Bella jewel number thirteen (tradução e formatação por anne pimentel)

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Bella Jewel Number Thirteen Livro Único Tradução por Anne Pimentel

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Number Thirteen Copyright © 2014 Bella Jewel ~2~


SINOPSE NOTA DO AUTOR - Este NÃO é um romance BDSM

Nós somos treze meninas, em cativeiro, escravas do nosso mestre. Um mestre que nunca vimos. A obediência vai se tornar tudo o que conhecemos em nossa existência superficial. É a única emoção que estamos autorizadas a sentir. Quando nos comportamos mal, somos punidas. Quando nos comportamos bem, somos recompensadas. Nossas cicatrizes são profundas. Ainda assim, sobrevivemos, porque nós temos que sobreviver... porque ELE nos ensinou. Todas nós somos especiais, nós sentimos isso com tudo o que somos. Ele nos tem por uma razão, mas é um motivo que não sabemos. Nós nunca vimos o rosto dele, mas sabemos que algo profundamente quebrado se encontra abaixo da escuridão. Com cada toque, a cada punição, nós o conhecemos. Então, alguma coisa mudou. Ele me mostrou quem ele realmente é. Agora eu o quero. Eu vou contra tudo o que conheço para estar com ele. Um monstro. Meu monstro. Amar ele é um pecado, mas eu sou uma pecadora. Eu não vou parar até eu ver cada parte dele. Mesmo as partes que ele mantém trancados lá no fundo. Eu Sou a Número Treze e esta é a minha história.

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Epílogo WILLIAN Minhas botas trituram as folhas de outono amarelas quando eu ando em direção à escola. Eu não queria vir hoje, mas Momma1 me disse que eu não tinha escolha. Ela disse que a escola é para crianças inteligentes e se eu não for, então como é que eu vou ficar esperto? Eu poderia ficar esperto; o homem na televisão me diz tudo que eu preciso saber. Mas ela afirma que eu não posso fazer amizade com o homem na televisão e que a única maneira de fazer amigos é ir para a escola. Eu poderia ter dito a ela que eu não preciso de amigos para ser bem sucedido, mas ela só me diz que eu estou sendo bobo. Então eu vim para a escola. Eu não disse a ela que há valentões aqui, ou que todos os dias eles me empurram e me enfiam em armários. Isso me faria parecer fraco e agora que meu pai está trabalhando e meu irmão está longe, porque ele não gostava da escola aqui, eu tive a me tornar o homem da casa. Não há espaço para a fraqueza. Mamãe me diz valentões escolhem as crianças que são vítimas. Acho que ela está errada. Eu não sou uma vítima; eu sou apenas uma criança. Eles me pegaram porque eu sou diferente. Eu não olho para as meninas como eles fazem; eu não tenho me esgueirar para fora para as festas. Tenho apenas treze anos. Eu só estou lá para aprender, então eu vou para casa e eu cuido da minha família, porque eu sou o homem da casa. Como eu disse. O som estridente da campainha da escola me diz que eu estou atrasado. Eu apresso os passos, virando a esquina e se dirijo para a escola. É um dia frio de inverno e eu tenho que apertar meu casaco para me impedir de bater na brisa gelada. Eu posso ver os alunos se acumulando nas portas da frente e eu viro minha caminhada em uma corrida.

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Mamãe. ~4~


Eu estou tão focado nas portas que eu não vejo eles. Uma mão forte me ataca, agarrando minha manga e me puxando para o corredor ao lado de minha escola. Eu sempre soube que este beco era perigoso. Meu corpo é jogado contra uma cerca de madeira dura e eu coloco os olhos em meus agressores. Quatro deles. Eles são todos maiores que eu, todos no time de futebol. Eles são alguns centímetros mais altos e eles têm apenas dezesseis anos. O líder do grupo, Marcel, dá um passo à frente pela primeira vez. Ele torce o nariz em desgosto, como se eu tivesse acabado de me arrastar para fora de uma sarjeta, como se eu estivesse ofendendo ele. Ele se inclina para perto e eu posso sentir o cheiro de cigarros em sua respiração. Fumar não é legal. — Você está tentando me evitar, Will. Você realmente acha que poderia se esconder em casa com a mamãe, e nunca mais sair de novo? Eu fico olhando para ele, perguntando por que ele me escolheu para implicar. Eu nem sequer sabia o nome dele, até que ele acenou pra mim e empurrou minha cabeça em um vaso sanitário há seis meses. Eu era apenas uma criança, mantendo a cabeça baixa, estudando e aprendendo como eu deveria. Agora aqui estou eu, pressionado contra uma cerca, me perguntando por que eles decidiram que eu era bom o suficiente para tomar um esforço extra especial para o ataque. Eu não me incomodo de responder a ele; isso só vai piorar a situação. Minhas respostas não vão fazer a diferença. Se eu responder, eu estou errado. Se eu não responder, eu estou errado. — Você ficou mudo, seu viadinho? Meus corpo estremece. Eu odeio essa palavra. É tão... vulgar. Eu deixo meus olhos se moverem para os outros quatro caras, de pé como animais de proteção ao redor de Marcel. Eu não sei os seus nomes; eles não são suficientemente significativos. O rapaz alto, de cabelos laranja parece nervoso, como se ele soubesse o que está prestes a acontecer e poderia colocá-lo em um mundo de problemas, mas ele ainda está aqui, ainda fazendo a escolha de ficar. Os outros dois tipos têm a expressão petrificada e plenamente conscientes da sua parte neste ataque. Eu ainda não respondi. Se eu apenas deixá-los me bater, isso vai embora mais rápido. ~5~


— Você é uma aberração, Will, você sabe disso? — Marcel sibila, inclinando-se mais perto. É claro que eu sei disso. Eu não estaria preso contra uma cerca, se eu não soubesse disso. Valentões são tão idiotas. Marcel levanta o punho e leva ele para baixo sobre o meu rosto, quebrando meu nariz quando o sangue jorra duro em sua camisa. Eu não grito, porque é isso que ele quer, mas a dor que irradia pela minha cabeça é quase suficiente para me fazer implorar. Quase. Marcel toma conta da minha camisa e seus olhos cinzentos examinam o meu rosto. Ele está ofegante, como se eu tivesse empurrado ele para o beco e desafiado. Como se isso fosse culpa minha. O mundo é torcido como isso e é uma lição que eu aprendi da maneira mais difícil. — Você sabe, — ele rosna, pregando os olhos comigo, — Eu ouvi minha garota dizendo o quão bonito você estava no outro dia. Você sabe o quanto é chato ter a minha garota dizendo que um monstro é bonito? Especialmente uma aberração e viado como você? Treze anos de idade? Seu pau não seria maior do que um tubo de batom maldito, mas ela acha que você é bonito. Eu não sei o quanto é chato ter uma garota dizendo isso porque eu não tinha uma garota. Mais uma vez, os valentões são idiotas. — Não me responda, seu imbecil. Não importa. No momento em que você deixar este beco, eu vou ter certeza que você não é bonito mais. Eu não vou ter a minha concorrência com um garoto que não consegue nem falar. O sangue enche minha boca e meu nariz está latejando tão fortemente. Tenho quase certeza de que eu posso ouvir meu coração na minha cabeça. Eu não tiro os olhos de Marcel. Dizem para olhar o perigo nos olhos; que isso te dá poder e força. Eu não me sinto poderoso agora. Na verdade, eu realmente não sinto nada. Alguém como eu não luta. Eu sou o azarão e da equipe dos que são fracos. Todo mundo sabe disso. Marcel enfia a mão no bolso de trás e tira um pouco frasco de alguma coisa, eu não sei o que. O coração que parece estar na minha cabeça começa a bater ainda mais duro.

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Eu tento não demonstrar medo. Eu tento ficar de pé e agüentar isso com força, mas isso não é tão fácil quando seu atacante é tão louco quanto o meu. — Ela disse que era os olhos, — ele começa, traçando preguiçosamente círculos na palma da mão, com o frasco. — Ela disse que eles são os olhos mais belos que ela já viu. Como o oceano. Eu não sabia que meus olhos eram como o oceano. Ele toma conta da minha camisa, me puxando para perto. — Ninguém mais deve ser atraente para minha garota, além de mim. Eles dizem que as coisas ruins acontecem em câmera lenta; eles estão certos. Eu sinto Marcel me jogar no chão. Eu sinto cada movimento quando o meu corpo bate no chão. Eu sinto o peso do corpo que vem em cima de mim, me prendendo de joelhos para baixo quando eu me contorço. Sinto o amigo dele pegar meus braços, puxando eles para cima da minha cabeça, enquanto o outro coloca a mão sobre a minha boca. Com o meu nariz jorrando com sangue, torna-se difícil respirar. Eu me sinto alguém cavando seus dedos para os lados da minha cabeça, segurando-me quando Marcel desenrosca o pequeno frasco de líquido em sua mão. Ele se abaixa, empurrando os dedos em meus olhos, fazendo queimar. Eu grito e me mexo, tentando fugir. Ele me dá um soco de novo, levando-me a começar a girar fora o sangue que enche minha boca. Em seguida, ele segura meu olho aberto e ele joga do líquido nele. Meus gritos intensificam quando algo que parece fogo afunda em meu olho. Parece que isso está queimando através da minha carne. Oh Deus, isso dói. Dói muito. A dor é diferente de tudo que eu já senti. As palavras não podem começar a explicar o horror que eu sinto quando a escuridão invade meu corpo. Eu sinto o líquido deslizar para o lado do meu rosto ao meu ouvido, tudo queimando enquanto líquido desce. Tento libertar minhas mãos. Eu preciso limpar isso. Deus, dói, alguém por favor, tire isso daqui. Eu não posso chegar em minhas mãos para fora, os meninos estão segurando para baixo e eles são muito fortes. Então eu faço a única coisa que posso no meu último momento de desespero. Eu viro minha cabeça e eu mordo a mão mais próxima de mim, tirando sangue. ~7~


Eu não sei o que eles estão dizendo, ou mesmo reconheço o momento em que eles fogem. Tudo o que sei é que eu estou sangrando muito em um beco e meu olho está sendo queimado com uma substância química letal. Vermelho enche a minha visão quando o sangue começa a cobrir todas as partes do meu rosto. Eu sei que ainda estou gritando, mesmo que eu não posso ouvir isso. Tudo o que eu posso ouvir é um toque excessivo nos meus ouvidos. Eu não posso nem mover minhas mãos para cobrir meu olho em uma tentativa de proteger a esfera em chamas. Não posso fazer nada, apenas gritar, experimentando uma dor que eu nunca vou testemunhar novamente em minha vida e fico me perguntando o que eu fiz para merecer isso. Ninguém merece morrer. Mas eu morri, naquele dia. E no meu lugar, um monstro nasceu.

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Capítulo Um NÚMERO TREZE Meus joelhos raspam todo o concreto irregular quando um homem grande, com capuz agarra meu cabelo e me puxa. Minha boca é coberto e minha respiração se tornou problemática. Lágrimas vêm sob minhas pálpebras quando eu paro e minha pele tem uma chance de começar uma profunda e penetrante queimadura. Eu posso sentir o sangue quente que corre pelas minhas pernas e as picadas na garganta com a bile que foi subindo e descendo nas últimas três horas. Meu corpo é subitamente empurrou para fora na terra e antes que eu possa registrar o que está acontecendo, estou sendo jogada em uma grande caixa de madeira. — Temos que mover elas e nós temos que mover elas agora. Elas foram compradas e elas têm sido solicitadas para ser entregues nas melhores condições, — uma voz masculina grunhe. Através da minha visão turva, eu posso ver que há outras duas meninas aqui comigo. Ambas estão bem machucadas. Eu posso ouvir os gritos estridentes da caixa ao meu lado e o som tem o meu corpo tenso e trêmulo. Uma sensação doente aperta minha barriga e eu tento focar minha atenção para longe da menina gritando para tentar ouvir o que está acontecendo ao meu redor. Informação é a chave e em uma situação como esta, poderia provavelmente salvar a minha vida. Se eu tenho uma vida para salvar. — Ele queria dez, — diz uma voz masculina. — É como se ele escolhesse elas. Soa estranho se você me perguntar. Ouvi dizer que ele está reunindo elas de outros lugares também, como fora das ruas. Eu não sei de quem eles estão falando. Eu nem me lembro como eu acabei aqui. Minha mente está uma bagunça confusa e eu não posso nem lembrar meu próprio nome. Meu corpo foi bombeado com tantas drogas que eu não sei a esquerda e a direita. Tenho breves crises de consciência, antes de virem e dirigir uma agulha no meu pescoço novamente. Então eu deslizo, só Deus sabe por quanto tempo. É difícil saber para onde você vai quando você gasta metade do tempo inconsciente.

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Eu ouço um pequeno grito quebrado por trás de mim e eu meu corpo se concentra nas duas meninas, também amarradas e amordaçadas. Elas têm lágrimas escorrendo pelos seus rostos e elas parecem tão apavoradas como eu me sinto. A menina à minha esquerda está balançando para trás e para frente, com as mãos amarradas com força na frente dela. A única a minha direita está olhando silenciosamente para mim, como uma parte dela esteja esperando que eu vá salvá-la, ou talvez apenas lhe dizer como chegamos até aqui. Eu não tenho uma resposta para ela. Eu não sei de nada quanto ela. — Eu acabei de colocar a décima garota, — um homem late. — Vamos. A tampa fecha a caixa e minha frequência cardíaca acelera. Eu me contorço, não querendo estar amontoada neste pequeno caixote por só Deus sabe quanto tempo. Eu ouço uma maldição, e então alguém grita uma ordem. A tampa da caixa oscila aberta e eu olho para cima para ver um homem de cabelos escuros, se inclinando com uma agulha na mão. Começo a me contorcer mais e eu balanço minha cabeça, usando os pés para empurrar mais para trás contra a grade. Não adianta; o homem mergulha uma agulha no meu pescoço, enviando uma dor escaldante afiada através do meu corpo e então ele dá um passo atrás, fechando a caixa novamente. Eu viro meus olhos para a menina olhando para mim e ela balança a cabeça suavemente. Eu sei o que ela está me dizendo. Não adianta.

As dores que irradiam pelo meu corpo me despertam da minha neblina. Levo alguns momentos para ser capaz de piscar os olhos e forçá-los abertos. Quando eu faço, eu estou na escuridão completa. Eu tento mexer meu corpo só para sentir que ainda estou ligada, mas a mordaça na minha boca desapareceu. Eu me forço em uma posição sentada e gritar de dor enquanto meu corpo se enche de uma sensação de formigamento. Meus braços estão dormentes por falta de circulação e cada movimento ligeiro é agonia completa. Isso só confirma que eu estive nessa posição por um longo tempo, possivelmente durante a noite. ~ 10 ~


Eu pressiono minhas costas contra algo frio, possivelmente uma parede de pedra. Tento focar os ruídos em torno de mim, mas não há nenhum. Eu não posso ouvir as outras meninas; eu não posso ouvir vozes. Eu não posso ouvir nada exceto o som da minha própria respiração. Minha garganta está seca e a queimação é algo como se eu não tivesse água por dias. É provável que eu não tenha, e com todas essas drogas, meu corpo deve estar entrando em modo de proteção, tentando salvar o que pode. Eu me sento pelo que parece mais de duas horas. Eu sei disso porque eu começo a contar, esperando para ver quando a minha próxima dose de medicamentos vai ser e tentar obter algum tipo de entendimento de como isso funciona. Se eu sei que se esperar a hora deles, então talvez eu tenha mais chances de escapar. Eu ouço vozes masculinas murmurando, e, em seguida, uma luz pisca diante. Leva um momento para meus olhos se ajustar aos meus arredores. Estou em um quarto minúsculo, sem janelas e apenas uma porta. Essa porta é de metal sólido, com barras minúsculas bloqueando uma janela no topo. O piso é de concreto e as paredes são, de fato, de pedra. Este não é um quarto; é uma cela. Mesmo na minha neblina eu sei disso. A porta chocalha e lentamente range aberta. Eu ponha os olhos sobre o espaço, esperando para ver quem vai entrar. Três homens entram na sala, todos com os rostos cobertos por máscaras com buracos nos olhos e narizes. Cada um deles tem duas meninas segurando elas pelas correntes que estão unindo seus pulsos juntos. Eles empurram as meninas no chão e depois desaparecem, voltando um momento depois, com outras duas cada um. Eles as despejam no chão, antes de se virar e bater a porta grande de metal, deixando-nos a sós. Uma vez que meus olhos se ajustam totalmente, eu olho em volta para cada uma das meninas. Eu tento ver algum tipo de semelhança que ajudaria isso tudo a fazer sentido. Não há um padrão entre nós; a única coisa que noto é que todas elas têm um número em suas mãos. Parece ser tatuado. Curioso, eu olho para baixo na parte de trás da minha mão e eu vejo um número 13 escrito em letras pretas. Estendo minha mão algemada e passo o meu dedo sobre a pele levantada. Está dolorido, o que me diz que é muito real. Espio em volta para as outras meninas, que estão todas se mantendo sozinhas. A maioria está olhando para suas mãos, se recusando a fazer contato visual. Eu estudo suas mãos e os seus rostos. Número Um é uma pequena garota rechonchuda, sentada no canto mais distante. Seu ~ 11 ~


cabelo é castanho e ela tem umas algumas sardas no nariz. Eu não posso ver seus olhos, porque ela não olha para mim. Número Dois está sentada próxima a mim. Ela parece Latina, com olhos castanhos que inclinam para cima, dando a ela uma aparência exótica. Ela tem cabelos longos, castanhos que estão despenteados. Parece que ela está aqui há um tempo. Acho que ela estava na caixa comigo. Número Três tem lágrimas caindo pelo seu rosto sardento. Tem o cabelo flamejante-vermelho e os olhos azul-claros. O Número Quatro é uma garota negra, o que me faz lembrar de seda pura. Seus olhos são tão escuros quanto sua pele e ela têm cabelos crespos. Número Cinco é loura e pálida. Eu não posso ver seus olhos, mas eu imagino que seria azul; ela é esse tipo que teria olhos dessa cor. Seu corpo é magro e minúsculo, como se ela não comesse nas últimas semanas. Número Seis tem cabelo negro cortado em um corte baixinho, parecendo uma fada. Seus olhos são verde esmeralda, e ela é, provavelmente, uma das meninas mais belas da terra. Número Sete é uma menina indiana, com cabelo marrom longo, grosso e olhos chocolate. Ela tem um pequeno ponto entre aqueles olhos e quando eu olho em sua direção, eu sinto calor instantâneo em sua direção. Ela é a única pessoa que conectou seus olhos com os meus. Número Oito é uma menina alta, magra, com cabelo castanhoclaro. Ela se parece com um atleta, e seu corpo é extremamente musculoso. Ela está tensa e a mandíbula enrijecida em raiva. Número Nove é uma garota pequena, que não poderia ter mais do que um metro e meio. Ela tem cabelos loiros com mexas que está cortado na altura das suas orelhas. Seus olhos são castanhos e sua pele está bronzeada, como se ela passasse muito tempo no oceano. Número Dez é uma menina asiática, com um minúsculo corpo e a pele bonita, sem mácula asiática. Ela está encolhida no canto, as mãos viradas apenas o suficiente para eu ver o seu número, ela não está se movendo, não olha para ninguém. Número Onze é uma menina muito masculina. Ela tem, cabelo preto curto e pele pálida. Seus olhos são de cor avelã, mas afiando mais ~ 12 ~


para marrom. Ela olha pra mim quando eu olho para ela, então eu rapidamente desvio os olhos. Número Doze está olhando para mim, e ela também é uma menina pequena com o cabelo vermelho-escuro e olhos verdes. Ela me dá um sorriso vacilante que eu não posso retribuir. Que me leva a mim mesma, Número Treze. Eu não poderia te dizer o que eu pareço, porque eu não me lembro. Eu sei que eu tenho cabelos loiros, porque eu peguei um punhado deles na minha visão. Eu tenho a pele oliva; eu posso ver isso também. Eu sou bem baixinha comparada com algumas das meninas, mais parecida com a menina fada em tamanho e altura. Eu sou o que eles chamam petite. Até mesmo as minhas mãos e os pés são pequenas versões das mãos de uma pessoa normal. Então, aqui estamos todas, desde impressionante à média. Isso torna mais confuso, porque não há um padrão distinto e isso torna ainda mais assustador. E fora eu, somente a Número Sete e Número Doze parecem curiosas sobre o nosso ambiente. As outras meninas agem como zumbis, como eles não tivessem personalidades. Como se tivessem sido despojadas disso. Isso faz com que um arrepio de medo corra pelo meu corpo. O que vai acontecer comigo?

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Capítulo Dois NÚMERO TREZE Minha cabeça lateja ao som de gritos vindos da Número Seis. Já se passaram quatro horas, agora e seus gritos não diminuíram. Ela está ao lado da porta, batendo seus pequenos punhos contra o metal, como ele fosse fazê-los se mover. Além de mim, ela é provavelmente a menor de nós, mas ela está gritando como se ela tivesse dez vezes o seu tamanho e batendo na porta com seus pequenos punhos, como se de alguma forma, acabasse com isso e mudasse esta situação. Meus nervos estão disparados e todas nós estamos sentindo o mesmo medo que ela está. Seus gritos não estão ajudando. — Por favor, pare, — sussurra Número Doze, fechando os olhos como se sentisse dor. Eu encontro o seu olhar e ela muda para perto de mim. Uma parte de mim quer sair e pegar as mãos, mas a outra parte está apavorada demais para se mover. Estou tentando não pensar em todas as razões terríveis que estamos aqui, mas com a Número Seis gritando do jeito que ela está, isso é impossível. Número Três e Oito estão dormindo, como se elas não pudessem ouvir a Número Seis. Ou isso, ou eles são extremamente pacientes. Eu não sou. Todo o meu corpo está formigando em uma raiva sendo construída, do tipo que vai ter me gritando com a Número Seis em pouco tempo, se ela não parar. Então eu me lembro que estamos todas juntos nessa e gritar com ela por expressar seu medo me faz uma pessoa má. Então eu deito no chão duro, colocando minhas mãos amarradas debaixo da minha cabeça. Minhas costas enviam uma dor intensa e aguda através de meus quadris e direito para minhas pernas e minha dor nas costelas pela superfície tão dura. Eu tento pressionar as mãos sobre os ouvidos, porque os gritos da Número Seis apenas aumentou. Ela também decidiu que os punhos não estão funcionando, então ela está se inclinando para trás e chutando a porta com tudo o que ela tem. Quando ela não vai a nenhum lugar assim, ela começa a bater com a cabeça nas barras, o bater revoltante soa pelo ar. Poupo um outro olhar rápido. Eu sinto muito por ela.

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O pânico tomou conta. Espero nunca ficar tão desesperada. Eu me viro e de alguma forma, caio em um sono leve. Eu posso ouvir a Número Seis gritando, mas, eventualmente, isso se transforma em um grito rouco, que desaparece lentamente. Ela está determinada, eu vou dar a ela algum crédito. De vez em quando, quando minha mente acorda, eu ouço o baque quando ela ainda ocasionalmente tenta chutar a porta. Quando ela se aquieta, meu corpo cai em um sono mais profundo e eu fico assim, pelo que eu imagino que seja cerca de oito horas, porque quando eu acordo, está de manhã, eu posso dizer isso pela luz que vem através das pequenas aberturas e Número Seis começou sua gritaria novamente. — Me deixe sair, por favor, me deixe ir! — ela grita. Vejo que há sangue seco em seus dedos e seu rosto está vermelho e inchado. Eu me sinto mal por ela; é difícil não ficar. Ela está sofrendo e ela está apavorada. Ela não sabe por que ela está aqui, e, em vez de se manter quieta, ela está deixando transparecer. Eu não posso culpá-la inteiramente. Está levando toda a minha força interior para não passar por cima e se juntar a ela na porta. A única razão que eu não estou fazendo isso é porque no meu momento de total clareza, eu quero tomar em tudo o que puder. Se eu gritar, as chances são de que vão me drogar de novo e eu vou perder algo vital. — Você vai calar a boca? — a garota masculina, Número Onze, rosna. Eu deixo meus olhos viajar até ela e depois voltar para Número Seis. Eu olho entre as duas. Número Onze tem os punhos cerrados e ela está olhando para a Número Seis, que ainda está gritando, ainda com a voz rouca e chutando a porta. — Você não me ouviu? — ruge a Número Onze. — Deus maldito, cale a boca! As outras meninas estão todas sentadas. Algumas delas estão chorando e as outras estão olhando para as suas mãos ainda, como se não se movessem. Eu empurro meu corpo dolorido em uma posição sentada e eu tento coaxo um 'pare' para Número Seis, mas minha garganta está tão seca que apenas soa como se eu estivesse rangendo. Eu fecho meus olhos, tomando uma respiração profunda e dolorosa. Eu ouço a fechadura da porta clicar e minha cabeça se ergue. Todo mundo assiste enquanto a porta se abre e Número Seis é enviada para trás. ~ 15 ~


Ela aterrissa com um baque sobre o outro lado da sala e quando ela fica de joelhos, ela está com os lábios sangrando. Seus olhos estão desesperados e no momento dois dos guardas encapuzados intervêm, ela avança neles. Mesmo que suas mãos estão presas, ela ainda tenta. Ela não chega perto o suficiente para prejudicá-los, porque uma das suas mãos é lançada para fora, batendo no rosto. Um grito escapa de sua garganta quando sua cabeça gira para o lado e ela cai com um estrondo no chão. Um guarda desce rapidamente e toma conta dela pela parte de trás de sua camisa. Ele levanta ela para o ar e a empurra para o seu amigo. Em seguida, eles a pegam e saem, batendo a porta novamente. Podemos ouvir Número Seis gritando por todo o caminho pelo corredor. Ouvimos outra porta bater, e, em seguida, o som de uma bofetada. Meu estômago se revira com força e uma lágrima silenciosa sai e cai do meu rosto. Gritos quebrados da Número Seis se transformam em soluços estrangulados e o desespero toma conta. Eu quero pressionar as minhas mãos em meus ouvidos e bloquear tudo, mas eu não posso. Eu tenho que sentar aqui e ouvir e olhando para as outras meninas e com os rostos pálidos, eu posso dizer que elas estão se sentindo da mesma maneira. — Por favor, não, — Número Seis grita, sua voz realmente petrificada. — Sinto muito, não, por favor... não. Ela implora freneticamente. — Eu não vou fazer isso de novo. Eu vou ser boa. Por favor, não faça isso. — um grande estrondo acontece. Cada um de nossos corpos sacode no susto com o barulho repentino. Então, nada. Como se um interruptor fosse apagado, tudo é silêncio. Um soluço escapa da minha garganta, porque eu sei a terrível verdade da situação. Eu fecho meus olhos, apertando com tanta força que eles queimam e eu tento me concentrar em qualquer som que eu puder. Eu não ouço nada. Os gritos de Número Seis foram apenas cortados. Eu ouço os sons de ânsia de vômito e eu levanto os meus olhos para ver Número Dois se inclinar para frente e vomitar no chão vazio. Minhas lágrimas ficam mais pesadas e eu pressiono minhas mãos amarradas para minha boca. Número Seis se foi.

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A Número Seis não voltou. Em vez disso, ela é substituída por outra garota. Nós não sabemos de onde ela veio ou o que aconteceu com A Número Seis original, mas todas nós tememos o pior que Número Seis foi morta. A própria ideia tem tudo dentro de mim rodando, assim passei a maior parte do dia vomitando. Eu não tive nada para comer ou beber e meu corpo está exausto. Ninguém disse uma palavra; estamos todas em um quarto juntos, mas não estamos falando. É todo tipo de merda. Eles finalmente vêm na parte da tarde. Ouvimos a porta se abrir e todos nós endurecemos, nossos corpos em alerta total. Três homens encapuzados entram na sala e cada um deles tem correntes em suas mãos. — Não se movam, — um deles late. — Vocês se movem, vocês são punidas. Vocês vão aprender muito rapidamente que a melhor maneira de sobreviver é fazer o que é mandado. — então eles entram e se inclinam para baixo, prendendo nossas mãos nas correntes. Quando estamos todas em uma linha, eles puxam e como cães, obedecemos. Nós sair para um longo corredor, totalmente fechado. Eu posso ver as câmeras no teto e eu inclino a cabeça para trás para olhar para uma, na esperança de quem está do outro lado possa ver que tipo de merda que ele ou ela está a nos fazendo passar. — Olhos para a frente, — late um dos guardas. Eu baixo os olhos e olho para a parte de trás da cabeça na minha frente. Eu viro meus olhos ligeiramente para a direita, quando subimos alguns degraus e saímos de dentro desse lugar maciço, entrando em uma bela casa. Isso não é nada do que eu esperava. Pensei que estávamos algum armazém degradado, ou no subsolo, mas não estamos. À medida que caminhamos através dos pisos de mármore perfeitamente polidos, eu olho as obras de arte nas paredes: garotas, tudo preto e branco, enroladas em posições estranhas. Todas elas quebradas. Tal como nós.

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O mobiliário parece caro e é rico em cores: marrom, azul marinho e até mesmo um pouco de verde escuro. A casa foi decorada profissionalmente, eu não duvido. Nós entramos em um corredor estreito que nos leva a um grande conjunto de portas duplas de madeira. Os guardas abrem e nos levam para um salão gigantesco. Meus sapatos esfarrapados rangem nos pisos de madeira polida, enquanto atravessamos. Os guardas param e olham para nós. — Se ajoelhem, — um comanda. Lentamente, como se estivesse em um efeito dominó, as meninas começam a se ajoelhar. Eu não posso ajudar, mas desço com elas, mesmo contra a minha vontade. É humilhante. Minhas mãos pousam com um tapa no chão brilhando e eu mordo meu lábio para me impedir de gritar quando meus joelhos já machucados atingem a superfície dura. Eu ouço o som de passos, mas não me atrevo olhar para cima. Estou com muito medo do que poderia acontecer. Depois de ver a pouca misericórdia que eles mostraram com a Número Seis, eu certamente não vou empurrar os meus limites, não até que eu, pelo menos, entenda quais são esses limites. — Bem-vindas, garotas, — diz uma voz. Eu não tenho certeza se é um guarda, ou outra pessoa. Eu tento levanto a minha cabeça, mas eu não vejo nada. — Meu nome é George e eu sou o segundo no comando. Enquanto eu tenho certeza que vocês estão se perguntando por que vocês estão aqui, não é isso que vamos discutir hoje. Por que vocês estão aqui é um ponto irrelevante no esquema das coisas. Tudo o que vocês precisam saber é que vocês não valem nada em suas vidas, vocês não têm família e esta é sua segunda chance na vida, se fizerem bem feito. Por enquanto, vocês pertencem a nós e vocês vão fazer o que te mandam fazer. — As regras são bastante simples e se você seguirem elas, vocês serão recompensadas generosamente. Se vocês desobedecerem, vocês serão punidas em conformidade. E me deixe assegurar à vocês, meninas, a punição não é algo que vocês gostariam de experimentar. Estamos em silêncio. O único som que eu posso ouvir é a respiração profunda da menina ao meu lado. Botas chiam pelo chão ~ 18 ~


enquanto o guarda anda para cima e para baixo, como se ele fosse uma pessoa de grande autoridade. — O tempo de vocês aqui não vão ser gastos como um feriado. Vocês estão aqui para trabalhar, para ganhar seu sustento. Cada uma de vocês terá funções e essas funções serão escolhidas pelo seu mestre, William. Ele para de falar um momento e o lugar cai quieto, então ele começa novamente. — Ele vai colocar vocês nas posições que sentimos melhor atender às suas necessidades. Vocês não têm uma palavra a dizer sobre a sua posição e como já referi anteriormente, se vocês lutarem, vocês serão punidas. Isso pode funcionar tão bem ou tão mais ou não, vocês escolhem. Quem é o Mestre William? Meu coração gagueja e eu engulo a bile subindo na minha garganta. Minha mente voa para as outras meninas, e eu não posso ajudar, mas pergunto como elas estão se sentindo sobre isso agora. — Vocês vão ser emparelhadas em grupos de três, com tendo um extra. Cada grupo terá uma tarefa diária que deve realizar. Depois de algumas semanas, vocês ficarão livres nas terras meninas, mas sabemos que não há como escapar e aquelas que tentam vão querer não tentar. Temos todo o nível de segurança e não temos dispositivos que são capazes de fazer chamadas para fora, por isso não se incomodem. Vocês vão dividir o quarto com o seu grupo escolhido e à noite vocês serão trancadas nele, a menos que Mestre William pede a sua presença. Pedir a nossa presença? Um sentimento de mortificação enche meu corpo e eu ouço os suspiros escapando de alguns dos lábios das outras meninas. Isso só confirma que elas estão sentindo o mesmo medo que eu. Estamos todas querendo saber quem é esse Mestre William é e por que diabos ele decidiu comprar treze meninas. Por que não doze? Ou dez? Ou inferno, até mesmo uma? Por que diabos esse louco escolheu treze? — Vocês vão ganhar as suas refeições através da realização de seus deveres como ordenado. Se vocês não fizerem isso, vocês não vão comer. É realmente um círculo simples. Sua voz é firme e inflexível.

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— Os números para os seus quartos e os grupos são os seguintes. Tome nota das suas parceiras, porque se uma de vocês estragarem, o resto são punidas também. Então eu sugiro que todas vocês aprendam a trabalhar juntas, — diz ele, em seguida, se aproxima e desfaz todas as nossas amarras antes de se aproximar e ordenar: — números Um, Cinco e Dez juntas, por favor. Três meninas ficam de pé, seus rostos em uma massa de medo e confusão. — Fiquem para a esquerda, — ele ordena. Eles se arrastam para a esquerda, de cabeça baixa. — Números Seis, Dois e Oito, de pé. Elas fazem o mesmo que as meninas anteriores. Nós passamos por isso até que todas nós estamos em um grupo. Eu estou no grupo com Quatro, o que não é necessariamente uma coisa boa, porque dá uma maior chance de estragar as coisas. Tenho Número Doze, Sete e Três comigo. Agora estamos emparelhadas em grupos, um guarda anda na frente de todas nós, com as mãos entrelaçadas estudando a gente. Então ele se vira e vai para frente da sala, levantando algum tipo de dispositivo, falando em sua mão e apertando um botão. — Elas estão todas agrupadas, senhor. Dê uma olhada, decida os trabalhos de cada um ou se existem mudanças que precisam ser feitas. Eu escuto atentamente, tentando ouvir quem está do outro lado da linha, mas eu não posso. O guarda abaixa o pequeno dispositivo e acena com a cabeça a outro homem. De repente, uma luz brilhante acende, queimando a direita em nossos olhos. Eu fico vesga e pressiono as mãos sobre meu rosto, tentando bloquear a luz ofuscante. Eu ouço uma porta bater, mas eu não consigo ver nada. Se eu abrir meus olhos, tudo que faz é queimar. — Elas estão agrupadas, Mestre, — ouço o guarda dizer. — Atribua a elas os seus deveres. Passos pesados caem e nos alertam que alguém está chegando mais perto e eu sei que de imediato é o chamado ‘Mestre William’. Eu não sei como ele é e é claro que não é suposto saber, por qualquer razão. Isso é pra que servem as luzes. Quando ele se aproxima mais de perto, eu posso ouvir sua respiração entrecortada. Eu tremo e não de ~ 20 ~


um jeito bom. Eu estreito meus olhos, inclinando minha mão apenas o suficiente para ver a sua silhueta. É difícil entender o que ele realmente se parece, mas eu posso ver que ele é alto e bastante amplo. Percebo um bom contorno e é claro que ele é extremamente musculoso, como um atleta. Deste ponto de vista, eu acho que seu cabelo é escuro, talvez preto? Eu não consigo ver muito mais, só que talvez que sua pele é verde-oliva. Ele não parece ser muito velho, o que faz com que isso só fique mais confuso. Ele anda para cima e para baixo, obviamente, observando todas nós. — O rosto para frente. — o guarda grunhi. Me viro e eu posso ouvir dos pés farfalhando quando as outras meninas fazem o mesmo. Eu solto minha mão e dirijo o olhar para o chão, incapaz de manter o braço nessa posição. Ouço passos pararem na minha frente e uma mão ataca e toma minhas mãos amarradas. Eu suspiro e olho para a mão grande enrolado em torno da minha. O estranho vira minhas mãos e passa os dedos sobre as cicatrizes irregulares no meu pulso. Eu não me lembro como consegui essas cicatrizes, porque eu não me lembro como cheguei aqui. Parece que eu tentei cortar meu pulso. O polegar do homem pressiona contra uma das grandes no meu pulso. Sua aderência é apertada, cheio de dominação, como se ele pudesse apenas torcer meu pulso a qualquer momento e esmagá-lo. Será que ele decidiu que eu estou danificada? Será que essas cicatrizes no meu pulso vão fazer ele me leve para longe, como fizeram com a Número Seis? Meus olhos queimam com lágrimas e eu não posso respirar constantemente quando eu começo a considerar que todas as razões dessas cicatrizes sejam bobas e que podem causar a destruição da minha vida. Estou bem danificada, ele não quer danificadas. Quem iria comprar escravas só para ver que elas são loucas? Isso é o que ele vai pensar, não é? Que eu sou louca? De repente ele solta e passa para trás. Suas pegadas desaparecem e eu ouço o guarda falar baixinho com ele. Em seguida, a porta bate e a luz cessa. Vejo grandes manchas brancas quando eu pisco para tentar limpar a minha visão. Eu não consigo recuperá-la antes que o guarda fala. Sua voz sai clara e cheia de autoridade. Não há como discutir com seu tom de voz, ou com ele, ao que parece. — O grupo um, — diz ele em um tom profundo e penetrante. — Vocês vão cozinhar. Se vocês não sabem como, aprendam. Vocês serão ~ 21 ~


acordadas às seis da manhã, todas as manhãs para começar o café da manhã. É para ser servido às oito horas pontualmente. O almoço é às doze horas e jantar as seis da tarde A cozinha é para ser deixada em boas condições em todos os momentos. — O grupo dois, — continua ele, virando os olhos para o segundo grupo. — Vocês são responsáveis pela limpeza. Vocês também serão acordadas às seis da manhã. Vocês vão começar na parte inferior da casa, garantindo que está tudo arrumado. Vocês vão compartilhar os trabalhos entre vocês, para se certificarem de que tudo seja feito. Ele move os olhos para o próximo grupo. — Grupo três, vocês vão limpar a cozinha uma vez que o grupo um cozinhou cada refeição. Vocês também serão responsáveis por toda a roupa da casa, certificando-se que tudo esteja limpo, passado e dobrado de uma forma rápida a cada dia. Vocês também serão responsáveis pela limpeza da piscina e manutenção dos jardins. Vocês também vão levantar às seis horas e começar seus deveres. — Grupo de quatro, — diz ele, virando-se para nós e dando a todas um longo olhar. — Vocês servem ao mestre. Vocês vão para ele quando ele precisar de vocês e vão ajudá-lo quando ele pedir. Se ele não precisar de você, então você vão se juntar aos outros grupos em manter a propriedade limpa, mas no momento em que ele chamar, vocês vão até ele. Temos que servir ele? O que é que ele quer dizer? Meu estômago torce e eu me sinto doente. Eu gostaria de poder me lembrar de como eu acabei aqui e por que é que eu não consigo me lembrar de uma coisa maldita sobre a minha vida, incluindo o meu próprio nome. Não consigo pensar com clareza suficiente agora, mas o passado é um borrão. Eu sei que são as drogas que nos deram; elas criaram uma amnésia induzida por drogas. Isso significa que eles vão continuar com as drogas? Será que isso significa que eu nunca vou me lembrar o suficiente para sair daqui? E se não são as drogas? E se há outra razão para a minha perda de memória? O guarda cruza os braços grandes e desloca de um pé para o outro. — Vocês serão levadas para os seus quartos, agora. Há roupas estabelecidas. Vocês vão se vestir com elas depois de tomar um banho, e então você vão começar seus deveres. Há um guarda designado para cada grupo e se vocês desobedecerem, vocês serão punidas. Ele clica seus dedos e três guardas entram na sala. Eles formam pares, sendo um deles a cada grupo. Eu fico olhando para o guarda que ~ 22 ~


foi sido atribuída a nós. Ele é de meia-idade, com cabelos castanhoclaros, olhos castanhos e duros. Ele não olha para nós; ele finge que não existimos enquanto ele puxa as correntes e nos leva até a porta. Logo antes de andarmos mais, uma das meninas de um grupo começa a gritar, balançando a cabeça de um lado para o outro. — Não, por favor, não me faça ir. Eu quero ir para casa. Seu guarda toma conta de seu braço, e puxa ela para si, rosnando algo em seu ouvido. Ela grita e chuta para fora, fazendo-o cambalear para trás. Seu rosto amassa. Ela sabe que suas tentativas são em vão. Essa é a beleza do espírito humano. Pode ser dobrado muito antes de ser quebrado. E muitas dessas meninas já estão quebradas. O que me faz pensar se elas já estavam danificadas antes de chegarem. Os outros guardas rapidamente se juntam ao primeiro, circulando ao redor da garota. Meus lábios tremem quando eles a forçam para o chão. O guarda grande se volta para o resto de nós. — Vocês estão prestes a ver o que acontece com aquelas que se comportam assim. O guarda toma conta do cinto em torno de sua cintura, puxandoo para fora e pressiona em suas mãos. Os outros guardas seguram a menina no chão e se agacha para baixo, levantando a camisa dela. Eu olho para longe, incapaz de ver o que eles estão prestes a fazer. Todo o meu peito está doendo tanto que parece que eu tenho um caminhão de dez toneladas sentado sobre ele. Eu pisco as lágrimas quando ouço a primeira rachadura de um cinto contra sua pele, seguido por seu grito quebrado. Eles deram dez desses. Até o décimo, ela parou de implorar. Eu lentamente me viro, olhando para ela. Meus olhos queimam como eu olho nas costas. Vergões vermelhos aparecem em sua pele, inchado e irritado. Os guardas a seguram e ela está chorando em silêncio, com o cabelo caindo sobre o rosto. Meu coração dói por ela e eu quero ir lá e confortá-la, mas eu sei que eu não posso. — A menos que vocês queiram isso, — o guarda sibila, — então vocês vai fazer o que eu disser. Ele nos puxa para a porta e nos leva para fora e para longe dos sons da menina soluçando.

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Mas nĂŁo ĂŠ um som que eu vou ser capaz de empurrar para fora da minha mente facilmente.

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Capítulo Três WILLIAN — Elas estão em seus quartos, senhor. Eu levanto a cabeça e olho para George, o meu guarda principal, de pé na porta. Ele tem seus largos braços cruzados e ele está de pé em alerta total. Eu vejo um certo nível de autoridade em seu olhar cinza e eu sei que tomei a decisão certa escolhendo-o para o trabalho. Ele é fiel, e confiante e ele obedece a todos e cada um dos meus comandos. — Muito bom, George, — eu digo, minha voz baixa. Eu levanto os meus olhos para as câmeras e me concentro nas telas onde as garotas estão todas olhando para os seus novos quartos, experimentando sua nova vida pela primeira vez. Elas estão com medo agora, mas não terão em breve. Elas vão saber por que eles estão aqui. Elas vão ver porque eu as peguei. Elas vão descobrir por que elas são especiais. Em breve, todos elas vão entender. — Qual garota você requer em primeiro? Eu mantenho o meu olhar fixo na tela e eu me concentro na pequena garota loura, a que parecia apenas um toque diferente do resto. Medo não vaza de seus poros como faz nas outras; ela é forte e constante. Ela aparece. Ela não se lembra. Eu tenho a certeza disso. Eu viro meu rosto para George. — Número Treze.

NÚMERO TREZE ~ 25 ~


O quarto que foi dado ao nosso grupo é enorme. Além do que eu tinha imaginado em minha mente. Imaginei um espaço escuro, sem janelas, sem ar fresco e camas maltrapilhas. Este quarto é aberto e bastante arejado. É muito simples, porém, sem pinturas ou quadros nas paredes de creme. O tapete é um azul pálido, em perfeito estado. As camas são todas simples, com lençóis brancos e cobertores azuis dobrado no final. Tudo no quarto é bom, mas simples e lógico. Eu tenho certeza que há uma razão para isso; eu só não sei o que isso é ainda. O guarda empurra nosso grupo no espaço e tranca a porta. Eu me aproximo, sentindo meus pés afundarem no tapete de pelúcia. Eu lanço meus olhos até as janelas imediatamente, por instinto, mas eu vejo que elas estão totalmente gradeadas. Uma pontada de dor rasga o meu peito e eu me sinto um pouco da minha esperança escorregar, mesmo que a lógica diz, claro, que as janelas não dariam nenhuma fuga. Eu ando e olho para o banheiro grande no canto esquerdo do quarto. Ele tem uma grande banheira, um chuveiro grande de vidro e uma penteadeira de casal. Eu deixo meus olhos passarem sobre o espelho e uma vontade súbita de ir e olhar para mim mesma é esmagadora. Eu preciso saber quem eu sou. Preciso lembrar. — Cada uma pegue uma cama, — diz o guarda e me viro para encará-lo. — Vocês estão autorizadas a tomar banho apenas uma vez por dia, a menos que vocês sejam instruídas a ter mais. Vocês não permitidas usarem o banheiro sem permissão. Vocês têm apenas sabonetes básicos para se lavar. A única vez que vão ser dado a vocês coisas boas, como xampu ou condicionador, é se vocês ganharem. Ele faz uma pausa. — Suas roupas estão nas gavetas; vocês usem apenas um par por dia. Sem barulho depois das oito horas e aquelas que desobedecerem vão se encontrar dormindo no escuro porão abafado. Eu fico olhando para o guarda, tentando absorver todas essas regras. Elas não fazem muito sentido para mim. Somos escravas, mas eles estão nos dando coisas básicas que são confortáveis e boas o suficiente para nos manter calmas e contentes. Estamos sendo ~ 26 ~


informadas que se formos boas, seremos recompensadas com coisas boas, e se somos mal, não vamos. Nada disso parece estar fazendo muito sentido para mim e quanto mais eu ouço, mais difícil é para a minha mente confusa processar. Eu vejo outro guarda se aproximando. Ele é mais jovem do que o nosso guarda, com longos cabelos ruivos que estão amarrados na nuca de seu pescoço. Ele é um homem grande e ele tem os olhos verdes como esmeraldas. Ele parece um pouco mais gentil, mas ele não nos olha quando ele se inclina para baixo, sussurrando algo para o guarda. Eles acenam a cabeça e murmuram entre si, e eu tento ouvir o que estão dizendo, mas não posso entender nada. O outro guarda se afasta e o nosso se vira para nós com uma expressão dura. — Número Treze, você vai tomar o banho primeiro. O mestre pede a sua presença. Eu olho para o meu lado, para minha mão para ver se realmente ele me chamou, mesmo que eu saiba quem eu sou. Quando eu vejo o grande e preto número 13 na minha mão, meu estômago revida e bile sobe na minha garganta. Por que ele me chamou primeiro? Fiz algo errado? Será que ele vai me mandar embora, como ele fez com a Número Seis? Eu não sou o suficiente? Estou faltando algo? Talvez eu seja terrivelmente feia. Meu cérebro se sente como se estivesse pulsando e eu cerro os olhos fechados e tento lembrar de como eu pareço. Eu só posso chegar à escuridão. Não há nada lá. O guarda se aproxima e tira minhas algemas. — Você tem uma questão de segundos para entrar no chuveiro, Número Treze. Eu viro minha cabeça e eu sei que meus olhos estão arregalados e assustados. As outras meninas estão olhando para mim com confusão clara e simpatia nas profundezas de seus olhares. No entanto, vejo também alívio, como se elas estivessem contentes por não serem elas que estejam indo até lá. Eu lentamente forço meus pés em direção ao banheiro, sentindo meu coração bater quando eu entro em cena eu vou direto para o espelho e os meus dedos se curvam em torno da bacia. Olhe para cima. Veja quem você é. Eu ergo minha cabeça lentamente e eu olho para o espelho. Um par de olhos azul-céu olha de volta para mim. Eles são olhos vazios. Como a garota que estava lá deixou nada mais do que esferas ocas. Meu cabelo é longo, arrastando para baixo sobre meus ombros. É um louro claro, mas existem fios mais escuros por ele, dando a ele um ~ 27 ~


aspecto listrado. Meu nariz é pequeno e reto e os meus lábios são cheios. Eu levanto os meus dedos, pastando em toda a minha pele. É suave e tem um tom rosa. Eu pareço quase frágil, um pouco como uma boneca que está destinada a se sentar em uma prateleira. Mesmo que eu estou de pé, eu não posso ver tudo de mim mesma no espelho, porque eu sou inacreditavelmente baixa. Eu vou para cima das ponta dos pés, tentando me estudar mais. Na ponta dos pés, eu ainda não sou alta o suficiente para ver mais. Eu acho que eu seria do tamanho de um metro e cinquenta e cinto, no máximo. Eu posso ver que tenho seios pequenos. Meu estômago é firme e pequeno, assim como o resto de mim. — Tire a roupa e banho, — a voz atrás de mim late. Eu giro ao redor, cobrindo meus seios, embora eu ainda esteja vestindo roupas. Eu fico de boca aberta com o guarda em pé no banheiro comigo, os braços cruzados sobre o peito com raiva. Ele tem um nível de autoridade em seus olhos, como se ele levasse seu trabalho muito a sério. No maior voz que pude reunir, eu coaxo, — E-e-eu vou, mas você precisa sair. Suas sobrancelhas atiram para cima, como se eu tivesse surpreendido ele. Ele se aproxima, seu rosto torcendo de raiva. — Você acha que nós não sabemos o que as meninas podem fazer em um chuveiro sozinhas? Existem instrumentos aqui que podem ser usados para atacar. Há também coisas que podem prejudicar um corpo humano. Nós não vamos correr o risco de deixá-la sozinha tramando. Agora tire suas roupas e entre no chuveiro. Meus pele se arrepia. Ele quer que eu tome banho... na frente dele? Minha cabeça sacode de um lado para outro quando eu dou alguns passos para trás. Não, eu não vou tirar a roupa e me lavar enquanto ele olha para mim. Seu rosto endurece quando eu continuo a recuar, balançando a cabeça mais e mais, e dando a ele a minha resposta clara sobre o assunto. Sua mão ataca e seus dedos se curvam ao redor do topo do meu braço, causando uma dor cortante afiada que dispara através do meu corpo. Eu inspiro. — Você vai fazer o que eu disse. Eu me contorço. — Deixe-me ir! — eu rogo. ~ 28 ~


Sua mão ergue acima do ombro, dedos abertos e ele dá um tapa em meu rosto tão duro que minha cabeça oscila para o lado. Sangue metálico e quente enche minha boca quando um dos meus dentes perfura meu lábio. Eu grito, sentindo minhas pernas começarem a tremer enquanto eu me preparo para o próximo golpe. Ele vem rapidamente e o tapa forte enche o banheiro, seguido por meu grito quebrado. Em seguida, ele se inclina para baixo e ele rasga o meu top com um barulho alto. Minhas calças seguem atrás. Deixando apenas minha calcinha, ele balança a porta do chuveiro aberto e me empurra lá, abrindo o chuveiro. A água quente vem rugindo e escalda minha pele. Meus gritos enchem o banheiro como eu freneticamente tento ver através da minha visão turva. Demoro alguns segundos e por esta altura a minha pele está queimando a partir do contato. Minhas lágrimas se misturam com a água escaldante, meus soluços abafados pelo martelar do chuveiro. Eu me inclino para baixo, pegando a barra de sabão e passando rapidamente sobre o meu corpo. Eu não olho para trás, para o guarda, mas eu sei que ele ainda está de pé e olhando para mim. Eu termino e saio, me secando com a toalha áspera fornecido. O guarda empurra algumas roupas para mim. Ele não vai sair e eu não posso colocar roupas secas sobre minha calcinha molhada. Coloco a toalha debaixo do meu queixo e desesperadamente tento me equilibrar e mantê-la lá enquanto eu largo minhas roupas molhadas e coloco as limpas. Eu forço as lágrimas quando eu dobro a toalha encima da bancada e passo a escova através dos meus cabelos embolados. Então eu volto para a guarda e ele se aproxima, fechando um novo conjunto de algemas em minhas mãos. — Hora de conhecer o mestre.

