Edição de 19/dezembro de 2020

DOURADOS MS ANO 70 Nº 13.656

O PROGRESSO

19/20 de dezembro de 2020

★★★★★

Leitos de UTI serão prioridades na gestão de Alan Guedes Prefeito eleito argumenta que não há como se pensar em grandes projetos quando a cidade necessita de estrutura capaz de atender os pacientes da Saúde, principalmente em tempos de pandemia. PÁG.A3

Verticalização urbana transforma cenário plano de Dourados

CADERNO B

Uma das características mais marcantes de Dourados é sua organização geométrica com quadras alinhadas e sem muitas elevações em sua paisagem. Com o passar dos anos a cidade cresceu, aumentou o número de bairros e foi se expandindo horizontalmente. Agora Dourados passa por uma nova fase, direcionando os olhares de seus moradores e visitantes para cima. PÁG. A4

Pandemia Orquestra da UFGD mantém atividades remotas

Dourados vai receber ferrovia que liga MS ao Porto Paranaguá

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Estudo técnico deverá definir a construção de um ramal da Nova Ferroeste, na B3, passando por Dourados. A proposta inicial era um terminal em Maracaju, no entanto, Dourados poderá ser ramal intermediário.

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História Novo tempo para relógio que “guia” Dourados há 60 anos

Emendas de Marçal atendem saúde, educação e infraestrutua em Dourados

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ENTREVISTAS

Ex-prefeitos falam de legados e desafios para a próxima gestão FOTO: A. FROTA

PÁGs. ESPECIAL 16, 17 e 18

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Dourados, 19/20.12.2020 O PROGRESSO

Opinião Parabéns, Dourados!

EDITORIAL

A

maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul completa 85 anos no dia 20 de dezembro.

O município que teve sua emancipação político-administrativa reconhecida em 1935, comemora conquistas importantes, mas tem pela frente ainda muitos desafios. Há muito a ser feito para se consolidar como uma cidade digna da sua grandeza, da sua importância econômica, da sua liderança regional.

Ao chegar aos 85 anos de emancipação, a cidade que foi colonizada em sua maioria por agricultores da região Sul e Sudeste do país, que mais tarde recebeu milhares de pequenos agricultores da região Nordeste dentro do primeiro programa de reforma agrária realizada no Brasil, ainda no governo do presidente Getúlio Vargas, na segunda metade da década de 1940, ainda carece do surgimento de representatividade política capaz de promover o tão esperado desenvolvimento.

Dourados sempre foi grande por natureza e tem crescido graças a força de trabalho da sua gente.

A vocação desenvolvimentista do município pode ser medida pelo seu crescimento populacional. Num período de 85 anos Dourados saiu de uma população de menos de 10 mil pessoas

para romper a barreira dos 200 mil habitantes e seguir a passos largos para superar, quem sabe em mais uma década, a marca de 300 mil pessoas residindo em suas terras. É claro que ao longo desses 85 anos o município conheceu bons gestores, políticos comprometidos com seu desenvolvimento, com o bem estar dos seus moradores, mas, também, é fato que faltou à cidade uma safra maior

de políticos-gestores com maior capacidade de governar.

Por outro lado, Dourados chega aos 85 anos com grandes desafios. O primeiro deles é uma boa gestão dos mais de R$ 1 bilhão que o município arrecada do bolso do contribuinte anualmente.

Quem chega hoje no município vê uma cidade com aspecto de abandono e seus principais cartões postais esquecidos. Quem precisa de atendimento médico

encontra postos e hospitais lotados, grande parte por causa da pandemia que parou o mundo. É inegável que muito ainda há que melhorar para que os habitantes de Dourados possam gozar de uma melhor qualidade de vida, mas as conquistas das últimas décadas mostram que dias melhores estão por vir, mesmo porque a cidade é gigante por vocação. Destaque para a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems), Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran) e Faculdades Anhanguera, além da Faculdade Teológica Anna Wolerman. Somadas, essas universidades oferecem mais de uma centena de cursos de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado, fazendo de Dourados uma verdadeira Cidade Universitária.

A arquitetura de Dourados é arrojada e moderna, com novos prédios surgindo a cada dia. De Dourados saíram advogados, agrônomos, biólogos, arquitetos, enfermeiros, administradores, professores e tantos outros profissionais que são sucesso hoje em todo o Estado e em outras Unidades da Federação, numa prova clara que a cidade está pronta para seguir crescendo.

Dourados 85 anos: olhando para o futuro WILSON VALENTIM BIASOTTO*

*Professor titular aposentado pelo CEUD/UFMS, membro da Academia Douradense de Letras

O

Brasil despencou 5 posições no ranking mundial do índice de desenvolvimento humano [IDH] realizado pela ONU. Significa dizer que, com 0,710, ocupa a 84ª posição dentre 189 países avaliados, ficando atrás do Chile, Argentina, Uruguai e Colômbia. Lideram o ranking: Noruega [0,954], Suíça [0,946] e Irlanda [0,942]. Dourados ocupava a 599ª posição entre os municípios brasileiros, com 0,747 [dados de 2010]. Não deve

ter mudado muito.

A pergunta que resta: que fazer?

A resposta é óbvia: investir em Educação, porém sua execução é problemática, porque a mentalidade elitista não aposta nessa tarefa, tanto é que o Brasil é o país com o maior índice de concentração de riqueza do mundo.

A solução, a mim parece, é de longo prazo, embora não se deva negligenciar soluções mais mediatas. Planejamento é a palavra-chave, mas não um planejamento feito apenas para soluções imediatas, mas no mínimo para os próximos vinte anos. Na entrada de seu 86º aniversário Dourados inicia nova administração.

Que tal organizar um contra turno sabendo-se que não seria fácil estabelecer de pronto o ensino integral? A existência de Centros Culturais [Polem] em várias regiões de Dourados poderá indicar um bom caminho. A administração municipal deveria estabelecer contra turno nesses centros oferecendo aulas de música, dan-

ça, canto coral, teatro, capoeira, contação de histórias, aulas de xadrez.... Natação seria excelente, porém mais difícil. Complementando as quadras esportivas poderiam servir no contra turno para jogos de diversas modalidades.

Para concluir ao final de cada ano haveria uma seleção das melhores vozes para o coral, para o tênis de mesa, enfim, para cada uma das modalidades oferecidas nos centros culturais e nas quadras. Nossos parques ambientais seriam ótimos pontos para o treinamento das seleções de jogos e um barracão, desses muitos que existem em Dourados, com fáceis adaptações serviriam para os grupos formados nos centros culturais. A logística é relativamente simples graças aos ônibus escolares.

Essas seleções propostas não são um louvor à meritocracia e sim elementos motivadores para novas turmas. O coral a exemplo das outras modalidades, excursionaria pelos vários centros

culturais contagiando as novas turmas.

Os benefícios dessas ações são múltiplos. Ocupam crianças e adolescentes direcionando suas energias para o bem, aprendem na prática a convivência com o outro, disciplinam condutas, aliviam a responsabilidade dos pais trabalhadores, contribuem na formação de cidadãos que, com toda a certeza elevarão o nosso Índice de Desenvolvimento Humano [IDH].

Acreditar é preciso. As crises são passageiras e precisam ser atacadas, os maus governantes passam quando a democracia prevalece.

Determinação é extremamente necessária. Nada mais tem caído do Céu como o Maná. O futuro pode ser feito no presente e um projeto bem elaborado pode gerar novos projetos pois afinal “o caminho se faz ao caminhar”.

Ah! Bem que poderíamos voltar a ser uma Cidade Educadora e desenvolvermos outros tantos projetos semelhantes.

EXPEDIENTE JORNAL O PROGRESSO LTDA | CNPJ: 30.620.712/0001-74 Fundador: Weimar Torres (1951-1969)

Diretora Benemérita: Adiles do Amaral Torres

Diretora Superintendente: Blanche Torres

Diretora de Marketing: Louise Helena Torres

Editora-Chefe: Valéria Araújo

Gerente comercial: Angela Santa Cruz

Fones: (67) 3422-5555 | 3032-0555 | E-mail: redacaodigital@progresso.com.br | Site: www.progresso.com.br | Endereço: Av. Presidente Vargas, 447 - Centro / CEP 79804-030 - Dourados-MS

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Dourados, 19/20.12.2020 O PROGRESSO

Política

“Combate à Covid vai ser nosso principal desafio ao assumir a prefeitura”, diz Alan Prefeito eleito argumenta que não há como se pensar em grandes projetos quando a cidade necessita de mais leitos de UTI THIAGO MORAIS

Flávio Verão O prefeito eleito de Dourados, Alan Guedes (PP), diz que o principal desafio de urgência ao assumir a prefeitura no dia 1º de janeiro será o de planejar a cidade para enfrentar a pandemia do coronavírus. Com taxa de ocupação de leitos de UTI Covid em 100% e sobra de vagas quando morre paciente, o futuro administrador da cidade quer encontrar uma saída para a problemática.

Esta semana foi anunciado que o Hospital da Vida voltaria a ativar 10 leitos de UTI. A medida atende decisão judicial do último dia 4, do juiz José Domingues Filho, da 6ª Vara Cível, que determinou a reabertura, diante do aumento de casos da doença na cidade, entre o final de novembro e início de dezembro.

“A questão da pandemia será a nossa maior urgência. Temos que ver o que a prefeitura junto ao governo do estado vão realizar nos próximos dias para que possamos, assim quando assumir a administração, buscar alternativas para ampliar o número de leitos”, expli-

Com covid, Alan não vai participar da diplomação marcada para este fim de semana

cou Alan Guedes. Essa semana ele anunciou ter contraído o vírus, está de quarentena e não participará da diplomação marcada para este sábado.

Para o prefeito eleito, não há como pensar em grandes projetos no atual momento quando a cidade carece de uma série de questões básicas. Além de buscar alternativas para habilitar novos leitos de UTI covid, Alan diz que será necessário, de forma urgente, fazer um mutirão de limpeza pública da cidade e iniciar discussão com a equipe da educação, professores e a comunidade escolar sobre as aulas remotas.

Para este sábado está previsto a entrega do relatório do processo de transição que contou com equipe indicada por Alan Guedes e da atual administração. É o resultado das informações obtidas pelo prefeito eleito de como ele pegará a administração em todos os setores para poder administrar pelos próximos quatro anos. Alan já sabe que entre as principais problemáticas está a área da saúde.

Questionado sobre a composição do secretariado, o prefeito eleito argumentou que o processo de transição lhe ocupou muito tempo, com isso, ainda está em tratativas, com realização de convites. No entanto, Alan estaria com dificuldade de encontrar nomes para responder pelas pastas.

O salário de um secretário é de R$ 9,6 mil, mas com deduções obrigatórias cai para R$ 7,3 mil, valor não atrativo para investiu em carreira técnica e já tem sua profissão. Contudo, Alan diz que a remuneração não seria o principal empecilho para formar o secretariado. Ele afirmou que só vai informar os nomes quando todo o quadro estiver completo.

Emendas de Marçal atendem saúde, educação e infraestrutura em Dourados DIVULGAÇÃO

Deputado indicou várias frentes da cidade para receber recursos do orçamento estadual O deputado estadual Marçal Filho (PSDB) destinou emendas para 2021 em Dourados que vão atender áreas da saúde, educação, infraestrutura, cultura e esporte. Os recursos são provenientes do orçamento estadual que prevê receita de R$ 16,82 bilhões para Mato Grosso do Sul. Neste ano de 2020, os recursos destinados pelo deputado beneficiaram escolas, postos de saúde e instituições filantrópicas.

A previsão de orçamento para o ano que vem considera os impactos da pandemia da Covid-19, mas também a expectativa de recuperação econômica. A área da saúde ganhou atenção especial de Marçal Filho, que apresentou 12 emendas de um total de 43 de todos os 24 parlamentares da Assembleia legislativa.

Aumentar o incremento do repasse de recursos financeiros para o custeio dos atendimentos prestados pelo Hospital da Vida, UPA e Hospital Universitário (HU), em Dourados, foi um dos destaques entre as emendas de Marçal. O município é responsável por 33 cidades da região, uma população estimada em 900 mil pessoas, e devido a grande demanda de atendimento

Deputado estadual Marçal Filho especializado, necessita de mais recursos.

Na infraestrutura, uma das grandes lutas de Marçal, a duplicação da avenida Coronel Ponciano, também receberá emendas. A via dá acesso a bairros populosos como Guaicurus, Harrison de Figueiredo, Dioclécio Artuzi e ainda demandará de intervenção de viaduto ao cruzar pela BR-163. No entanto, o governo do estado junto ao governo federal já estudam medidas para a implantação da obra. Marçal

também solicitou duplicação da rua General Osório, que passa por vários bairros e dá acesso a BR-463, e obras de drenagem e asfalto do Parque dos Jequitibás, Jardim Guaicurus e Jardim das Primaveras.

Para o deputado, tanto as obras como os investimentos nos diferentes setores contribuem para o desenvolvimento regional. “Apresentamos ao governo as principais necessidades para o município de Dourados, bem como de outras cidades da região. São investimentos que vão beneficiar o coletivo e garantir mais benefícios à população”, diz Marçal Filho.

