para pensar! É para fugir ou lutar! As funções mentais mais complexas são "recentes" em termos evolucionários e por isso, mais lentas. Os dias até à reunião foram um verdadeiro inferno! Esteve em estado de ansiedade permanente! E a resposta fight-or-flight deveria ser temporária: a sua ativação contínua é altamente nociva para a saúde. O seu cérebro focou-se num estado de vigilância constante em busca de potenciais ameaças (reais ou imaginárias!). Chega o dia da reunião com o seu chefe. O cansaço e o desgaste têm sido brutais. A princípio nem consegue compreendê-lo. Faz um esforço para se focar e... Afinal o seu chefe está preocupado consigo e com o seu nível de motivação por causa do volte-face naquele projeto tão importante! Até se disponibilizou para ajudar a desbloqueá-lo! Que dias infernais! E afinal tudo se passou apenas na sua cabeça! Como poderia ter evitado todo este desgaste desnecessário? A utilização de TÉCNICAS DE RELAXAMENTO ajudam-no a abreviar um estado de ansiedade que já se instalou ou a mitigá-lo se o detetar enquanto está a formar-se.

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#5. Meditação Ajudam a estar de forma mindful no momento presente, a acalmar a mente e a desmobilizar os pensamentos errantes que levam à ansiedade e ao stress.

Muito importante: Mude a forma como vive os seus triggers de ansiedade! #1. Questione os pensamentos de ansiedade Que outro objetivo poderá ter esta convocatória do seu chefe? De que outra forma poderia ver esta situação? #1. Respiração Consciente Inspire durante 4 segundos e sustenha a respiração Que perspetiva diferente poderia mudar a forma como se está a sentir? durante 4 segundos. Expire durante 4 segundos e sustenha a respiração #2. Aceite o potencial resultado positivo durante 4 segundos. Foque-se na sensação de respirar de forma Não é verdade que esta convocatória pode ter um consciente. Repita o tempo que for necessário até significado completamente diferente do que está a supor? se sentir mais relaxado. Não será possível que o seu chefe esteja a convocálo para o apreciar pela sua dedicação naquele #2. Visualização projeto importante? Imagine que está num ambiente relaxante e detalhe a sua visualização o mais possível. Se A ansiedade é uma resposta humana natural. Não se estiver numa praia, procure sentir se está calor, se foque em suprimi-la: isso será impossível! há nuvens no céu, se o mar está calmo ou revolto, O "segredo" é aprender a geri-la de forma mais etc. eficaz! Objetivo: focar o cérebro na definição desses ANA GUIMARÃES * detalhes e afastar a sua mente dos motivos que NEUROCOACH, despoletaram a ansiedade. PALESTRANTE, FORMADORA coach@anaguimaraes.pt #3. Música www.anaguimaraes.pt Ouvir música relaxante ajudará a afastar a sua * Ana Guimarães, Certificada em Neurocoaching mente da ansiedade, estimulando um fluxo mais e Neuroliderança, é apaixonada pelo cérebro equilibrado de pensamentos construtivos e humano. Tomou como sua missão facilitar promovendo descontração e bem-estar.

#4. Exercício Tem um efeito semelhante ao da música mas com benefícios neurológicos: as endorfinas libertadas no cérebro durante o exercício farão com que se sinta mais feliz, ajudando a conter a ansiedade.

conhecimento prático sobre o cérebro, simplificando-o de forma a ser facilmente aplicável por qualquer pessoa, na prossecução de objetivos pessoais e profissionais. Ajuda também a mudar a vida de empresas e organizações, promovendo uma maior sensibilização para a aplicabilidade da neurociência na busca de melhores performance e resultados.

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UM AMOR, DUAS CABANAS – O FIM DA DITADURA DA FAMÍLIA TRADICIONAL Os mais “antigos”, aqueles que não nasceram já neste novo milénio, ou os mais tradicionalistas nunca precisaram de siglas ou conceitos complicados para explicar o que era simples: duas pessoas apaixonam-se, casam-se e constituem uma nova família noutro lar que não o dos pais, ou aquele em que cada um vivia antes de se ter conhecido e começar a namorar. Até podiam viver em união de facto, independentemente de serem ou não do mesmo sexo, o que para mim e para as gerações que me antecedam já era um sinal dos tempos, de que a sociedade evoluiu e dessacralizou a instituição “casamento” e todas os deveres implícitos. O mundo mudou e o conceito de relacionamento mudou com ele. Já há décadas que a crescente taxa de divórcios nos ensinou que muitos casais não “casaram e viveram felizes para sempre”. Muitos casais nem casam, mas se proferissem os tradicionais votos de casamento, nunca iria dizer “e prometo viver contigo na mesma casa”. Neste nosso mundo pós-moderno, existe a liberdade de escolha: os solteiros por opção já não ficam “para tios” e há casais (de sexos diferentes ou do mesmo sexo) que vivem em casas separadas. Sempre existiram relações “diferentes”, mas não havia nome para lhes dar, e a sociedade não se escandalizava se fossem uma excentricidade de artistas ou intelectuais, que sempre tiveram tendência para estar na vanguarda. O individualismo e a satisfação instantânea de necessidades emocionais e sexuais podem estar na base dos casais “LAT” – “living apart together” – mas existem muitas outras razões pelas quais os casais decidem viver juntos em separado, que assentam nas vantagens e desvantagens deste tipo de opção. Este não é um amor diferente, somente uma forma diferente de viver o amor, que não inclui casais de namorados que vivem em casa de cada um dos pais, mas sim casais que decidiram por mútuo acordo viver cada um na sua casa, estejam casados ou não, com ou sem filhos.

Eu própria, há uns meses atrás, vivi uma relação LAT e não me apercebi disso, precisamente porque não houve uma conversa prévia que deixasse claro que vivíamos juntos em casas separadas. Ao longo da relação, eu pensava que íamos passar ao estágio seguinte quando ambos estivéssemos preparados, enquanto o meu parceiro estava convencido de que esta era a forma definitiva da relação. Ele tinha uma criança de um relacionamento anterior e não queria mais filhos, e provavelmente foi por querer preservar essa unidade familiar de dois pessoas que lhe parecia normalíssimo vivermos juntos nos dias em que a criança estava com a mãe e em separado quando a criança ficava com ele. No entanto, a relação evoluiu com uma falha de comunicação que ditou um rompimento feio, pois ambos estávamos a viver uma situação com expectativas diferentes, sem que isso tivesse sido discutido ao longo dos meses em que estivemos juntos: eu não sabia que ele não queria mais filhos ou envolver a criança na sua vida amorosa; eu queria ter filhos e conviver com a criança, pois de outro modo nunca seríamos um “família”. Este exemplo pessoal serve para alertar que os casais LAT têm que ter consciência do que significa viver em casas separadas, incluindo os fatores financeiros, familiares, de logística e emocionais. É preciso definir previamente as horas e os dias em que cada um poderá ir a casa do outro, se é preciso avisar antes de ir, se cada um têm as suas próprias chaves de casa ou ambos têm as chaves das duas casas. No mundo dos “ses”, se eu e o meu parceiro tivéssemos tido uma conversa que estabelecesse este tipo de regras, talvez a relação pudesse ter sido vivida (em casas separadas) de uma forma mais saudável, mas é preciso que seja dada a oportunidade a cada um de escolher viver o amor de uma forma diferente, que proporcione uma vida em comum mais leve, sem amarras ou

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amarras ou rotinas, e que dá espaço a cada um para se realizar individualmente. Deixo-vos com algumas das vantagens e desvantagens de uma relação LAT que rompe com os padrões tradicionais, pode bem ser a salvação de um casamento desgastado pela rotina diária ou a possibilidade de concretizar um amor numa fase mais avançada da vida – viúvos e divorciados de meia idade podem querer viver um amor sem perder a liberdade adquirida com as circunstâncias de terem perdido o parceiro de uma vida inteira. Na vida, nem tudo é preto ou branco. O cinzento também pode ser muito agradável e recompensador, a nível sexual e emocional. As vantagens: o tempo juntos é planeado e vivido conscientemente; existe mais tempo para a individualidade e preservação da autonomia de cada um; pode melhorar a vida sexual do casal, porque dá espaço para a saudade; evita conviver diariamente com as pequenas coisas “irritantes” que o outro faz; quebra a rotina, pois há sempre novidade na ausência do desgaste diário; e é uma solução para quem já tem filhos de outros relacionamentos, pois evita as dificuldades em viver com enteados, e permite que pais divorciados preservem a ligação “pai-filho” sem interferência de outra pessoa. As desvantagens: não partilhar a casa implica não dividir as despesas, por isso cada um têm que ter autonomia financeira; o fantasma da infidelidade, já que quem opta por viver o amor em lugares separados tem que ter os pés bem assentes na terra, ser uma pessoa confiante e bem resolvida para evitar cenas de ciúmes, pois estas são sempre relações monogâmicas; pode levar ao distanciamento emocional e à falta de conexão entre o casal, que seguramente perde momentos importantes da vida um do outro. JOANA MARQUES CRIADORA DO PROJECTO "TRIPOLARIDADES – ANSIEDADE, ANOREXIA E BULIMIA"

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ENTREVISTA

Diz o facebook que eu e o Alexandre somos amigos desde Fevereiro de 2017. As redes sociais têm o poder fantástico de nos unir a pessoas que têm energias semelhantes às nossas, que partilham alguns gostos, formas de ser e estar. O Alexandre é uma dessas pessoas, já não me recordo como se deu o nosso contacto mas sempre fui seguindo o seu trabalho com admiração e entusiasmo. Nascido em 1978, Alexandre Martins é gestor, formador e, acima de tudo, especialista em TRANSMUTAÇÃO através de métodos avançados para actualidade, usando o planeamento e a motivação em programas pioneiros. Ao longo dos seus últimos 20 anos estudou e privou com milhares de pessoas das mais diversas áreas: estudantes, professores, escritores, investigadores, cientistas, neura-cientistas, desportistas, agentes desportivos, treinadores, actores, pessoas do entretenimento, músicos, advogados, empresários, empreendedores, investidores e jornalistas, entre outros, que o transformaram num coach de alta performance nas áreas de life, business e mental coaching. 2015, com objetivo de COMUNICAR, INSPIRAR e TRANSMUTAR vidas lançou um programa pioneiro, o “1080segundos.com”, ou seja, casos, exemplos de vida, gravados em vídeo que já chegaram a 121 países. A seguir conheça melhor o Alexandre Martins.

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MINDSET MAGAZINE: Se tivesses que te definir em 3 palavras, quais seriam e porquê? ALEXANDRE MARTINS: Pró-ativo, genuíno e comunicador. Pró-ativo, porque me considero uma pessoa irrequieta, à procura sempre de colocar novas ideias em pratica, acrescentar valor ao meu ser e a quem segue o meu trabalho, sou uma pessoa inconformada com os meus resultados, visto que quero sempre mais, vivo de superações e isso faz com que esteja sempre em ação. Genuíno, porque digo o que penso, por muito que as minhas palavras sejam boas ou más, calorosas ou frias, eu acho que devemos dizer as coisas sem rodeios e no meu caso, gosto de “justificar” porque digo determinadas coisas, acho que as pessoas devem entender a minha forma de estar na vida. Comunicador, a minha paixão pelas pessoas e pelas suas motivações fizeram com que eu me tornasse num comunicador. Acredito que para se ser um comunicador de excelência, ouvir muito permite-nos aprender muito e sermos mais assertivos na nossa comunicação. MINDSET MAGAZINE: Como nasceu a tua paixão pelo Desenvolvimento Pessoal?

ALEXANDRE MARTINS: Esta resposta é fácil para mim, sempre fui uma pessoa preocupada em desenvolver competências pessoais e profissionais para obter melhores resultados do que os meus colegas de trabalho, depois de estar a liderar equipas durante alguns anos senti uma maior necessidade de crescimento para destacar as minhas equipas das outras equipas a nível nacional e é aí que aparece a minha procura pelo processo do “entende-te a ti primeiro”, para poderes entender os outros a seguir, ou seja, depois dos 20 anos tudo mudou.

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MINDSET MAGAZINE: O QUE FAZ UM COACH DE ALTA PERFORMANCE?

MINDSET MAGAZINE: Como nasceu o "1080SEGUNDOS.COM" e de que se trata?

ALEXANDRE MARTINS: É uma excelente pergunta porque também é a minha profissão, enquanto coach/treinador e formador profissional, ao longo dos últimos 21 anos, desenvolvi competências de liderança em áreas como as vendas, marketing pessoal e empresarial, coaching de alta performance, programação neurolinguística (mais conhecida por NLP, seu acrónimo inglês) e, principalmente, saber lidar com as pessoas. Além disso, sou desenvolvedor especialista em programas como OER e “Transmutação” (nas variantes Elite30, Premium36 e Extreme42), isto é, programas avançados e individuais, com acompanhamento e objectivo de melhoria constante, ao nível de aptidões e competências pessoais, que utilizam ferramentas pró-ativas, adaptados a cada pessoa, pois cada pessoa é única. O mundo leva um ritmo alucinado e isso leva-me a ser hiper criativo para obter resultados com os meus clientes extraordinários. Sempre tive a preocupação de me apetrechar de conhecimentos valiosos, a nível nacional e internacional, aprendendo com os melhores para, depois, criar bases sólidas entre o aprendido aplicável e a teoria não aplicável, no nosso dia-adia. Percebi, desde muito cedo, que conhecimento é poder, no entanto, sem aplicação de pouco nos serve. Para quem não sabe, sou coach profissional treinado para fazer as pessoas aumentarem substancialmente a possibilidade de realizarem o que elas querem para a vida delas em diversos campos, pessoais ou profissionais e o Coaching é uma metodologia que usa ferramentas com validação científica, para ajudar os meus clientes a trabalhar basicamente 5 campos: Foco, Planeamento, Ação, Melhoria Continua e Resultados.