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Capítulo Quatro NÚMERO TREZE Eu tento observar cada parte do meu entorno, enquanto eu sou conduzida pelo longo corredor. Eu não sei onde ele leva, mas eu conto cada quarto nas laterais. Quatro à esquerda, dois à direita. Eu pego um vislumbre de uma sala de estar formal, no final, um pouco antes de se transformar em outra sala que tem um conjunto de escadas no final do mesmo. Tomamos as escadas até outro andar que está aberto, e possui uma enorme área de estar, uma biblioteca e uma enorme sacada com vista para os jardins. Bem no meio da sala, embutida na parede, está um conjunto de portas duplas gigantes. Dois guardas do lado de fora. Meu coração parece que vai saltar para fora da minha garganta enquanto o guarda me leva para mais perto, parando na porta e erguendo o dispositivo de comunicação a boca, falando em um idioma diferente. Eu desesperadamente queria saber o que ele estava dizendo. A voz vem do outro lado da linha e é profunda e rouca. Esse homem também fala em um idioma diferente. Antes de eu saber o que está acontecendo, um homem está atrás de mim, colocando uma venda nos meus olhos. Eu choramingo e tento levar minha cabeça para fora do caminho. Isso me ganha um forte empurrão e um rosnado ‘parar de se mover’. Eu paro de me mover, embora as minhas pernas se sentem como se virassem geleia. Estou apavorada. Este homem não quer ser visto. Ele é tão ruim assim? Ele é um monstro? Uma besta? Talvez ele seja alguém muito rico e importante. Eu não sei, mas há certamente uma razão de nossos olhos nunca caírem sobre ele. Eu ouço a porta ranger aberta e eu sei que eu entro em um ambiente mais escuro, porque tudo parece escurecer. Eu engulo mais e mais, tentando controlar o desespero inundando minhas veias. Minhas mãos estão tremendo descontroladamente e minha mente está girando com possibilidades. Será que ele vai me estuprar? Me matar? Me vender a outra pessoa? Eu não sei o que está prestes a acontecer comigo. A porta se fecha e de repente eu me sinto sozinha. Eu ouço um som, algo para indicar que não é assim, mas eu não ouço nada por um longo momento. Então eu ouço o baralhar e eu sei que há alguém aqui ~ 30 ~


comigo. A venda absorve as quando como eu soluço. Eu não quero mendigar; eu não quero parecer fraca. Eu vi o que aconteceu com a Número Seis, quando ela se deixou ceder ao seu medo. Eu me sinto como se eu estivesse de pé naquele lugar por horas antes de uma mão se aproximar ao redor do topo do meu braço. Eu vacilo, não querendo que ele me toque. Eu ouço um som e então eu sinto meu corpo sendo puxado para baixo. É isso; ele vai me estuprar. Eu não tenho escapatória. Eu não posso nem lutar. Estou presa. Deixei escapar um apelo irregular e me contorço mais duramente, não querendo dar mais de mim mesma sobre a essas pessoas... esses monstros. Sou puxada para uma volta e eu sinto uma mão na minha perna enquanto a outra é pressionada contra minhas costas. O homem em que eu estou me sentado é grande, isso eu sei. Ele tem que ser muito alto e as partes dele que posso sentir é puro músculo. Suas pernas estão descansando contra as minhas e elas são sólidas. Seu peito está contra meu ombro e eu sei que há uma grande dose de força há pelo modo como seus músculos pulam e se movem quando ele faz. Os braços em volta de mim são fortes e imponentes. Ele está me segurando, me controlando. Ele me pegou em uma posição que não é fácil escapar e ele me colocou lá sem esforço. — Por favor, — eu choramingo e no meu atual estado de desespero, eu realmente não sei o que estou pedindo. Ele não me responde. Ele apenas me mantém lá, como se eu fosse algum tipo de criança. Seus braços se levantam e enrolam em volta da minha cintura, me segurando e eu posso sentir seu peito subindo e descendo profundamente com cada respiração que ele toma. Eu fecho meus olhos, tentando me levar para longe, tentando controlar o medo que tem o meu corpo tremendo em seus braços. Pense em outra coisa, qualquer outra coisa. Tento reunir uma memória, mas não há nenhuma. Eu tento pensar sobre o oceano ou a floresta, mas eu não me lembro claramente o que eles se parecem. Eu só percebo que estou chorando quando sua mão vem até o meu cabelo e ele acaricia os dedos para baixo, as espessas camadas longas. Eu pego o cheiro dele quando ele se move e ele cheira limpo, como sabão. Também tenho uma dica de uísque. Eu paro de soluçar quando ele continua a deslizar os dedos pelo meu cabelo. Quem é este homem? Por que ele está me segurando assim? Por que ele não fala comigo? Por que ele não me deixa ver o rosto dele? Eu tento empurrar

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livre de seu aperto, mas não adianta. Ele me pegou em um aperto de invencível e ele é muito forte para me soltar. — Quem é você? — eu sussurro rouca. Ele não responde; ele simplesmente continua acariciando os dedos por meu cabelo. Ele está tentando me acalmar? Me confortar? Ou ele está apenas tentando mexer com a minha cabeça? Minha mente está nadando com os pensamentos e não importa quanto tempo ele fica acariciando meu cabelo, não vai mudar o pânico que eu estou sentindo agora. Eu paro de me mover depois de dez minutos ou mais e eu aperto meus olhos fechados, deixando-o continuar, rezando a cada segundo que ele acabe logo. Eu mordo meu lábio tão duramente que sangue enche minha boca pela segunda vez hoje. A ideia de ter as mãos de um estranho no meu cabelo me faz sentir doente, especialmente um estranho Eu não posso ver. Há uma razão para que ele não me deixa vê-lo e isso me faz temê-lo mais. Meus olhos estão cerrados e minha respiração ainda é profunda e rápida. Estou tentando me acalmar o suficiente para fazer ele acreditar que ele me acalmou, mas isso não está acontecendo tão bem quanto eu gostaria. Então, ele continua a jogada. Ao longe, ouço música tocando e eu coloco toda a minha energia para me concentrar no som. É música elegante, com um som profundo, com alma que só faz meu coração doer mais. Eu gostaria de poder cair agora, me levar para um lugar mais feliz, só que eu não sei se eu já tive um lugar feliz. Suas mãos, de repente param de se mover e eu percebo que eu consegui me acalmar o suficiente para fazê-lo acreditar nisso. Ele me levanta do seu colo e me coloca em pé vacilante. Eu fico assim por um longo momento, ouvindo, esperando. Então eu ouço sua voz rouca que quebra o silêncio como ele diz algo no meu ouvido em um idioma diferente. — Încredere în întuneric, frumusețea. — Confie na escuridão, Linda. Eu não sei o que ele diz para mim, mas o som é tão masculino, com a voz tão cativante e suave, que me tem de pé paralisada até que a porta se abre e um guarda caminha para dentro eu pego apenas um breve vislumbre de seu cabelo escuro balançando nos ombros largos antes que o homem desapareça na escuridão. Quem é ele? ~ 32 ~


Capítulo Cinco NÚMERO TREZE Minha mente parece nebulosa à medida que caminhamos para trás em direção aos quartos. Meus olhos ardem e estou tomando longos momentos para se ajustar à luz mais brilhante aqui. Eu não entendo o que aconteceu e não importa de quantas maneiras eu olho para ele, não faz sentido para mim. Ele me segurou como se eu fosse uma criança. Ele acariciou meu cabelo e então ele me deixou ir com algumas palavras murmuradas em meu ouvido. Parece que não há sentido em suas ações. Ele estava tentando me acalmar? Fazendo eu confiar nele para que ele possa fazer algo diferente? Algo pior? No momento em que chego ao quarto, os guardas abrem a porta e me enfiam dentro, tirando as algemas antes de bater a porta atrás de mim. Me dirijo imediatamente e pego a maçaneta da porta, sacudindoa. Está trancada e meu estômago torce. Eu ainda estou tremendo e eu tenho um momento para fechar os olhos e respirar, me recompondo antes de virar para as meninas no quarto. Elas estão todos sentados em suas camas, olhando para mim, com os olhos cansados. Vou até o que foi claramente deixada como minha cama e eu lentamente sento, ainda tentando processar meus pensamentos. É a Número Sete que fala primeiro, com a voz baixa e suave. Percebo que é a primeira vez que ela falou. Eu levanto os meus olhos e olho em seus olhos cor de chocolate. — Você está ferida? Levo um momento para responder à pergunta, mesmo que eu esteja plenamente consciente da resposta. — Não. Número Três olha para nós de sua cama e seus lábios tremem. Ela é frágil; vi isso no momento em que pus os olhos nela. Eu posso ver o medo em suas profundezas; ela não sabe o que vai acontecer e não é um fato que ela pode lidar com facilmente. Estamos todas com medo, mas ela se foi longe e para além disso. Ela está petrificada. Eu tento sorrir para ela, mas isso sai cambaleante e quebrado. Eu não tenho nada para lhe dar. Eu não posso dar a ela esperança, porque eu tenho tão pouco dele como todas as outras. ~ 33 ~


— Foi ele... horrível? — Número Doze pergunta, se levantando da cama e colocando seu cabelo vermelho-escuro atrás das orelhas. Ela se aproxima e se senta na cama ao meu lado. — Não, — eu sussurro, minha voz rachada. — Ele só me fez sentar em seu colo. Ele não me machucou. — Você o viu? — Número Sete pergunta. Eu balanço minha cabeça. — Não, eu estava com os olhos vendados e o quarto estava escuro. Elas estão todas no momento. Até que Número Três começa a chorar baixinho e ela esfrega as mãos sobre as coxas em um movimento repetitivo. — Por que não consigo me lembrar de nada? Por que estamos aqui? Suas perguntas são perguntas que provavelmente todas já nos perguntamos e ela tanto quanto eu não temos as respostas para isso. Eu fecho os olhos, respirando fundo, tentando despertar a memória, mas nada vem. Estou completamente em branco e frustração incha no meu peito. Eu forço minha mente longe do vazio e eu olho para trás, para as outras três meninas no meu grupo. Com a maior voz que consigo reunir, que é apenas um sussurro, eu digo: — Estamos todas aqui, e não sei por que, mas podemos ficar juntas. Nós podemos ajudar uma a outra. Nós podemos estar lá para a outra. Vamos encontrar uma saída, mas se desintegrarmos, não teremos mais nada. Todos eles assentem lentamente. — Há câmeras, — Número Sete sussurra, levantando os olhos para o teto. — Eu sei, — eu digo, olhando para as câmeras. Eu olho ao redor do quarto e tento encontrar algo que eu possa escrever, mas não há nada. Não existem gavetas, ou uma mesa. Tem apenas camas e um armário que eu já sei que só tem roupas. As outras meninas seguem meus movimentos, entendendo o que eu estou tentando fazer. Eles falam comigo com os olhos, me deixando saber que elas entendem. Nós não podemos dizer nada em voz alta aqui, mas podemos nos comunicar. Talvez no meio da noite, quando o quarto estiver escuro, podemos sussurrar. Eu ouço o ranger da porta e me viro para ver o guarda voltando para o quarto. Ele se aproxima com um carrinho, e descarrega bandejas, colocando-as nas mesas ao lado de nossas camas. Ele não ~ 34 ~


olha para nós quando ele se move, mas eu sei que ele está em alerta máximo. Um movimento nosso e ele entra em ação. Ele dá um passo para trás em direção à porta, quando ele acaba e se vira para nós. — É fim de tarde. Coma seu jantar e se prepararem para a cama. Tudo sobre esse prato é para ser comido, o leite deve ser totalmente consumido. Se vocês não fizerem isso, vocês vão ser punidas. Em seguida, ele sai e bate a porta. Estamos todas morrendo de fome e no momento em que sento o cheiro da comida passear pelo quarto, todas nós nos levantamos e corremos para nossas bandejas. Eu levanto a tampa de prata para revelar um prato de comida e meu estômago vira com raiva e desejo. Eu inalo o rico aroma de carne assada e batatas e minha boca se enche de saliva com a ideia de tomar a minha primeira mordida. Não me lembro de quando eu comi pela última vez, mas eu sei que eu estou morrendo de fome agora e esta comida é como luxo neste momento. Eu sento na cama e eu levanto o meu garfo de plástico. Eles não nos forneceram uma faca, mas isso não me choca. Eu esfaqueio o garfo no rosbife fatiado e eu estalo um pedaço na minha boca. Eu gemo de prazer quando eu mastigo, absorvendo os sabores, apreciando enquanto dançam na minha língua. Em seguida eu esfaqueio uma batata e repito o mesmo processo. Eu como tudo do meu prato, até a última ervilha, e então eu uso o rolo de pão ao lado para enxugar o último resquício de molho. Eu estou tão cheia agora, mas lembrando das palavras do guarda para comer e beber tudo, me aproximo e pego o copo de leite. Está quente, o que me surpreende. Eu cheiro em antes de pressionar o copo aos lábios e engulo o líquido em quatro grandes goles. Eu limpo o meu rosto com as costas da minha mão e me viro para ver as outras meninas terminando sua comida e leite, também. Eu me levanto da cama e caminho até o armário, imaginando que nos obrigam a trocar de roupa antes de dormir. Eu escolho uma camisola branca simples e eu entro no banheiro para me trocar e escovar os dentes. Me sinto de repente quente como eu estou andando de volta para fora, como a exaustão tomasse finalmente conta. Eu estou balançando nos meus pés. Eu bocejo e minha pele formiga quando eu me arrasto de volta a minha cama. Eu me sinto pesada e ainda estranhamente leve. Eu fico olhando para as outras meninas e vejo que a Número Sete já está dormindo. Ela nem sequer se trocar. Número Três está no banheiro, se trocando. Número Doze está sentada em sua cama, com os

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olhos abrindo e fechando enquanto ela tenta ficar acordada. Acho que todos nós precisam de um pouco de comida e descanso. Eu rastejo pela minha cama, grata que não seja um concreto duro. O colchão é muito mole e o travesseiro muito duro, mas estou tão cansada que não me importo. Eu puxo o cobertor sobre meu corpo e meus olhos se fecham. Eu tento abrir novamente para que eu possa desligar a lâmpada, mas eu não consigo reunir força para levantar minhas pálpebras e muito menos as minhas mãos. Todo o meu corpo se sente como se estivesse afundando no colchão e minha cabeça começa a nadar. Essa é a última coisa que eu lembro.

NÚMERO TREZE — Levantem-se! A voz entra na sala alta e em expansão. Deixei minhas pálpebras vibrarem abertas e vejo que ainda é predominantemente escuro lá fora. O sol está apenas começando a lançar a sua luz no horizonte. Estou confusa por um momento, tentando me lembrar de onde eu estou. É vago, mas depois de um momento me lembro da situação que eu fui colocada dentro e eu estou sendo mantida escrava de um senhor que eu não vejo. Tento recordar os últimos momentos antes de adormecer ontem à noite, mas eles parecem confusos. — Eu disse, agora! — O guarda late, sacudindo a luz. Eu estreito os olhos, apertando a minha mão sobre os olhos, tentando me ajustar. Ouço passos pesados e alguém guincha. Eu pisco rapidamente, movendo minha mão e eu vejo o guarda está segurando a Número Três para cima. Ela está chorando de novo e suas pernas estão tremendo. Eu forço meu corpo e eu jogo minhas pernas para fora da cama. Eu ainda estou muito tonta e me leva muito tempo para me recompor. O guarda arrasta a Número Três no banheiro e eu ouço seus apelos quando ele a obriga a tomar banho. Eu também ouvi o tapa alto quando ela não faz o que ele diz. ~ 36 ~


Eu viro meus olhos a Número Doze e Número Sete e ambas estão olhando para o banheiro com os rostos com puro horror. Elas sabem que estão chegando em breve e elas sabem que não há nada que possamos fazer sobre isso. Eu engulo o caroço se formando na minha garganta e eu vou até as meninas, colocando a mão no braço da Número Doze. Ela salta e gira em torno rapidamente, seus olhos frenéticos. — Está tudo bem, — eu digo, minha voz rachada do sono. — Vai ficar tudo bem. — Devemos nos vestir, — Número Sete diz, sem mover os olhos da porta. — Nós não queremos deixar ele com raiva. Concordo com a cabeça e todas nós rapidamente nos vestimos em um conjunto básico de shorts e um top. Então, todas nós estamos em nossas camas, esperando, sem saber o que é suposto fazer. O guarda sai um momento depois, ainda segurando Número Três, que parou de chorar, mas seu rosto está amassado com medo. Ele a empurra para a porta e a leva para fora. Um momento depois, ele empurra um carrinho para dentro, contendo o nosso café da manhã. Ele late, — Comam isso e coloquem as bandejas de volta. Então esperem aqui para o meu comando. — então, ele sai com a Número Três. Nenhum de nós sentiu vontade de comer. Meu estômago está se revirando com medo de Número Três. E se o mestre não for tão gentil com ela? E se ele machucá-la? E se ela não agradá-lo? Será que ela vai acabar como a Número Seis? Será que eles vão machucá-la? Ou pior, matá-la? As perguntas estão rodando na minha mente, sem pausas e o enrolamento no meu estômago se intensifica. Eu fico olhando para as bandejas, sabendo que se não tomar café da manhã, vamos ser punidas. Eu também não sei quando vamos ser alimentadas de novo e eu não quero correr o risco de ser deixada com fome. — Devemos comer, — diz a Número Sete. — Eu sei que nós não queremos, mas devemos. Sua voz é calma e tímida, mas ela está certa. Devemos comer. Cada um de nós pegamos uma bandeja e nos sentamos ao lado de nossas camas novamente. Desta vez eu não estou tão animada sobre a comida na minha frente. Eu levanto a tampa de prata para revelar uma tigela de granola, com fruta do lado e um copo de suco de laranja. Eu levanto o copo e bebo o suco devagar, lentamente facilitando no meu ~ 37 ~


estômago. Quando parece que ele se estabelece lá muito bem, tomo um gole da vitamina e pego uma uva a partir da tigela de frutas. Leva vinte minutos para comer meu café da manhã, mas eu conseguir colocar tudo no estômago. Quando eu termino, eu coloco meu prato no carrinho e fico ao lado de minha cama novamente. As outras meninas seguem minhas ações, até que nós estamos todas de pé em silêncio, perguntando-se se a Número Três está ok. É assim que elas se sentiram ontem, quando fui levada? Encheram-se de tanto medo? Será que elas se perguntaram se eu nunca iria voltar? A própria ideia tem desespero inundando minhas veias mais uma vez. Eu preciso sair daqui. — Em linha de fora. A voz da guarda entra no quarto antes dele e todas nós obedecemos, indo em direção a porta e saindo para se alinhar do lado de fora. Ele está na frente de nós, olhando para nós como se enojássemos ele. Eu não entendo por que ele está com tanto mau humor, Mestre William é tão tranquilo. Ou talvez ele não seja; talvez ele esteja jogando um jogo com a gente, o que nos permite acreditar que estamos a salvo por algum tempo antes que ele nos mostre o seu verdadeiro eu. Eu lanço os meus olhos para o chão e eu não movo eles quando o guarda começa a falar. — Número Três ficará com o mestre esta manhã; o resto vocês vão trabalhar no jardim com o grupo de três. Vocês vão parar apenas para o almoço e então vocês vão trabalhar durante a tarde antes de ajudar um grupo na cozinha. Faça o que é dito e não haverá punições. Todas nós acenamos. Ele se vira e nós o seguimos pelos corredores, através da grande, bela casa. Ele nos leva para o nível térreo com piso de madeira e para fora. Eu não posso ajudar, mas inalo o ar no segundo que passo para o ar fresco e úmido. O cheiro de flores e pinho enchem meu nariz e eu só dou esse momento para apreciá-lo. Eu sei que não haverá muitos momentos para desfrutar as coisas aqui, mas eu pretendo aproveitar todas, qualquer coisa que é oferecido para mim. Nós andamos pela grama macia, verde e paramos em um enorme celeiro com um conjunto de portas duplas. O guarda pega uma chave e destrava, balançando as portas abertas. Elas abrem com um rangido e ~ 38 ~


um momento depois uma grande luz se acende. O espaço enorme vem à vista e é preenchido com uma variedade de ferramentas de jardinagem, incluindo uma grande máquina para manter o gramado aparado. O guarda entra e então se vira para nós. — Tudo o que vocês precisam está neste celeiro. O mestre exige que a grama seja cortada, as árvores podadas, os arbustos moldados e as flores regadas. Vocês dividem-se entre vocês, mas garantem que tudo seja feito. Se alguém for vista deixando o trabalho para outra, então o trabalho vai ser feito sozinho por você. Nós assentimos. De novo. — Há vigilância completa nesta área, por isso não se preocupem em tentar escapar. Guardas vão estar por perto, mesmo quando vocês acham que eles não estão lá. Alguém está sempre lá. Façam os seus deveres rapidamente e sem problemas e tudo vai correr bem. O grupo três vão chegar. — ele se vira para ir embora, mas para e diz, — E lembrem-se, se uma de vocês estraga, o resto vai ser punido ao lado dessa pessoa. Vocês estão aqui para aprender, garotas, lembrem-se disso. Então ele se vira e vai embora, nos deixando em paz. Todas nós viramos e olhamos para a outra e vejo que as outras meninas não vão assumir o comando aqui. Elas estão com medo de cometer um erro que fará com que todas nós sejam punidas. Com um suspiro, me aproximo do celeiro, verificando o que temos para trabalhar. Eu não tenho nenhuma ideia de como funciona a máquina, assim, me viro para as meninas e pergunto, — Alguma de vocês sabe como operar isso? Eles olham fixamente para mim. É claro que eles não sabem. Mesmo que elas soubessem, não se lembrariam. Tomando uma respiração profunda, me aproximo e leio o painel de instruções. Parece bastante fácil de usar e eu tenho certeza que posso conseguir trabalhar com isso. Eu me viro para as meninas de novo, administrando o que cada uma vai fazer. Número Sete começa a cortar as árvores. Número Doze vai regar as flores e se certificar de que não há ervas daninhas. Quando o outro grupo chegar aqui, elas podem trabalhar no resto do aparamento e limpeza das áreas de piscina. Todas trabalham, se movendo com rapidez e eficiência. Nenhuma de nós deseja ser vista falhando. O silêncio é quase ensurdecedor e isso faz meu coração doer muito mais. Enquanto eu trabalho, eu espio as grandes cercas que rodeiam o monte. Eu não estou totalmente certa se há uma maneira de sair, mas a partir da abundância de câmeras, eu ~ 39 ~


acho que nunca teria a chance de chegar perto. Meu coração afunda, eu viro meus olhos de volta para a grama. Tem que haver uma saída. Que Deus me ajude, se não houver, eu vou encontrar.

NÚMERO TREZE Número Sete tem dificuldades de aparar algumas das árvores ao longo da linha da cerca, então Número Doze e eu paramos o que estamos fazendo para ir lá e ajudá-la. Não está ainda na hora do almoço e temos trabalho para o que parece horas. Suor cobre minha pele e queima meus olhos e minhas roupas estão encharcadas com ele. Estou grata quando eu chego aos grandes arbustos que correm ao lado dos portões, porque eles oferecem alguma fuga do sol. — Talvez seu cortador esteja sem corte? — eu digo, entrando à sombra dos arbustos. Número Sete olha para mim e balança a cabeça suavemente. — Olha, — ela diz, sua voz baixa. Eu fico olhando para onde sua mão apontou e eu vejo que por trás dos arbustos tem uma cerca. Não é incomum, até que eu vejo a direção que todas as câmeras estão apontadas e eu percebo que não há nenhuma naquela direção do muro. Meu coração começa a martelar e eu rapidamente empurro Número Doze e Número Sete dos arbustos. — O que você está fazendo? — sussurro a Número Doze. — Volte para o trabalho, faça parecer como se tivéssemos trocado. Se todas nós estivermos aqui, eles vão ficar desconfiados, — eu ordeno, freneticamente. — Você vai subir naquela cerca? — Número Sete suspira. — Eu vou tentar. Vá, não chame a atenção. Eu movo as minhas mãos como se eu estivesse fornecendo instruções para elas fazerem alguma coisa, então eu tomo a tesoura das ~ 40 ~


mãos de Número Sete e dou a ela um olhar que permite que ela saiba que eu preciso de seu apoio sobre este assunto. Ela olha para mim por um minuto e então se vira e vai embora, caminhando para o cortador de grama. Número Doze faz lentamente seu caminho de volta para a remoção de ervas daninhas, mas ela parece extremamente nervosa. Eu viro e meus joelhos oscilam quando eu levanto o cortador e finjo estar aparando o arbusto. Eu lentamente faço o meu caminho e em torno deles, aparecendo aqui e ali para que os guardas não fiquem desconfiados. Eu deixo o meu olhar passear pelo lugar e eu posso ver dois guardas de pé na casa, olhando para nós. Eles estão conversando uns com os outros, sem prestar muita atenção. Eu lentamente entro nos arbustos. O momento que eu estou atrás deles, eu me lanço contra a cerca. Tenho minutos, se eu tiver sorte. Eu tenho que saltar quatro vezes, porque eu sou pequena, mas eu consigo ter meus dedos por cima do muro grande de pedra. Eu uso as minhas pernas para me içar para cima, escorregando duas vezes antes de conseguir colocar meu pé. Eu me levanto para cima, balançando minha perna por cima. Meu coração martela e adrenalina corre em minhas veias quando eu espio o outro lado. Sentindo como se a liberdade estivesse tão perto, eu me levanto mais alto por cima do muro. Isso é quando o alarme dispara. É um som alto e estridente que perfura meus ouvidos. Eu grito, apertando as mãos sobre os lados da minha cabeça para parar o som ensurdecedor. Eu ouço guardas gritando ordens e eu rapidamente tento me empurrar ainda mais ao longo da cerca. Eu nem sequer consigo meu segundo pé mais antes de uma mão estar em torno dele e eu estou sendo puxada para baixo. Eu caio com um baque forte no chão e eu grito quando uma dor aguda atira pelas minhas costelas. — Levanta-te! O nosso guarda tem a mão no meu braço, me levantando. Quando eu estou em meus pés, sua mão sai e me dá um tapa forte no rosto, antes de se virar e me algemar. Ele me empurra para fora dos arbustos e eu me contorço desesperadamente, xingando e gritando com ele. Ele me arrasta em direção à casa, latindo uma ordem em seu dispositivo. Eu não vejo as outras meninas e culpa incha em meu peito porque eu sei que elas vão ser punidas por isso também.

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— Ela está protegida? Mestre William perguntou. Ela está comigo agora, — diz um guarda. — Mostre seu rosto, seu inútil filho da puta, — eu abaixo. Os guarda me bate contra uma parede. — Silêncio, — ele ordena. Ele informa ao Mestre William que eu estou protegida antes me arrastar pelos corredores e descer as escadas para o porão. Está escuro aqui e as luzes estão turvas na melhor das hipóteses. Vejo conjuntos de algema que revestem as paredes e quando o guarda me arrasta para uma deles, eu começo a gritar e protestar novamente. Eu chuto e me contorço, sibilando e tentando mordê-lo. Eu quero sair daqui. Eu não quero ser uma... escrava. Eu sinto uma dor aguda em meu pescoço e meu grito é cortado no meio do caminho. Eu caio de joelhos e minha mente começa a girar quando o calor inunda minhas veias. Sinto o guarda tirando minhas algemas antes me acorrentar à parede. Minha cabeça rola para a frente e eu sinto a minha própria saliva escorrendo pelo meu rosto quando o meu mundo começa a girar. Então, antes de eu perceber, eu estou envolta em trevas.

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Capítulo Seis WILLIAN A vida raramente é justa. Todos nós cometemos erros como seres humanos e devemos ser punidos pelos erros que são intencionais. Se fizermos certo, devemos ser recompensados. É um círculo básico e se você seguir isso, coisas boas acontecem. Infelizmente, esse círculo foi quebrado muitas vezes para que ele flua sem problemas. As pessoas se tornaram egoístas, envoltas em suas próprias necessidades. Elas se tornaram cruéis e implacáveis. Há muito pouca coisa boa restada no mundo. A humanidade se foi. — Ela está trancada, Mestre. Assim como o resto das meninas em seu grupo. — Muito bom, — eu digo, observando os guardas mexendo as linhas de cercas com arame farpado. — Ela fez isso de forma tão suave, que não pode ser vista. Sinto muito, mestre. Deveríamos ter prestado mais atenção, especialmente em seu primeiro dia. Eu viro lentamente, olhando para George, cujo corpo está rígido, com o rosto cheio de vergonha. Pessoas estragam as coisas e quando essas asneiras não são intencionais, devem ser perdoados por elas. — Não foi culpa sua, George. Ela era muito inteligente. — Então Mestre, — ele resmunga. — Vão ser punidas? Eu encontro seu olhar. — Dissemos que se elas cometessem erros, elas seriam punidas. — E o resto das meninas no grupo? — A única maneira de ensinar uma lição é com uma lição mais profunda que a dor. Ela precisa ver que suas ações causaram as outras meninas sofrimento, também. — Sim, senhor.

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Eu olho para a pequena garota sentada no meu porão, com as mãos algemadas acima de sua cabeça, cabeça que está pendendo para a frente e está fazendo seu cabelo loiro a cair sobre o rosto. Eu tenho um desejo de estender a mão e tocar na tela. Esta tem uma determinação, não vejo nas outras meninas. Ela tem coragem. Ela vai ser muito mais que um desafio para quebrar. Mas eu vou quebrar.

NÚMERO TREZE Eu acordo lentamente, a minha cabeça latejando quando eu lentamente agito minhas pálpebras abertas. As primeiras coisas que eu vejo são as minhas pernas abertas na minha frente. Eu ergo minha cabeça e meu pescoço dói. Eu grito e tento puxar meus braços para baixo, apenas para perceber que eles estão acorrentados acima de mim. Alvorece a realidade e pânico enche meu peito. Eu me contorço, mas é em vão. Eu não posso sair dos fechos de metais pesados em torno de meus pulsos. Eu deixo meus olhos varrerem a sala e vejo que estou em um porão enorme. Eu também vejo que não estou sozinha. Número Sete, Três e Doze está algemadas ao meu lado, as cabeças caídas. As palavras do guarda voltam para me assombrar. — Se uma de vocês fizer algo errado, vocês vão ser todas punidas. — é minha culpa que essas meninas estejam aqui. Eu as coloquei nessa posição tentando pular aquela cerca. Eu nem pensei no que eu iria fazer. Tudo o que eu conseguia pensar era em fugir e agora essa fuga não será nada mais do que uma fantasia. Olho para elas agora. Meus olhos ardem com lágrimas não derramadas e meu corpo se enche de vergonha. Se eu tivesse pensado sobre isso, eu poderia ter trabalhado um plano, percebi isso quando eu vi que os guardas não estavam tão perto. Estou enojada comigo mesma e por causa do meu ~ 44 ~


comportamento, estamos todas aqui e eu não sei por quanto tempo. Eu não sei o que eles vão fazer com a gente, ou o que vai acontecer nos próximos dias. Será que eles vão nos matar de fome? Bater na gente? Pior... eles vão nos deixar morrer aqui em baixo? Eu ouço um gemido silencioso do meu lado e eu vejo as outras meninas estão começando a acordar. Número Três acorda primeiro e quando ela percebe o que está acontecendo, ela começa a gritar e tremer. Isto traz as outras meninas ao redor rapidamente. Logo seus olhos estão correndo ao redor da sala e horror enche suas expressões. Elas estão com medo, assim como eu. Os gritos de Número Três se tornam mais altos e eu sei que se ela não parar, o nosso castigo será muito pior. — Número Três, — eu digo, tão silenciosamente quanto eu posso, mas alto o suficiente para que ela possa ouvir, — Pare de gritar. — Esse não é nem mesmo o meu nome, — ela lamenta. — Eu não sou a Número Três. Eu tenho um nome, um nome que eu não me lembro. Por que eu não me lembro? Não é minha culpa que estamos aqui. A culpa é sua. Por que eles não podem ver que é tudo culpa sua? Será que eles sabem disso? Dou a Número Doze uma expressão frenética. Ela se vira para o Número Três. — Você precisa parar de gritar. Se eles te ouvirem... — Eu não me importo, — Número Três grita em voz alta. — Eu não me importo se eles me ouvir. Deixe eles me matar; deixe eles me levar embora. Eu não quero estar aqui... com aquele... aquele... monstro! Ela está falando de Mestre William? — Ele te machucou? — du digo suavemente. — Não, ele não fez, — ela grita. — Ele não fez nada. Eu sei que ele é um monstro, eu sei disso porque ele nos trouxe até aqui. Ninguém leva meninas a menos que eles sejam monstros. Ela poderia estar certa. Espero que ela está errada, mas ela poderia estar certa. — Você realmente não quer morrer, Número Três, — digo em voz baixa. — Se você morrer, então ele venceu. É isso o que você realmente quer? Como você vai saber de onde você veio? ~ 45 ~


Seus olhos vermelhos e inchados viram para os meus e ela funga. — Nós nunca vamos sair daqui. Não se iluda. — Você não sabe disso; você não pode. Ela balança a cabeça. — Como você acha que vai sair? Reunir um monte de facas e matar todos os guardas? — ela ri amargamente. — Quero dizer, não é como há montes delas ou qualquer coisa. Ela está substituindo o medo por sarcasmo. Eu entendi, sério. Todo mundo coloca uma barreira para se proteger contra a realidade. — Nós encontramos uma maneira de hoje, e mesmo que eu estava errado, estava lá. Isso significa que há pontos fracos. Em nosso primeiro dia, encontramos um e eu juro para você, eu vou encontrar outro. Há uma centelha de esperança em seu olhar antes de virar uma expressão aterrorizada. — Nós nem sabemos se vamos sair deste porão. — Nós vamos sair, — diz Número Sete, finalmente falando. — Eu não acredito que eles vão nos matar. — Como você sabe? — Sussurra Número Doze. — Eles mataram Número Seis. — Você não sabe disso, — eu digo baixinho, embora eu realmente não acredito que Número Seis esteja bem. Número Doze olha para mim e depois cai os olhos para o chão. — A única maneira de termos uma chance aqui, — ela sussurra tão baixinho que mal consigo ouvir, — é fazermos como nos foi dito. Se nos comportamos mal, nós vamos gastar o nosso tempo aqui e nós nunca, nunca teremos a chance de escapar. Ela está certa e eu percebo que ela falou suavemente para que as câmeras não peguem isso. Concordo com a cabeça para ela, deixando que ela saiba que eu entendo e concordo. Se gastarmos todo o nosso tempo aqui, nós nunca vamos encontrar uma saída. A única forma de escapar é se comportar e teremos a chance de realmente observar nosso entorno. Vergonha sobe, aquecendo meu rosto. Eu fui descuidada antes e eu não deveria ter feito o que fiz, mas tempos desesperados exigem medidas desesperadas.

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Eu ouço o ranger da porta e meus olhos se levantam. As luzes são subitamente apagadas e eu estremeço quando a sala parece ficar fria. Ouço passos, e, em seguida, a porta bate fechada e estamos sentados em silêncio. Eu inclino minha cabeça, tentando ouvir, mas eu não ouço nada por um tempo. Então eu sinto uma presença diante de mim, como se alguém tivesse se agachado. Eu mesma me pego empurrando minha cabeça para frente, para ver se eu posso sentir alguém. — Seu castigo será realizado agora, com o Mestre presente, — diz um guarda. Minha pele se arrepia. Ele está aqui. Mais uma vez, ele se senta, em silêncio, não nos dando nada. Bolhas se formam no meu peito, mesmo que eu sei que eu deveria esmagá-lo para baixo. — Por que você mesmo não faz isso? — eu lato. — Por que você não fala? Eu chacoalho minhas correntes, com raiva de mim mesma por atacar e com raiva dele por agir tão... tão... louco. Um dedo de repente passa pela minha bochecha e eu idiota, quase sibilo pelo contato. Outra mão vem para cima e estabiliza o meu rosto, enquanto que o dedo faz pequenos movimentos acariciando minha bochecha. Minha pele se arrepia e eu aperto meu queixo com força, querendo atacar e bater a mão de me tocando, mas eu não posso. — Au răbdare, Linda. Răbdarea este puterea sufletului, — ele murmura. — Fale Inglês, — eu choro. — A sua astúcia não vai funcionar em mim. Quando ele fala comigo em Inglês, todo o meu corpo parece derreter. Sua voz é rouca e tem um forte sotaque. É... hipnotizante e doentiamente bonita. — Eu disse, tenha paciência, linda. A paciência é a força da alma. Eu não estou aqui para enganar você. — O que você quer de mim, então? — eu quase gemo. — Sua confiança, — diz ele, antes de sua mão cair do meu rosto e eu ouço ele se levantar. ~ 47 ~


— Você nunca vai ter isso, — eu grito, antes que os guardas se aproximem e tirem as amarras de mim. — Meninas, — diz ele, me ignorando. Sua voz é suave quando ele fala, calma. — Estou decepcionado com vocês. Vocês acham que eu gosto de tomar isso de vocês? Você acha que eu realmente quero machucar? Estou tentando cuidar de vocês. Estou tentando ensinar a serem pessoas melhores. Incomoda-me que isso tem que vir e no primeiro dia, apesar de tudo. — então eu ouço um baralhar e eu percebo que quando ele fala de novo, ele está falando com os guardas. — Dez chicotadas para ela, cinco para as meninas em seu grupo. Meu corpo inteiro se enrijece. — Não! — eu grito. — Não, não foi culpa delas. — Havia regras postas em prática, as regras que foram deixadas muito claras para você, Número Treze, — diz Mestre William em um tom morno, sedoso. — Eu sou um homem de palavra. Eu sigo com minhas promessas e com minhas ameaças. Foi dito a você, se você cometesse um erro, todos no seu grupo sofreriam. — Você é um monstro, — eu lamento, se debatendo. — Nós somos apenas garotas! Ele se aproxima; Eu posso senti-lo. Eu torço no aperto do guarda, mas eu não posso me mover. — Vocês podem ser garotas, mas vocês também são humanas. Há consequências para cada ação. Se você não quiser essas consequências, então você não cometa erros. O que eu estou fazendo aqui é te dar uma lição. — Machucando a gente? — eu digo. — Não, — ele diz simplesmente. — Te ensinando a ser uma boa pessoa. Eu ouço um baralhar a distância. Meu coração está trovejando; eu não quero que as outras meninas sejam chicoteadas. Eu posso ouvir a Número Três soluçando. Isso vai quebrar ela. Ele vai se danificar para nenhum fim. Eu tenho que parar isso; eu não posso deixá-las sofrer pelo meu mau comportamento. — Vou levar todos eles, — eu digo antes que possa me parar. — Perdão? — diz Mestre William.

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— Você me ouviu. Eu cometi o erro. Faça em mim. Elas não fizeram nada de errado, então eu estou dizendo para você, me deixe levar sua punição. Ele fica quieto por um longo momento antes de falar novamente. Se não estou enganada, eu posso ouvir um toque de orgulho na voz. — Muito bem. Ela vai receber vinte chibatadas, mas todas elas vão ficar aqui para um total de 24 horas sem comida. Eu ouço o barulho da porta abrir e mais uma vez eu pego um flash de um homem alto, poderoso, antes de ficar escuro novamente. Ele não vai ficar? Ele não vai assistir? Sinto uma queimadura estranha do que parece ser a decepção. Por que eu iria ficar desapontada de que ele não vai estar aqui para testemunhar eu sendo punida? Talvez porque uma pequena parte de mim queria que ele visse o quanto eu estou disposta a ir para proteger o que eu acredito. E, novamente, por que eu preciso provar isso a ele? Eu desligo minha cabeça quando o guarda me leva até uma cadeira e me empurra para cima. Ele não fala quando ele levanta minha camisa e traz o cinto sobre minhas costas vinte vezes. A dor é intensa e cada batida do cinto ecoa pela sala. Eu não grito; eu não vou dar isso a eles. Eu mordo meu lábio tão duro que sangue enche minha boca e as lágrimas correm pelo meu rosto enquanto isso se aproxima do fim. Minhas costas parecem estar pegando fogo e o ódio que tenho por William arde em meu peito. Eu sinto que ele está assistindo, mesmo que ele não esteja aqui.

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Capítulo Sete NÚMERO TREZE Eles nos deixam aqui por vinte e quatro horas. Nesse tempo, os guardas vêm e levam Número Doze. Ela se foi por apenas uma hora antes de voltar, com as bochechas rosas. Eles tomam imediatamente Número Sete atrás dela e eu sei que eles estão levando elas ao Mestre William. Eu não sei o que ele está procurando, mas parece que ele está buscando algo em nós. Ele pegou esse grupo por uma razão, embora eu não possa ver o suficiente de uma semelhança entre nós para saber o que isso é. A única coisa que temos em comum é que nós somos gentis. Há algo frágil sobre todas nós. Embora eu tenha certeza que Mestre William mudou de ideia sobre mim agora. Eu não entendo como ele não podia ter. Eu sou a única pessoa que fala com ele e por causa disso, eu fui punida. Lembrando que a minha desobediência tem os vergões nas minhas costas doendo em resposta. Estou morrendo de fome, dor e cansaço. Não temos comido desde que entramos aqui, nem nos deram água. Minhas costas estão contra a parede e ela queima toda vez que eu me mexo. Estou na iminência de perder isso, mas não vou mostrar esse tipo de fraqueza para as outras meninas. Quatro horas mais tarde, eu cedo a essa fraqueza. Meu coração se parte quando começo a soluçar, furiosa comigo mesmo por minha falta de força. Minhas costas doem tanto. Eu não posso manter as lágrimas agora. Preciso de alívio; eu só quero sair daqui. Eu tento manter o meu choro silencioso, mas logo se torna alto e barulhento. As outras olham para mim, mas são impotentes. O que elas podem fazer? Elas não podem nem se mover para me ajudar e as suas palavras não farão nada. Não vai tirar a dor. Eu choro por uma hora antes que alguém entrar. É o chefe dos guardas, George, eu acredito. Ele entra, seguido por outros quatro guardas. Cada um pega uma das meninas e nos liberta, levando-as para fora. George se vira para mim e ele se inclina para baixo, fazendo o

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mesmo comigo. Ele me leva para fora da sala e minhas pernas trabalham só porque eu estou forçando-as. Estou exausta. Espero George me levar para o meu quarto, ele não o faz. Ele me leva para o Mestre William. Eu começo a chorar ainda mais. — Não me leve lá, — eu choro. Ele nem sequer olha pra mim; é como se eu nem sequer tivesse falado nada. Ele bate três vezes na porta do mestre do William antes de se virar para mim e colocar uma venda nos meus olhos. — JESUS! — eu grito, logo antes da minha voz tremer. — Me deixe ver ele. Ele abre a porta e me empurra para que eu dar dois passos. Duas mãos imediatamente tomam meus braços. Eu sei que é William. Eu tremo e tento empurrar para fora de seu controle, mas ele é muito forte. Ele me leva para dentro do quarto e as coisas ficam mais escuras por trás da venda. Ele faz um pouco de ruído por um segundo ou dois, então ele está tentando me empurrar, barriga em primeiro lugar, para algo que eu não posso ver. — Não, — eu choramingo. — Por favor. Ele continua empurrando até que meus joelhos fracos não podem fazer nada além de cederem. Eu sinto meu corpo imprensar contra o que parece ser uma cama, embora haja uma almofada que amortece meu rosto. Eu viro minha cabeça para o lado e as lágrimas vazam dos meus olhos e deslizam pelo meu rosto, me sentindo cada vez frenética. As mãos de William estão na minha camisa, e, lentamente, ele levanta ela. Eu sinto ele tocar minha pele machucada e eu grito de dor. Será que ele vai me bater de novo? No pensamento disso, de repente eu me mexo e tento me lançar para fora da cama. Ele me pressiona para baixo pelos meus ombros e murmura um silenciado, — Se acalme, frumuseţe. Eu sei o que essa palavra significa agora; ele está me chamando de ‘linda’. Eu solto a minha cabeça em exaustão e meu corpo se afunda na cama. Estou completamente despojada de qualquer luta. Eu só não posso levar meu corpo fraco a lutar com ele. Suas mãos estão na minha pele e ele desliza os dedos sobre ela. Eu grito quando seu toque queima. Ele me silencia novamente e eu o ouço sussurrando ao redor antes de seus dedos voltarem, só que desta vez eles estão cobertos de um bálsamo fresco. O alívio é imediato e todo o meu corpo estremece. Ele move os dedos sobre mim até que minha ~ 51 ~


pele está fria e completamente coberta, em seguida, ele se move para baixo da minha camisa e me levanta. Mais uma vez eu me encontro em seu colo, com os braços em volta de mim. É óbvio que é uma espécie de exercício de confiança, mas o que eu não sei é por que ele quer que eu confie nele? Parece importante para ele. Tenho tantas perguntas, mas eu já sei que ele não vai responder. Mestre William responde apenas o que ele quer. É como se ele falasse em enigmas. Como se ele quisesse que nos levar em círculos até que se tornam confusos e paramos de tentar. — O que você quer com a gente? — eu tento de qualquer maneira. Ele acaricia a mão sobre meu braço. — Por favor, — eu imploro. — Me dê alguma coisa. — Dê apenas para aqueles que dão a você, frumuseţe. Enigmas novamente. — É isso que você quer de mim? Você quer que eu me dê para você? Ele não responde. — Por que você arrancou minhas memórias de mim? — Às vezes é melhor deixar as memórias esquecidas, — ele murmura em meu cabelo. — Não é o seu direito de tomá-las. — Não é o seu direito de tê-las quando elas causam nada mais do que dor, — ele retruca, embora sua voz ainda esteja suave. — Eu não posso me dar a você quando você não vai me dizer por que estamos aqui. Ele fica em silêncio novamente e seu dedo enrola em meu cabelo. Ele está se recusando a me dar qualquer parte dele. E por que isso? Eu não sou nada mais do que uma escrava dele. Eu fecho meus olhos, tentando me recompor. — É uma via de mão dupla, — eu digo, com uma voz suave. — Você me dá algo, eu te dou algo. Eu te dou uma parte de mim, estando aqui sentada em seu colo. Agora, peço que você responda uma pergunta para mim. Por que treze meninas? ~ 52 ~


Ele fica em silêncio por tanto tempo que eu tenho certeza que ele vai me ignorar e continuar me acariciando até eu ficar louca e gritar com ele novamente. Assim quando eu estou prestes a abrir a boca e protestar, ele fala. Sua voz sai grossa e cheia de emoção. — Eu tinha treze anos no dia em que tiraram minha inocência de mim e me transformaram nisso. Agora, não me faça perguntas de novo, a menos que eu te dê permissão. Transformou nisso? O que é isso? Meu coração dói para saber.

