Pergunta 1 1.
Em 2012, um dos assuntos mais comentados na cobertura jornalística internacional e nas redes sociais foi o confinamento, na embaixada do Equador em Londres, de Julian Assange, ciberativista e fundador do Wikileaks. Depois de o governo equatoriano conceder asilo político a Assange, o Reino Unido negou salvoconduto para o jornalista deixar o país e ameaçou invadir a embaixada. O Reino Unido afirmou que iria extraditá-lo para a Suécia, onde ele responderia por um presumível crime sexual. O Wikileaks conta com uma rede transnacional de colaboradores que divulga, em seu site, documentos oficiais obtidos de fontes sigilosas, com informações confidenciais, vazadas (to leak, em inglês, significa vazar) de governos e empresas. Muitos documentos com informações secretas sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque e sobre a prisão de Guantánamo, por exemplo, já foram vazados pelo site, o que fez alguns governos – como o dos Estados Unidos – e empresas acusarem o Wikileaks de espionagem. Veja as opiniões a seguir, a respeito da atuação do Wikileaks: “A internet deve continuar livre. A liberdade é que permite criar um dos mais ricos repositórios de informações, cultura e entretenimento de toda a história. Nós defendemos que a rede continue aberta. Defendemos a continuidade da criação de conteúdos e tecnologias sem necessidade de autorização de governos e/ou de corporações.” Carta em defesa da liberdade na internet, movimento Mozilla Drumbeat. A ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), em uma carta aberta a Julian Assange, de 2010, criticou a atuação do Wikileaks, afirmando que “revelar a identidade de centenas de pessoas que colaboraram com a coalizão no Afeganistão é muito perigoso”. Na carta, a RFS ainda disse que o Wikileaks não pode desfrutar das mesmas proteções oferecidas a jornalistas, como proteção a fontes, se seus membros declaram não fazer parte da imprensa. A RSF afirmou que questiona apenas a irresponsabilidade na divulgação das informações e que esta crítica “de forma alguma consiste em um convite à censura, ou o apoio à guerra... A imprensa é responsável pelo que publica ou divulga. Lembrar deste fato não é desejar seu desaparecimento. Muito pelo contrário”. Baseado em “Repórteres Sem Fronteiras diz que crítica ao Wikileaks não é convite à censura”. Disponível em <http://knightcenter.utexas.edu/pt-br/blog em>. Levando em consideração as informações acima sobre o contexto da cibercultura, selecione a alternativa correta:
a. O Reino Unido concorda com as atitudes do fundador do Wikileaks.
b. O Wikileaks nunca divulga documentos oficiais obtidos de fontes sigilosas.
c. Documentos com informações secretas já foram divulgados pelo Wikileaks.
d. Os Estados Unidos afirmaram que iriam extraditar Julian Assange para a Suécia.
e. O governo do Afeganistão concedeu asilo político ao fundador do Wikileaks.