ALEXANDRE MARTINS: Nasceu numa sala de formação enquanto eu falava de empreendedorismo aos formandos presentes, depois foi apresentado oficialmente em Vila Nova de Gaia a 8 Maio de 2015. É um programa pioneiro no mundo chamado “1080segundos.com”, com o objectivo de COMUNICAR, INSPIRAR e TRANSMUTAR (transformar) vidas, ou seja, casos, exemplos de vida, gravados em vídeo que já chegaram a 121 países, até ao momento, 292 convidados, entre os 9 e os 97 anos.

projeto

MINDSET MAGAZINE: E o teu livro "7 Bases do Sucesso"? Qual o feedback dos teus leitores? ALEXANDRE MARTINS: A melhor forma de explicar esta pergunta é deixar aqui alguns comentários de quem já o leu na sua totalidade: “Um livro intransmissível” - Hugo Miguel Carvalho (PhD), “Tem a capacidade de impulsionar” - Claúdio Martins (CEO Grupo Antas), “Identifiquei-me com o livro e as 7 bases” - Bruno Seco (Selecionador Nacional Futebol de Rua), “Entrega valor às pessoas” - Pedro Caramez (Especialista Linkedin), “Livro condenado ao sucesso” - João Catalão (Coach, docente, autor), “Um manual para a vida” António Fidalgo (Comentador Desportivo RTP, RR), “Ajuda a sistematizar e a planear” - Carla Rocha (Locutora na Rádio Renascença), “Um livro diferente” - Liz Miguel Silva (Presidente AMA Empresarial), “Cheio de exemplos concretos” - António Pinho (Mestre em Economia), “Receita para sair do modo automático” - Alexandre Monteiro (Especialista em Decifrar Pessoas), “Um livro único, que nos leva ao próximo nível” Samuel Soares (CEO Samsys), poderia dar mais exemplos, mas, acho que já dá para ter um feedback muito valioso.

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MINDSET MAGAZINE: O que te atrai no trabalho com líderes de equipas empresariais? ALEXANDRE MARTINS: O que me atrai é a construção de resultados extraordinários através de dinâmicas que envolvem o autoconhecimento, propósito, disciplina, trabalho de equipa, networking, referência/autoridade, foco e liderança pelo exemplo. MINDSET MAGAZINE: Como distingues esse trabalho do acompanhamento individual que fazes em Coaching? ALEXANDRE MARTINS: Não distingo, porque o meu profissionalismo é o mesmo e a minha orientação é virada para a transformação de resultados. MINDSET MAGAZINE: Quais acreditas serem as principais características para um Coach de Alta Performance Bem Sucedido? ALEXANDRE MARTINS: Foco constante na melhoria dos resultados do cliente, ser disciplinado, saber trabalhar em equipa,

saber gerir conflitos, ser líder, saber planear, ser estratega, ser criativo, saber “ler”pessoas, saber motivar os desmotivados e por último, não parar no tempo, ou seja, manter-se atualizado e a criar novos caminhos (visionário). MINDSET MAGAZINE: Se tivesses que dizer a uma pessoa algo que a fizesse avançar na Transmutação da sua vida, o que seria? ALEXANDRE MARTINS: Primeiro punha-a a pensar com as seguintes frases: "Estás atrasada para fazer o que mexe realmente contigo!?”, “Será que ainda vais a tempos?”, “Quanto tempo passaste a fazer coisas sem sentido ao longo da vida?”, depois dizia-lhe o seguinte: “Nunca atingirás a tua melhor versão quando o foco é na sabotagem, lamentar não mudará nada o teu passado e é a ação focada no lema (SEM DESCULPAS) que mudará para sempre o teu presente e o teu futuro. MINDSET MAGAZINE: Acreditas que no futuro veremos cada vez mais pessoas interessadas no Coaching de Alta Performance? Porquê? ALEXANDRE MARTINS: Acredito que sim. Porque esse futuro, já não é futuro, é uma realidade do presente.

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MINDSET MAGAZINE: Já Chegaste Aonde Querias? ALEXANDRE MARTINS: Não! Cheguei ao cimo de muitas montanhas ao longo dos últimos 41 anos, mas logo percebi que os meus olhos visualizaram novas montanhas em cada topo e como sou apaixonado por novos caminhos, faço-me ao caminho de novas etapas, de novas metas.

me queria tornar enquanto pessoa e profissional, como devem perceber as minhas expectativas não são baixas, é como a construção de uma casa/projeto, primeiro na mente, depois no papel e depois mãos à obra que não há tempo a perder. Deixo um bocado da cortina aberta, trabalhar com os melhores e com uma agenda de espera de 18 meses para trabalhar comigo diretamente.

MINDSET MAGAZINE: Como visualizas a tua realidade daqui a 5 anos?

MINDSET MAGAZINE: Qual é para ti o Mindset para o Sucesso?

ALEXANDRE MARTINS: A minha realidade será o que já estou a construir há 21 anos, quando defini objetivos bem claros na minha mente do que

ALEXANDRE MARTINS: Para mim o Mindset para o Sucesso é SERVIR os outros com os nosso melhores competências e talentos. Entrevista de Sónia Ribeiro a Alexandre Martins

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A SEMENTE DA TRANSFORMAÇÃO Muito se fala em transformarmos as nossas vidas, em melhorarmos enquanto pessoas, sermos mais e melhores! Com o crescimento e expansão da área do desenvolvimento pessoal, cada vez mais pessoas procuram aprimorar as suas características, descobrirem os seus talentos, serem a melhor versão delas mesmas, e que bom que assim é! Que bom que cada vez mais queremos e procuramos desenvolver capacidades que na realidade, todos temos! Algumas vezes, estão só esquecidas e/ou adormecidas…o facto é que todos temos os recursos internos que necessitamos para realizarmos o que pretendemos! No meu percurso enquanto pessoa e enquanto profissional, fui-me apercebendo exatamente disso. Passamos imenso tempo a investir em nós, na nossa formação, no nosso crescimento, queremos mais, queremos ser melhores seres humanos e melhores profissionais. Está tudo certo e é de louvar que procuremos as nossas melhores versões! O que realmente acontece com todas as descobertas e aprendizagens que fazemos, é que nos apercebemos que os recursos e as capacidades já estavam dentro de nós, já existiam em nós como um todo! O trabalho, a formação, o estudo, o investimento em nós é legítimo e essencial, arrisco-me dizer que sou uma eterna aprendiz, pois irei aprender até me ser permitido! Contudo, e como seres humanos complexos e dotados de uma inteligência infinita, que acredito todos termos, percebo que a maioria das nossas descobertas assentam essencialmente em “acordar” e tornar consciente capacidades e recursos que já detínhamos! Este é um ponto fundamental que deves compreender: tu tens todos os recursos que necessitas dentro de ti! Tu és dotado de todas as capacidades que necessitas e aprecias nos outros, apenas poderão precisar de serem aprimoradas e trazidas ao teu consciente! Outro ponto fundamental que fez diferença na minha vida e que acredito que fará na tua, é o facto de efetivamente colocar em prática o que vamos estudando, aprendendo e descobrindo! De que nos vale o conhecimento se não o colocarmos em prática? De que vale saber a teoria toda, dominar várias técnicas e não as colocar em prática connosco MINDSET MAGAZINE | 28


mesmos? Surge aqui, o que considero ser a Semente da Transformação. Esta semente começa pela tomada de consciência de uma série de fatores sobre ti, a tua essência, a tua personalidade, o teu discurso interno, as tuas crenças, os teus valores, os teus comportamentos e o teu ambiente, que de facto criam a realidade em que vives agora! Depois da tomada de consciência e de um trabalho de exploração e de “desbravar” caminhos rumo às tuas profundezas, percebes que há questões que queres realmente alterar, melhorar e outras eliminar. Faz parte e que lindo é este caminho e este processo! O desafio e a transformação começam então, quando implementas as mudanças, quando ages em congruência com o que queres realmente para a tua vida e para ti. Parece fácil, no entanto, a experiência tem me mostrado que existe um grande espaço entre saber e agir, entre teoria e prática, entre querer e fazer! Podem surgir dúvidas, desconforto, inseguranças e até recuos, pois a mudança por muito positiva que seja, assusta variadas vezes. É crucial concretizar, é crucial agir de acordo com o que descobriste, acreditas e com o que és, é crucial que vivas os teus valores no teu dia-a-dia e que eles não sirvam apenas para embelezar conversas. Há verdadeiramente transformação quando vivemos as descobertas que fizemos, quando vivemos as mudanças, quando vivemos de acordo com as nossas vontades, com a nossa essência. Na formação que oriento e que intitulo de “A Semente da Transformação” procuro este compromisso e esta vivência real dos meus formandos para que sintam e vivam as diferenças, para que sintam e vivam de facto a transformação! É importante que saibas, independentemente da técnica ou da área que estejas a trabalhar, para haver transformação precisas de a colocar em prática, precisas de ser congruente, estar alinhado/a com o que descobriste e viver de acordo! Normalmente as maiores e melhores técnicas e aprendizagens de mudanças de vida, são as mais simples. Por serem simples, vejo que são variadas vezes descuradas e, por isso, carecem de prática! A diferença entre aqueles que realmente conseguem melhorar, mudar e transformar as suas vidas e aqueles que não o

fazem é precisamente viver a teoria na prática! Imagina que descobriste que um dos valores mais importantes que rege a tua vida é a alegria, e apesar da tua descoberta, continuas a viver o teu dia-a-dia em modo automático, sem encontrar alegria num momento ou em vários, continuas a viver de forma permanentemente séria, sem leveza, sem sorrisos, de forma enfadonha! Aqui não há congruência entre aquilo que dizes ser importante e aquilo que acontece no teu dia-a-dia e a forma como o vives! É por isso essencial estar atento/a às incongruências e atuar sobre elas! Quanto mais vives alinhado/a e em congruência com todas as partes de ti e tudo o que te compõe, mais a vida te sorri, mais realizado/a te sentes, mais os dias fazem sentido, mais a vida é vivida em pleno! Mais te transformas naquilo que realmente és e queres ser! Imagina que outro grande valor teu é a Verdade e continuas a viver faltando à mesma, passando por cima da tua verdade interna, realizando tarefas que não queres ou não gostas, assumindo e vivendo verdades que não são as tuas, tendo atitudes por ti ou pelos outros que vão contra àquilo que para ti é a Verdade, mentindo a ti mesmo/a e/ou aos outros! A consciência precede a mudança e a prática dessa mudança em congruência e alinhamento, gera a verdadeira transformação de uma vida! É um exemplo simples, sim, e ao mesmo tempo poderoso! Quando o implementas nas coisas simples percebes o impacto que tem nas coisas maiores! E aos poucos a semente da transformação nasce, desenvolve e, quando assim é, não mais voltas à antiga realidade! Encontras a semente da transformação quando transmutas e convertes tudo o que te limita! A minha semente da transformação aconteceu quando percebi que afinal EU SOU CAPAZ, e a partir daí ajo com verdade, alegria e competência sabendo que sou capaz de tudo, pois tenho todos os recursos que necessito! Qual é a semente que necessitas agora para veres e empreenderes a transformação na tua vida? INÊS SOUSA PSICÓLOGA E COACH ines_sousa3@outlook.com www.facebook.com/lifekeyspt/

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O PODER DO PENSAMENTO Quando as coisas não nos correm bem, é frequente atribuirmos a responsabilidade dos nossos pensamentos e até ações a terceiros ou algo exterior a nós. Afirmamos que não conseguimos fazer melhor por causa da crise, da sociedade, dos patrões ou outras quaisquer entidades que em geral não nos incluem a nós. Mas estaremos realmente a dar o melhor de nós? Teremos tentado todas as possibilidades até à exaustão? Ou fomos simplesmente e de forma gradual desistindo de tentar? Por esta altura a palavra “culpa” talvez tenha surgido na sua cabeça. Mas a verdade é que a culpa pouco ou nada resolve no processo de melhorarmos a nossa vida. Saber de quem é essa tal de “culpa" não soluciona a questão, não paga contas, nem tão pouco nos faz sentir melhor. Tudo o que pensamos influencia a forma como vemos a vida, vivemos as experiências e a forma como somos vistos pelos outros. Quando acreditamos em coisas como “não sou capaz”, ” eu não consigo”, “isso é muito difícil”, “ é complicado” ou “eu não sou suficientemente bom ou boa” já estamos a preencher o nosso caminho de pedras e obstáculos desde o início. Os tons cinza que demos a essas experiências tornaram-nas pouquíssimo motivadoras e apetecíveis. Afinal, quem espera um bom dia quando se levanta a pensar que “a vida é difícil” e se remata com “eu não sou capaz de resolver esta situação tão complicada”? Como veria esse mesmo dia se dissesse “a vida está cheia de desafios que estimulam o meu conhecimento e criatividade” e concluísse com “eu consigo lidar com qualquer contratempo que surja no meu caminho!”? O nosso tom de voz, a nossa postura e o que pensamos influencia muito a forma como vivemos cada dia. Está na nossa mão a capacidade de alterar o que não está a funcionar a nosso favor.