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Capítulo Oito WILLIAN — Você não pode evitar o encontro, Will, — meu irmão Ben diz ao telefone. — Estou plenamente consciente disso, Ben, mas eu tenho coisas urgentes que precisam ser tratadas no momento. — Uma hora. Eu suspiro, esfregando minhas têmporas. — Tudo bem, eu vou te por uma hora. — Vejo você depois. Eu pressiono o telefone, e sento minha mandíbula apertar. Ben é a única família que eu tenho que se importa o suficiente para me verificar constantemente. Ele trabalha para o meu pai e eu sou o parceiro silencioso que faz todo o meu trabalho a partir daqui. Eu sou o único que não quer que o mundo saiba. Eu sou o filho que ele tem vergonha. Vou até à minha mesa e levanto o telefone no meu ouvido, discando para George. Ele responde ao primeiro toque, como sempre faz. — Sim, Mestre? — Eu tenho que ir ao encontro com Ben. Eu vou ficar fora por cerca de uma hora e meia. Eu preciso de você para se certificar que todas as meninas estejam em seus quartos. Elas não vão a sair até que eu volte. — Eu posso fazer isso, senhor. — Obrigado, George. Eu desligo e me levanto, puxando meu paletó e saindo do quarto. Saio pela porta dos fundos e caminho para onde o meu carro está estacionado na garagem. Eu não tenho um motorista. Eu não confio suficientemente em outra pessoa para deixá-los arriscar minha. Eu destravo o pequeno Audi e deslizo para o banco da frente. ~ 54 ~


Aqui vai uma hora da minha vida com um homem que eu desprezo.

O encontro é em um dos negócios do meu pai no meio da cidade. É um lugar bem estabelecido e que possui filiais em todo o país. Eu estaciono o meu carro em um local reservado e puxo o tapa-olho. Eu me recuso a ir em público sem. Eu endireito os ombros e saio do carro e do estacionamento. Há um elevador aqui que vai me levar diretamente a recepcionista do meu pai. O momento que eu entrar na sala, ela sorri para mim. Ela sempre faz e eu sei que é por pena. As pessoas sempre das pessoas danificadas, mas o que eles não entendem é que nós não queremos a sua pena, nós só queremos ser tratados normalmente. Ela sabe que eu estou aqui para o meu pai, então ela acena com a cabeça em direção ao seu escritório e murmura: — Eles estão esperando por você. Eu empurro meu queixo em um gesto afiado e entro na sala. No minuto em que eu passo, vejo Ben de pé junto à janela, fumando um charuto. Ele olha para mim e seus olhos se iluminam, mas por trás do brilho eu posso ver a dor que ele tem sempre em seu olhar quando ele olha para mim. Eu sei que ele se culpa pelo que aconteceu e eu parei de tentar convencê-lo de que não era culpa dele. Seu cabelo está cortado bem curto e mais baixo ao redor das orelhas. Ele tem olhos azul-claros, assim como... o meu. Ele é um homem poderoso, em torno de um metro e noventa de altura. Ele é forte e bem construído. Ele veste um terno cinza fresco com uma gravata azul que realça a cor em seus olhos. Eu me viro para o meu pai, que está olhando para mim. Ele está envelhecendo agora e seu cabelo uma vez escuro, está prata. Sua pele é um pouco enrugada, mas seus olhos são tão gritante azul como sempre foram. O homem sentado à mesa não é alguém que eu já vi antes. Ele é mais velho, com uma cabeça careca e óculos quadrados. Se o seu estômago ficasse ainda maior, o que ele tem aí dentro iria explodir. Ele nem sequer reconhece a minha presença; ele apenas olha para baixo, ~ 55 ~


para a massa de papéis na frente dele. Ben se aproxima, me batendo no ombro. — É bom vê-lo, irmão. Concordo com a cabeça para ele. — Vamos acabar com isso. — Stai, Benjamin, — meu pai diz, ordenando Ben a se sentar. Ele faz. O brilho do meu pai volta para mim e com um rosnado, eu sentar também. — James, — meu pai começa. — Este é o meu filho, Benjamin. Ele vai assumir a empresa, quando eu me for. Ele é muito talentoso e eu tenho certeza que você vai encontrá-lo adequado para as tarefas que estabelecemos para ele. O homem alcança por cima da mesa, e aperta a mão de Ben. — Prazer em conhecê-lo, filho. — E este é Will. — meu pai me olha no rosto quando ele diz ao homem: — Ele é um sócio silencioso. — Não seu filho. Nunca seu filho. — Mas ele vem a estas coisas para ser mantido no circuito. — A voz do Pai é vazia, como se eu não fosse mais do que um pedaço de terra na parte inferior do seu sapato. Ele não se refere a mim como seu filho porque ele tem vergonha de mim; ele sempre teve. Meu peito se enrola com força ao desejo de estender a mão e agarrar seu colarinho, estrangulando-o até que todo o ar saia do seu corpo, é bastante forte. — Meu nome é William, — eu rosno, olhando para o meu pai. Ele bufa e acena. Não há uma pessoa ao redor, além de Ben, que me chama de Will. Meu pai sabe disso, mas ele faz isso de qualquer maneira, porque ele gosta de me trazer dor. O homem vira a expressão de tédio para mim e estuda meu rosto. — O que aconteceu com você? Eu endureço, mas como todas as outras vezes que a pergunta é feita, Ben intervém. — Isso não é da sua conta. Estamos aqui para discutir as finanças, então vamos começar para que possamos sair, sim? Eu fico olhando para Ben e ele me dá um sorriso caloroso, antes de se virar e começar a falar sobre as finanças. Não vai acabar cedo.

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Capítulo Nove NÚMERO TREZE Deitada nesta cama dói, dói tanto. No momento em que eu volto para o meu quarto e tomo o banho da noite, estou exausta. Eu rastejo para a cama depois de comer o jantar e eu grito quando os lençóis parecem como uma lixa contra a minha pele. Eu rolo para o meu lado e jogo o cobertor por cima do meu corpo para que minhas costas fiquem expostas ao ar frio. Mesmo que a dor seja horrível, eu ainda me vejo girando rapidamente no sono profundo que me leva cada noite. Acordamos cedo na manhã seguinte, com os guardas balançando nossa porta e latindo para que nós nos levantemos. Lentamente, eu forço meu dolorido corpo para fora da cama e eu olho para a porta com os olhos embaçados. — Vocês, meninas vão cuidar da cozinha, bem como a lavagem de hoje. Por causa do seu erro estúpido por tentar escapar de ontem, você está assumindo as tarefas para o grupo três de hoje. Ótimo. Como zumbis, todas nós arrastamos nossos corpos da cama, os olhos pesados, a cabeça pendurada. Nós comemos, nos vestimos e, em seguida, vamos até os guardas. Enquanto andamos pelos corredores, passamos pelos outros quartos das meninas. Eu vejo que algumas de suas portas estão abertas e eles estão sentadas em suas camas. Eu olho em para elas, me sentindo estranhamente ligada, mesmo que não tenha tido a oportunidade de interagir em tudo desde o primeiro dia. Eu acho que é apenas uma conexão emocional, porque todas nós entendemos algo sobre a outra pessoa. Estamos todas no mesmo barco. Começamos a trabalhar com a lavagem em primeiro lugar e entre treze meninas, guardas e um mestre, a lavagem não é uma pequena quantidade. Partimos com uma tarefa cada - uma lava, uma seca, uma passa e uma dobra. É preciso um pouco de tempo entre cada um, de modo que varrer pisos e arrumar como esperamos. Por volta da hora do almoço, minhas costas estão latejando até o ponto onde eu me sinto doente. Eu sei que não posso parar, no entanto, assim eu me esforço para continuar. ~ 57 ~


Na cozinha, eu só posso ver uma câmera, o que é bom saber. Há também uma enorme despensa, por isso, de vez em quando caímos lá e sussurramos para a outra. A maior parte das outras meninas foram ver se eu estava bem, mas pelo menos podemos falar sem ser vistas. Obviamente fomos descobertas, porque um guarda entra na sala em vez de esperar do lado de fora e ele fica nos observando pelo o resto do dia. Não há nenhum lugar escapar.

WILLIAN — Meninas, se ajoelhem, por favor, — eu ordeno. Nove meninas se ajoelham lentamente, de cabeça baixa. Eu olho para baixo, para elas e eu sei que elas estão com medo. Eu entendo isso. Eu respeito isso. A única maneira para elas entendam o que eu estou fazendo aqui, é aprendendo a confiar que eu sei o que é melhor. Eu não quero que elas me temam; medo é a maneira de um homem fraco conseguir o que quer. Eu não uso o medo como uma tática para ganhar. Em vez disso, eu estou tentando ensinar a elas que eu tenho os melhores interesses no coração. — Tem sido alguns dias agora e está tudo indo muito bem. Eu sei que vocês sabem de onde vocês vieram e vocês sabem das suas vidas antes que isso fosse menos do que desejável. Elas não se movem. Elas não precisam. Elas entendem o que estou dizendo. Este grupo de meninas sabe sobre suas vidas. Eu permiti isso. O grupo que eu selecionei para mim não. Elas são muito mais danificadas; cabe a mim manter essas memórias com elas até que eu sinta que elas estão prontos para aceitá-las totalmente, sem quebrar. Esta é uma das poucas chances que eu tenho que falar com as outras nove meninas, enquanto o meu grupo está lidando com todas as tarefas. — Eu estou permitindo que vocês me façam uma pergunta cada. É a única chance que vocês terão. Uma de cada vez, vocês podem me fazer uma pergunta e eu vou responder.

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George se aproxima e ele bate número um na cabeça. Ela levanta os olhos, olhando para mim com um olhar de confusão. Estou nas sombras, de modo que só é capaz delas verem uma quantidade muito pequena de mim. — Faça sua pergunta, Numero Um. Será sua única chance. — O... o... o que você quer comigo? — Essa resposta é simples; eu quero te dar uma vida melhor. Mas para conseguir isso, você precisa aprender o seu lugar. — Número Dois, — diz George. — Você vai... m... m... m... me estuprar? Essa palavra me deixa doente. Eu nunca, nunca vou infligir esse tipo de dor em outra pessoa. — Não, eu não vou, — eu trabalhei duro para fora, tentando manter minha voz firme. — Número Quatro. — Eu q... q... quero saber sobre a minha irmã mais nova. Ela está ... m... m... m... morta? Meu peito aperta. Eu prometi que iria responder a todas as suas perguntas, mas nem todos eles têm bons resultados. — Tem certeza de que quer a resposta a isso, Número Quatro? — Sim, — ela sussurra. — Então, me desculpe, mas sim. Sua irmã mais nova se foi. Ela faz um som de dor. Eu respiro fundo e sigo em frente. — Número Cinco? — Você vai nos matar? — ela pergunta, com a voz mais forte do que o resto. — Claro que não. Vai levar mais tempo do que eu esperava para elas entenderem isso. — Número Seis? — Vamos ser machucadas? ~ 59 ~


— Isso depende, — digo em voz baixa. — Se você se comportar mal, aí sim, você será punida. Às vezes essa punição vai doer. Como eu tenho certeza que você sabe, Grupo Quatro foi punido ontem. Uma das meninas recebeu vinte chibatadas nas costas por tentar fugir. Se você não deseja que isso aconteça, então você precisa seguir todas as minhas regras. Ela faz um som de choramingar, mas acena com a cabeça e para. — Número Oito? Ela não disse nada. — Número Oito, — diz George novamente. — Eu não tenho dúvida, — ela murmura. — Você tem certeza disso? — eu digo, curioso. — Sim, — ela morde fora. — Eu tenho certeza. — Muito bem, — eu digo. — Você não terá a sua chance de novo. — Número Nove? — Por que não estamos autorizadas a te ver? Eu recuo. Levo um momento para ser capaz de responder a ela da forma mais sincera que eu puder. — Você precisa ganhar o direito de se comunicar comigo, Número Nove. — Número Dez, — George continua, cortando seu pequeno protesto. — Eles podem nos encontrar? — Defina ‘eles’? – pergunto — Os nossos velhos mestres. Eu entendo o seu medo. Ela veio de um homem que foi bastante brutal e cruel. Ela foi vendida a ele um pouco mais de quatro anos atrás, mas foi o suficiente para ele mudar tudo sobre ela. — Não, eles não podem te encontrar aqui. Ela parece perder um pouco a tensão em seu corpo. — Número Onze, você é a última, — diz George. ~ 60 ~


— Não tenho nada a dizer para você, seu porco. Eu me endireito. Número Onze é uma das mais brutais do grupo, mas ela também teve um passado bastante difícil. — Eu vou te dar apenas uma chance, Número Onze. Faça uma pergunta, ou fique quieta. Se você deseja continuar falando besteira, então você vai ser punida por isso. — Então me puna, seu doente fodido, — ela rosna. Eu suspiro esfregando minhas têmporas. — George, Le a Número Onze para a sala principal. Coloque ela sentada e ponha uma mordaça na boca dela, acorrentada a uma cadeira. Ela vai sentar e ver como todas as outras meninas passam por ela, olhando para ela e ela vai aprender e entender que ele é rude e desrespeitoso para morder a mão que te alimenta. Ela vai aprender isso, se ela quiser me envergonhar na frente de um grupo, vou retribuir o favor. Se ela não aprender, então ela permanecerá lá até que ela faça. — Seu pedaço de... Ela não consegue terminar antes de George arrastá-la para fora do quarto. Há sempre uma.

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Capítulo Dez NÚMERO TREZE Nós estivemos aqui há dez dias. Nada mudou. Nós nos levantamos, nós fazemos nossas tarefas, vamos ver o Mestre e depois vamos dormir, apenas para começar tudo de novo. Para dizer que estou confusa seria dizer o mínimo. Eu não sei por que estamos aqui, ou o propósito que ele tem para nós. Ele claramente não tem a intenção de nos machucar, pelo menos, não se estamos nos comportando e ele certamente não vai nos estuprar ou nos torturar. Então, por que é que ele tem a gente? O que ele poderia precisar de todas essas garotas? Um dedo trilha sobre a minha coxa e eu tremo. Não é um arrepio ruim, mas um arrepio curioso. Estou com o Mestre William novamente hoje à noite e como sempre, ele me pegou no colo. Ele raramente fala e se ele faz, é geralmente em um idioma diferente. Ele murmura palavras no meu ouvido que eu não entendo enquanto ele me segura. As primeiras vezes que ele fez isso, ele me assustou. Agora eu consigo encontrar um conforto estranho nas palavras que eu não entendo. Eu ainda o temo, porém, porque há algo sobre esta situação que merece uma boa quantidade de medo. É realmente a única emoção que entendemos agora e por isso nos penduramos a isso, como se fosse a única coisa que temos controle. Ele é imprevisível e nenhuma de nós têm certeza de que este não é apenas um ato para ganhar a nossa confiança antes que algo pior vem. Não me lembro de nada. Não importa o quanto eu tente, não há nada, mas uma bagunça confusa. Minhas memórias foram roubadas de mim e não é provável que eles vão ser entregues de volta tão cedo. O fato de que eles têm habilmente levado, me diz que elas são dignas de proteção. Ele não quer que eu tenha elas por uma razão e não importa quantas vezes eu peço a ele, ele se recusa a devolvê-las. Ele está mantendo um pedaço de mim de mim mesma. Eu estou bem com isso. — Você está se comportando bem esta noite, — ele murmura, me tirando dos meus pensamentos com sua voz suave e profunda. — Estou

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premiando seu grupo com um bloco e uma caneta cada uma. Você pode escrever, ou desenhar, o que quiser. Eu sinto meu lábio tremer, mas eu não sei o que dizer. Então, eu digo a única coisa que posso. — Obrigada.

Mestre está tendo um convidado para jantar hoje à noite, por isso temos vindo fazendo os deveres de cozinha para se certificar de que está tudo preparado e pronto para acontecer. É dia de onze e cada dia eu conto e marco no pequeno bloco de notas que eu guardo na minha cama. Temos trabalhado na cozinha durante todo o dia e está ficando quente aqui. Nenhuma de nós fala muito com a outra. Nós ainda estamos tão enroscadas em nossos próprios pensamentos desesperados. — Mestre pediu que vocês terminarem aqui e voltar para os seus quartos, — o guarda disse, entrando na cozinha, assim quando eu estou terminando. Concordo com a cabeça, obediente e termino de enfeitar o assado, e então eu empurro para dentro do forno. Eu deslizo uma bandeja com legumes e batatas no outro forno, a que eu coloquei em uma temperatura mais baixa para cozinhar mais lento, então eu me viro para o guarda. — A refeição estará pronta dentro de duas horas. — Nós podemos levar isso a partir daqui. Ele empurra Número Sete e eu saio da cozinha e nos leva a nossos quartos. As outras meninas foram enviadas há duas horas para arrumar para a chegada do hóspede do Mestre William. No momento em que entramos em nosso quarto, o guarda se vira e grita algumas ordens para os outros guardas passando. Ele caminha pelo corredor por um segundo, para falar com o guarda à direita no final e é nesse momento que eu esqueci que eu não liguei o forno para a carne; eu estava muito ocupada temperando ele. Eles estarão esperando a noite toda se eu não fizer isso. Não querendo ser punida de novo, eu corro para fora da sala e sigo para a cozinha. ~ 63 ~


O guarda não percebe; ele está muito ocupado rindo com os outros caras. Estou quase na cozinha, quando eu contorno uma esquina e bato em um homem alto, musculoso. Suas mãos instantaneamente e enrolam em volta dos meus braços, me firmando. — Ei você, me desculpe, eu não te vi, — diz ele, me deixando ir rapidamente. Eu me endireito, deixando meus olhos irem até o homem na minha frente. Ele é um homem muito bonito e alto. Ele sorri para mim, fazendo com que a pele ao redor dos olhos azul-celeste se dobrem. Eu não posso ajudar, mas eu coro. Ele é o tipo de homem que te dá uma sensação estranha na barriga. Ele é alto e bem construído, vestindo um terno cinza e uma gravata azul. Ele tem cabelos indisciplinados que fica gravado na cabeça. Seu rosto é celestial, a pele e os olhos azul-celeste te dando um olhar de tirar o fôlego. — Olá, — ele quase ronrona. — Eu não vi você por aqui antes. Você trabalha para Will? Ele está falando sobre o mestre e ele também não está claramente consciente de quem eu sou. Eu poderia a ele - vontade para de fazer é enorme - mas se ele não acreditar em mim, eu poderia ser punida de novo e arruinar todas as chances de escapar. Pânico sobe no meu peito e eu me vejo lutando contra ser sensata. Eu quero dizer a ele quem eu sou; eu quero alguém para nos dar a chance de sermos liberadas daqui. Mas eu não sei quem é esse homem e é um risco muito grande de tomar. Abro a boca e balbucio, — Eu sou apenas... eu ah... — Você tem um nome, querida? Eu tenho um nome? Minha mente está se tornando confusa e que familiar frustração me consome. Eu deixo meus olhos viajarem por ele para ver se os guardas estão por aí, mas eles não vieram para mim ainda. — Eu, bem, eu... Ele sorri calorosamente e ri baixinho. — Eu tenho esse efeito sobre a maioria das mulheres, mas te garanto, não vou morder. Eu sou Ben, — ele murmura, estendendo a mão. Estendo a mão e levo, sentindo meu coração martelar contra meu peito. Ele aperta minha mão suavemente, ainda sorrindo para mim. — O nome? ~ 64 ~


— Eu, hum, eu só trabalho para Mestr... Quer dizer, William. Me desculpe, eu estou apenas com pressa, — eu digo, evitando o nome da pergunta. — Benjamin, — uma voz diz por trás de mim e meu corpo se enrijece. É o guarda. — Bem, Olá Bill. Eu estava falando com esta linda menina aqui. O nome do meu guarda é Bill? Quem diria? — Ela é apenas um das novas funcionárias de William, eu sinto muito que você se encontrou com ela. Ben balança a cabeça. — Eu realmente não me importo. Bill olha para mim enquanto Ben não está olhando e meu coração torce. — Eu estava apenas... o forno não foi ligado, eu não queria que o jantar de William não cozinhasse, — eu consegui balbuciar. — Muito bem, vá e ligue, então você pode se retirar para a noite. Concordo com a cabeça, e correr para a cozinha. — Talvez eu possa ter o seu nome da próxima vez, então? — eu ouço Ben dizer. Eu olho por cima do ombro para ele e ele me dá uma piscadela antes de desaparecer na esquina com Bill. Oh. Deus. Isso foi algo que eu nunca esperava que acontecesse.

— Quem era ele? — sussurra Número Doze, sentada na minha cama ao meu lado, com as mãos colocadas sobre o colo. — Eu não sei, — murmuro baixo em seu ouvido. — Era alguém que Mestre William conhece. — Você acha que ele sabe sobre nós? ~ 65 ~


Eu balanço minha cabeça. — Não." Estamos todas sentadas em silêncio por momento antes de as outras meninas se juntarem a mim na cama, muito perto para que as câmeras não possam pegar o que estamos dizendo. Eu falo de novo quando elas estão todas acomodadas. — Acho que ele pode nos ajudar. Se eu puder falar com ele, talvez eu possa dizer que o que está acontecendo aqui seja contra nossa vontade. — Você acha que ele vai acreditar em você? — Número Sete sussurra, os olhos esperançosos. — Eu não sei, ele pode. Ele parecia muito amigável, — eu digo, minha voz esperançosa. — E se ele nunca mais volta? — Número Três pergunta. — Ele estava familiarizado com o lugar. Eu acho que ele esteve aqui algumas vezes. Número Doze muda ao meu lado. — Por que você não disse a ele hoje à noite? — Não era o momento certo. Eu teria sido pega e punida. Eu não posso tomar qualquer punição mais agora e nem qualquer uma de vocês. Se eu buscar ajuda dele, isso tem que ser planejado adequadamente. Eu tenho que saber mais sobre ele. Elas acenam de cabeça e antes que possamos dizer qualquer outra coisa, a porta se abre e Bill entra. — Em suas próprias camas, — ele late. As se meninas espalham rapidamente, voltando para suas camas. Ele olha para todas nós por o momento mais longo, antes de se virar e ir para a porta. Ele trás o nosso jantar à porta, antes de rosnar, — Mantenham-se em suas próprias camas, ou eu vou acorrentar vocês a elas. Comam seu jantar, banho e, em seguida, vão dormir. O mestre vai ter mais convidados amanhã à noite e o local deve ser limpo impecavelmente amanhã. Vocês vão precisar de toda as suas forças. Ele está tendo convidados? Meu coração palpita. Ele nos dá uma última olhada antes de sair e bater a porta. Todas nós, lentamente, fazem o nosso caminho para o carrinho. Quando chegamos lá, Número Sete se inclina. — Ele está tendo convidados. ~ 66 ~


Concordo com a cabeça, dando a ela um olhar, mas não respondendo. Eu pego minha bandeja e caminho de volta para a minha cama, me sentando e colocando ela na mesa de cabeceira. Eu levanto a tampa e olho para baixo, para o frango com uma salada. Eu olho para ele, não sendo capaz de comer tanto quanto eu gostaria. Eu sei que os guardas vão ficar com raiva, mas eu simplesmente não posso forçar na minha garganta sem me deixar doente. Eu sutilmente coloco a tampa sobre a bandeja, dando as costas para a câmera, quando eu deslizo o copo de leite, também. Eu termino com a boca cheia e faço como se eu estivesse comendo o resto, antes de me levantar carregando a bandeja de volta para o carrinho, sem se atrever a olhar para a câmera. Eu só posso rezar para que eles não tenham notado. Tenho certeza de que eles terão os grupos limpando os pratos de amanhã, por isso, se elas não falarem, então eles não vão ver que eu não terminei. Eu vou para o banheiro, enquanto as outras meninas comem e eu tomo um banho rápido, aproveitando a água morna que parece acalmar o meu corpo. Eu termino e depois caminho de volta para a cama, percebendo que eu estou longe de estar tão exausta esta noite como eu costumo estar depois do jantar. Eu me enfio debaixo dos lençóis e observo as outras meninas. Como qualquer outra noite, elas comem a sua comida, bebem seu leite, e, em seguida, tomam banho rapidamente, antes que literalmente desmaiar. Eu estreito meus olhos, me perguntando por que hoje eu não estou me sentindo puxar para o sono. Fecho os olhos de qualquer maneira, me perguntando se eu só tenho muito em minha mente. Eu tento equilibrar minha respiração, mas não parece embalar no sono. Eu não abro meus olhos, porque eu sei que se eu for vista me movimentando eu só vou trazer mais problemas. Finalmente, depois de algumas horas, eu cair em um sono leve. — Se você se mover, eu vou te machucar, — uma voz respira em meu ouvido. Ele é tão pesado. Eu não posso respirar quando ele está assim. Eu sou apenas pequena. — Se você ainda ficar, não vai demorar muito. Você deve saber isso agora. Eu acordo ofegante e o suor escorre em minha testa. Eu... sonhei. Eu não tive um sonho desde que me lembro, e hoje à noite um decidiu vir à tona. Bile sobe no meu estômago quando algo puxa meu coração. ~ 67 ~


Esse sonho... parecia familiar, só que eu realmente não sei como. Eu firmo minha respiração e pressiono a mão para o meu coração. Eu fecho meus olhos e tento colocar alguns fatos nebulosos juntos na minha cabeça, mas nada está acontecendo e isso só me deixa frustrada. Por que eu não me lembro? Eu ouço o ranger da porta, e meu corpo endurece rapidamente. Quem está entrando? Eu ainda estou na minha cama e ouço que a porta se abre mais amplo. Vejo Bill na luz do corredor. Ele caminha até a cama de Número Três e se apodera dela, levantando-a para fora. Ele a tem em seus braços, como um bebê e ela se agita, fazendo sons grogues. Ele sai do quarto com ela e um sentimento doente passa sobre mim. Onde ele está levando ela? Oh Deus, estamos sendo estupradas em nosso sono? Pior? Eu tremo e me deito com o coração trovejando, apenas esperando por ele trazê-la de volta. Cerca de uma hora depois, ele traz ela de volta. Então ele leva Número Sete. Eu quero sair da minha cama e correr, para ver se as meninas estão bem, mas eu sei que se eu passar eu ir embora e algo está puxando as cordas do meu coração, me dizendo que agora eu preciso testemunhar o que está acontecendo aqui. Eu tenho que jogar junto. Eu espero, ainda deitada quando os guardas passam pelas meninas. Quando é a minha vez, eu fecho meus olhos e deixo meu corpo amolecer quando Bill me levanta da cama e me leva para fora. É preciso toda a minha força para não ofegar e mostrar o meu medo, mas eu posso sentir ele correndo em minhas veias. Nós estamos em um quarto pequeno e eu ouço o ranger da porta aberta. Ele parece ter um tom mais escuro quando damos um passo, mas não tão escuro que não há luz. Deve ser uma lâmpada. Eu mantenho meus olhos fechados, mesmo que eu queira abri-los. Me sinto ser estabelecida sobre o que parece um sofá e eu trabalho todo o meu corpo para me fazer parecer flexível. Meu coração está correndo. Se eles souberem que eu estou realmente acordada, eu poderia ser levada. Algo ruim poderia acontecer. — Esta é a mais forte do grupo. Ela tem grande determinação. Você provavelmente vai precisar cavar mais profundo com ela. Mestre William? Oh Deus, ele está aqui. ~ 68 ~


— O que estamos fazendo aqui, William, não é um método comprovado. Com mentes frágeis tende a funcionar melhor, mas com aquelas que são lutadoras, às vezes somos mal sucedidos. — Você tem sido bem sucedida até agora. — Porque elas não estão plenamente conscientes do que está acontecendo então elas não têm nenhuma razão para combater isso. Mas eu não posso garantir que suas memórias vão ser mantidas à distância. — Isso está trabalhando bem com as outras três meninas. Outras três? E quanto as outras meninas aqui em casa? Por que só nós? — Essas quatro garotas são as mais quebradas; você tem razão para acreditar que elas não precisam de suas memórias agora. As outras do grupo são mais fortes. Elas estão plenamente conscientes de suas vidas antes disto, portanto, para elas, isso é um pouco de um luxo. Com este grupo, é muito diferente. — Comece, então podemos terminar em uma noite, — William ordena. — Ok, querida, acorde um pouco, — diz a mulher, acariciando meu rosto. Eu quase arremesso meus olhos abertos, até que eu ouço William dizer, — O sonífero no leite que damos é bastante poderoso. Às vezes é preciso um pouco para despertá-las e mesmo assim elas ficam sonolentas. Drogas em nosso leite. Oh Deus. É por isso que eu não dormi esta noite, porque eu não bebi. Se tivesse, eu estaria sonolenta. Eu não teria lembrado disso. Eles têm que acreditar que eu bebi o meu leite. Eu não sei como as outras garotas agiram, então como vou saber se estou fazendo a coisa certa? Eu tento pensar em como eu me sinto quando o leite começa a ter um efeito sobre mim. Meu corpo se sente confuso e fraco, e meus olhos ficam pesados. É difícil levantar a cabeça. Então, com isso em mente, eu lentamente abro os olhos enevoados, mas eu mantenho meu corpo mole e fraco. ~ 69 ~


— Ótimo, agora olhe para mim. Eu vejo a mulher na minha frente, mas só ela. Ela surge meio nebulosa. Ela tem cabelos longos e loiros e grandes olhos azuis. Ela tem um rosto quente, muito gentil. Ela começa a falar baixinho para mim, e, curiosamente, como se meu corpo estivesse ciente do que ela vai fazer, eu começo a me sentir um pouco nebulosa. Eu movo meus olhos e eu pego um vislumbre de William sentado no canto. Meu coração para de bater. Ele tem a mão sobre a metade de seu rosto, como se ele estivesse uma tendência à isso e ele está olhando para um telefone na palma da mão. Vendo ele assim faz meu corpo formigar. Ele é alto, assim como eu pensava. Ele está vestindo um terno preto, com uma gravata azul. Ela se estende por toda a sua forma dura, musculosa. Seu cabelo é grosso e trava em torno de seus ombros. Eu não posso ver muito de seu rosto, mas ele levanta o olhar e o olho que não é coberto pela sua mão é bonito; é tão azul quanto o oceano. Minha respiração engata e eu faço um som meio estranho. Seu olhar encontra com o meu e por uma fração de segundo em seguro isso, apenas olhando um para o outro. Ele franze a testa, como se algo não estivesse certo, antes que a mulher captura a atenção novamente. Ele tem olhos que eu já vi antes, mas eu não tenho a chance de pensar sobre onde. — Coloque seus braços sobre o peito, Número Treze. Eu faço o que ela pede, quase automaticamente. No momento em que eu faço, eu pareço cair em um estado de transe e todo o meu corpo parece quente e satisfeito. Eu a ouço me instruindo a fazer as coisas, e meu corpo está de acordo, mesmo que eu não estivesse ordenando isso a ele. Então, me sinto afundar para fora em um lugar profundo e sonolento quando ela me pede para me acalmar e relaxar. Eu não acordo novamente até a manhã. Eu não me lembro de muito.

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Capítulo Onze NÚMERO TREZE — Acordem, meninas. Eu ouço a voz de Bill e eu gemo, deslocando da minha cama. Levo um momento para ajustar aos meus arredores e me lembro que hoje vai ser uma loucura, dia cheio porque Mestre William está tendo um jantar. Me sento lentamente e enquanto minhas costas ainda parecem rígidas e doloridas no período da manhã, parece muito melhor. Minha mente está muito nebulosa e eu estou lutando para descobrir o porquê. Parece que existem memórias penduradas no limite, a necessidade de sair, como se houvesse algo que eu deveria estar lembrando. — Comam, se vistam, em seguida, se alinham fora da porta. Temos um grande dia, — diz Bill, então se vira e sai do quarto. Eu me levanto lentamente, esfregando minha testa. Eu fico olhando para as outras meninas, todas babadas de sono, correndo as mãos sobre seus rostos. Eu me sinto estranha esta manhã e eu não consigo descobrir o porquê. Talvez eu só tivesse um sono agitado. Tento me lembrar se eu tive, mas parece nebuloso. Eu recebo lampejos da na noite anterior. Me lembro de não beber o meu leite, e... meu corpo congela. Eles nos levaram a algum lugar. Me lembro de ser levada a algum lugar. Eu saio da cama e correr para o chuveiro, fechando a porta rapidamente. Eu coloco minha cabeça em minhas mãos. Pense! Eu tento descobrir o que aconteceu, mas as imagens só vêm manchadas. Me lembro de uma mulher, bonita. Ela falou comigo. Ela me fez perguntas, perguntas que eu realmente não me lembro. Então, tudo ficou escuro. Eu não sei porque eu estava lá. Por que eles nos levaram? Eu com raiva esfrego minha cabeça, doente por não ser capaz de me lembrar o que está armazenado no meu próprio cérebro. Estas memórias são minhas e que Deus me ajude, eu vou lutar para recuperá-las. A única coisa que eu consigo decifrar de tudo isso é que o leite não é algo que eu deveria beber. Então, de agora em diante, vou me certificar de que não bebo mais. Eu também vou estar escrevendo alguma coisa que eu me lembro no pequeno bloco de notas que está na ~ 71 ~


gaveta da minha mesa de cabeceira. Eu preciso descobrir isso. Estou perdendo alguma coisa aqui, algo grande. Preciso das minhas memórias de volta; eu preciso saber quem eu sou. Sentindo meu peito inchar com determinação, eu tropeço para fora e entrar no chuveiro. Eles não vão me bater.

É a primeira vez desde que estamos aqui, que estamos todas em um quarto juntas novamente. Eu fico olhando para as outras meninas, e elas tão obedientemente ficam de pé, de frente para a parede da frente. Por que agem assim? Tão fracas? Seguindo todos os comandos deles. Elas não estão nem mesmo tentando lutar; elas não estão tentando sair daqui. Por quê? Por que elas simplesmente desistiram e estão deixando isso acontecer? Talvez tenham sido espancadas, também; talvez elas estejam com medo. Eu não sei, mas eu sei que não posso me deixar sempre tão... tão... acomodada. Bill começa a falar em tom alto, autoritário. Dirijo aos poucos a minha atenção para ele. — Há muita coisa para ser concluída hoje, a casa precisa ser limpa. É. — A lavagem deve ser feita, não deve ficar nada ao redor. Não deixar nada ao redor. — A sala de jantar tem que ser arrumada. Obviamente. — E o jantar precisa ser cozido. Não brinca. Eu balanço minha cabeça, sem saber por que meus pensamentos estão tão... sem conexão. Eu sinto como se uma parte de mim está sendo levada embora e eu sou a única a lutar para recuperá-la. O guarda se aproxima e nos divide. Pela primeira vez, estamos separadas ~ 72 ~


em diferentes grupos. Eu sou colocada com Número Dois, a menina latino-americana, que é muito, muito bonita. As outras comigo são Número Oito, que é alta, uma menina atlética que parece amigável o suficiente, e Número Onze, a grande menina masculina que meio que me assusta. Somos atribuídas às tarefas de cozinha, então eu acho que o meu dia está sendo gasto cozinhando. Há coisas piores. Assim que nós estamos agrupadas, nós começamos a trabalhar. Nós imediatamente vamos para a cozinha e olhamos para baixo no cardápio que tinha sido feito para a noite. Recebemos uma cópia para trabalhar e é em um pedaço brilhante de papel de prata que está decorado com redemoinhos e minúsculas esferas que parecem diamantes. Há uma pena longa, e branca anexada ao canto dele e vibra quando ele se move. Eu olho para baixo para ele e eu sei o quanto nós temos que fazer hoje. Nós provavelmente teremos que fazer uma coisa de cada, ou nós vamos estar aqui correndo em círculos durante todo o dia. — Ok, eu acho que deveríamos separar o grupo e fazer uma coisa de cada, — eu digo, tomando a carga como eu normalmente faria com o meu grupo. Número Onze, a grande menina macho se aproxima e me olha. — Quem morreu e te fez chefe? — Eu... me desculpe? — eu gaguejo. — Eu só estou tentando organizar isso para que nãoEla me corta, dando um passo mais perto. — Então você não será enviada de volta para a punição? Ouvimos tudo sobre você e não estamos deixando você assumir o comando de qualquer coisa. Ouvimos o que você fez o seu grupo passar. Você não sabia que todas têm que ir para algum tipo de terapia durante a noite, porque eles estão fodidas? Você fodeu o grupo. Eles escolheram você por uma razão. Você é a idiota que tentou fugir em vez de fazer a coisa certa. Você é o mestre animal de estimação pequeno, porque você é tão maldito simples. Ouvi dizer que ele gosta das simples. Meu coração se torce. Eu não sei o que ela está falando. Por que ela iria ser tão cruel comigo? Ela nem me conhece. Minha respiração se torna difícil quando eu arrumo meus ombros. — Eu não sei o que você ouviu, mas eu não te conheço, e você certamente não me conhece. Ela ri, — Mas eu te conheço. Nós todas sabemos você. Todas nós fomos informadas sobre o grupo 'especial'. ~ 73 ~


Grupo Especial? — Por que está sendo tão cruel? — eu sussurro, olhando para ela. — Oh, eu sinto muito, machuquei você, querida? — ela zomba. — Talvez você devesse ir sentar no colo do mestre. O que? Como ela poderia saber isso? Como ela sabe disso? Raiva incha no meu peito enquanto ela continua a me zombar. Não deixe ela chegar até você. Não deixe ela colocar você e seu grupo de volta naquele porão. Eu ignoro seus insultos e não faço contato visual com as outras meninas que estão em silêncio no canto. Elas não se parecem tão más como ela, mas também parecem inteligentes o suficiente para não tentar me defender. Eu decido tomar o prato principal e começo a criálo. Ele têm alho camarões em uma cama de temperado cuscuz. Eu preciso preparar todos os camarões e para vinte a trinta pessoas, então vai demorar um pouco. Eu ouço as outras meninas começar a trabalhar e quando Número Onze passa por mim, ela me empurra com força no balcão. Eu mordo meu lábio para impedir de gemer mas o calor inunda minhas veias e meu peito incha quando eu tento manter minha raiva contida. Eu luto contra minhas lágrimas e continuo minha tarefa. Eu não tenho tempo para deixar ela chegar até mim. Não posso deixar que outra pessoa crie quem eu sou antes que eu me conheço. Esta não é a única vez que ela me empurra. Ela continua durante todo o dia. Ela empurra quando ela passa por mim, empurra minhas taças fora do balcão, espalhando comida no chão e coloca a perna para fora quando eu passo me fazendo tropeçar. Por tudo isso durante o trabalho, estou no final da minha corda. Então, quando ela me empurra, eu giro ao redor, a faca na mão e eu rosno para ela. — Não vai parar com isso? O que eu fiz para você? Ela apenas ri. Como se eu fosse uma piada. Talvez eu seja. Lágrimas queimam em meus olhos e eu jogo a minha faca para baixo. Os guardas estão atrás de mim, em menos de um segundo, mas eu corro o mais forte e mais rápido que posso pelos corredores. Eu ouço os sons de alarmes soando, mas eu não paro. Eu corro, sem saber para onde estou indo. Estou com tanta raiva que eu estou ofegante, todo o meu corpo vibrando. Eu quero gritar. Eu quero fazer tudo ir embora. Eu não quero mais fazer isso. Eu não quero ser essa... essa... aberração.

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Um homem alto, com a mão sobre o rosto, seus olhos tão belo como um oceano cristalino e azul. Eu derrapo em uma parada, ofegante. Uma imagem treme pela minha mente. Eu não sei o que ou quando isso foi, mas é uma imagem. Antes que eu possa processar ela, outra me atinge. Mais claro, mais cheio. — Sissy! Brinque comigo, — uma pequena menina chora, suas tranças louras sacudindo ao redor do rosto. — Nós sempre jogamos quando ele não está aqui. Mamãe foi embora com ele, então agora podemos cantar e dançar. Eu aperto minha cabeça, gritando quando a memória quase queima em minha mente. Eu começo a correr novamente, quando ouço os gritos atrás de mim. Antes de entender, eu estou na porta do mestre. Eu nem sei por que eu corri aqui, mas aqui estou eu. Eu começo a bater freneticamente, fora de mim. Eu não quero me sentir assim. Eu quero respostas. Ele precisa me dizer. Ele precisa explicar por que ele está me tirando dos meus direitos. — Abra a maldita porta! — eu grito. — Me enfrente, porra, me enfrente! A porta se abre de repente e eu estou sendo puxada antes de eu chegar até mesmo a olhar para ele. Deus o amaldiçoe. Ele me gira em torno e pressiona minhas costas contra seu peito. Ele aperta a mão sobre os olhos por um momento, até que ele possa ter uma venda nos olhos, colocando sobre eles, em seguida, amarrando rapidamente. Eu começo a correr a minha boca antes que ele tenha terminando de amarrar o último nó. — O que há de errado com você? — eu grito. — Por que estou aqui? Por que você não me conta? Não é justo. Você não pode simplesmente pegar alguém e não dizer porquê. Ela está me intimidando, me dizendo que eu sou uma aberração, que eu estou ferrada, que eu sou fraca. Por que ela sabe sobre mim, mas eu não sei? Não é o seu direito manter isso longe de mim. Eu não quero estar aqui. Me deixe ir. Ele me vira e com as pernas bambas, eu vou. Abro a boca para falar novamente, apenas para sentir suas mãos subirem até meu rosto. Eu sinto o calor de suas mãos irradiando através das minhas bochechas. Meu corpo todo formiga e eu não consigo entender por que eu iria me sentir assim em torno dele. Eu o odeio. Ele acaricia os dedos suavemente sob os meus olhos e eu percebo que eu estou chorando ~ 75 ~


tanto que está molhando a venda e está começando a correr pelo meu rosto. Talvez tenham razão; talvez eu seja fraca. — Mestre, — eu ouço um guarda gritar, correndo para o quarto. Eu ouço algo cair no chão e Mestre William fica tenso atrás de mim. — Está tudo bem, — ele murmura. Saia. — Sim, senhor. Ouço a porta se fechar e então eu sinto Mestre William começar a nos levar em direção a algo. Ele me senta em um sofá, surpreendentemente não em seu colo. Ele se senta ao meu lado; eu sei disso porque o sofá se move quando ele se instala sozinho. — Número Onze estava te intimidando. Não é uma pergunta; isso é um fato. — Eu faço algo errado, sou punida. Ela faz alguma coisa errada, e ela não é. — Errado, frumuseţe, ela vai ser punida. — Você deixou ela me intimidar. Você olhou, você assiste a tudo o que fazemos, e você deixou ela fazer isso. — Errada de novo. Eu estava assistindo para ver como você lidava com isso. — Ela poderia ter me machucado, — eu rosno, empurrando meu corpo mais longe dele. — Eu nunca teria deixado ela te machucar. — Por que está fazendo isso comigo? — eu sussurro, deixando cair a cabeça. — Você precisa confiar em mim, frumuseţe. — Me diga por que nós somos diferentes, por que elas estão nos chamando e aberração. — Elas não estão te chamando de aberração, Número Onze está e ela será tratada em conformidade. — Por que não posso te ver?

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Ele não responde por um longo momento. — Você precisa parar de me questionar, — diz ele e eu sinto ele ficar de pé. — Eu compreendo a sua confusão, mas você precisa começar a se comportar como as outras meninas se comportam ou não posso continuar a ser gentil com você, Número Treze. — Isso não é meu nome, — eu grito. — E você dificilmente é gentil! — É hora de ir, — diz ele simplesmente. — Maldito seja— Faça o que te mandaram fazer, Número Treze, — ele rosna, me cortando. Sentindo meu lábio começar a tremer, eu me levanto e me viro para a porta. Sinto o guarda me levar em suas mãos e eu ouço William murmurar, — Mova Número Onze para o porão, substitua ela pela Número Cinco. — Sim, senhor. Pouco antes dele me levar para longe, eu sussurro em voz baixa: — A confiança é uma via de mão dupla, William. Ele faz um som estranho, gutural, mas eu continuo com minha cabeça baixa e deixo o guarda me levar para longe. Eu não tenho nada mais a dizer.

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Capítulo Doze WILLIAN — Como você gostaria que a Número Onze fosse punida, senhor? Eu assisto as gravações da câmera, notando como Número Onze estava intimidando continuamente a Número Treze. Alguém como ela não vai responder bem ao ser atingida. Ela é muito segura de si mesma, muito certa de que ela sabe tudo. Uma garota como ela vai apenas grunhir para conseguir o cinturão. Ela precisa de algo pior, algo que vai machucá-la, afetá-la, mostrar a ela que ela não é o chefe desta casa e que ela não tem o direito de intimidar as outras meninas. — Ela vai se juntar a Número Treze esta noite e ela vai fazer tudo que a Número Treze pedir. Na frente de todas as outras. Ela será sua escrava para fazer o que ela quiser num total de 24 horas. Você precisa assistir e ter certeza que ela faça o que ela diz. George concorda. — Sim, senhor, muito esperto. — Não é uma punição para cada ato, algumas precisam de algo diferente do que as outras. Isso se encaixa apenas perfeitamente certo. — Sim, senhor, é verdade. — Isso é tudo, George. — Obrigado, eu vou ter certeza que isso seja feito. Você precisa de seu terno preparado para esta noite? — Não, está feito. É uma festa mascarada, então não esqueça as máscaras. — Sim, eu tenho todas elas prontas. Quais meninas você decidiu estarão servindo a refeição? Eu fico olhando para as telas de novo e um sorriso ondula em meus lábios. — Numero Treze e seu grupo vai servir as refeições. — Você tem certeza sobre isso, senhor? — Bastante. ~ 78 ~


— Ela se quebrou esta tarde. Ela não está com a mente muito bem, e... — Ela precisa aprender como trabalhamos aqui. Se ela se comportar mal, ela vai ser punida novamente. Se ela fizer um bom trabalho, ela vai ser recompensada. A única maneira de ensiná-las, George, é deixá-las aprender com os seus próprios erros. — É um risco, senhor. — O qual eu estou disposto a correr. Isso é tudo. George balança a cabeça e sai do quarto. Eu me inclino para trás em minha cadeira. Aos poucos, essas meninas vão aprender a lição que eu estou tentando ensiná-las.

NÚMERO TREZE Eles estão fazendo ela a minha escrava. Minha cabeça gira quando eu olhar para ela, Número Onze, abertamente olhando para mim. Eu não entendo que tipo de jogo doentio o mestre está jogando, mas isso não é algo que eu quero. Eu não sou essa pessoa. Eu posso não saber muito sobre mim, mas eu sei o suficiente para saber que eu não vou pedir que outra pessoa faça algo contra a sua vontade. Como posso me permitir me tornar dele? Isso não está certo, nada disso está... mas eu não sei o que eu deveria dizer para a menina que está na minha frente me lançando um olhar tão malicioso que tem minha pele formigando. — Hum, — eu começo, levantando um fio de ouro do meu cabelo em meus dedos e girando. — Por favor, me ajude na cozinha, sem raiva e luta. Eu sei que você não gosta de mim, Número Onze, mas não há necessidade para isso. Eu estou aqui, eu não sei por que estou aqui, e isso não faz de mim uma pessoa má. Certamente não faz de mim uma aberração.