Ao Programa de Abastecimento de Água e Esgoto Sanitário de MS, Marçal incluiu reserva de recursos orçamentário para implantação dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento nas sitiocas Campina Verde, Ouro Fino e Campo Belo, comunidades que há duas décadas sofrem principalmente com a ausência de água. Já para a educação, Marçal incluiu pedido de recurso para a aquisição e atualização dos acervos e informatização das bibliotecas das escolas estaduais, bem como a reforma e atualização da rede elétrica interna. Muitas unidades possuem instalações antigas e para instalar ar-condicionado, por exemplo, precisam modernizar as instalações.

COLONO - Cumpadi vc vai tomá a vacina ?

ZÉ PINGA - Claro ... e vou parar de beber para aumentar minha ... umanidade ... Ic, ic, ic...

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Dourados, 19/20.12.2020 O PROGRESSO

Política

Verticalização urbana transforma cenário plano de Dourados Cidade passa por uma nova fase, direcionando os olhares de seus moradores e visitantes para cima MARCOS RIBEIRO

Dourados cresce para cima com a expansão de novos prédios Uma das características mais marcantes de Dourados é sua organização geométrica com quadras alinhadas e sem muitas elevações em sua paisagem. Com o passar dos anos a cidade cresceu, aumentou o número de bairros e foi se expandindo horizontalmente. Agora Dourados passa por uma nova fase, direcionando os olhares de seus moradores e visitantes para cima. A verticalização urbana já é uma realidade, a cada ano surgem novos projetos e mais edifícios são construídos.

Para o arquiteto urbanista da LSA Arquitetura, Luciano Santos, a verticalização urbana é uma consequência do crescimento e modernização de todas as cidades. “A verticalização urbana está muito ligada ao comportamento da sociedade e a questões econômicas também.

Antigamente as famílias preferiam morar em casas com quintais e ti-

nham a opção de escolher um imóvel com uma boa localização, perto de pontos importantes como supermercados, escolas e farmácias.

Mas com a ocupação urbana, isso vai se tornando mais difícil, pois os locais disponíveis são cada vez mais periféricos. Os edifícios residenciais permitem que as famílias estejam em uma área mais central com todas essas comodidades ”, explica Santos.

Até pouco tempo atrás a Lei do Uso do Solo de Dourados não permitia a construção de edifícios com mais de 12 andares, com a mudança dessa regra os projetos passaram a ser cada vez mais verticalizados.

O Edifício Adelina Rigotti localizado no centro da cidade foi um dos primeiros prédios construídos em Dourados, sua data é de 1977 e conta com 11 andares. Hoje em dia, são muitos os edifícios em construção com mais de 20 andares, a maioria

em bairros residenciais voltados para moradia.

Segundo o último Censo do IBGE realizado em 2010, entre os anos de 2000 e 2010, o número de apartamentos no Brasil cresceu 43%, passando de 4,3 milhões para 6,1 milhões. Dourados acompanha esse crescimento vertical que está ligado a urbanização e a concentração da população em determinadas regiões da cidade.

A APX³ imobiliária de Dourados tem seu catálogo de imóveis composto por 15% de apartamentos com tamanhos variados, e acredita que em breve essa quantidade ficará mais equilibrada com os imóveis térreos. Para o gestor imobiliário, Fernando Caetano, esse caminho vertical está só começando. “ A modernização dos condomínios verticais tem modificado o pensamento das pessoas em relação a morar em prédios. Dourados

está num porte médio e já mitigou bastante essa resistência sobre verticalização. Outro ponto que fortalece esse crescimento e a ocupação desses imóveis, é que vem muita gente de fora de outros estados e cidades maiores, o que favorece o consenso de que um produto vertical é adequado. Não vejo mais resistência da sociedade para essa verticalização não só para investimento, como também para moradia”, acrescenta Caetano.

A LSA e a APX³ fazem parte da APPEX Group, empresa voltada a tudo que compõe o morar e suas conexões e está sempre atenta às novas tendências do mercado. Somente na segunda maior cidade do Estado, a APPEX já realizou estudos para o desenvolvimento de novos projetos para construção de edifícios residenciais que contemplem esse novo momento da evolução de Dourados.

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Dourados, 19/20.12.2020 O PROGRESSO

Política

Dourados vai receber ferrovia que liga MS ao Porto Paranaguá Ferrovia terá terminal em Maracaju e um ramal intermediário em Dourados até chegar ao Porto de Paranaguá DIVULGAÇÃO

Já existe uma concessão vigente para a ferrovia, e vai até 2079, com investimento inicial de R$ 8 bilhões Luiz Guilherme especial para O PROGRESSO Estudo técnico deverá definir a construção de um ramal da Nova Ferroeste, na B3, passando por Dourados. O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, disse que a proposta inicial era um terminal em Maracaju, no entanto, como o volume de cargas entre aquele município e Guaíra é significante, a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul poderá ser ramal intermediário.

“Existe um posicionamento de Governo do Estado que entre o trecho de Guaíra e Maracaju existe a necessidade de ter um outro terminal. Porque tem volume de carga, e tem todas aquelas indústrias de etanol.

A partir de janeiro nós vamos fazer o estudo sobre onde seria localizado, sob o ponto de vista técnico, outro terminal”, explica.

Em agosto de 2020, foi firmado um convênio pelos estados e recentemente, reunião por videoconferência entre os governadores de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, do Paraná, Ratinho Júnior, e da mi-

nistra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, a evolução dos estudos da Nova Ferroeste foram apresentados e de acordo com o relatório de Viabilidade Econômica e Ambiental (Evetea), ficou definido a capacidade de carga com potencial de 40 milhões de toneladas a serem exportados através da Ferroeste.

A próxima etapa do projeto será a contratação do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), que é a pesquisa que viabiliza ou não a implantação de um empreendimento próximo de áreas preservadas. A construção da ponte sobre o Rio Paraná prevê passar por oito áreas indígenas e duas quilombolas.

Reinaldo pediu essa semana que os trâmites sejam acelerados e assim, cheguem até a etapa final de leilão da Nova Ferroeste, previsto para novembro de 2021. “A gente sabe que projetos de concessões e privatizações são projetos que demandam tempo e energia, mas podemos potencializar e abreviar o tempo para culminar com o leilão na B3”, disse.

Já existe uma concessão vigente para a ferrovia, e vai até 2079, com estimativa inicial

de R$ 8 bilhões de investimentos, sendo que em torno de R$ 3 bilhões são voltados paras as obras no percurso dentro do Estado de Mato Grosso do Sul. Em termos de empregos, a expectativa é que sejam gerados mais de 1 mil durante o período de construção.

Na visão do chefe do Executivo estadual, o empreendimento é um projeto estruturante que aumenta a competividade tanto para MS, quanto ao PR. “Maracaju é o ponto de conexão da Malha Oeste com a futura Ferroeste. Nós temos aí o potencial de minério, produção de etanol e principalmente, através da refinaria do Paraná, a importação do diesel e gasolina. Então é uma nova ferrovia com uma conexão extremamente competitiva aos nossos estados”.

A ministra Tereza Cristina, destacou que “a ferrovia surge com esse potencial inicial, mas depois outras cargas vão chegando e se incorporando. Se a ferrovia tem boa gestão, com certeza vai agregar outras cargas. Esse é um projeto que o governador Azambuja e o governador Ratinho tem que deixar para a história das suas gestões.

Estou absolutamente a disposição para ajudá-los”.

INFORME C CÍCERO FARIA cicerolfaria@gmail.com

Nos bastidores, as especulações correm soltas A bolsa de apostas no time do primeiro escalão do prefeito eleito Alan Guedes(Progressistas) corre solta pelos bastidores políticos, assim como a eleição de Mesa Diretora Câmara Municipal. Entre os nomes citados como futuros secretários municipais estão Henrique Sartori(Governo); Raphael Matos(Administração); como diretora do Procon, Virgínia Magrini. O diretor do Diário MS, Alfredo Barbara Neto é o nome forte para a Assessoria de Comunicação Social (Secom), mas se assumir o cargo deverá se afastar (oficialmente) do jornal douradense; a radialista Tânia Cristina corre por fora; o candidato a vereador Carlos Fábio dos Santos teria como destino administrativo a direção da Agetran (Agência de Transporte e Trânsito), onde foi presidente na gestão Délia Razuk, ou a Fundação de Esportes(Funed). Alan Guedes comentou na semana passada com o jornalista Osvaldo Duarte, da Grande FM, que está com o seu secretariado ‘desenhado’ na cabeça.

Na Câmara Pelos os lados do Legislativo, uma chapa estaria formada com Laudir Munaretto (presidente); Cemar Arnal (Vice-presidente): Juscelino Cabral (1º secretário) e Lia Nogueira(2ª secretaria). Todos na nova (mas, nem tão nova assim) geração política da Câmara onde são 14 vereadores novinhos em folha. Mas uma outra chapa também é cogitada nos bastidores. A eleição das nova mas será no dia 1º de janeiro, depois da posse do prefeito.

Bem melhor De acordo com estudo do Instituto Tendências Consultoria Integrada, Mato Grosso do Sul deve ter o melhor desempenho do país no crescimento da economia no ano que vem. O governador do Estado, Reinaldo Azambuja é otimista e projeta recuperação no PIB em 2021. “Somos um Estado com rol de investimentos públicos, com projeção positiva de crescimento no PIB e com geração positiva de mais de 11 mil vagas de emprego num ano de pandemia. E para o próximo ano um grande volume de investimentos privados virá.

Já estão pactuados com MS a instalação de novas industrias e a ampliação de outras”, ressaltou o governador. É o amor!

E o prefeito Alan Guedes deu uma declaração apaixonada, via Facebook, para sua esposa, Kely França Guedes no dia do aniversário de casamento, 15 de dezembro: “Há 8 anos nos tornamos um! Kely, obrigado por compartilhar seus sonhos e sua vida comigo! Obrigado pela família linda que você me deu!” O casal tem dois filhos.

Cargo O engenheiro agrônomo douradense Ângelo Ximenes foi empossado diretor administrativo da Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea-MS(Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) , cargo que ocupará de janeiro de 2021 a dezembro de 2023.

Peste Até o dia 14 de dezembro, 3.043 indígenas haviam sido infectados pelo coronavírus em Mato Grosso do Sul. Além disto, dos 34 Dseis (Distritos Sanitários Especiais Indígenas) brasileiros, MS é o com maior número de casos de coronavírus entre indígenas.

Os dados foram levantados pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai).

Em seis dias foram confirmados 110 novos casos da doença entre povos nativos. De acordo com o Boletim Covid-19 da Sesai, já foram registradas 73 mortes de índios do Estado, causadas pela doença. Segundo os dados, do total de casos, 73 indígenas mato-grossenses do sul ainda estão infectados pela doença.

Contrataque O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, recebeu na residência oficial presidentes de partidos e parlamentares para discutir a sucessão da presidência da Casa.

Deputados próximos de Maia e representantes de partidos de oposição buscam um nome para disputar em fevereiro a presidência contra Arthur Lira (DEM-AL), candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro. De olho na disputa pelo comando da Casa, o grupo formado por DEM, PSL, MDB, PSDB, Cidadania e PV reúne 147 deputados. O principal fiador e articulador do bloco é Rodrigo Maia, impedido de concorrer à reeleição pelo Supremo Tribunal Federal.

19/20 DE DEZEMBRO DE 2020 SÁBADO/DOMINGO

EDIÇÃO ESPECIAL DOURADOS 85 ANOS

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Dourados, 19/20.12.2020 O PROGRESSO

Weimar Torres: o 1º advogado e deputado federal de Dourados Pioneiro fundou o Jornal O PROGRESSO em 1951 e dá nome a uma das principais avenidas Homenageado com o nome de uma das principais avenidas de Dourados, Weimar Gonçalves Torres era um político nato, embora a poesia também sempre tivesse espaço em sua vida. Nasceu na cidade de Ponta Porã, em 6 de dezembro de 1922.Filho de José Passos Rangel Torres e Dionísia Gonçalves, queria tornar-se advogado como o pai. Em busca desse objetivo foi para o Rio de Janeiro, onde em 1947 formou-se em Direito, na faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Em maio de 1948, tornou-se o primeiro advogado da cidade de Dourados. Em 29 de janeiro de 1951, casou-se com Adiles do Amaral.

Em 1951 assumiu mandato de vereador pelo Partido Social Democrático, no qual militava desde 1945. Em 21 de abril de 1951, lançou a primeira edição do jornal “O Progresso” em Dourados.

Na época, o jornal era semanário.

No ano de 1954, foi reeleito vereador.

No mesmo ano candidatou-se a Deputado Estadual, porém não obteve sucesso e exerceu o mandato de suplente por três meses. Durante esse período Weimar Torres conquistou cargos como

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são governamental que levou Pedro Pedrossian ao governo do então Mato Grosso uno. Em 1966, elegeu-se Deputado Federal, tendo atuação destacada sobretudo na Comissão de Finanças, da qual era membro titular.

Saiba mais

Falecimento

Weimar Torres, ao lado da esposa Adiles e dos filhos June, Blanche e Weimar Jr. o de Promotor de Justiça e o de diretor do Rádio Clube de Dourados.

Em 1961 voltou a ser candidato na Assembleia do Estado do então Mato Grosso e adotou como lema de sua vida pública a frase “A liberdade é minha ins-

piração”. A família mudou para Cuiabá onde organizou, com alguns amigos, o jornal “A Tribuna”, que circulava semanalmente na cidade.

Em 1965, Weimar Torres participou ativamente da campanha de suces-

Ao retornar de uma viagem feita a Dourados, no dia 14 de setembro de 1969, mais precisamente quando o avião passava por Londrina/PR, ouviu outros passageiros gritarem que o avião estava pegando fogo.

Sempre viajava na janela de emergência, e no desespero empurrou a janela e pulou do avião, sendo o único a não morrer carbonizado. Sua veia poética está registrada, dentre outros escrito, no livro póstumo “Meus versos”. Além de nominar uma das principais avenidas da cidade, Weimar, que fez dos plenários uma espécie de segunda casa, dá nome ao plenário da Câmara Municipal de Dourados.

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Dourados, 19/20.12.2020 O PROGRESSO

Marcelino Pires nomeia a principal avenida de Dourados Pioneiro doou parte de suas terras para a formação do povoado do município Dado o acentuado progresso verificado na região e pelas notícias sobre a fertilidade da terra, vieram para o então sul de Mato Grosso, novos colonizadores para explorar as novas terras, em processo impulsionado pela

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da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, entre 1904 a 1914, atraiu sobretudo os paulistas.

Entre os colonizadores, se destacava Marcelino Pires, homem resoluto, dotado de uma coragem extrema e possuidor de grande ardor pelo trabalho Marcelino Pires, homem da lavoura e pecuária. Marcelino Pires se dedicou com maior resoluto, dotado de uma coragem extrema e possuidor intensidade à criação de gado, de grande ardor pelo trabalho ocupando vastíssima área de terras. Marcelino Pires Martins doou parte de suas terras para a Marcelino Pires morreu aos formação do o povoado de Dourados. Em sua homenagem é o 56 anos de idade, 6 de julho de 1915, quatro meses após a nome da principal avenida da cidade, a famosa “Avenida Marinstalação do Distrito de Paz celino Pires”. Marcelino veio para ação da Companhia Mate Laran- o então Mato Grosso entre 1882 e jeira S/A, que deteve o monopó- 1885 e casou-se em 1886 Eulália lio da exploração dos ervais em Ferreira Garcia, que também é toda a região, entre os anos de nome de rua em Dourados (Eu1882 e 1924. Além da erva ma- lália Pires). te, a terra fértil para pastagens O homem que figura entre os favorecia o desenvolvimento da principais fundadores de Dou- O gaúcho Marcelino Pires, que dá cultura pastoril e a construção rados morou com a família na nome à principal avenida da cidade

região de Santa Terezinha, atual município de Itaporã, onde plantou café, mas não teve sucesso devido às fortes geadas.

Em Dourados teria chegado em 1903, onde nasceram os outros cinco filhos. Ele já tinha sete, que nasceram antes de sua chegada ao povoado. Logo que chegou, Marcelino tomou posse de uma grande área de terras denominada Fazenda Alvorada, da qual foi extraída a maior parte da área reservada à povoação de Dourados. Marcelino Pires morreu aos 56 anos de idade, 6 de julho de 1915, quatro meses após a instalação do Distrito de Paz. Sua morte foi a primeira a ser registrada no Cartório de Paz de Dourados. Na área central da cidade, a Avenida que homenageia o pioneiro é uma das mais extensas da cidade: começa em um trecho da Via Parque (ao lado do Parque Antenor Martins) e acaba no trevo da Rodovia BR-163.

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Dourados, 19/20.12.2020 O PROGRESSO

Joaquim Teixeira Alves defendeu criação da Vila das 3 Padroeiras

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Joaquim Teixeira Alves dedicou parte de sua existência trabalhando pelo engrandecimento da grande Dourados O gaúcho de Passo Fundo, Joaquim Teixeira Alves, chegou a hoje cidade de Dourados por volta de 1900, acompanhado da sua esposa Pureza Carneiro Alves. Era Capitão de Infantaria da Guarda Nacional, título

tares, localizada em um lugar denominado de Coqueiro, posteriormente Fazenda Coqueiro.

Joaquim Teixeira Alves fez parte do grupo de cerca de 50 pioneiros (destacava-se nesse grupo Marcelino Pires e Januário Pereira de Araújo, dentre Viveu em Dourados outros), que iniciaram um movimento pela criação de um paaté 1916, quando trimônio/vila, que quando se foi assassinado com tornou realidade foi denomium tiro pelas costas nada Vila das Três Padroeiras. concedido pelo Presidente da Viveu em Dourados até 1916, República Campos Sales. Logo quando foi assassinado com um após chegar ao local, onde atu- tiro pelas costas, disparado atraalmente é a cidade de Dourados, vés de uma fresta existente na ele tomou posse de uma área de parede da cozinha da sua casa. terras devolutas de 3.600 hecA lei n. 642, que denominou

Parabéns

Dourados por seus 85 anos, pela sua grande e bela história e por essa diversidade que nos fazem únicos.

São mais de 225.495 pessoas fazendo a diferença na comunidade e temos orgulho em poder contribuir com isso.

De todos nós, Sicredi Centro-Sul MS.

a rua/Avenida Joaquim Teixeira Alves a antiga Rua Paraná, foi apresentada na Câmara pelo então presidente da Câmara Municipal Ceder Cerzósimo e Souza e neste ano de 2020 completa 53 anos da sua sanção pelo então prefeito Napoleão Francisco de Souza. A justificativa apresentada pelo autor do Projeto que resultou na Lei retrata a importância de Joaquim na história da cidade: “Joaquim Teixeira Alves dedicou parte de sua existência trabalhando pelo engrandecimento desta região, onde hoje seu corpo está plantado como uma semente do bem, proliferando homens como ele, que

Joaquim Teixeira Alves, um dos fundadores da cidade soube amar a terra hospitaleira que o acolheu. Aquele que em vida tanto fez para que a nossa Dourados tivesse um começo formado em situação geoeconômica privilegiada, para que seus descendentes pudessem contemplar e colher os frutos irrigados com o suor e sangue tangidos pelo cântico da perseverança...”

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Dourados, 19/20.12.2020 O PROGRESSO

Eulália Pires manteve legado de Marcelino em Dourados Pioneira dá nome à rua que passa por vários bairros na região leste e sul da cidade Eulália Pires nasceu em 21 de fevereiro de 1872 em Uberaba (MG). Casada com Marcelino Pires, um dos principais pioneiros da cidade e que dá nome à avenida mais conhecida da cidade, foi filha de Manoel Inácio Garcia Pereira e de Maria Tosta.

Casal chegou em Dourados em 1903 e tomaram posse de uma grande área de terras denominada Fazenda Alvorada Com Marcelino teve os filhos Olinda, Fabiana, Josué, Diolinda, Selanira, João, Maria, Elizanira, Landolfo, Raul e Juvenal Com Marcelino teve os filhos Olinda, Fabiana, Josué, Diolinda, Selanira, João, Maria, Elizanira, Landolfo, Raul e Juvenal. O casal chegou em Dourados em 1903 e tomaram posse de uma

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grande área de terras denominada Fazenda Alvorada, onde atualmente é o Clube Indaiá.

Neste local criaram os filhos e tiraram o sustento de toda a família.

Criavam animais e tinham as mais diferentes tipos de plantações.

Além de dona de casa, Eulália ajudava nos trabalhos da fazenda.

Com a morte de Marcelino, em 1915, Eulália casou-se com Realino, com quem não teve filhos.Com sua morte, em 1950, nomeou rua que passa por vários bairros na região leste e sul como Cachoeirinha, Maringá, vila Rui Barbosa.

Uma das filhas de Eulália Pires também dá nome a uma importante Rua de Dourados. Olinda Eulália Pires, a esposa devotada de Marcelino Pires

Pires de Almeida era a filha caçula de Eulália e Marcelino. Ela nasceu em 6 de agosto de 1914, cerca de 6 meses antes da morte do pai. Ainda jovem casou-se com Sidinez Pereira de Almeida, com quem teve 11 filhos: Edson, Odair, Wilson, Valter, Ize, João, Ramão, Eulália, Antônio, Olinda e Lucineia. O filho Edson, destaque-se, foi deputado estadual.

Junto ao marido e os filhos, Olinda morou em uma fazenda na região do rio Dourados. Dona de casa, ajudava o marido no dia a dia da propriedade rural, que tinha gado e variedade de plantações. Sua morte ocorreu em 1999. Seu nome homenageia uma rua que passa por vários bairros na região norte da cidade, como BNH II Plano, Vila Progresso, Vila Aurora.

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Dourados, 19/20.12.2020 O PROGRESSO

Ciro Melo lançou os alicerces da democracia em Dourados Foi eleito, em 1936, membro do Conselho Municipal, exercendo a função de secretário da mesa diretora Ciro Silveira de Melo nasceu no ano de 1884, na cidade de Cruz Alta (RS). Em 1908, casou-se com Laudemira Coutinho da Rocha, argentina de 16 anos, e foram morar em Capão Rico, Ponta Porã. Em 1910, vieram residir em Dourados, onde ele trabalhava criando cavalos e como balseiro na travessia de pessoas no Rio Dourados. Era um homem culto, lia e relia livros e jornais do país e exterior. Espírita convicto, foi seguidor dos ensinamentos do francês Allan Kardec. Após a emancipação,

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A Rua perpassa a região central, o Jardim Tropical e o Jardim Santa Maria, dentre outros bairros Era um homem culto, lia e relia livros e jornais do país e exterior em 1935, fez parte da primeira junta administrativa (o equivalente à Câmara de Vereadores) do agora município e do qual fazia parte também Nelson de Araújo e Onofre Pereira de Matos.

Ciro Melo, ao lado dos outros dois membros da Junta (na nomenclatura oficial “Conselho Consultivo da Vila de Dourados”) lançou os alicerces da democracia em um tempo no qual a influência dos coronéis paisanos e grandes latifundiários era decisiva. A então “Villa Ciro Melo, que integrou a primeira junta governativa da cidade, ao lado da de Dourados” tinha pouco mais esposa Laudemira Coutinho

de 15 mil pessoas. Esse Conselho definiu os lotes do povoado, viabilizou verba para se instalar a cadeia, contratar professores, criou o cargo adjunto de professor e estabeleceu as bases dos tributos imobiliários. Os três tinham pressa e trabalharam com afinco para atender a população e organizar a instituição Câmara e suas relações com o Executivo.

Foi a partir daí que o Conselho Consultivo da Villa de Dourados passou a se chamar Câmara Municipal de Dourados.

Ciro foi professor, ambulante, boticário, homeopático, guarda livros (contador), farmacêutico, fundador e presidente da cooperativa de erva mate, fundador e presidente da UDN e membro do Rotary Clube. Foi eleito, em 1936, pelo Partido Evolucionista, membro do Conselho Municipal, exercendo a função de secretário da mesa diretora. Voltou a ser reeleito, desta vez, como vereador pelo município de Dourados, no ano de 1946. Faleceu em Dourados, aos 77 anos, em abril de 1962. Foi sepultado no cemitério Santo Antônio de Pádua.

Ciro Melo e Laudemira tiveram os filhos Murilo, Áurea, Atys, João de Deus, Ney, Ivo, Rosalina, Emanoel, Ilson, Helena, Ural, Zeneide, Cid, Ana, Eliezes, Noé e Antônio. Seu está imortalizado numa das ruas mais conhecidas de Dourados através da Lei 381, de 1963. Ela perpassa a região central, o Jardim Tropical e o Jardim Santa Maria, dentre outros bairros.

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Major Capilé foi o primeiro farmacêutico prático de Dourados Manoel Pompeu Capilé recebia e atendia em sua própria casa os doentes que vinham de todo o país ARQUIVO

Manoel Pompeu Capilé (ou o “Major Capilé”) era de Jundiaí, SP. Foi casado com Genoveva Capilé e teve os filhos Arthur, Diógenes, João Augusto, Ivo, Antônio, Sérgio e Aurora. Faleceu no ano de 1945, e foi um marco na criação, na vida e no desenvolvimento de Dourados.

Chegou a Dourados em 1915, vindo de Rio Brilhante, acompanhado pela esposa Genoveva, carinhosamente chamada por ele de Nhá Veva. Estabeleceu residência no cruzamento das ruas Marcelino Pires e Presidente Vargas. Neste endereço, foi criada a primeira farmácia de Dourados.

Manoel Capilé Ajudou a traçar a topografia de Dourados, suas ruas, avenidas e praças Ele não era militar, mas ganhou a “patente” de major como muitos naquela época Além de farmacêutico prático (fazia remédios), foi também médico e dentista sem ter formação, mas sabia como atender de forma prática os doentes daquele tempo. Fez casa bem grande, onde internava os pacientes que vinham de toda parte do país, porque ele curava ferida brava (úlcera de bauru ou leishmânia brasiliensis / leishmaniose antes de que houvesse cura do mal em qualquer parte do mundo).

Usava, como tratamento criado por ele, o tártaro emético, que ele próprio preparava a solução.

Major Capilé dá nome a uma das ruas que corta região central de Dourados

Em 1928, o farmacêutico Capilé curava gonorreia com garrafada e também outras doenças desconhecidas. O Major extraia os dentes infeccionados sem anestesia. A rua que o homenageia passa, dentre outros bairros, pelo Jardim Central, Vila Maxwell , Jardim Caramuru e Vila São Francisco.

Uma curiosidade: O nome Capilé surgiu de uma criação do paulista Antonio Pompeu, que se casou com uma judia, chamada Sara, e foi trabalhar na região de Castro, interior do Paraná, quando inventou um medicamento para curar infecções. Essa dosagem, mistura-

Manoel Pompeu Capilé, “Major Capilé”

da com xarope de avenca, cientificamente conhecido como ‘adiantum capillus veneris’, ganhou na linguagem popular das ruas do século XIX o apelido de ‘capilé’. O medicamento funcionava como anti-inflamatório no sangue desde que acompanhado com cachaça.

Os moradores de São José da Boa Vista, considerando a fórmula do remédio, passaram a chamá-lo de ‘Antônio Pompeu do Capilé’, logo o nome incorporou ao sobrenome. Assim, quando nasceu o filho de Antônio e Sara, nascia oficialmente o primeiro Capilé: Manoel Pompeu Capilé, mais tarde conhecido como o “nosso” Major Capilé.

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Hilda Bergo criou o primeiro grupo teatral de Dourados Rua Hilda Bergo Duarte é tributo a uma mulher humanista e exemplar Uma pessoa bondosa, caridosa, simpática que sempre tinha uma palavra amiga para as pessoas e um gesto de carinho para os enfermos, principalmente no Hospital Evangélico. Essa é a melhor descrição de Hilda Bergo Duarte. Filha de João Bergo e Henriqueta Vecchi Bergo, nasceu em 17 de março de 1910 e veio para Dourados em agosto de 1946, com o marido Antônio Alves Duarte, médico responsável por dirigir a instalação e a construção do Hospital Evangélico.

Hilda Bergo foi secretária e supervisora do hospital por 16 anos.

Ocupou importantes funções na sociedade douradense, sendo presidente da Casa da Amizade, da Sociedade Auxiliadora Feminina.

Como presidente da LBA, socorreu a muitos pobres e necessitados. Prestava assistência médica, remédios, roupas e assistência moral. Foi enfermeira e uma das primeiras professoras de Dourados, lecionando no Ginásio Osvaldo Cruz. Criou o primeiro grupo teatral de Dourados. Hilda Bergo Hilda Bergo com o marido Antônio Alves Duarte Duarte e Antônio Alves Duarte tiveram os filhos Wilson, Norma, A Rua Hilda Bergo Duarte per- o bairro Alto das Paineiras. A hoThais, Antônio Eugênio e Hilda. passa o centro, o BNH 2º Plano e menagem a essa mulher muito re-

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ligiosa e dedicada ao próximo foi feita através da Lei nº 395/64.

Dr. Camilo: o autor do primeiro projeto de divisão do Estado Conseguiu autorização de recursos da Organização Mundial de Saúde para a construção do Hospital Regional Camilo Hermelindo da Silva nasceu em Andrada (Minas Gerais), em 1886, e se formou em Farmácia e Medicina. Chegou em Dourados no ano de 1927, exerceu a profissão de médico e, como homem público, foi deputado estadual em 1952 e 1958, sendo o primeiro a apresentar um projeto para a divisão do Estado de Mato Grosso.

Conseguiu autorização de recursos da Organização Mundial de Saúde para a construção do Hospital Regional e participou da emancipação de Dourados e Itaporã.

A escritora Lori Alice Gressler, no livro “Memórias de Dourados: Ruas, Edifícios e Logradouros Públicos”, descreve Camilo Hermelindo da Silva como “Homem culto, falava cinco idiomas, era amante inveterado da leitura e escreveu várias poesias. Trabalhou como médico de 1944 a 1949, na Colônia Agrícola Federal de Dourados. Foi também médico da Missão Evangélica Caiuá e da Companhia Mate Laranjei-

ra e na Fazenda Campanário.

Camilo contraiu o primeiro matrimônio em Jaguariaíva (PR), com Conceição Sofredini de Lima com quem teve uma filha, Eny Alves da Silva Milan. Em Dourados, conheceu Edith Brandão, e nasceram dois filhos, Marcolino e Ary. Em 1952, casou-se com Porcina e, dessa união, nasceram três filhos: Paula da Silva Targas, Eduardo e Edil Luiz da Silva.

Dr. Camilo morreu em 21 de abril de 1968, de câncer no estômago. Toda a cidade acompanhou comovida o féretro do muito benquisto e letrado médico, que deixou um incomparável acervo de serviços prestados a toda coletividade douradense, durante o longo tempo que empregou a sua incansável atividade como médico e como homem público. Foi um exemplo de humildade, professando com o seu espírito humanista e um idealismo filosófico que lhe dava personalidade ímpar. Dr. Camilo Hermelindo da Silva dá nome a ruas e escolas em várias cidades do Estado. Em Dourados, a rua que leva seu nome está localizada na região central e Vila Planalto. A homenagem resulta da Lei nº 708/68.

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Camilo Hermelindo da Silva

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Hayel Bon Faker: O pioneiro sírio que ajudou a fundar o Ubiratan Rua é uma das mais extensas da cidade e interliga a Perimetral Norte ao “Trevo da Bandeira” ARQUIVO

Hayel Bon Faker, “seo Elias”, nasceu em Damasco (Síria) em 19 de março 1913. Veio para a Grande Dourados em 1937, onde morou em Santa Luzia, hoje Juti. Residiu, também, na região do Potreirito, onde fundou a Casa Damasco, em 1943. Esta loja vendia couro, erva mate, roupas feitas, calçados, artigos de luxo, entre outros. Na edição de 1º de março de 1979, o PROGRESSO homenageou na primeira página o pioneiro sírio.

Hayel participou no desenvolvimento da cidade ajudando na fundação da Loja Maçônica “Parte um pioneiro (...) mas tudo que ele fez de bom na terra permanecerá para sempre, e nunca será esquecido por todos....”.

Hayel Bon Faker veio definitivamente para Dourados, em 1947 e transferiu a Casa Damasco para a Avenida Marcelino Pires, em frente à Igreja do Relógio. “Seo” Elias foi um verdadeiro entusiasta pelo esporte, principalmente o futebol, motivo que ajudou a fundar o Ubiratan Esporte Clube, em fevereiro de 1947.

Hayel participou no desenvolvimento da cidade ajudando na fundação da Loja Maçônica e da Associação Comercial e Industrial de Dourados, inclusive ocupando o cargo de presidente. Foi casado com Carmem Faker Soares e tiveram os filhos Fandi, Amine, Anis, Adib, Munir, Fause e Amir Faker.

Se para a maioria dos imigrantes a intenção sempre foi voltar para a

Foi casado com Carmem Faker Soares e tiveram os filhos Fandi, Amine, Anis, Adib, Munir, Fause e Amir Faker terra natal, a atitude de voltar para a o Oriente Médio para muitos imigrantes daquela região era desvantajoso e o máximo que faziam eram viagens de visita à família, como a que Hayel fez depois de 40 anos no Brasil. Foi junto com o primo Anis

Faker ver o túmulo da mãe Adib Faker.

Através da Lei 1053 de 14 de setembro de 1979, o então prefeito José Elias Moreira trocou o nome da Rua Bahia para Rua Hayel Bon Faker. Na Rua Hayel Bon Faker estão

instalados diversos tipos de estabelecimentos comerciais, escritórios, clínicas, lanchonetes, postos de gasolina, entre outros. É uma das mais extensas avenidas da cidade e interliga a Perimetral Norte ao “Trevo da Bandeira”, na BR-163.

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Firmino Vieira: o Sub-delegado que trocou a polícia pela política Empossou o primeiro prefeito de Dourados, Coronel João Vicente Ferreira, em 1935 No ano de 1914, Dourados recebia Firmino Vieira de Mattos, a esposa Anna Jacintha Vieira de Oliveira e os filhos. Vindos do Rio Grande do Sul, Firmino colaborou no desenvolvimento político de Dourados.

Embora tenha sido sub-delegado de Polícia em 1929, foi na política que teve atuação mais intensa. Participou da Comissão

Democrático e, por longo período, líder do Partido. Teve atuação destacada como vereador. Os vereadores tinham pressa e trabalharam com afinco para atender a população, reunindo-se em sessões diárias que às vezes entravam noite adentro O mandato de Firmino e para se definir o Regimento Interno, Códidos demais vereadores go de Posturas, Orçafoi interrompido em 10 mento, entre outros de novembro de 1937 assuntos básicos da de Emancipação do Município, estrutura adminisinstalou e empossou o primeiro trativa. prefeito de Dourados, Coronel Firmino Vieira de João Vicente Ferreira, em 1935. Mattos participou Ao lado de Ciro Melo (presiden- ativamente da diste), João Vicente de Azambuja e cussão e aprovação João Damasceno Pires, Firmino dos principais projecompôs a primeira formação da tos aprovados, como Câmara Municipal. Foi Presiden- as reservas de áreas te do Diretório do Partido Social para Ministérios, pa-

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Firmino Vieira de Mattos morreu em 14 de janeiro de 1959

ra o campo de aviação, para as Escolas Reunidas, para o colégio dos padres, para a prefeitura e patrimônios e para escolas. O mandato de Firmino e dos demais vereadores foi interrompido em 10 de novembro de 1937, quando Getúlio Vargas dissolveu Câmaras, Assembleias e partidos políticos.

Firmino Vieira de Mattos nasceu aos 7 de dezembro de 1883, em São Luiz Gonzaga (RS) e morreu em 14 de janeiro de1959. Através da lei número 934 de 16 de março de 1976, a então Rua Paraíba recebeu o seu nome, em homenagem aos serviços prestados ao Município.

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João Cândido da Câmara: o redator da ata de criação de Dourados Pioneiro participou ativamente nos movimentos para a emancipação do município A então Rua Minas Gerais foi denominada de João Cândido da Câmara em homenagem ao português que deixou a terra natal, Olhão-Algarve, aos 17 anos de idade e aqui chegou em 1912.

Casou em 1927 com Maria Rosa Antunes da Silveira e tiveram os

A homenagem ao português João Candido da Câmara foi feita através da Lei 366/63, de autoria do então vereador Cíder Cersósimo de Souza filhos Umbelina (Dona sinhá), João (Totó), Sócrates (Só), Maria da Luz, Madalena e José. Participou nos movimentos para a emancipação do município e, em 22 de janeiro de 1936, redigiu a ata de criação de Dourados.

A Catedral Imaculada Conceição, inaugurada como Igreja Matriz Imaculada Conceição em outubro de 1935, continua sendo a referência da Rua. É uma rua pequena na sua parte norte, porque começa onde João Cândido tinha uma chácara. O cor-

reio Central, inaugurado em 10 de julho de 1924, como Agência Telegráfica Central, também faz parte desta rua.

O filho “Totó” é outro nome que faz parte da história da cidade: Agrimensor, foi vereador, prefeito do município (19671971), deputado federal de 1971 a 1973, quando renunciou ao mandato para assumir novamente a prefeitura de Dourados.

Elegeu-se novamente deputado federal em 1978, já pelo novo estado de Mato Grosso do Sul. Foi ainda secretário de Agricultura (Governo Wilson Martins) e em 1987, assumiu o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), no qual permaneceu até 1998, quando aposentou-se. Outro filho de João Cândido, Sócrates Câmara, foi eleito prefeito de Fatima do Sul em 1972.

A homenagem ao português João Cândido da Câmara foi feita através da Lei 366/63, de autoria do então vereador Cíder Cersósimo de Souza.

João Cândido da Câmara

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Dr. Nelson Araújo: o médico amigo dos povos indígenas contribuiu para que o traçado da cidade não viesse a sofrer qualquer alteração. Morreu no Rio de Janeiro, em 24 de junho de 1966.

A escritora Maria Eugênia CarA Rua Dr. Nelson de Araújo ho- valho do Amaral, profunda admenageia o médico humanitá- miradora do “vovô Nelson”, que rio e ex-prefeito que chegou em não era seu parente, apresentou Dourados em 1929, enviado pela no livro “Celebrando DezemIgreja Metodista do Brasil como bro, Janeiro, Fevereiro...”, caracintegrante da equipe do Reve- terísticas pessoais de Nelson de rendo Albert Sidnei Maxwell, Araújo. “Elegante, alto, solteirão pastor e missionário da Igreja convicto, dono de um vozeirão e Presbiteriana do Brasil. uma gargalhada deliciosa, o Vovô Jovem, disposto, alegre, e ca- Nelson frequentava minha casa rinhoso, tinha uma atenção es- todo santo dia depois que mupecial com as comunidades in- dou da Missão Caiuá para a cidadígenas. Saía todas as manhãs, a de. Chegava bem cedo e tomava cavalo, com uma bolsa de couro café com meus pais. Ele foi um com medicamentos e material grande amigo de minha família e para pronto socorro. Foi correto meu. Apesar da grande diferença na vida e nos negócios e intransi- de idade, conversávamos muigente com a mentira, maledicên- to, como de igual para igual. Um cia e bebida alcoólica, descreveu homem sábio que sabia escutar Loide Bonfim Andrade, em edi- e falar no mesmo nível do interções de O Progreso publicadas locutor. E dele, todas as manhãs, em outubro e novembro de 1966. desde menininha, eu ganhava Foi prefeito de Dourados no perí- beijos de bom dia!”, recordou a odo de 30 de janeiro de 1951 a 31 escritora. de janeiro de 1955.Um dos destaA Rua Dr. Nelson de Araújo está ques da sua gestão na prefeitura localizada na área central e a sua de Dourados foi a criação de uma denominação foi instituída pela Dr. Nelson de Araújo Comissão de Urbanização, que Lei nº 599/66.

Pioneiro ficou conhecido pelo trabalho humanitário em Dourados

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Onofre Pereira: O primeiro delegado de polícia de Dourados Líder político por muitos anos, participou ativamente da Comissão de Emancipação do Município Onofre Pereira de Matos chegou ao então Mato Grosso em 1902, acompanhado dos pais, tios, primos e irmãos. Em 15 de novembro de 1921 casou com Engracia Coelho Xavier e desta união nasceram os filhos Astúrio, Alda, Getúlio, Eny, Adir, Edgar e Maria.

Onofre Pereira de Matos fez parte da primeira junta governativa do município A Rua Onofre Pereira de Matos perpassa o centro, Jardim Clímax, Vila Cuiabá e Vila Guarani O coronel Onofre Pereira de Mattos participou de três revoluções, sendo que as forças que defendeu saíram vitoriosas em todas. O último movimento foi na década de 30, quando pertencia ao Partido Liberal e lutava em favor das forças

governamentais. Foi Comandante da Guarda Fiscal de Ponta Porã, de 1919 a 1921; Capitão do 50 RC do 4º Esquadrão, de 9 de agosto de 1924 a 5 de setembro de 1931, quando foi desincorporado por motivo de extinção do Regimento. Foi ainda Suplente de sub-delegado e primeiro delegado de polícia de Dourados.

Líder político por muitos anos, presidindo o PSD, participou ativamente da Comissão de Emancipação do Município, ocorrida em 1935. Ao lado de Nelson de Araújo e Ciro Melo, Onofre Pereira de Matos fez parte da primeira junta governativa do município.

No livro “História, Fatos e Coisas Douradenses”, os autores João Augusto Capilé Júnior, Júlio Capilé e Maria de Lourdes da Cruz e Souza, descrevem características particulares do gaúcho Onofre Pereira de Mattos. Enfatizam que até os últimos instantes de sua vida Onofre de Matos, manteve-se lúcido, recordando os feitos da po-

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Onofre Pereira de Matos

lítica da região. Com um sotaque bem agauchado, Onofre tinha um grande prazer em falar sobre organizações partidárias. Sua leitura preferida era o Antônio Chimango, de Ramiro Barcelos. Era uma sátira aos políticos do Rio Grande do Sul, cujos versos ele já os decorara quase todos, citando-os nas devidas oportunidades.

Na política mato-grossense, era próximo do senador Filinto Muller, ao qual deu muitas provas de amizade. Foi um dos coronéis graças ao seu alto poder de comando.

Onofre Pereira de Matos participou da fundação do Centro de Tradições Gaúchas (CTG). O gaúcho apaixonado por política e militante ativo das revoluções morreu em 22 de abril de 1969 e, em sua homenagem, através da Lei 970/77, a Rua Santa Catarina passou a ser denominada Onofre Pereira de Matos. A Rua Onofre Pereira de Matos perpassa o centro, Jardim Clímax, Vila Cuiabá e Vila Guarani.

Toshinobu Katayama: o fundador do Clube Nipônico Rua tem ornamentos especiais que destacam a cultura nipo-brasileira Toshinobu Katayama nasceu no Kuga (distrito) de Yamagushi, no Japão, no dia 9 de janeiro de 1916, e imigrou para o Brasil em agosto de 1929, aos 14 anos, no navio Manilha.

Desembarcou no porto de Santos e seguiu para a Fazenda Avenida, no município de Sales de Oliveira na região de Alta Mogiana. Em junho de 1952, Katayama e seus cunhados, um deles Eisei Fujinaka, mudaram-se para Dourados. Aqui, Estabeleceu a máquina de beneficiamento de arroz Katayama.

Toshinobu investiu no comércio de secos e molhados e atuou como intermediário de produtos agrícolas. Empregou-se ainda na revenda de veículos, posto de combustível e criação de gado.Katayama foi um dos principais fundadores do Clube Nipônico, exercendo a presidência por oito gestões. Foi também o principal organizador da Associação Cultural Nipo-Brasileira sul-mato-grossense, ocupando o cargo de presidente, desde a fundação em 1964 até a data em que morreu, em 1980. Em 1968, foi o organizador e presidente da Federação Matogrossense de Beisebol que representa todas as equipes de beisebol do Es-

Toshinobu Katayama morreu em 1980

A Rua Espírito Santo passou a ser denominada Toshinobu Katayama tado, junto à Federação Nacional de Beisebol. O Clube Nipo Brasileiro de Dourados presta homenagem a ele, todo ano, através do Torneio de Gatebol Toshinobu Katayama. É um evento esportivo em que participam várias equipes do MS. Katayama sempre atuou como elemento de ligação entre os órgãos oficiais da representação japonesa como o consulado, embaixada japonesa e os imigrantes japoneses de Mato Grosso do Sul. Desde a sua chegada a Dourados procurou sem-

pre uma maneira de ajudar no crescimento da cidade. A “ponte” com o consulado e a embaixada de seu país contribuiu para solucionar os problemas da comunidade japonesa da cidade e de toda região, principalmente aos que aqui chegaram na década de 50.Toshinobu e a esposa Tomie tiveram os filhos Elza Utaka, Ernesto Katayama, Olímpio Katayama e Gilberto Katayama. Sempre participou e contribuiu ativamente nos calendários festivos e cívicos de Dourados, principalmente nas

comemorações do aniversário da cidade, exposição agropecuária e recepção às autoridades estaduais e federais. Trabalhou ativamente, de 1956 a 1958, na campanha para a instalação do Banco do Brasil em Dourados.

O Progresso destacou o falecimento de Toshinobu Katayama na edição de 16 de março 1980. “Falece em Dourados vítima de ataque cardíaco, o líder da colônia nipônica de Dourados, Toshinobu Katayama, que muito contribuiu ao desenvolvimento socioeconômico de Dourados”. A Rua Espírito Santo passou a ser denominada Toshinobu Katayama através da Lei nº 1259/80. É a principal via de acesso a bairros como o BNH 2º Plano e o Portal de Dourados.

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Ponciano: o pioneiro que fundou o Distrito de Paz de Dourados Ponciano dá nome à importante e movimentada via onde está instalada a Prefeitura Municipal e a UPA 24h ARQUIVO

Ponciano de Mattos Pereira nasceu em São Domingos das Torres, província do Rio Grande de São Pedro, hoje Rio Grande do Sul, no dia 29 de maio de 1855, filho de José de Mattos Pereira e Inácia de Mattos Pereira. A Rua Coronel Ponciano de Mattos Pereira presta a homenagem a este destacado pioneiro.

Para fugir de perseguições e rivalidades políticas, no ano de 1901 Ponciano deixou São Luiz Gonzaga e veio para o interior do Estado de Mato Grosso, à época Patrimônio de Dourados. Ao ser criado o

Ele representou Dourados na câmara de Ponta Porã e foi presidente de 1918 a 1921 Ponciano de Mattos Pereira ocupou o cargo de juiz de Direito de Ponta Porã município de Ponta Porã, em 1912, Major Ponciano de Mattos Pereira foi empossado, em 25 de março de 1913, como Primeiro Intendente permanecendo no cargo até 1º de janeiro de 1915. Em 26 de maio de 1915, foi nomeado para o Posto de Tenente Coronel, Comandante do 27º Regimento da Cavalaria da Guarda Nacional da Comarca de Bela Vista (MT).

No livro Dourados, “Seus Pioneiros, Suas História”, o escritor Rozemar Mattos Souza relata que Ponciano foi o responsável pela instalação do Distrito de Paz de Dourados (1915) então sob domínio de Ponta Porã, fazendo eloquente discurso no ato da instalação e

Ponciano de Mattos Pereira (sentado, 2º da esquerda para a direita) nasceu em São Domingos das Torres

em 17 de março de 1915, segundo apontam documentos do Cartório do Registro Civil, exercia o cargo de Juiz de Direito. Naquele município, ocupou cadeira no Legislativo, representando o Distrito de Dourados, tendo exercido a Presidência da Câmara no período de 1918 a 1921.

Coronel Ponciano, até pela con-

dição de líder da maior família da localidade, foi uma forte liderança também na política, notadamente entre 1901 e 1930. Ponciano morreu em 2 de janeiro de 1934, aos 78 anos. Foi enterrado no cemitério da Fazenda São João do Desterro.

Ponciano dá nome à importante e movimentada via onde está ins-

talada a Prefeitura Municipal e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), por exemplo. Tempos atrás, a Câmara Municipal efetuou alteração acrescentando o sobrenome Mattos Pereira. A Rua Coronel Ponciano (de Mattos Pereira) perpassa a Vila Industrial, Terra Roxa e Jardim dos Estados.

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Vlademiro do Amaral: Pioneiro que “desenhou” as ruas de Dourados Vlademiro trabalhou em toda região estabelecendo limites dos municípios, demarcando fazendas Vlademiro Müller do Amaral nasceu em Palmeira das Missões no Rio Grande do Sul, em 7 de novembro de 1898. Recém formado em engenharia, chegou em Dourados em 1930 e assumiu, junto com o com-

Vlademiro Müller do Amaral foi casado com Theodolinda Ugolini do Amaral, que foram os pais da jornalista Adiles do Amaral Torres Corajoso nos empreendimentos, deixou exemplo de trabalho, probidade e coragem para seus descendentes panheiro de trabalho Valdomiro de Souza, o Vadú, a missão de traçar os limites do município de Dourados.

Foi ele também quem demarcou as

terras onde foi instalada a Colônia Agrícola Nacional de Dourados por Getúlio Vargas e a Colônia Agrícola Municipal de Dourados que deu origem a Itaporã, nos tempos do Território Federal de Ponta Porã.

Considerado um habilidoso agrimensor do então Estado de Mato Grosso, Vlademiro trabalhou em toda região estabelecendo limites dos municípios, demarcando fazendas e chácaras.

Com o desenvolvimento de Dourados, Vlademiro passa a investir no comércio e abre a Loja São João, localizado onde hoje é a Tecelagem Avenida. Dirigiu o jornal “O Progresso” como sócio-proprietário até 1985, ano de seu falecimento, com 89 anos de idade.

Vlademiro Müller do Amaral foi casado com Theodolinda Ugolini do Amaral, que foram os pais da jor-

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Vlademiro Müller do Amaral

nalista e advogada Adiles do Amaral Torres, diretora-presidente de O PROGRESSO e viúva de Weimar Gonçalves Torres. “O que faz lembrá-lo com saudade é seu espírito folgazão, que não encontrava barreiras para as realizações, por mais difíceis que fossem. Corajoso nos empreendimentos, deixou exemplo de trabalho, probidade e coragem para seus descendentes”. (História, fatos e coisas douradenses – João Augusto Capilé Junior, Júlio Capilé e Maria de Lourdes da Cruz e Souza.

Doações Vlademiro doou um quarteirão para a construção do Colégio Imaculada Conceição e a área do Centro Universitário de Dourados (CEUD), hoje, Reitoria da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

DOURADOS

85ANOS PAULO YUJI TAKARADA Visão do Flamboyant do Alto

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Dourados, 19/20.12.2020 O PROGRESSO

João Vicente Ferreira: Primeiro prefeito eleito de Dourados

Homem popular: ia para a enxada com os peões e levava crianças pobres para a fazenda e lá ficavam até a idade adulta João Vicente Ferreira nasceu no dia 12 de fevereiro de 1866 na cidade de Santa na de Paranaíba (MT) e chegou em Dourados em 1896. Casou- se com Elizena Muzzi, a “Dona Sinhá”, que falava o dialeto tupi-guarani. Isso facili-

O fazendeiro próspero abraçou a carreira política e foi eleito o 1º vice intendente do município de Ponta Porã, em 7 de novembro de 1925 tou o contato do recém chegado com os índios aqui estabelecidos.

A esposa era filha do capitão do exército João Caetano Muzzi e de Filomena Teixeira. Além de João Vicente, tiveram mais quatro fi-

lhos: Raul, Nestor, Maria da Glória (Glorinha, segunda vereadora em Dourados, de 1955 a 1959) e Ana Maria (Naná). Fornecia arroz, milho e charque para a mate laranjeira e recebia em troca mercadorias estrangeiras, tais como sal, arame, tecidos e outros. Era um homem popular: ia para a enxada com os peões, por exemplo, e levava crianças pobres para a fazenda e lá ficavam até a idade adulta.

No começo do século XX adquiriu terras com o irmão Antônio José, para criar gado. Progrediu financeiramente. Teve nove fazendas: Curral de Arame, São Lourenço, Capitão, Alecrim, Perdido e Santa Cruz, em Dourados. São Vicente e

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João Vicente Ferreira

Água Boa, em Maracaju, e Morrinho, em Amambai. Possuía 35 mil hectares de terras e cerca de 20 mil cabeças de gado, nos anos de 1930, ou seja, nesta época, era um dos homens mais ricos da região.

O fazendeiro próspero abraçou a carreira política e foi eleito o 1º vice intendente do município de Ponta Porã, em 7 de novembro de 1925.

Com a emancipação em 1935, pela qual muito se empenhou, foi primeiro prefeito de Dourados.

Morreu em 10 de dezembro de 1953. A Rua João Vicente Ferreira está localizada no Jardim Tropical, Jardim Paulista e Jardim Canaã I. A homenagem ao primeiro prefeito de Dourados foi oficializada através da Lei nº343/63.

João Rosa Góes: pioneiro que democratizou a informação Os adultos ouviam as notícias, reunidos na varanda do pioneiro, que tinha um rádio de pilha Antes de ser denominada João Rosa Góes, em 1966, a rua se chamava Sergipe. O patrono, paranaense de São José da Boa Vista (PR), chegou em Dourados no ano de 1919 e, em 1922, foi nomeado Agente dos Correios do Distrito de Dourados com a incumbência de implantar aqui uma Agência, o que ocorreu em 30 de maio em 1924. Historicamente, duas instituições continuam sendo referências nesta rua: a antiga sede da Prefeitura Municipal de Dou-

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João Rosa Góes, pioneiro de Dourados

rados, instalada por volta de 1951 (hoje Casa dos Conselhos) e a Escola Presbiteriana Erasmo Braga, criada em 1939. A Agencia dos Correios era uma casa construída em madeira, contendo uma placa identificando o órgão com os dizeres “Agência Correios”. Era o principal prédio do então Patrimônio de Dourados.

Uma curiosidade: com a implantação da Agência dos Correios, Dourados recebeu uma nova força para o incremento e a modernização dos veículos de comunicação, pois durante muito tempo as notícias aqui chegaram através de viajantes ou por intermédio do famoso rádio-a-

-pilha de propriedade de João Rosa Góes. Os adultos ouviam as notícias, reunidos na varanda do proprietário, enquanto as crianças brincavam. Para lá, as famílias se dirigiam normalmente vestindo pala, chapéu e, portanto lanterna, tendo em vista o clima e a falta de iluminação elétrica.

João Rosa Góes foi casado com Claudina Rosa e tiveram os ¬ filhos Júlia, Alcides e Emydio. Além de funcionário público, foi comerciante: fundou a Casa Camponesa. Morreu aos 19 de setembro de 1938, em Campinas (SP).

A Rua João Rosa Góes passa pela área central e pelos bairros Jardim América e Vila Progresso.

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EX-PREFEITOS FALAM DE LEGADOS E DESAFIOS PARA A PRÓXIMA GESTÃO

Zé Elias revolucionou Dourados na infraestrutura na década de 80

Ex-prefeito que deixou tantas “marcas” considera “fundamental” a revisão do Plano Diretor da cidade Da década de 80 para cá, quatro prefeitos deixaram suas “marcas” na história de Dourados, com obras e ações nas áreas de infraestrutura, educação, saúde e meio ambiente, dentre outras.

Pela ordem, o engenheiro José Elias Moreira, o também engenheiro Braz Melo e o geógrafo Laerte Tetila.

Esse processo começou na gestão do ex-prefeito José Elias Moreira (1977 a 1982) e duas siglas resumem a gama de ações desenvolvidas no período: Prodegran (Programa de Desenvolvimento da Grande Dourados), que vigorou de 7 de abril de 1976 a 31 de dezembro de 1978 e foi o primeiro projeto do Governo Federal diretamente para cidade de Dourados e região e CURA (Comunidade Urbana de Recuperação Acelerada). O Prodegran foi viabilizado por Zé Elias junto à Superintendência para o Desenvolvimento do Centro Oeste (Sudeco) antes mesmo de ser eleito Prefeito.

Zé Elias conseguiu o PRODEGRAN junto ao Presidente Figueiredo e ao então ministro do Planejamento Delfin Netto com uma proposta audaciosa: incorporar aproximadamente 700 mil hectares de lavouras ao sistema de produção agrícola do país até 1978.A relevância do PRODEGRAN pode ser

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observada pela presença em Dourados do Presidente Ernesto Geisel em 1976 e do Presidente João Batista Figueiredo em 1979 para o lançamento, no meio de uma multidão de mais de 15 mil pessoas, dos investimentos no programa.

Já o Projeto CURA foi lançado em 1978 pelo Governo Federal, agora com Zé Elias sentado na cadeira de prefeito. Muito do formato que a cidade tem hoje veio das pranchetas da equipe do arquiteto Jaime Lerner, à época já um dos mais conceituados arquitetos e urbanistas do país.

Sob fomento e comando do Banco Nacional de Habitação, O projeto CURA foi dividido em quatro Planos: o primeiro, segundo, terceiro e quarto, de onde se origina os nomes atuais de quatro primeiros conjuntos habitacionais da cidade. Além das ações na área de infraestrutura viária e habitacional, a gestão de Zé Elias foi marcada também pela criação dos parques ambientais Arnulpho Fioravanti e Antenor Martins.

O futuro O ex-prefeito que deixou tantas “marcas” considera “fundamental” a revisão do Plano Diretor da cidade, elabo-

José Elias Moreira

rado na sua gestão e que veste tempo todo vem recebendo “remendos” aqui e alí. Cita o exemplo das árvores que estão caindo e literalmente tirando o sono dos moradores quando ocorrem no período noturno, por conta do risco a seus patrimônios e à integridade física. É um crítico também da expansão desenfreada do perímetro urbano e dos “espigões”, como são chamados os prédios com mais de 10 andares. “É um erro. A verticalização, se não bem planejada, causa enormes transtornos, como falta de área para estacionamento, sobrecarga da rede de água e esgoto e inúmeros outros problemas”, avalia o engenheiro, acrescentando que a revisão do Plano deve ser feita por uma equipe que tenha o que chama de “grife”. “Só obtive os recursos para pagar o Lerner porque seu trabalho era reconhecido inclusive internacionalmente. Sem desmerecimento dos nossos excelentes profissionais, um Plano desses tem que ter a chancela da Fundação Getúlio Vargas (FGV), por exemplo, que possui expertise no assunto. Isso facilita a etapa posterior e mais difícil, que é a alocação de recursos para colocar em prática o que for estabelecido pelos técnicos”, ponderou Zé Elias.

Braz Melo criou os CEUs e expandiu o asfalto pela cidade Para o ex-prefeito, o desafio da cidade e seus gestores nos próximos anos está na mobilidade urbana As “marcas” do ex-Prefeito Braz Melo, que administrou a cidade por dois mandatos (1989 a 1992 e 1997 a 2000) estão principalmente na Educação, embora em cada canto da cidade haja a sua “digital” administrativa. Inspirado nos Centros Integrados de Educação Pública(CIEPs) implantados no Rio de Janeiro nos anos 80, pelo ex-governador Leonel Brizola, Braz edificou os 09 Centros de Educação Unificada (CEU) da cidade, incluindo o da Reserva Indígena e o da Sociedade Pestalozzi. Plantou a semente da pavimentação dos bairros com um projeto que estimulava a expansão da benfeitoria no trajeto por onde passava: pavimentou 120 kms de linhas de transporte coletivo. A tese se mostrou acertada, pois com o tempo de fato o asfalto foi se “espraiando” a partir das linhas de ônibus. Fez um dos túneis que cruzam a BR 163 e ligam os bairros Parque das Nações I e Parque

das Nações II. Construiu lavanderias comunitárias na Vila Cachoerinha e no CSU do Jardim Água Boa. Completou a ligação entre as ruas Coronel Ponciano e Hayel Bom Fazer, através da Rua Palmeiras. Deu os passos iniciais para a criação da Perimetral Norte. Implantou a Agrovila de Vila Formosa. Através do programa federal Habitar Brasil trouxe para cidade 5 “Vilas dos Ofícios”. E celebrou a primeira grande Parceria Público Privada (PPP) da cidade: em troca do terreno onde foi edificado o Shopping Avenida Center, próximo à Rodoviária, a cidade ganhou seu primeiro teatro.

Na área de Saúde, Braz criou o primeiro posto de saúde público homeopático do Brasil e os primeiros núcleos do Programa de Saúde da Família. Ainda na área de saúde implantou o COEM (Centro de Odontologia Especializada Municipal), o Centro de Oncologia junto ao Hospital Evangélico e fez um convênio com o IDC, proporcionando atendimento a doenças cardiológicas e cirurgias do coração. Implantou também gabinetes odontológicos em 18 escolas municipais. Esse e outros

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trabalhos fizeram com que Dourados em 1999, no segundo mandato, fosse considerada a cidade com melhor qualidade de vida do Mato Grosso do Sul em pesquisa feita pelo Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O Futuro Para o ex-prefeito, o desafio da cidade e seus gestores nos próximos anos está na mobilidade urbana.

“Não teremos como fugir do sistema binário, popularmente conhecido como “mão única”. “Isso inclusive está previsto no Plano Marcchioro para a Weimar Torres e a Joaquim Teixeira Alves”, lembra o ex-prefeito, que defende a execução do Plano (tornado lei pela Câmara Municipal).

Outra tese defendida por Braz Melo é que sejam implantados, através de programas como o Minha Casa Minha Vida”, conjuntos habitacionais verticais em áreas da prefeitura ou a serem adquiridas de particulares mais próximas do centro. “Precisamos facilitar a vida do cidadão e otimizar os equipamentos e serviços públicos. A criação de loteamentos

aGit aut et pernatum fugitiorem hil iuntur moluptia dolo in pedis que re Braz Melo muito longe dos serviços públicos e dos locais de trabalho das pessoas é questionável. Porque não oferecer casas próximas ao centro para os comerciários, por exemplo?”, indaga. Para Braz, o fundamental para que todas as boas ideias saiam do papel é a união da classe política.

“Sem isso, vamos continuar patinando”, prevê o ex-prefeito.

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Humberto Teixeira: o prefeito que implantou os Canaãs Gestão de Humberto Teixeira foi marcada pelo desenvolvimento habitacional em Dourados A gestão do prefeito Humberto Teixeira (1993-1996) ficou na memória de Dourados como uma das que mais priorizou o setor habitacional.

Alguns de seus projetos ajudaram a solucionar boa parte dos problemas da época. É o caso do Canaã, com a construção de 1.851 casas. Além disso, a administração de Humberto entregou 3.200 lotes urbanizados.

A questão habitacional chamou atenção, principalmente pela grande demanda de atendimento às famílias de baixa renda. O projeto Canaã nasceu de uma realidade existente à época – os acampamentos de lonas pretas que abrigavam 913 famílias. Ele montou uma equipe que contava com o apoio de lideranças das igrejas católicas e evangélicas. “O nome do projeto foi sugerido por essas pessoas e fazia uma alusão à ‘Terra Prometida’. Ao todo, foram construídos sete conjuntos habitacionais.

No setor de Educação, foram entregues 78 novas salas de aula e, com recursos do Governo Federal,

foi construído o CAIC Neil Fioravante, no Parque Nova Dourados.

Segundo ele, a gestão também direcionou o olhar para a melhoria do piso salarial dos professores.

A Saúde também foi priorizada, com a melhoria do atendimento nos postos já existentes e, com a construção de novas unidades no Jardim Água, Izidro Pedrozo, Flórida e Maracanã.

Foi também na gestão do ex-prefeito a construção do Centro de Convivência do Idoso, o Parque dos Ipês e a pavimentação de mais de dois milhões de metros quadrados de asfalto. Por meio do projeto Menino que Brilha, muitas crianças tiveram a oportunidade de construir um futuro melhor e tornarem-se profissionais respeitados em diversas áreas. Humberto Teixeira é produtor rural, nascido em Guananbi (BA). Chegou em Dourados na década de 1960. Além de prefeito, foi deputado estadual em 1990 e candidato a vice-governador de Ricardo Bacha em 1998.

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Humberto Teixeira

UFGD, aterro e complexo esportivo são marcas de Tetila Ao deixar a Prefeitura, Tetila tinha 83% de aprovação por parte da população O ex-prefeito Laerte Tetila (PT) considera como “marcas” da suas duas gestões consecutivas (2001 a 2008) a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), do Shopping Center Avenida, conclusão do Hospital Universitário, da Prefeitura Nova, construção do primeiro Aterro Sanitário do MS, do Pavilhão de Eventos e do Complexo Esportivo do Água Boa. “Esse rol de ações contribuiu na consolidação de Dourados como importante polo universitário, médico-hospitalar, comercial, sanitário e desportivo no interior do Estado e ajudou a tirar Dourados da famigerada condição de “Portal do Inferno””, avalia Tetila.

Tetila implantou 82 frentes de asfalto com drenagem (170 Km) e fez a erradicação total das favelas então existentes. Construiu de 23 conjuntos habitacionais, 140 novas salas de aula, 06 novos postos de saúde, 20 novas creches, comprou o prédio que abriga a Câmara Municipal, investiu em nova iluminação e paisagismo, revitalizou o Parque Antenor Martins,

ciclovias, pistas de caminhada e levou água e luz para toda a Reserva Indígena. No total foram 536 obras.

“Todas entregues e devidamente pagas”, ressaltou.

Tetila também implantou programas como os da Economia Solidária (qualificação para o trabalho para 10.500 pessoas, na linha da inclusão social), Cidade Educadora (de nível internacional). Ao deixar a Prefeitura, tinha 83% de aprovação por parte da população. A reportagem pediu ao ex-prefeito, que é geografo, que fizesse uma avaliação sob o ponto de vista da ocupação dos espaços urbanos da cidade. Para Tetila há uma forte tendência de descentralização dos distritos industriais. “A preferência tem sido o deslocamento das indústrias as margens das rodovias de acesso (entradas das cidades), até por razoes ambientais e de visibilidade comercial”, apontou. O ex-prefeito também avalia que o maior problema quanto ao ordenamento urbano é o surgimento de favelas, o que demanda a insistência por recursos para resolver o problema.

O Futuro Para Tetila, um polo regional do porte de Dourados necessita entrar no

Laerte Tetila

mundo das cidades digitais, o que supõe a instalação de rede de fibra ótica e circuito de monitoramento, com câmeras inteligentes – tecnologia que pode melhorar a gestão dos serviços públicos, em vista de alagamentos, congestionamentos, segurança pública, dentre outros.

O ex-prefeito destaca também a necessidade da retomada do projeto de transformação de Dourados num importante Polo de Eventos, necessitando para tanto o retorno do Pavilhão de Eventos a sua finalidade, bem como a conclusão do Centro de Convenções. “Ambos, conectados com as nossas universidades, daria aí um belíssimo Complexo, a fim de promover o sonhado Turismo de Eventos – da maior importância na geração de emprego e renda para a nossa cidade”, avalia.

Tetila encerrou a entrevista lembrando que, por sua formação, não teria como não defender projetos e/ ou programas como os do Orçamento Participativo, da Economia Solidária, da Qualificação para o Trabalho, Microcrédito, Cidade Educadora, Paisagismo, Tenda Cultural, bem como a retomada de negociações, dentre outras, da vinda da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) para Dourados.

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“Colocar Dourados no cenário nacional era o desafio”, diz Murilo

Murilo conquistou o primeiro mandato na cidade com 70.906 votos, o equivalente a 70.11% dos votos válidos Dourados experimentou, entre os anos de 2011 e 2016, o chamado ‘boom’ do desenvolvimento regional, projetado a partir da visão empreendedora do prefeito Murilo Zauith que, alicerçado em um bloco de 15 partidos, recebeu a missão de colocar Dourados no cenário nacional após obter a maior votação da história das eleições no Município.

De acordo com o Tribunal Eleitoral de Mato Grosso do Sul, Murilo conquistou o primeiro mandato na cidade com 70.906 votos, o equivalente a 70.11% dos votos válidos, soma que superou em quase quatro vezes a votação conquistada pelos três concorrentes diretos na eleição fora de época realizada em fevereiro de 2011, após o afastamento dos cargos do prefeito e do vice da época, envolvidos em denúncias de corrupção.

Reeleito em 2012, com 65.794 votos, quase o dobro da soma dos outros três concorrentes dessa disputa, Murilo conduziu o ciclo de ouro

da retomada do crescimento. “Era um período de muitas dificuldades, o País inteiro mergulhado em grave crise política, mas nós decidimos encarar o desafio de deixar uma marca de gestão, governando para todos”, revela o ex-prefeito.

Entre os anos de 2013 e 2014, Dourados figurou no ranking das melhores cidades do Brasil. A revista IstoÉ classificou o Município em 1º lugar no país em indicadores fiscais entre os municípios de médio porte e em 2º no ranking geral do segmento, ao divulgar resultado de trabalho que retratou “As melhores Cidades do Brasil” e no ranking divulgado pela revista Exame, resultado da pesquisa “Mais Fortes que a Crise”, Dourados apareceu na posição 63 no Brasil entre as 100 melhores, com o índice 8,17, à frente de cinco capitais: João Pessoa, Rio Branco, Natal, Porto Velho e Manaus.

Os números mostraram como Dourados, através da gestão fiscal eficiente, conseguiu fazer mais com menos. “A cidade tinha 50% de as-

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Murilo Zauith

falto, entregamos com mais de 90%, construímos mais de 5.000 casas, contratamos 12 Ceims (os Centros de Educação Infantil), colocamos a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) pra funcionar, Dourados voltou à normalidade”, observou Murilo.

Experiente e aprovado na iniciativa privada, a gestão de Murilo fez de Dourados a empresa segura e profícua para os que buscam crescer de forma organizada. A cidade se abriu em grandes avenidas, o crescimento do perímetro urbano foi ao encontro de novos investimentos, o trabalhador recebeu programas de qualificação profissional, a família ganhou casa própria em lotes dotados de infraestrutura e urbanização, com kits de uniforme e material e merenda de qualidade aos filhos em idade escolar. Hoje não se faz mais um novo loteamento sem que o empreendedor leve toda a estrutura e o Município passou a figurar no “mapa” de investidores abertos aos novos empreendimentos.

Novo tempo para relógio que “guia” Dourados há 60 anos PÁG. 2 Carisma por Dourados, por Vander Verão PÁG. 2

CADERNO B Dourados 19/20.12.2020 O PROGRESSO

ORQUESTRA UFGD

“Cada apresentação tem sua singularidade”, afirma a regente Thais Costa

ORQUESTRA DA UFGD democratiza o acesso à música Com sete anos de atividade, projeto mantém atividades remotas durante a pandemia Gracindo Ramos Assim como grande parte do setor cultural, a Orquestra da UFGD precisou se adaptar e se reinventar durante a pandemia para manutenção do projeto e do vínculo com seus integrantes. “Tivemos que repensar em como manter nossas atividades no modelo remoto. Criamos uma sala virtual para compartilhar materiais e gravações de músicas. Nos propusemos a realizar algumas gravações de peças do nosso repertório e criar vídeos para nosso canal no Youtube”, contou ao O PROGRESSO, a regente coordenadora Thais Fernandes Costa.

O grupo musical também experimentou novas possibilidades como a gravação remota com o grupo vocal seresteiros do HU da música Paciência de Lenine (Veja: https://youtu.be/x4lwuHbf9UE).

“Por conta da pandemia, todas as nossas atividades presenciais estão suspensas, sendo realizadas apenas ações remotas.

Apesar de não haver o encontro presencial, proporcionou uma aproximação de todos no grupo para que se mantivesse, da melhor forma possível, as atividades da orquestra”, analisa Thais.

Ela conta que alguns do grupo conseguiram participar remotamente com frequência, enviando vídeos de estudos e partes musicais. “Já outros participantes não puderam estar com frequência nas atividades, seja pela falta de equipamentos, memória para gravação ou até mesmo internet que possibilite envio de vídeos com alta resolução. Além de participantes que foram acometidos pela

Covid-19”, relata. E complementa: - “É importante salientar que é uma doença que pode comprometer as capacidades pulmonares e para instrumentistas de instrumentos de sopros, como trompete, saxofone ou trombone, isso pode inclusive comprometer sua participação e continuidade nas atividades, mesmo que já se tenha passado o período de manifestação da doença”.

Para a regente, o cenário musical da região ainda carece de profissionais e grupos atuantes em práticas orquestrais, principalmente, em instrumentos de cordas friccionadas e madeiras. “A proposta é de incentivar o desenvolvimento das atividades de formação e estudo da música instrumental para crianças, jovens e adultos da região, ampliando, democratizando e fortalecendo as ações socioculturais as expressões artísticas desenvolvidas e realizadas na região, proporcionando à população o conhecer, o ouvir, o ver uma orquestra, que até então ainda era algo pouco incentivado”, reitera Costa.

No próximo ano a orquestra deve retornar em fevereiro com as atividades remotas. A coordenadora disse que vai aguardar as orientações da OMS e instruções da UFGD. “Esperamos que em breve possamos retornar nossas atividades presenciais, fazendo música junto com todos e todas e realizando apresentações para nossa comunidade”, desejou. A coordenadoria de cultura também avalia a possibilidade de capitar recursos para a orquestra de impostos de empresas e pessoas físicas via Lei de Incentivo à Cultura, por meio de doação ou patro-

cínio de impostos. “Pretendemos com essa ampliação de captação de recursos proporcionar o crescimento do projeto e das oficinais de música para outros bairros de Dourados e municípios da Grande Dourados”, planeja Thais.

O Projeto A orquestra é mantida pela UFGD e já realizou parcerias com a Prefeitura de Dourados para concertos no Teatro Municipal, outras prefeituras da região e a Casa de Cultura da UEMS. Os instrumentos musicais foram adquiridos pela universidade. “A manutenção do projeto é algo desafiador, pois há um custo elevado tanto na aquisição de instrumentos, bem como na sua manutenção”, afirma a coordenadora do projeto. Além dos ensaios, a orquestra realiza apresentações, oficinas de formação musical, workshops e masterclass avançados, que acontecem no decorrer do Festival Douradense de Música com profissionais renomados da área atuantes no Brasil e no exterior.

A Orquestra UFGD é comunitária e tem sete anos de atividade. Cerca de 200 músicos de Dourados e região já passaram pelo projeto, que oferece oficinas musicais para todas as idades. Hoje, a orquestra conta com 60 participantes.

Qualquer pessoa iniciante em algum instrumento musical e leitura de partitura pode integrar o grupo. A universidade realiza seleção por edital público com auxílio músico (hoje são 30 benefícios disponíveis) e também chamada pública de participação que acontece no início do ano. “Cabe ressaltar que esse

programa de auxílio músico é um marco. Até o momento não encontramos nenhuma outra universidade federal que contemple um edital como o nosso, onde pessoas da comunidade externa possa concorrer. O que nos faz servir como modelo para as universidades que queiram implantar proposta similares à nossa”, disse a musicista.

Thais Costa explica que, “por ser uma orquestra comunitária, nosso grupo não possui uma formação tradicional de orquestra sinfônica tendo em seu corpo artístico tanto músicos de instrumentos sinfônicos (violino, flauta transversal, trompete, clarinete) como músicos de instrumentos populares que são pouco usuais em Orquestra (guitarra, baixo elétrico, bateria e saxofone)”. O repertório é composto desde músicas clássicas até músicas populares, regionais, pop e temas de filmes. “Nosso repertório é sempre pensando em trazer um diálogo entre orquestra e comunidade para que as pessoas que vão nos assistir reconheçam músicas que já escutaram em rádio ou filmes e, também, conheçam novas músicas que nunca haviam escutado antes e que tem no momento da apresentação da orquestra essa experiência”, diz a regente. O repertório voltado aos músicos do projeto é pensado como um processo educativo e de aprendizagem, proporcionando novas experiências estéticas em suas práticas instrumentais, tocando gêneros e estilos que ainda não haviam tido contato em sua formação musical, possibilitando acesso democrático musical aos músicos e ao público apreciador.

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Memórias

Novo tempo para relógio que “guia”

Dourados há 60 anos Relógio da Igreja Presbiteriana será substituído após danos causados por tempestade

O famoso relógio da Igreja Presbiteriana anuncia um novo tempo para Dourados. Após 60 anos sendo um dos principais guias do povo douradense, o aparelho poderá ser substituído por um novo. É que o antigo foi danificado na última tempestade do dia 8 de novembro. De acordo com o reverendo Ildemar Berbet, pastor da Igreja Presbiteriana Central de Dourados, o conselho do templo estuda a substituição do relógio.

Sobre o relógio antigo, o conselho ainda não decidiu o que fazer. Uma das possibilidades é a doação para o museu da cidade, caso esteja em condições de recebê-lo. O conselho da igreja está aguardando parecer da seguradora sobre os danos causados no relógio para uma substituição do atual por um novo do mesmo modelo, uma vez que não está encontrando profissional que faça os reparos do atual, bem danificado.

O relógio é parte da história da Igreja Presbiteriana, que se instalou na Rua Hayel Bom Facker na década de 1940, cujo primeiro templo era de madeira.

Quem viabilizou o local foi o Missionário Americano reverendo Alberth Sidney Maxwell, na época do prefeito coronel Álvaro Dias. No mesmo local também a Escola Presbiteriana Erasmo Braga.

No final da década de 1950 foi construído o templo atual pelo Missionário

Americano reverendo John Marion Sydenstrick. O filho dele, Mário Sydenstrick Júnior foi o engenheiro responsável pelo projeto e pela construção. Foi o mesmo pastor que no início da década de 1960 construiu a torre e colocou o relógio da igreja.

Vários pioneiros ajudaram nas obras do templo. Entre eles: Hilda Bergo Duarte, Antônio Duarte, Nelson de Araújo e Ivo Rocha.

De acordo com a Comissão de Revisão Histórica de Dourados, muitas são as histórias contadas sobre a Igreja do

Relógio. Ponto de encontros nos anos de 1960/1970, os colonos (agricultores) que viam para a sede da Colônia (Dourados) fazer as compras a Igreja do Relógio era uma referência. Além de informar as horas, se destacava pela altura, muito imponente. Não havia muitos prédios ainda e o monumento do relógio era notado de longe.

História No final de março de 1929, chega na cidade o reverendo Albert Sidney Maxwell, depois de percorrer o Brasil bus-

cando campo onde trabalhar. Com ele vieram os irmãos Nelson Araújo, médico; João José da Silva, Agrônomo; com sua esposa Guilhermina e seu filho Erasmo; Esthon Marques, professor. No dia15 de abril de 1929 acontece o primeiro Culto Protestante na cidade; com a presença dos seguintes pastores da Igreja Presbiteriana de Campo Grande: Rev. Felipe Landes e reverendo Eudes Ferrer. Assim funcionou este trabalho pioneiro de abril de 1929 até novembro de 1938.

O trabalho pioneiro resultou num grupo maior de pessoas e foi formada a Congregação Presbiterial de Dourados em 21 de novembro de 1928, por iniciativa do reverendo Eudes Ferrer, da Igreja Presbiteriana de Campo de Grande; colaboraram com a Congregação Presbiterial os seguintes pastores: Rev. Dr. Frank F. Baker (1940); Rev. Josué Sales (de 1941 até maio de 1942) e o Rev. John Marion Sydenstricker pastoreou a igreja de maio de 1942 até o ano de 1951, quando iniciamos nossa terceira fase: a igreja organizada.

No dia 27 de maio de 1951 sob a direção do reverendo Francisco Pereira Alves – na ocasião presidente do Presbitério Oeste de Minas – e do reverendo John Marion Sydenstricker, responsável pelo trabalho, a Congregação Presbiteriana de Dourados foi organizada como igreja. Seu primeiro pastor foi o reverendo John Marion Sydenstricker, ocupando esta posição até o ano de 1959 (com uma breve interrupção durante o ano de 1952). Somando o tempo em que pastoreou no período em que a igreja era uma congregação, o reverendo Sydenstricker totalizou 16 anos de pastorado à frente desta igreja.

Em 1958 foi construído o atual templo.

Desde 2011, a Igreja Presbiteriana de Dourados é pastoreada pelo reverendo Ildemar de Oliveira Berbert.

Carisma por Dourados VANDER VERÃO*

*Especial para O PROGRESSO

N

o final da primavera de 1983, durante “umas e outras” na Samambaia, nosso “point” preferido, o amigo radialista Lourimar Neto, sugeriu que eu escrevesse uma poesia ou poema para que ele declamasse durante um “Varal de Poesias” no Ceud (Centro Universitário de Dourados). Fiquei na dúvida.

Minha praia era outra, embora já tivesse escrito algumas rimas, sem pretensões. Mas, topei. Dias depois, em casa, olhei para o barrilzinho de carvalho (whisky). E não deu outra. Acionei a Olivetti Lexicon 80 e mandei ver. Tudo fluiu rapidamente, numa época em que estava lendo Arthur Rimbaud e Aldous Huxley, com Raul Seixas e The Doors na vitrola. E deu no que deu. Carisma.

Lourimar, cargas d’água, desistiu de declamar o poema. Então, o Ilson Venâncio, o Boca, foi em seu lugar. E matou a pau. Boca estava naqueles dias de “underground”.

Posteriormente, o poeta Altair Batista de Oliveira, declamou “Carisma por Dourados”, durante uma das edições do festival Frutos da Terra.

Numa outra edição do “Frutos da Terra”, também idealizada e produzida pelo meu primo Luiz Carlos Pael, o Araticum musicou o “Carisma”, declamado por Boca, com solo de bandolim do saudoso Moacir Costa, da música “Lady Jane”, do Rolling Stones. Nas festividades do final de 1983, mandei imprimir 100 unidades em papel couche (e também em plástico) da letra do “Carisma” e distribui aos amigos como votos de “Boas Festas de Natal e Ano-Novo”.

O saudoso prefeito Luiz Antônio Gonçalves gostou.

O amigo Miguelão pirografou o teor do “Carisma”. O quadro, que ganhei de presente, dele, ficou exposto na Samambaia. Outros amigos queriam comprá-lo de qualquer jeito. O saudoso jornalista Júlio Marques de Almeida, o Julinho, era um deles. “Mas, presente não pode ser vendido”, argumentava. Semanas depois, o

quadro caiu e a madeira rachou.

No meio.

Coincidentemente ou não, depois disso, nunca mais escrevi poemas. Afinal, a minha praia era outra. Só ficou o “Carisma” como lembrança de uma época vibrante nas mesas e nos cinzeiros das dúvidas e incertezas. Uma coisa era certa: a gente era feliz. E como era!

Poema “Carisma por Dourados” Vander Verão Dourados, eu te enterro eu te enferro com o meu esperma de ferro com o meu coração esmero Quero-quero penetrar no teu feltro cor de trigo viajar no teu umbigo até te arrasar até te sangrar no cio do sobreamar Dourados, eu te enterro eu te enferro com o meu esperma de ferro com o meu coração esmero Quero-quero penetrar no teu útero de cidade no gozo de tua idade

te respeitar te amaldiçoar até gemer doído no sangue diluído Dourados, eu te enterro eu te enferro com o meu esperma de ferro com o meu coração esmero Dourados, dourado significado do bem-amado do achado-perdido na Marcelino do calepino sonhado no dia glorificado Dourados, eu te enterro eu te enferro com o meu esperma de ferro com meu coração esmero Quero-quero lamber a tua terra com uma fome de fera na gruta, na cratera, até te saciar até te matar no verbo amar (Publicado na edição do jornal O Progresso de 20 dezembro de 1983)

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O PROGRESSO

Dourados, 19/20.12.2020

CLASSIFICADOS/ATOS OFICIAIS

IMÓVEIS

RECEITAS

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL Repasse de contribuições sindicais Famasul - CNA Repasse dos cursos Senar Repasse Famasul - Outros

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DIVERSOS ELETRICISTA

SINDICATO RURAL DE RIBAS DO RIO PARDO – MS PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA PARA O EXERCÍCIO DE 2021

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Comercial e residencial. Montagem de padrões individuais e agrupados, manutenção elétrica em geral, execução de projeto elétrico. Passo cartão. Contato: 99943-8856-Rodrigo

153.000,00 100.000,00 50.000,00 3.000,00

CONTRIBUIÇÃO BRUTA DE ANUIDADE Contribuição de Anuidade

25.000,00 25.000,00

OUTRAS RECEITAS Taxas de manutenção de uso das Instalações Outras Receitas

42.789,00 2.000,00 40.789,00

RECEITAS FINANCEIRAS Rendimentos s/Aplicações Financeiras Descontos Obtidos

10.100,00 10.000,00 100,00 230.889,00

TOTAL GERAL

DESPESAS

OPORTUNIDADES

DE EMPREGO CONTRATA TORNEIRO

Contrato um torneiro mecânico e torneiro fresador com experiência comprovada. 67 99971-4984, falar com Neno PROCURA-SE EMPREGO

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Ou empregada doméstica. Possuo referência-99913-0396 falar com Letícia

CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS Manutenções e Reparações Diversas Despesas Diversas Seguros Materiais de Reposição Despesas c/Alimentação Pessoal

R$ R$ R$ R$ R$ R$

10.164,00 1.800,00 1.164,00 6.000,00 200,00 1.000,00

DESPESAS ADMINISTRATIVAS Salários Férias FGTS Confraternizações e Congraçamentos Previdência Social Energia Elétrica Despesas c/Telecomunicações Materiais de Escritório Livros, Jornais e Revistas Combustíveis e Lubrificantes Conservação e Reparação Equipamentos e Utensílios Emolumentos, Custas e Taxas Despesas c/Alimentação Pessoal Manutenção de Maquinas e Aparelhos Materiais Elétricos e Hidráulicos Propaganda e Publicidade Honorários Contábeis-PJ Materiais de Limpeza e Conservação Água e Esgoto

R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

212.180,00 45.000,00 4.000,00 4.000,00 15.000,00 14.000,00 6.000,00 25.000,00 1.000,00 3.300,00 10.000,00 1.500,00 50,00 1.800,00 6.000,00 1.000,00 200,00 1.560,00 69.000,00 3.300,00 470,00

DESPESAS FINANCEIRAS Despesas Bancárias

R$ R$

1.300,00 1.300,00

DESPESAS TRIBUTÁRIAS Impostos e taxas estaduais Impostos e taxas federais Despesas de Juros Despesas de Multas IPVA INCRA CNA

R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

2.245,00 220,00 20,00 30,00 30,00 1.900,00 5,00 40,00

DESPESAS INDEDUTIVEIS Doações Patrocínio

R$ R$ R$

5.000,00 1.800,00 3.200,00

TOTAL GERAL DESPESAS R$ 230.889,00 OBSERVAÇÃO: Elaborada com base no disposto do Artigo 550. Consolidação das Leis do Trabalho – C.L.T. Decreto 5452/43, do Orçamento das Entidades Sindicais. Os valores foram elaborados baseados nas movimentações do ano de 2020 até o mês de outubro, e uma prévia dos meses de novembro e dezembro de 2020, baseadas em valores reais obtidos. A Previsão Orçamentaria para o Exercício de 2021 do Sindicato Rural de Ribas do Rio Pardo, fica desde já autorizado o Remanejamento e/ou Suplementação com o Superávit de Exercícios anteriores ou com excesso de receitas do próprio exercício em até 20% (vinte por cento) da Previsão Orçamentária de 2021.

Ribas do Rio Pardo – MS, 25 de novembro de 2020.

Hudson Amorim de Oliveira Diretor Presidente

Robson Velos Ribeiro Diretor Tesoureiro

AC RRP CONTABILIDADE LTDA. – ME

CRC MS-000722/0-6

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Dourados, 19/20.12.2020 O PROGRESSO

Adiles do Amaral Torres adiles@progresso.com.br

“Não confunda jamais conhecimento com sabedoria.

Um o ajuda a ganhar a vida; o outro a construir uma vida.”

COLUNA DA ADILES

Parabéns a Dourados, que comemora 85 anos neste dia 20!

Nosso abraço carinhoso a todos que residem nesta cidade.

Desejamos um Feliz Natal! Que Deus proteja e abençoe a todos!

OBRIGADA A TODOS QUE PARTICIPAM DESTA EDIÇÃO

Sandra Carey

SAUDAÇÃO A DOURADOS A alvorada rompeu Saudando o novo dia A passarada esvoaçante Até sorrir parecia.

As borboletas em cores Tingiam o azul do céu Com roupagens diferentes Formando um tênue véu.

O astro sol cintilante Cor de ouro no arrebol Marcava o horizonte Com pinceladas de escol.

Vereador Alan Guedes e esposa Kely. Ele, eleito prefeito de Dourados

Luiz Roberto e esposa Edi (Auto Posto Catalão)

Waldir Guerra e esposa Suela

Dr. Eduardo Marcondes

Este quadro resplandecente É especial pra saudar Aniversariante: Dourados Que está a comemorar.

85 anos de lutas Dos pioneiros na labuta Suas vidas dedicaram Pelo bem deste torrão.

Tuxa e dr. João Gusman (Clínica Life Center)

Dep. estadual Marçal Filho e a esposa Patrícia

Eunice e esposo Celso Dal Lago

Dep. estadual Barbosinha com a esposa dra. Maristela

Salve Dourados querida Terra de paz e amor Salve esta gente bravia E sua luta de sangue e suor.

Adiles do Amaral Torres “Minha Vida em Poemas” - pág. 81

PARABÉNS E FELICIDADES AOS

ANIVERSARIANTES DA SEMANA

José Roberto Ribeiro Pinto e os filhos Felipe e Vinícius (Pão & Cia)

Elizabeth e Cláudio Iguma (Imobiliária Continental)

Roberto Ito, esposa Fabiana e as filhas Emily e Livia (Restaurante Máximo’s) SÁBADO (19/12)

DOMINGO (20/12)

Taíza Araújo Chimenez Leonel Jonas

Valdenir Machado e esposa Aldenir

Paulo e Neiva Teló (Hotel Bahamas)

Helena Uemura (Grandourados Veículos)

Nilson Aparecido dos Santos (ACED) DOMINGO (20/12)

SEGUNDA (21/12)

Antonio Barbosa de Lucena Dr. Luiz Antônio Bussuan

Sandra Araújo de Oliveira (Pres. Uniodonto Dourados)

Sadi Masiero (Pres. do conselho de administração da Sicredi Centro-Sul MS)

Clorivaldo Soares e Janete (Pena Fiel Contabilidade)

Irmã Adriana (Colégio Imaculada)

Edivan Bonetti e Aline Bonetti (Pena Fiel Contabilidade)

Jivaldo Vitor e esposa Cleide (Pena Fiel Contabilidade)

Alexandre Mantovani e esposa Thatiana (OAB Dourados)

TERÇA (22/12)

QUINTA (24/12)

Fatima Amaral Zancheta Dr. Nicanor Araújo Lima

QUINTA (24/12)

SEXTA (25/12)

Suryha Haddad Zenatti Alan Guedes, pref. eleito