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Por isso gostaria que neste momento fizesse um sorriso, endireitasse as costas, rodasse os ombros para trás e dissesse com convicção “Hoje é um dia maravilhoso e estou pronto a abraçar todas as magníficas oportunidades que ele tem para mim!” Como se sente? Ao atribuir responsabilidades aos outros pelas coisas que sucedem na sua vida está a abdicar de todo o seu poder de decisão. Acredito que não é isso que quer fazer. Ter poder é ter as rédeas das suas escolhas na sua mão, para o bem e para o menos bem. Conduza essas rédeas sem medo de errar, pois isso é sinónimo que está a progredir e a aprender para fazer cada vez melhor. Sorria até com os tropeços e seja muito feliz.

SUSANA SANTOS * COACH TRANSFORMACIONAL, TERAPEUTA HOLÍSTICA geral@su-coach.pt www.su-coach.pt * Susana Santos é coach, autora, professora, Master Practitioner em PNL, certificada em Eneagrama e Método Louise Hay, terapeuta holística e facilitadora de destralhamento. Ajuda as pessoas a identificar o que as deixa insatisfeitas, quais as alterações a fazer e como as fazer. A partir daí nem o céu é o limite.

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HÁ UM TEMPO PARA TUDO DEBAIXO DO SOL Tempo para o céu azul e tempo para as tempestades... Tempo de flores e tempo de espinhos... Tempo de montanhas e rios... Tempo de jardins e desertos... Sim, há um tempo para tudo. Um tempo para o frio e outro tempo para o calor. No entanto, se viver é um dom, viveremos todas as estações e todos os tempos como um presente da Grande Vida a cada um de nós. Em tempos de céu azul eu coloco as minhas estrelas, o meu sol, o meu luar, a minha serenata; e em épocas de tempestades eu contemplo a chegada da bonança, a fortaleza da fé, a união dos verdadeiros amigos. Espalho flores inteiras pelo mundo que invento ou pelo caminho que trilho. Tem dias de pétalas e perfumes que seduzem e encantam, e tem dias de espinhos afiados que despertam a atenção e o cuidado... Porque tudo é flor, eu não lhe nego os meus espinhos. Porque tudo é flor, eu me entrego aos seus perfumes. Há um tempo para cada coisa debaixo do sol... Temos montanhas que escalam os nossos olhos, montanhas que tocam o nosso céu, montanhas que nos ensinam sobre a arte de esperar. Mas, de todas, as mais bonitas beijam a nossa face admirada, enquanto rios escorrem pelos nossos olhos verdejantes... Tempo para as montanhas, tempo para os rios. Raízes e lágrimas. Há também um tempo para os jardins florescerem

Esperança, Alegria, Gratidão... Até o dia em que os desertos invadem a nossa pele e fazem jorrar oásis de silêncios, orações, água e pão. Jorram simplicidade. Jorram Vidas. Jorram canções... Será sempre assim para quem escolhe ser: há um tempo para cada coisa debaixo do sol, mas para cada coisa que nos chega, sempre haveremos de extrair um fiapo de luz e sentido novo para a nossa existência, para o nosso tempo. Hoje você me abraça, amanhã eu abraço você. Hoje você me conta a sua história, amanhã você escuta a minha. Hoje você dorme comigo, amanhã eu durmo com você. E assim a Vida seguirá o seu rumo. E nós sempre haveremos de acordar nos mesmos sonhos, sob o mesmo céu, atravessando o mesmo Tempo... porque para quem acredita, todo tempo, sem exceção, é louvor e Graça... ROBERTO VIDA NOVA * PSICÓLOGO, PALESTRANTE, ESCRITOR contato@robertovidanova.com.br * Roberto Vida Nova é brasileiro, membro do CIT - COLÉGIO INTERNACIONAL DOS TERAPEUTAS. Tem formação em Psicologia Transpessoal e Psicologia Holística de Base pela Universidade Internacional da Paz. Autor de 4 livros, mantém o perfil ROBERTO VIDA NOVA em suas redes sociais.

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TEM DIAS DE PÉTALAS E PERFUMES QUE SEDUZEM E ENCANTAM, E TEM DIAS DE ESPINHOS AFIADOS QUE DESPERTAM A ATENÇÃO E O CUIDADO... ROBERTO VIDA NOVA

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AS ALERGIAS NÃO EXISTEM As alergias e a Nova Medicina Germânica O que se entende por alergia? Trata-se de uma hipersensibilidade a uma partícula ou substância que, se se inala, ingere ou toca, produz uns sintomas característicos. - A substancia ou elemento que provoca esta reacção chama-se alérgeno, e os sintomas provocados são definidos como reacções alérgicas. Explicação Médica - Quando um alérgeno entra no organismo de um alérgico, o seu sistema imunitário responde produzindo uma grande quantidade de anticorpos. - A sucessiva exposição ao mesmo alérgeno produz a libertação de mediadores químicos, em particular a histamina, que vai produzir os sintomas típicos da reacção alérgica. - Uma alergia é uma reacção anormal, inadaptada e exagerada do sistema imune, perante as substancias que normalmente são bem toleradas. - Certos tratamentos baseiam-se na habituação do organismo, e a isto chama-se dessensibilização. O tratamento de uma alergia - Existem no mercado diversos remédios (para remediar) esta situação, entre eles, vacinas e comprimidos.

A abordagem pela GNM - O cérebro controla as funções de todo o organismo - Tem capacidade de adaptação, modificando o metabolismo de cada órgão ou tecido - Aprende através de estimulo-resposta - Os estímulos podem registar-se simbolicamente e por associação livre - A resposta emocional é o indicador de alarme do cérebro - As alergias são um tipo de “fobia física” que o corpo desencadeia para evitar a recordação de alguma situação muito dolorosa emocionalmente - Ou seja, a causa das alergias será psicossomática - Ao libertar a resposta emocional que a dispara, os sintomas deveriam desaparecer Algumas associações Simbologias: - Agua: mãe, maternidade - Sol: pai, paternidade, dar a luz Associações livres: - Piscina: afogamento de primo pequeno - Sol: o pai não foi ao casamento - Metal: crime familiar de arma branca - Bijuteria: desvalorização A Cura - A cura é feita em uma a duas sessões e é permanente.

JORGE MALHEIRO CONSULTOR E HIPNOTERAPEUTA geral@jorgemalheiro.pt www.jorgemalheiro.pt

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INTUIÇÃO Uma viagem de autoconhecimento. Pessoalmente, acredito que intuir é ter um pressentimento da verdade, um feeling do que está certo. Quem nunca ouviu aquela voz interior? Quem nunca experienciou aquela sensação boa ou de desconfiança acerca de determinada pessoa ou assunto? Sabemos que é por ali o caminho, no entanto instala-se a dúvida e na maioria das vezes acabamos por não seguir essa preciosa voz. Na minha perspectiva, todos temos essa capacidade de intuir, por vezes, deixamos o nosso lado mais racional se sobrepor a esta capacidade. O nosso quotidiano é feito a grande velocidade, passamos o dia imersos em pensamentos muito barulhentos, acabando por atropelar as respostas

que tanto procuramos. Se queremos aceder a esse bem mais precioso, devemos aprender a alinharmo-nos internamente, silenciar a mente para o deixar emergir. É verdade que requer disciplina e boas práticas, diariamente. São consideradas boas práticas, as que fizerem sentido para nós, claro! E é assim….quando nos conectamos com o nosso Eu interior, temos acesso à nossa intuição, obtendo as respostas que tanto desejamos, só temos é de dar uma oportunidade de as ouvir. Boas práticas e boa viagem! TERESA TAVARES ENFERMEIRA teresatavares.mail@gmail.com www.facebook.com/teresa.tavares.35

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MUDANÇAS DE PARADIGMA Quem é que se lembra da mítica cena do Jerry Maguire: “Show me the Money!”? Ainda antes de começar, quero que seja bem claro que sou um firme crente que todas as empresas procuram o lucro (e aquelas que não o fazem estão/estarão em grandes apuros), mas que a forma como o procuram e o conseguem faz (cada vez mais) toda a diferença. Acredito que o fundamento do sucesso das empresas, assenta numa mudança de paradigma que pode ser sumarizada pela troca da mentalidade “money-oriented” para “value-oriented”. Ou seja, o sucesso está ligado com a capacidade de criar verdadeiro valor no cliente e não no lucro imediato. Reforço: as empresas querem ter lucro! A diferença é que o caminho para lá chegar, no pós-

web 3.0, assenta em criar clientes que sejam “raving fans”, isto é, promotores ativos da nossa “marca”, que se identificam com os nossos valores e que tem orgulho em nos usar. Não acredita? Ligue para a Apple/Nike, leia as criticas dos mais bem cotados do Trip Advisor ou veja o preço médio dos carros mais vendidas em Portugal. Atenção!! Isto implica uma mudança profunda nos valores das organizações pois, conhecer, servir e superar as expectativas do cliente tem de passar a ser a sua verdadeira missão… e fundação do sucesso (e lucro) duradouro. Qual a grande QUESTÃO (??) que as empresas têm de dar resposta neste mundo em convulsão? Ontem escrevi sobre a mudança do paradigma económico que está a ocorrer na última década em todo o mundo, e sobre os seus impactos ao nível macro.

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Mas para uma empresa, o seu foco não é (exclusivamente) o macro. O tema que preocupa os gestores e empresários não se prende com os impactos no mundo, mas sim, no seu mundo, com o desenvolvimento do seu negócio no dia-a-dia. E se somos bombardeados consistentemente com noticias de falências e fechos, o certo é que temos assistido ao nascer e crescer de milhares de empresas nestes últimos anos, que iniciam atividades, apostam num sonho, contratam mais colaboradores, desenvolvem novas tecnologias e a investem milhões no seu futuro, dando claros sinais de acreditar que ele será risonho.

O que estará na base deste sucesso? Será um aproveitar da onda tech, ou há aqui algo mais profundo? Acredito que as empresas que nasceram, resistiram e prosperaram neste período conturbado tiveram na sua mente (conscientemente ou não) a pergunta: “Como posso acrescentar mais valor à vida do meu cliente através do meu produto/serviço?” O que é que acha? RICARDO PEIXE COACH DE ALTA PERFORMANCE, TRAINER & SPEAKER rpeixe@insideout.pt www.insideout.pt

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...O SUCESSO ESTÁ LIGADO COM A CAPACIDADE DE CRIAR VERDADEIRO VALOR NO CLIENTE E NÃO NO LUCRO IMEDIATO. RICARDO PEIXE

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SIMPLICIDADE A simplicidade não se compra No dia a dia, dou por mim a visualizar com maior detalhe tudo o que me rodeia, colocando em pratica a essência do mindfullness – mente de principiantetudo que já vejo aos anos, torna-se novo a cada dia, todos os dias, ao passar nos mesmos locais, reparo em coisas diferentes, que nunca tinha reparado. Dou por mim a pensar… meu Deus, o quão automática eu ando, que nem sequer reparei naquela coisa, naquele formato!

Coisas simples que, para mim, ganham um significado tão importante, e me ensinam a ser grata diariamente pela vida, pelo que existe, pelo que posso ver, cheirar, sentir. Este mês começou em grande para mim, cheio de fé, cheio de coragem, cheio de amor, companheirismo, de pessoas-luz que me incentivam e que estão lá sempre (quando preciso ou não). Este mês é o mês da simplicidade, do amor, de um recomeço, de um passo de fé em muitos sentidos. Deixar o piloto automático, zelar pela simplicidade na vida, treinar o meu foco e concentração, treinar a minha paciência… são desafios, desafiantes (redundância propositada!!!), porque me tiram do lugar de conforto e me fazem acreditar mais no sobrenatural, me fazem acreditar que é no simples que vou buscar o que enche a minha vida e o meu ser. É aceitar que não sou “multitarefa” (nem o devo ser), porque o ótimo é inimigo do bom, e se quero mais, devo direcionar a minha energia num único sentido, e não em vários sentidos!

A chave para seguir nesta fé, é a gratidão. Sem ela não conseguiria seguir e crescer. É com ela que encho o meu coração de fé, e é com ela que sou feliz. Cada vez mais acredito no fluir natural da vida, cada vez mais tenho fé que nada acontece por acaso, e nada é colocado lá por acaso, tudo tem um sentido, tudo fluir numa direção, na direção correta da nossa vida. Nada melhor do que ser invadida por esta força imensa, que percorre o meu corpo e me invade as veias, que em cada respiração me faz sentir tudo a que tenho direito e tudo o que conquistei. Esta força, chama-se gratidão. Gratidão por, do nada, ser gratificada por ter tocado na vida de alguém, gratidão por ser usada para o bem, gratidão por ter amigos verdadeiros, por ter uma família de amor, por ter luz na minha vida, e por ter pessoas que somam e que não subtraem à minha vida! É no simples da vida, que se conquistam estas tremendas vitórias, e é agradecendo, por cada desafio que a vida nos coloca, que avançamos. É na simplicidade de tudo o que nos rodeia, que deixamos entrar esta gratidão, esta força inexplicável. Desafiemo-nos a conectar-nos com o simples, com o nosso ser, com os nossos sentidos. Apuremos cada um deles em cada momento dos nossos dias, como se estivéssemos a saborear um bolo de cenoura (com cobertura de chocolate). Este mês vai ser tremendo, acredito, será um mês de boas vibes! PAULA NETO ENGENHEIRA DO AMBIENTE neto.paula78@gmail.com www.instagram.com/luaacriativa/

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COMO TER ÊXITO NA VIDA – A ORIGEM DO SUCESSO Se sairmos à rua e lançarmos a pergunta: “ Queres ter sucesso na tua vida?” Todos sem exceção dão uma resposta afirmativa. Desde o mais pequeno ao maior, do mais novo ao mais velho, independentemente da raça ou religião. Sem dúvida que todos nós queremos ser bem-sucedidos seja em que área for. É certo e sabido que toda a sociedade quer alcançar o mais alto nível de sucesso. Seja por vaidade, interesse ou paixão. No entanto, alcançar esse tão desejado nível de sucesso não é pera doce. Pois é, não é assim tão fácil quanto a maioria de nós pensa. Para sermos bem-sucedidos, temos que ter os objetivos bem claros na nossa mente e não fraquejar. Temos que estar conscientes que vamos encontrar obstáculos e sacrifícios pela frente e até chegarmos ao topo, podemos ter que renunciar algumas alegrias e momentos habituais da nossa vida. Mas acredita que vai valer a pena. Aqui te desvendo uma lista de sete formas simples e garantidas de ser bem-sucedido na vida.