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Suas sobrancelhas atiram para cima e ela olha para mim por tanto tempo que eu tenho certeza que ela está prestes a rebentar a rir e me dizer para ir ‘me ferrar’. Em vez disso, seu rosto suaviza apenas um toque e ela concorda. Orgulho incha no meu peito. — Então vamos, — eu digo, sem acrescentar mais. Nós fazemos o nosso caminho de volta para a cozinha e começamos a preparar a comida rápida e eficiente, só que desta vez não há palavras raivosas ou empurrões. Quando temos a primeira rodada preparada e pronta para quando os convidados chegarem, nós começamos a trabalhar em conseguir as principais refeições no forno. Bill entra quando a tarde está deslizando para a noite. — Número Treze, — diz ele, apontando para mim. Eu paro o que estou fazendo e me aproximo de pé em frente dele. — O mestre quer te recompensar por seu comportamento impecável com a Número Onze antes. Ele está te permitindo um momento de confiança. Se você tomar isso, você vai lentamente começar a ganhar mais. Se você estragar tudo, então você será punida e nunca haverá mais chances para você ou seu grupo para ganhar o seu lugar de novo. Um momento de confiança? Concordo com a cabeça para Bill, desesperada para ouvir o que ele está prestes a dizer. Estranhamente, eu estou desesperada para agradar Mestre William. Enfio esse sentindo para baixo, não inteiramente certa porque eu precisaria impressionar um homem que desprezo. — Você e seu grupo estarão servindo esta noite. Você vai ser responsável pelo comportamento delas. Se uma palavra é dita sobre esta situação, como eu disse, você será punida e você vai sacrificar alguma chance de que você possa ganhar mais confiança. — Eu entendo, — eu digo, sentindo meu coração bater. Ele está nos deixando servir? Ele está nos deixando interagir? Faz apenas alguns dias desde que chegamos aqui, mas já ele está nos deixando ter a chance de provar a nós mesmas. Eu não posso deixar que isso dê errado. Precisamos de todas as chances que podemos ter de

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conseguir lentamente a confiança do Mestre. Vai ser a nossa única chance de escapar. — Muito bom, — diz Bill. — O grupo está esperando por você na biblioteca com uniformes. Vão. Eu assinto, sabendo que a biblioteca é no corredor. Me viro e corro para fora, animada e assustada. Vou ver ele hoje à noite? Será esse o momento em que eu finalmente começar a ver William? Eu não tenho certeza se isso me assusta ou me excita. Meu estômago se enche com uma estranha sensação oscilante enquanto eu caminho. Eu perco o corredor que leva para a biblioteca, mas eu não percebo até eu chegar ao final do longo corredor. Suspirando, eu me viro e começo a correr de volta. Estou na metade quando um homem sai do salão. Eu bato nele, incapaz de parar. Suas mãos me firmam rapidamente, mas eu luto para trás, ofegando quando eu coloco os olhos sobre ele. Eu só tomo uma rápida olhada, porque eu estou tão em pânico que eu tenha andado tanto e eu não deveria estar aqui. Eu não quero perder meus privilégios e eu não quero entrar em apuros. Acima de tudo, eu não quero deixar minhas meninas para baixo novamente. — Benjamin, — eu gaguejo, reconhecendo rapidamente o homem na minha frente. — Eu sinto muito, eu estava procurando a biblioteca. Eu vou virar, não querendo passar pela coisa de ‘Qual o seu nome?’ novamente, só para ver que seu cabelo é muito longo para ser Benjamin. O cabelo está amarrado e pendurado em suas costas. Benjamin tinha cabelo curto; me lembro disso. Eu paro e meus olhos se arregalam quando eu percebo que ele é igualmente tão alto como Benjamin, e seu corpo tão musculoso e poderoso. Ele está vestindo um smoking que esculpe perfeitamente em torno de seu corpo grande e musculoso. Seu cabelo preto é longo, mas está amarrado na base do pescoço com um elástico. Seu rosto, oh Deus, é de tirar o fôlego, mesmo que ele esteja usando uma máscara de fantasia que cobre um olho totalmente, enrolando de seu rosto em quase um estilo da asa de um ajo, enquanto a outra metade apenas envolve o olho, permitindo apenas um seja visto. Sua pele é que a cor verde-oliva de seda e sua mandíbula é forte e masculino. Eu passo o meu olhar até o olho que eu posso ver e... oh... oh meu Deus. É exatamente o mesmo azul cristalino de Benjamin. ~ 81 ~


Agora que penso nisso, este homem se parece exatamente com Benjamin. Só que o cabelo é mais longo e ele é um pouco mais construído. Mas não há nenhuma dúvida em minha mente que este homem é irmão gêmeo de Benjamin. — Eu sinto muito, eu pensei que você fosse outra pessoa, — murmuro rapidamente. Eu não posso ficar aqui; eu já fui pega correndo para alguém antes. Eu não quero trazer mais problemas para mim. Me viro e começo a me apressar quando ele diz tão silenciosamente eu mal posso ouvir: — Não tem problema, frumuseţe. Não... Eu derrapar para uma parada, e rapidamente me viro para atrás, só para ver a parte de trás dele desaparecer pelo corredor. Mestre William. É Mestre William? Mestre William e Benjamin são gêmeos? Irmãos? Fico ali, olhando para a sua forma se retirando por um longo tempo, com a minha boca aberta. Ele está indo embora rapidamente, como se ele não quisesse que eu descobrisse quem ele é. Eu abro a minha boca antes que eu possa pensar e eu grito, — William? Ele para, endurece e se vira. Seu rosto está amassado e sua mandíbula está apertada. A partir daqui, ele é a imagem da beleza. Com a ondulação elegante da máscara em seu rosto e seu smoking perfeitamente assentado, ele parece que caiu do céu. Ele é divino. Ele é o que mulher chamaria de perfeição. Por que ele está se escondendo de nós? Por que alguém iria se esconder quando ele parece tão... tão... de tirar o fôlego. — Me desculpe se atropelei você, — eu finalmente guincho para fora, e, em seguida, antes que ele possa responder, eu desapareço pelo corredor em direção à biblioteca. Eu me pressiono contra a parede assim que eu estou fora da vista e pressiono a mão para o meu coração. Eu não posso acreditar no que acabou de acontecer. Eu o vi, o homem que roubou a minha vida e paralisou ela. Eu esperava muito, mas algo que eu não esperava era para ele estar tão completamente deslumbrante. Isso não entra na minha cabeça, no entanto. Por que alguém que é tão lindo como ele precisa manter treze meninas em cativeiro? Isso não faz sentido. Eu sinto como se estivesse faltando alguma coisa. ~ 82 ~


Capítulo Treze WILLIAN Eu esfrego minhas têmporas, incapaz de aliviar a dor latejante atrás dos meus olhos. Ela me viu. Ela sabia quem eu era. Essa menina está brincando com minha mente. Ela está me desafiando. Eu defino tarefas para fora, esperando que ela reaja e ela não o faz; ela lida com tudo tão graciosamente. Ela deixou Número Onze ir. Ela não cavou para dentro da crueldade; ela simplesmente deixou ela ir. Ela me surpreendeu. Um estranho sentimento de orgulho incha no meu peito. Ela está me surpreendendo a cada dia que passa. Há momentos em que eu sinto como se ela não aprender o que eu estou tentando ensinar, e, em seguida, como se de repente ela entendesse, ela está fazendo de coração, coisas boas, como ela fez hoje, com a Número Onze. Eu não estou decepcionado com suas decisões, mas estou rasgado sobre elas. Uma grande parte de mim precisava que Número Onze aprendesse a lição, mas, ao mesmo tempo, eu acho que – surpreendentemente - ela fez. — Mestre, os convidados chegaram. Abro a minha porta e aceno para George. Ele está vestindo uma máscara integral que só deixa a boca a vista. Ele está de pé reto e alto, com os braços em seus lados. Eu assinto para ele. — Eu estarei lá. Estou colocando cada grama de minha confiança nessas meninas esta noite. É a sua chance de me deixar ver que as minhas aulas estão começando a dar frutos. Eu só espero que eu tenha feito a escolha certa.

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NÚMERO TREZE — Precisamos garantir que isso seja feito com perfeição, — eu digo para as meninas no meu grupo. Estamos todos vestidas de pólos escuras e calças pretas. Nossos cabelos estão amarrados para trás e estamos calçando confortáveis, sapatos pretos. Estamos prontas para servir. Prontas para mostrar a ele que podemos fazer o que ele pede. Prontas para ganhar um pouco de confiança. Prontas para começar à frente o suficiente para encontrar uma maneira de sair deste lugar. — E se cairmos, ou escorregar? — Número Sete murmura, esfregando as mãos nervosamente juntas. — Vai ficar tudo bem, — eu acalmo. — Basta prestar atenção ao que você está fazendo e não se preocupe com qualquer um ou qualquer outra coisa. Nós vamos conseguir fazer isso de forma eficiente. — Há tantas pessoas, — diz Número Doze, seu rosto está pálido. — Você vai ficar bem, — eu tento acalmá-la, mas a verdade é que eu me sinto tão mal quanto ela. Eu olho para Número Três que está apenas olhando pela janela. Ela está totalmente fora hoje e mal disse uma palavra. Seus olhos estão vazios e seus ombros estão caídos. Como se o esforço para levantá-los fosse muito difícil. — Número Três? — eu digo baixinho. — Você está bem? Ela balança a cabeça energicamente. — Vamos acabar com isso. Algo está acontecendo em sua mente, algo profundo e escuro. Eu não tenho tempo para ajudar ela agora, mas espero que talvez hoje à noite, depois que tudo isto estiver terminado, eu poderia começar a falar com ela. Todas nós arrumamos nossas roupas e vamos para a cozinha. Número Onze assumiu o comando e tem tudo disposto em pratos. Todas nós tomamos um, tentando se acalmar antes de entrar no salão de baile enorme no meio da casa. Eu suspiro quando eu entro no espaço bem decorado. O piso está polido e tão brilhante que guincha quando nós caminhamos sobre ele. Há lustres enormes penduradas no teto e mesas estão muito bem ~ 84 ~


apresentadas em todo do espaço, todas decoradas com toalhas de mesa brancas e arranjos. Há pessoas que se misturam em todos os lugares, todas usando máscaras. As mulheres parecem elegantes, com belos vestidos longos e máscaras delicadas. Os homens parecem masculinos e misteriosos. — Você gostaria de um pouco? — eu digo, me aproximando do primeiro grupo. — Oh, muito obrigada. — uma mulher de cabelos vermelhos sorri e pega um canapé com as unhas vermelho-vivo. Eu levo o prato em torno do grupo, e, em seguida, continuo a caminhar pela sala. Isso não é tão ruim. Estou indo bem e eu não estraguei tudo. Tanto quanto eu posso ver, nem as outras meninas. Eu passo para o próximo grupo e quando as pessoas se viram, eu vejo a máscara familiar. Meu coração gagueja e eu me esforço para recuperar o fôlego quando mais uma vez eu coloco meus olhos em William. Tão perfeito. Ele levanta o olhar quando ele me percebe e seu olho eu posso ver se conecta com o meu, causando pequenos arrepios que correm sobre a minha pele. Ele não sorri, mas o olhar que ele está me dando é... intenso. Eu mantenho meus ombros em linha reta quando eu ofereço a todos algo da bandeja. William se inclina para frente, os lábios descendo para pastar meu ouvido. Ele murmura: — Você está fazendo um trabalho impecável, linda. Ele não disse linda em romeno. Meu rosto esquenta. Ele fica em pé e estende a mão, arrancando um pedaço de camarão para fora da bandeja. Ainda sentindo meu rosto em chamas, eu continuo a levar as bandejas ao redor. Quando elas estão vazios, eu levo de volta para a cozinha para o próximo curso. No momento em que volto, todos estão sentados. Todas nós tomamos algumas mesas cada uma e começamos a servir a entrada. Eu ouço um estrondo quando eu estou colocando o último prato em uma das minhas mesas. Agarrando minha cabeça, eu vejo a Número Três de joelhos e um homem alto, se inclinando para ajudá-la. Ela está rapidamente pegando alguns pratos quebrados no chão, murmurando alguma coisa. Eu engulo em seco, voltando os olhos para o Mestre William. Ele está olhando para ela, mas ele não parece com raiva. ~ 85 ~


Eu viro minha atenção para a Número Três quando ela se levanta e se vira. Assim quando eu estou prestes a virar e levar a minha bandeja de volta para a cozinha, eu ouço uma profunda e gutural risada masculina. Eu fico olhando para o homem que estava ajudando a Número Três e eu vejo que ele tem um guardanapo na mão e ele está acenando com ele ao redor. — Isso é uma piada, William? Meu corpo todo formiga. O que ela fez? William olha para ele e diz, — Uma piada? O homem que está em seus trinta e poucos anos, com cabelo curto e olhos castanhos quentes, ondula o guardanapo ao redor, e, em seguida, olha para trás, para a Número Três. Em seguida, ele lê as palavras que estão claramente escritas sobre a peça branca. Oh Deus. Ela não... ela não fez. — Diz Ajude-me, estou sendo mantida aqui contra a minha vontade. Chame a polícia. Todo o meu corpo sente como se tivesse se transformado em líquido. Não. Meu Deus, o que está errado com ela? Por que ela escreve que em um guardanapo e entrega a um estranho? Corro mais rapidamente, porque a Número Três começa a chorar. Isso não é bom. William vai nos punir por isso, porque ela foi descuidada o suficiente para qualquer notasse seu desespero. Não me interpretem mal, eu entendo por que ela fez isso, mas eu também sei que foi uma jogada estúpida. — Eu não sei do que ela está falando, — diz William, com a voz rouca. É então que eu avisto Ben. Ele levanta a máscara e olha para mim. Deus, se William se parece com ele... — Porque é que a menina está chorando? — diz ele, com o olhar curioso. Tenho que pensar rápido. Se eu não conseguir William fora disso, estamos com um grande problema e é um problema que eu não quero. Se perdermos nossos privilégios, como será que vamos encontrar uma maneira de escapar? Isso não é uma opção para mim e eu certamente não vou deixar isso se arruinar.

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— Foi uma brincadeira, — eu digo, embora a minha voz soa como nada mais que um guincho. William sacode o seu olhar para mim, e todos na sala param e olham para mim. Eu coloco minha mão no braço de Número Três, apertando-o para avisá-la parar de chorar. — Ela é um pouco malandra e gosta de brincar com as pessoas. Sinto muito, senhor, às vezes ela leva isso muito longe. Nós somos apenas garçonetes aqui. William só nos contratou para a noite. Eu peço desculpas. William está olhando. Eu posso sentir o seu olhar queimando dentro de mim. Puxo Número Três, murmurando uma desculpa e levo ela para a cozinha. No minuto em que saio, eu giro para ela. — Por que você fez isso? — Porque ele está nos segurando aqui contra nossa vontade, — ela chora, agitando as mãos ao redor. — Eu não quero estar aqui. Todos vocês pararam de lutar; já que você está apenas fazendo o que ele pede. Ele é doente; você está me ouvindo? Ninguém mantém meninas contra a sua vontade, se não é um doente. — Eu não parei de lutar, — eu assobio, me inclinando para perto. — Eu só estou fazendo a coisa certa para não ficarmos trancadas naquele porão. Como você acha que nós vamos encontrar uma maneira de sair deste lugar se continuar cometendo erros? — Você não vai encontrar uma saída, — ela rosna, estendendo a mão para me empurrar levemente. — Não há nenhuma maneira de sair. Eu môo os dentes juntos, tentando desesperadamente manter a minha raiva dentro de mim. — Você não sabe disso. Antes que ela possa dizer qualquer outra coisa, Bill entra. Seu rosto está apertado com raiva quando ele pára em frente da Número Três e sua mão ataca, enrolando em torno de seu braço. Ela chora, mas não adianta. Ele não deixa ela ir. — Isso foi uma coisa tola de fazer. Venha comigo. — Por favor, — eu digo quando ele começa a arrastá-la para fora. Eu não sei por que eu estou a ponto de defender a Número Três quando ela não vai me ouvir, mas eu sei que tenho que fazer. Ninguém mais vai falar. Elas estão todos com medo. — Ela não sabia. Ele gira ao redor, olhando para mim. — Todas vocês sabem, — ele diz. — Vocês todas já sabem as regras; fomos todos muito claros para vocês. Agora voltem ao trabalho, ou vocês podem se juntar a ela. ~ 87 ~


Eu fecho a minha boca, mas meus olhos prendem com lágrimas não derramadas. Número Três é fraca demais para tomar punição. Há algo faltando em seus olhos, eu posso ver isso. Ela parou de lutar. Ela acredita que não há realmente mais nada para ela. Ela não pode ver a luz no fim do túnel e isso me assusta. Quando você desiste, você para de lutar e quando você para de lutar, não há para onde ir. — O que aconteceu? — Número Doze pergunta, com a voz frenética. — Ela tentou sair do Mestre William no meio de todas aquelas pessoas, — eu sussurro, sabendo que minha voz é muito instável para usar. — Oh, não. Eu engulo e olho para a porta vazia. O que vai acontecer agora?

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Capítulo Catorze NÚMERO TREZE — Mestre William deseja vê-la, Número Treze. Estou na minha cama naquela noite, finalmente começando a me estabelecer quando Bill aparece, eu não quero ver William. Ele está machucando minha amiga e por causa disso, eu não quero ter nada a ver com ele. Ele é um monstro, embora lindo, mas um monstro é um monstro, tudo a mesma coisa. — É claro, — eu sussurro, me levantando. Eles estão doendo porque eu trabalhei até tarde da noite. Agora William quer me ver. Eu não entendo o porquê. Será que ele vai me castigar e as outras meninas também? Não é essa a regra? Eu estive esperando por ele me chamar, mas quando o sono veio ao redor, eu percebi que estava bem. Acho que não. Bill toma meu braço e me leva para fora para a porta de William. Ele bate algumas vezes e um segundo depois a porta se abre para revelar William, ainda vestindo sua máscara. Acho que a festa apenas terminou. Eu abaixo a cabeça, olhando para meus pés, não querendo olhar em seus olhos. Não quando ele está punindo uma menina quebrada. — Entre, Número Treze. Ele está me chamando isso, significa que ele deve estar com raiva. — Eu vou esperar lá fora, senhor, — Bill diz, fechando a porta depois de eu entrar. Eu ainda não olhar para Mestre William. Eu só continuo a olhar para os meus pés. — Olhe para mim, — ele ordena. Apertando minha mandíbula, eu levanto a cabeça e olho para aquele olho hipnotizante. — Por que estou aqui? ~ 89 ~


Ele inclina a cabeça para o lado, me estudando e então ele fala. — Você está aqui porque eu quero discutir esta noite. — Não há nada para discutir, — eu digo com uma voz vazia. Suas sobrancelhas torcem juntas. — E por que isso? — Você levou a minha amiga, é provável que você tenha machucado ela. Ela não merece ser ferida. Ela está quebrada, ela está danificada, ela é fraca. Ela não precisa de alguém para quebrar mais ainda. Ela estava desesperada. Você não ficaria? Se você fosse tirado de tudo o que conhecia e tivesse suas memórias limpas, você não se sentiria como se não houvesse fuga? Ela estava tendo uma chance, e você está punindo ela por isso. Assim, a menos que você esteja aqui para me dizer que você não está, então não há nada para discutir. Ele fica em silêncio o tempo suficiente para eu levantar um hesitante olhar para ele. Ele está olhando para mim, e cara, ele parece com raiva. — Sua amiga cometeu um erro esta noite. — Ela está com medo, — eu grito, perdendo a tampa sobre a minha raiva. — Ela está com medo e você está fazendo o pior! Ele suspira, passando a mão sobre seu cabelo. — Quais são as regras? — O que? — eu sussurro, balançando a cabeça em confusão. — Quais. São. As. Regras? Eu pisco e sento meus lábios começam a tremer. — Ela cometeu um erro. — Quais são as regras? — ele ruge, batendo com o punho para baixo em uma mesa. — Se você se comporta mal, você é punida, — eu digo, quase como se eu fosse um robô. — Se você é boa, você é recompensada. — É uma regra simples, — ele rosna, a voz baixa e rouca. — Não é difícil. Eu dar o melhor se vocês se comportar e se você não fizerem isso, então vocês vão ser castigadas. Tem sido muito claro. Sua amiga sabia disso; ela ainda fez a escolha de fazer o que fez. Essa é a sua decisão. Não minha. Ela fez a escolha, ela se colocou lá. Você acha que eu gosto de realizar punições?

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— Sim, — eu digo, sem hesitação. Sua cabeça se encaixa e ele olha para mim novamente. — Você nunca vai entender, vai? Você simplesmente não pode ver o que eu estou tentando fazer aqui. — O que estamos tentando fazer, — eu assobio, —tirar a nossa liberdade! — Você nunca teve nenhuma liberdade, — ele late, cerrando os punhos. — Nós não sabemos. Você não nos deixa lembrar. — Maldição, — ele murmura baixinho, antes de levantar a cabeça e latir, — Bill! Bill está no quarto em um segundo. — Sim, senhor? — Leve ela para fora. Não lhe dê a recompensa. — O quê? — eu choro. — Você ia me recompensar? Ele não olha para mim, quando ele fala. — Boa noite, Número Treze. — Você não pode fazer isso, não é? Você simplesmente não pode olhar para mim como não pode responder às minhas perguntas! Você não pode ser homem e ser honesto sobre o que está realmente acontecendo aqui em baixo. Isto não é mesmo sobre nós; isso é sobre você. Você é o único fodido aqui, William. Ele não disse nada, apenas desaparece na escuridão. Bill toma meu braço e me puxa para fora, me empurrando pelos corredores até chegarmos ao nosso quarto. As outras meninas estão na cama quando eu entro, mas eu não quero falar com elas de qualquer maneira. Eu não quero falar com ninguém. Eu só quero ser deixada em paz. Me sinto desgastada e discriminada, como se lutar contra isso fosse inútil. Eu rastejo para a minha cama e rolo, de frente para a parede, sem olhar para nenhuma delas. Estou perdendo minha luta. E quando isso acabar, eu vou ser melhor do que a Número Três.

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Capítulo Quinze NÚMERO TREZE Eu balanço para trás e para a frente, flashes de memória inundando minha mente. Eu não quero estar aqui. Eu estou cansada de lutar. Eles não vão me deixar lembrar de quem eu sou, mas eles estão me dando o suficiente para saber que o que eu costumava ser era ruim. Eu vejo uma mulher colocando as mãos em mim. Eu sempre imaginei que fosse um homem que assaltava uma mulher inocente, não uma mulher. As mulheres são destinadas a ser gentis e amáveis. Elas não estão destinadas a serem os que roubam a nossa inocência. Ela roubou a minha, no entanto, e eu nem sei o nome dela. Eu envolvo meus braços em torno de minhas pernas ainda e eu tento chorar. Chorando parece ajudar, mas não tenho mais lágrimas. Me sinto vazia, como não houvesse emoções deixadas no meu corpo, como se eu tivesse sido despida. Eu não tenho nenhuma luta; na verdade, eu me pergunto se eu tive alguma para começar, ou apenas acabei quebrada. Eu levanto os meus olhos e olho para as paredes vazias e eu percebo que isso provavelmente vai ser o resto da minha vida. Quem é que vai salvar uma menina danificada? Uma menina nojenta sem nome? Eu não quero mais sentir. Eu não quero luz do sol e eu não quero chuva. Eu só quero que as trevas tirem tudo o que está me corroendo por dentro. Eu não posso ser escrava de um homem e eu não posso ser forte o suficiente para estar lá para todas aquelas outras meninas que precisam de meu apoio. Elas precisam de um link que não seja fraco; elas precisam de uma que vai segurar suas mãos e lutar ao lado delas. Não é comigo. Nunca vai ser. Eu só quero ser livre.

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Nós não vemos a Número Três para dois dias inteiros e nós não ouvimos de Mestre William. No momento em que a Número Três volta, estamos todas ao lado de nós mesmas com preocupação. Nós não temos nenhuma ideia do que ele fez com ela. Ela entra na sala com Bill e ela caminha diretamente para o chuveiro, sem olhar para nenhuma de nós. Número Sete pergunta se ela está bem, mas ela age como se ela não pudesse nem ouvir falar dela. Isso me assusta. Nós fomos enviadas para cuidar do jardim antes dela sair do chuveiro. O nosso grupo está ajudando o outro grupo e estamos criando os jardins para o verão, certificando de tudo esteja organizado bem, e todas as flores sejam perfeitamente aparadas. O sol está alto e quente no céu hoje e o suor escorre pela minha pele quando eu dirijo a pá no solo e outra vez, tentando desalojar uma erva daninha. Eu não posso parar de pensar sobre a Número Três. O que aconteceu com ela? Ela está bem? Será que ela vai ficar bem? O que eles disseram para ela lá dentro? Será que eles finalmente quebraram ela, ou eles apenas deixaram ela pior? Minha preocupação intensifica enquanto espero por ela sair, mas quando o tempo passa, eu me pergunto o que está acontecendo. Não demorávamos muito tempo no chuveiro e Bill não iria deixar ela lá e não fazer nada. — Não é uma atitude sábia, — eu ouvi alguém gritar, de repente, cortando a minha preocupação. Eu ergo minha cabeça e o que eu vejo tem todo o sangue correndo do meu corpo. Todas as espinhas do meu corpo se arrepiam assim que olho para o telhado, onde Número Três está de pé. Não... ela não... ela não iria desistir agora. Talvez não seja o que parece. Eu fico de pé rapidamente e corro em sua direção. As outras meninas já estão de pé e me seguindo. Os guardas estão de pé no telhado com ela, com os rostos preocupados. Eles têm os seus braços esticados para fora. — Vamos lá para baixo, — um incentiva. — Podemos pegar um pouco de ajuda.

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— Tudo que você vai fazer é me machucar, — Número Três chora, esfregando os braços. Ela parece completamente louca, como se ela finalmente deixasse isso assumir seu corpo. — Não, — um dos guardas diz. — Vamos lá para baixo e nós vamos cuidar de você. — Seus mentirosos! — ela grita, tremendo. Seus olhos estão arregalados e frenéticos. — Mentirosos! — Não. Nós vamos ter certeza de obter a ajuda que precisa. — Pare de mentir, — ela geme, dando um passo para trás. Eu sinto meu coração saltar em minha garganta. Será que ela vai pular? Meus joelhos balançam e eu tento abrir a boca para chamá-la para baixo, para incentivá-la, mas tudo o que sai é um grito desesperado. Meus olhos estão sobre o telhado e eu posso ouvir um zumbido alto em meus ouvidos. Lágrimas se formam nos meus olhos e eu ouço Número Doze começar a persuadir Número Três a descer. — Estamos juntas nisso, — ela chora. — Você é mais forte do que isso! — Eu preciso ser livre, — ela grita. — Como um anjo, eu preciso deixar isso. Vocês têm que me deixar ir. Ela olha para baixo, para nós, sua expressão vazia. É como se não houvesse nada, como se quem estivesse lá dentro saiu e tudo o que resta é uma concha vazia. Ela se vira e alívio me inunda quando ela se vira para nós. Ela fica de pé; ela vai nos deixar ajudá-la. Oh, graças a Deus. Então ela estende os braços para fora como um avião e ela só deixa seu corpo cair para trás. Como se estivesse em câmera lenta, caindo ao chão. Eu me ouço gritar, mas eu não posso forçar minhas pernas para correr para frente. Minha cabeça gira e flashes de memórias sobem pela minha mente quando eu finalmente consigo me mover. — Lanthie! — eu grito. Eu nem sei por quê. Eu ouço o barulho alto quando Número Três atinge o concreto abaixo. Eu posso me ouvir gritando e gritando, mas eu não posso me ~ 94 ~


concentrar em qualquer outra coisa. Meu corpo está perto de hiperventilar e meu coração parece que parou de bater. Minha visão borra quando eu finalmente atinjo o corpo sem vida no chão. Há sangue por toda parte, a maior parte proveniente do seu crânio rachado. Eu caio de joelhos, seu sangue quente me sujando quando eu levanto a cabeça quebrada em minhas mãos. Sua boca está aberta e há sangue saindo dela em riachos de espessura. — Lanthie, — eu soluço. — Eu sinto muito. Não foi minha culpa. — Chame o mestre, — alguém grita. — Lanthie o nome dela? — Um guarda sussurra. — Não, o nome dela é Isabella. — Lanthie, — eu choro, sentindo minha cabeça girar. — Eu sinto muito, sinto muito. Ele não iria parar, eu tentei fazer ele parar para que eu pudesse chegar até você. — Ela se perdeu. Alguém afaste ela. Mais gritos e mais ordens e aperto o corpo sangrento quando um conjunto de mãos passam por debaixo dos meus braços. Flashes de memórias horríveis enchem minha mente. Eu posso ver a cabeça, todo aquele sangue, mas ela está sendo substituída pela imagem de uma menina loira. Eu balanço minha cabeça, segurando os lados dela e gritando enquanto eu sou puxada mais longe. Outro conjunto de braços envolvem em torno de mim, mas meu corpo está muito fraco para lutar. — Lanthie, — eu soluço. — Lanthie, baby, eu sinto muito. — Calma, linda. Eu começo a me contorcer em suas mãos; a culpa é dele que ela está morta. Minha Lanthie. — Me solte. Não, é tudo culpa sua. Você me impediu de ir até ela, — eu grito, me debatendo. — Você está ofegante. Você está imaginando algo que não está lá. Tenha calma. — Me deixe ir, — eu choro. — Me deixe ajudá-la. Por favor, me deixe ajudá-la! — George, — eu ouço ele latir. — Me dê uma injeção.

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— Não, — eu grito tão alto até para meus próprios ouvidos. — Não, não! Me deixe ir, por favor, Deus, não deixe ela morrer. Por favor, é tudo minha culpa, eu não consegui a tempo. Por favor, me deixe voltar. — Calma, não é real. Lanthie não está aqui. — Você é um mentiroso! Você não leve ela de mim. " — Número Treze, — ele late. — A menina no chão é a Número Três. Não é Lanthie, é a Número Três. — Você é um mentiroso, mentiroso, mentiroso! Seus braços apertam em torno de mim e outra pessoa toma conta de meu ombro. Eu sinto uma dor aguda no meu pescoço, pouco antes de minhas pernas cederem. — Lanthie, — eu choramingo de novo, antes da escuridão me consumir.

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Capítulo Dezesseis WILLIAN — Ela se foi, senhor, — diz George, entrando na sala. Ele está coberto de sangue e sua cabeça está pendurada. Uma dor aguda rasga meu peito e eu tomo uma respiração profunda, irregular. — A polícia? — Eles acabaram, eles vão ligar se precisar de mais. — Ela pulou para a sua própria morte, — eu sussurro, olhando para minhas mãos. — Não é culpa sua, senhor. Ela estava danificada. — Eu deveria ajudá-la, — eu lato, levantando os olhos e punhais para ele. — Algumas pessoas não podem ser ajudadas. Eu não me incomodo em responder. Ele não entende. Ninguém entende. Essas meninas estão aqui comigo por um motivo e eu estou destinado a ensiná-las a confiar em mim. Elas deveriam entender que elas podem ter uma vida boa aqui se elas fazem a coisa certa, não pular de um prédio por medo. Isso me faz questionar tudo o que sou. — Número Treze ainda fora? — pergunta ele. Viro a cabeça e olho para a porta do quarto fechada. Número Treze não acordou; ela não chegou a fazer um som. — Sim. — Posso perguntar, senhor, mas quem é Lanthie? — Lanthie é sua irmã, — murmuro, ainda olhando para a porta. — Oh. Sim, oh. Oh significa que Número Treze teve um flashback de memória; isso também significa que ela está começando a se lembrar. Há tanta ~ 97 ~


coisa que eu posso empurrar para trás agora. Há tanta coisa que eu possa manter dela. Eu levanto minhas mãos e pego os lados da minha cabeça, aperto e ouço minha mandíbula. — As outras meninas? — eu ralo para fora. — Elas estão todas dormindo, senhor. Eu dei comprimidos a elas. — Isso vai danificá-las. — Nós vamos passar por isso. Eu não tenho tanta certeza sobre isso. Inferno, eu não tenho tanta certeza sobre isso mais.

NÚMERO TREZE — Mais rápido, mais rápido! — Lanthie chora, seus cabelos loiros balançando enquanto eu giro ela. — Eu estou indo tão rápido quanto eu posso, —e u choro. — Não me deixe cair! — ela murmura. — Eu nunca te deixar cair. — eu rio, parando nós duas. Nós paramos no chão, sorrindo. Eu olho para a minha pequena irmã, e ela sorri para mim. Ela acaba de fazer três anos de idade. Eu adoro quando minha mãe está longe, porque significa que podemos apenas brincar e se divertir. Isso significa que ela não vem por aí. Quando ele está por perto, as coisas ruins sempre acontecem. Eu vibro minhas pálpebras abertas e isso me leva um segundo para perceber que eu não estou em minha própria cama. Eu esfrego os olhos. Meus dedos formigam e minhas mãos estão dormentes e pesadas. Eu mexo meu corpo e gemo, me sentindo como se eu estivesse metida neste local por dias. Espio pela sala e noto que eu não vi isso antes. ~ 98 ~


Onde eu estou? Tento lembrar o que aconteceu e enquanto tomo um momento, isso vem até a mim. Número Três morreu. Um som estrangulado sai da minha garganta e eu pressiono minha mão ao meu peito. Lágrimas caem pelo meu rosto. Como isso pode ter acontecido? Por que eu não sabia que ela estava tão longe? Eu prometi que iria cuidar daquelas meninas e eu deixei isso acontecer. A porta range e eu levanto a cabeça para vê-lo abrir e fechar a porta. Ainda está escuro, então eu não posso ver que entra. — Quem está aí? — eu coaxo. — Sou eu. Mestre William. Raiva borbulha no meu peito. Como ele ousa entrar aqui? Como. Ele. Ousa? É culpa dele mais do que a minha que a Número Três saltou. Se ele tivesse deixado ela se lembrar, se ele a tivesse deixado processar suas próprias memórias, então isso nunca teria acontecido. Eu respiro profundamente, mas bile sobe na minha garganta. — Saia, — eu finalmente digo. — Eu sinto muito sobre... Eu o interrompo antes que ele possa continuar. — Você sente muito, — eu rosno. — Você sente muito? Ela está morta. Ela está morta por causa de você. Você levou um pedaço dela para longe e não devolveu. Você não tinha o direito! — Eu estava protegendo ela, da mesma forma que eu estou protegendo todos vocês. — Proteger a gente? — eu choro. — Como você está nos protegendo? Você nos roubou de nossas vidas. Você apagou nossas memórias. Você nos puniu como se fôssemos cachorros. — Eu. Não. Roubei. Vocês. Sua voz sai como gelo e está cortada. — Então nos devolva nossas memórias. Ele faz um som gutural. — Você já pensou que eu estava mantendo essas memórias por uma razão? ~ 99 ~


— E que razão poderia ser essa? — eu exijo. — Você não está pronto para processá-las. Eu estou tentando fazer você mais forte, tentando construir o edifício antes de eu deixar você lidar com algo assim. — Essa é uma desculpa dada por um homem com um fetiche doente. Você diz a si mesmo o que você precisa, William, mas todas nós sabemos o que você é! — E o que é isso? — ele sussurra. — Uma aberração. A sala fica em silêncio mortal. Eu percebo que estou chorando muito agora. Eu roubo as lágrimas dos meus olhos enquanto eu espero para ver o que ele vai fazer. A sala se torna calma e eu não ouço nada por um longo momento. Então eu sento ele se aproximar de mim. Seu hálito quente se aproxima da minha orelha e eu vacilo, sacudindo minha cabeça. — Isso foi um erro. Ele toma conta de meu braço e me atira para a cama. Ele me puxa para a porta. Ele abre ela e me arrasta com força para fora da porta e para baixo pelos corredores. Eu só posso ver suas costas e seu cabelo escuro sibilante ao redor de seus ombros. Ele me puxa para o porão e eu cavo meus pés no chão. Não, ele não pode me enviar lá em baixo. Acabei de perder uma amiga; ele não pode fazer isso comigo. — Me deixe ir, — eu choro. — Você não pode me machucar do jeito que você machucou ela. Ele não responde, nem meu lutando impedir ele de me puxar. Ele abre a porta do porão e paro. Está escuro aqui, mas tem uma luz fraca que é o suficiente para ele ver o que ele está fazendo. Ele me joga no chão e puxa minhas mãos para cima, acorrentando elas à parede acima da minha cabeça. Eu tento chutar para fora para ele, mas ele é muito rápido. Ele está de pé antes do meu pé sequer chegar perto dele. — Tudo o que eu estou tentando fazer é... — Eu não quero ouvir isso, — eu grito. — Eu não quero ouvir suas desculpas. Você é um monstro.

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Eu sinto algo se mover rapidamente, e, em seguida, sua mão está pressionada sobre minha boca. Duramente. Eu choro mais e cerro os olhos bem fechados. — Em vez de você gritar comigo em todas as chances que você tem, talvez você deva parar e perceber o que estou fazendo aqui. Eu não roubei vocês; eu salvei vocês. Tomei tudo de uma vida dolorosa e eu coloquei vocês em meu cuidado. Tudo que eu peço é respeito. Esta é a minha casa e eu controlo o que se passa aqui. Se você entendesse isso e obedecesse, as coisas sairiam como elas precisavam. Número Três estava danificada. Ela era frágil da mente e sua vida antes daqui e era menos do que desejável. Sua mente estava cheia de cicatrizes; não importava o quanto eu tirei dela. Muito em breve você vai aprender que se você quer o meu respeito e a minha bondade, então você vai fazer a coisa certa. O que você fez lá foi desrespeitoso e o ato de uma intimidação. Eu desprezo intimidações. Agora, você vai ser punida por isso. Ele deixa a minha boca ir e sai do quarto antes que eu possa dizer qualquer coisa. O que há para dizer? Ele apenas balançou meu mundo e eu não sei bem como processar isso.

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Capítulo Dezessete NÚMERO TREZE Estou com sede. Minha garganta está seca e isso dói. Eu estive aqui por 12 horas e ninguém chegou para me ver. Eu chorei tanto que meu corpo está além de desidratado. Dói e meu coração dói constantemente. Tudo o que posso pensar é na Número Três. Sua vida foi interrompida antes que ela tivesse a chance de se lembrar de quem ela era. Ninguém merece isso. Eu quero odiar William por isso, mas se o que ele diz é verdade, como eu posso? Ele ainda não explica por que ele nos tem. Por que alguém iria querer salvar treze meninas? Por que não duas ou vinte? Há tantas pessoas quebradas no mundo, então por que ele pegou a gente? Por que nós somos boas o suficiente para ele tentar corrigir? Meu corpo inteiro sacode e meu coração está pulando no meu peito até um ponto onde ele realmente dói. Nada disso faz sentido. Toda vez que eu fecho meus olhos eu vejo a Número Três se lançando daquele telhado. Me lembro de suas palavras pouco antes de ela se virar e se jogar. ‘Eu quero ser livre’. Ela parecia um anjo caindo quando ela caiu tão graciosamente tirando a própria vida. Só de pensar nisso tem um grito de dor escapando dos meus lábios. Eu movo minha cabeça de um lado para o outro, querendo que a imagem me deixasse em paz. Eu não quero que isso lá. Meu corpo começa a tremer quando eu deixo a realidade de toda essa situação se afundar dentro — Eu não gosto de fazer isso. Eu levanto minha cabeça, não tendo ouvido ninguém entrar. Vejo William nas sombras. Ele anda mais perto e mas na escuridão, eu não posso vê-lo direito. Eu viro meus olhos de qualquer maneira, não ~ 102 ~


querendo olhar para ele, não querendo ver o homem que está trazendo muita dor para minha vida. Ele se aproxima e se ajoelha diante de mim, então ele puxa algo de seu bolso, eu levanto os meus olhos o suficiente para ver que é uma mordaça. Eu suspiro e me empurro para trás, apenas para colidir com a parede atrás de mim. — Não, por favor. Ele pega minha cabeça suavemente, se inclinando para perto. Eu balanço a cabeça de um lado para o outro, lágrimas de raiva caindo em cascata pelo meu rosto. Perto eu posso ver que ele tem uma mancha que cobre seus olhos. Por que ele está usando isso? Há algo de errado com seu rosto? — Eu sinto muito, Número Treze. Eu gostaria que você apenas entendesse que se você me desse uma chance, isso não iria acontecer. Você vai passar mais 12 horas com isso em sua boca e, talvez, no momento em que eu tirar, você vai parar de falar e começar a fazer a coisa certa. Ele se aproxima, tomando o meu queixo. Eu empurro a cabeça para fora de seus apertos, ainda soluçando como uma criança pequena, quebrada. Ele acaricia uma lágrima do meu rosto e depois se inclina para baixo, tão perto que nossos lábios estão quase se tocando. — Eu não estou aqui para te machucar, frumuseţe. Eu só quero que você aprenda. Eu balanço minha cabeça, mas ele tem muito firme um aperto no meu queixo. Ele se inclina mais perto e eu posso sentir o cheiro dele. Ele tem cheiro masculino, com um toque de vinho tinto. Eu fico olhando para seu lábios, observando quando ele lambe lentamente seu lábio inferior. Eu sinto isso no meu ventre e inundações calor sobre mim. Eu o odeio, odeio... Seus lábios pressionam contra os meus. E por um momento, eu paro de sentir. Tudo parece chegar a um impasse quando sua boca cobre a minha, aquecendo meu interior, facilitando a queimação em meu coração. Abro a boca e suspiro quando ele desliza sua língua para fora e traça os meus lábios com ela. Meu corpo inteiro ganha vida, odiando que o sentimento que estou tendo agora não é de desespero, mas de luxúria. Ele está ficando em mim. Ele está quebrando na minha parede.

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Ele puxa de volta e eu percebo que estou ofegante. Grandes baforadas de ar escapam de meus lábios entreabertos quando eu olho para o seu rosto devastador. Acaricia meu rosto mais uma vez, então ele levanta a mordaça e gentilmente coloca na minha boca. A sensação de ter algo restringindo a capacidade de falar, inferno, até mesmo respirar corretamente, é aterrorizante. Meu corpo inteiro endurece e eu faço um som de dor na minha garganta. — Eu sinto muito, — ele murmura, fica em pé e desaparece na escuridão. Eu chuto minhas correntes e a salinidade das minhas lágrimas queimam meus olhos. Eu o odeio. Deus. Eu odeio.

Eu não vou gritar. Eu não vou deixar ele ver que ele está ganhando. Eu sou mais forte do que isso. Isso não vai mudar a minha paixão; isso não vai mudar a minha determinação. O que ele está fazendo aqui é errado, não importa quantas vezes ele tenta dizer a si mesmo que está a nos fazendo um favor. Ele não está, não, ele está sendo cruel e sem coração. Um beijinho bobo não vai mudar minha mente sobre isso. Eu não vou deixar. Eu não vou deixar isso corromper minha mente. Eu não vou.

QUATRO HORAS DEPOIS

Dói. Toda a minha mandíbula está latejando e eu fico sem lágrimas. Isso está me cansando. Ele sabe que me deixar aqui por doze horas é o suficiente para me enviar sobre a borda. Eu odeio não ser capaz de falar. Eu não gosto de meus direitos sendo tirados de mim ~ 104 ~


mais do que eles já têm sido. Não importa o quanto dói, não importa o quanto eu quero desistir - eu não vou. Não, ele não vai ganhar.

SEIS HORAS DEPOIS

Tudo dói. Minhas costas, meu corpo, minhas pernas, minha cabeça, inferno, minha boca. Eu consegui encontrar mais algumas lágrimas, e eu as deixo elas irem livremente. Não há nenhum ponto em mantê-las. Eu sei que ele está me observando; eu quero que ele veja o que está fazendo. Eu quero que ele veja que eu posso chorar e eu posso parecer fraca, mas eu não estou desistindo. Eu não vou abrir essa última parte de mim. Eu não vou dar isso a ele. Eu não consigo parar de pensar em seus lábios nos meus. Eu quero, mas não posso.

OITO HORAS DEPOIS

Eu debato e me contorço, mexendo minhas correntes e gritando, mesmo que o som não é alto, pois não posso romper a minha mordaça. Eu empurro as minhas pernas para frente e para trás várias vezes, torcendo meu corpo e rosnando com uma profunda frustração, raiva que está consumindo meu corpo. Eu não posso deixar ele me bater nisso. Eu não posso me deixar se transformar em... sua... Número Três. Ele não vai ganhar esta lição. Ele não vai. Deus, ele não vai.

DEZ HORAS DEPOIS

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Eu penduro minha cabeça, olhando para minhas pernas cruzadas. Eu não posso senti-las mais e eu não me importo. Qual é o ponto em lutar quando não há mais nada pra lutar. Se eu tivesse escutado desde o início, em vez de pensar em mim mesmo, então eu poderia ter salvado a Número Três. Eu estava tão envolvida na fuga, e olha onde isso me levou. Eu estou aqui, amordaçada. Ela está morta.

DOZE HORAS DEPOIS

Minha luta foi embora. Ela já se foi por horas agora. Em vez disso, ela é substituída por vergonha e ódio. Não é um ódio por ele, mas um ódio por mim mesma. Esta é minha culpa. Se eu tivesse me comportado e só fizesse o que ele pediu, nada disso teria acontecido. Eu deveria ter escutado; inferno, se eu tivesse seguido as regras poderíamos estar todas sendo recompensadas agora. Em vez disso, eu tenho uma amiga morta e eu estou aqui, impotente, o meu espírito esmagado. Meu plano era uma falha. Eu sou um fracasso.

WILLIAN Há um momento em que a pessoa se entrega e seu rosto muda. Sua determinação antes brilhando é agora substituído com um olhar vazio. Não é onde eu queria que ela fosse, mas eu posso trabalhar com ela agora. Eu posso mostrar que ceder só vai funcionar a seu favor. ~ 106 ~


Se ela só me deixar entrar, eu poderia mostrar a ela que ela pode confiar em mim. — Senhor? Eu balanço minha cadeira de escritório em torno, arrancando os olhos de Número Treze da câmara. George está de pé na minha porta com um telefone na mão. — É Ben. Eu aceno e estendo minha mão. Ele entra, deixa cair o telefone em minha palma. Eu cubro o bocal e murmuro, — Leve-a para fora e para seu quarto, agora. George balança a cabeça e sai da sala. Pressiono o telefone no meu ouvido, me inclinando para trás na cadeira e tocando meu dedo no meu teclado para trazer o meu computador para a vida. — Ben. — Estive tentando falar com você por mais de um dia, agora, Will. Onde você estava? — Ocupado. Ele faz um som rosnando. — Não me venha com respostas de uma só palavra, irmão. Estamos além disso. O que aconteceu em sua casa? Ouvi dizer que tinham policiais em todos os lugares? " — Um dos meus empregados pulou do telhado. — O quê? — diz ele, com a voz quase um sussurro. — Eu não sabia que ela estava deprimida. Acontece que ela tinha vindo das ruas. Os policiais disseram que ela nem sequer tinha uma família. É uma mentira, mas ele não precisa saber o que eu estou fazendo aqui. Ele nunca iria entender. Levou um monte de planejamento cuidadoso para passar pelos policiais. Eles chegaram perto de descobrir o que estou fazendo aqui. Eu não posso deixar que isso aconteça novamente. — Isso é horrível. Sinto muito, cara. Dou de ombros, mesmo que ele não possa ver.

