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Novo governo vai herdar 7,3 mil obras incompletas

A lista representa mais de R$ 32,5 bilhões em investimentos até a conclusão e deve ser alvo de escrutínio do gabinete instalado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília

Bolsonaro tem apoio de Silvio Santos: “vai ficar oito anos”

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sílvio santos elogia capitão

Dayanne Sousa/Agência Brasil

Tulio Kruse e Paulo Beraldo Agência Estado De São Paulo dois tomos, os documentos entregues pelo time de Temer mostram o que foi priorizado na reta final do governo. Os projetos de habitação, saneamento e energia estão no topo da lista. Somadas, essas áreas respondem por mais da metade do valor das obras em andamento, que têm previsão para serem finalizadas até o fim do ano. Mais de R$ 18,8 bilhões está destinado para essas três áreas.

A equipe de transição entre os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro se debruça, nas próximas semanas, sobre um documento que traz a relação dos projetos concluídos e inacabados do Executivo federal. Um total de 7,3 mil projetos que ainda constam como incompletos - e representam mais de R$ 32,5 bilhões em investimentos até sua conclusão - devem ser alvo de escrutínio do gabinete instalado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.

A conclusão dos projetos está condicionada à disponibilidade de recursos e muitos devem ficar para próxima gestão

Em 612 páginas, dividas em

Setores como portuário, urbanização e a construção de equipamentos nas áreas de educação, esporte e cultura estão entre os que menos recebem recursos, atualmente, do governo federal. A conclusão dos projetos, no entanto, está condicionada à disponibilidade de recursos e muitos devem ficar para a gestão do presidente eleito.

O raio X dos projetos também mostra as diferenças no investimento entre cada par- te do País. Considerando os valores destinados a projetos em andamento e a população em cada Estado, a Região Sul foi a que teve o maior valor destinado a obras por habitante. A previsão é gastar, em média, R$ 833,16 para cada morador no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, nas obras em andamento. Já a Região Norte é a que apresenta o menor índice de investimento por habitante. O valor total dos projetos é de R$ 236,78 para cada morador. Os valores atualmente destinado a cada Estado, segundo mostra o relatório, têm pouca relação com o número de projetos em execução. A Região Nordeste, por exemplo, é a que tem o maior número de projetos em andamentosão 3.186. No entanto, o valor total desses projetos é menor do que no Sul e no Sudeste, que têm número menor de obras.

Para o cientista político Rogério Prando, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o novo governo terá de avaliar individualmente as obras para decidir o que será continuado. “Nenhum governo vai, de antemão, por uma questão do teto de gastos que o governo tem de cumprir, deixar efetivamente de terminar uma obra”, diz Prando.

“É obvio que o próximo governo vem com a intenção de segurar os gastos mas, no limite, tem de fazer uma avaliação caso a caso para saber o que não vai finalizar, se vai jogar tudo fora.”

Além disso, quanto à diferença no investimento entre as regiões, Prando afirma que é preciso considerar as particularidades de cada Estado.

“O que custa menos pode ter um impacto muito maior justamente por ser em uma região menos desenvolvida.

(O valor de) R$ 200 no Nordes-

Bolsonaro diz que, se fosse Temer, vetaria reajuste para magistrados

“O Brasil está numa situação complicadíssima, a gente não suporta mais isso aí”, diz

Pedro Rafael Vilela/Agência Brasil De Brasília

O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que, se fosse o presidente Michel Temer, vetaria o reajuste de 16% sobre o salário dos magistrados e da Procuradoria-Geral da República com base na Lei de Responsabilidade Fiscal.

A afirmação foi feita no sábado (10) em entrevista à Rede Record de Televisão e a gravação foi publicada nas redes sociais de Bolsonaro.

Questionado pelo repórter, o futuro presidente disse que, se a decisão estivesse em suas mãos, vetaria o aumento.

“Agora, está nas mãos do presidente Temer, não sou o presidente Temer, mas se fosse, acho que você sabe qual seria minha decisão. Não tem outro caminho, no meu entender, até pela questão de dar exemplo. Eu falei antes da votação que é inoportuno, o momento não é esse para discutir esse assunto. O Brasil está numa situação complicadíssima, a gente não suporta mais isso aí, mas a decisão não cabe a mim. Está nas mãos do Temer. Eu, por enquanto, sou apenas o presidente eleito”, disse.

Jair Bolsonaro voltou a dizer que o STF “é a classe que mais ganha no Brasil, a melhor aquinhoada”, e que o reajuste do salário dificulta o discurso a favor da reforma da Previdência. “E complica pra gente quando você fala em reforma da Previdência, onde você vai tirar alguma coisa dos mais pobres, você aceitar um reajuste como esse”, afirmou.

O presidente eleito descartou que o Congresso vote esse ano uma emenda constitucional para alterar a Previdência, o que demandaria a suspensão da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.

Bolsonaro negou que vá usar a reforma da Previdência apresentada por Temer e ressaltou que recebeu propostas de mudanças na legislação infraconstitucional que já tramitam no Congresso, mas que só deve apresentar uma proposta quando assumir o mandato.