1. Paixão A vida é curta de mais para não vivermos com paixão. Fazer o que amamos é indispensável para nos sentirmos felizes na nossa caminhada. Infelizmente, a maioria da população dá-se por satisfeita com um emprego ou carreira que lhes trás alguma segurança, mas essa segurança nunca os vai preencher ao máximo. O primeiro e mais importante passo é com toda a certeza descobrires a tua paixão, aquela que te move, que te deixa de

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sorriso rasgado e brilho nos olhos. Deves concentrar toda a tua força e energia para a alcançares. Podes acreditar que um dos maiores arrependimentos das pessoas idosas da sociedade, é se terem conformado com a segurança de um trabalho que eles não amavam. Para evitar que te arrependas na maioria das tuas decisões, não deixes de procurar a tua paixão. Fazer o que amamos vai nos garantir estar apaixonados e muito motivados para o nosso dia a dia, seja qual for o nosso rendimento. Procura descobrir o teu propósito de vida através da tua paixão. Pode ser um trabalho duro e inicialmente difícil de atingir mas o amor e a paixão com que te vais entregar, vai fazer a diferença no alcance dos teus objetivos e do sucesso na tua vida.

2. Compromisso Desengane-se quem pensa que o sucesso cai do céu. Ninguém tem sucesso sem estar comprometido e sem praticar. Para chegarmos ao patamar pretendido, é preciso tempo e prática para o aperfeiçoamento. Somos o que fazemos consecutivamente, por isso temos de dar tempo para melhorar as nossas habilidades. A prática leva a perfeição, e o erro à excelência.

3. Acompanhamento No caminho de alcançar os teus sonhos, é necessário saberes que o sucesso não tem segredo nenhum e que está ao alcance de todos. E é mais fácil identifica-lo se procurares um mentor bem-sucedido numa área do teu interesse, tentando acompanhar o seu percurso e modelar um processo idêntico para atingires o sucesso. Depois de identificares um mentor, vai certamente se tornar mais fácil modelar as crenças positivas e aprender com os erros. Ao modelares uma pessoa bem-sucedida, irás aumentar a tua probabilidade de sucesso.

4. Planeamento Temos a ideia errada que o sucesso acontece do dia para a noite. Na realidade o sucesso ocorre de um planeamento adequado. Devemos ter um plano de guia para atingir os nossos objetivos e metas. Saber o que fazer e quando fazer é crucial para o sucesso. Leva o tempo que precisares para planear todos os passos da tua jornada. Tendo um plano bem definido será possível analisar o teu progresso ou não, e ajustar o mesmo.

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5. Otimismo É de extrema importância ter consciência que vamos encontrar sempre desafios e obstáculos nos mais diferentes momentos do nosso percurso. Os momentos bons demoram a chegar e infelizmente não duram para sempre. Prevê uma caminhada com altos e baixos na tua jornada até à meta. Mentalizate que em cada vez que caíres te tens que levantar ainda mais depressa, sempre que te aparecer um problema ou obstáculo. Pessoas de sucesso têm uma capacidade incrível de permanecer otimistas nos momentos cruciais de cada jornada. No fundo não interessa quantas vezes falha/cai, mas sim quantas vezes se vai levantar e vai à luta.

6. Sinceridade Nesta jornada para o sucesso, temos de compreender que o nosso maior obstáculo está dentro de nós mesmos. Sim, somos nós. Sê duro, autodisciplinado e sincero contigo mesmo, sem isto será impossível atingir qualquer objetivo. Será impossível atingir o sucesso.

7. Caminhada Lembra-te que não somos todos iguais, por isso temos objetivos diferentes, sonhos diferentes e paixões diferentes. Não podes cair no erro de te comparares com os outros, pois não sabes em que patamar eles estão e quais os seus objetivos. Compara-te sempre contigo, com o teu “eu interior”, isso sim é uma boa comparação. Uma das regras mais importantes é seres bondoso contigo próprio. Mima-te sempre que atingires cada meta da tua jornada. Através deste mecanismo de amor-próprio vai ser muito mais fácil poderes atingir o tal desejado patamar de sucesso. No fim comprovarás que uma jornada se torna mais fácil com os objetivos bem definidos e percorrida com paixão. Verás o quanto és capaz quando te capacitas das ferramentas adequadas.

RUI MARTINS COACH TRANSFORMACIONAL rui@coachbyrui.com www.coachbyrui.com

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O EGO É para pôr fim a tirania absurda do ego que enveredamos pelo caminho espiritual mas, a eficiência do ego é quase infinita e em qualquer estádio pode sabotar e corromper o nosso desejo de nos libertamos dele. A verdade é simples e os ensinamentos são extremamente claros mas, assisti, vezes sem conta, com uma profunda tristeza, que assim que eles nos começam a tocar e a comover, o ego tenta complicá-los porque sabe que está a ser ameaçado. No início, quando ficamos fascinados com o caminho e com todas as possibilidades, o ego até pode encorajar-nos e dizer " isto é mesmo extraordinário. É mesmo o que precisas! Estes ensinamentos fazem todo o sentido!" De seguida, quando dizemos que queremos experimentar a prática de meditação ou fazer um retiro, o ego sussurra " Que bela ideia! Porque não te acompanho? Ambos podemos aprender alguma coisa. Durante todo o período de lua de mel do nosso desenvolvimento o ego continuará a encorajar-nos: " Isto é maravilhoso - é tão extraordinário, tão inspirador..." À medida que o ego é revelado, que se põe o dedo na ferida, começam a surgir todo o tipo de problemas. O ego continua a evocar todo o tipo de

dúvidas e emoções dementes, pondo lenha na fogueira: "Afinal de contas, és um ocidental inteligente, moderno e sofisticado" - diz-nos o ego à medida que nos observa radiante a ficarmos cada vez mais presos na sua teia, chega ao ponto que até culpa os ensinamentos e o sofrimento, solidão e dificuldades em alguma coisa - "Esta malta quer me explorar". O ego é tão esperto que consegue distorcer para alcançar os seus próprios objetivos. A verdadeira arma do ego é apontar o dedo hipocritamente a alguém. O ego é como um juiz " julga os outros" e como um advogado "arranja todas as escapatórias para se defender".... Portanto muito cuidado! Este não é um processo puro e simples, nem destrutivo,mas de um entendimento extremamente preciso e por vezes doloroso da criminalidade fraudulenta e virtual do teu ego. Retirado do livro " o livro tibetano da vida e da morte" de Sogyal Rinpoche e alguma interpretação minha. BRUNO NEVES EMPRESÁRIO abreatuamente2018@gmail.com Instagram: abreatuamente

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QUE “GATILHO MENTAL” TROUXE O FURRIEL GARCIA DO ULTRAMAR? Cruzei-me em dezembro com o senhor Garcia no supermercado. Já não o via há uns meses. Tem cerca de setenta anos. Disse-me que continua a trabalhar e parece que finalmente está quase a conseguir sair das grandes dividas que lhe caíram no colo por azares complexos da vida. Disse-me sobre isso “...sabe senhor Paulo, por ter confiado em pessoas que não devia...”. Mantém uma imagem irrepreensível. Usa sempre gravata e brilhantina no cabelo. Apresenta um aprumo exemplar e raro. A conversa estava a ser fugidia, pela pressa que ambos revelávamos. No entanto deu para que me falasse de um recente e bom negócio que fez e soube-me bem saber que a sua vida financeira se está a compor. Soube-me bem saber, porque há cerca de três anos ficou viúvo e anteriormente tinha passada por um duro processo de falência. Tem três filhos, dois deles bem sucedidos, acima da média dos padrões da actualidade (um deles professor universitário), mas a “menina” de quarenta e poucos anos, segundo as suas palavras, “está perdida”. “... senhor Paulo, a droga destruiu-a como ser humano. É muito duro. Continua a viver lá em casa e sou eu que a sustento. Não faz nada, passa o dia a ver televisão e ao computador. Não sei o que vai ser dela.” O culpado da conversa ter mudado de rumo fui eu porque lhe perguntei pela filha. E o relato foi tristemente uma réplica doutras conversas que já teve comigo noutras alturas. Mas...enquanto toca neste assunto tão triste, mantém a elegância no trato e tem a habilidade de fazer deste desabafo, um relato sereno e ligeiro, de forma tão suave, que parece estar a contar uma estória distante a qual não tem nada a ver com ele. Fechou o tema com um sorriso de dentes bonitos e força viva no olhar.

Conheço um pouco o seu “modus-operandi”, sei que a última coisa que quer é incomodar os outros com as suas “cruzes” e quase que procede como se tivesse a pedir desculpa por me ter incomodado a mim com o assunto. Mas... por bem sucedido que ele costume ser, (neste aliviar da carga emocional da conversa), olhei-o nos olhos profundamente. Era Natal e nestas alturas estes assuntos são particularmente tocantes e mesmo que fosse noutra altura, apesar da minha pressa, eu não podia fazer de conta que não tinha ouvido aquele “grito” profundo e ele descortinou o meu “lamentar” no silêncio a que dei continuidade, quando se tinha calado. E ele percebeu também, que nesse silêncio eu andava à pressa a procurar algo para lhe dizer, que verdadeiramente valesse a pena... mas eu não encontrava nenhumas palavras e só pensava o quão duro deveria ser viver assim naquela situação... O senhor Garcia é um mestre. É vendedor e um profissional de excelência há muitos anos e assim sendo um especialista em contacto humano e ... antes de eu articular alguma frase, vi um súbito brilho e iluminação no seu olhar e com um sorriso firme e uma pose hirta quase militar, disse-me: “… mas eu fui combatente senhor Paulo e nada me põe abaixo, sabe?… Temos que ser duros!…” Concordei acenando a cabeça vivamente, enquanto ele me salvava da minha tentativa de lhe ser empático. Sabíamos que não iríamos prolongar-nos muito nesta troca de palavras no corredor de supermercado, ambos estávamos com pressa. Às

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vezes outras pessoas tinham de passar entre nós e a intensa conversa não tinha condições para ser continuada ali. O dia não estava a ser bom para mim, andava triste por vários assuntos, mas quando me separei do senhor Garcia, ainda sentia o impacto daquele breve momento antagonista. O senhor Garcia passou do lamento para a boa disposição de modo instantâneo. Parecia que tinha carregado nalgum gatilho ou interruptor e ali estava aquela frase pronta a disparar tal “verylight” pronta a iluminar e transformar o estado mental dos interlocutores e do próprio senhor Garcia: “… mas eu fui combatente senhor Paulo e nada me põe abaixo, sabe?… Temos que ser duros!…” Com aquela sua expressão, num salto quântico, passei de estar preocupado, para estar impressionado e ele, saltou do subtil e natural desabafo humano, para a prontidão do Furriel de cavalaria, preparado para mais uma operação militar, viajando para trás no tempo instantaneamente cerca de cinquenta anos, e visitando as suas memórias e vitórias de guerra no Ultramar. Despedimo-nos com sorrisos largos e com a boa disposição reposta por ele e eu agarrado ao carrinho de compras, trazia e saboreava aquele instante. Voltei às lides domésticas e enquanto comparava os preços do fiambre, pensava em tudo aquilo e especialmente naquele mecanismo de mudança automático que o Sargento Garcia deve de usar há décadas e que usa também hoje em dia para sair destas “emboscadas” mentais como se viu. Seria decerto este mecanismo que usava em situações de combate no Ultramar e que o manteve e trouxe vivo de lá. Que momento sublime. “Aquilo é de certeza um “gatilho” ou interruptor em que carrega…” voltava eu a pensar, dando largas à minha criatividade mental. MINDSET MAGAZINE | 45


Cerca de um ou dois minutos depois, estava eu inclinado a olhar para a vitrina da charcutaria e senti um leve toque de dedos nas minhas costas, alguém me chamava. Virei-me e vejo um sorriso largo e ouço com a habitual gentileza do senhor Garcia: “Senhor Paulo, desculpe… Queira ver…” Tinha voltado atrás e estendendo o seu braço direito, mostrava-me na mão correspondente, aquilo que eu tinha na minha criatividade, imaginado existir. Olhei e era decerto a versão física, real do tal “gatilho” que reverte num instante, dores e agonias, em coragem combatente. Mostrando-me com um orgulho imensurável, observei com atenção e vi algo que parecia “antigo” mas que fora trazido à modernidade, digitalmente. Era o tal “gatilho” mágico… era uma foto no “smartphone”. Era uma foto do Sargento Furriel Garcia de Cavalaria nos anos sessenta, no ultramar, vestido de camuflado e com as brilhantes espadas na boina preta. O militar da fotografia tinha em comum com quem a mostrava orgulhosamente, um sorriso franco e forte. Se dúvidas tinha até ali, ficaram esclarecidas com este acto. Este homem aprendeu a apertar o