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— Ela estava infeliz; não havia nada que qualquer um poderia ter feito. Eu gostaria que isso fosse verdade. Eu empurro de lado a dor que invade o meu peito com o pensamento. — Eu ainda sinto muito, tudo a mesma coisa. Ouça, eu liguei porque é o aniversário do papai em menos de três semanas. — E daí? — murmuro, sentindo meu corpo enrijecer. — Vamos lá, Will. Eu sei que você odeia ele, mas e Momma? Momma. Meu peito aperta quando penso na mulher quebrada e frágil que costumava ser minha mãe. Ela não é agora. Ela é apenas uma concha vazia. Eu sinto um certo nível de culpa quanto a isso, mesmo que eu não deveria. Não é minha culpa que isso aconteceu, não importa o quanto meu pai pensa que é. — Momma nem saberia, — digo em voz seca. — Você não foi para vê-la durante meses, Will. Você sabe que ela te adora. Vou organizar um jantar. Eu estou te dando isso agora com antecedência, porque você vai vir. — Viu? — eu agarro. — Desde quando você decide o que eu vou fazer e não fazer? — Desde que você não pode puxar a cabeça para fora do seu traseiro. Agora, nós vamos ter um jantar, você decide onde. Tenho certeza de que por uma noite, você pode sorrir o tempo suficiente para aliviar um pouco a dor no coração de sua mãe. Ái. — Tudo bem, Benjamin, — eu grunhi. — Você organiza isso aqui. — Você está nos tendo sobre a sua casa? — Sim. — Tudo bem, eu vou avisar a eles. Não me deixe para baixo, Will. Eu sei que meu pai é um idiota e eu sei por que você odeia ele, mas Momma não merece pagar pelo comportamento dele. — Eu sei, Ben, — eu digo, suspirando em derrota. — Eu concordei, não foi? — Sim, você fez. Escute, eu tenho outra pergunta. ~ 108 ~


Eu faço um som estrondoso no meu peito. — Você não perguntou o suficiente para um dia? Ele ri. — É só uma pergunta, irmão. — Tudo bem, faça. — A menina que trabalha para você, qual é o nome dela? Eu sinto meu corpo formigar e, em seguida, endurecer. — Qual? — eu moo para fora. — A pequena. Cabelos loiros, olhos que fazem você querer derreter no local, fala doce? Ele está falando sobre ela. Número Treze. Eu olho para cima para as câmeras e eu vejo que ela foi devolvida ao seu quarto. Ela está sentada em sua cama, olhando para fora da janela. Seus longos cabelos loiros estão caindo sobre os ombros. Inferno, às vezes parece que não há mais do que cabelo, então lá está ela... ela é tão pequena. — Por que você quer saber o nome dela para? Ele está em silêncio por um minuto. — Ela é doce. Eu queria levar ela em um encontro. — Não vai acontecer. — Por que não? — ele se encaixa. — Ela tem um homem? — Sim, — eu quase cuspo. — Ela tem. — Todas as boas tem, — ele resmunga. — Bem, eu posso pelo menos saber o nome dela? O nome dela. O nome dela. Eu fecho meus olhos. Nem mesmo ela sabe o nome dela, eu não posso simplesmente falar para meu irmão. Ele não pode ter um pedaço dela que ninguém mais além de mim tem. — Eu não me lembro. Há muitos delas. Ele fica em silêncio novamente. — William, você está mentindo para mim? Meu peito se remexe. Apenas o pensamento de mentir para alguém tem tudo dentro de mim se enrolando. Eu odeio os mentirosos, ~ 109 ~


e eu odeio pessoas que fazem errado. Eu só menti para o meu próprio irmão. Eu só tentando ensinar as meninas a não ser. — Sim, desculpe, — eu murmuro. — O nome dela é Emelyn. Basta dizer o nome dela tem todo o meu corpo saindo em tremores. Nome perfeito para uma menina tão quebrado. Minha menina quebrada. — Droga, — ele murmura. — É tão bonita como ela. — Terminamos aqui? Eu tenho trabalho a fazer. Ele bufa. — Sempre encantador. Me envie os relatórios que você fez na semana passada. Eu preciso ir para ler antes de enviá-los. — Eu vou fazer isso agora. — Além disso, os números de janeiro são devidos até amanhã. Tem eles prontos? — Sim. — Certo, se eu não te ver antes disso, eu vou te ver no aniversário do meu pai." — Até mais. Eu desligo o telefone e suspiro profundamente. Isso não vai ser como eu tinha planejado.

— Envie Número Doze, — eu ordeno George. Ele acena e vai embora. Eu viro a cabeça, ligando a luz apagada e tendo um lugar na sala com apenas uma lâmpada fraca. Tenho observando-a entre as três meninas nas últimas semanas. Número Sete não tem interesse em se entregar a mim; ela é muito tímida e tem dificuldade para falar comigo. Agora é entre Número Doze e Número Treze.

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Eu tenho uma estranha conexão com a Número Treze. Ela me faz sentir, o que é algo que raramente faço. Ela me desafia, ela traz o melhor e o pior de mim, mas ela é teimosa e ela é muito determinada a lutar contra mim. Número Doze é doce e está lentamente se permitindo a confiar em mim. Ela está me deixando entrar, mas ela é fazendo isso tão facilmente. Quase muito facilmente. — Senhor, aqui está ela. Me movo na poltrona e vejo o Número Doze, com os olhos vendados. Ele a deixa na porta e fecha. — Venha aqui, Número Doze. Ela faz o seu caminho até mim, com as mãos estendidas para guiar seu caminho. Quando ela para no sofá, eu a levo pelos quadris e a puxo para o meu colo. Ela é maior do que a Número Treze; ela não se encaixa em mim tão perfeitamente. Eu me aproximo e acaricio seus cabelos longos e espessos. Ela treme e aninha ainda mais. Eu quero uma amante; eu faço nenhum segredo sobre isso. Eu só preciso de alguém que... se encaixe. — Você está se comportando muito bem, Número Doze, — eu digo a ela. — Sim, Mestre. Outra coisa é que Número Treze não faz - ela não me chama de Mestre. Eu não vou admitir que eu gosto. Eu gosto desse lado selvagem e determinado. — E você está começando a se sentir mais confortável? — Sim, — ela respira. — Eu estou feliz. Eu corro meus dedos pelas suas costas e ela se desloca até meu lábio. — Senhor, — ela sussurra. — Sim, Número Doze? — Eu... Eu só... Eu sei que temos estado aqui por um tempo agora e eu acho que eu sei o que você está querendo de mim. E eu queria... eu quero dizer... ~ 111 ~


— Não murmure, apenas me diga, — eu incentivo. — Eu quero me dar a você. Eu confio em você e eu quero ir para a próxima etapa. Eu quero isso. Eu não posso dizer que não estou chocado; eu estou. É pelo que eu venho trabalhado. Eu quero a sua confiança e eu quero que elas se ofereçam para mim. Eu nunca forço uma mulher, mas eu nunca esperava que ela fosse a primeira a se dar. Eu descanso minhas mãos em suas pernas, sabendo que ela acha que ela quer se dar a mim, mas que ela não está totalmente pronta. No entanto, eu não posso escolher de forma esclarecida se eu não levar sua oferta. — Deite-se, Número Doze. Ela faz um som de chiado e embaralha do meu colo. Eu a coloco na minha frente, olhando para ela. Ela é linda, sem dúvida, mas eu não consigo empurrar Número Treze da minha cabeça. Eu tenho que fazer isso, mesmo que o meu corpo esteja gritando para eu ir na outra direção. Se Número Treze nunca se entregar a mim, eu estou arriscando perder tudo. Eu tenho que dar a todas uma oportunidade. — Abra suas pernas, querida, — murmuro. Ela treme, mas suas pernas se abrem. Eu tomo conta de suas calças e abaixo, antes de descartar a calcinha. Ela está bem aberta para mim e ela é uma mulher muito bonita aqui. Ela é doce e adorável e ela cheira muito bem. Eu empurro qualquer hesitação de volta e eu faço o que tenho que fazer. — Eu vou te beijar agora, — murmuro e abaixo a cabeça.

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Capítulo Dezoito NÚMERO TREZE A semana se arrasta. Nenhuma de nós realmente falam ou se comunicam. Nós apenas fazemos nossas coisas conforme as instruções. Nós limpamos, cozinhamos, podamos os jardins e todos nós visitamos Mestre William. Ele não vê Número Sete tanto quanto Número Doze e eu, mas eu estou bem com isso. Ela não parece querer ficar com ele. Fui vê-lo diariamente e ele continua a me segurar, acariciar meus cabelos, correndo os dedos ao longo da minha pele. Mas nós não nos falamos. Normalmente eu desafio ele, mas agora eu estou apenas deixando ele se sentar comigo, Se ele quer falar, ele pode ser o único a iniciar isso. Estou ferida; ele me machucou. Eu ainda estou chateada com isso e eu não me recuperei o suficiente para deixar isso para trás. No entanto, cada dia eu vou e me sento com ele, eu me encontro aquecendo. Eu comecei a implorar seus dedos na minha pele. Aprendi a amar o seu cheiro. Ele está ficando em mim. A última vez que o vi, estávamos sentados lado a lado. Ele não falou, mas ele pegou minha mão e colocou em seu colo. Ele segurou lá por um longo tempo e, finalmente, eu me encontrei se aproximando dele. O calor de seu corpo me acalmou. Antes do meu tempo acabar, ele se virou e apertou os lábios na minha testa, me aquecendo de dentro para fora. Número Doze disse que ele se comunica bem com ela e pelo rubor em suas bochechas, ela está gostando dele tanto quanto eu. Ela tem alguma coisa lá. Ela não parece mais aterrorizada, ela não parece querer correr e escapar. Em vez disso, ela parece esperar por ele para chamá-la, como se agora isso fosse a sua luz. A ideia disso me dói e eu nem sei o porquê. Até o final da semana, eu estou começando a sentir um pouco menos remorso pela morte da Número Três, embora à noite, quando vou para a cama, eu olho para a dela, para o espaço vazio e meu coração dói por ela. Espero que ela esteja feliz agora. Espero que ela ~ 113 ~


encontrou a paz que ela estava tão desesperadamente procurando. Ela merece, provavelmente, mais do que ninguém. — Meninas. Estamos em nosso quarto na quarta-feira à tarde, depois de ter concluído as nossas tarefas mais cedo. Bill entra e seu rosto está relaxado e calmo. Ele não está mais em alerta total; é como ele estivesse começando a confiar em nós. Bem, por que não? Nós temos sido perfeitas. — Porque vocês todos se comportaram muito bem na semana passada, vocês estarão sendo recompensadas. Mestre William está lhe dando a tarde e noite de folga. Vocês podem andar livremente, desfrutar o que quiserem. A biblioteca está aberta e bem abastecida. Há uma sala que contém uma televisão com uma vasta gama de DVDs. Se vocês quiserem, podem ir para o quintal, dar um mergulho ou um passeio pelos jardins. Colocamos também um pacote para cada uma no banheiro que contém shampoo, condicionador e cremes hidratantes. Sintam-se livres para usá-los. " Ele acena com a cabeça e se vira e vai embora. Todos nós sentamos e olhamos para a porta vazia, a que ele deixou em aberta. Eu pisco meus olhos, confusa e eu olho para a Número Doze, que está olhando para a porta, também. Número Sete está balançando a cabeça suavemente, como se ela se recusasse a acreditar que acabamos de ficar um pouco livres. Tem que ser um truque. Certo? — Você acha que é um truque? — Número sete pergunta, imitando meus pensamentos exatos. — Por que eles estão nos deixando fazer o que queremos? — Número Doze murmura. — Eu não sei, — eu sussurro. — Eles disseram que se nos comportássemos, seríamos recompensadas. Você acha que isso é o resultado disso? — Eu estou preocupado se eu sair e aceitar, eu vou ser punida. Concordo com a cabeça em concordância com Número Doze e olho para o espaço de porta aberta. Em vez de ir em direção a ela, eu ~ 114 ~


me levanto da minha cama e caminho até o banheiro. Claro que existem três pacotes de lá cheios de shampoo, condicionador e outros produtos de boa aparência. Deveria haver quatro aqui. Tremendo com esse pensamento, eu decido tomar banho. Não pode doer usar isso. Eu fecho a porta delicadamente e tiro lentamente minhas roupas. Mais frequentemente do que não, temos Bill à nossa porta quando tomamos banho. Agora, sou só eu e meus produtos bonitos. Abro a um com o meu número nele e eu arranco o shampoo, condicionador e sabonete líquido. Eu estouro o topo no shampoo e cheiro. Um pequeno sorriso aparece em meus lábios enquanto eu tomo o aroma de baunilha. Eu fico animada em ter coisas boas. Coloco a água para o quente e entro molhando meu cabelo rapidamente e então eu encho minha mão com xampu e ensaboo, fecho meus olhos em suspiro quando eu sinto as bolhas sob meus dedos. Eu lavo e faço novamente para uma boa medida e então eu passo o condicionador e deixo ele lá enquanto eu lavo meu corpo com sabonete que cheira a morangos. Eu não me importo se isso é um truque. É uma sensação tão agradável. Eu poderia fazer isso uma e outra vez. Quando eu termino, eu caminho para fora. As meninas olham para mim e Número Doze sorri. Concordo com a cabeça para ela, incentivando a fazer o mesmo que eu fiz. Ela se levanta rapidamente e corre para o banheiro. Somos como crianças pequenas no Natal. Você não percebe quão importante pequenos luxos da vida são até que você esteja faminta deles. — Eu vi os outros grupos passando, elas disseram que estão indo para a biblioteca, — Número Sete diz, ainda sentada em sua cama. — Você quer ir também? Ela acena com a cabeça. — Eu vou tomar banho primeiro. — Te vejo lá? — Você acha que estamos cometendo um erro aceitando isso? Encolho os ombros. — Eu honestamente não sei, mas não vale a pena se sentir assim... mesmo que apenas por um segundo? Seus olhos se iluminam um pouco e ela balança a cabeça. — Vou te encontrar lá. ~ 115 ~


Eu pisco um último sorriso e saio pelos corredores. E encontro as outras meninas na biblioteca, de pé e olhando para as quantidades maciças de livros que revestem as paredes em prateleiras de madeira escura. Eu posso ver que elas não têm certeza, realmente não quererem tocar ou fazer a coisa errada. Ninguém está disposta a ser a primeira pessoa a dar esse salto. — Meninas. Todas nós viramos para ver três guardas na porta. — Está tudo bem, — dizem eles. — Por favor, leiam o que vocês quiserem. Sei que ninguém vai se mover, então, tomo uma respiração profunda, eu dou um passo vacilante para frente. Vou até as prateleiras e pego o primeiro livro que eu vejo. É um livro histórico velho de guerra, mas parece que ele pode ter um elemento romântico. As outras meninas me observam, com os olhos ainda cautelosos. Quando eu tomo um assento em um dos sofás macios, elas lentamente começam a se mover em direção às prateleiras. Eu leio por três horas, tendo apenas as palavras e aproveitando o fato de que eu estou autorizada a fazer isso. Quando eu fico cansada de ler, eu levanto e ando para o corredor e faço o meu caminho para a ampla sala de estar. Há seis meninas aqui e uma deles é a Número Doze. Ela acena e eu paro ao lado dela. Elas estão assistindo a um filme sobre uma menina rica e um menino pobre que se apaixonam, mas seus pais proíbem seu relacionamento. — Como se chama isso? — eu sussurro para a Número Doze. — Chama-se Diário de uma Paixão. Eu resolvo sentar no sofá e assistir ao filme até o fim. Eu decido que é definitivamente algo que vou colocar na minha lista de favoritos. — É hora para o jantar agora, meninas. Nós todas paramos quando ouvimos a voz de Bill e aos poucos, todas nós fazemos o nosso caminho de volta para os nossos quartos, se sentindo revigoradas e estranhamente satisfeitas. Nosso jantar já está esperando por nós no momento em que voltamos e todas nós rapidamente entramos e tomamos nossos lugares. Eu levanto a tampa da minha bandeja e se sinto uma grande sorriso se estabelecer no meu ~ 116 ~


rosto. No prato tem um hambúrguer e uma pilha de batatas fritas. Próximo a ele, em vez de leite, há refrigerante. As outras meninas estão sorrindo muito quando eu olho para elas. Eu levanto o hambúrguer com as minhas mãos e trago até minha boca. Eu pego um cheiro e meu estômago ronca. Hummm. Eu dou uma mordida combinação de carne, queijo e molho dançam sobre minhas papilas gustativas. Eu como um par de batatas fritas, e que apenas completa a experiência prazerosa. Tem um gosto tão bom. Eu não me lembro de comer algo tão bom. Até o momento eu acabo, eu estou olhando em volta para mais. Eu poderia comer isso todos os dias. Eu cubro a minha bandeja de volta e em seguida, pulo até o banheiro para escovar os dentes. Eu puxo meu cabelo comprido por cima do meu ombro e faço uma trança, saboreando o toque suave dele enquanto meus dedos percorrem as longas madeixas. Eu não me senti tão à vontade desde que eu cheguei aqui. — Se vocês continuarem a se comportar, isso vai ocorrer mais e mais, diz Bill, — que vem para recolher as nossas bandejas. — Boa noite, meninas. Eu rastejo para a minha cama e eu sinto o calor me invadindo mais uma vez. Eles drogaram o refrigerante. Eu suspiro e os meus olhos vibram fechados. É claro que eles fizeram.

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Capítulo Dezenove WILLIAN Fogo. É como fogo. Eu posso sentir isso de comer a minha carne. Está queimando todas as camadas da pele, pois se move para baixo da minha pele, escorrendo no meu ouvido como uma cobra ácida. Os meus próprios gritos não fazem nada para apagar ou aliviar a dor. Minha visão borra e eu tenho certeza que eu posso ouvir um som borbulhante. É o meu olho? O produto químico está devorando a minha pele? Eu me sento ereto e agarro a pele ao redor do meu olho. Minha visão está oscilando e pânico está me agarrando. É preciso um momento para eu perceber que eu não estou sendo queimado novamente e que estou seguro. Eu corro meus dedos sobre a carne machucada em torno de meu olho morto e eu suspiro profundamente, tentando acalmar meu coração n. Outro pesadelo. Isso é tudo o que era. Eu jogo minhas pernas sobre a cama e acendo a lâmpada. Eu corro minhas mãos pelo meu cabelo despenteado e engulo a bile que subiu na minha garganta. Eu fico de pé e caminho em direção a porta, abrindo e olhando para fora, mesmo sabendo que ninguém está lá. Não importa. Eu preciso voltar a confirmar isso. Eu preciso saber que este é o meu espaço, que nada pode entrar aqui. Você tem o controle. Eles não podem te machucar aqui. Ninguém pode.

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NÚMERO TREZE — Meu nome é Josh e eu estou no lugar Bill enquanto ele está fora. Eu estarei com vocês por dois dias. Eu fico olhando para o guarda temporário de pé no quarto com um sorriso arrogante no rosto. Eu não gosto dele. Há apenas algo sobre ele. Bill pode ser duro conosco quando ele precisa ser, mas ele segue as ordens de William com perfeição. Ele nunca faria qualquer coisa que ele não tivesse permissão para fazer. Este homem, parece que ele está aproveitando o fato de que ele pode empurrar um grupo de meninas. Eu não gosto dele. — Me disseram que vocês estarão na cozinha hoje, então eu sugiro que vocês se levantem e se movam. Agora. Eu não gosto dele. Saímos de nossas camas e tomamos nosso café da manhã antes de se vestir e seguir Josh para a cozinha. Nós começamos assim que entramos, fazendo nossos deveres habituais. Estamos com algumas das outras meninas e todas nós conversamos tranquilamente enquanto trabalhamos. Estamos todas acostumadas umas as outras agora e algumas de nós estão mesmo formando amizades agradáveis. — Calem a boca. Ouço Josh latir para nós quando entra na cozinha e meu sangue ferve. Bill nos deixava conversar - desde que fazíamos o nosso trabalho. Este homem, ele está sendo um idiota completo. Eu olho para ele e seus olhos se arregalaram. Eu volto para o meu dever, ignorando a sensação de seus olhos queimando na lateral da minha cabeça. Trabalhamos durante o almoço e quando o dia está acabando, Josh nos leva de volta para os nossos quartos. Ele entra quando todas nós nos sentamos em nossas camas e eu posso sentir a atmosfera do quarto mudar. O que ele está fazendo aqui? Por que diabos ele pensa que pode vir aqui e ficar aí parado? — Vocês duas, — ele rosna, apontando para Número Sete e Número Doze. — Você vão ajudar as outras meninas a acabar lavando as roupas dos quartos antes de se aposentar para a noite.

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Ambas as meninas acenam a cabeça, mas quando elas passam por mim, seus olhos parecem preocupados. Eu não as culpo; de repente eu me sinto desconfortável. Eu engulo seco e envolvo meus braços em volta de mim, me perguntando por que ele as enviou e eu não? Quando elas saem, Josh se vira para mim e ele sorri. Não é um belo sorriso. — Você conhece as regras por aqui, é hora de tomar banho. Eu balanço minha cabeça. — Não, fazemos isso depois do jantar. — Bem, esta noite, você está fazendo isso antes do jantar. Meu coração começa a correr. Eu não gosto disso; eu não gosto de nada disso. — Ok, — eu sussurro, de pé e caminho até o banheiro. Eu não posso esperar para entrar e fechar a porta, ficar longe dele. Só que quando eu entro, ele está de pé no banheiro comigo. Meus olhos se arregalaram e eu dou alguns passos para trás, sentindo pânico crescer no meu peito. — Por que você está aqui? — Eu estou seguindo as regras. Vocês não são confiáveis para ficarem sozinhas no chuveiro. — Bill não entra mais com a gente, ele espera lá fora. — Bem, Bill conhece você. Eu não. Eu não confio em você. Não banque a espertinha pra cima de mim. Agora tome o banho. — Mas... Ele dá um passo para frente e sua mão ataca e se conecta com o meu rosto em um tapa. Eu grito e minha mão voa até minha bochecha dolorida. Formam lágrimas em meus olhos quando eu encaro com horror para ele. — Agora, entre no chuveiro. Eu levanto os meus olhos para olhar para a câmera na porta. Ela fica de frente ao chuveiro, mas filma a parte aberta do quarto, especialmente a janela. Está virada de costas, o que significa que tudo o que está acontecendo aqui agora não pode ser visto. Josh vai em minha direção e eu cubro meu peito protetoramente. — Apenas saia ~ 120 ~


Ele me arrasta para perto e se inclina para baixo. — Eu vi você olhando para mim na cozinha, pensando que você é melhor do que eu, pensando que você é invencível por aqui. Bem, me deixe te dizer... você não é. — Eu não sei o que você está falando, eu estava só... Ele me corta batendo meu corpo contra a parede do lado de fora do chuveiro. Meu coração pula em minha garganta e eu começo a entrar em pânico. Suas mãos deslizam pelas laterais do meu corpo e eu tento gritar, mas ele aperta a mão sobre a minha boca. — Eu ouvi dizer que você é a pessoa inteligente, aquela que não consegue manter a boca fechada. Ouvi dizer que você gosta de castigos. Oh, Deus. Eu balanço a cabeça de um lado para o outro, me contorcendo para tentar sair do seu aperto. — Eu gosto das más. — ele sorri para mim. — Isso me excita. Não. Não. Eu levanto o meu pé e se conecto com sua canela. Ele rosna e isso me dá tempo suficiente para correr para o ponto de vista da câmera. Ele, obviamente, não vê isso, porque ele se aproxima, tomando conta de mim e empurrando a mão sobre a minha boca quando eu começo a gritar. Ele me obriga a ficar de joelhos e empurra meu corpo para o banheiro. Ele toma conta da minha camisa, puxando ela para cima. Oh Deus, não. Eu grito atrás de sua mão, batendo o melhor que posso, mas ele não para. Ele desliza os dedos até que sua mão está cobrindo meu peito. Ele aperta com força e então sua boca encontra meu pescoço. Ele trilha um beijo molhado para o lado e eu sinto vômito subir na minha garganta. Por que ninguém está me ajudando? Onde está William? Ele continua a passar a mão em mim e eu tento aproveitar o momento para lutar contra ele, mas eu sou muito pequena e ele é muito forte. Ele dá um tapa em meu rosto com tanta força que eu vejo estrelas ~ 121 ~


e enquanto estou atordoada, ele puxa sua ereção para fora da calça. Basta ver isso tem o meu estômago enrolando e eu começo a soluçar e a tremer. — Oh, pare de tremer, Deus, tão patética, — ele rosna, nos empurrando para baixo. — Por favor, — eu imploro. — Apenas vou te acariciar, eu prometo que não vai demorar muito. Eu vou ficar doente. Ele enrola os dedos ao redor da minha mão e puxa para aquela... aquela... coisa. Eu não tenho muito tempo; eu tenho que deter ele. Eu sei que ele apenas não vai me acariciar. Ele vai querer mais. Ele vai levar mais de mim. O momento que eu sinto minhas mãos sobre sua ereção eu junto tudo dentro de mim e eu grito. Eu grito tão alto que ecoa no pequeno espaço. Por favor. Alguém me ajude.

WILLIAN Eu giro na minha cadeira, levantando o controle remoto para percorrer os canais. Temos um guarda temporário hoje, Josh, enquanto Bill saiu para a cidade por alguns dias. Eu tenho mantido um controle sobre ele o dia todo e até agora ele parece bem. Eu passo pela câmera da cozinha e sala de estar - tudo parece muito bem. Eu passo para os quartos e a maioria das meninas estão sentadas, comendo. Quando eu chego ao quarto da Número Treze, eu vejo que ele está vazio. — Senhor! ~ 122 ~


Me viro com um olhar perplexo no rosto, perguntando onde as meninas estão. George está em minha porta, com o rosto frenético. Eu fico de pé rapidamente. — O que é isso? — Número Treze está gritando de dentro do banheiro. Não podemos abrir a porta. Me viro rapidamente, sacudindo as câmeras até o banheiro. O que eu vejo tem meu estômago enrolar e construir raiva em meu corpo. Me viro rapidamente e eu corro para fora da sala, derrubando tudo pela frente, derrapando até parar no quarto da Número Treze. Eu empurro a porta aberta e então eu corro para a porta do banheiro. Eu posso ouvir ela chorando. Puta que pariu. Eu forço a fechadura. Ela não abre. Eu não trouxe a chave. Eu levanto a minha perna e eu chuto com força. Três chutes rápidos fazem a porta cair. Meus olhos se voltam para Josh, que agora tem a Número Treze em seus pés, enfiando seu pau de volta em suas calças. Eu corro em direção a ele, com os punhos cerrados, ofegante de raiva. Eu vou matálo. Ninguém toca nas minhas garotas. Ninguém obriga as minhas garotas. Ninguém. Eu pego um vislumbre de Número Treze e ela está sentada, olhando para a mão como se fosse fogo. Lágrimas escorrem pelo seu rosto e ela está tremendo. Ela olha para mim e sua voz treme. — Você deixou ele me machucar. Meu corpo inteiro se enrijece. Deixei que ele a machucasse. Maldição, eu deixei ele a machucar. Eu não tenho tempo para parar. Eu vou fazer isso melhor para ela, mas por agora, eu tenho que fazer ele desejar que ele nunca tivesse entrado em minha casa e se aproveitado das minhas garotas. Eu aponto em direção a ele, pegando em sua garganta. Eu aperto duro. — Não era o que parecia, — ele grita, ofegando por ar. — Ela me chamou aqui. Isso faz com que eu leve sua cabeça e bato no lado da bacia. Eu ouço seu crânio rachar e ouço Número Treze gritar e eu vejo o sangue começando a derramar da pele dividida na cabeça. Josh torce seu corpo, levando um soco no meu estômago. Eu dou alguns passos para trás, rosnando. Ele vem na minha direção e eu saio para fora do ~ 123 ~


caminho no último minuto. Ele lança seu corpo para mim por trás e segura sua mão no meu tapa-olho, tirando. Eu giro para ele, agarrando seus ombros e trazendo o meu joelho em sua virilha e atingindo-o duas vezes. Ele cai no chão, rugindo de dor. Eu me ajoelho, capturando sua cabeça em minhas mãos. Eu o levanto e então eu trago minha cabeça para baixo, dou uma cabeçada com tanta força que meus olhos ficam nublados. Eu deixo ele ir e seu corpo cai com um baque no chão. Eu esfrego minha cabeça, sentindo o meu mundo começar a girar. É preciso muita força para levar um homem com a cabeça. Me viro, sem pensar e eu olho diretamente para Número Treze. E eu percebo que eu não estou sem o meu tapa-olho.

NÚMERO TREZE Eu ouço o meu próprio ofego quando eu olho para ele. Eu estou no chão e ele está pairando sobre mim, mas mesmo daqui de baixo eu posso ver seu rosto. Meus corpo treme quando eu deixo meus olhos pastarem sobre ele e o vejo pela primeira vez como um todo. Ele está apenas olhando para mim, com a boca ligeiramente aberta, ofegante. Nossos olhares se encontram e por um momento não há nada além de silêncio na sala. Então eu viro meus olhos para seu... oh Deus. Faz sentido agora, como se tudo o que passamos nas últimas duas semanas, finalmente, fizesse sentido. Ele está danificado. Ele tem lindos olhos azuis. Ele tem um olho feio e estragado. Eu fico olhando para ele e eu não sinto nada, somente pura tristeza por um momento. O que antes era um olho bonito é agora ~ 124 ~


branco. Ele ainda está lá, mas está nublado e a superfície parece... áspera. Isso não é tudo, porém. A pele ao redor dos olhos está danificada. Ele não tem sobrancelha; é apenas uma massa de cicatrizes. Parece que ele foi queimado. Lágrimas enchem meus olhos quando eu deixo o meu olhar seguir a pele prejudicada e eu vejo vai para baixo ao seu ouvido. Leva um pouco menos de um quarto de seu belo rosto, mas o quarto que está em ruínas... é só... ruínas. Sua pele, seu olho, o lote inteiro é apenas uma confusão. Eu não consigo tirar os olhos; Eu não consigo parar de olhar. É tão difícil não olhar. Olhando assim ele parece tão diferente, mas, ao mesmo tempo, ele ainda é tão incrivelmente excitante. Ele gira antes que eu possa olhar mais e ele levanta o tapa-olho do chão, puxando antes de se voltar para mim. Eu fico olhando para Josh no chão e meu corpo treme. Ele tentou me estuprar. Lágrimas picam em meus olhos e eu sinto uma parte de mim encolher profundamente para dentro. Eu deixo cair a minha cabeça e tento me impedir de vomitar. Eu fico olhando para a minha mão, o que eu tão furiosamente limpei sobre a toalha enquanto William batia em Josh. A mão que ele me fez tocar nele. Eu tremo toda e eu envolvo meus braços em volta de mim, me segurando firmemente. — Ele te... machucou? Eu levanto meu rosto e olho para William. Meu William quebrado. — Não. Ele...? Me estuprou? Isso é o que ele quer dizer. — Não. Ele me fez ... t-t-tocar nele, — eu sussurro. William recua, mas ele volta rapidamente. Ao contrário, ele estende a mão e me leva debaixo dos braços, me levantando e me puxando para os meus pés. Com seus braços em volta de mim, eu me sinto quente. Ele me leva para fora do banheiro e me coloca na minha cama.

~ 125 ~


— O-o-onde você estava? — eu choro quando ele se inclina para trás. — Eu sinto muito, Número Treze, eu não... Eu sinto muito. Ele se endireita e eu posso ver o quanto ele está incomodado. Seu controle foi tomado em sua própria casa e um de nós foi ferida por causa disso. Ele vira o rosto e eu posso ver a pele queimada do lado de seu rosto. Meu coração gagueja e eu não consigo parar de querer saber o que aconteceu com ele. — O que aconteceu com você? — pergunto com uma voz baixa, mansa. Ele endurece, todo o seu corpo vacilando. Ele se vira para mim, e sua mandíbula está tensa. — Isso não é da sua conta. Eu estreito meu olhar. — É por isso que você nos pegou? Alguém te machucou? Ele recua novamente. — Eu disse, não é da sua conta, — ele rosna, sua voz cheia de veneno. — Você acha que isso me enoja? O olho eu posso ver se alarga, como se a minha pergunta o confundisse e chocasse. — Deveria enojar você. — Por quê? — eu digo, ficando de pé. — Porque você não é perfeito? Ninguém é, William. Ter um defeito facial não muda o que está dentro. Ele não faz de você feio - só você pode se fazer feio. Ele olha para mim por um longo momento e então ele se inclina para perto. — Nunca mais fale comigo sobre isso novamente. Ele se vira e vai em direção à porta. Em seguida, ele se lembra do guarda e inconsciente no banheiro. Um momento depois, ele sai arrastando-o, e ele empurra o guarda no corredor. Ele está prestes a sair, mas eu não acabei. Ele não pode fugir mais. Estou cansada deste jogo. Eu quero saber o que isso tem tudo a ver; eu preciso remendar isso junto. Então eu bato nele com o que eu sei. ~ 126 ~


— Você está com medo de que eu não poderia me importar? — eu digo. — Você está com medo de que talvez eu possa ver a beleza além das cicatrizes? Elas não me incomodam, William. Elas não incomodariam as outras meninas, também. Ele endurece na porta, gira ao redor e volta levando meus ombros e me sacudindo com raiva. — Uma coisa que eu desprezo é um mentiroso. Ninguém ama uma besta, Número Treze, e você nunca minta para mim de novo ou você vai se arrepender. Então ele deixa me deixa ir e corre para fora do quarto.

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Capítulo vinte WILLIAN — Tem sido bem mais de uma semana, senhor, você tem certeza que você não quer ver uma delas? Eu enfrento a janela do meu quarto, olhando para as meninas no quintal. Estão jogando vôlei. Outra recompensa para fazer tudo o que tenho dito para elas fazerem. — Eu não estou interessado, — eu rosno, apertando o peitoril da janela com os meus dedos. — Tem alguma coisa errada? Eu giro ao redor, — Nada está errado, eu simplesmente não tenho interesse em vê-las. — Eu entendo, senhor, peço desculpas. Concordo com a cabeça rapidamente e volto para o meu lugar. Ele não entende. Ninguém entende. Ela me viu. Ela viu a feiura que está por trás da máscara. Ela viu o monstro. Ela viu uma parte de mim que eu não posso ter de volta. Isso mudou a forma como tudo isso é feito para acontecer. Ninguém nunca deveria me ver. Isto não é como eu planejei. Meu controle está sendo arrancado de mim. — Você ainda está fazendo o jantar amanhã à noite para o seu pai, não é? — Sim. Receba as meninas para os menus. — Vai colocar elas para servir? Eu penso sobre como isso foi da última vez e decido que eu vou dar as meninas outra chance. Não tem nada a ver com querer vê-la novamente. — Sim, as mesmas meninas como da última vez. — Sim, senhor. — Isso é tudo? — murmuro. — Sim. ~ 128 ~


Ele se foi antes que eu possa dizer qualquer outra coisa. Volto à janela e olho para baixo para Número Treze. Ela está rindo quando ela mergulha para a bola. Ela está feliz, ela está aprendendo que eu estou aqui para protegê-la. Todas elas estão. Mas ela sabe o que eu sou. Ela tentou me dizer que não importava para ela. Mentirosa.

NÚMERO TREZE — Ela está crescendo agora, — eu ouço ele murmurar. — Ela está começando a ter cabelos minúsculos em sua bucetinha. Eu acho que é hora de passar para sua irmã mais nova. Meus estômago rola. Não, não Lanthie. Ele não pode feri ela como ele tenta me machucar. Eu não posso nunca deixar isso acontecer. Eu olho para o meu corpo. Estou florescendo agora. Eu tenho pequenas saliências para seios e ele está certo, eu começando a ter cabelos lá em baixo. Ele não gosta do cabelo e se ele não gosta do cabelo, ele vai machucar minha irmã. Eu não posso deixar ele fazer isso. Eu corro para o banheiro e eu pego uma navalha. Eu não vou deixar ele machucar ela. Eu acordo ofegante com a minha mão pressionada sobre o meu coração. Outro sonho. Me sento lentamente e capturo a minha cabeça em minhas mãos. Eles estão vindo mais e mais agora e eu acho que é porque nós não estamos tomando muito da droga. Algumas noites, dormimos sem o nosso leite. Ele está nos permitindo confiar; ele é o que nos permite nos lembrar quem somos. Ele está fazendo isso aos poucos, porém, ele é cuidadoso. Eu não gosto do que estou lembrando. ~ 129 ~


No entanto, ainda não é o suficiente para remendar qualquer coisa junta. Eu jogo minhas pernas para o lado da cama e vou na ponta dos pés para as portas. Elas não estão trancadas agora, mas isso não importa, nós ainda não podemos escapar. Toda a propriedade é vigiada. Eu saio para o corredor e eu faço o meu caminho até a biblioteca. Às vezes, quando eu não consigo dormir, eu venho aqui e eu leio. Isso me acalma. Isso me ajuda a dormir. Quando eu chegar lá, eu envolvo meus dedos em torno do punho e lentamente empurro a porta. No minuto em que eu entro, eu percebo que não estou sozinha. Na janela, vestindo nada além de um par de calças de pijama, está William. Ele está olhando para fora, em silêncio. Suas mãos estão ao seu lado e sua volta é iluminada à luz da lua brilhando através do vidro. Abro a boca e tomo uma respiração profunda e irregular. Ele parece... de tirar o fôlego. Eu posso ver todos os músculos de suas costas. Eu posso ver a maneira como eles estão em seus ombros largos e sua cintura fina. Sua pele é impecável e levemente bronzeada. Dou um passo mais perto e o piso guincha. William se vira lentamente e vejo que ele não está usando o seu tapa-olho. Vendo o seu rosto, vendo o estrago lá, tem o meu coração doendo mais uma vez. Eu já percebi que alguém machucou ele; isso explica por que ele precisa desse tipo de controle e também explica sua necessidade de ajudar as outras pessoas quebradas. Ele era incapaz de ajudar a si mesmo, mas não o impediu de ser capaz de curar os outros. Meu coração amolece apenas um toque mais para ele. Eu deixo o meu olhar viagem sobre ele, olhando para o rosto dele. Seu cabelo longo e escuro está caindo frouxamente em torno de seus ombros e ele tem uma expressão dura no rosto. Sua mandíbula está apertado e seu corpo está rígido. Eu deixo meus olhos se moverem mais abaixo, olhando para seu peito bem definido. Músculos formam alguns dos abs2 mais definidos que eu já vi. Suas calças pendem abaixo em seus quadris, me permitindo ver como seu abdômen trilha para baixo, fazendo uma forma de V. — Por que você está aqui? — Ele pergunta rispidamente. Eu levanto os meus olhos, encontrando os seus novamente. Balanço a cabeça, sem saber por que ele nunca iria pensar que ele não 2

Abdome. ~ 130 ~


é perfeito. A pequena parte de seu rosto que está muito danificada, não é suficiente para tirar o resto do corpo. Ele é de tirar o fôlego. Somente uma pessoa rasa permitiria um julgamento assim. Meu corpo está me pedindo para se aproximar dele, como ele estivesse desesperado para conhecê-lo, senti-lo. Algo está mudando dentro de mim. Se eu sou honesta comigo mesma, uma boa parte de mim deseja seu toque. Implorando por ele. — Eu queria ler. Eu não conseguia dormir, — eu sussurro em voz baixa. Ele aperta os olhos, mas acena com a cabeça e se vira, andando até o sofá e senta, levantando um livro. Ele não está me chutando para fora. Ele está me deixando ficar. Sentindo meu coração correr, eu ando em direção às prateleiras e tomo um antigo romance fora das prateleiras. Estou prestes a ir e se sentar em outra cadeira, quando eu pego William me observando e eu me vejo se movendo em direção a ele. Desde que eu estive aqui, ele manda nos sentarmos em seu colo, desejando a nossa confiança. Estou prestes a dar isso a ele. Eu paro quando eu alcanço ele e ele olha para mim, sua expressão um pouco confusa. Chego para baixo e eu levo o livro do seu colo, e então eu me sento. Ele endurece por um momento e eu me pergunto se ele vai me mandar sair. Ele não faz. E quando eu o ouço tomar um fôlego, eu sei que ele está percebendo o que eu estou fazendo. Eu estou lhe dando a parte de mim que ele está procurando. Estou me abrindo. Eu estou permitindo que ele me mostre o que é que ele realmente quer fazer aqui. Ele não me toca por um momento longo, mas depois de alguns segundos, ele levanta os braços e coloca em torno de mim. O calor me inunda. — Eu confio em você, William, — murmuro e então eu abro o meu livro e eu descanso minha bochecha contra seu peito nu e começo a ler.

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Ele não se move. Ele apenas me segura. Eventualmente, ele começa a acariciar sua mão sobre meu cabelo, ocasionalmente, trazendo para baixo sobre a minha volta. Meu coração começa a bater forte e eu me vejo voltando para ele, inalando ele, saboreando o calor de sua pele. Ele está se tornando familiar para mim, como um conforto que eu preciso para sobreviver. Eu sei que uma grande parte de mim quer ele. Eu quero que ele me dê alguma coisa... um pedaço de si mesmo. Eu penso em seus lábios nos meus e eu inclino minha cabeça para olhar para ele. — William? — eu sussurro. Ele olha para mim. Sua mandíbula está tensa, e sua respiração está ofegante. — Sim? — Se eu te pedir para me beijar de novo, você faz? Ele suga uma respiração e por um momento ele parece confuso. Ele encobre rapidamente e murmura: — Você quer que eu te beije de novo, Número Treze? — Sim. Há um momento em que eu acho que ele vai me empurrar para fora de seu colo e me dizer para ir embora. Ele fica lá, olhando para mim, seu olhar intenso. Então, antes que eu possa pensar mais sobre isso, ele está se movendo os lábios para os meus. No minuto em que eles se conectam, deixo sair um pequeno gemido. Eu largo o meu livro, e levanto minhas mãos para enrolar ao redor de seus bíceps quando eu aprofundo o beijo. Um estrondo abala seu peito enquanto ele enrola seus dedos no meu cabelo, inclinando a cabeça para trás e me beijando com um profundo desejo ganancioso. Ele muda nossos corpos e me encontro pressionada contra o sofá com seu enorme corpo sobre o meu. Eu mudo a minha perna, trazendoa para cima e ao redor de seu quadril. Eu posso sentir sua ereção pressionando em meu estômago, e só a ideia de que ele está excitado me tem toda formigando. Eu corro meus dedos para baixo de sua pele suave enquanto ele se move em cima de mim, me beijando com essa ferocidade de tirar o fôlego.

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Seus dedos viajam pelos meus lados, pastando sobre os meus seios. O sentimento é muito difícil para mim. Eu não me lembro de alguém me tocando assim. Eu separo meus lábios com um gemido e ele tem a chance de deslizar a língua na minha boca. Oh meu. O beijo se aprofunda enquanto seus dedos jogam pelos meus lados até que ele atinge a minha calcinha. Um parafuso elétrico percorre meu corpo e eu me encontro arqueando para ele. Em seguida, suas mãos estão escorregando sob minha calcinha. — Me diga que isto é o que você precisa, — ele respira contra a minha boca. — Sim, — eu imploro. — Eu preciso, por favor, William. Todo o meu núcleo está em erupção com a necessidade. Eu sinto que vou explodir. Pequenos parafusos de prazer estão atirando profundamente em minha barriga e eu incho em lugares que eu não me lembro de doer antes. William desliza os dedos dentro da minha calcinha e eu ouço seu gemido gutural quando ele encontra o meu sexo molhado. Seu dedo desliza facilmente em minhas profundezas e ele toma o seu tempo para esfregar para cima e para baixo, parando de vez em quando para apertar o pequeno cerne duro no topo. O prazer é demais. — William, — eu choramingo. — Eu... oh, Deus... — Veni mea împotriva, frumuseţe, — ele murmura em meu ouvido. Venha para mim, linda. Seu dedo se desloca até a minha entrada e ele desliza suavemente para dentro. Há uma forte dor por um segundo, o suficiente para fazer o meu corpo congelar. — Silêncio, isso vai facilitar em breve, — ele acalma, deslizando o dedo mais profundo. Depois de um momento, a dor desaparece e o prazer retorna. William mantém um dedo profundamente dentro do meu corpo, enquanto o outro esfrega meu clitóris mais uma vez. Ele começa preguiçosamente circulando ele com o polegar enquanto ele enfia o dedo dentro e fora do meu corpo. A sensação é de outro mundo. Isso vai muito além de qualquer coisa e que eu poderia ter imaginado.

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É tão bom. — William, — eu grito, agarrando seus ombros. Minha libertação me leva forte e rápido. Meus gritos enchem a biblioteca quando eu me perco por um segundo, estremecendo sob o homem acima de mim. William faz um som de prazer, e ele desliza os dedos das minhas profundezas. Seu dedo se move para cima e ele pressiona suavemente contra meu lábio inferior, apenas olhando para mim. Minhas pálpebras se inclinam e me encontro satisfeita pela primeira vez desde que eu estive aqui. — Descanse, — ele ordena suavemente, antes de me levantar e me puxar para trás em seu colo. Eu posso sentir sua ereção lutando contra minha bunda, mas ele não tenta aliviá-la. Ele apenas se agarra em mim, acariciando meu cabelo, murmurando palavras suaves em meu ouvido. Meus olhos se fecham e meu corpo começa a afrouxar em seus braços. William se mexe e um momento depois ele está me levando para o fundo do corredor. Ele me leva para o meu quarto e me abaixa lentamente até a cama. Eu mantenho meus olhos fechados, deixando que o calor do sono me consuma. Seus dedos tiram um pedaço de cabelo do meu rosto e então ele murmura algo em romeno. — O inimă frumos nu poate iubi o inimă întunecată. Dar o inima întunecată poate tanjesc dupa un frumos, și așa va fi. Eu vă va aștepta cu nerăbdare, frumusețe. Um coração bonito nunca pode amar um coração escuro. Mas um coração escuro pode almejar uma bela, e ele vai. Eu vou implorar você, linda.

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Capítulo vinte e Um NÚMERO TREZE — Ele está nos dando a oportunidade de servir mais uma vez, — Número Doze diz na manhã seguinte, se colocando em minha cama. — Eu ouvi, — eu digo, me endireitando e tomando minha caneca de café. Dou um gole do líquido quente. — Posso te perguntar uma coisa? Concordo com a cabeça, engolindo o café. Eu fico olhando para ela e eu observo seu rosto é quase... ansioso. Ela espia ao redor da sala, e até para as câmeras e então ela se inclina e sussurra em meu ouvido. — Ele te... ele te tocou? Onde ela está querendo chegar? — O que você quer dizer? — eu sussurro de volta, embora eu suspeite que eu sei o que ela está falando. — Eu perguntei Número Sete, mas ela disse que ele só fala com ela. Eu percebi que todas nós recebemos tratamento diferente dele, mas nós somos as únicas que conseguem ver ele em privado. Tem de haver uma razão para isso. Tenho a sensação, eu quero dizer... Eu acho que ele está à procura de uma amante. Eu mexo minha cabeça, travando olhares com ela. — O quê? — Eu... eu tenho pensado muito sobre isso e acho que ele nos escolheu para que ele pudesse nos conhecer, e, eventualmente, tomar uma amante. — O que faz você pensar isso? — Bem, a primeira noite em que ele me colocou no colo dele, como se ele quisesse que eu confiasse nele, mas nunca levei adiante. Ele sempre me deixou sentar ali. Às vezes ele fala comigo. Então, eventualmente, começou a facilitar, me responder quando eu pergunto e me tocar mais. O ciúme queima dentro do meu peito. Ele está tocando ela também? ~ 135 ~


Lembro de como me senti ao ter seu corpo sobre o meu, de ter seus dedos dentro de mim e uma profunda raiva borbulha no meu peito a pensar que ele tem feito isso com ela também. Eu senti algo lá; eu pensei que ele também. Pensei que tinha desenvolvido um vínculo que não foi compartilhado com as outras meninas. Por que isso importa? Por que eu ainda estou deixando isso me afetar? Eu nunca deveria ter me permitido ceder tão facilmente. Eu engulo e tomo uma respiração profunda. — Continue, — eu sussurro. — Eu acho que ele reduziu. Eu encontrar o seu olhar. — Entre mim e você, — ela continua. — Ok, — eu incentivo. — Então, basicamente, eu queria perguntar... o que foi que ele fez... com você? — Acabou? — eu digo, estreitando os olhos. — Sim, se ele apenas te segurou no colo? Ele falou com você? Tocou você? Eu olho para longe culpada como eu penso sobre seus lábios nos meus no porão no outro dia, antes que ele me puniu. Eu sinto minha mão se levantar e meus dedos pastam meus lábios. Meu sexo se aperta quando eu me lembro como ele me trouxe para o prazer na biblioteca. Devo dizer a Número Doze? Ou devo mentir? Me viro e olho para a minha amiga e eu sei que tenho que ser honesta aqui. Eu, tanto quanto ela, preciso saber o que ele está fazendo. — No primeiro dia ele me segurou no colo. Depois disso, nós brigamos... muito. Eu realmente coloquei isso em cima dele a cada vez que estivemos juntos, discutindo e brigando com ele. Não havia realmente muitas chances de se aproximar, mas depois... — Então, — ela insiste. — Então ele me beijou, no porão. Seu rosto endurece e é tudo o que eu precisava saber. Ela quer ele. Ela está se apaixonando por ele. ~ 136 ~


— Não foi nada romântico, — acrescento eu, rapidamente, decidindo que não posso contar a ela sobre a biblioteca, não agora. — Foi como um pedido de desculpas. — Um pedido de desculpas? Ela parece cética. — Ele me acorrentou por doze horas com uma mordaça na minha boca, eu acho que ele estava arrependido por isso. — Então ele beijou você? — ela murmura. — S-s-sim. — É tudo o que ele fez? Eu olho para longe, culpada. — Isto não é uma competição, Número Treze. Eu só estou tentando descobrir como e por que ele está fazendo estas coisas. — Eu tenho a sensação de que é uma competição, — digo honestamente. Ela balança a cabeça. — Ele me beijou também, Número Treze, só que não da maneira que ele te beijou. Eu estreito meus olhos. — Então, como é que ele te beijou? Ela desvia o olhar por um segundo. — Como eu estava dizendo, ele estava quase esperando a minha permissão. Ele estava ganhando a nossa confiança, nos segurando, nos deixando ver que, se queríamos poderíamos tê-lo, mas ele não quis empurrar isso em nós, e ele não fez. — E... Me sinto doente. Algo no meu estômago está prestes a entrar em erupção e mostrar o quanto isso está me afetando. — Bem, eu perguntei. Eu disse a ele que eu queria isso. Eu disse que eu queria ele. Eu pensei que ele iria me levar, mas ele não o fez. Ele só... me deu prazer. Prazer a ela? Bile sobe na minha garganta.

