Mindset Magazine Nº 3 - Ano 1 - Março 2019

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MARÇO 2019 | ANO 1 | NÚMERO 3

INDSET M AGAZINE Desenvolvimento Pessoal, Auto-Conhecimento e Espiritualidade

AMOR E RESILIÊNCIA Resiliência é sermos mais persistentes, é acreditar no nosso potencial e persistir no caminho que temos pela frente

AFINAL QUEM MANDA EM MIM? Tomar consciência que as crenças negativas só existem se permitirmos.

OS HOMENS SÃO SIMPLES E AS MULHERES... Elas pensam muito mais e em mais assuntos em simultâneo.

ENTREVISTA A CÉSAR FERREIRA

"O LIVRO JAMAIS PERDERÁ O SEU ESPAÇO. POR EXEMPLO, LER UM LIVRO PODE SER A FORMA DE ENCONTRARMOS O SILÊNCIO E O EQUILÍBRIO FACE AO STRESSE DO DIA-A-DIA."


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EDITORIAL

DIRECTORA| SÓNIA RIBEIRO

revista@promind7.com PARTILHAS DO LEITOR E SUGESTÕES

Caros amigos,

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Nesta edição, como em todas, damos poder às palavras, em artigos de homens e mulheres que acreditam na força que um texto tem, na inspiração que levam ao próximo. Coaches, terapeutas, apresentadores, enfermeiros, empreendedores, todos os nossos autores – escrevam eles o que e para quem quiserem – têm uma obrigação para com os leitores: a de escrever o que lhes vai na alma, na sua verdade. Temos a missão de não aborrecer quem nos lê, mas sim de os fazer precisar de virar as páginas. Como leitores, temos a obrigação de ler por prazer, em lugares privados e públicos. Porque esse prazer, como todos os outros, é contagiante. Somos um grão de arroz num arrozal gigante e faremos a diferença pela nossa intenção genuína de partilha. Na verdade, podemos mudar o mundo, escrevemos o futuro e fazemos-vos imaginar que tudo pode ser diferente. Estamos a chegar à primavera e com ela floresce também a criatividade e a vontade de agir torna-se ainda mais presente. Bem ajam. Acompanhem-nos nas próximas páginas e deixem-nos saber a vossa opinião sobre esta nossa/vossa revista.

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NESTA EDIÇÃO

04

SÓ ERRA QUEM FAZ!

06

ABRAHAM LINCOLN TINHA TUDO PARA DESISTIR ...

Patrícia Gama

Alexandre Martins

08

ONDE ESTÁ SUA CRIANÇA INTERIOR Adriana Silva

09

O MISTÉRIO DA FAMÍLIA ASTRAL

10

OS 7 PASSOS PARA SER LÍDER...

12

PAIS FELIZES TRANSFORMAM FILHOS FELIZES

Ana Maria Bispo Ana Pedroso

Carla Pinto

14

RESGATA O TEU PODER PESSOAL

17

A LIDERANÇA E A ARTE DA LEITURA

18

AUTOVALOR E SUAS CONQUISTAS PESSOAIS

Catarina Teixeira César Ferreira

Allan Magalhães

20

VIAGEM À ÍNDIA DO YOGA

22

ENTREVISTA: CÉSAR FERREIRA

29

EVENTO A NÃO PERDER

30

A VERDADE DO TEMPO...

32

VISÃO DE FUTURO

34

AS 5 LEIS DE HAMMER (CONT.)

36

SENTIR PARA APRENDER

38

AFINAL QUEM MANDA EM MIM?

Joana Marques Sónia Ribeiro Jornadas da Mente Desperta Inês Sousa Andreia Brandão Jorge Malheiro Marisa Romero Olinda Rocha

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NESTA EDIÇÃO

41

O QUE É FÁCIL DE FAZER...

42

AMOR E RESILIÊNCIA

44

ERRAR É BOM...

46

AMORES SUPORTADOS

47

A AUTORESPONSABILIDADE...

48

O QUE É O #SEGREDODOMEUSUCESSO ?

Ricardo Peixe Paula Neto

Rui Martins Bruno Neves Talita Martins

Mariana Figueira Silva

49

ENTÃO? PODIA-SE DESISTIR?

50

CRIA A VIDA QUE DESEJAS

52

RURALIDADE TERAPEUTICA

54

EM ESSÊNCIA, SOMOS TODOS UM

55

REIKI: O INÍCIO DA VIAGEM

56

COMO O CONFLITO NOS FAZ CRESCER EM FAMÍLIA

Rui Gabriel Yoniel Garcia Patrícia Labandeiro Sónia Ribeiro Teresa Tavares

Andreia Carvalho

58

A TUA HERANÇA

60

OS HOMENS SÃO SIMPLES E AS MULHERES ...

Maria João Marino

Ricardo Laranjeira

62

A PRIMAVERA DA NOSSA ZOMBIFICAÇÃO Mário Rui Santos

64

O TEU SONHO PERMITE-TE CRESCER DENTRO DELE? Leonardo Gonçalves

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SÓ ERRA QUEM FAZ! ACEITAR E SENTIR QUE ESTÁ TUDO BEM Eu sou capaz de apostar que hoje, uma vez mais, podias ter feito mais e melhor. Por norma este é um pensamento constante. É o peso da culpa e a consequente desvalorização do quanto nos desdobramos e do tanto que fazemos. O facto de não nos controlarmos em relação à comida é motivo para não vermos nada de positivo! Na realidade eu pergunto-te: mas será mesmo que podias ter feito mais e melhor? Levei muitos anos para entender e valorizar todos os meus esforços e perceber que mesmo errando o balanço era positivo: Só erra quem faz, quem age. Não foi de um dia para o outro que eu percebi que onde despendia o meu tempo e a minha energia não era o objetivo real. Eu percebi que tinha um problema maior que o peso ideal. Uma doença com nome: Compulsão Alimentar. O que quero eu dizer com isto? Que tudo estava mal porque estava gorda. O emprego (que até me preenchia emocionalmente), já era uma impossibilidade antes mesmo de tentar. Eu era gorda e as outras candidatas eram mais bonitas e melhores. Na verdade, e algumas vezes, era muito confortável para mim ser gorda por muito promiscua que a situação possa parecer. Quando não conseguia o emprego, era sempre porque era gorda e assim, nunca ninguém me questionava (nem eu própria) se era ou não por falta de competências. Ou seja, o que por um lado era a causa dos meus problemas por outro era a desculpa. A minha cabeça dava-me informação que sem o peso ideal nada se resolvia! Por muito que a vida me corresse bem, o meu problema era esse. Então porque não conseguia parar ou o conseguia apenas por um período limitado de tempo ? A verdade não é ter dietas para fazer! As dietas não iriam funcionar se eu não aceitasse que tinha um problema e o problema não se chamava peso!

Tinha um distúrbio alimentar ! Um vicio difícil de controlar, que me enviava constantemente informações que me faziam sabotar o que me propunha a fazer! A comida era a minha droga de eleição ! E não foi por ter perdido peso que consegui ter filhos ou consegui a promoção na carreira. Ou mais visibilidade, ou mais amigos (em relação a esta última haverá muito que falar, pois para dizermos “SIM” a nós mesmas o “Não” aos outros tem que existir e o facto de deixarmos de ter tanto tempo para os outros não é aceite como desejávamos. Mas temos um problema que necessita de tempo para nós). Não consegui ainda mais namorados ou ganhar mais dinheiro. O que é necessário é aceitar! Falar com a família, com amigos. Mas temos que nos expôr? Eu expus-me a quem senti que devia e podia, até porque a minha família é atenta e sei que se apercebia das vezes que começava a comer e não parava. Lembro-me de em criança ouvir: - Come devagar que a comida não foge.

Hoje, e à distancia, reconheço que já era um sinal. Mais que atingir o peso ideal, o meu objectivo actualmente é sentir-me bem. Tenho uma constituição maior que qualquer nutricionista recomenda, mas sinto-me bem. Estou em sintonia de corpo e mente! Se passou ? Nunca vai passar. Se amanhã poderei ter um período de compulsão? Pode acontecer, por isso mesmo estar atenta é fundamental! Para que esta minha relação com a comida funcione bem tenho que agir como se de uma relação sentimental se trate: não há espaço para escapadelas e tem que haver honestidade.

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Se sei que não tenho fome mas, como me sinto ansiosa vou comer uma mousse ou um bolo, tenho que parar e pensar nos motivos que me levam a comer. No impacto que vai ter ou se será mesmo necessário. Se será mesmo isso que quero! Se me perguntarem se sempre foi assim eu responderei: Não! Foi difícil chegar até aqui. Muita persistência e muitas quedas pelo caminho. A culpa e a vergonha também tiveram espaço! A falta de auto estima era mais do que alguém podia imaginar, até porque sei que sempre fui uma gorda com “muita pinta”, mas mascarava tudo isso com comportamentos de rebeldia e irreverência. Honro todos esses motivos, pois cheguei até aqui! Não faço dietas, faço escolhas saudáveis e conscientes. Aprendi a ouvir as respostas que o meu corpo e mente dão aos alimentos que ingiro e, principalmente, aprendi a evitar os que me colocam quimicamente instável. É uma aprendizagem diária. Valorizo todas as coisas que faço diariamente. Se foram menos que ontem não me vou punir, não me vou vingar de mim mesma. Aceito que poderia ter feito mais e melhor mas que está tudo bem.

PATRÍCIA GAMA COACH ALIMENTAR

coach@patriciagama.com www.patriciagama.com

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ABRAHAM LINCOLN TINHA TUDO PARA DESISTIR E VOCÊ VAI DESISTIR? Hoje vou-lhe escrever sobre algo que todos sem exceção deveríamos colocar os olhos em cima por longos anos, pois o maior exemplo de persistência que existe é, provavelmente, o de Abraham Lincoln, conhece este nome? Já ouviu falar? Se quer conhecer a história de alguém que não desistiu, que persistiu, não procure mais, pois hoje partilho consigo algo que poderá guardar na sua mesinha de cabeceira quando lhe passar pela cabeça desistir. Abraham Lincoln nasceu na pobreza e enfrentou a derrota durante quase toda a sua vida. Sabia que perdeu oito eleições, falhou duas vezes no mundo empresarial e teve um esgotamento nervoso? Podia ter desistido muitas vezes, mas não o fez, por causa da sua persistência tornou-se um dos melhores presidentes dos EUA, sim eu disse um dos melhores porque Donald Trump nunca irá ser visto como um presidente aos olhos do mundo. Abraham Lincoln era um campeão e a palavra desistência não fazia parte do seu vocabulário. Ficam aqui alguns exemplos da sua caminhada até à Casa Branca, Casa essa que se pode tornar muito escura se não existir um travão nas novas medidas adotadas por um presidente que prega o seu próprio umbigo. Abraham Lincoln Ano 1816 – A sua família foi forçada a sair de casa e Lincoln teve de arranjar um emprego para ajudar a sustentar a sua família. Ano 1818 – A sua mãe morreu, uma perda que iria abalar qualquer filho que perde a sua mãe. Ano 1831 – A sua primeira empresa faliu. Ano 1832 – Concorre à Assembleia Legislativa e perdeu. Nesse mesmo ano perdeu o emprego, concorreu à faculdade de Direito, mas não conseguiu entrar, poderia ter sido mais uma frustração na sua vida, não acha?

Ano 1833 – Pediu dinheiro emprestado a um amigo para abrir uma empresa e faliu antes do final do ano chegar. Sabia que os 17 anos seguintes foram para pagar essa dívida? Ano 1834 – Voltou a concorrer à Assembleia Legislativa e o resultado final foi… vencer. Ano 1835 – Estava noivo, mas a sua namorada deixou-o, faleceu, deixando-o desolado com mais uma perda na sua vida. Ano 1836 – Abraham Lincoln teve um esgotamento nervoso e esteve de cama durante 6 meses, 180 dias, 4320 horas, mais hora, menos hora, mais dia, menos dia. Ano 1838 – Após dois anos concorreu a presidência da Assembleia Legislativa do Estado e o resultado foi uma derrota. Ano 1840 – Foi indicado para o Colégio Eleitoral, resultado – perdeu. Ano 1843 – Abraham Lincoln concorre à Câmara dos Representantes e uma vez mais a derrota sorriu-lhe. Ano 1846 – Não desiste e volta a concorrer à Câmara dos Representantes e desta vez venceu, foi para Washington e fez um trabalho exemplar. Ano 1848 – Concorreu à reeleição da Câmara dos Representantes e o sabor da derrota voltou a sorrirlhe. Ano 1849 – Como era um homem que não desistia, candidatou-se ao cargo de General Land Officer no seu estado natal e a resposta já devem saber – perdeu. Ano 1854 – Concorreu ao Senado e volta de novo o travo da derrota. Ano 1856 – Abraham Lincoln solicitou a nomeação para a Vice- presidência na convenção nacional do seu partido, consegui menos de 100 votos. Ano 1858 – Todos achavam que já tinha desistido, e, uma vez mais, surpreende ao voltar a candidatar-

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se ao Senado e será que desta vez veio o sabor da vitória, não, pois voltou a perder. Ano 1860 – Depois de tantos motivos para desistir de tudo e, se resignar a ser um pobre como o mundo o viu nascer, eis que algo enorme acontece na sua vida, foi eleito Presidente dos Estados da América. “O percurso foi difícil e ardiloso. O meu pé escorregou e empurrou o outro para fora do caminho, mas, depois de conseguir equilibrar-me, disse a mim mesmo que era apenas um deslize e não uma queda.” Abraham Lincoln

Quando cair no seu dia a dia pense em Abraham Lincoln, pense que tudo na vida é feedback, bom ou mau, é feedback! Desista apenas do que não o faz crescer e de quem não acompanha os seus sonhos, de quem não acredita em si, esses roubam-lhe a energia necessária para a concretização dos seus objetivos.

P.s.- Mantenha esta estória num local bem visível, pois são palavras de quem o quer ver bem e a crescer.

ALEXANDRE MARTINS COACH DE ALTA PERFORMANCE alexandremartins.org@gmail.com www.martinsalexandre.com

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ONDE ESTÁ SUA CRIANÇA INTERIOR? Ei, psiu!!! Quem mora aí dentro? És a sombra do que projectam em ti? O reflexo das contaminações externas? Ou a criança que não se deixou crescer? Quem vive aí? Teus sonhos ou teus medos? Nascemos puros, e assim permanecemos, se nos permitirmos. Quando Pessoa disse: "tenho em mim, todos os sonhos do mundo" - de certeza que se referia aos de uma criança. Da sua criança. Quem sonha não és tu, quem sonha é o que vive dentro de ti, e o que vive dentro de ti, é a tua criança interior. Se a deixas crescer, é porque já não sabes sonhar. Se a deixas crescer, ela viajará para longe de ti. A criança interior que se permite "crescer" pelas mazelas do mundo, é a que reprime seus sonhos. E nenhum sonho é tão verdadeiro como os que moram dentro de nós. Não importa o tamanho, são nossos. E únicos! Eles viajam connosco no nosso eu. Os dos outros, são dos outros. Mas os verdadeiros, são só nossos. Inocentes, puros, sem receios. Infinitos... Não os deixes contaminar! Cada sonho que abafas, é a criança se deixando crescer fugindo da sua essência. Essência que mesmo em meio às diversas tribulações e mudanças da vida, deve permanecer intacta, embora, ás vezes adormecida, se remexeres bem ao fundo dos teus sentimentos, lá ainda estará.

Ela cala, mas também fala. Ela chora, e depois ri. Ela sufoca, mas também abraça. Ela reprime. Ela liberta. Ela vibra, e esmorece. Ela pede, e a seguir dá. Ela impõe, e depõe.. Ela conquista, Ela consegue, Ela ganha, Ela perde, Ela permite… Quem é Ela? Tu sabes. Só tu sabes… Já olhaste para uma criança hoje? Há um espelho perto de ti. Veja!!! Mire dentro destes olhos, e perceberás que ali é que moram os verdadeiros sonhos e também vários sentimentos de optimismo, gratidão, perdão, coragem, amorpróprio... que é o que necessitas para mantê-la alimentada. Se te procurares em mim, regressarei à ti. E nesta busca interior, descobrirei que tu, sou eu. Ei, psiu!!! Quem mora aí dentro?