“gatilho” nestas situações emocionalmente frágeis. Provavelmente ninguém lhe ensinou tal. Foi a vida e a experiência que lhe deram tais habilidades e aquela foto e as suas memórias de combatente sobrevivente são o gatilho mental que o salva. Uns meses depois recordei este momento e tinha que o registar, pois os dias que não são bons, acontecem de vez em quando e faz algum jeito termos discernimento e capacidade de apertar um gatilho modo-combatente que reverta instantaneamente o estado mental e físico que nos afecta. Todos já teremos conseguido num acto de coragem, com um salto, mudar o rumo da situação. Usando o exemplo do senhor Garcia (Furriel Garcia) que tenhamos sempre à mão e à mente, o acesso pronto a um gatilho-modo-combatente e que encontremos a nossa versão personalizada da frase do Sargento Garcia: “… mas eu fui combatente senhor Paulo e nada me põe abaixo, sabe?… Temos que ser duros!…” *Verylight - Foguete disparado para o ar por uma pistola como sinal de emergência com intensa iluminação temporária. PAULO SILVA DE POMBAL FUNDADOR DA OV ovsecretariado@gmail.com

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OS DIAS QUE NÃO SÃO BONS, ACONTECEM DE VEZ EM QUANDO E FAZ ALGUM JEITO TERMOS DISCERNIMENTO E CAPACIDADE DE APERTAR UM GATILHO ...QUE REVERTA INSTANTANEAMENTE O ESTADO MENTAL E FÍSICO QUE NOS AFECTA. PAULO SILVA DE POMBAL

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COMO MUDAR DE VIDA EM 5 MINUTOS Façamos uma pequena introdução: Não penses que mudar de vida é difícil. Não é. Não tens de mudar tudo agora, mas também não tens de mudar nada complicado. O primeiro problema, quando se quer mudar de vida é que raramente aceitamos a responsabilidade pela situação em que nos encontramos. Começamos por aí. Quando estamos numa situação, fomos colocados nela por 3 factores: 1. As circunstâncias. 2. As acções de outras pessoas. 3. As nossas próprias decisões. Estes 3 ingredientes são os ingredientes deste prato: a nossa situação actual. Já reparaste que, dos 3 ingredientes, a maior parte das pessoas só usa 2: circunstâncias e as acções de outras pessoas, porém o terceiro ingrediente é o mais importante. Já vi pessoas prosperarem nas mais adversas circunstâncias e no meio da opinião mais negativa e criarem vidas maravilhosas. Também já vi pessoas desperdiçarem a vida que têm, mesmo com as melhores circunstâncias e o maior apoio de toda a gente. Por isso, o ingrediente mais importante é o terceiro: nós mesmos. Jim John dizia que a direcção do vento é importante, e é igual para todos, porém cada um pode ajustar as suas velas. Este ponto é importante: a responsabilidade pela nossa situação actual, sendo dos 3 ingredientes, é principalmente do terceiro: nossa. A seguir, precisas entender de que forma as nossas decisões criam a nossa vida. Isso acontece através dos hábitos. Não somos o que pensamos e fazemos, transformamo-nos no que pensamos e fazemos “todos os dias”. MINDSET MAGAZINE | 48


Por isso, para este exercício de mudar de vida em 5 minutos falamos dos hábitos. E agora, depois desta introdução, vamos ao método para mudares de vida em 5 minutos. Para mudares de vida em 5 minutos precisas saber o seguinte: 1. Saber em que situação te encontras e não gostar dela. Se queres mudar tens de ter consciência do que não está bem na tua vida e querer a mudança. 2. Ter bem claro na tua mente qual a situação em que queres estar. Pensa um pouco sobre ela e visualiza-a com clareza, como és tu, nessa situação, como são as tuas roupas, o teu porte, a tua satisfação, como são as pessoas à tua volta, as coisas que te rodeiam. Se tiveres dificuldade nesta parte, não faz mal, faz o teu melhor. Muitas pessoas mudam de vida não sabendo para onde querem ir, mas sabendo muito bem de onde querem sair. Pode ser suficiente. 3. Verificar com honestidade quais os teus hábitos actuais que te colocaram e mantêm na situação actual. Pode ser excesso de trabalho, preguiça, procrastinação, tabaco ou álcool, um feitio violento, ou tímido, hábitos nefastos, sei lá, o que for o teu caso. 4. Fazer uma lista de todos esses hábitos. Depois classifica-a por ordem de importância: Qual o hábito, ou modo de ser mais responsável pela tua situação actual, depois o seguinte, depois o seguinte e por aí fora.

Só de pensar em mudá-las tu desanimas porque não te parece possível, estão tão cravadas em ti, tornaram-te tão dependente que não consegues imaginar ver-te livre delas. Não te preocupes, não são essas que tu vais mudar. Foca-te em vez disso nas do fundo da lista, nas mais fáceis, naquelas coisas que tu podes mudar sem grande esforço, basta querer e estar atento. É por aí que inicias a tua mudança de vida, pelas coisas mais prosaicas, mais fáceis. Vais substituindo essas características destrutivas, ainda que moderadamente destrutivas, por outras construtivas, ainda que moderadamente construtivas. E pronto, é só isso. Agora parece que te ouço a perguntar: – “Então e as coisas grandes? Aquelas que são as principais responsáveis pela minha situação actual? Não importam?” É claro que importam. Importam tanto que, sem as dominares, nunca terás a tua metamorfose completa, mas deixa-as para o fim. Vais crescendo desde a base, vais ganhando novos hábitos simples, e vai chegar um dia em que simplesmente decides terminar com um dos hábitos nefastos que te mantêm prisioneiro, mas quando isso acontecer, estarás fortalecido por dezenas de pequenas mudanças, efectuadas discretamente, pela calada da noite ao longo do tempo. E lembra-te: é verdade que coisas más também acontecem a pessoas boas, porém tu tens o poder de fazer melhor do que as circunstâncias sugerem ou que os outros preferem.

Depois de teres esta lista, olha bem para o topo. Lá estão aquelas tuas características que são mais difíceis de mudar e que são as maiores responsáveis pela tua infelicidade. MINDSET MAGAZINE | 49

RUI GABRIEL BUSINESS TRAINER E MENTOR rui@ruigabriel.com www.Ruigabriel.com


A FÉ A fé: é uma questão religiosa ou fundamental para a vida? Quando te olhas no espelho, o que vês? Que pensamentos vêm à tua mente? Como está o teu relacionamento contigo mesmo? Precisamos de três coisas para poder realizar os nossos sonhos: 1: Ter conhecimento do nosso poder 2: Ter a coragem para realizar 3: Ter fé para agir O conhecimento do nosso poder é vital? A maioria de nós não sabe quem é ou qual é o seu propósito na vida. Entender o poder que existe em cada um de nós, no nosso interior, determina a diferença entre o sucesso ou o fracasso. Coragem é a emoção a partir da qual a vida se afirma. Dr. David Hawkin no seu livro "Power against Strength", criou através de estudos da cinesiologia o mapa da consciência. Determinou e demonstrou como todas as emoções que se calibram abaixo da coragem, tendem à morte: vergonha, culpa, raiva, medo. Emoções com vibração mais elevada que a coragem, como paz, amor, alegria e confiança, afirmam a vida. É preciso coragem para alcançar os sonhos. Dessa emoção podemos seguir em frente. A ação, por sua vez, é essencial para obter resultados. No entanto, não é agir por agir, trata-se de tomar atitudes focadas no Ser, no que somos, na nossa Visão, usando nossa mente e as nossas emoções. Obviamente, isso requer fé. Fé é algo que normalmente tomamos como garantido, como a saúde. No entanto, a fé é necessária para iniciar um grande projeto ou criar uma família em harmonia. Para alcançar grandes sonhos, consciente ou inconscientemente, precisamos de fé. Nesse sentido, há uma parte da nossa existência, que é a causa de tudo e que normalmente deixamos de lado, é a parte espiritual. Estamos focados nos resultados, nos efeitos. Se quisermos mudar os resultados, temos que nos concentrar na causa. E a causa de tudo é espiritual ou energia. MINDSET MAGAZINE | 50


Espiritual-> .Mental -> Emocional-> Físico Nós, enquanto seres humanos, somos seres multidimensionais, temos diferentes "corpos" ou estados: temos um corpo físico, temos um corpo emocional, um corpo mental e também um corpo espiritual ou energético. Muitas pessoas só estão conscientes do seu corpo físico, outras percebem que são muito mentais, mas as suas emoções estão fechadas. Existem quem é muito emocional (geralmente pessoas com energia feminina) mas que presta menos atenção ao espírito, ao Ser essencial, à alma. Se atendermos a estes 4 níveis como seres humanos, sentiremo-nos realizados e com poder pessoal. Em que acreditas tu? Está demonstrado que para a tua mente inconsciente assim que lhe atribuis poder tudo se torna real seja simbólico, imaginário virtual. Se acreditas que algo exterior vai ajudar, abençoar etc. irá acontecer. Muitas pessoas acreditam que a ideia de um Deus ajuda-os a ter fé, outros um avô de quem gostavam muito, outros a um objecto, a uma pessoa viva, é o mesmo, o que importa é que aquilo em que tu acreditas que te ajuda, funcionará. No entanto, há uma verdade, nós somos energia, e essa energia que somos, ou vibração pode literalmente criar qualquer coisa que quisermos. Temos que perder o medo de Deus, como nós temos que perder o medo de dinheiro ou de sexo. Tenho notado que muitas pessoas, especialmente no Ocidente, embora consideradas religiosas ou crentes têm um relacionamento conflituoso com o conceito de Deus. É um amor / ódio como muitos têm com os seus pais ou mães. Na mente eles pensam algo como: "Eu amo-te porque deste-me vida e eu tenho que te amar, mas eu odeio-te, porque não fizeste o que eu queria que fizesses." E esta relação conflituosa afeta o teu poder pessoal e felicidade

porque está intrinsecamente ligada ao ideal que temos de nós mesmos. Há algo importante a entender: a diferença entre religião e espiritualidade. Devido ao abuso histórico que fez a religião em nome de Deus, muitos se recusaram a ter fé. Além do uso de culpa e vergonha ou lições como castigo pelo pecado e inferno etc. Portanto, agora se referem a Deus como Universo, Fonte, o Criador, a Divina etc. A espiritualidade é a base da religião, e não ao contrário. Assim, não podes ser religioso sem ser espiritual e podes ser espiritual sem ser religioso, o último é o meu caso. A pergunta é: o que significa ser espiritual? Significa reconhecer ou estar no espírito. Reconhecer que somos seres espirituais tendo uma experiência física. Além disso, o reconhecimento das leis universais e seu uso para o bem comum. Todas as ideias e conceitos estão na nossa mente, portanto, podemos mudá-los, transformar se não gostarmos deles. No meu caso, tive que transformar o meu conceito inicial de Deus, aquele que havia aprendido, num país comunista, também o conceito de dinheiro e riqueza, entre outros. Quando comecei a estudar e ler sobre os maiores homens e mulheres, personalidades, cientistas, criadores influentes do mundo moderno e antigo, todos, sem exceção, acreditavam numa Energia, numa Fonte da qual emanavam a sua inspiração e as grandes ideias. Vamos mudar a palavra Deus por Amor: Acreditas no Amor? Tens fé No Amor? Tens fé em ti? YONIEL GARCIA HAPPINESS & LIFE COACH yonielcoach@gmail.com www.yonielgarcia.com

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A ESPIRITUALIDADE É A BASE DA RELIGIÃO, E NÃO AO CONTRÁRIO. ASSIM, NÃO PODES SER RELIGIOSO SEM SER ESPIRITUAL E PODES SER ESPIRITUAL SEM SER RELIGIOSO... YONIEL GARCIA

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MASTERMIND - UMA VIA PARA O SUCESSO Das primeiras vezes que tomei contacto com a importância de grupos de Mastermind foi quando ouvi o audiobook “think and grow rich”, do Napoleon Hill e, desde então, tenho verificado que é uma das mais poderosas ferramentas utilizadas pelas pessoas de sucesso. Mas afinal que conceito é este que junta um grupo de diferentes áreas profissionais para fazerem algo mais que trocarem de contactos? O que tenho verificado ao longo da minha vida profissional, através do contacto com centenas de empresas e organizações, é que para alcançar os melhores resultados em qualquer área temos de estar em constante evolução, crescimento e aprendizagem. Por esse motivo, estou sempre a procurar novas formas de pensar, estar e agir. Foi precisamente quando assumi a direção e coordenação técnica de um dos mais importantes eventos de ciência e tecnologia do meu país que constatei que, tendo junto de mim pessoas e empresas com cultura e backgrounds diferentes, não só ganhava outra perspetiva sobre a produção de um evento desta natureza, como novas e inovadoras ideias na forma como o fazer. Concretizar tudo isto sem o suporte de outras pessoas, entidades e parceiros, é muito difícil e “só” fará com que fiquemos presos a fazer as coisas sempre da mesma maneira. O grupo de Mastermind ajuda-nos a pensar “fora da caixa” mas, mais importante que isso, a permanecer “fora da caixa”. Este ano decidi que vou criar o meu próprio “MASTERMIND GROUP” MINDSET MAGAZINE | 53


Portanto, este artigo surge no sentido de vos dar a conhecer aquela que será a minha estratégia para que isso aconteça brevemente. Não vos falarei de resultados (que ainda não tenho), mas espero potenciar a vossa vontade para fazerem o mesmo e, com isso, alcançarem o sucesso que desejam. 1 - A primeira coisa que vou fazer é pensar bem que grupo de pessoas quero ter à minha volta. Quem são os indivíduos, as empresas, os empresários que já estão no patamar que eu pretendo alcançar. É junto deles que pretendo estar. É com a ajuda deles que eu pretendo, também, crescer. Portanto, toca a pensar numa lista de potenciais membros para este grupo. 2 - De seguida, penso no tipo de grupo de Mastermind que pretendo criar. Este é um aspeto muito importante. Reparem que, por exemplo, se o meu objetivo for a criação de novos negócios ou o investimento financeiro, convém criar um grupo com pessoas ligadas ao empreendedorismo e investimentos. Se o objetivo passar, por outro lado, pela ampliação de rede de contactos e/ou estabelecimento de novas parcerias em diversas áreas, o Mastermind Group deverá ter pessoas de vertentes distintas.

3 - Este grupo deverá ter entre 5 e 10 pessoas. Reparem que se ele for demasiado pequeno, poderá perder ritmo, dinâmica. Ser for muito grande pode acontecer que o grupo disperse ou não partilhe tanto nas reuniões. 4 - Depois tenho de decidir a periodicidade com que o Mastermind Group vai reunir, de que forma e durante quanto tempo. 5 - Por último, pensar o guião/estrutura das reuniões Posto isto, espero ter numa das edições de 2020, desta incrível magazine, um artigo sobre o impacto e a importância que este Mastermind Group teve no meu crescimento e no crescimento dos meus negócios. Se resultou com Henry Ford, Thomas Edison e Harvey Firestone, farei tudo para que resulte comigo. Abraço!

PEDRO NEVES CONSULTOR, HUMORISTA E BUSINESS COACH pedro.neves@likeaproevents.com www.likeaproeventes.com

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CONSCIÊNCIA EMOCIONAL Todos nós conhecemos casos de pessoas que tiveram "tudo o que é necessário" para serem felizes e equilibradas emocionalmente e, no final, simplesmente se perderam no processo? De facto, a realidade mostra que há cada vez mais desequilíbrio emocional, cada vez mais pessoas deprimidas e tristes que se resignam à apatia da vida segundo as regras sociais e os papeis que desempenhamos. Há uma pergunta que, permanentemente, assombra todos os aspirantes a serem pessoas felizes e Emocionalmente Inteligentes: "Como é que eu consigo manter o equilíbrio emocional e ser feliz?" Será que cada um de nós tem as habilidades para ser mais Inteligente Emocionalmente? Manter o equilíbrio, a atitude de felicidade na vida, depende de todas as nossas habilidades: as que temos mais presentes e as que podemos desenvolver. Como sabemos que estamos emocionados? Invariavelmente pelas sensações e movimentos que o nosso corpo produz: dor de barriga, um “frio no estômago”, chorar, rir sem parar, taquicardia, tremer, desmaiar, perder a voz, ficar “branco que nem cera” ou “vermelho de raiva...”. No estudo etimológico da palavra descobrimos que emoção se origina de duas outras palavras do latim – “ex movere” – que significam em movimento. Faz sentido? Se o nosso corpo se movimenta quando nos emocionamos, então faz sentido! Mas porque é que é tão importante saber geri-las? Estudar o comportamento humano é algo que me apaixona e entender porque nos emocionamos e a maneira que a emoção influencia o nosso comportamento, faz parte dessa paixão. É na convivência com o “outro” e com o “grupo social” que aprendemos a identificar, nomear e lidar com as nossas emoções. Sendo a Inteligência Emocional a capacidade de reconhecer as nossas emoções e de lidarmos com as emoções dos outros para benefício comum, para sermos Felizes, sermos Emocionalmente Inteligentes é meio caminho andado. MINDSET MAGAZINE | 55


Precisamos entender que fazemos parte de um TODO, de uma única comunidade GLOBAL, somos uma grande família numa só casa, num só Universo e quanto mais nos soubermos relacionar positiva e harmoniosaMENTE, mais felizes seremos. Atingir o equilíbrio é objectivo global, conectar a razão com a emoção, ser feliz é chegar a esse equilíbrio. Pessoas que sabem lidar com as suas emoções, como por exemplo, controlar a própria angústia, tristeza, inveja, raiva, aceitar e compreender os outros, não perder o foco são, sem dúvida pessoas felizes! Porque só alguns o haveriam de conseguir? Se alguns o conseguem todos o conseguem, como? Conhecendo-se melhor, tendo auto-estima, apostando no seu desenvolvimento pessoal, cuidando de si e consequentemente inspirando os outros a fazê-lo e principalmente TREINANDO e escolhendo a forma como nos queremos SENTIR habitualmente, treinando as emoções, criando hábitos. Alterações de humor, variações emocionais, óbvio que todos temos, é normal – dentro de um limite – que tal olhar para a vida como um copo meio cheio e não meio vazio, um princípio motivador! A vida não é sempre cor de rosa nem é sempre cinzenta, a vida é um arco-iris com todas as cores e a nossa capacidade de mantê-la colorida, de equilibrar os momentos mais Felizes , mais luz em relação aos momentos mais TRISTES, mais sombra, mantermos o foco em sentirmo-nos bem é uma fundamental para nos tornarmos seres Emocionalmente Inteligentes e ter mais consciência emocional.

SÓNIA RIBEIRO COACH, HIPNOTERAPEUTA E AUTORA CRIADORA DA MINDSET MAGAZINE coach@promind7.com www.promind7.com

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A INCONDICIONALIDADE QUE NÃO OS PREPARA PARA A VIDA! O conceito do amor incondicional, quando extrapolado para uma educação que tudo admite e para uma mensagem de que existe um valor intrínseco independente da retidão e da ética do nosso comportamento, pode formar gerações demasiado egocentradas nas suas necessidades e pouco capazes de cooperar e ir ao encontro do outro. Existe atualmente uma intenção muito assumida da parte de inúmeras famílias de que os seus filhos sintam de forma profunda e consistente a incondicionalidade do seu amor. Isso faz todo o sentido e será a base de uma auto-estima resiliente às vicissitudes e impactos de uma sociedade que em muitos contextos onde se poderão vir a movimentar, “cobra” perfeição e alto desempenho. Contudo, é importante relembrar que essa incondicionalidade tão reconfortante no “ninho” da família nuclear, não representa a sociedade. Uma série de “condições” existem e muitas das que existem servem o propósito válido de nos fazer respeitar o espaço, necessidades e direitos do outro. Se por um lado queremos transmitir aos nossos filhos que mesmo que errem e tenham um comportamento que prejudica outra pessoa, nós continuaremos a amá-los nesta incondicionalidade, por outro lado, temos de os ajudar a compreender que a amizade pressupõe capacidade de evitar ações danosa para o outro e que o “amigo” permanecerá nas nossas vidas enquanto formos fieis a este princípio. Se por um lado queremos transmitir que mesmo que num momento de raiva, partam alguma coisa ou até nos insultem, os continuaremos a amar nesta incondicionalidade, por outro lado, temos de os ajudar a compreender que comportamentos impulsivos e intempestuosos podem ter consequências como por exemplo a perda de um posto de trabalho ou, em extremo,

consequências legais. Se por lado, este nosso amor incondicional pode suportar até uma agressão que seja expressão de frustração e dificuldade de autoregulação emocional e sabemos que continuaremos presentes, em afeto, a ajudá-los a evoluir, por outro lado, temos de os ajudar a compreender que, por exemplo, não é esperado que uma namorada/o aceite este tipo de comportamento e que terá toda a validade e direito de se afastar… a questão não á a incondicionalidade em si, mas a forma como, quando levada como valor essencial que se sobrepõe a todos os outros, pode gerar nas crianças uma visão de um mundo e das relações que incondicionalmente têm de lhes dar oportunidades, de lhes garantir tolerância e de protegê-los das consequências. O mundo não é incondicional e o crescimento num “ninho” em que a amor tudo tolera, não representa as “regras” das relações sociais, das relações profissionais, das relações amorosas… Esta adoção da incondicionalidade como suposta característica base de todas as relações, acarreta o risco de formarmos crianças que exigem a presença, o cuidado e o afecto ao outro de forma independente da qualidade do seu contributo para o bem estar e felicidade desse outro. Se eu acredito que faça o que fizer, o amor do outro em nada muda, posso diminuir o meu nível de consciência ética e a minha intenção de me aproximar do outro para o compreender. Enquanto psicóloga, trabalhando essencialmente com adultos que tantas vezes partilham angústias relacionadas com comportamento desadequando dos filhos, não posso deixar de notar e de refletir sobre os riscos desta incondicionalidade. É importante que a criança saiba e sinta que o nosso afeto não é flutuante face aos resultados ou comportamentos observáveis que tem, mas é importante também que compreenda que esses resultados e comportamentos observáveis serão a

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base de muito do que acontecerá na sua vida futura. Não atingirá determinados objetivos sem que cumpra determinados resultados e não viverá relações recíprocas gratificantes se não tiver comportamento observáveis e consistentes de respeito, cuidado e demonstração de amor pelo outro. A incondicionalidade pode entrar em “colisão” com a noção de reciprocidade e isso, será um risco para as nossas crianças e para as sociedades futuras. Nós não lhes conseguiremos assegurar um mundo incondicional e ironicamente nós não queremos que eles vivam subjugados aos outros filhos que pensem que os nossos poderão ter de os amar independentemente do comportamento que com eles tenham. Se estamos todos num processo de transformação constante e se o perdão existe? Sim, para ambas as questões. Mas julgo que será melhor educarmos crianças que reconheçam os seus erros e possam, por isso, sentir-se por vezes abaladas na sua auto-estima do que crianças que partam do princípio que a

resolução dos conflitos e das situações emocionalmente difíceis está (impreterivelmente) no perdão do outro. É saudável a capacidade de nos pormos em causa e de questionarmos o valor do que fazemos tendo em conta o contributo para o bem estar geral e para o bem estar de quem amamos. Se crescermos num ambiente educativo que não nos ajude nesta auto-avaliação e que apenas nos transmita que façamos o que fizermos, temos presença e amor garantidos, será mais moroso e doloroso percebermos a necessidade de nos questionarmos, de pormos em causa a validade de algumas ações, de analisarmos se estamos a agir de forma proporcional ao amor que esperamos… a vida encarregar-se-á disso mas sejamos mais sinceros e realistas com as nossas crianças: o mundo não é incondicional!

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PATRÍCIA LABANDEIRO PSICÓLOGA CLÍNICA E COACH gerencia@despertar.com.pt www.despertar.com.pt


O TEU PRESENTE Alguém um destes dizia-me que é tão difícil mudar, doloroso mesmo. A dor tão grande de saber que se te conheces podes encontrar alguém que odeias. Já pensaste? Já imaginaste tamanha dor? E é tão verdade. Tão verdade esta nossa necessidade de certezas que somos capazes de viver infelizes sem nos conhecermos verdadeiramente, por medo do desconhecido por detrás das personagens que vestimos. Todos nós em algum momento já sentimos este pânico do desconhecido. Todos nós por um segundo que seja, já sentimos a incapacidade diante da força que temos. Alguns de nós já conseguimos chegar a este nível de consciência de si. E tu felizmente, já sabes, que este medo existe e hoje, só por hoje, porque sabes o que isso significa, vais querer desvendar este mistério e avançar num caminho de desconhecidas aprendizagens. Por isso a ti, Parabéns este é o teu momento, este é o teu presente. Agora que conheces este medo vamos usa-lo a nosso favor. Sabes porque te digo que ele é o teu melhor amigo? Porque de facto ele avisa-te e o seu principal propósito é alertar-te para as possibilidades. Ele bate à porta baixinho para manteres a tranquilidade e não pode deixar de te alertar porque é de facto teu companheiro. Hoje, quero que saibas que ele fala contigo através das tuas emoções, da tua ansiedade, do bater de coração mais acelerado, ou até outras sensações que só tu conheces. Muitas vezes, quando não o ouvimos, ele fala mais alto e é nesta altura que quando decides aumentar a musica para não o ouvir, que ele passa a ser entendido por ti por teu inimigo, porque é nesta altura que o medo se transforma em pânico. Aumenta de tal forma que te prende os movimentos. MINDSET MAGAZINE | 59


Então hoje, aceita-o. Imagina a quantidade de coisas que sabes que queres ser e não és por MEDO. Dessas coisas escolhe uma e vamos fazer juntas esta viagem. Vou deixar-te 5 passos para fazermos em conjunto, lê agora e depois fecha esta leitura e aproveita o momento. 1 – Escolhe um momento do teu dia onde possas relaxar e estar contigo 2 – Escolhe aquele medo que pensaste antes e escreve-o num papel 3 – Em outro papel escreve o que mudaria se esse medo não existisse. 4 – Quando escreveres garante que tudo está como mereces, escolhe um papel próprio para o teu medo, e outro para o teu desejo, escolhe a cor com que escreves esse medo e o desejo. 5 – E agora, bom, agora quando estiveres contigo, escolhe a TI e disfruta. Uma nota de extrema importância, garante que por mais vontade que tenhas de dar estes passos agora, melhor mesmo é parares num momento só teu, onde possas verdadeiramente sentir o que te vou propor a seguir. Agora que estás preparada, vem. Lembras-te do medo? Agora ouve-o dá-lhe o momento que mereces e compreende o que te quer dizer à tanto tempo. Escuta, ele está a pedir-te que antecipes ao que te espera. O que te espera é uma certeza, a de que quando o escutas ficas mais calma porque sabes o motivo pelo qual fala

contigo. Ouve, ele está a dizer-te, vai, vai e leva segurança, aceita as tuas forças como capacidades determinantes na tua transformação. Vai e acredita no que és capaz. Sabes que quando é capaz senteste de coração cheio. Tão cheio que estás preparada para receber o que mereces. Sabes, ele diz-te que mereces ser mais e melhor, que a tua garra de crescer te levará às tuas concretizações, aos teus desejos, àquele desejo tão especial que te move até aqui. Este desejo, é uma certeza. A forma com te sentes ao imaginar essa concretização dão te poder e é com esse poder que segues e constróis. Constrói agora, esse desejo. Lembra-te que ações vais querer fazer para o alcançar. Que passos transformadores estás a dar agora que te deixam cada vez mais perto do que tanto queres. Que ações vais querer registar em seguida porque este momento de verdadeira inspiração te fizeram descobrir um caminho. Agora que sabes, agora que chegaste ao teu porto seguro, deixa-te estar e aproveita por um momento. Parabéns. Parabéns pela bravura. Conseguiste uma das tuas descobertas de vida. Agora repara no que antes tinhas escrito. Pega no medo e no desejo e escolhe fazer com eles o que o teu coração está a dizer agora. Parabéns, bem-vinda ao passo da tua felicidade. És tanto e mereces tanto mais! MARIA JOÃO MARINO COACH infogeral@coachmariajoaomarino.com www.coachmariajoaomarino.com

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UMA LEITURA POSSÍVEL SOBRE O DESENVOLVIMENTO PESSOAL TEMA IMPERATIVO DO LIVRO QUISERES" DE SÓNIA RIBEIRO

"CHEGA

AONDE

O meu desenvolvimento pessoal começou de forma consciente num curso da tradição budista Theravada em 2004 em Colónia na Alemanha onde eu vivo desde 2000. A orientação ou tradição budista não é assim tão relevante. O que importa é uma pessoa sentir-se congruente no trilho que segue e permanecer nele, sem que isso implique optar por um seguimento cego e desrespeitoso para outras linhas espirituais ou mentais. A meditação tornou-se fundamental na minha vida. Uma pessoa estando focalizada e com plena atenção quer seja numa actividade ou em repouso está a exercer uma forma de meditação. No meu caso, é quando estou a desenhar, a escrever, a dar sessões de leitura, a fazer teatro de fantoches ou simplesmente a respirar conscientemente que estou no mundo de forma autêntica. A autenticidade da qual a autora Sónia Ribeiro faz juz ao longo de todo o livro Chega Aonde Quiseres editado em 2018 lembra-me do ponto importantíssimo sobre a Autonomia de cada um referido no texto „Crítica da Razão Prática“ de Kant ou da Veracidade de Ser na vasta obra de Heidegger. Estes temas universais acompanham-me desde que concluí em 1993 a Licenciatura em Filosofia na Faculdade de Letras em Lisboa. Já li alguns livros sobre o tema essencial do Desenvolvimento Pessoal mas o que me despertou mais a atenção no livro Chega Aonde Quiseres é a grande sinceridade e abertura que transparece nas palavras fluentemente escritas pela autora Sónia Ribeiro. Vivo há quase vinte e cinco anos na Alemanha e todos os anos no Verão tenho que obrigatoriamente vir a Portugal para reabastecer-me fisicamente, espiritualmente e mentalmente. Respiro o ar,

principalmente o do Mar („ Dia do Mar As ondas vagueiam / no ar / deslizam brancas / na tez suave / da pele.“ [Poema SMM, Julho 2016] como se fosse o elixir da minha Vida. No Verão de 2018 fui a uma livraria em Lisboa e passeei por entre as prateleiras recheadas de livros. Adoro ver os títulos dos livros e ter o sossego e a calma para apreciar esta regalia que se expande perante os meus olhos. Decidi comprar „só“ um livro. Afirmo sempre que tenho o vício livresco, isto é, não consigo entrar numa livraria sem saír dela não tendo comprado pelo menos um livro, senão mais. Tinha eu já feito uma selecção um pouco retinente mas é verdade, „menos é mais“ (Chega Aonde Quiseres, pág. 118) restaram no final dois livros nas minhas mãos. Finalmente optei pelo livro da Sónia Ribeiro por um lado após ter feito uma leitura consciente na diagonal e por outro lado, intuitivamente. Tenho a certeza que foi o livro certo nessa ocasião. Tem sido assim com os livros que chegam às minhas mãos. O subtítulo sobre as nove atitudes que são necessárias para a pessoa criar a vida que deseja são os nove capítulos do livro. Estas atitudes demonstram com um discernimento claro a vivência premente que está imbuída na mensagem da autora. A mudança interior e exterior do desenvolvimento pessoal não se faz somente abstractamente, idealmente, em pensamento ou na teoria mas sim em acção! Recorda-me o apelo do mestre espiritual Chögyam Trungpa Rinpoche da linha espiritual Shambhala na expressão por ele criada „Meditação em Acção“ („Meditation in Action“) que também é o título de um livro dele. As imagens descritas ao longo do livro são fortes e belas. Vou só referir algumas, porque o espaço para escrever o artigo é limitado. Por exemplo a vida sem propósito torna-se muito visual com a imagem das cadeiras vazias (p. 81). Ou não é possível comprar um propósito de vida no

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supermercado (p. 89). É uma imagem bem engraçada. A minha imagem preferida é o apelo de que sejamos flores (p. 101)! Somos „todos diferentes e, no entanto, todos em busca de sermos o melhor de nós próprios, com a certeza de que está sempre tudo certo e de que o melhor está sempre para vir.“ (p. 101). Por último, a bela imagem sobre a vida de cada um de nós referida quase no final do livro como sendo „um pedaço de terra fértil, nele vais semear os teus valores, vais criar as tuas raízes, as tuas oportunidades, e retribuir por tudo aquilo que crescer, nutrindo-te com Amor, Gratidão, Partilha.“ (p.147). No final de cada capítulo há um pequeno exercício para o/a leitor/a poder assimilar e ordenar o que acabou de ler respondendo ao catálogo de perguntas-chaves que possibilitam um poderoso avanço interior na progressão do desenvolvimento pessoal. O desenvolvimento pessoal passa pela mudança seja ela pequena ou grande. Mesmo errando é uma aprendizagem para que a acção consciente e intencional se torne numa acção para o Bem da própria pessoa e do Bem global. O Agir conscientemente e com uma intenção benéfica são dois aspectos fulcrais para cada pessoa poder realmente trilhar o seu caminho que é único para o seu desenvolvimento pessoal imerso na vastidão dos outros caminhos que no fundo abarcam todos o Amor Pleno. Sinto uma gratidão imensa pela existência do livro tão rico Chega Aonde Quiseres de Sónia Ribeiro e de tantos outros. Obrigada!

SIBILA MADZALIK DE MORAIS * LICENCIADA EM FILOSOFIA info@simamo.de www.simamo.de * Sibila Madzalik de Morais, é licenciada em Filosofia - Vertente da Cultura. Vive desde 2000 em Colónia (Alemanha). Tem um site (www.simamo.de). Desenha com tinta da china, lápis de cor e giz. Já participou em várias exposições. Em 2011 publicou o seu primeiro livro Sol Nascente (Edições Sempreem-Pé) com poemas e desenhos seus. Em 2015 deu Workshops de Arte para crianças. Desde 2017 que dá sessões de leitura para MINDSET MAGAZINE | 62 crianças.


EMOÇÃO, O COMBUSTÍVEL PARA A MUDANÇA Talvez nada me tenha transformado tanto quanto compreender em profundidade, o funcionamento deste universo das emoções e como pô-las ao serviço da felicidade - minha e dos demais. Considerando o impacto no comportamento humano distinguem-se dois grandes grupos: possibilitadoras e limitadoras. Numa visão mais holística do indivíduo dentro do coletivo, podemos chamar às primeiras unificadoras, que remetem para um paradigma de união, cooperação, e expansão. No fundo que nos faz sentir mais ligados aos outros e ao universo. Às segundas divisoras, que remetem para um paradigma e separação, de defesa e proteção perante esse mesmo universo. Mas afinal o que está por detrás do surgimento de uma emoção? Porque é que pessoas perante as mesmas circunstâncias manifestam emoções diferentes? Se é o contexto que cria o ambiente emocional (estou zangada porque bateram no meu carro, estou nervosa porque vou fazer um exame etc.) como explicar estas diferenças entre pessoas? Será que alguns de nós são dotados de competências e outros condenados a viver sob domínio de emoções limitadoras irremediavelmente? Há mais de uma década perguntas deste tipo começaram a germinar em mim. A verdade é que, nessa época, eu dependia do contexto para me sentir de uma determinada maneira. Acreditava que eram as circunstâncias da vida que detinham esse poder. À medida que fui buscando conhecimento e compreensão sobre mim descobri um novo paradigma no qual eu era co-criadora do meu estado interno. Acredito atualmente que praticamos emoções em vez de simplesmente elas “nos acontecerem” e esta conclusão passa necessariamente pela neurociência: Com o passar do tempo vamos MINDSET MAGAZINE | 63


vivendo situações desafiantes, por vezes traumáticas, e vamos gerando memórias com uma determinada carga emocional. Sempre que, através dessas memórias, revivemos mentalmente episódios negativos do passado invocamos essas mesmas emoções que ocorreram no momento. Desta forma, digamos que nem precisamos que algo de negativo aconteça, basta-nos pensar sobre isso e naturalmente ativamos esses circuitos neurais. (1) Este mecanismo de pensar sobre o passado retroalimenta essas emoções também elas do passado, gerando e fortalecendo os mesmos circuitos neurais. No fundo pode dizer-se que estamos a treinar a nossa capacidade de estar tristes, zangados, frustrados, constrangidos ou noutro estado qualquer. Claro que por vezes acontecem no presente situações também elas desafiantes contudo, as referencias do passado já estabelecidas na nossa mente contribuem para uma resposta em bola de neve. Se por num lado parece bastante limitante aquilo que fazemos a nós próprios, por outro, abre a porta a uma pergunta: Se eu posso praticar emoções que dividem será que eu posso praticar também emoções que unificam? A resposta é um sim inequívoco! Não posso mudar o passado porém, posso escolher a forma como olho para esse passado! Costuma dizer-se que ou aprendemos com os episódios negativos e mudamos a perspetiva ou a probabilidade de vivenciar um episódio parecido é grande. Aprendemos ou repetimos! Todos os dias na minha prática de coaching encontro pessoas que me dizem: “ Andreia até aqui eu já entendi mas como é que eu interrompo este padrão de pensamentos que vem do passado e me faz sentir assim?”. A transição de um paradigma de: “o que acontece na vida decide como me sinto” para “eu decido como me sinto e influencio o que acontece na vida” pode passar por diferentes abordagens de mudanças de crenças e emoções sob orientação de um profissional. Ao longo do tempo, perante os meus desafios pessoais e também na minha prática como coach uma coisa

ficou clara: a importância de estar presente. Contando que uma parte grande do nosso dia estamos em piloto automático é fácil voltamos a relacionar-nos com o contexto a partir de um ambiente interno do passado. De facto, a literatura científica concluiu já que quando chegamos aos 35 anos cerca de 95% das nossas emoções, decisões, comportamentos são programas automáticos, inconscientes com base em experiências passadas. (2) Superficialmente não vemos relação e parece que detemos controlo consciente sobre o que emitimos para o contexto mas o que é certo é que a base são redes neuronais ativadas num determinado padrão. Para tomar consciência do meu estado interno e sair do programa automático pergunto-me frequentemente: Como é que me estou a sentir agora? E como é que eu me quero sentir agora para lidar melhor com esta situação? No fundo identifico o recurso emocional que me seria mais útil para depois me orientar para lá. Se exige alguma disciplina? Obviamente. Haverá momentos em que preciso ser maior que a raiva, a insuficiência, o medo. Preciso de ser capaz de abdicar desses estados que parecem mesmo fazer parte daquilo que eu sou… Deste modo tenho a possibilidade de redesenhar esses circuitos neurais “treinando-me” para outro estado. O conselho que deixo ao leitor é, num desses momentos, parar, respirar deixando silenciar a mente e observar como se está a sentir. Tomar consciência de que é apenas um estado mutável para depois agir na sua transformação. Bibliografia: 1- J. Dispenza, Evolve Your Brain, The Science of changing Your Mind, Health Communications, Inc. (2007) 2- M. Szegedy-Maszak , “Mysteries of the mind – Your unconscious is making your everyday decisions.” U.S. News and World Report (Feb 28, 2005)

ANDREIA BRANDÃO COACH E HIPNOTERAPEUTA adrbrandao3@gmail.com www.andreiabrandao.com (em construção)

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NÃO POSSO MUDAR O PASSADO PORÉM, POSSO ESCOLHER A FORMA COMO OLHO PARA ESSE PASSADO! COSTUMA DIZER-SE QUE OU APRENDEMOS COM OS EPISÓDIOS NEGATIVOS E MUDAMOS A PERSPETIVA OU A PROBABILIDADE DE VIVENCIAR UM EPISÓDIO PARECIDO É GRANDE. APRENDEMOS OU REPETIMOS! ANDREIA BRANDÃO

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ILUSÃO, AJUDA OU ATRAPALHA? Quando surge? Porque surge? Como surge? De onde vem ? Todos nós carregamos o bom e belo dentro de nós, o discernimento, a clareza, mas também gostamos de colocar véus em nossos olhos, em nossa mente. Nossa ilusão comece quando pensamos que a nossa vida deve ser algo linear, quando na verdade a vida raramente é assim, ai já nos decepcionamos, mediante as expectativas que nós mesmos criamos em relação a tudo e todos. O melhor da vida são os altos e baixos, as curvas, as experiências, os aprendizados, não linearidade. O caos é criativo, é movimento, é vida! Em algum momento do nosso caminhar pela vida, somos literalmente arrebatadas por uma “doce ilusão”, umas mais outras menos, mas todas nós, na maioria das vezes isso acomete mais as mulheres, caímos nessa armadilha e tomamos esse remédio amargo. Fantasias, sonhos, ideais, sim tudo faz parte do DNA humano, são parte de nossas características. Pensando em responder parte das perguntas acima, foi que encontrei uma das origens da ilusão, sem a menor sombra de dúvida, está em nossa própria

carência interna. Carência trazida desde a nossa casa materna, posso até dizer “quase” desde o nosso nascimento, quando buscamos pela admiração dos nossos pais, tios e avós, quando buscamos sermos aceitos por eles. Um dia a carência será tema do nosso papo. Instalada a ilusão, caminhamos até a adolescência, época que começamos a olhar para nossos futuros parceiros afetivos. Quão melhores seriam estes relacionamentos, se verdadeiramente tirássemos o véu da ilusão e enxergássemos quem de fato são nossos parceiros ou parceiras, não é mesmo? No afã de estarmos sempre com alguém, na carência, no medo de ficarmos sozinhos ou sozinhas, seguimos por vezes, escolhendo nossos parceiros (as), não baseados na realidade enxergando as pessoas como elas são de fato e sim fantasiando , se iludindo de como gostariam que essas pessoas fossem. Por conta do que idealizamos, nos iludimos, criamos expectativas, fazemos projeções e a pergunta que não quer calar, qual a chance disso dar realmente certo? Zerooo... a não ser aguardar pelas decepções que virão e as que você mesma(o) criou. Difícil não é?

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Sim é difícil, e a gente veste o véu da ilusão infelizmente em todas quase todas as áreas da nossa vida. É um círculo viciante e gerador de emoções não muito agradáveis, tipo no espaço da ilusão e da carência ,você conhece alguém, se empolga, sente-se atraída(o), cria várias expectativas, cria muitas projeções, fantasia, sonhos , ilusões, a mais comum sempre é, a de encontrar alguém que nos complete, nos complemente, (oi?, como assim?) e se por um acaso a pessoa, ou novo emprego, ou novo terapeuta, ou até um novo bem material, enfim não corresponder às suas expectativas e projeções criadas única e exclusivamente por você... Aiai.......pronto estamos todos “lascados”, só ladeira abaixo e voltamos à estaca zero, cultivamos mais essa decepção promovendo inclusive talvez marcas em nossas células, já que as mesmas carregam todas as nossas memórias afetivas. Foram e são inúmeras as clientes que buscam as terapias integrativas , alternativas, holísticas, de forma a se livrarem desse padrão de comportamento repetitivo e pior criado na maioria das vezes pela própria pessoa... O que se é necessário olhar, primeiro é trazer uma certa dose de coragem para olhar de frente para esta situação, pensar que “tipo” de parceiro e parceira mais me agrada? qual combinaria comigo ? que qualidades que esta pessoa tem de fato me encanta?

Quando vir a começar a se relacionar com uma nova pessoa, não é para se fazer um “checklist”,(kkk) porém ir observando os movimentos, as ações, as falas, a manifestação, o ambiente. Sugiro que façam um exercício por escrito no papel, sim isso mesmo, escolha as virtudes e não virtudes que combinam com você e que mais agradariam à você, fala com o Universo e libera o seu pedido. Outro exercício, saia do espaço de carência e sem o véu da ilusão olhe-se verdadeiramente no espelho e faça uma pergunta simples, eu ficaria com esta pessoa por 5 anos? por 10 anos? Eu ficaria morando aqui por 10 anos? Eu ficaria nesta empresa, por 5 anos? Seria um início mais assertivo para os relacionamentos afetivos, profissionais, vocês não acham? O Universo nos fala que, o que emanamos é o que atraímos, para as nossas vidas. O Universo nos mostra que as infinitas possibilidades estão disponíveis para todos aqui e agora, mãos à obra? Vamos encontrar primeiro a nós mesmos? a nossa melhor versão? a nossa verdadeira essência? E deixarmos a vida seguir seu fluxo de forma, leve, real, verdadeira sem os véus da ilusão. PATRÍCIA HAIDAR * FACILITADORA BARRAS ACCESS pc.hj@hotmail.com www.accesscounsciousness.com

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REALIDADE TOTAL REQUER SER TOTAL A Compreensão Total é de SER, Universo Vibracional ou Ambiente Energético Existente e do Agora Propósito Quântico, ou Quantum, como interminável estrutura invisível da Criação. Essa integração é fundamental para o desenvolvimento consciente de mais capacidades individuais em maturidade, autoconfiança, amor-próprio e habilidades transformacionais para a mudança de comportamentos que muitos já procuram e que TODOS nós precisamos. Referindo-me a apenas um dos sentidos humanos, o visual, podemos usar como analogia de comparação entre a nossa percepção fraccionada de Realidade Actual e ou Potencial e a nossa diminuída consciência do espectro luminoso existente ou total. Em ambos os casos, a maior parte do que É Verdade ou Verdadeiro, permanece invisível ao olhar físicomaterial e por isso muito remoto das nossas considerações diárias conscientes, SEMPRE e enquanto usarmos quase exclusivamente o Ego, ou mente material, para navegarmos as nossas emoções. Enquanto não acedermos, compreendermos e integrarmos a totalidade da informação / luz agora disponível, a nossa interpretação das verdades será na melhor das hipóteses superficial ou `crença falsa´ interna / individual ou externa / colectiva como a que chega de intermediários “Ela / Ele disse…”, ou é moda, tradição familiar, cultural, social, educacional e ou religiosa. Evolução é Um processo da Interminável Singularidade Quantum, IGUAL porque é para todos que façam essa auto-escolha, ÚNICO já que não há dois como nós, e ESPECIAL porque cada um é parte integrante e fundamental na definição do Todo Novo. A Educação Total é um processo de gradual autoreconhecimento e integração consciente da parte divina ou espaço energético total, e da parte Quantum enquanto propósito e intenção original por sempre mais e melhor Experiência. Evolução é

SEMPRE um trabalho interno de auto e livre escolha, mais amor próprio, Espírito e Verdade interior em unânime co-criação da Nova Realidade e de uma experiência de vida sempre mais positiva, mais saúde, alegria e felicidade. Experimenta, Aplica, CRESCE Cada Um é mestre em nome próprio e responsável pela expansão da sua Singularidade, como base de manifestação da própria fórmula única de Evolução ou Crescimento Pessoal. As nossas Escolhas são sempre PERFEITAS, Internamente sabemos sempre, com `inimaginável´ precisão o momento certo para mais `caos´ ou Evolução. Somos igualmente os únicos responsáveis pela manutenção do actual sistema individual de crenças, enquanto essa for a base vibracional perfeita de aprendizagem que ainda necessitamos. Do ponto de vista evolucionista ou Quantum, todos os nossos `erros´ são intencionais e unicamente desenhados para aceleração dos processos de crescimento individual e ou colectivo, com mais maturidade e amor-próprio. A consciência de que o ciclo de `caos´ se arrasta por nossa auto e livre escolha pode parecer confuso ou até assustador, mas é de facto a boa noticia que o agora presente disponibiliza a todos e cada um, sem nenhuma excepção. Trabalho e prática interna de mais positividade e amor-próprio, é o nosso caminho único para o eventual retorno gradual à Uma Conexão ou Ser Total. A Quantum partilha / prática, funciona por indução e usa novos padrões geométricos de expansão vibracional para a recuperação e liberdade das `limitações´ relacionadas com mal-estares actuais e ou potenciais do Ser. O fortalecimento dos campos energéticos que resulta do equilíbrio electromagnético em curso facilita a estabilidade emocional e, sempre mais calmos, fortes e equilibrados melhoramos significativamente e de

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forma contínua a nossa capacidade única de cura e auto cura. Estes Eventos fazem uso da nossa Água, actuando ao nível celular (adn/ genomas, células estaminais) numa actualização dos processos de integração energética do conjunto Alma / Espírito, acelerando a eliminação diária de Stress e Toxinas. O Ser mais positivo trabalha o amor-próprio, aumenta a autoestima e isso manifesta-se em cada vez melhores padrões de saúde geral e numa experiência de vida sempre mais fácil e positiva. O único segredo para a Quantum mestria é prática, Prática, PRÁTICA!

NUNO COSTA PRATICANTE / TERAPEUTA QUANTUM ununosc@gmail.com facebook/NMSSC130972

SER Sempre Mais Positivo, Saudável, Completo E FELIZ.

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REIKI: UMA TRADIÇÃO, UMA MEDICINA PARA OS NOVOS TEMPOS Reiki (pronuncia-se REIQUÍ) é uma ferramenta que visa a Saúde Integral de todos os seres vivos, se expandiu de forma impressionante nas últimas décadas, sendo hoje conhecido em todo o mundo. Para entende-lo vamos dividir a explicação em dois aspectos: Reiki como energia, e como prática de saúde. Em seu aspecto energético, Reiki é a própria energia da vida biológica. Em sua tradução literal do japonês, Energia de Vida Universal. REI (universal, espírito, alma) + Ki (energia vital). Desde a antiguidade ela é descrita de várias formas: Chi, para os chineses; Prana, para os hindus; ou Ki, para os japoneses. Você pode senti-la desde o nascimento, e a sentirá até sua última respiração nessa vida, mas dificilmente pode explicá-la. Entretanto, basta estar em carência dela e as consequências se mostram de forma clara, através de desequilíbrios a nível físico, mental e até mesmo social. Como prática, inclusa nos rol das Práticas Integrativas e Complementares de saúde, Reiki utiliza a energia vital como matéria-prima, sempre em prol da vida. É um método no qual se pode captar a energia e transmiti-la, através das mãos, para pessoas, animais ou plantas, visto que Reiki é uma energia passível de ser transmitida para tudo que é biologicamente vivo, e exclusivamente para estes. A Organização Mundial da Saúde - OMS define saúde como "um estado de equilíbrio nos níveis físico, mental e social." A "recarga" de Energia Vital, obtida com as aplicações de Reiki, promove uma profunda sensação de bem-estar, ao mesmo tempo que equilibra e harmoniza a pessoa que a recebe. Como resultados observa-se a redução gradual e até mesmo o desaparecimento de sintomas em todos esses níveis. Reiki oferece ao praticante um profundo aprendizado

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sobre si mesmo; um silêncio interior que convida a auto-observação e à ampliação da consciência. Em sua larga difusão pelo mundo Reiki foi passando por mudanças, e ganhando nomenclaturas adjetivas (como Reiki Estelar, Rainbow Reiki etc), e tendo o esqueleto central do método bastante alterado. Importante lembrar que Reiki é uma Tradição Oral, e tradições deste tipo, estão assentes em princípios fundamentais que a vida moderna, e sua intensa aceleração, acabaram por deixar de dar valor. O Sistema Usui de Cura Natural ou a linhagem UsuiHayashi-Takata-Furumoto, nomes dos quatro grãomestres que trouxeram os ensinamentos e a prática originais de Reiki até os dias atuais, mantém-se fiel a esses princípios fundamentais, como a observação à carga horária dos cursos, mínimo de 12 horas na Iniciação em Reiki 1, por exemplo; a quantidade de iniciações presenciais (necessariamente 4 iniciações num curso de Reiki 1); os alongados intervalos de tempo e principalmente prática entre os níveis de iniciação; e, o Princípio do Mestrado. Neste, um

mestre é aquele que por sua vivência pessoal, espiritual e técnica, é capaz de despertar no discípulo a sabedoria que aquele traz. Para quem se interesse por essa prática de saúde simples, segura e eficaz, é recomendado que escute alguns mestres antes de se decidir com qual deles deseja se iniciar. Que não tenha pressas em seu caminho, e sim o desejo de mergulhar fundo em si mesmo, em busca de uma nova sistêmica que irá, inexoravelmente, levar-lhe a estados mais saudáveis e de maior consciência. Essa decisão, vinda de sua observação e de seu coração, será definitiva para as experiências de crescimento pessoal que daí advirão. JOÃO CARLOS MELO TERAPEUTA PSICO-CORPORAL E MESTRE DE REIKI jc@joaocarlosmelo.com www.joaocarlosmelo.com

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A "RECARGA" DE ENERGIA VITAL, OBTIDA COM AS APLICAÇÕES DE REIKI, PROMOVE UMA PROFUNDA SENSAÇÃO DE BEM-ESTAR, AO MESMO TEMPO QUE EQUILIBRA E HARMONIZA A PESSOA QUE A RECEBE. JOÃO CARLOS MELO

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JANEIRO 2019 | ANO 1 | NÚMERO 1

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13 LIÇÕES DE VIDA! Se cair levante-se apenas mais uma vez do que as que caiu

O PODER DO PERDÃO A melhor maneira de iniciar a "limpeza interna"

MINDSET: A PORTA PARA A MUDANÇA DA REALIDADE

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A grande chave para a mudança é a auto responsabilização

ENTREVISTA A YONIEL GARCIA

MOTIVA-ME O SER HUMANO, A REALIZAÇÃO DO SER HUMANO, A FELICIDADE DO SER HUMANO.


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