~ 137 ~


— C-c-como é que você quer dizer? — Ele me fez sexo oral, Número Treze. Eu pisco para ela. Ele deu a ela sexo oral. Ele deu a ela sexo oral? Eu tento fazer minha mente parar de girar, mas não há como segurar. Lágrimas sobem até minhas pálpebras e eu quero tirar elas com raiva, enquanto amaldiçoando. Eu nem sei por que isso me afeta. Eu sou fraca por me permitir me aquecer para um homem que realmente me deu nada além de dor. No entanto, isso está me afetando. Eu estou com ciúmes. Insanamente com ciúmes. — Bem, ok, — eu finalmente consigo raspar fora. — Então, o que eu tenho feito de tudo isso é que ele está jogando agora com duas de nós. Ele te beijou, e ele... bem... você sabe o que ele fez comigo. Para mim, um beijo é tão muito mais pessoal, então eu pergunto qual de nós ele está se aproximando mais. Um beijo é mais pessoal? Ela está falando sério? Ele não colocou sua boca sobre a minha assim. Ele me deu suas mãos, mas ele não... Ele colocou a boca sobre ela ... sobre ela... Deus, eu acho que vou ficar doente. — Nós não temos tempo para analisar isso agora, — murmuro. — A coisa é, — diz ela, nervosa, — é que eu acho que é uma espécie de coisa simples. Se você não quer ele, então você pode se afastar e tornar isso mais fácil. Então, o que eu realmente estou perguntando a você é, você quer ele, Número Treze? Eu giro em direção a ela e digo, — Você o viu, Número Doze? — Claro que vi. — Não, eu quero dizer, realmente ver. Sem a máscara. Ela balança a cabeça, parecendo completamente confusa. — Não... mas...

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— Ele está desfigurado. Ele tem um olho em ruínas e ele não tem uma sobrancelha. Sua pele está toda queimada... — O quê? — ela sussurra. — Você acha que sabe o que ele está fazendo aqui, mas até que você sabe tudo sobre ele, então você não pode possivelmente querer ele. Você quer a ideia dele. São duas coisas diferentes. — E você ainda quer ele, mesmo depois... de ter visto isso? — Isso é uma pessoa, Número Doze. Uma pessoa que está danificado e quebrado, e tem uma razão por trás de tudo o que faz. Essa é uma parte dele e ele vem com o pacote que é William. Então, para responder sua pergunta com total honestidade, sim, eu quero ele mesmo depois de ver isso. Porque ele me deixou ver tudo dele quando ele me mostrou isso e tudo dele é algo que eu quero explorar mais. Ela olha para mim por um longo momento e então murmura, — Eu quero tudo dele, também. — Bem, então eu acho que estamos em uma situação. Estou com raiva de William, mas eu não vou mostrar isso a ela. Eu não quero que ela veja que ela está me machucando, porque realmente, não é culpa dela. Ele é a única a brincar e brincar é algo que se cede facilmente. Eu não quero estar com um homem que não pode escolher e eu certamente não estou lutando por ele se ele não está interessado na luta. — Precisamos ir nos preparar. Temos que limpar para amanhã à noite, — diz ela, deslizando para fora da cama e caminhando em direção a porta. Eu acho que ela não quer falar mais sobre isso. Eu não posso dizer que a culpo. — Ok, — eu disse, olhando pela janela. Onde isso nos deixa?

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WILLIAN — Número Treze hoje à noite, — eu ordeno a George enquanto eu tiro minha camisa e me inclino para baixo, agarrando minhas calças de pijama. — Eu vou recuperá-la. — Obrigado. Quando ele sai, eu retiro minha calça e puxo a minha roupa de dormir, então eu ando mais e acendo algumas velas antes de desligar as luzes. Número Treze e eu não temos falado muito. Na verdade, ela mal olhou para mim hoje, quando eu chequei seu grupo para se certificar de que elas estavam montando certo. Alguma coisa está fora. Eu vou descobrir o que é. — Aqui está ela, senhor. Me viro e vejo Número Treze entrando no quarto. Ela está olhando para mim, mas seu rosto é inexpressivo. Seu cabelo longo, loiro está enrolando e soltando ao redor de seus ombros antes de escorrer sobre os seios. Ela está vestindo uma camisola branca, que fica logo acima de suas coxas. Ela é apenas pequena, e parece muito maior do que ela. — Vem, senta ao meu lado. Ela olha para George e ele pisca um sorriso rápido antes de sair. Lentamente, ela começa a andar de novo. Ela para ao meu lado e olha para baixo no sofá. Percebendo que ela não vai se sentar facilmente, eu me aproximo e pego a mão dela. Percebo que ela se encolhe e puxa o lábio inferior em sua boca. Puxo ela e ela vem com bastante facilidade, caindo no meu colo. — Número Treze, algo está errado. — Esse não é o meu nome, — ela sussurra. — É isso que é o problema? — murmuro, correndo meu nariz até seu pescoço. Ela treme. — Não, — ela murmura. — Eu não tenho um problema. — Você se lembra que eu disse sobre mentirosos? ~ 140 ~


— Eu não vou mentindo para você, William, — ela ferve, endurecendo. — Mas você está, porque eu senti isso hoje. Eu senti que você estava com raiva e você não olha para mim. Eu não entendo o que eu fiz de errado. Eu me abri a você, Número Treze. Ela gira para mim. — Você está falando sério? — Completamente. — Você já se abriu para mim? Você se deu a mim? É isso que você está tentando me dizer? — Quantas pessoas você acha que me viram assim? — eu disse duramente, sentindo meu corpo enrijecer. — Eu não sei. Talvez eu devesse perguntar a Número Doze. Meus olhos se estreitam e eu balanço a cabeça, olhando para ela. — O que você está falando? — Você sabe o que eu estou falando, — ela grita, se colocando ainda mais para mim, como se ela precisasse do meu conforto, mesmo estando com raiva de mim. — Creio que eu não saiba o que você está falando. Por favor, me ilumine. Ela fica quieta por um momento e eu posso sentir sua respiração ofegante no meu peito. Ela cheira incrível e meu coração aperta, deliciando a forma como ela se encaixa no meu colo. — Eu não jogo jogos, William, — ela sussurra em voz baixa. — Nem eu. — Mas você, você está brincando comigo agora. — Você não está fazendo nenhum sentido. Ela suspira, e corro o risco de levantar minha mão e passar sobre seus cabelos macios. Ela faz um som choramingando, antes de continuar. — Você está me usando e a Número Doze. — Perdão? — eu digo, sentindo minha mão parar e meu corpo congelar. ~ 141 ~


— Não finja que você não sabe. Você está nos levando ao mesmo tempo confortável para que você possa ter o seu caminho com a gente. Você está nos fazendo pensar que se importa, mas não se importa, não é mesmo, William? Isso clica em seguida. Ela, obviamente, descobriu sobre Número Doze e eu. Deus, ela não tem ideia. Não faz ideia como pouco isso significava para mim. Quão pouco eu sinto quando dou prazer a ela. Se ela entendeu como é bom sentir os meus dedos dentro dela, como eu ansiava por ela, ela iria entender que não há comparação. — Você está com ciúmes que eu tive um encontro sexual com Número Doze? — Você fodeu ela com sua boca. Dificilmente é um encontro sexual. Eu me sinto sorrir, ela nem mesmo vê isso. Ela é tão atrevida, sempre me desafiando. — Sim, — eu disse com uma voz rouca. — Eu a fodi com a boca. — Deus, não vai facilitar em mim ou qualquer coisa, — ela murmura contra meu peito. — Isso te incomoda, Linda? — Me incomoda que você ainda está me chamando aqui, tentando chegar perto de mim. Se você já pegou ela, se você está fazendo isso com ela, então me deixe ir me juntar as outras garotas. Não fique me chamando aqui para passar o tempo com você. É inútil. Eu decido a melhor maneira de abordar esta questão é sendo brutalmente honesto com ela, então isso é o que eu faço. — Ela me pediu para entregar, eu entreguei. Eu não tinha certeza do que eu queria quando isso aconteceu. Eu tinha três meninas restantes no meu grupo; Uma realmente não queria se dar para mim. A outra tinha uma boca esperta, murmurando em todas as chances que teve. Em seguida, houve Número Doze, disposto a dar tudo o que eu queria. Ela endurece novamente e suas mãos se juntam. — Então, você a escolheu porque ela é fácil. Balanço a cabeça, me inclinando para baixo, — Errado, Linda, eu não escolhi ela. Ela olha para mim e seus lábios se abrem ligeiramente. — Não? ~ 142 ~


— Não. Eu não escolhi ela porque você está certa, ela é muito fácil. Ela não luta; ela não me desafia. Ela só me dá o que ela pensa que eu quero. Não houve escolhas feitas. — Você está procurando para um amante, William? Eu penso por um momento, e mais uma vez eu lhe respondo honestamente. — Sim, Número Treze. Eu estou. — E você escolheu o nosso grupo porque as garotas era..., ela pergunta. — As meninas de seu grupo são as mais danificadas, mas também as mais doces, as mais gentis e têm os maiores corações. — Você não pode saber disso. Eu rio baixinho. — Mas eu posso. Tenho vindo testando todas vocês. Eu te dei a chance de fazer Número Onze sua escrava, mas você deixou ela ir. Você foi a única que levou chicotadas para suas meninas, para que elas não se machucarem. Você foi a única que manteve a Número Três em seus braços, não se importando com a bagunça que estava fazendo. — Eu só quero que você saiba, — ela sussurra, — Eu não sou o tipo de garota que joga. Ok, eu realmente não sei que tipo de garota que eu sou, mas eu sei que, aqui e agora, eu não gosto de jogar. Eu não quero estar competindo contra a Número Doze. Eu não tenho nenhuma intenção ou o desejo de fazer isso. — Então você está dizendo que há uma competição? Deus me ajude, suas bochechas coram. Meu corpo aperta e meu desejo por ela aumenta. — Não, — ela sussurra. — Eu só estou dizendo que, se você está interessado nela, então eu realmente não preciso vir com você. — E se eu não estou? Nós prendemos olhares um do outro por muito tempo, longos momentos. — Então eu acho que as coisas permanecem como estão. — E se eu pedir que você seja minha amante, Linda? — eu digo, sentindo meus lábios se contorcerem. — Eu nunca disse que eu seria sua amante. Isso não era o que eu estava fazendo... Eu... — ela gagueja. ~ 143 ~


— O que você estava fazendo, então? — Eu não conheço você, William. Você não me deu a oportunidade de te conhecer. Mas se eu tiver essa chance, então sim, eu poderia considerar nos deixar... Quer dizer, deixar você... — Te foder com a boca, — eu sorrio. Seus lábios se abrirem. — Eu... — Mestre? Ambos se viram para ver George pé na entrada do quarto. — Sim, George? — eu mordo para fora, perguntando por que ele me interrompeu. — Você tem um visitante, senhor. É Ben. Concordo com a cabeça, em seguida, viro, olhando para Número Treze. Eu enrolo meu dedo sob o queixo e inclino seu rosto, pressionando meus lábios nos dela. Ela tem os mais doces, mais suaves lábios que eu já tive o prazer de beijar. Ela choraminga e seus dedos sobem contra meu peito. Eu gemo e puxo para trás, olhando para sua boca. — Vamos acabar com isso, Número Treze. Então eu levanto ela do meu colo e saio do quarto.

— As meninas estão prontas para trabalhar, — diz George cedo na manhã seguinte, quando ele entra com o meu café da manhã. Me viro na minha cadeira e aceno para ele. — Elas estão cientes do que elas estão fazendo hoje? — Claro senhor, — diz ele, em seguida, hesita antes de acrescentar, — Você pode ir e checar elas se você quiser. Meu peito se aperta. Ele está certo, eu deveria estar verificando agora, eu não deveria estar escondido aqui. Para ganhar a sua confiança, eu preciso mostrar a elas mais de mim mesmo. As outras ~ 144 ~


meninas me veem aqui e ali, porque elas não são do grupo que estão danificadas, mas essas garotas, elas me conhecem como oculto. Número Treze é a única que me viu corretamente. Eu sei que eu não posso continuar se escondendo aqui, no entanto. Tenho de começar a deixá-las se tornar familiar com a minha presença. Deixá-las saberem que eu não sou o monstro que elas pensam que eu sou, que eu estou aqui, observando-as, apoiando-as. Tenho evitado dar o próximo passo, mas eu sei que está na hora, e assim faz George. Então me viro para ele. — Você sabe, eu acho que vou fazer isso, George. Obrigado. Ele balança a cabeça, me dando um breve sorriso. Eu levo o meu tapa-olho, o que eu fiz especificamente para cobrir todos os danos no meu rosto. Então olho para fora. Eu passo pelos grupos um e dois quando eu passo pelos corredores. Elas me assistem, a boca ligeiramente aberta. Elas já me vieram antes, é claro, mas elas não me veem com frequência. Eu aceno minha cabeça para elas, dando-lhes um breve sorriso. Seus rostos se iluminam. Meu peito se enche de orgulho. Chego a cozinha e eu fico do lado de fora, ouvindo as meninas conversando lá dentro. Eu sei que o meu grupo está aqui; minhas meninas. Eu sei que me ver chegando vão chocá-las, mas também irá ajudá-las a aprender a confiar em mim. Eu coloco minhas meninas em seus lugares quando elas precisam, mas eu também sou um homem que dá as coisas. Tomando uma respiração, eu empurro a porta aberta. Número Sete, Doze e Treze estão preparando a comida. Todas elas ofegam um pouco quando eu entro e eu noto Número Doze olhando para o meu olho. Eu acho que ela sabe o que está por trás do tapa-olho. Eu olho em volta para a comida surpreendente que elas estão preparando e mais uma vez eu sinto orgulho. — Como está tudo indo, senhoritas? — eu pergunto. — Uh, muito bom, Mestre, diz Número Sete. — Sim, muito bem, — Número Doze sorri. Me viro para Número Treze e suas bochechas viram uma sombra linda de vermelho e ela morde o lábio inferior. A vontade de beijá-la novamente é muito grande. — Número Treze? — murmuro.

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— Está indo como planejado, — diz ela com uma voz pequena, mansa. — Muito bom. Vejo vocês quando vocês servirem o jantar. Todas elas acenam com a cabeça, ainda me olhando. Dou a elas um último olhar sobre antes de ir para a sala. George estava certo; esta era uma boa ideia.

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Capítulo vinte e Dois NÚMERO TREZE — Você esteve com ele por um tempo na noite passada? — diz a Número Doze, caminhando e colocando alguns legumes picados ao meu lado. — E então? — não digo, olhando para ela. — O que aconteceu? Eu suspiro e me viro para ela. — Eu não sei o que você quer de mim, Número Doze. Mestre William é a pessoa que controla a forma como tudo vai por aqui. Não se confunda a pensar que importa o que eu diga a ele. Se ele quiser me ver, então ele vai me ver. — Então, você está interessada? Raiva borbulha no meu peito, mas eu esmago isso para baixo. — Você é minha amiga, Número Doze. Eu me importo com você. Eu me importo com o que temos vivido aqui. Eu preciso que você pare de me perguntar sobre isso. Eu não posso controlar o que acontece e eu não vou competir com você sobre um homem que, francamente, vai fazer o que quiser. Ela olha para mim, e seus olhos amolecem depois de um momento. — Eu sinto muito; você está certa. Dou a ela um sorriso fraco e então eu viro e continuo com o que estava fazendo. As coisas estão chegando até a mim. Eu posso sentir a minha paciência acabando. Eu odeio me deixar se sentir tão fraca hoje.

WILLIAN ~ 147 ~


— Eles estão aqui, — George diz, entrando na biblioteca onde eu estou lendo, assim quando a noite cai. Meu corpo inteiro se enrijece. Eu não estou totalmente certo que estou pronto para isso. Eu amo meu irmão, inferno, eu amo minha mãe, mas meu pai... nunca parece ir bem quando estamos na mesma sala juntos. Eu não sei como irei hoje; eu não sei se ele vai colocar uma carapuça porque Momma está ao redor. Só espero que ele vá. Minha paciência com que o homem é muito, muito pequena. Eu sigo George para fora da sala e pelos corredores. Chegamos à porta da frente e minha família já está dentro, olhando ao redor da minha casa. Eles raramente vêm aqui; por que iriam? Eles não têm nenhum motivo para me visitar. Eu deixo meus olhos se contentar na minha minúscula, frágil mãe e meu coração dói por ela. Ela está tão quebrada. Ela sempre lutou para lidar com o estresse, mas quando eu estava machucado, ele destruiu. Ela passava muito tempo com os médicos desde então. Ela vira seu olhar para mim e eu lhe dou o meu melhor sorriso. Ela parece mais frágil agora, seu cabelo parece ralo e fino. Ela tem um conjunto de óculos quadrados, mas não tira o azul deslumbrante de seus olhos. Ela é pequena, apenas um metro e cinquenta ou cinquenta e cinco e ela é tão pequena como se vê. Eu vejo seus olhos se encherem de lágrimas não derramadas enquanto ela caminha até a mim. — Ei Momma, — murmuro. — William, meu filho, você parece tão bem. Ela envolve seus braços em volta de mim e eu a deixo. Eu seguro ela por um momento e eu pego o brilho do meu pai sobre sua cabeça. Feliz como sempre. Eu a deixo ir e olho para ela. — Você parece muito bem, Momma. Ela me dá um sorriso vacilante e olha ao redor da casa. — Sua casa é muito linda. Ela diz isso toda vez que ela está aqui. É como se ela se esquecesse de que ela viu isso antes. Concordo com a cabeça e volto minha atenção para Ben. Ele sorri para mim, e caminha, me batendo no ombro. — Obrigado por isso. Cheira muito bem aqui. — A comida estará pronto em breve, então entrem e se sentem. ~ 148 ~


— Você não está indo cumprimentar seu pai, Will? — Papai grunhidos. Eu aperto minha mandíbula e me viro para ele. —Olá Peter, — eu digo em um tom grave. — Por favor, — minha mãe implora. — Podemos ter um bom dia. Me viro para ela, e eu perco minha carranca. — Claro, Momma. Sinto muito. Eu me viro e os levo para dentro. Nós caminhamos pelos corredores e eu posso os sentir olhando para a minha casa à medida que avançamos. Eu sei que ele está me julgando, procurando algo para fazer pouco caso de mim. Essa é a maneira como ele funciona; ele gosta de ficar comigo, ele gosta de quebrar minhas barreiras e me envergonhar na frente das pessoas, especialmente os outros membros da minha família. Chegamos a sala de jantar e eu mostro os seus lugares, então eu aceno para George para que ele saiba que estamos prontos para comer. Me viro para Ben logo que nós sentamos. — Você conseguiu os números que eu mandei? Ele balança a cabeça, tomando um copo de água gelada. — Sim, eu os tenho. — Tenha respeito o suficiente para não falar de negócios no meu jantar de aniversário, — meus pai grunhi. Eu olho para ele por um longo momento, antes de me virar e olhar para a minha mãe. — O que você tem feito, Momma? Ela sorri. — Eu tenho feito tricô. — E como está indo? — Está indo bem. Fiz um lenço outro dia. Dou a ela um outro sorriso. — Eu estou contente. — Então, onde está o nosso jantar? Estou com fome. Achei que você teria tudo pronto, — meu pai pergunta. Eu o ignoro e olho para a porta por um segundo. Vamos lá, meninas, venham e acabam com isso para mim. Eu só quero que isso acabe logo. Eu não posso lidar com ele aqui por mais de uma hora. ~ 149 ~


NÚMERO TREZE Eu sou a primeira a servir e no momento em que saio e vejo a família de William, a minha curiosidade desperta. Ben sorri para mim, e eu não posso ajudar, mas coro. Ele tem uma personalidade muito carismática. Eu deixo meus olhos percorrem o outro homem na mesa. Ele é mais baixo e mais redondo do que os meninos, com cabelos grisalhos e olhos azuis. Ele nem sequer olha para mim. Eu estabeleço o meu olhar sobre a mulher, que parece tão pequena na mesa que é quase difícil de ver ela. Ela também parece muito frágil. Ela está mexendo as mãos e seus olhos estão piscando ao redor da sala, freneticamente. Eu a vejo e entendo onde William e Ben conseguiram sua boa aparência. Eu imagino que nos seus melhores dias, ela foi extremamente impressionante. — Emelyn, é bom ver você de novo. Me viro para Ben e então eu olho por cima do ombro para ver com quem ele está falando. Ele está olhando diretamente para mim. Ele está confuso? Emelyn não é o meu nome. Bem, pelo menos eu não acho que ele é. Ouço William limpar a garganta e eu olho para ele. Ele está me observando, e, em seguida, ele acena com a cabeça. Certo. Eu coloco a bandeja sobre a mesa, acidentalmente derrubando um copo de água. Eu estou distraída por algum motivo, o nome Emelyn está empurrando algo em minha mente. Eu ouço uma maldição alta, e eu endireito quando vejo que eu derrubei no colo do pai de William. Ele se levanta, empurrando em suas calças, rosnando furiosamente. — Sinto muito, — eu digo freneticamente. — Recontrate seu pessoal, Will, — ele rosna para o filho. — Pelo menos contrate umas inteligentes. — Foi um acidente, e meu nome é William. — William se irrita. ~ 150 ~


— Eu sinto muito, a culpa foi minha. Eu não tive a intenção, — eu começo a levantar um punhado de guardanapos para entregar a ele. — Cale a boca! — seu pai late, fazendo com que a minha boca se feche e minha mão caia para o meu lado. — Não fale com a minha equipe assim, — diz William, de pé. — Seus funcionários são inúteis, mas isso não deveria me surpreender. Tudo que você faz é a meia-boca e sem sentido. Minha boca cai aberta. Ele está sendo terrível para William por causa de um copo derramado de água? O fato de que qualquer um falando assim com seu próprio filho faz o meu sangue ferver. Como ele se atreve? William se esforçou tanto para fazer isso agradável e ele está falando com ele como se ele fosse um cão. — Vá para a cozinha, — William diz para mim. — Está tudo bem. — Não está tudo bem, — seu pai late que eu me apresso. Eu entro na cozinha e me pressiono contra a parede, respirando fundo. — Você está bem? — Número Sete pergunta. — Sim, eu apenas derramei bebida no colo do pai dele. E o homem foi terrível. Número Sete está segurando suas entradas e com o meu comentário seu rosto empalidece um pouco. — Eu vou ficar bem. Só não fale com ele. Ela balança a cabeça, e depois vai embora. Eu preparo as refeições principais nos pratos, sentindo meu coração correndo. Algo está nadando em minha mente, desesperada para sair, e isso causou meu erro de derramar a bebida, tenho me sentindo completamente no limite. Eu tento me concentrar no que estou fazendo, sabendo que eu não tenho tempo para me preocupar agora. No momento em que a comida está pronta, eu consigo me acalmar um pouco. Eu levanto os pratos e Número Doze leva algum também. Saímos para a sala de jantar e colocamos para baixo. Ben sorri para mim quando eu coloco o seu e eu não posso deixar de sorrir de volta. Coloco o prato do pai de William para baixo e ele grunhe com raiva. ~ 151 ~


— Isso é carne, — ele resmunga. — Sim, — diz William. — Você sabe que eu não gosto de carne, William. Número Doze sai correndo de volta para a cozinha, mas fico congelado no chão, minha raiva borbulhando. Este homem é um porco ingrato e ele certamente não merece o esforço que tem sido feito aqui hoje. Olho para William e eu posso ver a raiva em sua expressão. Eu posso ver isso, mas eu também posso ver dor. Seu pai está prejudicando ele. — Você nem sequer experimentou, — diz ele com falsa calma. Seu pai bufa. — Eu não preciso experimentar, eu não gosto disso. Eu nunca deveria ter vindo aqui. Eu deveria ter ido para o restaurante e feito uma refeição decente, não este... lixo. — Pai, — Ben diz, — ele fez um grande esforço. — Isso não é esforço, — diz o pai, acenando com a mão sobre a mesa. — Este é um jantar forçado. Eu nunca quis vir aqui, Benjamin. Se você tivesse escutado meus pedidos, em vez de tentar incluir... ele... então não teríamos este problema. Ele? Ele não consegue nem falar corretamente com seu próprio filho. Eu cerro os punhos, sentindo meu coração começar a acelerar quando eu me esforço para segurar minha raiva. — Ele é seu filho e esta é uma oportunidade para todos nós para consertar um relacionamento quebrado, — Ben rosna. — Ele não é meu filho. Só porque eu sou o pai dele não significa que ele é importante. — Peter! — a mãe de William chora, pressionando as mãos sobre os olhos. — Chega, — William ruge, batendo a mão na mesa. — Se você está tão horrorizado, então dê o fora de minha casa. Peter está de pé, jogando o guardanapo para baixo. — Com prazer. Eu nunca quis vir aqui. Na verdade, se não fosse por piedade de sua mãe, eu não teria você nem trabalhando para mim. Você é uma decepção William. Eu não sei como você se chama de um homem. ~ 152 ~


Isso é tudo para mim. — Ele é mais homem do que você, — eu digo. Minha voz sai gelada. Peter se vira, sua expressão horrorizada. Ele sacode a cabeça para trás, como se não pudesse acreditar no que eu disse. — Desculpe, o que você disse? — ele se encaixa. — Você me ouviu, — eu rosno. — Ele é mais homem do que você. Ele é bem-sucedido, ele é amoroso, e ele é uma boa pessoa. Você, por outro lado, não é nada mais que um covarde. Que tipo de homem vem na casa de seu próprio filho e fala assim com ele? Que tipo de homem faz a sua própria esposa chorar porque ele se preocupa com ninguém além de si mesmo? Aquele homem, — eu grito, apontando para William, — é incrível e bonito e todas as coisas que não é. — Como você se atreve? — Seu pai ruge. — Você deve sair, — eu rosno. — Pessoas como você são fracas. Pessoas como você diminuem as outras porque isso faz você se sentir melhor. Ele não precisa de alguém como você em sua vida. Você é o tipo de homem que vai morrer velho e sozinho, porque você vai espantar todo mundo. Eventualmente, eles vão parar de lutar para tornar isso melhor. — Você está permitindo que sua equipe para fale comigo desse jeito? — Peter fole, se virando para William. William está me observando e há algo em seus olhos. Algo intenso. Ele se vira para seu pai. — Sim, eu sou. Você sabe onde está a porta. Peter se volta para a mãe de William. — Jane? Ela soluça em suas mãos, em seguida, olha para o seu filho. — Ele é seu filho, também, Peter e ele nunca fez nada de errado. Ele se vira para Ben seguinte. — Benjamin? — Você deve ir, pai. William fez um esforço aqui e você completamente arruinou. Se você quer ir a esse restaurante agradável, então você vai. Só que você estará indo sozinho. — Vocês todos podem vão para o inferno, —Peter grita e depois tira o casaco antes de assaltar para fora da sala.

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Eu olho sobre a mãe de William, que está chorando; ela é uma bagunça completa. Eu ando até ela e me ajoelho. — Você gostaria que eu te levasse para o banheiro para que você possa se limpar? Ela levanta a cabeça e seus olhos estão inchados e vermelhos. — Sim, por favor. Eu ajudo e a levo da sala. Vamos pelo corredor até o banheiro, e eu recolho a algumas toalhas. Ela joga a água fria sobre ela e se vira para mim, me dando, provavelmente, o sorriso mais fraco que eu já vi. — Você está bem? — eu pergunto. — Eu nunca ouvi ninguém falar com ele assim antes. Meu rosto fica quente. — Eu sinto muito, foi desrespeitoso, eu entendo, mas... — Não, — ela coaxa. — Ele merece isso. Eu fico olhando para ela. — Você acabou de ficar e desfrutar de seus filhos. Você merece isso. — Eu sinto falta deles. Não é sempre que eu consigo vê-los juntos. — Bem, você está aqui agora. — Obrigada, — ela espira fundo e endireita os ombros. — Você está pronta para ir lá para fora? Ela acena com a cabeça e eu abro a porta do banheiro, a levando para fora. No minuto em que saímos, nos deparamos com William. — Momma, você está bem? Ela balança a cabeça e sorri fracamente para ele. — Sim, eu estou bem. — Vá e se sente. Vamos terminar o jantar e passar algum tempo juntos. Ela acena com a cabeça e me agradece mais uma vez antes de ir embora. Eu me viro para William, certa de que ele vai me punir por falar assim com seu pai. — Eu sinto muito, William, eu sei que não era o meu lugar para falar com ele assim, e-

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De repente, suas mãos estão no meu cabelo e ele está se inclinando para baixo, capturando a minha boca com a dele. Oh, meu. Ele me empurra contra a parede e ele me beija com tanta força que meus lábios começam a doer. Ele desliza sua língua em minha boca e eu abro para ele, aproveitando este novo sentimento emocionante. Suas mãos deslizam pelo meu corpo, pegando meu traseiro. Ele me levanta, literalmente, trazer o meu corpo contra o dele. Eu posso sentir sua ereção empurrando contra a minha barriga. Eu suspiro, enredando as minhas mãos em seus cabelos longos e espessos. Ele puxa a boca fora da minha e olha para mim com um intenso, olhar sensual. — Isso foi... incrível. — Você não está puto? — eu sussurro. — Ninguém nunca me defendeu assim antes. Dou a ele um sorriso vacilante. — Ninguém merece ser tratado assim. Ele corre a ponta do dedo para o lado do meu rosto. — Eu vou terminar o jantar, mas esta noite... venha para mim, Número Treze. Ir pra ele? Meu corpo inteiro faísca para a vida. — Para o seu quarto? — eu sussurro. Ele balança a cabeça e pressiona seus lábios contra os meus novamente. Então, ele se afasta e começa a sair, antes de olhar por cima do ombro e murmura, — É hora de fazer você minha. Oh. Ele me dá mais uma olhada e então ele se foi. Sua... eu me tornar sua. Eu quero ser sua?

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Capítulo vinte e Três NÚMERO TREZE O resto da noite foi bem. William passa o tempo com sua família, e eles saem em torno de 21:00. Estamos todas sendo enviadas de volta para os nossos quartos para tomar banho e se preparar para a cama. Minha barriga treme quando eu penso em ir para o quarto de William. Eu acho que sei o que ele quer fazer comigo, mas eu não tenho tanta certeza de que eu quero dar isso a ele. Eu estou nervosa, eu nem sei se eu já fiz isso antes. Depois do meu banho, eu escorrego para fora do quarto. Número Doze me olha, seus olhos se estreitaram, mas ela não pergunta onde estou indo. Eu faço o meu caminho lentamente pelos corredores, engolindo os meus nervos. Eu alcanço o quarto do William e eu hesito por um longo tempo. Isso é uma boa ideia? É isso que eu quero? Apenas uma semana atrás, eu queria fugir, agora estou aqui... sentindo coisas que eu não me lembro sentindo antes. Eu levanto minha mão e eu bato na porta. Um momento depois, a porta se abre e William aparece. Ele está usando apenas as calças do pijama novo e meus olhos automaticamente vão em sua forma grande e musculosa. Ele estende a mão, tendo o meu braço e me puxando para o quarto. Eu vou, ainda não tendo certeza se estou pronta. No minuto em que a porta se fecha, William me vira e olha para mim. — Você está com medo, Número Treze. — Emelyn é o meu nome? — pergunto, chocando a mim mesma. Pensei muito sobre o nome, mas eu não tinha planos de que seria a primeira pergunta que eu faria. William inclina a cabeça e olha para mim, então ele balança a cabeça e responde com um pano macio, — Sim. Eu sinto como se alguém enrolasse um punho e me desse um soco bem no estômago. Não me lembro de minha vida, mas as últimas semanas eu tenho tido nada mais do que um número. Agora, eu tenho uma identidade. Estendo a mão e me equilibro usando uma mesa ao meu lado. ~ 156 ~


— Eu sei que é difícil de tomar, mas aos poucos, suas memórias vão voltar. Elas não vão ser agradável, Emelyn. Eu viro minha cabeça ao som de meu nome em seus lábios. É incrível. — Diga isso de novo, — eu sussurro. — Emelyn, — ele murmura, se aproximando. Ele se aproxima e tira um pedaço do meu cabelo do meu rosto. Eu olho para ele, quero perguntar mais, preciso de tantas respostas. — Você disse que me queria esta noite, William, mas você precisa saber que existem perguntas que eu... eu não posso me dar a você se você não pode confiar em mim o suficiente para responder elas. Sua expressão não muda, mas ele assente. — Há tanta coisa que eu posso te dar, Linda. Você precisa decidir o que você quer perguntar mais que tudo. Eu só te dar uma. Eu o estudo por um momento, mas eu sei qual pergunta que eu quero mais saber. Eu preciso saber para compreender William, ou pelo menos fazer um pouco mais de sentido do que está acontecendo aqui com ele, com a gente. — Eu quero saber o que aconteceu? — eu digo, apontando para o olho. Ele visivelmente endurece, mas ele pega a minha mão e me puxa para o sofá. Ele me puxa para baixo em seu colo, envolvendo os braços em volta de mim. Eu aconchego com ele, e eu deixo ele ter um momento para decidir se ele quer me dar o que eu estou pedindo. Ele faz. — Eu era um garoto quieto, não o tipo violento de costume. Eu não tinha uma espinha dorsal, eu achava difícil de se comunicar com os outros. Ben era meu melhor amigo, e principalmente, ele me manteve longe de problemas. Meu pai adorava Ben, ele era o filho que ele sempre quis. Eu era apenas a... aberração. Eu era muito calmo, muito gentil, muito fácil de empurrar. Ao ouvir ele usar essa terrível palavra me faz vacilar. Eu chamei ele de uma aberração. Culpa incha em meu peito, sabendo o isso deve ter feito com ele e quanto deve ter doído.

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— Minha mãe era suave, muito suave. Ela me mimava. Ela não me impediu de ser um fraco, um filho quebrado. Meu pai trabalhava muito longe, mas quando ele estava em casa, ele passava todo o seu tempo com Ben. Quando Ben decidiu que queria uma melhor escolaridade, meu pai enviou ele a esta incrível escola, bem cara. Ele me deixou para trás. Durante muito tempo era só eu e mamãe, meu pai raramente estava em casa. Ele para por um segundo e entrelaça os dedos nos meus. Eu não vou empurrar ele sobre isso, ele pode me dizer muito ou pouco quanto ele precisa. — De repente, me tornou o protetor dela, — sua voz soa tensa como ele continua. — Ela chorou muito. Eu era tudo que ela tinha. Eu não iria sobrecarrega-la com os meus problemas, ela mal conseguia lidar com ela própria. Então, eu não disse a ela que eu estava sendo intimidado na escola. Ela me fez ir todos os dias e eu fiz tão graciosamente. Mais uma vez, eu não queria sobrecarregá-la mais do que eu já tinha feito. A intimidação começou bastante leve. Cabeça no vaso sanitário, empurrando em armários, esse tipo de coisa. Mas havia um menino, Marcel, que tinha grande prazer em me ver sofrer. Chegou a um ponto em que eu quase se tornou sua obsessão. Valentões fizeram isso com ele? Eles o machucaram assim? Minha mão aperta a sua, e as meu estômago se vira. — Um dia eu estava atrasado para a escola, mamãe teve uma manhã difícil, eu não queria ir. Ela me fez ir, me dizendo que eu tinha que ir e aprender. Fiz o que ela pediu, mas eu recuei, passando em um lugar diferente para que eu pudesse chegar lá mais rápido. Marcel e seu grupo de amigos me encurralaram em um beco apenas na parte de trás da escola. Ele estava me contando que sua namorada achou meus olhos bonitos e isso parecia realmente incomodá-lo. Ele me disse que ninguém era lindo para sua namorada, exceto ele. Eu engulo a dor subindo na minha garganta e consigo engolir o choro. — Eu nem conhecia a namorada dele, — ele ri amargamente. — Eu não sabia o que ele estava falando. Eu nem sei por que ele me escolheu para intimidar. Eu sabia que algo ruim ia acontecer, eu senti. Quando me jogou no chão, eu não posso explicar a confusão e o medo que eu sentia. Eles me prenderam, seus amigos segurando meus braços e pernas enquanto outro segurava minha cabeça para baixo.

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Acho que vou ficar doente, mas eu consigo me manter calma o suficiente para continuar ouvindo. Minhas mãos estão tremendo e eu sinto ele apertar uma. Eu não sei por que ele está me confortando. Ele deve ser o único ter algum conforto. — Eles tinham roubado ácido clorídrico do laboratório de ciências na escola. Eles seguraram meu olho aberto e derramaram lá dentro. Eu não posso nem começar a explicar a dor que eu senti. Eu não poderia mesmo tirar isso de mim, minhas mãos estavam presas. Eu sei que eu estava gritando, mas eu nem ouvi. A coisa correu para o lado do meu rosto, queimando toda a pele lá também. Eles fugiram e me deixaram lá e eu tinha certeza, por um momento, que eu iria morrer. As pessoas que viviam do outro lado da rua do beco me ouviram gritando e me ajudaram. Eu nunca fui o mesmo, isso quebrou alguma coisa dentro de mim. Estou chorando agora, nada pode impedir as lágrimas de caírem pelo meu rosto. — Sinto muito, — eu sussurro. É tudo que eu posso dizer. O que mais você pode dizer a alguém que recebeu algo tão absolutamente covarde deles? Eu não posso trazer o olho dele de volta, nem posso mudar o que aconteceu. Sentir muito é tudo que tenho, mas, mesmo assim, não é nem perto de ser o suficiente. — Eu me tornei um monstro naquele dia, mas não da maneira que as pessoas iriam pensar. Não me tornei cruel ou implacável, fiquei desfigurado. As pessoas olhavam para mim, eles apontavam, elas insultavam. As pessoas são cruéis com aqueles que são diferentes. Eu poderia ter se tornado uma pessoa fria e sem coração, fechado das minhas emoções e se transformando em um bastardo implacável, mas não era quem eu sou. Em vez disso, eu me tornei obcecado com o ensino. Se os pais de Marcel tivessem ensinado ele corretamente, ele poderia nunca ter sido tão cruel. Ele nunca tinha aprendido a lição; ele nunca foi punido por seu crime. Ele era uma pessoa ruim e ele foi autorizado a sair com isso. — É por isso que você tem a nós? — Me atrevo a perguntar. Ele olha para mim com uma expressão suave. — Isso é mais do que uma pergunta e não é algo que eu estou disposto a falar agora. Mesmo que ele está falando comigo gentilmente, ele também está sendo muito firme. Eu penso sobre esta noite e como seu pai o tratou e eu penso sobre como sua vida deve ter sido enquanto crescia: os insultos, as palavras abusivas. Não deve ter sido fácil. ~ 159 ~


— William? — eu digo com uma voz baixa, mansa. — Sim? — Seu pai... ele foi sempre assim? Tenho certeza que ele não vai me responder, porque eu sei o que ele me deu esta noite é mais do que ele, provavelmente, tenha contado a ninguém. Eu não quero empurrar ele, mas ao mesmo tempo eu não posso enfiar a minha curiosidade para baixo. — Desde que me lembro. — Por quê? Não faz sentido para mim. Por que um pai ama um filho e trata o outro com tanto ódio? Eles são gêmeos, eles têm a mesma aparência, inferno, eles têm comportamentos semelhantes. Como poderia alguém que deveria te amar ser tão cruel? — Eu não posso responder isso, Linda, porque eu não sei. Quando eu estava crescendo, não fazia sentido para mim. Ben e eu éramos exatamente de muitas maneiras iguais, mas ele só viu meu irmão. Ele nunca me viu. Ele nunca quis. Ficamos em silêncio por um momento antes de murmurar: — Eu vejo você, William. Ele hesita e então ele me desenrola fora de seu colo e se levanta. Ele faz o seu caminho até sua mesa e mexe em alguma coisa; logo uma música suave e lenta começa a tocar, enchendo o quarto com a sua bela melodia. Ele se vira e caminha até mim com uma mão estendida. Hesito. Se eu tomar isso, se eu deixar ele entrar, isso é tudo para mim. Eu já sei que não serei capaz de voltar para trás. Eu levanto o meu olhar para o dele e eu o vejo olhando para mim com uma intensidade que eu nunca tinha experimentado. É nesse momento que eu vejo o que ele é: um pedaço irregular de vidro que nunca pode ser colado de volta para o seu lugar, porque ele não é perfeito. Ele tem arestas, embora ainda seja impressionante. Eu sou um pedaço de vidro recortado, também. Talvez, juntos, possamos encontrar uma maneira de encaixar. Eu me aproximo e eu tomo sua mão. Ele me puxa lentamente para os meus pés antes de envolver o braço em volta da minha cintura e me puxar contra seu corpo. Eu me sinto tão pequena em comparação ~ 160 ~


a ele. Sua forma poderosa me rodeia, mas é da maneira mais surpreendente. Como se nós fôssemos feitos um para o outro, duas pessoas moldadas para se encaixar. Ele desliza a mão pelo meu braço, envolvendo seus dedos com os meus e então nós estamos dançando. E é perfeito e brilhante e tudo o que eu jamais imaginei que a dança deveria ser. Nós balançamos devagar, apenas olhando um para o outro. Seus lábios estão entreabertos e seu olhar azul é intenso, cheio de algo tão profundo que me pergunto tudo em que eu acreditava no mês passado. Ele está mudando tudo o que sou e é uma daquelas mudanças que não podem ser desfeitas. Calor enche o meu corpo e eu encontro minha mente sumindo em pensamentos que envolvem absolutamente nada a ver com dança. Tomando um salto de fé que eu nunca soube que eu tinha dentro de mim, eu me inclino para cima e eu pressiono meus lábios nos dele. Ele é uma porcaria em um sopro de ar, mas ele logo responde, soltando minha mão e enredando os dedos em meu cabelo. Ele aprofunda o beijo até que meu corpo está caindo contra o dele, flácido e necessitado. Ele chega para baixo, pegando minha bunda. Seus dedos grandes enrolam em minha carne macia e ele me puxa com mais força contra ele. Eu choramingo e os meus dedos agarram sua camisa. Lentamente, ele nos move até que estamos encostados em sua cama. Com um empurrão rápido nós dois estamos indo para baixo. Eu bato no colchão macio em primeiro lugar, e ele para de se cair em cima de mim, largando a mão para baixo ao lado da minha cabeça. Eu fico olhando para seus músculos, saboreando a forma como eles são definidos. Ele é tão... forte. Os lábios dele deixam os meus e eles viajam para baixo do meu pescoço. Eu tremo e deixo minha cabeça cair para trás, saboreando as sensações de queimadura pelo meu corpo. — William? — eu sussurro, arqueando contra ele. Ele faz um som estrondoso contra o meu pescoço para me deixar saber que ele me ouviu. Eu sou... eu quero dizer... eu fiz isso antes? Ele endurece e se levanta de mim. Ele olha para mim, seu rosto uma máscara de confusão, dúvida e excitação. — Eu não sei, — ele responde, sua voz rouca. — Não importa, — eu digo. — Eu só... Eu queria saber. ~ 161 ~


Eu estico, acariciando sua mandíbula. Ele olha para baixo em meus lábios, em seguida, ele murmura: — Você tem certeza disso? Não vou negar que eu a quero, mas não vou forçar ninguém. — Tenho certeza que quero, — eu digo, sentindo meu coração correr. Ele concorda e depois volta para torturar meu pescoço com esses doces beijos lentos. Seus dedos deslizam pelos meus lados até que ele encontra o meu top. Lentamente, ele desliza eles para baixo, arrastando-as levemente sobre a minha pele quando ele se se move em direção aos meus seios. Meu corpo irrompe em tremores e eu empurro mais duramente para ele, deixando ele saber o quanto eu quero isso. Seus dedos encontram meus mamilos e imediatamente eles endurecem sob seu toque. Ele rosna, eu choramingo e então ele começa rolar eles em torno de seus dedos. Eu fecho meus olhos, sentindo minha respiração começar a aprofundar quando pequenos parafusos de prazer vão direito até a minha virilha. William se inclina para baixo, e eu posso sentir sua respiração quente contra os montículos inchados do meu seio direito antes de sua língua serpentear para fora nos pequenos botões duros que ele está provocando nos últimos cinco minutos. — Oh, William, — eu suspiro. Ele faz um som apreciativo em sua garganta e continua seu ataque, chupando e lambendo até que eu estou me contorcendo e raspando o seu nome. Suas mãos se movem para a minha calcinha, e deslizam debaixo delas. Eu já sei o quão bom seus dedos pode me fazer sentir, mas quando ele rasga a boca do meu peito e começa a correr pelo meu corpo, tirando minha calcinha, eu sinto tudo tenso. Por que ele está indo para lá? Ele toma conta dos meus joelhos, espalhando delicadamente minhas pernas. Minhas bochechas se aquecem com o pensamento de que ele está olhando para mim lá. Ele rosna algo em sua outra língua, antes de abaixar a cabeça. Ele abre meus quadris quando sua boca se fecha sobre o meu clitóris. Oh. Deus. Ele suga profundamente, sacudindo a língua sobre ele com firmeza e com uma velocidade que eu nunca imaginei que uma língua poderia ir. — Oh, — eu grito. — Oh meu Deus. Ele suga com mais força, desenhando pequenos gritos de prazer do meu corpo. Eu posso sentir um fogo aceso na minha barriga, girando ~ 162 ~


mais baixo, aquecendo tudo em seu caminho. Lentamente, como uma forma de tortura, o fogo atinge o ponto certo e eu entro em erupção. Prazer ruge através do meu corpo e eu me sinto levantar da cama, os dedos de William firmemente em meus quadris, meus gritos ecoando no quarto. Eu balanço por tempo suficiente para William puxar a boca de mim, tirar suas calças e deslizar em cima de mim. No momento em que seu corpo entra em contato com o meu e eu sinto sua pele quente em toda parte, eu sei que é isso. Não há como voltar atrás. Músculos duros rolam contra mim e a sensação de ter sua pele nua contra a minha é alucinante. Eu levanto minhas mãos, envolvendo elas ao redor de seus bíceps. — Você está pronta? — ele sussurra. — Eu estou pronta. Ele gentilmente desce entre nós, tomando a ereção que eu posso sentir quente e duro contra a minha barriga. Ele aperta em minha entrada, antes de passar a mão na minha coxa e içar ao redor de seu quadril. Nervos nadam no meu estômago e eu me vejo lutando por ar. Estou com medo, tanto em um bom e um mau caminho. William chega para baixo, pegando meu queixo. — Se há um momento, mesmo que pequeno, onde você quer que eu pare... eu vou parar. Eu acredito nele. Eu não sei por que, mas eu faço. Concordo com a cabeça, mordendo o lábio. Ele suaviza o cabelo dos meus olhos antes de empurrar apenas a ponta dentro de mim. Eu tenciono ao seu redor, sentindo a forma que meu corpo se alonga. Sua mandíbula flexiona e sei como é difícil para ele se segurar, mas ele faz. Ele se move lentamente, avançando em seu caminho, me deixando ajustar ao seu tamanho. A queimadura diminui rapidamente, mas uma sensação de desconforto ainda perdura. Ele empurra um pouco mais e então rosna, — Oh, graças a Deus. Eu olho para ele, me contorcendo para me fazer sentir um pouco menos... preenchida. — Você é virgem, querida, — diz ele em um tom abafado, silencioso. ~ 163 ~


Eu sou? Por alguma razão, isso me confunde. Eu nem tenho certeza de onde o sentimento vem, mas há algo que não parece se encaixar muito bem. Eu empurro o pensamento para longe e me deixo cair de volta para o momento que William empurra totalmente para dentro de mim. Minhas costas se levantam da cama e suas mãos chegam até minha cabeça. Ele me aperta suavemente quando ele desliza para fora, antes de empurrar de volta em mais uma vez. A dor desaparece. Calor tremendo enche o meu corpo em seu lugar. Me sinto apertar ao redor dele e minha pele solta pequenos arrepios. Eu estou mordendo meu lábio com tanta força que está começando a doer. Percebendo isso William se inclina, sugando meu lábio em sua boca. Então. Ele. Suga. Ele empurra, ao mesmo tempo, e minha boca cai aberta, a cabeça cai para trás e eu grito seu nome. Ele deixa cair a cabeça para baixo para o canto do meu pescoço enquanto seus impulsos se tornam mais frenéticos. Seu corpo é maciço, pairando sobre o meu, trabalhando profundamente, seus músculos apertando e soltando quando prazer constrói mais e mais em meu sistema. A visão é pura perfeição. Ele é pura perfeição. Nossa pele dá um tapa em conjunto, quando seus movimentos se tornam ainda mais frenéticos. Eu me sinto um estranho aperto se construindo na minha barriga. William passa a mão na minha perna, avançando mais. Então ele inclina seus quadris e oh, eu sinto um choque de desejo invadir meu corpo. Eu grito, arranhando suas costas, precisando que ele encontre e me leve para mais. William chega entre nós, encontra o meu clitóris. Ele faz círculos suaves sobre o botão duro e eu perco o controle. Como uma bomba, eu explodo. Isso começa com o pé direito no meu núcleo e, lentamente, trabalha o seu caminho para fora, até que está nos meus dedos do pé. Eu estou choramingando o nome de William, arqueando as costas, passando minhas unhas nas suas, tudo ao mesmo tempo e levando cada segundo desfrutando desta felicidade pura. William rosna mais palavras estrangeiras, e sua mão vai para baixo, agarrando minha bunda enquanto ele dirige mais e mais rápido. Seu grande corpo está brilhando de suor e seu cabelo longo, grosso e bonito está caindo em torno de seu rosto, fazendo ele parecer um anjo ~ 164 ~


puro ainda que completamente fragmentado. Eu estico, pegando seu rosto, inalando o cheiro dele e nosso sexo juntos. Ao meu toque, ele endurece e deixa sair um irregular gemido de dor. Em seguida, ele empurra e grita meu nome. Não Número Treze, não Linda, mas o meu nome... Emelyn. Então estamos caídos um contra o outro, ofegantes, suados, e oh, tão bonitos. Eu enrolo meus dedos em seus cabelos, puxando para baixo para mim. Seus lábios encontram os meus e ele os abre com a língua, deslizando profundamente em minha boca para um beijo que tem minha mente girando. Ele conecta o braço em volta de mim e nós rolamos, então ele está de frente para mim. É um perfeito, profundo, momento incrível e eu sei que não vai voltar para mim agora. Ele conseguiu cavar dentro de mim e eu não quero deixar ele ir. Então eu abro a minha boca e eu estrago tudo. Eu levanto minha mão, acariciando a pele danificada em torno de seu olho. Ele fica tenso, mas ele me permite fazer isso. Sob meus dedos, é irregular e desigual. Eu olho em seus olhos e sussurro, — Você é lindo, William. Não há nada sobre você que é imperfeito. Como um interruptor ele apaga, todo o seu corpo enrijece e ele empurra para trás, seu corpo de repente desaparecendo do meu. — O que foi que eu disse sobre a mentira? — ele rosna, sua voz gutural. Ele sai da cama, puxando as calças do pijama e passeando em direção a mesa. Estou chocada. Por que ele pensou que eu iria mentir sobre uma coisa dessas? Será que ele não vê que eu posso ver um passado, uma pequena falha? — O que faz você pensar que estou mentindo? Talvez eu me importo com você, William. Alguma vez você pensou nisso? Ele gira para mim, me olhando. — Claro que você faz. Sou seu dono. Eu sinto como se tivesse levado um tapa na cara. Meu corpo inteiro estremece e minha boca se abre em um suspiro. Suas palavras, elas queimam diretamente em minha essência.