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ADRIANA SILVA TURISMÓLOGA

decabralterras@gmail.com @terras_de_cabral


O MISTÉRIO DA FAMÍLIA ASTRAL A Astrologia é uma ciência que tem como objectivo ajudar o individuo,através do seu mapa pessoal de nascimento ,a autoconhecer-se. O Terapeuta em Astrologia fará a sua analise geral através das posições planetárias, signos, casas astrológicas, ascendente (que significa o signo que é calculado pela hora de nascimento)e os aspectos que os planetas faziam entre si na hora e dia de nascimento. Um mapa natal é como uma casa interna, e cada casa astrológica vai falar das diversas áreas da vida da pessoa, dessa forma podemos tomar consciência das nossas características e da forma como nos comportamos nas diversas áreas da vida, tendo a possibilidade de operar transformações positivas através da grande aprendizagem. Nascemos com uma grande predisposição para determinados comportamentos e características ,mas vai ter bastante força a família que nos acolhe, o País, cidade e a nossa história de alma (consciência). A Astrologia não é uma adivinhação, mas sim previsão da influência que energeticamente aquela força planetária irá ter na nossa vida. Para fazer um mapa astral, é importante que se abra o coração para aquilo que não é palpável, e uma grande consciência do que é o universo e de tudo o que somos . Somos somente energia e funcionamos através dela, dessa forma, funcionamos também através dos planetas. As palavras ditas durante uma analise, que levam à compreensão da personalidade, operam nas pessoas em geral uma profunda transformação e a possibilidade de saber que ao mudar, muda a vida e a vida muda o mundo. Não basta o pensamento, mas sim tocar o coração. ANA MARIA BISPO TERAPEUTA EM PARAPSICOLOGIA amaria.bispo@gmail.com MINDSET MAGAZINE | 9


OS 7 PASSOS PARA SER LÍDER CONSCIENTE EM 2019 LIDERANÇA & COMUNICAÇÃO (PARTE 2)

Hoje trago-te a continuação do Método “A Economia do Amor” onde assentam os 7 passos da Liderança Interior. Este método, através da Mudança de Mindset, foi criado e comprovado por mim baseado no desenvolvimento da minha Tese em Psicologia Positiva onde demonstrei que o mesmo funciona para quem deseje Viver Felicidade Plena e Prosperidade. Continuemos juntos nesta Jornada de Auto Conhecimento! E hoje trago-te mais dois passos para os aplicares no teu dia a dia. 3º PASSO: UTILIZA A COMUNICAÇÃO CONSCIENTE, CONTIGO PRÓPRIO e COM OS OUTROS Com comunicação consciente, harmoniosa, positiva, estás em plena Aceitação e Compaixão contigo próprio e com o Mundo. Este é o tipo de comunicação que cria a verdadeira Conexão e Evolução Pessoal e Profissional. EXERCÍCIO PRÁTICO COMUNICAÇÃO & LIDERANÇA EFICAZ: 1º passo: Observa o que se apresenta na tua vida hoje, tudo o que os teus olhos conseguem contemplar e verbalizar apenas isso (sem julgamento). Neste momento estás a gerar conexão com o outro e a ser completamente claro do que realmente estás a observar. Torna-te Claro. 2º passo: Expressa contigo o que sentes em relação à observação feita anteriormente. 3º passo: escreve qual ou quais são as Tuas necessidades Atuais. 4º passo: Faz o teu pedido a ti e aos outros que te rodeiam. Estes devem ser específicos e claros para que o outro consiga compreender a tua

participação e/ou ajuda. Foca no que desejas e não no que não pretendes que te aconteça! Ao utilizares este tipo de comunicação contigo mesmo e com o outro, não entras em exigências, expectativas, nem em julgamento. Simplesmente estás em plena Aceitação e Compaixão contigo próprio e com o Mundo. 4º PASSO: DISPONIBILIDADE Coloca-te disponível para abrires novas portas e janelas de conhecimento e consciência. Abre-te ao NOVO, a novas perspetivas e opiniões. Sê flexível contigo mesmo e com os outros. Alimenta esta disponibilidade verbalizando ou escrevendo “Eu estou disponível para realizar mudanças positivas na minha vida/no meu trabalho/ nas minhas relações”. Permite que a Vida se manifeste e deixate levar. A Mudança de Mindset, a forma como vês o Mundo, irá disponibilizar para a tua Vida, novos acontecimentos e assim, irás atrair tudo o que for necessário para potenciares o teu crescimento e para dares o melhor de ti. Coloca-te DISPONÍVEL e viverás a Mudança da Liderança Poderosa que aguardas na tua Vida! Na tua Melhor Versão em 2019, construindo uma Nova Visão do Mundo! Patilha comigo as Mudanças que sentires e vivenciares! A Economia do Amor transforma o Mundo!

ANA PEDROSO TRANSFORMADORA DE VIDAS

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info@anapedroso.pt www.anapedroso.pt


UM DOS MAIORES MITOS ASSOCIADOS À PARENTALIDADE É QUE UMA BOA MÃE/PAI DEVERÁ COLOCAR OS SEUS FILHOS SEMPRE EM PRIMEIRO LUGAR. MINDSET MAGAZINE | 11

CARLA PINTO


PAIS FELIZES TRANSFORMAM FILHOS FELIZES

Jesper Juul, um dos terapeutas familiares mais conhecido do mundo, considera que as famílias precisam de pais que pensem mais em si próprios e que saibam encontrar tempo e espaço para o seu próprio desenvolvimento afetivo. Muitos adultos não estão de todo conscientes das suas próprias necessidades e limites, e têm ainda de aprender a comunicá-los de forma clara. Só que maior parte das vezes estamos a influenciar os nossos filhos através do nosso comportamento e das relações que estabelecemos com os outros. Vale a pena pensar nisto! Um dos maiores mitos associados à parentalidade é que uma boa mãe/pai deverá colocar os seus filhos sempre em primeiro lugar. Obviamente eles são a nossa prioridade. Mas e as nossas necessidades? As nossas paixões e vontades? Tratar de nós, é pois, uma das coisas mais

importantes que podemos fazer quando nos tornámos pais, tal como nos lembra a analogia da máscara de oxigénio: Numa viagem de avião, as normas de segurança dizem-nos que, em situação de emergência, deveremos primeiro colocar a nossa própria máscara de oxigénio e só depois ajudar o outro. Na parentalidade a lógica é a mesma, ou seja, se nos esquecermos de cuidar de nós, não conseguimos o tal equilíbrio e não damos o melhor de nós. Numa situação limite com os nossos filhos reagimos em vez de sermos pais mais serenos e assertivos. Quando somos capazes de nos regularmos, somos capazes de escolher os nossos comportamentos e damos o exemplo aos nossos filhos. Tal como Mikaela Ovén afirma “Às vezes tenho de me relembrar que ao cuidar de mim também cuido dos meus filhos”.

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Enquanto pais devemos assumir a nossa responsabilidade pessoal, o que significa assumirmos e transmitirmos aos outros a responsabilidade pelas nossas necessidades e limites. É benéfico os nossos filhos saberem que estão a lidar com pessoas verdadeiras e autênticas e que não existem pais perfeitos!! Educar é um enorme desafio. O comportamento das crianças para além de resultar da fase de desenvolvimento em que se encontram, é condicionado também pelo tipo de relação que é construída com os seus pais, pelo tipo de resposta que estes dão aos comportamentos e pelo tipo de experiências que vivencia. Os pais modelam a felicidade, quando tratam da sua, e quando criam momentos que proporcionam felicidade aos seus filhos. Como dizia Francisco Varatojo “Somos nós os criadores das nossas vidas”. Antes de tudo, SEJA FELIZ e faça feliz os seus filhos!

CARLA PINTO FUNDADORA DA TRIBO DOS AFECTOS

carlaabpinto@gmail.com https://www.facebook.com/tribodosafetos/

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RESGATA O TEU PODER PESSOAL

Quando iniciei a minha caminhada de autoconhecimento, a primeira informação que se destacou do meu mapa numerológico foi a necessidade de resgatar o meu poder pessoal e com isso ter a possibilidade de ativar e potenciar todas as áreas da minha vida. Esta tomada de consciência fez vibrar o meu coração de entusiasmo e motivação para agir de imediato rumo a esse resgate, contudo, deixei a minha mente agigantarse e questionar “E agora? Como é que vais fazer isso? Achas que consegues? Não sabes o que fazer, nem por onde começar? Achas mesmo que o caminho é por aí?”. Com algumas dúvidas e receios de seguir rumo ao desconhecido, decidi escolher o caminho mais familiar para mim e comecei a fazer várias pesquisas, leituras, enfim, escolhi entrar numa busca infinita para encontrar algo o mais objetivo, prático e concreto possível que me

ajudasse de forma imediata e que alimentasse os critérios cautelosos do meu ego. O que aconteceu? Pouco tempo depois comecei a sentir-me desmotivada, triste, frustrada e ainda mais perdida por não estar a conseguir encontrar nada do que desejava e no tempo que tinha estipulado como o ideal para mim. Hoje percebo que estava a escolher procurar respostas na minha zona de conforto, fora da minha realidade e do meu momento presente. Acredito que quando definimos uma intenção clara do que queremos alcançar e a transmitimos à vida, através do nosso coração, ela envia-nos sempre as ajudas e respostas que necessitamos. O que acontece é que, na maioria das vezes, não escolhemos prestar atenção ao que nos rodeia, não valorizamos, nem reconhecemos o que já temos e quem temos à nossa volta como sinais e/ou bênçãos enviadas por ela. Achamos sempre que não

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temos o que precisamos na nossa vida e, por isso, caímos na constante tendência, que todos temos, de idealizar a forma como gostaríamos de receber a resposta ou a ajuda que achamos precisar naquele momento. Criamos muitas expetativas, imaginamos tudo ao pormenor, controlamos o como, quando, porquê, com quem…para que tudo possa acontecer à nossa maneira e medida, e se possível sem sofrermos! Mas já pensaste que essa maneira pode não ser o melhor para ti? Que pode não ser aquilo que realmente precisas de experienciar neste momento da tua vida? Que podes estar a desperdiçar a oportunidade de poderes ser surpreendida e, quem sabe, viveres a experiência mais transformadora e única da tua vida, que está apenas inacessível à tua imaginação? Como percebes-te o caminho que escolhi e idealizei não me levou a bom porto, por isso, comecei a conversar, durante longos meses, com o meu ego: “isto não está a correr bem e apesar de estar grata pelos teus alertas, sinto que não me estão a ajudar e que preciso de fazer algo de diferente na minha vida, preciso de arriscar percorrer caminhos novos, mesmo que aches que são incertos. Vais-me chamar de louca e sei que não concordas, mas sinto que já não tenho nada a perder e, desta vez, vou arriscar fazer o que eu sinto que preciso fazer”. E assim foi, entreguei-me de novo ao desconhecido e aceitei sair por completo da minha zona de conforto. E o que recebi da vida? Fui admitida para um part-time num local que sonhei um dia trabalhar, mas que não imaginava ser possível ser admitida, pois em nada ia ao encontro do meu percurso profissional. A vida tinha-me surpreendido! Aquilo que precisava experienciar naquele momento para me alinhar com a minha essência, tinha num verdadeiro acaso chegado à minha vida! Só que eu não percebi, não me permiti ver para além do óbvio e não reconheci tamanha bênção disfarçada. Sem pensar muito e sem ter a menor noção do que estava a acontecer, deixei-me ser guiada pelo entusiasmo e alegria da admissão e das novas amizades, e a vida tão

generosa orientou-me de forma subtil para um novo mundo: o da Macrobiótica. Numa perfeita sincronicidade, o meu caminho cruzou-se com uma colega de trabalho que começou a partilhar comigo esse estilo de vida que nos ajuda a desenvolver o nosso potencial. Emprestou-me os seus livros, do Francisco Varatojo, que num instante devorei, e sem dar conta estávamos juntas a saborear a minha primeira refeição Macrobiótica. Daí a tirar formação em culinária Macrobiótica e a começar a cozinhar as minhas próprias refeições, foi um instante. Tudo fluiu muito rápido, sabes, e acredita a minha vida começou mesmo a mudar! Nesse momento, para mim era inimaginável o tamanho do propósito daquele reencontro de almas. Só um ano mais tarde, num dos círculos de mulheres do Renascer Feminino, o click se deu, quando chegámos ao mês em que vivenciámos a frequência da Criação. Foi nesse círculo que percebi que a criatividade e o poder pessoal estão de mãos dadas! Tomei consciência que durante um ano inteiro estive a trabalhá-los em mim, só que de forma inconsciente, e que de todas as coisas que me permitiram resgatar a minha auto-estima, autoconfiança, entusiasmo pela vida, segurança e afirmação pessoal, aquela que mais tivera impacto na minha vida foi, sem dúvida, recomeçar a cozinhar, desta vez, a sério, por gosto, com alegria e com a intenção certa: cuidar de mim. Sabias que a cozinha, e em especial o fogão, é o local da tua casa que te permite recuperar o poder de autocura, auto-responsabilização, auto-transformação, transmutação e de alquimia da tua vida? E que ao recuperares o teu poder de escolher o que vai nutrir o teu corpo, também estás a escolher resgatar o poder de conexão do teu espírito ao teu corpo, porque transformas o teu sangue, as tuas células, a tua energia, os teus pensamentos e a forma como olhas, vives e sentes o mundo? Sim, ao resgatares o teu poder de escolha, recuperas o teu poder pessoal! Nesse círculo percebi ainda que ao reconquistar o ato de cozinhar com e por amor, através da culinária Macrobiótica, resgatei também o

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meu poder de criação. E através dele encontrei uma forma de me conectar profundamente comigo própria e com a minha energia feminina, de me exprimir de forma honesta, respeitando a minha essência, os meus valores e princípios, e isso, permitiu-me resgatar o meu poder pessoal! Sim, quando te expressas de forma verdadeira através de algo em que acreditas ou crias algo que faz vibrar o teu coração pelo orgulho que tens em ti própria, estás a resgatar o teu poder pessoal! E isso pode ser feito de muitas formas, o importante é usares o poder de criação das tuas mãos, aquele poder mágico da feiticeira e das nossas mulheres sábias e ancestrais, sabes? É esse o poder que precisas de resgatar na tua vida! E podes fazê-lo, por exemplo, através da pintura, escrita, fotografia, cozinha, tricot, jardinagem, bordados, costura, mandalas ou qualquer outro tipo de trabalho manual. E como sabes o que começar a fazer e o que está alinhado contigo? Questiona-te! Observate!

Ouve-te! Acredita e confia em ti, na tua intuição! Ouve o teu coração! As respostas que procuras estão dentro de ti, na tua realidade, no teu momento presente! Todo o poder que precisas para transformar a tua vida está nas tuas mãos! Por isso, é que quando alias a tua capacidade de criação à conexão com a tua essência, com a tua intuição, com o teu coração resgatas o teu poder pessoal! Porque te respeitas, amas, colocas em primeiro lugar, valorizas e porque escolhes reconhecer que tens dentro de ti todos os recursos necessários para criar algo único, que te representa, que espelha a tua força e voz interiores. Gera a coragem de partilhares com o mundo quem és de verdade, entrar em ação seguindo a voz do teu coração e manifestando o teu poder de escolha e criação, resgata o teu poder pessoal e alinha-te com a tua essência! CATARINA TEIXEIRA COACH TRANSFORMACIONAL catarina_teixeira@hotmail.com

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A LIDERANÇA E A ARTE DA LEITURA Harry Truman, 33º presidente dos Estados Unidos da América, defendia que “todos os líderes são leitores”. Bill Gates e Warren Buffett afirmavam, por sua vez, que se pudessem ter um superpoder escolheriam ler mais rápido. Robin Sharma, Anthony Robbins e todos os que gerem empresas de milhões e que trabalham na área do desenvolvimento pessoal assumem que uma das suas mais significativas transformações pessoais e profissionais aconteceu através da leitura e que a sua capacidade de liderança jamais seria a mesma sem a leitura. Somos e estamos na vida na medida do conhecimento que adquirimos e aplicamos diariamente. De que forma a leitura promove melhores líderes? Ler os livros certos no momento certo é, por si só, uma capacidade de liderança. A competência de decidir entre A e B inclui uma série de variáveis. Mas todas as variáveis têm duas coisas em comum: conhecimento e consequência. Ter o conhecimento necessário de algo e a sua aplicação prática é fundamental para uma boa decisão. A leitura fomenta a análise 360º das situações, pois permite obter novas perspetivas acerca de um assunto, problema ou impacto. Como resultado, surgem respostas melhor fundamentadas e de acordo com a exigência do contexto. Preparando as pessoas para agir, a leitura, como ferramenta de ativação e potenciação de recursos internos, facilita a organização e a aplicação de conhecimento com vista à resolução de uma necessidade. Está também provado que o cérebro fica mais fortalecido e produtivo quando ao seu desenvolvimento está associado um processo de leitura orientada. O cérebro “gosta” de dinâmica, não de inércia.

Estes são apenas alguns dos benefícios da leitura em qualquer contexto de liderança: • Maior capacidade de liderança • Aumento da autoestima e autoconfiança • Aumento da capacidade de decisão • Desenvolvimento da linguagem • Maior capacidade para relacionar e debater factos • Aumento dos níveis de literacia • Aumento do poder de foco • Maior capacidade de expressão e de argumentação • Mais clareza perante os problemas • Aumento da produtividade • Estar em contacto com os melhores mentores Qualquer tipo de liderança, como qualquer outro assunto, tem na sua base conhecimento. Na verdade, e dito mesmo de uma forma crua, um líder que não lê tem muito mais dificuldade em atingir o sucesso. Mesmo que pensemos que já possuímos todos os recursos internos para fazer acontecer, será sempre necessário ativar esses mesmos recursos. E uma das funções primordiais da leitura é “ativar os botões” certos para o desempenho ideal. Dê ênfase ao livro certo, no momento certo, para o resultado certo. Assuma o conhecimento para então assumir a liderança. Boas Leituras!

CÉSAR FERREIRA READING COACH & BIBLIOTERAPEUTA cesar.a.ferreira@gmail.com www.cesarferreira.co

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AUTOVALOR E SUAS CONQUISTAS PESSOAIS A evolução pessoal contínua, como meta, não diz respeito somente a tornar-se melhor em certos aspectos. É preciso que essa melhora seja, efetivamente, duradoura e consistente. Do contrário, eventual mudança seria superficial e passageira, não passando de uma mera empolgação momentânea e de um movimento aleatório, isolado e frágil. É preciso consistência. Para que seja possível manter a consistência durante o processo rumo a qualquer conquista pessoal é fundamental a noção plena de autovalor. Caso o indivíduo não tenha uma noção plena de seu valor, de suas qualidades e potencialidades, dificilmente possuirá noção, ao menos aproximada, daquilo que é capaz de alcançar. E o que seria o autovalor? O autovalor é a percepção pessoal que um indivíduo possui acerca de suas qualidades, habilidades, defeitos, fraquezas e sua representatividade em determinados ambientes. Logicamente, o peso desses quesitos varia de acordo com o ambiente.

