Cesar filomena

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1º Simpósio Nacional Processos Participativos na Gestão Pública "Participação Política em Democracias Complexas“ Mesa 3 – Democracia e Participação Política

O antagonismo posicional na política do Rio Grande do Sul (1995-2002) César Luciano Filomena Centro Universitário Metodista IPA Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul – TCE-RS


Introdução •  Premissa – “o que mais importa na política é controlar os recursos do Estado” •  Antagonismo – impossibilidade de

coexistência, onde a identidade dos agentes é forjada como negação. •  Em contextos de recursos públicos escassos, sobre regras democráticas e em períodos determinados, o antagonismo aparece na forma de negação de outras posições políticas.


Antagonismo Posicional •  É um contexto de ação que afeta o agente político e os fatores que concorrem para suas decisões sobre a política •  Nele há tendências a articulações centrífugas bipolarizadas, sem espaços para mediações •  Por consequência, disseminam-se de conflitos nos espaços político e nas Políticas Públicas •  Nos quais a medida mais ajustada para aferir ganhos (ou perdas) é a dos danos impostos aos adversários e/ou inimigos políticos


Hipótese Políticas (públicas) importam mais como incentivos ao reforço de posições políticas articuladas entre os agentes para manterem ou ganharem espaços de poder, e menos pelos impactos positivos esperados delas.


Antagonismo Posicional Governo Britto (PMDB) 1995 a 1998

Governo de Dutra (PT) 1999 a 2002


Objetivo Estudar o espaço político no contexto de ação de ANTAGONISMO POSICIONAL com foco nas POLÍTICAS PÚBLICAS


QUAIS POLÍTICAS PÚBLICAS?


Políticas públicas de recuperação da capacidade de investimento do estado e a questão da dívida pública REFORMA ADMINISTRATIVA 1.

PESSOAL

2.

REFORMA DO ESTADO (PRE)

§  Previdência §  Carreira §  Incentivo ao Afastamento Voluntário do Serviço Público e à Reconversão Funcional de Servidores Públicos Estaduais (PDV) §  Privatização de empresas estatais –CRT e CEEE §  Concessões Rodoviárias (PECR)

RENEGOCIAÇÃO DA DÍVIDA MOBILIÁRIA

•  Quase R$ 8bi •  Comprometendo 13% da RPL


Políticas de Incentivo à Indústria •  FUNDOPEM-RS, •  FOMENTAR-RS OU GM •  E FDI-RS FORD


SISTEMA PARTIDÁRIO Disposição no continuum esquerda-direita do sistema partidário rio-grandense (1994)

Disposição no continuum esquerda-direita do sistema partidário rio-grandense (1998)


ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS E OS ELEITOS 1994

1998

•  Primeiro Turno: Britto – 49,20% dos válidos Dutra – 34,73% dos válidos •  Segundo Turno Britto – 52,21% dos válidos Dutra – 47,79% dos válidos

•  Primeiro Turno Britto – 46,40% dos válidos Dutra – 45,92% dos válidos •  Segundo Turno Dutra – 50,78% dos válidos Britto – 49,22% dos válidos


BANCADAS E COALIZÕES - Britto 1995 e 1996

1997 e 1998


BANCADAS E COALIZÕES - Dutra 1999 e 2000

2001 e 2002


A DISPUTA ELEITORAL ENTRE PERDAS E GANHOS Coalizão majoritária: Britto versus Dutra e as politicas

•  Avaliando os resultados para eleição de governador, não foi possível afirmar que as políticas públicas de incentivos ao desenvolvimento industrial beneficiaram Britto. •  Onde Britto mais perdeu voto e Dutra mais ganhou de 1994 a 1998 foram as regiões de produção primária

Gráfico – Variação relativa de votos válidos para o governo do Estado do Rio Grande do Sul de Britto (PMDB) entre o 2º turno eleitoral de 1994 e o de 1998 (%)


A DISPUTA ELEITORAL ENTRE PERDAS E GANHOS Bancadas nos parlamentos: privatizações e incentivos fiscais importam?

•  PT quem mais ganhou •  PPR/PPB/PP quem mais perdeu •  Em números absolutos, mesmo com a cisão com o PPS, o PMDB não perdeu de votos e se distanciando de Britto venceu a eleição de 2002

Gráfico – Variação relativa de votos nominais e na legenda dos partidos para a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (1994, 1998 e 2002)


Obrigado! contato: filomena@portoweb.com.br


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