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— Por que você acredita que eu não podia ver passado, o dano? — eu consigo coaxar fora, batendo minhas mãos sobre sua cama para encontrar minhas roupas. — Se você tivesse dito que me achasse um bom homem, eu teria aceitado. Se você tivesse dito que eu tenho uma bela alma, eu teria aceitado. Eu não vou aceitar que você pode achar isso, — ele empurra o dedo para o rosto dele, — bonito. Não há nada de belo nisso. — Você não acha que essa é a minha escolha? Você não acha que cabe a mim, se eu optar por ver o passado disso e encontrar a beleza que está aí? Você não acha que eu estou mentindo, se eu decidir te amo, William? Ele se endireita e empurra o braço em direção à porta. — Vá embora, agora. Eu balanço minha cabeça, confusa. — O quê? — Eu disse pra sair, Número Treze. Não Emelyn. Meu corpo enrijece e corro para fora da cama, com raiva, vergonha e magoada. Ele está me afastando porque não pode aceitar que eu posso ser capaz de ver ele pelo que ele realmente é, em vez do que ele se esforça para me fazer ver. Ele tomou um belo momento e ele esmagou isso no chão. Ele tomou a sensação boa e substituiu com a realidade. — Continue me afastado tanto quanto você quiser, — eu sussurro, puxando minhas roupas. — Nada que você diga vai mudar o que eu já decidi. — Estou à procura de um amante, Número Treze. Eu não estou procurando ser amado. Você está procurando por algo que não está lá se você acha que eu posso sempre te dar mais. Eu não sou o tipo de homem que muda o seu mundo com um beijo, com uma foda. Eu sou a escuridão nas sombras; eu sou o único que ninguém quer ver. Eu sou o homem que desapareceu. — Você é a luz do sol. Sua risada é a razão pela qual algumas pessoas continuam a lutar a cada dia. Eu posso te segurar, eu posso te beijar, eu posso cuidar de você, mas eu não posso te amar... — Eu acho que você está errado, — eu consigo, mesmo que eu estou tremendo tanto que meu maxilar faz barulho. — Quando você aprendeu sobre o amor, o que você me ensinou? ~ 166 ~


— Eu não sei, — eu murmuro em voz baixa. — Você não me deixar lembrar. Ele dá um passo a frente. — Bem, aqui está o que eu aprendi. O amor é apenas um elemento que uma pessoa tem dentro delas. Combinado com uma outra pessoa, é forte o suficiente para passar por um monte de coisas, mas quando outros elementos entram em jogo, como a ganância, a luxúria, a ira e a inveja, o amor já não é suficiente. E o mais engraçado nisso é que nunca ninguém só tem amor, Número Treze. Estamos todos cheios de uma mistura de elementos e quando esses elementos se combinam, criam seres humanos. Eu não confio, nem eu me dou a ninguém. Eu sou um simples elemento, Número Treze. Eu sou determinado, eu sou o controle e eu sou o poder. Isso não se mistura, não remove e eu não adiciona. Eu vou cuidar de você como minha amante; eu vou te dar tudo que você precisa, mas pedir mais é inútil e um desperdício do nosso tempo. Suas palavras não penetram onde deveriam. Alguma coisa mudou dentro de mim. Ele mudou algo dentro de mim, mesmo que ele não quer ver isso. Meu peito incha com uma determinação que eu não sinto desde que eu estive aqui. Isso pesa a minha necessidade de escapar, e supera a minha necessidade de sobreviver. Amar ele é um pecado do qual estou plenamente consciente. Mas eu sou uma pecadora. Eu não vou parar até que ele me mostra tudo que ele é. Eu sei que não há mais em William do que esses elementos frios.

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Capítulo vinte e Quatro NÚMERO TREZE — Cuidado com o animal de estimação de William, — uma das meninas grunhi quando eu passo, dois dias depois, carregando um cesto de roupa. Elas estão me provocando há dias, algumas delas alegando ter me ouvido ‘gritando’. Número Doze não olhou para mim, se recusa a falar comigo e as outras pensam que eu estou dormindo com ele, então eu não tenho que suportar o que elas fazem. Eu penduro minha cabeça e ando, não interagindo com qualquer uma delas. Qual é o ponto? Não há nada que eu possa dizer que vai mudar o que elas pensam de mim. Eu desço para o porão, está chovendo hoje e eu preciso colocar as roupas na secadora. Eu deixo cair a cesta no chão, tomando uma respiração profunda. William não tem me visto por dois dias, completamente me evitando a todo custo. Ele não está por perto quando estou e se certificando de que eu sou deixada para sofrer. Meu corpo dói por ele. Eu pego roupas úmidas e empurro para a secadora. Sou capaz de lidar com isso. Eu nunca realmente me encaixei de qualquer maneira, mas a ideia delas ter ouvido William e eu... dói. Aquele foi um momento entre nós que eu não queria compartilhar. Eu não quero elas para entrar e manchar algo que eu achei tão impecável. — Se esconder aqui não vai te salvar, — uma voz grunhis. Eu giro ao redor para ver duas das meninas; um rápido olhar me diz que eu estou lidando com a Número Um e Número Onze. Me surpreende que Número Onze tenha coragem de vir aqui e começar algo comigo quando ela sabe muito bem da forma que isso acabou da última vez. Ela tem um problema comigo, no entanto. Ela tem desde o início. Estou começando a duvidar se ter deixado ela livre quando William me deu a chance de envergonhar ela, foi uma boa ideia. — Eu não sei o que você quer de mim, — eu digo, girando e continuando o que eu estava fazendo, mesmo que meu coração está batendo descontroladamente.

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— Ninguém quer nada de você. Você tem tudo fácil. Eu me viro, sentindo meu peito se apertar. — Você está com ciúmes? É disso que se trata? Porque, francamente, eu não consigo descobrir por que diabos você está pegando no meu pé. Ela troveja para a frente e eu deixo meus olhos subirem rapidamente, na esperança de ver uma câmera. A única câmera aqui está virada para a parede com as algemas. Está, no mínimo, vinte metros de distância. Sua mão ataca em torno de minha camisa, então ela começa a me puxar para a frente, parando bem no meu rosto. Minha pele se arrepia e raiva enche minhas veias. — Você não me assusta, e nem o que ele faz. Eu não tenho um problema com você. Eu tenho um problema com pessoas que sugam até conseguir o que querem. Para evitar ter que lutar. — Você acha que eu não estou lutando? — Eu rosno, sentindo meu pequeno peito se encher com raiva por ela me dizer que eu não estou lutando. — Você não sabe o significado dessa palavra. Ele te levou sob sua asa desde o momento em que você chegou aqui. — Então você não deveria estar zangada com ele? Ela ri, amargamente. — Garotas como você me irritam. Ela empurra meu corpo tão duro que meus dentes chocalham. Eu me contorço, mas vamos enfrentar isso; ela é o dobro do meu tamanho e duas vezes a força. — As meninas como você sentem a necessidade rebaixar outros, porque eles sabem o que é uma existência superficial que eles realmente têm. Faz você se sentir melhor, — lato na cara dela, torcendo meu corpo. Eu não vejo seu punho subir, mas eu sinto isso. Ele se conecta com a minha mandíbula e minha cabeça se encaixa para o lado. Minha visão nada quando eu me esforço para me impedir de desmaiar. Outro, soco quebra em queixo duro e seus dedos me deixam ir, eu caio no chão. Eu caio com um baque e então eu ouço ela gritar, — Merda, vamos sair daqui. Agora. Eu não me levanto. Eu estou perfeitamente capaz de me levantar, mas não faço isso. Eu rolo para o meu lado, dobro meus joelhos no meu peito, e só fico ali, sentindo o sangue do meu lábio pingar no chão. Eu ~ 169 ~


não choro; esse não é o tipo de força que eu quero que elas tirarem de mim. Elas não merecem isso. Eu não mereço isso, mas aqui estou eu: nem uma alma no mundo para me defender, porque a única pessoa que me interessa está com raiva de mim também. Não sei quanto tempo fiquei lá, mas eu sinto o lugar ficar mais escuro. Eu me sinto uma pequena criatura se rastejando sobre o meu braço, mas eu não me movo. Não há realmente nenhum ponto. Enquanto eu estou aqui, eu penso sobre a Número Três. Eu me pergunto se ela está feliz agora? Gostaria de saber se o seu sacrifício valeu a pena? Ela realmente se salvou de algo muito pior do que a morte? Eu fecho meus olhos, firmando minha respiração irregular. Ouço um barulho depois de algumas horas lá e então eu ouço a voz de William em uma maneira que eu nunca tinha ouvido antes. Alta. — Onde ela está? — ele fole. Eu não sei se eu estou feliz que ele está procurando por mim, ou com raiva porque a culpa é dele que eu estou aqui, em primeiro lugar. Ouço a porta se abrir e uma luz de repente pisca adiante. Momentos depois, lá está ele, o meu cavaleiro entrando... merda, eu não sei... certamente não é um com uma armadura brilhante. Ele se ajoelha ao meu lado e seus olhos endurecem. Ele rouba um dedo sobre o sangue seco em meu lábio. Em seguida, os nós dos dedos pastam sobre a contusão que já sei que está na minha bochecha. — Me dê um número, — ele rosna. Um número. Não é um nome. Não uma pessoa. Apenas um número. Isso é tudo o que somos - números. Eu fico olhando para ele. — Não. Seu corpo estremece. — Desculpe, o que você disse? — A culpa é sua que eu esteja aqui, William, — eu sussurro, empurrando ela para longe e movendo meus músculos doloridos para que eu possa me levantar. É preciso várias tentativas, mas eu chego lá. Ele olha para mim, seu cabelo escuro esvoaçando ao redor de seus ombros. — Quem fez isso, Número Treze? Eu perco. ~ 170 ~


Meu controle. Tudo o que eu tinha guardado. Se vai. — Meu nome NÃO é Número Treze, — eu grito, agarrando o meu cabelo. — Meu nome é Emelyn. Eu não sei qual é o meu sobrenome. Eu nem sei quantos anos eu tenho. Agora estou sendo intimidada e você quer saber por que, William? É por causa de você. Porque eu sou o seu animal de estimação. Porque eu sou a única que te fodeu, — eu rosno. Ele se encolhe com as minhas palavras, mas consegue se mover para frente, curvando a mão suavemente em volta do meu braço. — Me dê um número, — ele quase sussurra. — Não. De repente, minhas costas estão contra a parede e ele está na minha cara. Eu posso sentir o cheiro dele e toda a minha dor no corpo quando eu o sinto ao meu redor novamente. — Eu vou pedir só mais uma vez; me dê um número, — ele rosna. Seu dedo passa ao longo do meu lábio ensanguentado. — Elas vão pagar. — Por que eu deveria? — eu sussurro, incapaz de afastar o olhar de seus lábios. — Você deixou bem claro que eu não significo nada para você. Você deixou bem claro que não sou mais do que uma amante. Você não me deu nada, William; você toma, mas você não dá. Eu nem sento isso. — eu começo a gritar de novo. — Você me fodeu e foi incrível, mas eu não senti isso porque você tirou isso de mim antes que eu pudesse. — Você quer sentir isso? — ele rosna em meu ouvido. — Você vai sentir isso. Sua mão sobe, passando no meu cabelo. Ele puxa, fazendo com que a minha cabeça seja empurrada para trás. Em seguida, seus lábios estão nos meus, duro e determinado. Cascatas de dor atravessa meu queixo, mas o desejo supera isso. Eu gemo enquanto sua língua mergulha na minha boca, me consumindo. Sua mão encontra a minha bunda e ele a usa para levantar o meu corpo e me colocar mais firmemente contra a parede. Eu levanto as minhas pernas, enganchando elas em torno de sua cintura.

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Sua boca solta da minha e se move para baixo para o meu pescoço, onde ele morde em minha carne. Eu grito, me aproximando e tomando seus cabelos, puxando com força. Ele rosna, empurrando seus quadris, fazendo com que sua ereção rígida encontre o meu núcleo. Meu corpo treme com a necessidade e eu arranho minhas unhas sobre sua cabeça. Ele geme e seus dedos mordem minha bunda quando ele me deixa saber que ele está sentindo tudo o que eu estou fazendo. Seus dedos deslizam para baixo a minha calcinha e sem esforço, ele rasga. Ele puxa meu vestido para cima e seus dedos encontram seu jeans. Ele empurra para baixo, se libertando. Um gemido baixo escapa da minha garganta para coincidir com o seu rugido áspero quando ele pressiona sua ereção contra a minha entrada encharcada. Eu sei que estou pronta para ele. Não há nada que possa impedir agora. Especialmente quando ele me abaixa para seu pênis, deslizando lentamente para dentro de mim. — William, — eu suspiro. Sua mão vai até o meu cabelo e ele aperta a minha volta mais fundo na parede até que eu possa sentir começar a queimar quando ele começa seus profundos e penetrantes impulsos. Puxo seu cabelo mais forte e ele assobia, abaixando a boca para encontrar os meus mamilos. Ele morde eles, fazendo com que pequenos parafusos sensacionais de dor atiram no meu peito. Eu tenciono minhas pernas ao redor dele, quando eu sinto o calor familiar se espalhando pelo meu corpo. De repente, ele puxa para fora de mim, me fazendo chorar. Ele tem o meu corpo contra a parede, enquanto lentamente se abaixa. Quando ele tem a cabeça entre as minhas pernas, ele se levanta, me empurrando até a parede. Seu rosto está bem entre as minhas pernas e sua língua desliza para fora, sacudindo meu clitóris com força. Eu grito; não há como parar isso. Eu enredo os dedos em seus cabelos enquanto ele move a sua boca sobre mim, dirigindo profundo, preenchendo o meu sexo. Ele suga até que eu estou tendo um orgasmo de abalar a terra em torno dele e então ele me abaixa e me gira, pressionando o meu rosto para a parede. Ele arrasta os dedos na minha espinha. Ele chega a minha bunda e ele dá um tapa levemente. Eu choramingo e empurro para trás, querendo mais dele. Ele toma conta de minhas mãos, elevando elas acima de minha cabeça e coloca na parede, e então ele envolve seus braços em volta de mim, me puxando de volta contra ele e colocando as mãos sobre meus seios. ~ 172 ~


Então, ele está dentro de mim novamente. É diferente a partir deste ângulo, mas o prazer é forte. Eu pressiono minha testa na parede e estremeço quando seus lábios descem sobre as costas dos meus ombros, enquanto sua mão segura o meu quadril, usando ele para conduzir seus profundos impulsos. Me sinto construir de novo. Meus joelhos estão tremendo, meu corpo está tenso e eu estou chorando seu nome. Em seguida, ele fala. — Me. Dê. Um. Número. Sua voz é rouca e atada com luxúria. Tremo, mas eu ignoro. Estou tão perto. Deus, tão perto. Ele para. Eu grito. — William, por favor. — meu orgasmo morre para baixo e ele lentamente começa a se mover de novo, me construindo novamente. — Me dê um número, — ele ordena ao meu ouvido, deslizando seus dedos ao redor para beliscar um dos meus mamilos. — William, — eu imploro. — Estou perto. Ele para novamente. — Um número, ou nenhum orgasmo, — ele rosna. Eu mordo meu lábio; Eu não posso dar isso a ele. Ele empurra de novo, só que desta vez ele encontra o meu clitóris e ele aperta entre o polegar e o indicador. Eu suspiro e solto a cabeça para trás, sentindo meu cabelo cair pelas minhas costas. Ele enterra o rosto no meu pescoço e ele diz, — Você quer vir? Me dê um número. Estou tão perto de novo. Eu preciso disso. Eu preciso me sentir entrar em erupção em torno dele. Quando ele rola o meu clitóris com os dedos, eu não posso segurar. — N-n-número Doze e Um, — eu digo e então eu grito. — Oh Deus, eu vou... oh... — Sim, — ele rosna, empurrando seus quadris mais duramente. Venho tanta força que meus joelhos se dobram. William envolve seus braços em volta da minha cintura, me segurando enquanto ainda está empurrando seu pênis dentro de mim. Um instante depois, seus grunhidos estão enchendo meus ouvidos quando ele vem duro dentro ~ 173 ~


de mim, pulsando e estremecendo até que ambos estamos totalmente aliviado. Em seguida, ele puxa para fora de mim, e me gira, pressionando minhas costas contra a parede. Suas mãos sobem em cada lado do meu rosto. — Você sente isso, frumuseţe? — ele murmura, olhando para os meus lábios. — Sim, — eu respiro. Ele passa os dedos pela minha mandíbula novamente. — Vá para o seu quarto. Vou te visitar em breve. Eu tenho que lidar com isso agora. — Elas ficaram com ciúmes, — eu digo, dando a ele os meus melhores olhos suplicantes. — Você estava me dando uma parte de si que elas não estavam recebendo. Ele se inclina para perto. — Elas têm um teto sobre suas cabeças, comida na barriga e uma cama para dormir a cada noite. É mais do que jamais tiveram antes. Eu mando nesta casa; elas não. Vá para o seu quarto. Concordo com a cabeça, sabendo que nada que eu possa dizer que vai convencer ele. Ele corre o dedo para baixo e, em seguida, pega minha mandíbula. — Isso foi incrível. Eu coro e sorrio. — Tenha um bom dia, William. Ele sorri para mim e meu coração palpita. Eu vi um monte de William, mas nunca um sorriso sem rodeios. É... devastador. Ele tem covinhas. Grandes e bonitas. — Tenha um bom dia, frumuseţe.

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Capítulo Vinte e Cinco WILLIAN — Vocês escolheram apenas por si mesmas punir alguém na minha casa? — eu rosno, andando na frente de Número Um e Número Onze. Elas não dizem nada. Não há nada a dizer. — Eu pensei que você soubesse melhor até agora, Número Onze. Eu ofereci a Número Treze sua punição e ela te deixou escapar e é assim que você pagar a ela? Batendo nela? Isso é intimidação, Número Onze e eu não tolerar valentões. Você será punida por suas ações e isso vai continuar até que você aprender. Ela vira a cabeça, apertando a mandíbula. — George, — eu rosno e George aparece, com os braços cruzados. — Sim, senhor? — Número Onze deve ser tratado da mesma forma que tratou uma delas. Leve-a para o porão e dê a ela vinte chibatadas. Ela, então, vai continuar a fazer o que Número Treze mandar para a próxima semana. Se ela desobedecer a Número Treze, ela será punida muito pior. Número Onze encaixa a cabeça para cima. — Eu não vou obedecer aquela vadia. — Dê trinta chibatadas, — digo, não olhando para ela. — Você é um filho da puta! — ela grita. Eu giro para ela, atacando a frente e passando a mão em torno de seu ombro. — Eu vou continuar com estas punições, fazendo o que eu tenho que fazer até que você aprenda que não é o seu lugar, nem vai ser, colocar suas mãos em outra pessoa. Especialmente uma pessoa que tenha feito nada para merecer isso. Esse é o ato de um covarde. Ela sacode seu corpo do meu e olha para o chão novamente.

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— Número Um não bateu na Número Treze, por isso, ela receberá apenas dez chibatas por estar presente. Ela pode voltar, mas ela terá todos os deveres de cozinha hoje à noite, bem como a lavagem. Dê às meninas uma noite de folga. — Sim, senhor. Eu me viro e vou embora. Quando eu chego a porta, viro o rosto para as meninas. — Vocês vão aprender que nada fica atrás de mim nesta casa e se vocês quiserem permanecer nela, em vez da vida que vocês tinham antes disso, então vocês vão obedecer a todos os meus comandos, até o momento em que vocês possam criar suas próprias vidas. Eu sou tudo o que vocês têm agora; não se esqueçam disso.

NÚMERO TREZE — Por favor, me deixe-me, — eu grito me contorcendo enquanto seus dedos atropelam minhas coxas. — Ela está lá fora, sozinha, por favor. — Calma, não temos muito tempo antes que sua mãe esteja em casa. — Lanthie! — eu grito de debaixo dele. — Lanthie! Eu não posso ouvir ela. Eu não consigo ouvir nada, nem por um momento mais longo. Tudo o que eu posso ouvir é a sua respiração ofegante, enquanto ele tenta se esfregar contra mim, deixando ele ficar um pouco mais longe do que da última vez. Vomito sobe na minha garganta, mas é principalmente a partir do pânico. Minha irmãzinha está lá fora, sozinha, no pátio... o pátio com uma varanda que ela está sempre caindo. — Lanthie! — eu choro novamente. — Cale a boca, puta — ele assobia, batendo meu rosto para que eu pare de gritar. Lágrimas vazam dos meus olhos enquanto ele aperta a

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mão sobre a minha boca enquanto a outra mão puxa meu cabelo, fazendo com que a minha cabeça queime. Então eu o ouço. E eu nunca vou esquecer o som. Minha irmãzinha grita mais distante, até que de repente para. Então eu ouço gritos, muitos deles, gritando para chamar o 911. Eu acordo gritando, agarrando meus cobertores quando o sonho me assalta. Me lanço para fora da cama, desorientada. Eu corro em direção a nada, bato em uma parede, que rapidamente me impulsiona para trás até quando eu pouso no chão com um baque. Olhos azuis, cabelos loiros e um sorriso que iluminava o quarto. Lanthie. Minha irmãzinha. A minha irmãzinha que morreu por causa de mim. Meus gritos ficam irregulares e eu agarro o chão, balançando a cabeça de um lado para o outro enquanto minha mente gira com a lembrança da minha vida antes disso. Vejo movimentos na luz e de repente eu estou sendo escavada em um conjunto de braços fortes, duros. William. Ele me leva para o corredor rapidamente, com urgência, até que ele atinge o seu quarto, então ele me coloca para baixo e fica de joelhos na minha frente. — Silêncio, Linda. O que está errado? — Lanthie, — eu choro, — eu a matei. É tudo minha culpa. A culpa é minha. Eu não lutei bastante. Eu não o impedi. — Não, — ele diz, me puxando em seus braços e me balançando para trás e para a frente. — Ela era apenas uma garotinha, — eu lamento, sentindo meus dentes baterem juntos quando eu entro em uma fusão completa. — Não foi culpa sua. Você era apenas uma menina também. — Ela era apenas um bebê, — eu grito, socando meus pequenos punhos em seu peito. — Shhh, — ele acalma, me segurando com mais força, espremendo o ar dos meus pulmões. — Ela está m-m-m-morta por causa de mim. — Não, — ele murmura novamente. — Ela está morta porque você tinha uma mãe negligente. Ela está morta, porque você tinha um ~ 177 ~


monstro em suas vidas. Ela viveu tanto tempo por causa de você, Emelyn. Porque você a protegeu. — Como eu poderia ter esquecido dela, William? choramingo. — Mesmo por apenas um segundo.

— eu

— Você nunca se esqueceu dela, querida. Você acabou de colocála em um lugar seguro por um tempo. Lágrimas vazam dos meus olhos enquanto eu fecho meus olhos. — Me leve até ela. Me prometa que vai me levar para ela. — Eu prometo, — ele murmura em meu ouvido. — O resto das minhas memórias vai doer assim? Ele não me responde por um longo tempo. Quando ele faz, sua voz é suave. — Nada pode doer mais do que perder a única coisa que você já lutou. Eu me pressiono mais perto para ele, ouvindo seu coração batendo em meu ouvido. Ele está certo. Nada pode doer mais do que isso.

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Capítulo vinte e Seis NÚMERO TREZE Lembrar de Lanthie não ficou mais fácil a cada dia que passa, mas estou aprendendo a respirar através da dor. Eu sei que a culpa que não vai desaparecer facilmente, mas William me acalma. Ele alivia a minha dor. Ele faz com que seja melhor. Mais fácil. Cada vez que ele passa os dedos sobre o meu corpo, cada vez que ele me beija, cada vez que ele faz amor comigo, ele faz doer um pouco menos. Ele está me dando uma razão para me salvar. Número Onze tem sido minha ‘escrava’ nos últimos dias e não tem sido fácil. Eu não quero dizer a ela o que fazer, eu não quero trazer esse tipo de vergonha para ela, mas William não me deu escolha. Eu tive apenas que ela me ajudar, e, lentamente, ela parou de olhar para mim como se quisesse me bater. É meio estranho, mas eu acho que isso ajudou a construir o nosso relacionamento. — É hora de filme, — Número Sete sorri, entrando no quarto, fazendo seu mergulho à noite como habitual. Meu estômago torce com alegria e meu corpo se torna animado. Gosto de filme da noite e eu gosto dos sentimentos que vêm com ele. — Eu não posso esperar, — digo eu. — As meninas estão discutindo sobre o filme que vai ser, eu estou votando Top Gun, mas elas estão querendo Um Amor Para Recordar. — Ugh, — eu digo, amassando no meu nariz. — Já cansei de Um Amor para Recordar, eu não quero ver novamente. Isso me faz chorar. — O mesmo, — diz ela, deixando cair a toalha no banheiro e se virando. As meninas estão ficando melhor a cada dia que passa. Gastamos tempo interagindo, falando sobre a vida em geral e indo lá fora. Há um vínculo cada vez maior entre todos nós, mesmo que as coisas têm sido um pouco difíceis. William está interagindo mais com a gente e todas nós estamos nos aproximando de maneiras que eu nunca pensei ser possível. Nunca pensei que ele seria a razão pela qual eu começasse a respirar mais fácil. ~ 179 ~


— Bem, vamos começar, elas já têm a pipoca. Meu estômago resmunga e eu me levando, a seguindo para fora e para baixo pelos corredores. Quando entramos na grande sala de estar, as meninas acabaram de aperto o play no Top Gun. Eu suspiro de alívio e me sendo ao lado de Número Doze. Ela me dá um pequeno sorriso e me joga um travesseiro para colocar no meu colo. Eu me aconchego e me sinto sorrindo quando o filme começa. — Tom Cruise é tão quente, — Número Dois suspira. Eu enrugo meu nariz. — Neste filme ele é, eu não estou tão certa sobre quaisquer outros. Ela ri. — Ele tem esse olhar, você sabe... — Que olhar? — O olhar ‘você quer gostar ou odiar’. Concordo com a cabeça. — Isso é verdade. Estou em cima do muro. Ela ri e pega um punhado de pipoca. Ela me passa a travessa e eu tomo um punhado antes de passar. — Top Gun? Todas nós ouvimos a voz de William e nos viramos para ver ele encostado no batente da porta, olhando para nós. Ele está usando um par de calças leves de exercícios cinza e uma camiseta preta justa que gruda no peito de uma forma que define todos os seus músculos. Seu cabelo longo e grosso está amarrado em seu pescoço, nos mostrando a perfeição de seu queixo. — Vai se juntar a nós? — Número Quatro pergunta, seus olhos esperançosos. — Oh, não, eu estava só de passagem, — diz ele, acenando com a mão. — Por favor, Mestre William? — Número Nove implora. — William, — ele a corrige. Ele alcança o meu olhar e eu coro, mas eu dou a ele a melhor expressão de esperança que eu posso reunir. Um pequeno sorriso puxa seus lábios e ele suspira. — Acho que meus planos podem esperar. ~ 180 ~


As garotas dão risadinhas quando ele entra e se senta entra a Número Doze eu. Ele se inclina para trás, e, em seguida pega a travessa a toma um punhado de pipoca. — Eu costumava adorar este filme, — diz ele. — Costumava? — Número Dez pergunta. Ele ri. — Eu ainda gosto, só faz um tempo. As meninas, todas parecem se contentar em sua presença, e eu não posso deixo de sorrir quando ele pega a minha mão e puxa em seu colo. Número Doze olha, mas ela não diz nada. É bom ter ele aqui e ninguém vai estragar isso.

Eu puxo a lâmina para baixo sobre a minha pele, querendo que tudo termine. Tudo o que eu posso ver é o rosto de Lanthie a última vez que a vi. Ela estava sorrindo; seus lindos cachos loiros saltando ao redor seu pequeno rosto. Ela era tão inocente, tão livre. Eu pressiono a lâmina com mais força, até que o sangue vem derramando. É a única maneira de aliviar a dor. Eu não posso ver seu rosto todas as noites quando eu durmo. Isso está me destruindo. Eu fecho meus olhos e me enrolo em uma bola. Piscinas de sangue estão em todo o meu rosto em minhas mãos e eu sinto a dor queimando em meus pulsos quando o meu corpo se torna leve e minha mente começa a desligar. Esta é a melhor maneira; é o único caminho. Ninguém pode me ferir se eu não estiver aqui. — Emelyn! Eu ouço a voz da minha mãe, mas eu não respondo. Ela vai tentar me salvar, tentar dizer que a culpa é dela e não minha. Ela está errada... A é minha culpa que eu deveria ter lutado mais, deveria ter tentado vencer ele. Ela não pode me salvar agora... Eu não quero ser salva. ~ 181 ~


Eu acordo com lágrimas nos olhos; meu corpo está coberto por uma fina camada de suor. Os sonhos não estão ficando mais fáceis à medida que os dias passam. Quanto mais eu durmo, mais eu me lembro. Eu não quero me lembrar, eu estou cansada de re-viver um passado que só vai assombrar para o resto da minha vida. Isso não é como eu quero viver agora, William está me ensinando isso. Eu jogo minhas pernas para fora da cama, tomo a decisão de ir até ele. Às vezes, durante a noite, ele me deixa enrolar ao lado dele e adormecer. Eu comecei a implorar pelo conforto. Eu vou na ponta dos pés para o corredor e viro para a esquerda, em direção a sala de William. Eu paro em um canto quando eu vejo ele com a Número Dez. Ela está chorando e sua mão está descansando em seu ombro. Eu paro e passo para trás, ouvindo ele falar com ela. — Seu passado não define você, Número Dez. Só você pode escolher o que você faz. Ele não pode te ferir aqui, ninguém pode. — Eu me sinto tão suja, — ela chora. — Não importa o que eu faço, eu não posso levar as memórias para longe. — Mas você pode ser mais forte do que elas, — ele insiste. — Eu não sei como, William. — Com força, com convicção, com confiança. Você vai aprender a aceitar o que aconteceu em seu passado e você vai aprender a lutar pelo passado, para se tornar uma pessoa melhor. Aquela garota, ela não é mais você. — Obrigada, — ela murmura, levantando a lágrima em seu rosto para olhar para ele. Ele acaricia seu rosto. — Estou aqui para apoiar a todas vocês, se você me der a sua confiança, eu não vou deixar você para baixo. Meu peito se enche de uma emoção tão intensa, minha garganta se torna apertada. Ele está ajudando ela a acreditar que ela é mais do que o seu passado. Ele está ensinando a ela que ela é forte o suficiente para vencer ele. Eu adoro ele por isso. Ele se vira e me vê de pé no corredor e seus olhos amolecem. — Número Treze, — diz ele, em voz baixa. — Você está bem? — Eu só... Eu tive um sonho ruim e eu estava dando uma volta.

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Ele sorri. — Você sabe, Número Dez teve um sonho ruim, também. Talvez vocês meninas gostariam de se juntar a mim na varanda para um chá? Eu adoro ele ainda mais. — Eu gosto dessa ideia, — eu sorrio. — Eu também, — Número Dez sussurra, sorrindo fracamente para mim. William se aproxima, pegando a minha mão e correndo o polegar sobre a palma da mão. Ele olha para mim, me dando uma profunda e longa olhada. Então ele se vira e oferece a mão para Número Dez. Ela toma e saímos para a varanda para um chá. Ele está fazendo tudo melhor, um passo de cada vez.

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Capítulo vinte e Sete NÚMERO TREZE — Mestre William está fora hoje, mas você é mais que bem-vinda para aproveitar o dia com as outras meninas, — diz Bill, enquanto caminhamos pelos corredores poucos dias depois de William e eu passarmos a noite conversando na varanda com a Número Dez. — Obrigada. — eu sorrio fracamente. — Eu vou fazer isso. Eu tive uma noite longa e horrível e minhas emoções estão à flor da pele. Eu continuo sonhando com Lanthie e ao mesmo tempo a cada dia eu aprendo a aceitar mais, eu ainda luto para lidar com o que aconteceu. Hoje, eu não sinto vontade de falar com ninguém. Eu só quero Lanthie, ficar sozinha, então eu vou para o único lugar que eu sei que eu posso ter a minha paz - a biblioteca. William e eu passamos muito tempo juntos nesse espaço acolhedor. É o nosso espaço. O único lugar onde podemos ser apenas William e Emelyn. Ele me conta sobre sua vida e ali, ele sorri para mim. Realmente sorri. Impressionante sorriso. Sorriso que transformam seu rosto. Quando eu chego à biblioteca eu entrar, eu paro. Benjamin está sentado no sofá, lendo um livro, uma longa perna cruzada sobre a outra. Seu cabelo bagunçado está enrolando em torno de suas orelhas e ele está vestindo roupas de ginástica; uma camiseta, calças que fazem coisas realmente grandes para as pernas e tênis. Ele me ouve quando eu tento me esgueirar de volta para fora e ele levanta a cabeça. — Emelyn. — ele sorri, grande e brilhante. Ele sempre parece feliz em me ver. Eu não estou realmente certa porquê, nós realmente não nos conhecemos, mas seu rosto se ilumina quando estou na sala. — Sinto muito, — eu digo, me virando, mas dando a ele um pequeno sorriso. — Eu não sabia que havia alguém aqui. Ele ri, encolhendo os ombros. — Está tudo bem, querida. Venha, se sente – eu vou ser bonzinho. Eu me mexo nervosamente. — William sabe que você está aqui? Ele balança a cabeça. — George sabe que estou aqui. Vou ver Will quando ele voltar. Me faça companhia enquanto eu espero. ~ 184 ~


Hesito. William não gostaria de me passar um tempo com Ben, tenho quase certeza disso, mas eu me vejo andando em direção a ele de qualquer maneira. Ele percebe minha expressão cautelosa e ri, batendo no assento ao lado dele. — Eu juro, eu não vou morder. Eu sorrio fracamente e me sento ao lado dele. Ele sorri e me mostra o livro que ele está segurando. Ele está lendo To Kill A Mockingbird. É um livro que eu me encontro de ler. Fiquei fascinada com o brilho da escrita e da história. Vendo Ben ler faz meu peito inchar com a felicidade e um certo sentimento de parentesco. Eu mudo para mais perto dele. — Você gostou? — Atticus é uma lenda. — ele sorri. Eu rio baixinho. — Você sabe, ele se tornou um personagem muito conhecido. Ele pisca para mim. — Eu posso ver o porquê. — Então, por que está aqui na biblioteca de William? Ele mantém os olhos no meu rosto. — Eu gosto daqui. Eu sempre fui fascinado por sua coleção de livros. A maioria das pessoas tem um ou dois. Ele só tem um pouco de tudo. — Ele é bastante complexo, — eu digo, olhando ao redor do belo espaço. — De fato. Então me diga sobre você, Emelyn? Eu endureço e ele percebe, ele não diz nada. — Não há realmente nada a dizer. Ele inclina a cabeça para o lado, me prendendo com aquele olhar intenso e azul. Ele é tão parecido com William, mas tão completamente diferente. — Eu acho isso difícil de acreditar. E a sua família? Se ele não me notar endurecer desta vez, há algo de errado com ele. Ele coloca a mão no meu braço. — Eu disse alguma coisa errada? Eu me sinto como se uma protuberância se formasse e se alojasse na garganta. Me lembro de Lanthie, a única família que eu já tive e as lágrimas vêm nos meus olhos. Eu realmente só queria passar um dia sem sentir a culpa avassaladora que consome meu corpo diariamente. ~ 185 ~


— Merda, Emelyn, eu sinto muito. Eu balanço a cabeça de um lado para o outro, mas eu não posso parar as lágrimas de caírem. Ben pega uma com o seu dedo e me vira para encarar ele. Seu rosto está cheio de preocupação. — Eu tenho te chateado. — Não é culpa sua, — eu consigo sussurrar. — É só que... Eu... — O que é isso? — diz ele, pegando uma das minhas mãos. Seu conforto é bom. Ele me aquece de dentro para fora. — Você pode falar comigo, ou podemos falar de outra coisa. Só não chore. Eu odiaria se eu for a razão para suas lágrimas. A vontade de falar com ele é algo que eu não tenha experimentado quando penso em Lanthie. Acho que dizer a um estranho parece ser a melhor maneira de continuar lutando. Eles são menos críticos e muito mais compreensivos. As pessoas sempre são se elas não te conhecem. Eu queria dizer a William sobre meus sentimentos, mas eu sinto que ele já sabe tanto sobre mim que ele simplesmente não vai entender. Então, eu me viro para Ben. — Eu estou apenas lutando com a morte de um membro da família agora e apesar de ter acontecido há um tempo atrás, isso está me incomodando ultimamente. Ele inclina a cabeça para o lado e me observa. — Você quer me contar sobre isso? Lágrimas picam em meus olhos novamente e ele suaviza o polegar sobre a mão que ele tem descansando na sua. — Eu não tive uma ótima educação. Minha mãe era pobre e sempre fazendo drogas. Ela nunca prestou atenção a minha irmã, Lanthie, e eu fui tudo que Lanthie tinha, ela tinha apenas três anos quando ela morreu e eu sinto que é em parte culpa minha. Eu estava... apanhada quando aconteceu. Eu não podia chegar até ela, mesmo que eu tentasse. Ela subiu na nossa varanda e caiu para sua morte. Eu não podia chegar até ela, Ben... Eu... Minha voz falha e eu começo a soluçar. Ele envolve seus braços em volta de mim e me puxa para perto dele, me acalmando. — Isso não é culpa sua, Emelyn. As coisas acontecem na vida, às vezes não podemos controlar, você não poderia impedir ela de subir nessa varanda. Não era seu dever, era sua mãe. — Era o meu dever, — eu choro. — Eu sabia que mamãe não podia fazer isso. ~ 186 ~


— Você propositadamente se permitiu estar ocupada? Eu tremo só de pensar nele me segurando para baixo. Meu corpo treme. — Não, — eu sussurro, em tom quebrado, irregular. — Então, como poderia possivelmente ser culpa sua? — Eu deveria ter lutado mais. Eu deveria ter feito tudo o que podia... Eu deveria ter... Ele pressiona um dedo em meus lábios. — Você poderia ter feito de tudo, você poderia ter lutado com tudo o que você é e ela ainda poderia ter caído. Ou você poderia ter salvado ela e ela poderia não escapar um dia, quando você não estivesse lá. Não é culpa sua, meu anjo; você tem que acreditar nisso. — Ela era apenas uma menininha. Ela buscava tudo em mim. — E você não a decepcionou, — ele sussurra. Ele me puxa para seus braços, acariciando a mão pelo meu cabelo. Ele apenas me mantém lá por um tempo, nenhum de nós falamos. É bom sentir que alguém se importa, só por um segundo. — Obrigada, Ben, — eu sussurro, finalmente. — Às vezes eu sinto que eu não posso falar com ninguém. Há tanta coisa que eu tenho que manter dentro, porque eu tenho muito medo de me deixar abrir para alguém. Eu sinto que eu não tenho ninguém em quem confio. Então, obrigada por simplesmente me deixar falar. — Eu estou sempre aqui para conversar, Emelyn. Você apenas tem que perguntar. — Benjamin. Eu ouço o som alto, exigente e eu saio dos braços de Ben ao ver William de pé na porta. Meu coração pula em minha garganta enquanto eu considero o quão ruim a situação deve parecer. Um, eu estou nos braços de Ben, e dois, eu só confidenciei um pedaço de mim para ele, facilmente. William não olha para mim quando ele entra, de pé na frente de nós. Ben está de pé, sorrindo como se nada tivesse acontecido. — Eu só passei para ver como você estava, mas George disse que você estava fora. Eu estava esperando aqui por você quando Emelyn chegou. — Eu posso ver isso, — William irrita fora. — Vá ao meu escritório, vamos conversar lá. ~ 187 ~


Ben concorda e se vira para mim. — A qualquer hora, Emelyn. Lembra-se? — Obrigada, — eu sussurro, olhando para os meus pés. Ouço Ben dar licença e eu lentamente viro para William. Ele não está olhando para mim; ele está olhando por cima em uma das prateleiras, sua expressão vazia. Ele é louco, eu sei que ele estaria e eu entendo, mas ele entendo que isso não significava nada. Eu não tenho sentimentos por Ben. Eu só estava procurando um amigo. Eu não sinto que eu posso procurar isso em William por causa da situação em que estamos. — William? — eu sussurro. — Ele parece bom para você dar a ele essa parte de si mesma, Número Treze? Meu peito aperta com a frieza em seu tom. — Eu não... Ele gira em direção a mim, seus olhos se estreitando com algo mais do que raiva. Seus ombros largos se movem com cada respiração ofegante que ele toma. — Você tocou ele. — Ele estava só... — Você estava em seus braços. — Não foi... — Você confiou nele. — William, por favor... — Você é minha, — ele late. Eu paro de falar e envolvo meus braços em volta de mim. — Você se sente traído, eu entendo isso, mas você está exagerando... — Traído, — ele se encaixa. — Me sinto mais do que traído. Eu fiz tudo o que pude para você, Número Treze, levei muito tempo para você finalmente se dar para mim, e você se dá a ele em um minuto, como se você o conhecesse a vida toda. — Você está lendo errado. ~ 188 ~


— Como é que eu deveria ler, então? — ele sussurra, sua voz a ponto de tremer de raiva. — O que você acha que ele faria por você que eu não poderia? Você acha que ele iria corrigir isso? Que ele iria fazer isso melhor? Você acha que eu não posso te dar esse conforto? Se você estava machucada, então você deveria ter vindo para mim. — Eu não estava fazendo nada de errado, — eu choro. — Eu entendo que você está magoado, mas eu não estava quebrando as regras. Ele balança a cabeça, em seguida, ele levanta algo do bolso. Eu reconheço como um telefone. Ele abre e pressiona ao ouvido. — George, — ele ordena. — Biblioteca, agora. Eu sinto meu corpo se apreender e eu viro o meu olhar para ele. — O que você está fazendo? Ele não me responde; ele apenas olha para o nada. George entra na sala um momento depois e para na porta. — Sim, senhor. — Leve Número Treze. Ela vai ser acorrentada no porão. Ela vai perder os frutos hoje. Ela vai se sentar até que ela admita o que ela fez. Não alimente ela. Não dê água. Apague as luzes. Se ela insistir em afirmar que ela se sente sozinha, então vamos deixar ela sentir exatamente isso. Sozinha. — O quê? — eu choro, balançando a cabeça. — William, eu não fiz nada de errado. — Leve ela, agora, — William rosna. — Você está me punindo? — eu grito, empurrando quando George leva meus braços. — Pelo quê? Por ter um amigo? Isso é sobre o que? — É por causa de tudo o que nós compartilhamos que eu estou fazendo isso, — ele ruge. — Você está com ciúmes, — eu abaixo o tom. — Você está com ciúmes porque eu falei com ele. Você está com ciúmes porque você se sente traído. Puna a si mesmo, seu filho da puta! " — Leve ela agora, George. — Como você pode? — eu grito quando George me arrasta para fora da sala. — Como você pode?

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Ele não me responde, mas meu coração está quebrado. Ele está me castigando. Eu pensei que nós compartilhamos algo especial; Eu pensei que tinha algo que ia além do que ele teve com todas aos outras, mas eu estava errada. Quando as coisas vão para baixo com ele, eu ainda sou apenas um número. Um número vazio, sem sentido.

É tão escuro aqui e agora a noite caiu e a casa continua quieta. Eu não posso ouvir nada além do som da minha própria respiração. Ele me deixou aqui. Ele me mandou aqui, não me dando a chance de explicar. Ele estava puto; eu entendo isso. Se ele me ouviu, então ele teria achado errado. Eu sei que eu me abri para Ben por um momento, mas o que ele esperava? Ele está me machucou, ele manteve as coisas de mim, ele me puniu. Eu fecho meus olhos, tentando deixar o sono me levar, mas não há nenhuma esperança. Eu não posso cair quando estou acorrentada a essa parede. Se eu tivesse feito algo errado, eu poderia admitir e pedir desculpas, mas eu não fiz. Isso é uma merda. Conversei com um amigo; me deixei doer por um pequeno momento, mas isso não é um crime. Eu não vou chorar sobre isso, no entanto. Eu não posso. Eu estou nadando com tantas emoções que chorar só vai me fazer quebrar mais. Eu penduro minha cabeça, e, eventualmente, eu divago.