Por exemplo: grandes habilidades manuais não guardam muita importância em um meio em que velocidade de raciocínio seja a habilidade fundamental para um bom desempenho. Ou mesmo uma grande capacidade de explosão muscular tampouco teria muita importância para um jogador de xadrez. A noção de autovalor demanda que o indivíduo seja capaz de perceber-se. Para isso, precisa olhar para dentro, de uma maneira honesta e legítima, a fim de detectar todos os seus principais atributos, positivos e negativos. A prática está longe de ser confortável. É bastante difícil o exercício, bem como termos uma impressão precisa acerca de nós mesmos e de nossas capacidades. Porém, a prática é necessária. Em sendo assim, a proposta de exercício prático para a percepção de seu autovalor: faça uma lista de suas qualidades (acredite você ou não nelas), conquistas e deficiências.

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Posteriormente, selecione as deficiências que você precisa sanar com mais urgência, bem como as qualidades que precisa aperfeiçoar. Pronto, pesquise, estude, busque mentores que sejam autoridade no ponto a ser aperfeiçoado e coloque esses ensinamentos em prática, em todas as oportunidades que aparecerem. Uma prática interessante é você determinar os aperfeiçoamentos prioritários de acordo com os objetivos que deseja alcançar. Talvez ainda permaneça a dúvida: qual a importância prática do autovalor para que possamos alcançar nossos objetivos, para nossas conquistas pessoais? A lógica funciona da seguinte forma: para que você possa alcançar qualquer objetivo em sua vida é preciso que você tenha certeza absoluta de que possui todos os requisitos, os valores necessários para o alcance da meta. Assim, diante dos fracassos e adversidades, a convicção acerca da vitória fará com que você, incondicionalmente, mantenha a consistência rumo à sua meta e somente descanse após a conquista. Não há outra opção.

Ocorre que, sempre que houver dúvida ou sensação de incapacidade pessoal, além da perda do poder de presença na atividade, qualquer pequena adversidade ou fracasso possuirá o poder de demover a pessoa de alcançar seu intento, enfraquecendo-a e afastando qualquer possibilidade de manutenção de consistência, que, como dito, é a chave para o alcance de qualquer resultado. Em sendo assim, busque seu autovalor, conheça-se. Além de preservar a energia pessoal, traz a autoconfiança suficiente para que se alcance qualquer resultado.

ALLAN MAGALHÃES TERAPEUTA, HIPNÓLOGO CLÍNICO E DESPORTIVO allan.magalhaes@gmail.com www.hipnoserj.com.br

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VIAGEM À ÍNDIA DO YOGA – O AMOR É O QUE PROCURAMOS Um dos meus propósitos para 2019 foi o de trabalhar e interiorizar o conceito de confiança, em mim e nos outros. Confiar que somos capazes de manter uma atitude existencial baseada na confiança em nós próprios é outra forma de dizer "amo-me tal como sou". É uma atitude que dispensa a comparação com os outros e que nos força a contrariar a tendência de nos colocarmos numa posição em que nos consideramos “menos” do que os demais. Todos somos suficientes, mas dividimo-nos em pequenos papéis e usamos várias máscaras, dispersando a nossa energia na tentativa de ser o que achamos que os outros querem que sejamos, quando na realidade já somos suficientes e prefeitos. A autoestima não é

Passei a maior parte do tempo na mítica Rishikesh, que fica no norte da Índia e no sopé dos Himalaias, que é rasgada ao meio pela mãe Ganga, essa água sagrada que lhe confere o estatuto de centro de estudo de várias técnicas de Yoga e Meditação. Ali, templos e ashrams, rio e montanhas, peregrinos e turistas, comércio e prática espiritual convivem em harmonia numa cidade sem álcool e vegetariana, que exala uma energia limpa, livre de oscilações de humor e em harmonia com a natureza. Sempre senti que precisava de ir à Índia, para “ir” à Índia. Praticar yoga e meditação, ser verdadeira com o meu coração, ler os ensinamentos de sadhus e swamis, ouvir e entoar mantras e kirtans

muito mais do que o reconhecimento consciente de que somos únicos, logo incomparáveis e inclassificáveis. O desafio é pôr a intenção neste pensamento e acreditar verdadeiramente que não temos que provar nada a ninguém, nem a nós próprios. Ser e deixar ser, confiar e ter confiança. Foi com este propósito no coração que viajei para a Índia no final do mês de Janeiro, e por lá fiquei até meados de Fevereiro.

ou ver fotografias foram vivências válidas e significativas da filosofia de vida yogi, mas filtradas pela experiência dos outros. É preciso ir à Índia, para sentirmos a Índia, e em Rishikesh há uma energia incrível nos lugares, nas pessoas e na natureza, que só pode ser absorvida e integrada no fluir das águas do Ganges e nos silêncios dos locais onde meditamos e questionamos a própria vida.

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Durante esta viagem, conheci seres humanos, animais e manifestações da natureza em estado puro, depurados do apego às ideias e conceitos que nos consomem, a nós que ainda oscilamos entre dois polos. Por um lado, queremos conhecer Deus e o amor infinito que está em cada átomo que nos liga ao vazio mais cheio do mundo, o silêncio e o espaço entre nós e tudo o que nos rodeia. Por outro, temos que nos relembrar sistematicamente que o materialismo e o apego apenas nos limitam a experiência e gerir o nosso dia-a-dia para enquadrarmos as nossas ações com o que o nosso coração sente estar certo. Percebi que durante o crescimento espiritual há muito a desaprender, pois temos que treinar a nossa mente para que se vá desapegando do deslumbramento dos conceitos e das ideias que ela produz. Só sabemos o que sabemos, e só podemos garantir com certeza absoluta de que somos e estamos presentes no presente. Isto porque a vida muda a cada instante, nada é certo, e o melhor que podemos fazer é a promessa de vivermos segundo o amor que reside nos nossos corações. Não somos definidos por nomes ou etiquetas que nos dão e devemos praticar no sentido de nos sobrepormos às orquestrações sociais, políticas e culturais que só nos fazem temer o pior e com que nos preocupemos com um futuro que não podemos controlar. Não podemos viver em medo permanente. Além disso, temos que cultivar o amor-próprio, que se manifesta quando nos alimentamos e hidratamos, quando ajeitamos a cama onde dormir ou quando cuidamos de nós e do nosso corpo, que é o modo como nos conseguimos expressar e experienciar o mundo. Por isso, não podemos aceitar como nossa a ideia que os outros têm sobre nós, porque cada vez que integramos o que os outros dizem que nós somos, há algo que se quebra no nosso interior. Da mesma forma, não devemos questionar se os outros estão certos ou errados,

porque cada um vive na sua ilusão, que é a forma como cada indivíduo vê, sente e experiencia o que está a sua volta, e que deve ser respeitada e não dar origem a conflitos ou zangas. O amor não depende da emoção para ser amor e é tão puro e neutro como a luz do sol que ilumina todos os seres. O coração não tem opiniões e é ao amor que devemos voltar quando sentimos que tudo à nossa volta se está a desmoronar. Devemos confirmar sempre dentro do nosso coração se estamos a viver de uma forma coerente, digna e honesta, ter compaixão pelos outros e desenvolver a nossa empatia com o mundo físico que nos rodeia, matéria da qual nós também somos feitos. Devemos evitar julgar os outros, porque fazer julgamentos é negar Deus e limitar a nossa experiência. Por fim, devemos perceber que quando nos atingem e nos magoam, com aquelas palavras cirúrgicas que parecem flechas, é porque essa ferida que foi mexida já existia em nós. Só temos controlo sobre as nossas ações e tudo o que está a acontecer à nossa volta vai continuar a acontecer, quer queiramos ou não. Por isso, o melhor é aproveitar cada momento, sentir com o coração e ter sempre a palavra amor na ponta da língua. JOANA MARQUES CRIADORA DO PROJECTO "TRIPOLARIDADES – ANSIEDADE, ANOREXIA E BULIMIA" jtpmarques@gmail.com facebook.com/transtornosalimentaresanonima

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ENTREVISTA

O César é daquelas pessoas com quem nos identificamos logo à primeira vista. Conheci o seu trabalho através de um amigo em comum e logo comecei a segui-lo. Entretanto fiquei curiosa pelo seu trabalho e fiz com ele uma formação on-line de Speed Reading onde aprendi algumas técnicas de leitura rápida que até hoje uso e que foram valiosas para transformar a forma como lia os livros. Já não me recordo como combinamos um encontro em Oeiras para nos conhecermos e para eu apresentar ao César o meu primeiro livro, o "Chega Aonde Quiseres", esse encontro aconteceu em Maio de 2018 e nunca irei esquecer a forma como o César e a família me receberam e a conversa que tivemos no Jardim dos Poetas, um local lindo que eu não conhecia também.

O César é um profissional de excelência e a sua paixão por livros é palpável em tudo o que faz. Obrigada César por seres a excelente pessoa que és e por, com o teu trabalho, aproximares as pessoas da leitura, despertares maior interesse no hábito de ler e aprender. O César ajuda pessoas a seleccionar e a aplicar leituras para que possam desenvolver as competências que ambicionam e ter sucesso nas diversas áreas das suas vidas. " Não somos o que lemos, mas o que fazemos com o que lemos" - César Ferreira Apresento-vos a seguir César Ferreira.

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ENTREVISTA MINDSET MAGAZINE: Como nasceu a tua paixão pelos livros?

CÉSAR FERREIRA: A paixão pelos livros nasceu muito cedo, por volta dos 7 anos. A leitura sempre foi para mim um lugar de refúgio em que conseguia ser herói, independentemente das circunstâncias externas e das dificuldades. Lembra-me de esperar junto à estrada pela biblioteca itinerante da Calouste Gulbenkian para que pudesse ler um livro de Júlio Verne. Mas a paixão tornou-se um forte amor quando foi através da leitura que superei a gaguez crónica e as minhas dificuldades de aprendizagem. Esta foi também uma das razões para fazer o que faço atualmente. MINDSET MAGAZINE: Como acreditas que se aprende a ser apaixonado pela leitura?

MINDSET MAGAZINE: Se tivesses que te definir em 3 palavras, quais seriam e porquê? CÉSAR FERREIRA: Resiliente porque raramente desisto de algo em que acredito e que sei que pode funcionar, mesmo que de forma diferente. Empreendedor, dada a minha vontade em fazer crescer a oportunidade onde, muitas vezes, só se vê a ameaça. Visionário, claramente uma qualidade que adquiri através da leitura, da aprendizagem contínua e dos desafios que superei no passado. Ter uma boa base de dados de conhecimento interno faz-nos obter vários níveis de perspetiva acerca das coisas. Acaba por ser um ver mais além.

CÉSAR FERREIRA: A paixão pela leitura treina-se e incute-se. A paixão pela leitura aprende-se através de vários processos. O primeiro é, efetivamente, o mimético em que tentamos fazer o que as nossas figuras de referência (pai, mãe, irmão,…) fazem. Depois podemos falar no processo em que juntamos o que gostamos aos livros. Nas crianças este é um processo crucial. Não é fantástico quando se funde brincadeiras com livros? Os restantes processos são de consistência, novidade e hábito. Mas como qualquer hábito, é importante sentirmos a recompensa que iremos ter e tornar o ato de ler um ato de continuidade e escalabilidade. A paixão pelos livros só advém quando o leitor encara a leitura como algo que o preenche e tem a capacidade de lhe mostrar algo que, de uma outra forma, ele nunca conseguiria lá chegar. É preciso deixarmo-nos surpreender.

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ENTREVISTA Lembra-me a história do livro “Sair da Microsoft para Mudar o Mundo” de John Wood em que o autor fala que há crianças no Nepal que jamais iriam saber o que era uma baleia ou um tubarão se não fosse através de um livro. Ser apaixonado pela leitura é algo que se treina com entrega, flexibilidade e desafio. MINDSET MAGAZINE: O que te motiva enquanto Biblioterapeuta? CÉSAR FERREIRA: Ajudar os outros a superar os seus desafios através da aplicação de conhecimento. Há algo em mim que avança quando um cliente meu resgata uma parte de si. E isso é um sentimento incrível. Enquanto biblioterapeuta considero-me um transformador de perspetivas e um agitador de mentes.

qualidade de vida das pessoas. A primeira é a questão do tempo. Ler mais e melhor em menos tempo dá a vantagem competitiva a quem possui esta competência. Ou seja, mais conhecimento em menos tempo. A outra é o aumento da retenção e da compreensão de informação. Quando aprendemos a ler mais rápido (e de forma dinâmica) o nosso cérebro fica mais focado e a informação é processada internamente de um modo mais fluído e consistente. Quando alguém aumenta a sua velocidade de leitura (mantendo ou aumentando a retenção de informação) em apenas 100 palavras por minuto pode, ao final de um ano, poupar cerca de 4 dias. Uma simples técnica, ajuda a beneficiarmos mais e melhor do tempo de vida que temos. E isto é fabuloso!

MINDSET MAGAZINE: O que te faz um Reading Coach?

CÉSAR FERREIRA: Enquanto Reading Coach divido a minha intervenção em 3 momentos: o treino de alto rendimento em leitura rápida e aprendizagem eficaz; a mentoria de autor para quem pretende escrever um livro; e o aconselhamento literário para o desenvolvimento e empoderamento de competências. Como costumo dizer, há treinadores que treinam atletas para correr os 100 metros nos Jogos Olímpicos. Eu treino pessoas para aprender, MINDSET MAGAZINE: Quais acreditas serem os memorizar e aplicar conhecimento de forma rápida principais obstáculos que levam as pessoas a e rentável nas olimpíadas da vida. desistirem de ler? MINDSET MAGAZINE: És especialista em Speed Reading, quais as vantagens em aprender essas técnicas? CÉSAR FERREIRA: Existem inúmeras vantagens. Mas há duas que se destacam pela grande melhoria na

CÉSAR FERREIRA: Na verdade é o facto de desistirem delas próprias. Além disto, ainda se promove muito a questão meramente romântica da leitura. Expressões como “ler faz-te voar” ou “ler é viajar sem sair do local” são muito bonitas. Porém, não se vai ao cerne da

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ENTREVISTA questão de que ler é, por exemplo, uma habilidade associada e indispensável ao sucesso (material, mental, emocional e espiritual). Quem lê os livros certos de acordo com o seu propósito tem em mãos uma ferramenta de poder incalculável. Como dizia Henry David Thoreau: “muitas pessoas iniciaram uma nova era na sua vida através da leitura”. O mercado editorial também aposta mais em leitura de massas do que em leitura de impacto personalizado. Ou seja, promove-se a leitura para então promover a pessoa quando, na verdade, devemos é promover a pessoa através da leitura. Outro obstáculo é o facto de encararmos unicamente a leitura através do suporte de papel, o livro. O impacto da leitura não depende do suporte, mas do alinhamento entre leitor com propósito e autor com mensagem apropriada a esse propósito. O livro é apenas o veículo de transmissão de conhecimento. Funciona como uma ponte. Questões como a falta de tempo aparecem como um dos maiores obstáculos das pessoas que me procuram. Mas é uma falsa questão. A vida é maioritariamente agitada para todos. Mas há quem consiga concretizar mais. A razão? Estrutura e organização internas. Muitos me perguntam se as novas tecnologias são responsáveis pelos fracos hábitos de leitura de livros. Não partilho dessa opinião. As novas tecnologias promovem outras formas de leitura claramente vantajosas. Hoje em dia tenho acesso a livros online que, de outra forma, jamais teria acesso. Outro obstáculo é a forma como a leitura é abordada na maioria das escolas. Mais depressa levamos livros aos jovens do que jovens aos livros. A meu ver, e pela minha experiência, o processo está a fazer-se ao contrário.

MINDSET MAGAZINE: Se tivesses que dizer a uma pessoa algo que a fizesse ler mais e melhor, o que seria? CÉSAR FERREIRA: Nós somos o que somos na medida do conhecimento que temos e aplicamos. Quem queres mesmo ser? Que queres que aconteça? MINDSET MAGAZINE: Com as novas tecnologias, no futuro, o que levará as pessoas a encontrarem o prazer de ler um bom livro? CÉSAR FERREIRA: Eu defendo que o processo de leitura não depende diretamente do suporte em que a informação é apresentada. Contudo, ler um livro tem vantagens. As imagens que criamos ao ler um livro baseiam-se em pontos de referência internos. É aqui que reside a liberdade criativa e cognitiva. O livro jamais perderá o seu espaço. Por exemplo, ler um livro pode ser a forma de encontrarmos o silêncio e o equilíbrio face ao stresse do dia-a-dia.

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ENTREVISTA

Com a tecnologia somos chamados constantemente à atenção. E isso leva-nos demasiado para fora de nós mesmos. Com o livro o processo é exatamente o oposto, dado que somos chamados a agir sobre nós mesmos.