“Se nós bancarmos uma proposta dessa e formos derrotados [este ano], você abre oportunidade para a velha política vir pra cima de nós. (...) Eu tenho que começar o ano que vem com a nossa proposta e convencer os deputados e senadores a votar a nossa proposta. E tem que ser de forma paulatina, não pode querer resolver de uma hora para outra essas questões”, disse. Em outro momento da entrevista, o presidente eleito disse que mudanças nas regras da aposentadoria devem respeitar os direitos adquiridos dos trabalhadores.

“Nós temos compromisso, temos contrato, as pessoas começaram a trabalhar lá atrás, ou já trabalharam, tinham um contrato, e você tem que cumpri-los, do contrário você perde a sua credibilidade”, afirmou. Sobre a questão fiscal, afirmou que orientou sua equipe econômica para aumentar a arrecadação sem elevar impostos. Disse, ainda, que vai buscar maior abertura comercial para o país como forma de estimular a economia.

“A situação é crítica. Eu apelo a todos. Nós não queremos que o Brasil se transforme numa Grécia [que enfrentou recentemente grave crise eco- te e no Norte não é a mesma coisa que R$ 200 no Sudeste.”

Margem

Já o professor Luiz Bueno, que leciona filosofia política na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), vê pouca margem de manobra para que o próximo governo faça mudanças significativas na lista de obras incompletas. Como já há dinheiro separado para o pagamento de obras que ainda serão realizadas, a quebra de contratos pode significar prejuízo. “A diferença vai se fazer no próximo Orçamento, que é quando se vai rediscutir quais tipos de investimento serão destinados a cada área.

Aqui (na lista da transição), só se pode fazer revisão dos projetos”, diz Bueno.

“Para este ano (de 2018) os números estão dizendo que nós continuamos gastando mal, com prioridades que talvez não sejam o que o Brasil precisa.” nômica]. E a tendência, se nada for feito, e não tivermos a colaboração de todos, sem exceção, nós chegaremos a esse ponto”, afirmou.

Balanço da transição

Na entrevista, o presidente eleito fez um balanço dos primeiros dias de transição de governo e as visitas institucionais que realizou na última semana, como o encontro com o presidente Temer, comandantes militares, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli e uma solenidade no Congresso Nacional, além da visita na qual recebeu embaixadores de vários países.

Ao comentar a indicação da deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) para o Ministério da Agricultura, ele observou o fato de atender uma demanda da bancada do setor no Congresso Nacional.

“Pela primeira vez na história da Câmara, tivemos uma ministra indicada pelos parlamentares do agronegócio e da agricultura familiar. Geralmente, aquele ministério ficava com um partido e atendia apenas os seus filiados”, finalizou.

O presidente eleito Jair Bolsonaro falou ao vivo por telefone com Silvio Santos durante a maratona de programação do Teleton, no SBT, na noite deste sábado (10). Durante a conversa, Silvio fez elogios ao capitão reformado e afirmou desejar que ele tenha oito anos de governo. O apresentador e controlador do SBT disse ter a impressão de que o governo Bolsonaro seria seguido por mais oito anos de presidência de Sergio Moro, o escolhido para comandar a pasta da Justiça e Segurança Pública. “Não vou falar aquilo que eu penso, mas eu acho que, nos próximos oito anos o senhor vai ficar no nosso governo e depois nos outros oito anos tenho a impressão. Tenho palpite, claro, não sou político, mas acho que a sua escolha para o ministério colocando o juiz Moro, o Sérgio Moro... Eu acho que você pode ficar oito anos e depois, passando para o Moro, ele fica mais oito anos”, disse Silvio Santos a Bolsonaro durante a ligação ao vivo. Silvio Santos ainda disse que aquela era a primeira ligação de um presidente recebida por ele “em vinte e poucos anos que eu faço o Teleton”. “Eu acho que o Brasil vai ter 16 anos de homens com vontade de fazer o Brasil caminhar”, afirmou o apresentador. “Pode ser que isso não aconteça, mas, se depender da minha vontade e da vontade das pessoas que querem o Brasil pra frente, oito anos com Bolsonaro e oito com Moro, vamos ter 16 anos de um bom caminho”, concluiu. Bolsonaro respondeu dizendo ser fã de Silvio Santos e falou sobre Moro. “Obrigada pela referência elogiosa ao nosso futuro ministro, Sergio Moro. Mérito dele, não é nosso”, afirmou Bolsonaro disse que Moro é “o homem que nos deu esperança de poder viver num País, se não for sem corrupção, com menos corrupção”. O presidente eleito pediu ainda que eleitores que tenham ou não votado nele fizessem uma doação de ao menos R$ 5 ao Teleton, que recolhe recursos para a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD).

COlOnO - Cumpadi, o povo tá revortado com aumento dos mega salário, em Brasília, né?!

Zé PingA - Viu? Não é aposentadoria que todo mundo já pagô que levô o pais à bancarrota!!!

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