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Capítulo Vinte e Oito WILLIAN Eu ando pela sala, meu peito apertado com raiva. Se eu estou sendo honesto comigo mesmo, eu vou admitir que é mais do que dor. Eu me sinto traído. Ela deu a Benjamin um pedaço de si mesma. Ela deixou ele abraçá-la. Eu trabalhei duro para esse tipo de confiança. Eu trabalhei duro para mostrar a ela que as pessoas boas são recompensados e as más são punidas e ele simplesmente entra e ela dá tudo? Dói. Corro os dedos pelo meu cabelo, rosnando. Eu fiz a coisa certa a castigá-la; eu fiz. Ela precisa entender que eu sou a única pessoa que ela pode recorrer. Ela precisa entender que posso ser tudo pra ela. Se abriu a um estranho e ela o deixou ajudá-la quando ela não me deixou. Esta é a minha casa; ela sabe como eu sou protetor sobre as meninas. Com ela. Ela não tinha o direito de... Meu corpo enrijece. Minha mente gira. Eu caio de joelhos agarrando minha cabeça. Ela não tinha o direito a quê? Ter um amigo? Expressar sua dor interior? Eu estou punindo ela por sentir. Que tipo de pessoa faz isso? Eu estou errado. Eu sei que eu estou. Estou tentando de tudo para me convencer de que eu não estou, mas eu estou. Estou sendo uma coisa que eu nunca quis ser - um valentão. Eu a coloquei lá em baixo e passei por seus sentimentos e só pensei em minha mesmo. Eu me empurro para os meus pés, meu coração correndo. A deixei para baixo. Eu cometi um erro. Eu corro da sala;

NÚMERO TREZE ~ 191 ~


Sinto as mãos sobre as minhas, me libertando. Então eu estou sendo erguida em um conjunto rígido de braços. Eu pisco acordada e inalo e imediatamente eu sei com quem estou. Ele veio para mim. Algo incha no meu peito; eu não sei o que é, mas é forte. Eu o sinto tomando as medidas rapidamente antes de correr pelos corredores. Eu tento vêlo, mas a luz é muito brilhante e meus olhos ardem quando eu tento abrir. — William? — eu sussurro. — Eu sinto muito, Emelyn, — ele murmura. Ele me leva para o banheiro e gentilmente me abaixa no chão. Eu ouço o som da água correndo e eu finalmente consigo focar minha visão o suficiente para ver ele sentado ao lado da banheira, apenas olhando para a água. Ele tem vergonha de si mesmo; eu posso ver isso em sua expressão. Sua mandíbula está apertada, suas mãos estão cerradas, e seu corpo está rígido. Eu me empurro para meus joelhos e eu me arrasto para ele. Eu coloco a minha mão na sua perna e ele recua. Eu não sei o que eu posso dizer a ele, porque eu estou machucada também. Estou magoada porque ele tão facilmente me empurrou para longe, mas, ao mesmo tempo, eu estou tão cheia de emoção, porque ele voltou para mim. Ele parou o meu castigo; ele foi contra tudo o que sabe, porque ele sabe que ele fez de errado. Isso é algo que um homem como William não faz facilmente. Então eu sei o que ele está fazendo. — Está tudo bem, — eu sussurro. — Eu cometi um erro, — diz ele, com a voz vazia. — Eu também. Ele se vira para mim, sua expressão feroz. — Você confiou em alguém, você tinha todo o direito de fazer isso. Eu não tinha o direito de te punir por isso. — Você cometeu um erro, William. — Eu estraguei tudo, — ele grita, agarrando os lados de sua cabeça. — Estou aqui para fazer uma coisa e eu falhei. Me levanto de joelhos, chegando a seu rosto. — Você não falhou. ~ 192 ~


Ele olha para mim, acariciando um dedo sobre meu rosto. — Eu sinto muito. Eu estico até ele, pressionando meus lábios contra os dele. Ele faz um som estrangulado e coloca as mãos em cada lado do meu rosto, aprofundando o beijo. Então ele puxa para trás e para a água corrente e começa a tirar minhas roupas. Eu deixo. Eu sei que ele precisa disso. Quanto mais eu penso sobre isso, eu ainda acho que preciso disso. Minhas calças vão junto e então eu estou sendo levantada nos braços e rebaixada para a água de cheiro doce quente. O calor me rodeia e me encontro gemendo quando o meu corpo dolorido de repente se acalma. William fica de frente e ele pressiona um pano quente contra a minha pele, esfregando para cima e para baixo. Eu gemo de prazer e fecho os olhos, curtindo o momento. Ele lava a minha volta, então se move até o pescoço antes de deslizar em torno da frente para os meus seios. Ele massageia um sabonete com aroma de baunilha na minha pele. Me viro para ele, encontrando seu olhar. — Por favor, entre em comigo. Ele balança a cabeça, continuando a limpar e acariciar-me. — William, — eu respiro. — Por favor. — Silêncio, — ele murmura. Ele corre o pano sobre os meus seios novamente antes de deslizar para baixo entre as minhas pernas. Prazer faísca através de mim e eu me encontro espalhando minhas coxas. Ele levanta os olhos para mim, um pouco chocado, mas também completamente excitado. Seus lábios partem um pouco e seu olhar percorre a minhas coxas separadas. Eu assumo um risco e pego sua mão, deslizando os dedos entre minhas pernas. A água quente que flui ao redor do meu sexo só aumenta a minha excitação. — Al naibii de perfecta, — ele diz. — O-o-o que é isso? — eu choramingo enquanto seus dedos deslizam pela minha carne. — Tão fodidamente perfeita. — Quero dizer a língua, — eu suspiro quando ele insere um dedo no meu sexo. — Romeno, — ele rosna. ~ 193 ~


Oh. Isso explica seus deslumbrantes olhares escuros. — William, — eu choramingo quando ele arrasta o dedo para fora e, em seguida, desliza para dentro. Ele se inclina, pressionando seus lábios aos meus lóbulos da orelha e delicadamente chupa. — Baby, — ele murmura. Baby. Meu coração palpita. Seus dedos inclinam para cima, encontram esse ponto doce e meu corpo arqueja para fora da água enquanto ele corre dos dedos sobre os meus nervos sensíveis. Eu aperto em torno de seus dedos, me sentindo subindo mais e mais em direção a libertação. Quando o polegar encontra o meu clitóris e ele esfrega gentilmente, eu explodo. Meu corpo desliza para baixo na água e sua mão ataca para me segurar quando eu grito seu nome e tremo até que todo o prazer foi arrancado de mim. Então estou nos braços de William. Ele me levanta da banheira e envolve uma toalha em volta de mim antes de nos levar para a sua cama. O colchão é macio e quente nas minhas costas quando ele me coloca lá. Ele abre a toalha, olhando para mim, seus olhos cheios de desejo e poder. Ele corre um dedo na minha barriga e gentilmente esfrega meu clitóris ainda sensível, em seguida, olha para mim. — Venha para mim, — eu sussurro. — Me deixe sentir você. Ele hesita um instante, mas ele sobe na cama e se posiciona ao meu lado. Eu rolo para o meu lado, pressionando meus seios contra o peito dele, quando me aproximo dele, corro os dedos para cima e para baixo de suas costas. Eu tomo posse de sua camisa e ele me deixa puxá-la sobre sua cabeça. Ele descarta a calça rapidamente e então ele fica ao meu lado novamente. Eu me inclino para frente, pressionando meu rosto contra seu peito e inalando. Eu nunca quero esquecer como ele cheira. Eu coloco a minha mão no seu lado e eu movo para baixo. Eu alcanço os quadris e eu deslizo meus dedos sobre sua pele, amando quão suave é. Eu posso sentir ele, duro e pulsante contra a minha barriga. Eu quero dar algo. Eu quero provar ele. Eu lambo meus lábios e olho para ele. Ele está me observando, sua expressão tensa de desejo. Decido aproveitar a oportunidade e eu abaixo lentamente meu corpo. ~ 194 ~


— Emelyn, — ele diz. — Eu quero, — eu respiro, pressionando um beijo em seu estômago, desfrutando de como seus músculos endurecem contra os meus lábios. Então eu abaixo mais. Eu sinto a sua ereção contra minha bochecha e todo o meu corpo estremece. Eu viro minha cabeça, sentindo a pele macia contra a minha. É bom. Eu levanto minha mão e enrolo em torno do comprimento duro, latejante. Ele geme e eu não posso ajudar o sorriso bobo que aparece no meu rosto. Eu abaixo a cabeça, serpenteando a língua para fora e passando sobre a coroa. Ele solta uma respiração e irregular e suas mãos ficam em punhos nos lençóis ao lado dele. — Emelyn, — ele resmunga. Eu separo meus lábios e deslizo minha boca sobre ele. Seus quadris se movem e sua respiração se torna mais irregular. Meu coração acelera quando eu deslizo minha boca para cima e para baixo, não inteiramente certa do que estou fazendo. Chego a mão para cima e eu envolvo em torno da base, acariciando delicadamente, mas com firmeza. A partir dos sons que saem da boca de William, eu acho que estou fazendo a coisa certa. Então eu continuo indo. Seus dedos vêm para cima e enrola no meu cabelo, usando ele para controlar a minha sucção. Minha virilha aperta enquanto eu continuo a trabalhar nele, revestindo ele em minha saliva. Me atrevo a ser diferente e escorrego minha mão para baixo para seu pesado saco macio sob seu pênis. No momento em que dou um pequeno aperto, o seu corpo endurece e ele fole meu nome. — Emelyn, — ele resmunga. — Pare, baby, eu vou... oh, Deus... vir... Suas palavras me faz tremer de necessidade e eu sei que eu não quero me afastar. Quero sentir ele; quero sentir o gosto dele. Eu mantenho a sucção, continuo jogando com a minha mão e mantenho apertando seu eixo. Ele arqueia e seus gemidos se tornam gutural quando eu o sento a começar a apertar na minha boca. Todo o seu pau treme e então, segundos depois, ele explode. Ele vem em minha língua em um jorro duro. Eu engulo para baixo, gemendo de satisfação completa enquanto ele continua a liberar. Seus grunhidos de prazer são o suficiente para me fazer querer fazer ~ 195 ~


isso para sempre e nunca parar. Ele gentilmente desliza da minha boca e me leva debaixo dos braços, me puxando para cima e sobre o seu corpo. Minha cara enterra em seu pescoço e eu o respiro para dentro. Ele acaricia os dedos sobre o meu cabelo. — Eu não posso começar a dizer o quanto estou triste, Emelyn. Eu fecho meus olhos, me aninho mais. — Está tudo bem, — eu sussurro. — Você cometeu um erro William e você aceitou. Está tudo bem. — Eu deixei meu ciúme tirar o melhor de mim. Eu agi antes de pensar. Eu estava errado, Linda... Eu beijo seu pescoço e ele treme. — Acabou. Ele faz um som estrondoso que eu sinto irradiar pelo meu corpo. Então, ele continua a acariciar meus cabelos por um longo minuto antes de murmurar, — Você precisa ir e descansar um pouco. Concordo com a cabeça contra seu peito. — Sim, senhor. Ele ri baixinho e me ajuda a sair da cama. Nós nos vestimos juntos, apenas observando um ao outro. Quando eu chego a sua porta, ele se inclina e me beija suavemente antes de me observar desaparecer pelo corredor. Se eu não fosse apenas um número, se eu não fosse apenas uma garota quebrada, se eu não estivesse presa por minhas próprias memórias, eu diria que naquele momento foi tão... Normal.

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Capítulo vinte e Nove NÚMERO TREZE — Quanto tempo você acha que ele vai nos manter aqui? — Número Doze pergunta à medida que caminhamos para o corredor na manhã seguinte, nossos braços cheios de roupas para lavar. — Eu realmente não sei. Eu nem acho que ele sabe. Ele nos tem aqui por alguma razão, mas eu não tenho certeza se nos deixar ir é grande em sua lista no momento. — Certamente, ele não pode ter acabado de roubar treze meninas. Onde é que ele nos leva? Você acha que nós temos famílias à procura de nós? Eu balanço minha cabeça. — Não, honestamente não. Acho que William nos salvou de alguma forma. — Talvez, — diz ela. Nós dobramos a esquina e paramos quando vemos o pai de William, Peter. Ele está de pé contra a parede, olhando para nós com uma expressão dura no rosto. Ele aperta os olhos e olha para as nossas mãos por um minuto antes de voltar seu olhar para nossos rostos. Ele nos ouviu? Meu coração começa acorrer. Se ele soubesse o que William estava fazendo ali, ele iria fazer de sua vida um inferno. — Peter, — eu digo, me endireitando. — William sabe que você está aqui? Ele aperta os olhos de novo. Algo não está certo. — Qual é o seu nome, menina? Eu fico olhando para número doze e ela está olhando para o chão, nervosamente. — Emelyn, — eu digo, tão firmemente como eu posso. — E você? — ele rosna. Número Doze não responde. Suas mãos começam a tremer e eu sei que ela está nervosa.

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— O nome dela é Samantha, — eu minto. — Por que vocês têm números tatuados em suas mãos? Eu sinto meu coração começar a bater forte. Ele deve ter nos ouvido. É a única razão pela qual ele iria pedir tantas perguntas. Eu me sinto mal ao meu estômago enquanto eu tento arduamente chegar a uma explicação para os números em nossas mãos. Surpreendentemente, ele é a Número Doze que fala. — Foi uma brincadeira boba quando éramos mais jovens. Peter olha para ela, em seguida, volta para mim e de volta para ela antes de murmurar, — Seja como for, onde está William? Minha respiração sai da minha boca em um assobio. Ele não sabe. Ele faria mais uma cena se ele suspeitasse. — Ele está em seu escritório. Ele passa por nós sem responder. Eu deixo meus ombros caírem e eu me viro para o Número Doze. — Você está bem? Ela acena com a cabeça. — Você acha que ele nos ouviu? Eu suspiro e balanço a cabeça. — Eu não sei. — Emelyn! Eu ouço a voz de Ben e eu giro ao redor para ver ele caminhando pelo corredor, um enorme sorriso no rosto. Eu não posso deixar de sorrir para ele. Ele para na frente de nós, sorrindo, com o rosto sempre uma máscara de felicidade. — Como vai você, meu anjo? Eu respondo. — Estou bem, Ben, obrigada. Ele vira os olhos para o Número Doze e eles visivelmente amolecem. — E quem é esta garota encantadora? Me viro para Número Doze para ver ela parecendo em choque. Ela deve saber que ele se parece exatamente com William; ela obviamente nunca prestou atenção no jantar. Suas mãos estão tremendo e suas bochechas estão rosada, enquanto ela entra. Ele sorri para ela, claramente lisonjeado. — Você tem um nome, linda?

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Seu rosto cora ainda mais e ela pisca para ele. — Ah, S-SSamantha, — diz ela, copiando o nome que eu dei ao pai deles. — Sam, — ele ronrona. — Lindo. Eu sou Ben, irmão de William. Gêmeo, no caso de você não perceber. Ela acena com a cabeça, colocando uma mecha de seu cabelo vermelho-escuro atrás das orelhas. Ben pisca para ela e eu quase posso sentir a tensão sexual no ar. — De qualquer forma, eu gostaria de ficar com as garotas e conversar, mas eu tenho que fazer algum negócio. Talvez mais tarde? — Mais tarde, Ben. — eu sorrio. — T-t-tchau, — sussurra Número Doze. Ele sorri para ela uma última vez, antes de desaparecer na esquina. Me viro para ela, incapaz de parar a risadinha vinda da minha garganta. — Você deveria ter visto seu rosto. — Você nunca me disse que William tinha um irmão gêmeo. — Eu não sabia que você queria saber. Ela solta. — Eu queria saber. Eu sorrio e dobra o braço no dela. — Bem, agora você sabe.

— Você está doente, — William murmura, acariciando meu cabelo úmido da minha testa. — Só um resfriado, — eu coaxo. Minha cabeça está latejando. Meu corpo inteiro está tremendo e eu me sinto tão mal. Eu só quero me enrolar e morrer, mas eu não quero que William se preocupe. — Isso é uma mentira, — diz ele, de pé em frente e puxando o seu telefone. ~ 199 ~


Um momento depois, ele está ordenando a alguém para trazer sopa, analgésicos e água. Ele se vira para mim e aperta as costas da mãos no meu rosto. Franzindo a testa, ele puxa meus cobertores de volta. — William, — eu gemo. — Você tem uma febre, você não deve esquentar mais, isso irá ficar pior. — Mas... — eu começo. Ele põe a mão. — Confie em mim, Linda. Eu vou ter certeza que você está bem. Eu ouço uma batida suave na porta e levanto a cabeça do travesseiro macio para ver Número Um entrando na sala. Ela olha para mim, me dá um sorriso fraco e depois coloca uma bandeja para baixo. — George me disse para trazer estes, — ela diz rapidamente. — Obrigado, Número Um. William não olha para ela quando ele fala, mas ele sorri. Ela acena com a cabeça e sai da sala. William abre a bandeja e traz um prato de sopa, sentado ao lado da cama. Dou a ele um sorriso vacilante. Parece estranho que alguém como William iria se abrir assim para mim, me permitindo ver o lado delicado que está dentro. — Canja de galinha? Ele me pisca um sorriso de cair calcinha. Mesmo doente, eu quero me aproximar e beijar ele. — Eu gosto de sopa. — Sopa de galinha? Seu sorriso se torna maior. — Bem, esta semana foi a sua semana de sorte. — E agora você vai dar isso para mim? — eu rio baixinho. — Você está doente. Deixe-me ajudar. Eu sorrio, sentindo meus olhos arderem. — Eu não acho que alguém tenha tomado conta de mim. Seus olhos amolecem e ele acaricia minha bochecha antes de pegar uma colher de sopa e colocar em minha boca. É salgado, e ~ 200 ~


quente, e tem um gosto divino. Eu gemo quando isso queima na minha garganta, mas um momento depois que eu sinto as dores no meu corpo facilitar. — Depois disso, tome um banho e depois durma. É a melhor coisa que você pode fazer. Eu aceno, cansada demais para discutir. William termina de me alimentar e me ajuda com o chuveiro e então ele me diz que ele tem que ir e passar o tempo com as outras meninas. Isso me aquece e eu não posso ajudar, mas o amor que ele está tendo com as meninas me aquece. Ele precisa construir algo com elas, algo que lhes dê um motivo para vê-lo por outra coisa que não um monstro. Com um beijo na minha cabeça, ele sai para ir fazer exatamente isso.

Eu olho para fora da janela, sorrindo, sentindo minha pele formigar enquanto observo William em um jogo de voleibol no quintal. Todas as meninas estão lá fora e todas elas estão participando, rindo enquanto eles jogam. Isso não começou assim. Quando ele as levou lá fora, elas estavam hesitantes. Elas ficaram para trás, observando, cuidadosamente tocando, mas sem se divertir. Então, lentamente, ele conseguiu persuadi-las. Agora elas estão todas rindo e se divertindo, assim como ele. Ele está usando um par de velhas calças de correr desbotadas e uma camiseta. Ele parece normal, apenas um homem que aprecia a companhia de alguns amigos. Elas estão saboreando ele, claramente gostando de ser capazes de passar tempo com ele. Eu não posso culpálas. Quando você conhece o interior de William, ele é incrível. Ele é tão complicado e ainda totalmente amoroso e carinhoso. Eu estou sorrindo, apenas olhando para fora da janela, no alto de analgésicos. Eu não noto eles vindo, de repente, lá estão eles. Policiais. Um monte deles.

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Eu derrapo da minha cadeira e pressiono meu rosto contra o vidro e vejo os portões abrirem e seis carros derraparem até parar. As garotas se amontoam quando elas olham com rostos pálidos para a polícia saindo dos carros. William anda para a frente, os policiais latem algo para ele, ele balança a cabeça e então de repente ele está no chão, um grande policial pairando sobre ele, sacudindo as mãos atrás das costas. Eu grito e corro do quarto. Levo uns cinco minutos para sair de casa e pelo tempo que eu saio, os policiais estão tomando as meninas, puxando elas para longe umas das outras e gentilmente levando elas aos carros. Eu corro em direção a eles, a minha cabeça latejando, meus ouvidos gritando. Eu me sinto tão doente, mas meu pânico supera isso. Eu venho a uma parada completa, quando eu chego ao primeiro carro e eu giro em direção a um policial. — Por que vocês estão aqui? — eu choro. O policial olha para minha mão e em seguida, grita, — Mais uma. Vasculhe a casa e se certifique que não há nenhuma lá. — O quê? — eu grito quando ele leva o meu braço. — Me deixe ir. Ele me puxa para um carro e eu viro o meu olhar para William. Ele está virado para baixo na terra, com os olhos em mim. Meu coração se parte e eu empurro para fora dos braços do oficial, correndo na direção dele. — William! — eu choro. — Pegue ela, — um dos policiais late, — Agora! — Não, — eu grito quando uma outra mão envolve ao redor do meu braço, me puxando para trás. — William. William levanta a cabeça, olhando nos meus olhos. — Está tudo bem, Linda. Vai ficar tudo bem. Vá. — Não, — eu choro, sentindo as lágrimas caírem pelo meu rosto. — Eu não vou te deixar. — Está tudo bem, — ele diz novamente. — Eu sabia!

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Eu torço ao redor para ver Peter chegando, com o rosto vermelho e as mãos apertadas. Foi ele; eu sabia que era ele. Ben está atrás dele, os olhos arregalados e seu rosto uma máscara completa de choque. — Will? — Ben pergunta, quando ele para ao lado do policial segurando William para baixo. — Eu disse a você, Benjamin, — Peter rosna. — Eu sabia que algo estava errado. Ele está comprando mulheres e usando elas como escravas sexuais! — O quê? — eu grito. — Não, ele não está! — William, — o oficial começa, — você está preso pelo sequestro e agressão dessas mulheres. Você não é obrigado a dizer qualquer coisa, mas qualquer coisa que você disser será usado contra você no tribunal. — Não! — eu grito. — Ben, por favor, vocês entenderam errado. Os olhos de Ben viram para mim e eu posso ver a confusão neles. — Você sabe por que você está aqui? — Eu... Eu não... Eu... mas... ele não está nos prejudicando, Ben. Ben olha para William. — Me diga que não é verdade. William não diz nada. O oficial me puxa para um carro e meu pânico se ajusta dentro enquanto eu luto, me retorcendo e gritando. Lágrimas molham meu rosto enquanto eu tento me aproximar de William. — Por favor, — eu imploro. — Não me leve embora. Ele é tudo que eu tenho. — Senhorita, entre no carro, vamos ter certeza que você está segura. — Não, — eu lamento. — Por favor. — Sinto muito, senhorita, — o oficial diz, abrindo a porta do carro e me empurrando para baixo em direção à cadeira vazia. — Não! Ben — eu guincho, me virando para Ben. — Por favor. — Eu sinto muito, Emelyn. Eu não posso fazer nada até que eu saiba o que está acontecendo aqui.

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Eu soluço e me viro para William. Ele está me olhando, seu rosto uma máscara de dor. — Eu te amo, — eu sussurro quando o oficial me empurra para dentro do carro. — Eu sinto muito. Eu desmorono no banco quando a porta bate. Eu puxo minhas pernas até meu peito e eu choro loucamente até eu sentir o carro se afastar. — Está tudo bem, — diz o oficial. — Você está segura agora. Eu nunca vou estar segura novamente sem ele.

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Capítulo Trinta NÚMERO TREZE — Você pode me dizer o seu nome? — o oficial pergunta. Estou sentada em uma sala de entrevista, olhando para minhas mãos. Estou vazia. Eu não posso sentir nada. Eu não sei onde William está, e eu não sei o que vai acontecer. Tudo o que sei é que eles me arrancaram do meu mundo e eles estão prejudicando a pessoa que eu amo. — Emelyn, — eu digo em um tom vazio. — E o seu sobrenome? Eu olho para cima e pisco para o oficial. Ele é mais velho, com cabelos ralo e olhos castanhos. Ele está me dando uma expressão suave e até agora ele tem sido muito amigável, mas ele não entende o que ele está fazendo aqui. Como ele poderia? Ele provavelmente vive uma vida normal, com um emprego normal e uma mulher normal. Ele não entende o complicado. — Eu não sei, — eu murmuro. — Você sabe por que você não sabe, Emelyn? — Não. — Você está ciente de sua vida antes disso? Eu olho para ele. — Sim. Eu sei sobre a minha vida. — Quanto? — Chega. Ele esfrega a mão no queixo e acena. — Você está ciente de que você tem uma mãe que ainda está viva? — Sim, — eu rosno. — O que você pode me dizer sobre a sua vida, Emelyn? — Eu posso te dizer que o ‘amigo’ da minha mãe costumava vir para o meu quarto e tentar me abusar. Por causa disso, minha ~ 205 ~


irmãzinha escalou uma varanda e caiu para sua morte, — eu mordo fora. Ele aperta os olhos e balança a cabeça novamente. — Isso é tudo? — Isso é tudo? — eu choro. — O que mais poderia ser? — Depois de sua irmã morreu, você se lembra o que aconteceu com você? Meu corpo enrijece. — William. — Não, Emelyn. Antes de William. Eu fecho meus olhos, tentando lembrar, mas não há nada, apenas pequenos flashbacks. — Não, — eu sussurro. — Emelyn, sua mãe foi colocada em prisão por vários motivos. Por causa disso, você foi colocada em um lar adotivo. Uma noite, sua mãe adotiva te enviou para buscar leite. Você nunca mais voltou. Nós não conseguimos encontrar você, havia pessoas desaparecidas e anúncios foram criados. Finalmente, tivemos ligações que você estava em outro país, sendo usada como uma escrava. Meu corpo enrijece. — O quê? — eu suspiro. — Você foi roubada e vendida como escrava. Felizmente, você não foi usada como uma escrava sexual, mas algumas de suas outras amigas lá... elas foram. Eu balanço minha cabeça, engolindo a bile subindo na minha garganta. — Você está errado. — Eu sinto muito, — diz ele, parecendo que realmente quis dizer isso. — Você foi escrava por cerca de cinco anos. Nós finalmente fechamos, procurando grupos de meninas que tinham sido vendidas, apenas para encontrar algumas desaparecidas. Nós não poderíamos rastrear onde elas tinham ido, e depois Peter nos ligou dizendo que ele sentiu que algo estava errado na casa de William. Seu nome tinha aparecido aqui e ali, e depois da recente morte de uma menina na casa dele, eu sabia que havia algo errado. Depois de um pouco de escavação, nós chegamos ao seu nome a algumas das operações realizadas sobre as meninas. Eu balanço minha cabeça. Eles têm que estar mentindo. William não iria nos comprar. Ele não faria isso. Por que ele se colocou nessa ~ 206 ~


situação? Por que ele iria jogar esse tipo de jogo doentio? Eles têm que estar errados. William que eu conheço não é um monstro, não é assim... Ele não... — Você está errado, — eu sussurro, olhando para ele através dos cílios úmidos. — Como você acha que ele reuniu treze meninas, então? — Ele nos ... s-s-s salvou-. — Emelyn, — diz ele, quase como se estivesse falando com uma criança. — Não, — eu grito, socando meus pequenos punhos na mesa. — Você está mentindo. — Ouça, — diz ele, estendendo a mão e pegando a minha mão. Tento afastar sua mão, mas não há nenhum ponto. Ele é muito mais forte e muito mais determinado. — Eu sei que esta é uma responsabilidade muito grande, mas você está segura aqui. Eu não vou deixar ninguém te machucar. Nenhuma de vocês. Você será questionada bastante e vai ser colocada em um lugar seguro até que possamos encontrar alternativas de acomodação. — Eu quero voltar para ele, — eu digo suavemente. — Posso perguntar por quê? — Porque ele cuidou de nós quando não tínhamos mais nada. — Uma última pergunta para a noite e eu preciso que você responda honestamente para mim, Emelyn. Você escolheu ficar com William? Eu levanto os meus olhos e olho para os seus e não vacilo. — Sim.

WILLIAN

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— Nós temos o seu nome, William, — diz o policial, andando pela sala. Eu não falo. — Nós sabemos que essas meninas foram vendidas como escravas e que pagou um bom dinheiro para levá-las de volta. Se você nos disser tudo o que sabe, podemos pegar leve com você. Eu resmungo. — Se você tivesse prova, você não precisaria que eu dissesse qualquer coisa. E se você acha que eu sou estúpido o suficiente para cair no velho conto de ‘nós vamos pegar leve com você’, então você realmente não sabe com quem está lidando. Ele bate a mão para baixo sobre a mesa. Eu sei o que ele está fazendo. Ele está tentando me fazer admitir que comprei as meninas. Eles podem ter o meu nome, mas eles não têm provas. Se eles tivessem, eles não estariam me fazendo perguntas. Se tivessem, eu estaria na cadeia agora, e não estaria sendo questionado. — Agora William, — ele mói fora, — podemos jogar isso da maneira mais difícil, ou o caminho mais fácil. Você quer me dizer como você começou isso ou eu vou descobrir uma outra maneira. — Vá em frente. Eu sei que não deixei trilhas para trás; eu coloquei um monte de tempo e dinheiro para comprar as meninas. Eu não vou ser pego por isso. Tenho a certeza disso. — Eu já interroguei algumas das meninas. Elas se lembram de suas vidas antes de você. — E então? — eu digo, encolhendo os ombros. — E elas estão propensas a me dizer o que eu preciso saber. Não vai demorar muito, apenas alguns trabalhos em suas memórias para fazê-las perceber o monstro que você realmente é. Eu não respondo. Eu fiz tudo o que pude pelas meninas. Eu ensinei a elas tudo o que tenho para ensinar. Eu lhes dei o melhor de mim. Se me traírem agora, então eu falhei. Se eu falhei, eu mereço isso.

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Capítulo Trinta e Um NÚMERO TREZE — Maldição! — Eu ouvi um grunhido do policial na sala ao lado. Ele acha que eu estou dormindo, mas eu não estou. Não há nenhuma maneira que eu possa dormir. Eu espreito meus olhos abertos e vejo que ele está andando pela sala, com os punhos cerrados. Eu não me movo; acabei de olhar. Eu posso ver que ele está com raiva. Ele tem um pedaço de papel amassado na mão, e de vez em quando ele acena ela volta com um rosnado. — O que está acontecendo? — alguém pergunta. — Ele está com sua bunda coberta. Não consigo encontrar qualquer coisa ou qualquer prova de que ele comprou essas meninas. Até onde eu sei, elas fugiram e escolheram ir com ele. Eu não posso provar nada. Estão todas alegando que elas estavam com ele por escolha e não pela força. Sem elas como testemunhas, eu tenho uma caixa vazia. Meu coração martela. As meninas não falaram. Oh, graças a Deus. O outro homem suspira. — Elas vão quebrar. Dê um tempo para se lembrarem. Há algumas que não podem. — Elas estão sendo transportadas amanhã de manhã. Nós temos uma casa segura para todas elas até que possamos entrar em contato todos os membros da família, ou pelo menos levá-las em seus pés novamente. Estou trazendo um psicólogo. — Você acha que elas vão quebrar? — Eu não sei, — diz o policial. — Eu simplesmente não sei. — O que você acha que ele tem para elas? Não faz nenhum sentido. Elas estão todas em ótimo estado; elas não foram feridas. William é um homem de negócios e bem conhecido. Ele não parece ser do tipo que faz mal a ninguém. Há um longo silêncio.

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— Eu acho, — o policial começa, antes de suspirar. — Acho que ele as salvou. Nos salvou? Lágrimas pairam em meus olhos e eu penso a respeito de tudo o que passamos com William. Todas as suas lições. Todas as suas regras. No início, eu pensei que aquilo era um tipo de controle doentio, mas agora eu sei sobre a nossa história, eu entendo algo muito melhor. William estava tentando nos construir de volta. Ele estava tentando nos ensinar a sermos pessoas boas e estruturar nossas vidas antes de nos deixar voar por conta própria. Ele nos salvou. Meu coração racha pela metade.

— Esta carta foi solicitada para ser dada a você, — o oficial diz cedo na manhã seguinte. — Nós aprovamos isso. Tomo a letra pequena de sua mão e eu pressiono para o meu peito. O policial olha para mim como se ele quisesse me perguntar algo, mas ele sabe que não pode. — Nós temos mais uma rodada de perguntas antes que você seja levada para sua casa segura com as outras meninas. — Vamos ficar naquela casa? — eu sussurro. Ele balança a cabeça. — Vamos prendê-lo lá até que o caso está encerrado ou resolvido. Precisamos de você para interrogatório e por lei você é obrigada a assistir a isso. Assim que terminar, não há muito mais que podemos fazer. Sem a prova de que precisamos, não podemos forçá-lo a ficar. Você tem mais de vinte e um, portanto, você é adulta. Nós informados quaisquer pessoas importantes em suas vidas que você tem e algumas delas querem te ver. Ele para e olha para mim por um momento, antes de continuar. — Nós não podemos fazer com que você veja ele; como eu disse, você é velha o suficiente para fazer suas próprias escolhas. Temos, no ~ 210 ~


entanto, recomendado que você fique em uma casa segura até que a investigação termine, vamos dar o apoio que você precisa. Eu fico olhando para ele. É muito tempo para ficar longe de William e meu coração dói só de pensar. Eu aceno para ele, deixando-o saber que eu entendi. Ele pega meu braço sem dizer uma palavra e me leva pelos corredores em uma sala enorme. Eu vejo todas as outras meninas e meu coração incha. Eu senti falta delas. Número Doze corre imediatamente, jogando os braços em volta de mim. Eu a envolvo em meus braços. — Você está bem? — eu sussurro em seu ouvido. — Eu estou bem, — ela responde, puxando para trás. — Meninas, — diz o oficial. — Estaremos fazendo mais perguntas antes de vocês se mudarem para uma casa segura. Emelyn tem uma nota a compartilhar com vocês. Alguns alimentos serão trazidos para vocês em alguns minutos. Com isso, ele sai do quarto e fecha a porta, nos deixando. Eu fico olhando para as garotas que se tornaram tão familiares com relação ao mês passado, e eu decido que é hora de todas nós conhecermos umas as outras um pouco melhor. Eu tomo um assento e me sento sobre ele, olhando para todas elas. — Meu nome é Emelyn, — digo em voz baixa, mansa. — Eu tenho uma carta aqui para compartilhar e eu não sei o que ele diz, mas eu já sei que é de William. Antes de começar, eu quero saber sobre todas vocês. Então, por favor, me diga. Você meninas são tudo o que eu tinha e que tem sido difícil, mas eu quero manter isso... eu preciso que nós pelo menos tentem. — Meu nome é Jaybelle, — diz a Número Doze e depois dá uma risada fraca. — Eles me disseram que eu era uma escrava sexual depois que meus pais morreram, me deixando órfã. Eu acabei nas ruas. Eu acho que eu fui levada. Estendo a mão e pego a mão dela. — É um nome muito bonito. — Eu sou Layla, — Número Um diz, com a voz cansada e desgastada. — Eu era uma prostituta quando William se apoderou de mim. Eu estava no fim da minha corda. Eu estava sem dinheiro e pobre. Eu não tinha mais nada. — Eu sou Jessica, — disse Número Dois. — Eu também era uma prostituta. ~ 211 ~


Ela deixa por isso mesmo e eu não empurro ela. Elas vão me dar muito ou pouco como elas sentem que precisam. — Sou Ryleigh, — Número Quatro diz e eu sinto meu coração bambear que não há Número Três para dar a sua história. — Eu era uma escrava sexual também. Eu me vendeu quando eu tinha dezoito anos. Sou muito consciente da minha vida antes de William e eu não quero de volta. — Sou Mackenzie, — diz Número Cinto. — Eu também sou uma escrava, mas não uma escravo sexual. Eu estava trabalhando para um mestre horrível e cruel. Dou a ela um sorriso suave e ela retorna. — Eu sou Peta, — diz Número Seis. — Eu estava na rua, morrendo de fome. Ele me encontrou e me salvou. Meu coração dói por William quando eu percebo cada vez mais o que ele fez por todas nós. — Sou Reign. — Número Sete sorri, olhando para mim. — Eu era uma escrava sexual. Eu não me lembro muito disso e eu estou contente por isso. Minha vida antes que era difícil. Me disseram que eu era constantemente violada por meu pai até que ele faleceu, me deixandosem nada. Meu coração se parte por ela e eu quero me aproximar e me apegar a ela. Coitada. — Sou Ellie, — Número Oito sussurra. — Eu era uma escrava também. Ela está reservada; ela tem permissão para ser. Nós todos temos. — Sou Katie, — diz Número Nove. — Eu estava emparelhada com Ellie. Nós viemos do mesmo lugar. Fico feliz que ela tem alguém que está familiarizada. — Eu sou Yasmin, — Número Dez. — Minha família morreu em um acidente de carro. Eu estava andando uma noite e eu fui levada. Eu fui vendida a um mestre que me usou e me vendeu para outro mestre. Eu fui uma escrava sexual por cinco anos. Foi quando William me salvou. Eu engulo minhas lágrimas de volta e aceno para ela. Ela sorri fracamente para mim. ~ 212 ~


— Sou Genevieve, — grunhi Número Onze. — Eu era uma prostituta. Ele me salvou, eu acho. Ela ainda está crua para William, mas claramente ela o respeita suficiente para saber que ele fez a melhor coisa para ela. Eu fico olhando para o grupo de meninas que se tornaram tudo para mim, e eu desdobro a carta, olhando para a letra bonita. Lágrimas vêm nos meus olhos, mas eu consigo sufocar as palavras.

Meninas, Vocês provavelmente têm um monte de perguntas e as perguntas são perfeitamente saudáveis. Há tantas razões por eu ter pego vocês, mas na verdade, isso se resume a mim. Eu não sou um homem que dá o seu coração facilmente e por tanto tempo que eu vivi na escuridão. Foi assim até que eu encontrei todas vocês. Vocês mudaram algo em mim. Enquanto ensinava, vocês me ensinavam. Eu nunca pensei que era algo que eu iria conseguir na minha vida. Olhe, quando eu fui ferido quando jovem, eu escolhi não se tornar um monstro, ao invés disso, ensinar lições. Então eu conheci vocês meninas e eu sabia que eu tinha que ensinar vocês, mostrar que, com as ações corretas, a vida poderia ser bela. Vocês fizeram a minha vida linda. Eu sei que vocês querem saber por que eu escolhi treze. A razão é, foi um número significativo para mim. Também significava que eu estava salvando mais de uma. Não foi uma tarefa fácil; eu tive que me cavar em um lugar ruim para ser capaz de salvar vocês. Eu decidi desde o início que eu iria ensiná-las sobre a vida. Eu construiria isso e eu seria alguém que vocês nunca tiveram. Espero que eu tenha me tornado esse alguém para vocês. Sei que às vezes minhas punições não faziam sentido e eu sei que vocês merecem saber a razão por trás disso. É simples e era sempre sobre uma lição. Quando eu conheci vocês, vocês estavam apavoradas. Vocês não sabiam quem vocês eram. Vocês teriam corrido na primeira chance que tivessem e tinha haver alguma coisa para retê-las. Vocês precisavam sentir esse medo; isso era a única maneira que eu poderia ter passado as paredes que vocês tinham erguido tão alto para chegar ao núcleo. Eu precisava da confiança de vocês, mas para ganhar isso, eu precisava que vocês vissem através neblina. Eu temia esse momento, e me deixei me tornar frágil. Eu trabalhei com isso, e, lentamente, trabalhei ~ 213 ~


para mostrar que as coisas boas eram recompensadas e se vocês se comportassem bem, vocês poderiam ter uma vida feliz aqui, comigo. Vocês aprenderam tudo tão bem, e vocês me deixaram orgulhoso a cada dia que vocês cresceram. Eu não posso começar a dizer as lições que foram ensinadas a todas vocês. Eu aprendi sobre a compaixão, respeito, amizade e amor. Eu preciso que vocês saibam que; eu preciso que vocês entendam isso. Eu quero que vocês se lembrem de mim pelo que eu sou. Eu quero que vocês se lembrem da lição que lhes ensinei. Eu quero que vocês se lembrem que há sempre um lugar no meu coração para vocês. Agora é hora de você voar livre. Vocês permanecerão para sempre em uma parte da minha alma, minhas treze doces meninas. William.

Eu levanto os meus olhos nebulosos e vejo as meninas pendurarem suas cabeças, alguns delas chorando. Ele não apenas mudou a minha vida. Ele mudou a delas também.

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Capítulo Trinta e Dois NÚMERO TREZE PRIMEIRA SEMANA

— Não, por favor! — Jaybelle grita, correndo em pé na cama. Eu corro e eu subo atrás dela, passando os braços ao redor dela. Ela esteve sonhando nas últimas duas noites e isso a estava perturbando. Eu não a culpo... Isso me incomodava também. Muito devagar estou lembrando de minha vida depois que minha irmã morreu e antes de William me pegar. Eu era uma escrava; não uma escrava sexual, mas uma escrava do mesmo jeito. Eu trabalhava de manhã até a noite para um homem cruel, implacável que me castigava muito pior do que William poderia ter feito. Minha dor não parou mais. Se eu estivesse doente, eu trabalhava. Se eu estava triste, eu trabalhava. Se eu estava quebrada, eu trabalhava. Meu mestre era um homem cruel e quanto mais eu me lembro do meu tempo com ele, mais meu coração dói por William. — Está tudo bem, — eu acalmo Jaybelle. — Vai ficar tudo bem. — Eu quero que eles parem — ela soluça. — Eles machucam, Emelyn. — Eu sei querida, — eu sussurro. — Eu sei. Manter a casa juntos, não tem sido fácil. As meninas estão todos lidando com um, de cortar o coração a dor profunda que está permanentemente alojado em suas almas. Houve brigas, houve momentos de agonia silêncio e houve momentos cheios de falhas e sessões de choro que parecem nunca acabar. Todos nós estamos tentando encontrar o nosso caminho, mas sem ele, não parece haver nenhuma maneira. Nós somos apenas vazio.

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— Não brinque comigo, Reign, — Genevieve grita, batendo sua caneca de café para baixo. — Eu vou foder com você? — Reign fole de volta. — Você pensa que você possui esta casa, mas você não. — Se você não gosta daqui, saia. Você sabe que ninguém está te segurando. — Se for esse o caso, você sai! — Reign grita, jogando as mãos no ar. — Meninas, — eu digo, minha voz quebrada. — Por favor, parem. — Não dê uma de mandona agora, Miss Certinha, — rosna Genève para mim. — Deus, — eu grito, chutando um banquinho. — Você pode parar? Você está fazendo a todas nós miseráveis. — Meninas, vamos lá, — diz Jaybelle. — Vamos parar com isso. Vamos todas para a piscina e sair um pouco daqui. As garotas caem tranquilas e viram e olham a piscina. — É uma boa ideia, — me atrevo a dizer. — Eu acho que sim, — Ellie diz. — Tanto faz, — grunhi Genevieve. Estamos todas de pé e corremos para os nossos quartos. Nós se trocamos e vamos para a piscina. Precisamos de ar fresco; precisamos de espaço. Estamos brigando muito porque estamos todas tão confusas. Nós não sabemos o que fazer, nem para onde ir e é assustador. Sentimos que não temos mais nada no fim do túnel. Nós nem sequer sabemos se William nos quer de volta, ou se queremos voltar para ele. Eu quero voltar para ele. Tudo dentro de mim dói para estar com ele. — Meninas.

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Estamos todas à beira da piscina quando o Oficial Greg caminha para dentro. Ele vai nos visitar diariamente e ele tem sido gentil o suficiente para nós, mesmo que ele está tentando tirar a única coisa que nós amamos. Ele para ao lado da minha sala, e olha para mim, antes de deixar os olhos caírem sobre as outras meninas. — Precisamos fazer mais algumas perguntas. Eu suspiro. Assim como as outras meninas. — Eu sei que vocês não gostam, — ele diz, sua voz severa. — Mas é o protocolo. — Vamos lá meninas. Ele me dá um olhar de advertência antes de arrastar uma cadeira para fora e tirar um pedaço de papel. — Eu preciso perguntar sobre o tempo de vocês na casa. — Você já nos perguntou isso, — eu digo, cruzando os braços. — Sim, mas eu só perguntei o básico do básico. Agora eu preciso de mais. — Tudo bem. — Em primeiro lugar, eu preciso saber se vocês sabem o que aconteceu com a garota que pulou do telhado? Meu coração aperta e eu engulo minha bile para baixo. — Ela se matou, — eu trabalhei duro para fora. — Por quê? — ele questiona. — Porque ela estava deprimida, — Jaybelle encaixa. — Ela teve uma vida difícil antes de William. Ela achou difícil de lidar. Ele levanta as sobrancelhas e nos estuda. — E você acha que isso é tudo o que era? Não era algo que ele fez? — Claro que não, — eu digo, meu tom defensivo. — Ele nunca a machucaria. — Ok, — ele diz, escrevendo algo para baixo. — Agora, depois de uma busca na casa, vimos coisas muito básicas nos quartos. Se vocês estavam lá por vontade própria, por que vocês não têm roupas normais, e outros itens? ~ 217 ~


Ele está tentando nos confundir, para nos levar a admitir algo que ele possa obter de William. Bem, eu não vou deixá-lo. Ele não tem ideia de como é William ou por que ele fez o que fez. — Nós só precisávamos de coisas básicas. Ele estava cuidando de um monte de gente, — eu digo. — E ele não poderia dado roupas melhores? — Você pode comprar roupas para muitas meninas? Ele aperta os olhos, mas opta por mudar de assunto. — Muito bem. E as marcas em suas mãos? Eu não tenho nada para isso. Eu sinto meu coração começar a acelerar quando eu luto por uma resposta. É Genevieve que fala, me poupando antes de eu entrar em colapso. — Nós fizemos essas. O oficial se vira para ela. — Como? — Você me ouviu, — ela se encaixa. — Nós fizemos. Antes de William, não eram mais do que números. Se tornou um pouco de uma coisa significativa para nós. Decidimos tatuar em nós mesmas para que nunca esquecêssemos a vida que deixamos para trás. O oficial suspira e esfrega sua testa. — Vocês, meninas não vão me dar nada dele, não é? — Não há nada para dar. Ele era bom para nós, — eu digo. Ele olha ao redor do grupo de pé. — Vocês podem falar com o meu psicólogo; que faz parte do protocolo. Emelyn, se você estiver livre, você pode vir comigo agora. Eu franzo a testa, mas eu sei que não há maneira de sair disso. Eu tenho que ir. Estou suspirando. — Vamos acabar com isso.

— Me conte sobre Lanthie, — Maria, a psicóloga pergunta.

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Eu fico olhando para ela. Ela é mais velha, com cabelos grisalhos e olhos castanhos. Ela é adorável e paciente e disposta a ouvir tudo o que temos a dizer. — Ela era linda, doce, engraçado e adorável, — eu sussurro, minha voz muito quebrada. — Você se culpa pela morte dela? Eu sinto meus olhos endurecer. — Você não? — É claro que não, — diz ela, se inclinando para trás. — É da natureza humana nos culpar por coisas que estão fora de nosso controle. — Eu poderia ter parado. — Como? Eu moo meus dentes juntos. — Eu poderia ter gritado, eu poderia ter lutado, eu poderia ter feito alguma coisa... — Talvez, mas quem pode dizer que ele não teria acontecido outro dia, quando você não estava lá? Ela soa apenas como William. — Podemos falar de outra coisa? — eu coaxo. — Claro. Me conte sobre William. — Ele é meu tudo. — Você quer falar sobre isso? — ela encoraja. — Não. — William já te machucou? Ela está me enganando, assim como os policiais. Eu olho para a direita nos seus olhos quando eu respondo. — Tudo o que William fez foi para nos ajudar. Ele mudou seu mundo para a gente caber dentro. — Você acha que as ações de William eram todas puras? — Sim. — Você acha que William a ama? Hesito. — William se preocupa com todas nós. ~ 219 ~


— Isso não é o que eu perguntei, Emelyn. — Eu não sei se ele me ama, — eu lato. — Ok. Eu acho que nós temos feito o suficiente por hoje. Me levanto e não deixo ela terminar Eu ando fora e explodo em lágrimas incontroláveis. Eu quero ele de volta.

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Capítulo Trinta e Três WILLIAN SEGUNDA SEMANA

— Eu sei que você está aí, Will! — Ben late, batendo com os punhos na porta várias vezes. Ele está fazendo isso por uma hora inteira. Eu deslizo minha cadeira de volta, cansado, farto de aturar a sua gritaria. Eu invado até a porta da frente e eu balanço aberta. Ele está de pé na porta, ofegante, com o rosto vermelho de raiva. — O que diabos está errado com você? Eu fico olhando para ele. — Não comece o tratamento do silêncio comigo, Will, — ele rosna. — Por que você não me disse sobre elas? — Não há nada a dizer. — Você comprou Treze meninas! — Não há nenhuma prova disso, — eu digo, minha voz inexpressiva. — Foda-se, Will, eu sou seu irmão. Você não precisa esconder isso de mim. — Não há nada a esconder, Benjamin, — eu rosno. Ele traz seu punho para cima e bate na porta. — Pare de fazer isso, você não precisa se esconder de mim. Eu olho para ele. — Por que você está aqui, Ben? — Eu estou aqui porque você está apodrecendo lentamente aqui. Você não está falando com ninguém; você está mal participando de reuniões. Você está afundando, Will. — Eu estou bem. ~ 221 ~


Ele levanta o punho, e ele me bate. Isso vem como um choque, e é só quando o sangue flui para a minha boca. Me viro para ele, meu olhar lívido. — Isso foi um erro, — eu lato. — Ora, — ele ruge. — Consegui arrastar alguma emoção fora de você. Eu não falo; fico ali, ofegante, enchendo meu peito com raiva. — Você estava usando escravas. Eu sinto raiva encher meu corpo. — Elas. Não eram. Escravas. — Então o que eram elas? — Eu não te devo nada, Benjamin! Ele se encolhe. — É sempre assim, não é? Constantemente me culpando por ter deixado você quando você era mais jovem. — Eu não quis dizer isso. Ele dá um passo mais perto. — Você acha isso, porém. Você não acha? — Não. — Pare de mentir para mim, Will. Você sempre me culpou por isso, — ele empurra o dedo para o meu olho. — Eu não estava lá. Eu era o menino de ouro. Eu fui mandado embora e você ficou com nossa fodida Mãe. Eu vacilo novamente. Meus punhos apertam com tanta força que meus dedos doem. — Não, — eu aviso. — