Informativo Nhá Chica nº 51

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Informativo Nhá Chica - Notícias do Santuário e da ABNC - março de 2012

“Embora sendo Filho de Deus, aprendeu a ser obediente através de seus sofrimentos. E tornou-se a fonte de salvação eterna para todos que lhe obedecem” (Heb.5, 8-9) Domingo de Ramos abre solenemente a Semana Santa com a celebração da entrada de Jesus em Jerusalém, recebido como um rei pelos mesmos que mais tarde o condenaram à morte. Nesse dia, são comuns procissões em que os fiéis levam consigo ramos de oliveira ou palmeira, o que originou o nome da celebração. Segundo os Evangelhos, Jesus foi para Jerusalém para celebrar a Páscoa Judaica com os discípulos. Entrou na cidade como um rei, mas sentado num jumentinho - o símbolo da humildade - e foi aclamado pela população como o Messias, o Rei de Israel. A multidão o aclamava: “Hosana ao Filho de Davi!” Isto aconteceu alguns dias antes da sua Paixão, Morte e Ressurreição. Foi também nesse período na Santa Ceia, há mais de dois mil anos, Jesus instituiu a Eucaristia. Na Quinta-Feira Santa, “Na noite em que foi entregue” (I Cor 11,23) ao celebrar a última ceia com os seus Apóstolos, depois de se reunir no Cenáculo, Jesus tomou em suas mãos o pão, partiu-o e deulho dizendo: “Tomai e comei todos: isto é o meu corpo entregue por vós”. Depois tomou em suas mãos o cálice do vinho e disselhes: “Tomai e bebei todos: este é o cálice do meu sangue para a nova e eterna aliança, derramado por vós e por todos para a remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim’. Na Eucaristia, atingem-se o auge da ação santificadora de Deus em favor da humanidade e o santo culto para com Ele. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja: o próprio Cristo, nossa Páscoa. A comunhão da vida divina e a unidade do Povo de Deus são significadas e realizadas na Eucaristia. Pela Celebração Eucarística o homem se une desde agora à liturgia do Céu e antecipa a vida eterna. Jesus derramou seu sangue na cruz para salvar aqueles que buscam essa redenção e, antes disso, instituiu a Eucaristia, para que os cristãos fizessem isso em memória Dele, para reviverem sempre o Seu sacrifício.

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Recentemente o Santo Papa Bento XVI admoestou o povo fiel para “uma digna participação na Sagrada Eucaristia”. A respeito da oração de Nosso Senhor Jesus Cristo na Última Ceia o Santo Papa afirma que “no núcleo desta Ceia, temos a instituição da Sagrada Eucaristia feita com palavras de ação de graças, louvor e bênção a Deus sobre o pão e o vinho e com gestos de partilha e entrega dos mesmos aos seus discípulos”. O Pontífice lembra que Nosso Senhor oferece-se e comunica a Si próprio. E pergunta: “Mas como pode dar-Se a Si mesmo, naquele momento? Ele sabe que a vida está para lhe ser tirada através do suplício da cruz; e, antecipando-Se, oferece a vida e, deste modo, transforma a sua morte violenta num ato livre de doação de Si próprio aos outros e pelos outros”, afirma. O Santo Papa acrescentou ainda que “a violência sofrida transforma-se num sacrifício ativo, livre e redentor. Por nossa vez, ao participar da Sagrada Eucaristia, vivemos de forma sublime a oração que Nosso Senhor Jesus Cristo fez, e continua a fazer, por todos e cada um de nós para que o mal não triunfe na nossa vida, mas seja vencido em nós graças à força transformadora da morte e ressurreição de Cristo”. Naquele momento de despedida Jesus com a ação do Espírito Santo criou o miste-

rioso Fenômeno da Transubstanciação, que acontece em todas as Santas Missas no instante da Consagração. As espécies de pão e vinho são transformadas pelo Espírito Santo no seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade, mantendo, entretanto a aparência original das mesmas espécies. Isto significa dizer, que verdadeiramente Jesus está presente na Hóstia Consagrada, em Pessoa e Divindade. Então, a Sagrada Comunhão não pode e não deve ser considerada como um ”símbolo” ou como uma ”representação” do Senhor, porque é Ele Mesmo. O Senhor está realmente Presente na menor fração de uma Partícula Consagrada, em todos os sacrários do mundo. Cristo é o verdadeiro pão descido do Céu, alimento espiritual, força e inspiração para a humanidade na caminhada existencial, poderoso elo que une e congrega todos os fieis ao redor de um único Altar até a consumação dos séculos, porque Ele é Deus, com o Pai e o Espírito Santo. Celebramos nesta semana tão especial, a Sexta-feira Santa, o dia mais grandioso para os Cristãos, o mais importante da história da humanidade. Nesta data se faz memória dos últimos momentos de Jesus, antes da crucificação. Um dia marcado pelo silêncio. Jesus, após sua prisão, foi interrogado, humilhado e torturado durante toda a


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