MINDSET MAGAZINE: Já chegaste aonde querias? Como visualizas a tua realidade daqui a 5 anos? CÉSAR FERREIRA: Todos os dias chego aonde tenho de estar. Embora aprecie pensar no futuro com um sorriso nos lábios, opto por concretizar todos os

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ENTREVISTA Estou a trabalhar para que, daqui a 5 anos, seja uma referência mundial em leitura, aprendizagem e mentoria de autor. Não por uma questão de ego, mas por considerar que posso contribuir para que as pessoas aprendam de uma forma mais intuitiva, com maior impacto e de acordo com os seus níveis de exigência. MINDSET MAGAZINE: Qual é para ti o Mindset para o Sucesso? CÉSAR FERREIRA: É estarmos em contínuo modo de aprendizagem para que a nossa mente esteja treinada e apta para o sucesso. Entrevista de Sónia Ribeiro a César Ferreira

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LER OS LIVROS CERTOS NO MOMENTO CERTO É, POR SI SÓ, UMA CAPACIDADE DE LIDERANÇA. CÉSAR FERREIRA

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A NÃO PERDER: "JORNADAS DA MENTE DESPERTA" Vai realizar-se no próximo dia 16 de Março a 1ª edição das Jornadas Mente Desperta. A vontade de criar este evento surgiu pela parte de Rute Calhau e Maria Melo. A Rute, é formada em Naturopatia e apesar de ter muitas outras formações na área das medicinas complementares a sua missão é poder ajudar os outros através do seu exemplo. A Maria, diretora da Akademia do Ser e editora da Revista Progredir, tem como missão acrescentar valor a todos aqueles que acreditam que o próposito da vida, é a nossa capacidade de tornarmos humanos e mais felizes. A junção destas duas mentes e após longas conversas, fez nascer este projeto que tem como principal objetivo o despertar das mentes para uma vida com propósito e consciência. As jornadas pretendem ser um momento de descoberta e de partilha. Descoberta para todos aqueles que se disponibilizarem a explorar o mundo fantástico que habita dentro de cada um de nós e de partilha pela oportunidade de juntos, podermos criar um espaço onde a experiência de vida de cada um, será uma oportunidade de crescimento para todos. Para todos aqueles que quiserem estar presentes, será um dia de novas experiencias através de palestras, atividades, terapias e outras formas de acrescentarmos valor e podermos assim explorar o propósito de cada um. Contaremos com vários oradores tais como, Sónia Ribeiro, Rita Mendes, Critina Leal, e outros mais, que irão partilhar experiências dentro de temas como a coragem, o desapego, o luto. Irão decorrer várias atividades, tais como meditações, circulos xamânicos, entre outras, dinamizadas por vários profissionais na área do desenvolvimento pessoal.

Teremos também vários terapeutas a proporcionar momentos terapeuticos para todos aqueles que quiserem explorar de uma forma mais individual, o mundo do auto conhecimento. As jornadas irão decorrer em Paço de Arcos na Akademia do Ser. O valor da entrada, 2€, irá reverter para Associação Acreditar. Todas as informações sobre as jornadas estão disponiveis em https://mentedesperta.weebly.com/

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A VERDADE DO TEMPO E O TEMPO DA VERDADE Bem sabemos que o tempo não para, não espera por nós, não se atrasa nem se adianta…vivemos com frequência em piloto automático e não prestámos atenção ao tempo! O tempo que pode ser o nosso maior aliado ou o contrário, quando não o aproveitamos e não usufruímos dele! Já te apercebeste de em determinado momento pensares para ti mesma/o: “Não dei conta de o tempo passar!”, “O tempo passa tão rápido e não consigo fazer tudo o que preciso!”, bom, isso poderá ser um sinal de que, em primeiro lugar, precisas de abrandar, estruturares o teu tempo e vivê-lo em pleno, que é como quem diz, com consciência no momento presente, em segundo lugar, perceber que os teus dias, semanas, meses e anos passam independentemente de realizares o que queres ou não! É urgente pararmos e fazermos uma análise do nosso tempo! O que conquistei até agora? O que pretendo fazer nos próximos tempos? Como quero que seja o meu percurso de vida? O que estou a fazer AGORA para colocar tudo isso em prática? Que tempo de qualidade tenho passado com as pessoas que me são queridas? Ando sempre com pressa? De quê? Vivo a vida acelerada? Porquê? O que ganho com isso? O que perco com isso? Como quero efetivamente aproveitar o tempo todos os dias da minha vida? Pode parecer cliché, mas o tempo não para mesmo e não volta atrás…quando acordares do piloto automático poderás ter um choque ao perceber quanto tempo passou em vão! Agora é a hora de tomar novas atitudes e novas decisões que sejam ecológicas para ti e para os teus, para que possas viver em pleno e sem lamentações! Este ano de 2019 tenho sentido que o tempo voa…tens sentido o mesmo? Por isso mesmo, considero de extrema importância dar mais valor a este bem precioso e vivê-lo com consciência e verdade! 2019 traz consigo uma vibração de comunicação das nossas verdades! O que é que isto significa? Significa que é

hora de assumires a tua verdade e expressá-la ao mundo sem receios e sem bloqueios! Quando percebes as tuas reais necessidades, quando te permites Ser e integras aquilo que pensas, sentes e fazes, estás no ponto certo para expressares a tua verdade em todos os contextos! Sabes dizer “Não” de forma a ficares bem com isso? Sabes expressar a tua opinião sem te sentires diminuída/o? Sabes expressar e colocar os teus limites com verdade e tranquilidade? Sabes ser compassivo contigo mesma/o quando percebes que determinadas situações já não fazem sentido na tua vida? Consegues expressá-las sem dor? Reconheces o teu poder pessoal quando és mais fiel à tua verdade e vives de acordo? Estas questões fazemnos refletir sobre o que é verdade para nós agora, o que já foi e deixou de fazer sentido, o que sentimos em relação às nossas vontades e verdades e a forma como as expressamos e vivemos! Quando percebes na tua essência, no teu interior, a tua verdade, vais automaticamente viver o tempo com mais qualidade e vais com certeza aumentar o teu poder pessoal, o teu bem-estar contigo mesma/o e com os outros! É natural que te apercebas durante o ano que muitas pessoas, organizações, situações e instituições deixem de fazer sentido para ti! Este é o ano em que muitas transformações vão acontecer dentro e fora de ti! É por isso, importante que consigas lidar com estas questões de forma tranquila e que assumas essas verdades para ti e para os outros. Somos mais felizes e aproveitamos melhor a vida quando “separamos o trigo do joio”! Nem sempre é fácil, às vezes dói…, mas é tão compensador e libertador! Tenho-me deparado com pessoas que andam a viver questões profundas de descobrirem as suas verdades, as suas vontades, os seus limites e como estes processos podem doer e ao mesmo tempo podem ser renovadores para essas mesmas pessoas!

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Algumas têm se deparado com situações em que são levadas a uma de duas posições: 1-assumes agora os teus limites e verdades, e expressa-los sem receio; 2-continuas a ser o que os outros querem que sejas e passas por cima da tua verdadeira vontade. Outras pessoas vivem processos de se assumirem de uma forma autêntica nas suas profissões, nas suas funções, nos seus papeis e assumirem essa autenticidade, com coragem, para si e para o mundo! Já te aconteceu ires vivendo ao sabor do vento, em que te moldas às outras pessoas, àquilo que te é pedido, àquilo que é esperado que faças, àquilo que não gostas, és contra e fazes na mesma? Como te sentes em relação a isso? Fernando Pessoa disse: “é o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.” É tempo de seres Tu mesma/o! É tempo de assumires o que queres e o que não queres! É tempo de viveres em autenticidade com o que és e assumilo livremente, sem medos, com consciência e integridade! O que pode acontecer se o fizeres? Tornar-te-ás congruente com aquilo que sentes, vives e expressas; viverás o teu tempo com mais sentido e significado; aumentarás o teu poder

pessoal e estarás confortável com o que escolhes ser mais importante para ti agora! Expressar-te-ás sem reservas e sem medos de não seres aceite ou compreendida/o! Se não viveres e expressares a tua verdade, como saberás se os outros vivem em verdade contigo? Importante lembrar que para assumirmos a nossa verdade, não temos que ter atitudes reprováveis, não temos que ferir ninguém. Temos sim, que ter respeito por nós, pelo que somos e sentimos! Temos sim, que ser assertivos e expressar essa assertividade com respeito, integridade e elegância! Sempre com Verdade! O tempo é maravilhoso e de uma forma ou de outra, vai sempre conduzir-te à verdade! A verdade do tempo! E com o tempo, vais descobrir mais e mais verdades sobre ti, e mais e mais verdades sobre os outros em relação a ti! Vais assumir e viver as tuas verdades a tempo? INÊS SOUSA PSICÓLOGA E COACH ines_sousa3@outlook.com www.facebook.com/lifekeyspt/

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VISÃO DE FUTURO De forma mais ou menos consciente, mais ou menos ousada, todos temos uma visão do futuro que queremos. Aqueles desejos que, se atingidos, nos dariam uma sensação de realização, e só a ideia de conseguir atingi-los nos leva param um estado emocional de entusiasmo e inspiração. Mas será que ter uma visão tem alguma utilidade prática? Se a resposta é “sim” então, o que está afinal entre nós e esse futuro? E para responder eu coloco uma nova pergunta: Quantas vezes logo após ter uma visão de futuro visualizamos o que não queremos? Prevemos os piores cenários possíveis, no sentido de nos prepararmos para tudo! Numa grande parte das vezes prevemos esses cenários com base em crenças e convicções construídas em experiências passadas (nossas ou dos demais). Pode ser um novo contexto profissional, amoroso ou outro, pode parecer algo completamente diferente, contudo, se formos recorrer a referências passadas para nos relacionarmos com esse contexto vamos criar mais do mesmo. O que sucede geralmente é que orientamos inconscientemente as nossas ações para esse futuro negativo como se ele fosse inevitavelmente acontecer, oferecendo-lhe mais empenho do que ao cenário que queremos. E, embora se trate apenas de uma espécie de ensaio na nossa mente, o que é certo é que, ao contrário da mente consciente, que estabelece uma linha temporal de passado presente e futuro, a mente inconsciente vive apenas no presente. Não distingue acontecimento na realidade de acontecimento imaginado. E cada vez que visitamos mentalmente os cenários que nos assombram, invocamos as emoções que lhe associamos: medo, sensação de que não sou capaz, tristeza, ou o que quer que a nossa experiência passada nos tenha ensinado sobre isso. A dica que deixo ao leitor é, tão simplesmente no dia-a-dia, tomar mais e mais consciência da sua tela mental e perceber se está a dar mais tempo de antena aos medo ou aos sonhos (visão). E em qual

dos dois baseia as suas ações. A pouco e pouco, depois pode ir canalizando mais atenção para a visão, tornando-a mais específica e concreta. Para além disso, ao começar já a criar a visão de futuro que quero para mim, estou já a conectar-me inconscientemente com essa possibilidade (num universo de infinitas possibilidades) e a aceder às emoções positivas que lhe correspondem. “E isso significa começar já a ser feliz, sem esperar que os meus sonhos se concretizem? Assim no meio de todos os desafios que estou a atravessar não é paradoxal estar feliz?” perguntam-me… A grande maravilha é que, conectar-me com a felicidade me aproxima dos meus sonhos, percorrendo um caminho geralmente imprevisível!

ANDREIA BRANDÃO * COACH E HIPNOTERAPEUTA adrbrandao@hotmail.com www.andreiabrandao.com (em construção) * Andreia Brandão é Coach certificada e Hipnoterapeuta. Com formação em física quântica e epigenética, integra atualmente o novo paradigma da física na transformação dos seus clientes. Neurofisioterapeuta de formação base enveredou pelo estudo da mente e do seu impacto na saúde do corpo físico. É apaixonada pelo desenvolvimento pessoal, atua na transformação pessoal dos seus clientes ajudando-os a encontrar formas mais salutares e funcionais de se relacionarem com os desafios da vida.

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QUANTAS VEZES LOGO APÓS TER UMA VISÃO DE FUTURO VISUALIZAMOS O QUE NÃO QUEREMOS? PREVEMOS OS PIORES CENÁRIOS POSSÍVEIS, NO SENTIDO DE NOS PREPARARMOS PARA TUDO! ANDREIA BRANDÃO

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AS 5 LEIS DE HAMER (CONTINUAÇÃO)

Vamos então começar a falar de factos e acontecimentos que nos levam a perceber melhor tudo o que aconteceu nos idos anos 90. Primeiro com as validações que fizeram do DR Hamer um dos maiores cientistas de todos os tempos. O seu conhecimento no futuro será o motor de toda a medicina natural, principalmente numa altura em que caminhamos para tempos de maior aproximação à natureza, as 5 Leis Biológicas fazem parte desse processo, de forma tão natural como a alimentação sustentada e a utilização de recursos de forma sustentável. Dr. Hamer: “Depois de ter apresentado uma palestra em Viena em Maio de 1991, um medico deu-me uma tomografia cerebral computorizada (TCC) de um paciente. Na presença de 20 dos seus colegas, entre eles radiologistas e especialistas em tomografia computorizada, ele pediu-me para lhe dizer quais os sintomas que o paciente tinha tido e que tipo de conflitos estavam relacionados com eles. Pediram-me para concluir a partir do nível do cérebro a condição dos outros dois niveis." Eu diagnostiquei a partir da TCC um carcinoma recente na bexiga e em fase de cura, um carcinoma antigo da próstata, diabetes, um carcinoma antigo de brônquios e uma paralisia sensorial de uma determinada parte do corpo – e para cada um deles, os conflitos correspondentes que o paciente experimentou. Nesta altura o médico levantou-se e em frente a todos os colegas disse: "Dr. Hamer, parabéns! Cinco diagnósticos – cinco sucessos! O paciente teve exactamente tudo o que disse. E você até conseguiu diferenciar os sintomas que teve no passado e os que tem agora."

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Vamos então agora falar das 5 Leis Biológicas de Hamer: Dentro da Primeira Lei temos 3 critérios que passo a explicar. O primeiro critério diz que todo o Programa Especial com Significado Biológico, chamado SBS, tem a sua origem num chamado Síndrome de Dirk Hamer, ou DHS, assim chamado em nome do filho do Dr Hamer que está na origem destas descobertas. Este DHS é um choque conflituoso inesperado, muito agudo, isolador e que ocorre simultaneamente na Psique, no cérebro e no órgão correspondente.

Explicando melhor o que implica este Critério de acordo com a natureza: Do ponto de vista biológico, o “inesperado” significa que não houve preparação, e que a situação pode ser prejudicial para aquele que foi apanhado de surpresa. Para ajudar o indivíduo durante essa crise imprevista, entra em ação, instantaneamente, um Programa Especial com Significado Biológico (SBS), criado especificamente para tal situação. Uma vez que tais programas de sobrevivência são inerentes a todos os organismos, seres humanos inclusive, a Nova Medicina Alemã (GNM) refere-se a eles como conflitos biológicos, em vez de conflitos psicológicos. Exemplo: Se um macho sofre um “conflito de perda territorial”, o conflito afecta a área do cérebro que controla as artérias coronárias. Nesse momento, o revestimento mucoso das artérias começa a ulcerar (produzindo uma angina de peito). O propósito biológico da perda de tecido (ulceração) é aumentar a luz do vaso coronário para que possa passar mais sangue por minuto até o coração, coisa que dá ao macho mais energia e vigor em seu esforço para recuperar o território (seu lar ou seu lugar de trabalho) ou estabelecer um novo lar ou um novo local de trabalho.

JORGE MALHEIRO CONSULTOR E HIPNOTERAPEUTA geral@jorgemalheiro.pt www.jorgemalheiro.pt

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SENTIR PARA APRENDER Já a meio do segundo período escolar e alguns dos nossos jovens continuam a sentir-se aterrorizados com os seus resultados escolares. Felizmente não são a maior parte, mas são, também por isso, aqueles em quem devemos manter a nossa maior atenção. Estes seres que estão a crescer e a criar os seus pilares de crenças e sabedorias devem estar seguros. Sabemos que um aluno que tenha recorrentemente insucesso, tem tendência a sentir-se frustrado, impotente e até desenvolver estados ansiosos e depressivos, ou mesmo comportamentos desajustados aos acontecimentos. Se este mesmo aluno não recorrer a estratégias de coping eficazes, e se já tiver alguns fatores de risco na sua estrutura global, vai desenvolver um quadro negativo e desajustado que tenderá a agravar-se ao longo do tempo, se nada for feito em contrário. O medo, esse, é um perverso bloqueador de sucesso. O medo não deixa o ser humano desfrutar do que o rodeia. O medo não nos deixa arriscar, ou se permite, vem acompanhado de angústia (na maioria das vezes). Estes bloqueios farão com que o aluno não consiga facilmente acreditar no eventual sucesso, acreditar “naquele” objetivo e consequentemente, fará com que desista de tentar. Inicia-se então, uma sensação de não pertença à escola e até aos seus pares/amigos. São escutadas frases de pais preocupados tais como “não sei o que se passa, não quer ir à escola… sempre ficou bem, e agora recusase ir ou fica a chorar… faz cada vez mais birras e arranja problemas nos intervalos”… As histórias repetem-se. Efetivamente, o aluno está em sofrimento, perante uma realidade com a qual não está a saber lidar. É necessário avaliar e intervir.

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As consequências a nível escolar podem ser enormes e é preciso recuperar a sua autoestima, saúde mental e emocional. Isto implica que tudo e todos os que envolvem o aluno terão de se comprometer no trabalho árduo de melhoria continua, sejam pais, professores ou psicólogos. Após os vários insucessos do aluno (ou diremos, após o primeiro insucesso), deverá ser identificada a necessidade de intervenção. Perceber a causa e propor um protocolo de intervenção. Nós, profissionais especializados na identificação, avaliação e intervenção em casos de dificuldade de aprendizagem e/ou estados emocionais que podem estar a interferir negativamente no sucesso escolar acreditamos nisso. Outro aspeto importante a considerar, é que o sucesso escolar e a relação com o(s) professor(es) são fatores muito importantes no sucesso de um aluno. Se o aluno sente que não está a ser bem sucedido, se não tem coragem de colocar as suas dúvidas, se sente que o professor não tem uma atitude de proximidade para a possibilidade de tirar essas dúvidas, se o professor não tenta organizar o processo de ensino como uma oportunidade de

sucesso e desenvolvimento dos seus alunos, criase uma situação de desmotivação e de muito distanciamento, que é responsável (não por si só) por este insucesso. Onde e quando devemos começar a intervir? No imediato! Os jovens crescem e aprendem com o exemplo. Aprendem com a ajuda da sua carga genética, mas o meio que os rodeia é imprescindível para o sucesso. As aprendizagens de uns fazem-se de forma muito diferente dos outros. Aprender a brincar e brincar para aprender é fundamental. Identificar os critérios inibidores de uma saudável aprendizagem é fundamental para vermos os nossos jovens a crescer felizes, nas as várias áreas das suas vidas. O todo é a soma das partes e estas partes devem ser observadas pelos técnicos especializados, pelo amor que rodeia o Ser aprendiz e pelo próprio que, muitas vezes não pede (porque não sabe pedir) ajuda. MARISA ROMERO PSICÓLOGA psicologia@marisaromero.pt www.marisaromero.pt

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AFINAL QUEM MANDA EM MIM? Estava no escritório e fui invadido por um tédio que me deixou em completa inércia. A tarde estava amena. Como adoro o meu Porto, cidade mágica, decidi fazer uma caminhada, apanhar um pouco de ar, pôr o sistema a mexer. Vi pessoas atarefadas com um ar alienado, diria que a maioria não tinha noção da verdadeira razão de fazer o que estava a fazer. Revi-me naqueles estranhos tão iguais a mim. Afinal onde está o propósito? Onde estão os sonhos? Onde está a vida? Caminhei sem direção e fui ter à Sé. Parei a contemplar a beleza oferecida e senti a gratidão do momento. - É lindo! - declarou uma voz suave e conhecida. - Como é possível esquecermos que a vida nos proporciona este bálsamo para a alma? – questionei num suspiro. - É a correria do dia-a-dia, os medos e todas as situações constrangedoras que controlam a nossa mente de forma a não nos aventurarmos para além da nossa “zona de confortavelmente infeliz”. - Tens razão, é uma verdade. Há uns tempos, li um livro que abordava o poder das crenças. De como algumas crenças e medos nos condicionam limitando o nosso querer e impedindo-nos de alcançar os nossos sonhos. E em casos mais graves, nos arrastam para estados de depressão e completo desinteresse pela vida. - E ainda te lembras do que são crenças? Como podemos lidar com elas de forma a potenciar a vida? - Sim, lembro-me de algumas coisas. Lembrome até de ler que a procrastinação poderia ser o resultado de medos ou crenças. Curioso, estou a tomar consciência de que mais uma vez adquiri informação mas não a utilizei. - Faz pensar!...Senta-te aqui, nesta magnífica escadaria, e vamos refletir sobre esses conceitos. - Boa ideia…e para simplificar vou começar por dividir a nossa mente em duas partes distintas, o

consciente e o subconsciente. O consciente é a parte racional, lógica, objectiva e o subconsciente a parte irracional, subjectiva. Como se percebe por esta distinção o subconsciente está sob as ordens do consciente. Ou seja, o consciente é que escolhe tudo aquilo em que penso e acredito e essa escolha é feita através da observação do exterior com recurso aos nossos cinco sentidos, visão, audição, tacto, paladar e olfacto. Esta escolha é impressa no subconsciente sem resistência da parte deste, aceita tudo sem questionar. O subconsciente é uma espécie de armazém do consciente. É aqui que moram as nossas emoções, as crenças, os medos, os valores e tudo mais que nos define. - Interessante esta forma de pôr as coisas, se bem percebi, pelo que disseste até agora, a resposta do subconsciente depende da natureza dos pensamentos conscientes. E a ser assim, as nossas decisões são sempre tomadas pelo nosso subconsciente com base no que foi lá gravado. Mas então quem manda é o subconsciente? - Espera, deixa-me continuar. No livro referia que uma crença não é mais do que um pensamento que ao ser gravado no subconsciente vai funcionar da mesma forma que um programa num computador, basicamente, quanto melhor o programa melhor o desempenho. Daí a existência de crenças potenciadoras e crenças limitadoras, que é como quem diz as crenças positivas e as crenças negativas. - Sim é verdade, há muitas frases que ilustram isso mesmo, como “Nada tem mais poder sobre mim do que aquele que eu atribuo aos meus pensamentos conscientes.” de A. Robbins, ou aquela de Anton Tchekhov “O homem é aquilo em que acredita.” outra que gosto muito que é de Virgílio “ Eles conseguem porque pensam que conseguem. “. É a natureza do nosso pensamento que vai fazer a diferença, certo?

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- Exacto, é a nossa percepção, a nossa observação que cria a crença. Imagina-te na presença de um evento, um acontecimento, a tua mente vai ter pensamentos sobre o que está a acontecer, isso leva a que se gere uma emoção, um sentimento, que te incita a uma ação e o resultado é a formação ou o reforço da crença que pode ser positiva ou negativa. A verdade é que a crença nos transmite uma sensação de segurança pois passamos a saber como agir perante esse assunto, passamos a saber lidar com a situação, daí se usarem expressões como “Eu disse-te…”, ou “Eu já sabia…”, que reforçam a crença e nos levam a ficar com ela mesmo que esta seja negativa e nos limite a vida. - Ah, então sendo assim, posso definir crença como aquilo que acredito ser verdade sobre mim e sobre o mundo em geral, que me leva a ser, fazer e ter a minha vida. - Segundo Henry Ford, “ Se tu pensas que podes ou que não podes, estás sempre certo.”. - Mas afinal como podemos mudar as crenças más, as negativas, as tais limitadoras? Porque as boas já percebi que são para ficar e reforçar.

- Queres saber como se mudam? Então é assim. Primeiro devemos procurar saber quem somos, auto conhecimento, olhar para dentro de nós. Procurar meios que nos ajudem a relaxar, acalmar, com o intuito de fomentar mais clareza e discernimento para entendermos o que vemos de nós próprios. As práticas mais referidas foram a meditação, a respiração e a gratidão. - Mas…agora fiquei um pouco baralhado, não estou a ver como essas práticas nos levam ao que queremos. Quero saber como mudar crenças negativas, não como ser “zen”. - Não é nada disso, segue-me. Ao praticar a gratidão, quando estás a agradecer à vida, seja o que for, estás numa vibração positiva o que te faz acalmar, baixar o stress, baixar o cortisol, e outras coisas que não me lembro dos termos mas sei que promovem o nosso equilíbrio. Ao fazermos respiração profunda durante uns minutos o nosso ritmo cardíaco melhora e os níveis de ansiedade baixam. Quanto à meditação, é uma espécie de conversa em silêncio com nós próprios, é entrar em contacto com a nossa essência, com quem somos.

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Sabes, quanto melhor nos conhecemos mais fácil é mudar as crenças que não nos deixam seguir os nossos sonhos. Mudar uma crença é ressignificar é dar um novo sentido. Ressignificar também é usar o poder da escolha. Ressignificar é oferecer a nós próprios a possibilidade de criar algo bom para nós. - Olha, gostei disso! Como se faz na prática? - Antes de mais, devemos criar uma crença que se torne decisiva para todo o processo. Eu escolho esta: “ Eu tenho poder para mudar as minhas crenças.” Ao aceitarmos como verdade que é possível mudar crenças, estamos prontos para o fazer. Um dos métodos que li, mostra em cinco passos como ressignificar crenças: 1º Identificar as crenças principalmente aquelas que nos estão a impedir de seguir os nossos objectivos. Uma maneira eficaz é escrevê-las numa folha de papel com o máximo de detalhe. Expressões como “ Eu não consigo porque…”, “ Eu nunca serei rico porque…”,” Eu não sei…”, “Não sou capaz…”,“ Os outros…”, ou seja, tudo o que dizemos a nós próprios e aos outros como justificação para o que não fazemos e deveríamos fazer. 2º Avaliar o que implicam, o que fazem à nossa vida. Ler o que escrevemos e recordar situações onde elas se criaram ou foram reforçadas. A crença tem origens muito diversas, coisas que presenciamos ou ouvimos em alguma ocasião da nossa vida, muitas vezes na infância, vindo da família, dos amigos, dos educadores, dos filmes, das novelas, das histórias, do emprego, da sociedade,…, de situações do dia-a-dia. 3º Enfrentar através de generalizações e exemplos para percebermos que não são uma verdade absoluta. Entender a razão de querer mudar, eliminar, a crença e os benefícios daí resultantes. Perguntar, para cada crença, Que evidência tenho eu que isto é verdade? Quem é que me disse que era assim? Onde está escrito que isto é uma verdade universal? …e outras questões que nos ajudem a mudar a nossa percepção sobre o assunto.

4º Ressignificar, criar a nova crença, trocar para uma crença fortalecedora. Por exemplo: “ É difícil ganhar muito dinheiro em tempo de crise.” Posso passar a dizer, “ Sou uma pessoa próspera mesmo em tempo de crise.” ou “ Eu acredito na prosperidade mesmo em tempo de crise.” Não estou a forçar, a mentir ou inventar, porque o termo prosperidade é muito amplo e facilmente aceite pela mente. 5º Praticar a nova crença. Através de práticas como escrever, dizer, fazer,…, de maneira a que esta seja gravada na nossa mente e se torne uma verdade. Como se consegue avaliar é um método simples e útil para todos os que desejam ressignificar as suas crenças e sabem que a eficácia de qualquer método só é visível com disciplina. - Sem dúvida. É isso mesmo. Estou a refletir no que acabas de dizer e penso que este método também pode ser utilizado para ressignificar os medos. O medo pode impedir a mudança da crença, aliás, muitas vezes sentimos medo de algo por acreditar ser verdade, ou seja esse medo encontra justificação numa crença. - Sim, por vezes a linha que separa um do outro é muito subtil. Que diálogo espetacular! Sinto-me revigorado. Está na hora de regressar ao escritório. Não imaginava que podia ser tão saudável e produtivo falar com o meu Eu, falar com a minha sabedoria. Tomar consciência que as crenças negativas só existem se permitirmos, o que leva à verdade absoluta “Sou 100% responsável pela minha vida!” que, por sua vez, remete para outra verdade não menos absoluta “Quem manda em mim sou eu e só mesmo eu!” e ainda, o privilégio de ganhar uma nova perspectiva sobre o significado de passar tempo comigo, de estar sozinho na minha companhia. Começo a gostar!

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OLINDA ROCHA LIFE & FINANCIAL COACH olindalrocha@gmail.com www.2action.pt


O QUE É FÁCIL DE FAZER É TAMBÉM FÁCIL DE NÃO FAZER... Economia pode ser definida como a área do saber que estuda a relação entre os diversos agentes de uma sociedade. Ao longo do tempo a sua importância tem crescido nas sociedades modernas, tendo sido apelidada de “ciência social”. Tal rótulo confere-lhe alguma distinção e também nos pretende fazer acreditar que as suas previsões e estudos são de uma forma geral precisos e realistas. No estudo das várias disciplinas que compõe a economia fica-se normalmente com uma sensação dicotómica, pois muito embora as teorias sejam apoiadas por factos e observações escrupulosamente medidas e referenciadas, também compreendemos que a forma desprendida de emoções com que se tratam diversas temáticas faz com que as conclusões percam validade empírica. Demasiadas vezes a Economia descura o “fator humano” na sua análise e previsão, e esse é um dos principais motivos pelos quais tantas vezes os economistas erram ao prever crescimentos ou recessões, acelerações ou abrandamentos de consumo e outras dinâmicas que dependem em grande parte de fatores psicossociais não assegurados pelos modelos econométricos. Nesta longa narrativa que é Portugal, provámos isso mesmo, vencendo adversidades e obstáculos que pareciam intransponíveis e desperdiçando tempo e recursos, quando parecia certo o nosso desenvolvimento. Apesar de todo esse percurso passado, só o AGORA conta e a questão que se põe a Portugal enquanto nação é semelhante à que se coloca a cada um de nós: O que é vai fazer?

Imaginem o seguinte cenário: Cada português começa a investir melhor o seu tempo e a gerar individualmente resultados apenas 10% melhores. Pense no impacto que este pequeno incremento poderia ter no resultado global! Melhorar a produtividade do tempo em 10% significaria para a generalidade das pessoas passar uma das horas do dia a trabalhar mais focados e orientados para um determinado resultado final. Melhorar a criatividade em 10% poderia ser enviar mais 1 sugestão de melhoria de produtos, logística ou procedimentos administrativos, por mês (para alguns isto é um incremento de 100%). Melhorar o grau de poupança em 10% pode traduzir em colocar de lado apenas mais 1€ ou 2€ por dia. Independentemente dos exemplos, o importante é começar. E neste ponto temos de ser auto regrados, pois cabe-nos, apenas a nós, assegurar que a nossa parte está a ser feita. Quais serão os “10%” que se vai comprometer hoje a fazer ? É que mesmo que mais ninguém o faça, de certeza que isso vai ser bom para os seus resultados pessoais. RICARDO PEIXE COACH DE ALTA PERFORMANCE, TRAINER & SPEAKER rpeixe@insideout.pt www.insideout.pt

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AMOR E RESILIÊNCIA Equilíbrio, paz, tranquilidade… tudo o que se busca diariamente e anseia, para atingir a chamada “felicidade”! Pois bem, eu cá acrescento uma pitada de ADRENALINA… aquele impulso que nos estimula, que faz estremecer o nosso sistema nervoso, que nos leva a sair da nossa zona de conforto, desafiando os nossos medos e receios e pondo à prova quem somos! O nosso maior bloqueio somos nós! (Como escrevi nos meses anteriores, partilho aqui a minha

de acontecer algo, já temos esse “pré-conceito” estabelecido em nós que nos castra, a síndrome do “não consigo”, “não sou capaz”. Fogo, chega!!! Como é possível termos esses pensamentos tão castradores? Sempre fui uma sonhadora e sou condenada por sonhar muito! Sou chamada muitas vezes de “irreal” nos pensamento e decisões, que vivo num conto de fadas… bem, não me considero, assim, e por uma questão muito simples, quando quero

experiência pessoal, a minha experiência de vida, com o objetivo de que possa ajudar e contribuir para a vida de alguém. Falo “nós” porque considero que tu estás no processo de vida e descoberta pessoal.) Assim, acredito que eu sou o meu maior bloqueio, nós somos os nossos maiores bloqueios. Aliás, antes

algo, luto e consigo! E, no final agradeço… aliás, antes de ter eu já visualizo que estou a ter e agradeço porque essa “graça” me será concedida. Sou assim, sonhadora, lutadora, com uma fé tremenda! (nota: não sou perfeita… longe disso… sou perfeita nas minhas imperfeições, isto é a

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Por isso, aprendo a ser como a água de um rio… verdade). Exemplos que me inspiram e levam a crer que “afinal contorno os obstáculos e no momento de fúria, vão não sou a única”, Steve Jobs, Einstein e Shakespeare, algumas pedras pela frente. Aprendi com a vida estes Homens, aos olhos de “alguns” eram loucos, que, quando cair, levanto-me, erguendo a cabeça, mas, na realidade, conseguiram muito mais do que sacudindo o pó e siga para a frente! Porque hoje esses “alguns” nas suas vidas conseguiram. tenho mais uma oportunidade para agradecer, viver Cada pessoa é como é, na sua singularidade e e fazer melhor e amanhã logo se verá. devemos respeita-la! Estimula-la a utilizar o seu Mãos à obra! E não temas pelo que aí vem. A vida é potencial e não criticá-la, fazendo-a desistir e deitar assim mesmo, a resiliência é o outro segredo. A por terra o seu castelo! Aqui, neste processo entra o resiliência não é nos conformarmos com o que temos ingrediente principal, que está ao alcance de TODOS e onde estamos, a resiliência é sermos mais e é gratuito – o AMOR! persistentes, é acreditar no nosso potencial e Confesso que quando tenho muita carga energética persistir no caminho que temos pela frente, é negativa à minha volta (e defina-se carga energética aprender a levantarmo-nos, é usarmos as negativa como a síndrome do “não consigo”, “estou ferramentas que temos à mão, para alcançarmos a cheio/a disto”, “é demais para mim”, “é sempre a nossa felicidade. mesma coisa”), todo o foco na minha envolvente é completamente “down”, tenho de fugir para o meu refugio, para restabelecer o meu equilíbrio,… buscar a paz na natureza, a energia que me permite revigorar. Este ano iniciou de um modo super desafiante, quer a nível pessoal como profissional, sobretudo na minha essência maternal. Desafios estes que muitas vezes me levam à frustração, profunda tristeza PAULA NETO comigo própria. Mas, depois de explodir, de ir buscar ENGENHEIRA DO AMBIENTE o conforto e o equilíbrio à natureza, tomo consciência de que a vida não me permite passar por n e t o . p a u l a 7 8 @ g m a i l . c o m www.instagram.com/luaacriativa/ mais do que aquilo que consigo suportar.

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ERRAR É BOM… MAS QUE ESSE ERRAR SEJA RÁPIDO… Gostas de errar? Não!!! Bem me parecia. Confesso que também não gosto… Posso até arriscar e dizer com toda a certeza que ninguém gosta… Mas todos erramos de uma forma ou de outra. Uns mais vezes outros menos vezes, mas o segredo é aprender com esses erros. Acredita que depois de errares uma vez numa determinada situação na segunda vez, não voltas a dar o mesmo erro de certeza… E… Aprendes. Como diz o povo: "Errar é humano" - e todos erramos, então erra, mas erra rápido e segue em frente. Vou-te falar um pouco da minha história e vais perceber que sou humano e também errei. Um dos meus maiores sonhos desde criança era reparar computadores, um sonho que nasceu muito cedo, desde a era dos “Atari” - o que eu adorava aquele mundo. Com o passar dos anos tive a oportunidade de adquirir um Pentium 4. Uau… Um Pentium 4, na altura era uma ótima máquina com o Windows 95. Até aqui tudo bem, todos nós já adquirimos um computador mais cedo ou mais tarde não é verdade. Mas com o decorrer do tempo, ao fim de algumas semanas estraguei o sistema operativo. Não tive outra alternativa senão enviar a máquina para a loja para reparar. O valor da reparação nem foi muito mau, mas toda aquela situação despertou em mim uma vontade enorme de pesquisar e aprender mais sobre o mundo interno de um computador e de como aquilo tudo funcionava. Na altura ter internet era um luxo, havia velocidades de 56mbps, mas as contas ao fim do mês eram astronómicas, a solução mais económica para ter acesso a mais conhecimento era recorrer a revistas da especialidade, que ia comprando ao fim de semana com a mesada.

As primeiras vezes que tentei reparar o sistema operativo, mais parecia que estava a piratear algum sistema bancário, mas a coisa correu bem e consegui repor o sistema operativo, sem sobrar peças. Estas experiências levaram-me a querer saber mais sobre o assunto, então fui reparando os computadores dos familiares, amigos e conhecidos. Na altura nem pensava em fazer disto um modo de vida, achava eu que tinha outro destino e por isso fazia-o por diversão e por uns trocos, claro. Passados alguns anos e com o custo da Internet e o material de informática mais acessível, pensei fazer disto um passatempo e ganhar algum dinheiro extra. Por isso, fiz várias pesquisas sobre lojas de reparações e como funcionavam. Até aqui tudo bem, mas a preocupação começou a surgir, e uma pergunta inevitável surgiu: “Como ia eu ter clientes a pagar os meus serviços?” Achei que a melhor publicidade seria falar pessoalmente com pessoas que conhecia. É o que a maior parte das pessoas fazem, não é? Pois é. Mas acredita que é um grande erro, porque quem me conhecia ou queria borlas ou queria o serviço barato, ou seja, muito trabalho mas muito mal pago. Depois achei que devia fazer uns flyers para divulgar melhor o meu trabalho em zonas onde não havia lojas de reparação. Com esta ideia cometi outro grande erro. Pois apesar de oferecer um serviço que tinha procura, eu não era visto como uma autoridade na área das reparações de computadores. Mas os erros não pararam por aqui e continuei a errar. Outro erro que cometi foi de não valorizar o meu trabalho e não ter uma tabela fixa para os vários serviços de reparação.

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Ou seja, baixava os preços para ter mais clientes, mas com isto só consegui arranjar maus clientes e claro, difíceis. Como não tinha resultados decidi pesquisar melhor e ver qual era o problema e cheguei a conclusão que o mercado já estava saturado e qualquer habilidoso com internet e Youtube resolviam tudo a baixo preço.

Como vês, cometi todos os erros possíveis e imaginários porque não tinha um mentor ou alguém para me guiar neste negócio nem tinha clareza do que pretendia. Seja nesta ou noutra área, todos necessitamos de um feedback justo e imparcial, para podermos ter sucesso. E tu, consegues rever-te em alguns destes desafios que eu passei?

RUI MARTINS COACH TRANSFORMACIONAL rui@coachbyrui.com www.coachbyrui.com

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AMORES SUPORTADOS

Não fomos ensinados a devolver o nosso amorpróprio mas sim, a olhar para o exterior para ver o que nos encanta. Desde de crianças que ouvimos: “Um dia terás um trabalho em que “ganhes" muito dinheiro, terás casa e terás filhos” - e vamos crescendo com estas crenças e mais algumas - vamos procurando.... Logicamente que vamos ter conflitos e desafios ao longo da vida! Mas reparo no que espelha a maioria da nossa sociedade: atrai semelhantes! Porque, se tivéssemos consciência, certamente evitávamos esses mesmos conflitos que nos trazem sofrimento. Esta falta de compreensão leva-nos a ter experiências menos positivas tais como: ficarmos mal por quem está ao nosso lado estar mal, ouvirmos o nosso companheiro/a queixar-se da vida e viver as lamentações - se fossemos mencionar tudo por que nos queixamos, escrevia um livro. Tudo isto é nada mais nada menos do que falta de atenção de si próprio. Isto não é nem nunca pode ser amor de verdade. Isto é sim uma carência e em profundidade: MEDO.

Uma sugestão, nos dias que correm com tanta informação - que torna quase incompreensível ainda caminharmos praticamente no mesmo sentido – procura respostas. Tens diversos livros, revistas - tal como a Mindset Magazine - que te inspiram a melhorar o teu EU. Mudar este paradigma tão importante que é o amor, aliás, quanto a mim a maior força universal. Penso que caminhamos para uma nova consciência - tenho essa esperança. Se tivéssemos de facto AMOR-PRÓPRIO jamais muitos factos ocorriam, porque por exemplo, num casal, dois seres humanos com consciência, apenas vivem lado a lado com respeito e harmonia: não há espaço para lamentações pois cada um é autor da sua própria história. Cada um é livre, sim é livre porque o amor é liberdade, o Amor não é algo que “tenhamos que suportar”. BRUNO NEVES EMPRESÁRIO abreatuamente2018@gmail.com Instagram: abreatuamente

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A AUTO RESPONSABILIDADE TE FAZ IR ALÉM!

Nem todas as pessoas estão satisfeitas com a vida que levam, certo? E você está satisfeito? Bom, talvez você se enquadre na grande maioria que diria que não está satisfeito. Mas aí vem a pergunta crucial: E porque você não está? E é aí que “o negócio aperta”. Alguns vão dizer que não estão satisfeitos em suas vidas por que o companheiro ou companheira não o faz feliz, porque o chefe no trabalho vive pegando no pé, porque o amigo do trabalho é um puxa saco do chefe e pegou a promoção que era pra ser sua. Talvez você venha dizer que a culpa de sua insatisfação se dá ao governo do país, a crise e por aí vai. O que não falta é desculpa para as pessoas culparem outrém de seus problemas. Mas o que eu quero que você reflita aqui é o seguinte: Como o outro pode influenciar sua vida sem que você permita? Você deve concordar comigo que permitir que o outro influencie em sua vida é uma questão de escolha, certo? Então no quesito responsabilidade, quem é responsável pela sua insatisfação? Sim, é você! Outras pessoas ou circunstâncias só podem nos afetar uma vez que permitimos que afetem. E se podemos ter a escolha de permitir ou não permitir, isto mostra que podemos fazer as escolhas certas também que possa trazer a mudança para nossas vidas! Uma vez que você tirar a atenção ou o foco do outro e entender que é você quem escolhe tudo o que acontece em sua vida, automaticamente você descobre um poder incrível. Poder este que pode mudar sua vida por completo e do dia pra noite! Nossa vida é apenas o resultado de nossas escolhas! Portanto se lá atrás você escolheu errado, você escolheu mal, decida hoje a escolher diferente.

Decida hoje que nada o que disserem de ruim a seu respeito vai te desmotivar, afinal, você sabe o potencial que existe em você! Decida hoje que é você quem controla seu dinheiro e não é ele quem te controla. Decida hoje que apesar de não ter reconhecimento (hoje) no trabalho você opta em ser o melhor funcionário de sua compania, pois sabe do que é capaz. Decida hoje que as decisões errôneas de seus familiares não irão lhe afetar, afinal Deus deu uma vida pra cada um, pra que cada um cuide da sua. Decida hoje que você tem o controle da sua vida. Uma vez que você toma esta consciência, tudo parece mágica, pois você sabe que é você quem escolhe, você que sempre escolheu e você que sempre escolherá as rédias em sua vida. Fazendo assim com que você possa pensar mais o que é o melhor pra você para que suas decisões sejam mais assertivas possíveis. E então, vamos parar de ficar dando “desculpinhas” e começar a fazer escolhas diferentes para obtermos resultados melhores? Einsten dizia: Insanidade é quando fazemos as mesmas coisas esperando resultados diferentes. Assuma a auto responsabilidade hoje e comece a escrever uma nova história pra sua vida!

TALITA MARTINS PSICANALISTA E TERAPEUTA talita.desenvolvimentoquantico@gmail.com https://talitaterapeutaecoach.blogspot.com/

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O QUE É O #SEGREDOMEUSUCESSO? Sou fundadora da rubrica #SmS, acrónimo das palavras “Segredo do meu Sucesso”. Trata-se de uma série vídeos curtos de cinco a dez minutos onde entrevisto pessoas de sucesso em várias vertentes da vida profissional, organizacional ou institucional. É uma coleção de conversas muito inspiradoras, com profissionais de diferentes áreas, que partilho no youtube, instagram, facebook e linkedin. A experiência tem sido muito enriquecedora, pois permite conhecer pessoas tão diferentes e descobrir os diversos “segredos” do sucesso de cada um. Destaco algumas das profissões que entrevistei: gestor, apresentador de TV, administrador, piloto, actor, empreendedor, estilista, empresário, guardaredes de futebol, director, e outros especialistas. Nestas entrevistas ouvi frases que abaixo partilharei e que (não sendo segredos de ciência de naves espaciais), são elementos base que serviram de catapulta para sucessos no passado e servirão para obtenção de sucessos no futuro dos próprios, entrevistados. Durante estas conversas, além de perguntar “Qual é o segredo do seu sucesso?”, faço outro tipo de questões que obrigam o entrevistado a recorrer ao seu mais profundo saber e a relembrar momentos preciosos e fortes da vida. Este trabalho tem uma forte componente racional, mas é particularmente emocional. Já observei recuos a memórias e tempos, os quais o entrevistado não “visitava” há muito e percebi que foram momentos prazerosos e importantes. Para quem assiste a estas entrevistas é muito saboroso e “lucrativo”, degustar e apreciar tais partilhas e experiências, que apesar de técnicas nos transportam a sensações intensas. Durante os #SmS dirijo vários tipos de perguntas.

Exemplos: “Como transforma sonhos em realidade?”; “Como saber se estamos no caminho certo?”; “Qual a sensação de alcançar um grande objetivo de carreira?”… E ouço este tipo de respostas: “Não precisamos de pagar para sonhar, é fácil sonhar e eu sonho muito. Depois persigo os sonhos.” (1) “Não há certezas. A partir do momento que temos certezas é a altura certa para sabermos que está tudo errado.” (2) “Não há sentimento melhor do que chegar ao estádio e saber que estou a representar um país, uma nação e que estarão 10 milhões a torcer pela mesma cor.” (3) O #SegredoMeuSucesso é um conjunto rico de conteúdos e há “segredos” de algumas pessoas que nunca funcionariam com outras, mas para quem assiste é uma oportunidade de re-visitar, re-viver, re-interpretar e às vezes de re-aprender, a agir e a reagir face às grandes questões da vida. (1) Hugo Ribeiro da Silva, Shareholder Porsche Porto e Braga (2) César Mourão, humorista e apresentador de televisão (3) Cláudio Ramos Guarda-Redes da Seleção Portuguesa de Futebol

MARIANA FIGUEIRA DA SILVA * PALESTRANTE E APRESENTADORA marivideocoach@gmail.com www.mondeguita.com * Mariana Figueira da Silva é Fundadora do conceito Vídeo-Coach ®, Criadora da rubrica de vídeo #SegredoMeuSucesso e do projeto Mondeguita ®. Palestrante e apresentadora de eventos, é licenciada em Engenharia. Formada em Apresentação e Realização de TV e em Locução de Rádio. Frequentou a pósgraduação de Marketing de Conteúdos na Univ. Católica de Lisboa. e a AESE Business School.

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ENTÃO? PODIA-SE DESISTIR? “Houve um torneio desportivo numa escola e, entre as várias provas, havia uma corrida de 5 km: dez voltas a um percurso. Como tinha chovido muito o terreno estava empapado. Uma grande parte dele coberto de lama espessa. Muitos alunos inscritos em todos os escalões, no escalão dos mais novos havia uns 20. Todos corriam ao mesmo tempo e, anotada a ordem das chegadas, depois se veria quem tinha ganho em cada escalão. Foi dada a partida e todos desataram a correr. Os mais velhos pareciam o vento, galgavam quilómetros. Os mais novos, parecia que mal saíam do mesmo sítio, a lama cobria-lhes os tornozelos o que tornava extremamente difícil qualquer progressão no terreno. Depois de umas voltas começaram a desistir. Primeiro os mais pequenos, depois alguns dos mais velhos. Muito cansados, sujos e desanimados. Finalmente os primeiros começaram a cortar a meta no meio dos aplausos. Eram todos de escalões mais velhos, os mais novos tinham todos desistido. Bem, todos, todos, não. Nessa altura ficou somente um aluno no percurso. Era um dos mais novos. Quando a prova terminou para todos, seja por terem terminado seja por terem desistido, ainda lhe faltava percorrer umas três ou quatro voltas. Mas ele continuou, sozinho na pista. Corria, caía, corria, caía. Estava coberto de lama desde a ponta dos cabelos ao ponto de ser difícil conseguir identificá-lo. Os olhos de todos estavam colados nele.

Com grande admiração de toda a escola, aquele aluno, irreconhecível pela lama, continuava a lutar para terminar a corrida. Aos poucos todos começaram a aplaudir e a incentivar, levados por tão firme determinação. Quando cortou a meta, deixou-se cair no chão exausto. Toda a gente acorreu para ver quem era e como estava. Qual não foi a surpresa de todos quando viram que era o Miguel, o mais franzino da escola, um daqueles que nunca seria suposto ganhar uma prova como esta. Mas ganhou, foi o único do seu escalão a terminar. Depois do banho e das medalhas, o jornal local fez um artigo acerca deste aluno e da importância da força de vontade para superar obstáculos. Quando lhe perguntaram onde ele tinha ido buscar coragem para continuar e porque é que ele não tinha desistido como todos os outros ele respondeu: “Então? Podia-se desistir?”

RUI GABRIEL BUSINESS TRAINER E MENTOR rui@ruigabriel.com www.Ruigabriel.com

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CRIA A VIDA QUE DESEJAS Uma das lições mais poderosas que eu aprendi na minha vida e mudou tudo é: TU ÉS O CRIADOR DA TUA VIDA. A partir daquele momento em que entendi essa verdade tudo mudou. Eu tive uma sensação de euforia e depois de medo. "Eu tenho controle da minha vida", pensei "isso é muito bom, porque no final eu sei para onde eu vou e dirijo a minha vida, ainda que por vezes sinta um pouco de medo e respeito, porque eu sou responsável por tudo o que me acontecer ". E assim é. Felizmente, a felicidade de saber que ninguém mais teria controle sobre a minha vida era maior do que o medo do meu poder pessoal. Como te sentes ao pensares que tens o controle da tua vida? Como te sentes se eu te disser que tens o poder de ser, fazer e ter o que quiseres? Muitas pessoas têm medo do seu poder, de assumir responsabilidade e controle das suas vidas. Isto pode comparar-se a estar num barco e decidir assumir o comando para levá-lo onde quiser, deixar o barco à deriva ou permitir que outros levem o teu barco para onde eles quiserem. O barco é o teu corpo físico, o oceano é a vida, o leme é a tua mente, o motor são os teus sentimentos, a bússola é a tua intuição e tu és quem decide. O PODER DE DECIDIR Decisões: aqui está a chave para o teu poder como ser humano. O poder de decidir é teu, e é imperativo usá-lo para criares a tua realidade conscientemente, caso contrário, o teu "barco" irá à deriva influenciado pelas correntes da sociedade ou os ventos das tempestades de outros, a quem dás esse poder sobre ti. Somos criadores da nossa realidade e temos o poder de transformar as nossas vidas e alcançar o que nos propusemos a fazer. Como criamos a nossa realidade? Nos cursos Deceroadiez.com eu sempre ensino esta fórmula fácil e clara. MINDSET MAGAZINE | 50


PENSAMENTO + SENTIMENTO + AÇÕES + PALAVRAS = tua experiência de VIDA. A base de tudo está no pensamento (mais à frente falaremos sobre a mente consciente e inconsciente). Primeiro tens um pensamento, depois colocas uma emoção que dá vida ao teu pensamento, de seguida o reafirmas com palavras (decretos ou afirmações) e o materializas através de ações concretas e focadas. Não pode faltar nenhuma das partes da equação para que o resultado seja o desejado. CLAREZA É PODER 95% das pessoas não conseguem o que querem porque, basicamente, não sabem o que querem, nem porque querem. Quando sabes o que é que queres, tens uma razão ligada a uma emoção / sentimento, então colocas em movimento o processo criativo acelerado que produz resultados, desde que te coloques em ação. É como quando sabes que estás a ir para um certo porto, porque é importante para ti, e ligas o motor do teu barco para ir até lá. Mesmo se houver uma tempestade ou inconveniente, podes sempre recalcular a rota, mas sabes para onde estás a ir e tens uma razão importante para isso. Como vives a tua vida? Com consciência ou em piloto automático (por inércia). Viver conscientemente requer passar por um processo, o caminho pode parecer desafiador, mas a recompensa é felicidade e sucesso. Viver na inconsciência, no piloto automático recomendo-o apenas quando o destino é fixo, quando tens velocidade de cruzeiro, o mar está claro e tudo está sob controle no barco da tua vida. Porque se podes ter certeza de alguma coisa é que no oceano sempre aparecem tempestades, elas são inevitáveis. No entanto, aprenderás a superar as tuas situações, que chamas de "problemas". No dia a dia enfrentarás desafios; É importante saber como vais administrar as tuas emoções. E a melhor maneira de controlar as tuas emoções é precisamente através das ações que fazes: meditar, exercitar, praticar yoga, frequentar um curso de liderança e desenvolvimento pessoal ou com um coach profissional com resultados comprovados.

Duas coisas importantes: começa por agradecer tudo o que aconteceu contigo e tudo o que está por vir. Entra em estado de gratidão porque atrairás o que precisas e libertar-te-ás daquilo que não queres. E por favor, além de dar graças, é extremamente importante saber e sentir que mereces e que és digno do que pediste. Sem esse sentimento de mérito, é difícil ou impossível receber ou conseguir qualquer coisa. O segredo está no sentimento. O teu sentimento transforma a tua vibração. Tens que perceber como estás a vibrar, o que atrais para ti: uma baixa vibração de medo, ódio, ressentimento bloqueará o teu processo criativo e trará mais disso. Sentimentos de alegria, amor, gratidão atrairão o seu equivalente. SEM AÇÃO NÃO EXISTEM RESULTADOS. Então deves perguntar-te: O que eu quero alcançar: com o meu companheiro, no meu negócio, no meu trabalho, como ser humano na minha vida? Eu conto-te um segredo muito simples, mas poderoso: escrever é a maneira mais fácil de se manifestar. Não é suficiente pensar sobre isso, tens que pegar numa caneta e papel e capturar o que queres, agora. Usando o poder da imaginação, como disse Napoleon Hill, podemos chegar a lugares inesperados. Então lembra-te: PODES SER TUDO O QUE QUERES SER. Domina a tua mente e as tuas crenças, aprende a administrar as tuas emoções, age apesar do medo. Observa as tuas palavras e começa a ser o dono da tua vida. Se quiseres aprofundar-te em como ser o dono da tua vida, visita algumas das nossas edições do deceroadiez.com, que em breve chegará a Portugal.

YONIEL GARCIA HAPPINESS & LIFE COACH yonielcoach@gmail.com www.yonielgarcia.com

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RURALIDADE TERAPÊUTICA A dinâmica da vida nas aldeias constitui-se em várias dimensões por aquilo que poderíamos considerar o antídoto para os desequilíbrios psicológicos de que padecem muitos dos que vivem e se deixam esvair no ritmo acelerado e nas rotinas superficiais das cidades. Nas aldeias conhecemos os vizinhos e sabemos sempre um pouco das suas vidas e rotinas (sem consultar as redes sociais). Existimos como elemento daquela rua, lugar e comunidade. A nossa presença é sentida e sentimos a presença dos outros. Há sinais de vida no exterior das casas (roupas que secam ao vento, hortas e outros cultivos no ponto do ciclo em que é suposto estarem, brinquedos esquecidos, cães, gatos e o galo que nos acorda…). Se algo não estiver bem, estes sinais mudam, os vizinhos notam e lembram-nos de que somos notados. Nas aldeias há oportunidade de nos envolvermos em atividades que todos os dias precisam de nós… sim, as atividades em si e os “objetos” delas precisam de nós. Na agricultura, na criação de animais ou mesmo na manutenção de um pequeno jardim não há adiamento e agenda compatível com indisponibilidades. Há um sentimento de utilidade diária para grande parte da população que ainda vive ou complementa a vida com atividades agrícolas. O “eu” é essencial para outras vidas. Estas duas dimensões do ser parte e do ser útil (somos notados e somos essenciais) seria um antídoto para os sentimentos de vazio que assolam as sociedades modernas. Como nos transmite Viktor Frankl com o seu conceito de neurose noógena (provocada pela frustração existencial e falta de sentido/propósito) o ser humano precisa de uma consciência estruturada da finalidade da sua existência. Esta perceção interiorizada da nossa função perante o mundo que nos envolve, combate pensamentos depressivos relacionados com a falta de sentido de valor próprio, combate ciclos de apatia pois compele-nos à ação com significado, aumenta os

níveis de esperança pela renovada confirmação de que o que fazemos tem impacto e traz frutos (para além dos efeitos mais diretos e amplamente estudados que o contacto com a terra e a natureza têm ao nível hormonal e da importância de uma rotina de vida com atividade física diária …). O tempo corre a um ritmo aparentemente diferente nas cidades e nas aldeias. Um relógio num e noutro sítio, marca exatamente o mesmo passo. Uma pessoa num e noutro sitio entra num compasso diferente. Nas aldeias paramos e falamos com quem por nós passa, caminhamos até à mercearia ou café onde encontramos família, vizinhos, conterrâneos. Como sabemos da sua vida, fazemos perguntas. Como sabem da nossa vida, respondemos às perguntas que nos fazem. Nesse momento “há tempo”. Num hipermercado andamos a passo acelerado por entre os corredores, vemos de relance algumas faces, cumprimentamos com acenos de cabeça fugazes, ficamos com impaciência na fila, esperamos que a senhora da caixa não atire os produtos para fora do hipermercado tal é a velocidade de movimentos e saímos a correr para o amontoado de carros em que esperamos que não haja outra fila. Muitos outros exemplos (aqui um pouco caricaturados) poderiam ser dados. Certo é que o ritmo é vivido como se de dois relógios do mundo se tratasse. Poucos são os adultos que não referem sintomatologia ansiosa relevante em alguma fase de vida. Os índices de ansiedade na população residente nos grandes aglomerados populacionais, está em preocupante e constante crescimento. Assim, uma vida rural onde o conceito de tempo incorpora em si a necessidade de relação e o próprio ciclo da natureza (semear, cuidar, esperar, cuidar, esperar… colher), seria um antídoto natural para a pressão criada pelas urbanidades dos nossos tempos. A experiência de presença mindful tão fácil num ambiente de aldeia trava o ciclo da aceleração de pensamento e ações.

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Podemos supor que as duas patologias “epidémicas” das nossas gerações modernas teriam muito menor prevalência se a vida se tivesse mantido mais próxima destes ritmos e contextos da saudosa ruralidade portuguesa. (Ressalte-se que o isolamento e desertificação que agora se constituem como um problema grave para algumas comunidades rurais sobretudo no interior do país, são fenómenos relacionados com o próprio processo de saída e concentração nas grandes cidades. Essas comunidades envelhecidas e abandonadas não representam a vida rural cheia de laços, significados e atividades produtivas que aqui estão referidas).

E agora, como trazer um pouco desta vida rural para as nossas vidas citadinas? Como construir uma aldeia em nós e nas vivências da nossa família? Deixo essa reflexão e partilha para uma próxima edição… vivo numa aldeia mas por vezes deixo que as cidades (reais e metafóricas) invadam partes da minha vida! Talvez deva também refletir sobre como nos protegermos das “cidades”. PATRICIA LABANDEIRO PSICÓLOGA CLÍNICA E COACH gerencia@despertar.com.pt www.despertar.com.pt

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EM ESSÊNCIA, SOMOS TODOS UM Precisamos entender que fazemos parte de um TODO, de uma única comunidade GLOBAL, somos uma grande família numa só casa, num só Universo e quanto mais nos soubermos relacionar positiva e harmoniosaMENTE, mais felizes seremos. Atingir o equilíbrio é objectivo global, conectar a razão com a emoção, a Felicidade com as emoções é primordial para chegar a esse equilíbrio. Pessoas que sabem lidar com as suas emoções, como por exemplo, controlar a própria angústia, tristeza, inveja, raiva, aceitar e compreender os outros, não perder o foco são, sem dúvida pessoas felizes! Porque só alguns o haveriam de conseguir? Se alguns o conseguem todos o conseguem. Mas, como? Conhecendo-se melhor, tendo auto-estima, apostando no seu desenvolvimento pessoal, cuidando de si e consequentemente inspirando os outros a fazê-lo e principalmente TREINANDO e escolhendo a forma como nos queremos SENTIR habitualmente, treinando as emoções, criando hábitos. Alterações de humor, variações emocionais, óbvio que todos temos, é normal – dentro de um limite – que tal olhar para a vida como um copo meio cheio e não meio vazio, um princípio motivador! A vida não é sempre cor de rosa nem é sempre cinzenta, a vida é um arco-íris com todas as cores e a nossa capacidade de mantê-la colorida, de equilibrar os momentos mais Felizes , mais luz em relação aos momentos mais TRISTES, mais sombra, mantermos o foco em sentirmo-nos bem é algo fundamental para nos tornarmos seres Emocionalmente Inteligentes. Quais as emoções mais presentes nas vossas vidas? Alegria, Serenidade, Excitação, Gratidão ou por outro lado maioritariamente as emoções presentes são a Tristeza, Ansiedade, Medo, Raiva...

As pessoas que se encontram em emoções mais sombra perdem motivação, distanciam-se de si e dos outros, não conseguem encontrar alegria ou prazer no que fazem, no que são no que sentem, passam a viver de expectativas de realizações futuras ou na saudade de tempos prazerosos vividos no passado, esquecem - O momento mais importante - O AGORA! Esta forma de estar na vida, mais soturna, é um escape a enfrentarem-se, é uma forma inglória de obterem atenção, é o melhor que sabem fazer, no entanto não é suficiente. Para sermos seres com equilíbrio emocional, há que conhecer as nossas fraquezas e os nossos superpoderes, todos os temos, todos somos MUITO BONS em algo e se tirarmos um tempo para realmente reflectir sobre o assunto, todos saberemos qual o nosso super-poder. É hora de nos dedicarmos a evoluir enquanto seres Emocionais e assim contribuir para encontrar a Felicidade, que está sempre connosco embora por vezes escondida por bagagem acumulada, por emoções, por experiências, por medos. Criemos hábitos saudáveis e inteligentes emocionalmente, escolhamos as emoções a sentir e as cultivemos todos os dias no nosso quotidiano!

SÓNIA RIBEIRO MINDSET COACH, HIPNOTERAPEUTA E AUTORA coach@promind7.com www.promind7.com

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REIKI : O INÍCIO DA VIAGEM Desde muito cedo, me questionei sobre o verdadeiro sentido da vida. Todos os dias dedicava algum tempo à leitura, à música e a meditar, o que me permitia mentalmente viajar. O Reiki chegou até mim, em 2011. Na época, estava a exercer enfermagem em Paris, encontrava-me num turbilhão de emoções, e foi numa das viagens a Portugal, que me cruzei com um Terapeuta de Medicina Tradicional Chinesa, que me falou sobre esta terapia de cura Milenar. Desde então, tenho dedicado com entusiasmo, grande parte do meu tempo, ao auto-conhecimento e desenvolvimento pessoal e a cada dia conheço mais um pouco de mim. E é tão gratificante. Atualmente, andamos constantemente em stress, o pensamento a mil à hora, quase que já é uma imposição da sociedade, uma questão de sobrevivência. A maneira mais positiva e saudável que conheço é adquirindo hábitos diários saudáveis, sejam eles meditação, yoga, mindfulness, Reiki… O Reiki é um método japonês que utiliza um conjunto de técnicas (imposição das mãos) que vão permitir uma revitalização, equilíbrio, auxiliando a pessoa no processo de cura. Contudo, colocar as mãos sobre uma área que está a doer é puramente instintivo, o calor que o ser humano irradia, transmite serenidade e cura. Qualquer pessoa pode transferir a energia do seu corpo para acelarar o processo de cura. No entanto, com a iniciação de Reiki, a pessoa tem a capacidade de canalizar a Energia Universal, usando um método antigo para conseguir chegar a níveis mais altos de vibração, abrindo certos canais e centros energéticos, denominados chacras. Uma das vantagens do Reiki, é a possibilidade de auto tratamento, permitindo um maior relaxamento e cura. A energia trabalha sobre o próprio a nível físico (diminuindo a dor) e a nível

mental/emocional (ajudando a libertar bloqueios energéticos, que podem dar origem a doenças). Na prática, o Reiki tem técnicas de auto-ajuda visando o crescimento pessoal, além de autotratamento: corpo, mente, emoções/espírito. Para algumas pessoas, o Reiki é uma espécie de atividade física, para outras é uma arte de cura alternativa da Nova Era e para outras é uma técnica de meditação. Pessoalmente, identifico-me mais com a técnica de meditação e cura. Tomar consciência de que a nossa felicidade apenas depende de nós é o início de uma viagem sem fim. Gratidão! Referências bibliográficas: Manual de Reiki – 6ª edição – Novembro 2011 Mestre Rui Moura

TERESA TAVARES * ENFERMEIRA teresatavares.mail@gmail.com www.facebook.com/teresa.tavares.35 * Teresa Tavares é Enfermeira. Formadora, Practionner PNL , Pós Graduando em Hipnose e Outros Estados Modificados de Consciência na Clínica. Desde cedo descobriu que a sua paixão é atuar a nível da saúde. Apaixonada pela vida, acredita que nada acontece por acaso.

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COMO O CONFLITO NOS FAZ CRESCER EM FAMÍLIA Os conflitos são sinais claros de que algo precisa de mudar. Caso contrário o fluxo da vida em família tenderá a agravar-se e a ter consequências difíceis a muito difíceis. Como podemos olhar estes desafios? Como uma oportunidade ou como um destino sem volta? - Uma certa dose de conflito traz a possibilidade de crescimento, pois alerta para o facto de que há algo para transformar, tal como os sinais de trânsito nos indicam que está livre para seguir em segurança ou há perigo ou muito perigo. Nas nossas vidas pessoais e familiares acontece o mesmo. Os sinais aparecem e nem sempre queremos ver, e quando damos conta está tudo a ruir…Quando há energia de conflito há desconforto, tensão e emoções contrativas fortes e intensas. Se continuarmos aí, as probabilidades de desequilíbrio são elevadas para qualquer elemento. Para que estes conflitos servem na minha vida e o que me mostram sobre mim? Os primeiros sinais de conflito são para ser escutados e atendidos para superação, pois resulta, mais cedo ou mais tarde, em clima de ‘paz armada’ ou ‘guerra declarada’. E todo e qualquer espaço de conflito continuado vai trazer e deixar marcas. E nas relações familiares é fundamental abrir espaço de superação para que todos vivam plenos e em paz, em especial as nossas crianças e adolescentes para sentirem segurança e confiança para expandirem todo o seu potencial e crescerem com amor próprio. Acredito que esta mudança de paradigma educacional e vivencial, em contexto familiar, apoia mais seres humanos a estarem alinhados com o seu

propósito de alma, mais criatividade e motivação para serem quem são desde muito cedo, trazendo muitos e valiosos contributos ao mundo, reduzindo os riscos associados à baixa autoestima e falta de confiança, que em muitos casos tende a desenvolver dependências e vícios. O que nos assusta no mundo é o que nos assusta dentro de nós e nas nossas casas, não veio de outro planeta ou dimensão. Por isso, toda a jornada de libertação, de abusos e violência nos seus diferentes formatos e manifestações, resulta do Igual valor e Respeito por cada elemento – seja na família ou nas escolas. E aí sim, teremos comunidades mais equilibradas e em harmonia, pois refletem o estado interno dos seus habitantes e das suas famílias. Questões a colocar: - Para que está isto agora na minha vida? – Qual a aprendizagem? – O que há de positivo? Quais são os impactos de não gerir os conflitos? Quando não se gerem os conflitos eles tornam-se bolas de neve a rolarem sobre si próprias e crescem para dimensões inimagináveis, e muitas vezes já nem se sabe o que deu origem a tal estado das coisas. E questionamo-nos: Como é que cheguei aqui? Ao estado que isto chegou!? ... quando lá atrás, há uns anos eram só promessas de amor e vida feliz. O primeiro impacto da vinda dos filhos é no casal. As divergências do casal afetam filhos e os conflitos com os filhos trazem desgaste ao casal- é um ciclo vicioso.

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Em primeiro lugar, acredito que nos devemos preparar para as eventuais divergências que se podem tornar conflitos, e prevenir contextos quase inevitáveis. Em segundo lugar, cada vez que algo acontece de forma sistemática, em tensão, é hora de agir e ponderar em soluções. Em terceiro lugar, que cada família compreenda que mesmo querendo e programando filhos, eles trazem desafio à dinâmica de casal. E cada filho representa uma mudança significativa. Estaremos todos preparados? Creio que não. O conflito não é entre o bem e o mal, mas entre o conhecimento e a ignorância (Buda) Cada ato de indiferença, de fuga e de ataque perante o conflito vai semear condições de separação futura. Separação de casais, de pais e filhos, de dentro de mim – ou parte de mim, de familiares, de amigos - e vive-se uma dinâmica de sentido de separação inexplicável, pois instala-se o estado de conflito interno e externo.

E sempre que há separação de algo ou alguém, há dor e emoções contrativas que tomam conta de nós. Aprender e desenvolver práticas de gestão emocional é a chave para o Crescimento individual e familiar. E aprender a gerir emoções é algo de essencial, um verdadeiro suporte básico de vida, pois daí advém a capacidade de autoconsciência, responsabilização, escuta das necessidades e a capacidade de fazer escolhas ajustadas. Ficamos com 2 opções: Separamo-nos ou Crescemos juntos. O que queres escolher para ti e para a tua família?

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ANDREIA CARVALHO COACH E MENTORA EDUCACIONAL E RELACIONAL info@andreiacarvalho.com www.andreiacarvalho.com


A TUA HERANÇA Com toda a certeza que já te questionaste acerca de como és, quem ou o quê formou a tua personalidade. Consegues contar o número de vezes que já ouviste “tem o mesmo feitio do pai”, “é mesmo teimoso, sai à mãe”. É por isso que hoje decido falar-te sobre Ti. Sim é verdade, tu tens uma herança! Importa trazer-te o que de científico se conhece sobre esta “transferência de personalidade”. Muito se estuda sobre a importância da genética na definição da personalidade e ela, de facto, existe como um componente que traz algumas tendências, por exemplo ser impulsivo, mas esse traço de personalidade afirma-se se existirem outros fatores interligados. Diz Gilda Paoliello, psiquiatra e psicanalista, que “Apesar da importância da carga genética, o ser humano não pode ser considerado um punhado de genes,

resultando numa máquina programada a agir desta ou daquela forma”. Então mas que outros fatores podem ter influência? Renate Jost Moraes, psicóloga e estudiosa da mente humana, defende que os pais têm extrema influência inconsciente nos primeiros anos, mas que esse “poder” diminui gradualmente, 90% na fase intrauterina, 75% até os 5 anos, 65% dos 5 aos 10 anos e 50% na adolescência. Após essa idade, o jovem nega essa influência e defende-se dela conscientemente. Pesquisas apontam também para as amizades como sendo estas as determinantes, ainda mais do que os pais, como nos explica Rich Harris, autora de “Digame com quem Andas...” acrescenta que pesquisas sobre a evolução humana mostram que o espírito colaborativo sempre foi essencial para a sobrevivência da espécie.

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Agora a melhor parte, é que além de todos estes fatores, tu tens em ti a responsabilidade sobre as experiências que vives e o que fazes com elas, o que significa dizer que és tu quem guia a tua personalidade. Depois aparecem frases como “este é o meu destino” ou “o mundo dá-me o que mereço” e como é natural muitas vezes estas frases justificam as nossas “não ações”, mesmo que de forma inconsciente. Quando tudo isto se torna consciente és Tu quem escolhe. Hoje deixo-te a escolha. Queres conhecer mais de ti, segue estas palavras. Se por outro lado as coisas são o que são e está bom assim, por favor pára de ler agora! Se seguiste a tua descoberta segue os 3 pequenos passos: 1- Escolhe algo que queiras mesmo mudar e que desconfias que se trata de uma herança; 2- Traz essa herança ao momento presente e repara qual o propósito de existir hoje; 3- Neste 3º passo escolhe o que te faz sentido: a. Reconheces que não te faz falta, então define estratégias de mudança; b. Reconheces que a deves manter, então encontra o benefício e usufrui do ganho, não guardes a divida. Agora lembra-te de viver o presente. A herança é passado, o presente é onde estás e por isso deixa que o futuro seja naturalmente o resultado das mudanças que fizeste agora. Não se vive uma vez, vivem-se todos os dias, encontra-te e diverte-te na jornada.

MARIA JOÃO MARINO COACH infogeral@coachmariajoaomarino.com www.coachmariajoaomarino.com MINDSET MAGAZINE | 59


OS HOMENS SÃO SIMPLES E AS MULHERES... Esta é uma verdade que praticamente qualquer um de nós homens assume. Nós homens, na generalidade, somos simples. E para nós isso é bom. E é muito mais fácil. Simplifica-nos a vida e não nos dá dores de cabeça, muitas vezes desnecessárias. Só que, por vezes essa, simplicidade traz-nos problemas. Especialmente se estivermos numa relação com uma mulher. Elas não vêm esse ser simples com bons olhos. Na realidade acham que somos demasiado básicos. Para ser sincero, alguns homens de facto são mesmo demasiado básicos e elementares. O que facilmente leva muitas mulheres a fazerem generalizações pejorativas do tipo: “os homens são todos iguais”. Ora bem, para esta análise vamos apenas ter em conta homens equilibrados, com bom senso e que estejam de boa fé nas relações que mantêm. Ainda assim também esses levam com o rótulo: “básicos”. Porque é que isto acontece? Porque as mulheres são bem diferentes de nós. Elas pensam muito mais e em mais assuntos em simultâneo. Sem contar com a famosa memória de elefante pois lembramse das mais ínfimas coisas que aconteceram nos últimos 20 anos, com um detalhe inatingível para qualquer homem. São aqueles momentos em que elas falam e nós ficamos perdidos no meio daquele desfiar de recordações que nos levam a pensar que estamos a atingir uma fase da vida em que já estamos a ser atacados pelo Alzheimer. Por outro lado, se nos lembramos, ficamos incrédulos de como é possível voltar a falar de um assunto que já estava resolvido, fechado numa caixa, arquivado e que de repente começa a floresce, novamente.

A questão é que face à nossa simplicidade contrapõe-se uma complexidade das mulheres. Nós homens, obviamente que não vemos isso nesta perspectiva tão lisonjeira. Também nós generalizamos o rótulo que lhes atribuímos e consideramos as mulheres complicadas. Ou dito de outra forma: “as mulheres são todas iguais”. Mas na verdade elas são complexas pois são, provavelmente, a única espécie de ser vivo no planeta Terra que consegue relacionar mais coisas umas com as outras e tirar inúmeras conclusões que podem ser certas ou equivocadas (nem sequer vou discutir isto). Até porque normalmente é território perigoso. Esta capacidade delas tem coisas boas, já que conseguem pensar em muito mais coisas que nós, dar conta de mais situações em simultâneo (veja-se a dificuldade que nós temos em cozinhar e tomar conta dos filhos ao mesmo tempo) e portanto é sem dúvida um mundo muito mais rico. Quando em excesso estragam tudo, entrando em stress e facilmente descambam em ansiedade. Isto altera a simplicidade que habitualmente os homens gostam de cultivar em tudo, e até mesmo entre eles. Razão pela qual nos dá tantas vezes vontade de estar só com uns amigos a beber uns copos e a falar coisas que parecem sem sentido para elas. Estamos no nosso momento de relax, em paz. Esta diferença de ver e sentir o mundo, cria tensão nas relações entre ambos. Conduzindo a uma alteração na qualidade da atenção que cada um dá ao outro. Os egos acordam e ficam ativos num sistema de ataque-defesa e vice versa. Quebra-se a comunicação, entra-se no modo “amuanço” ou

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então fica exacerbada em modos exagerados de querer ter razão, normalmente defendidos em alto e bom som, no sentido dos vizinhos também ficarem a par do assunto. Daqui até se deteriorar a conexão entre o casal é um instante, refletindo-se desde logo no cessar de qualquer momento de intimidade. Claro que isto é tudo ficcionado. Estas coisas não acontecem. É tudo uma invenção do autor que tem feito muitos cursos de Storyteling. Mas e se isto fosse verdade, qual seria uma possível e simples solução para isto?

Homens a aprender a serem mais atentos a tudo o que são as necessidades de apoio na vida quotidiana de uma mulher (apoio emocional, ajuda nas tarefas da casa, cuidar das crianças em alguns momentos do dia, perguntar-lhe o que ela precisa mais). Mulheres que percebam que quando estamos em stress não queremos criticas, discussões complicadas ou perguntas difíceis (em que é que estás a pensar?). Só queremos que nos apoiem e nos deixem estar na “caverna”. E que quando estamos bem, que desfrutem mais da simplicidade da vida connosco. Será assim tão difícil de nos entendermos?

RICARDO LARANJEIRA SECOND LIFE COACH ricardo@ricardolaranjeira.com www.ricardolaranjeira.com

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A PRIMAVERA DA NOSSA ZOMBIFICAÇÃO “É preciso querer ser feliz e contribuir para isso. Se ficarmos na posição do espectador impassível, deixando para a felicidade apenas a entrada livre e as portas abertas, será a tristeza que entrará.” Émile-Auguste Chartier … Há problemas graves que algumas pessoas pensam que não são problemas. E um desses problemas que eu tenho visto a alastrar-se, silenciosamente, entre jovens e adultos é o visionamento de séries e filmes, prolongando-se por horas e horas... Um fenómeno pouco ou nada referido na comunicação social, tornando-se numa espécie de dependência socialmente aceite. O que faz com que este comportamento seja ainda mais tóxico e perverso. Das pessoas que me têm surgido em sessões com este assunto na vida, poucas ou quase nenhumas o referem directamente. Queixam-se, sim, de falta de motivação, de cansaço… Algumas chegam a referir que estão deprimidas. E só ao final de algumas questões, procurando perceber os factores a montante dessas situações, começam a surgir os indícios desse tóxico comportamento. Qual a “utilidade” do visionamento excessivo de séries e filmes? Observando os casos que venho conhecendo, identificam-se duas grandes “funções” deste

comportamento na vida das pessoas: “Função” nº1 - Anestesia mental Num contexto de grande agitação e cansaço, as pessoas necessitam de um momento de descanso, de “desligamento” da realidade. Aquilo que poderia ser conseguido através de outras práticas mais saudáveis, todas elas passando por um “desligar”… da televisão. Para este grupo de pessoas, este vídeo-transe é uma opção fácil e acessível. Cómoda. No entanto, será um comodismo tóxico, uma vez que o pouco tempo que têm o consomem sem absorver um conteúdo que as nutra emocional ou intelectualmente. As queixas que vêm deste grupo passam mais por uma angústia que advém do estilo reactivo e repetitivo da rotina que se instalou. Num outro grupo de pessoas observa-se também esta dinâmica de “anestesia”, mas com um outro propósito mais distractivo. Ou seja, em função de alguns acontecimentos, relacionados com a vida presente ou passada, que trazem algum sofrimento ou preocupação, este vídeo-transe distrai. Quando as pessoas que activam este tipo de comportamento se apercebem que a sua atenção não está focada naquilo que as preocupa ou entristece… o anzol prende. Ou seja, monta-se uma estratégia inconsciente para afastar pensamentos, sentimentos ou emoções que perturbam. E sempre que a mesma é repetida, a dependência reforça-se. A pessoa cai na armadilha.

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“Função” nº2 - Socialização Sendo uma das necessidades do ser humano – a pertença ao grupo, o vínculo social – vai-se percebendo que à volta de muitas das séries consumidas se vão criando autênticas “tribos”. Falar sobre os conteúdos, da narrativa, do momento da história… torna-se o motivo de conversa dentro desses grupos. A partilha de opiniões sobre algo que é consumido em comum, a identificação de posições, etc. é algo que faz com que alguém se “sinta parte de um grupo”. Esta é, aliás, uma necessidade humana que os produtores de vídeo-jogos conhecem bem. Criando jogos que se vão jogando durante horas e horas, recorrendo ao uso de moderadores e da ligaçãocomunicação constante com outros jogadores que estão online. O que aqui se percebe é que esta necessidade existe de forma mais intensa em alguém que se sente mais isolado. … Assim, entre a anestesia mental e uma pseudosocialização, se vão satisfazendo essas necessidades de uma forma tóxica. Porque apesar de as “funções”

serem cumpridas, elas vão-no sendo em detrimento de uma absorção de energia e de tempo, que deixa muito pouco tempo para a vida ser vivida. É como uma rede que vai prendendo subtilmente e que é socialmente aceite, porque a sua toxicidade não é reconhecida nem valorizada. Antes pelo contrário. E, assim, um retrocesso civilizacional, emocional, espiritual vai acontecendo. Um fenómeno que deve ser observado à luz das ciências sociais e sobre ele há uma necessária reflexão a fazer para que as mentalidades e comportamentos se alterem. Alertando – e é bom lembrar – que não nascemos para ser meros espectadores passivos nesta existência terrena.

MÁRIO RUI SANTOS HIPNOTERAPEUTA, FORMADOR E COORDENADOR mrs@marioruisantos.net www.marioruisantos.net

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O TEU SONHO PERMITE-TE CRESCER DENTRO DELE? Sonhar todos sonhamos certo? Não há novidade neste ponto. Diria que deixar de sonhar tornou-se mais normal com o passar dos anos. Parece que sonhar é algo do qual falamos com os amigos, mas concretizar sonhos… bem… nem por isso. Qual a diferença das pessoas que concretizam os seus sonhos das que não os concretizam? Será que são mais inteligentes? É possível, mas não é esse o ponto-chave. O que realmente diferencia as pessoas que concretizam das que não concretizam resume-se em poucos segundos. Permite-me que te explique. No momento em que temos de tomar pequenas decisões, quem concretiza os seus sonhos habituouse a agir a cada momento e em poucos segundos ou melhor, a agir mais vezes e de forma mais rápida do que quem fica a pensar se deveria realmente agir. Isto não está relacionado com inteligência, Q.I., nem com nada parecido. Deve-se única e exclusivamente à vontade e hábito de agir. Agir para além do medo, diria. Porque sim, as decisões trazem doses de medo associadas e é nesse medo que reside a nossa inação. Ficamos habituados a ficar paralisados quando essa emoção, esse aperto na barriga surge e sentimos que temos de pensar melhor, como se pensando mais fosse de facto dissipar a emoção que estamos a sentir. Temos sempre duas opções. Ou decidimos avançar ou não. Qualquer uma delas é de facto uma decisão. Uma leva-nos mais perto dos nossos sonhos, da vida que realmente queremos, e a outra faz-nos ficar onde estamos, distantes da vida que tanto desejamos. Se há algo que quero que leves destas palavras que te escrevo é que, quem tu já és, é suficiente. Não precisas de mais nada, de aprender mais nada neste momento para decidires viver o teu sonho.

E é aqui que separamos os meninos e meninas dos Homens e Mulheres. Não é o “COMO” que deve ser a pergunta. Deve ser sempre “O QUÊ”. O que queres realmente da vida? Se não tivesses medo, o que farias? Se o dinheiro não fosse um problema, o que farias? O “O QUÊ” perdeu-se no meio de tantos “COMOS” nesta sociedade de ultrainformação e desfoque total. Não é: “Quando eu tiver dinheiro vou investir.” É sim: “Vou decidir investir para obter o dinheiro que procuro.” Mas Leonardo isso não faz sentido! Como é que vou investir se não tenho o dinheiro. Pois é, aí reside o verdadeiro problema da procrastinação. Esse é o momento em que nos agarramos ao “COMO” e não ao “O QUÊ”. Ficamos no “PENSAR” em vez de no “AGIR”. Quando DECIDIMOS avançar as soluções surgem e sentimos uma nova energia a nascer em nós. Adotamos novas formas de agir, comportarmo-nos de forma diferente perante os medos e quando continuamos a agir desta forma, começamos a aproximar-nos mais e mais da concretização dos nossos sonhos. Mas há apenas uma regra para isto funcionar. E qual é? O teu sonho deve ser TEU e deve ser grande o suficiente para poderes crescer dentro dele, para evoluíres dentro dele, para te expandires com ele e te tornares na tal pessoa que concretiza tudo aquilo que quer. Como é que sabes se o sonho é grande o suficiente de forma a que te faça crescer? Se sentes que o concretizas facilmente ou se o

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concretizaste e não notaste diferenças significativas em ti, então sonhaste pequeno demais. E não será esse o grande perigo de todos? Lembra-te que o primeiro passo é sem dúvida o “O QUÊ”. O segundo passo é AGIR. E gosto de dizer, agir com habilidade. Diria ainda mais, com uma habilidade de alto rendimento que te permita realizares todos os teus sonhos. É nosso dever concretizar os nossos sonhos, é nossa missão vivermos a melhor versão de nós próprios e o momento é agora. Deixo-te com estas reflexões finais: A vida quer que te expresses, tu queres expressar-te, este é o momento. Se não és tu, então quem? Se não é agora, então quando? VIVE INTENSAMENTE, ACREDITA INFINITAMENTE, PARTILHA INCONDICIONALMENTE.

LEONARDO GONÇALVES * MENTOR PREMIUM, PALESTRANTE & EMPREENDEDOR geral@leonardogoncalves.net www.aartedevenderpremium.com *Leonardo Gonçalves é Mentor Premium, Palestrante Tedx, Empreendedor de diversos projetos Online e Co-Fundador da WIPIREADS. É Licenciado em Engenharia de Sistemas e Computadores, Certificado em Programação com Ferramentas Microsoft, com Pós-Gradução em Gestão e Administração Escolar, Coach em Educação Transpessoal, Certificado em Fecho de Vendas Premium e Fundador do Programa de Marketing Pessoal “A Arte de Vender Premium”.

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É NOSSO DEVER CONCRETIZAR OS NOSSOS SONHOS, É NOSSA MISSÃO VIVERMOS A MELHOR VERSÃO DE NÓS PRÓPRIOS E O MOMENTO É AGORA. LEONARDO GONÇALVES

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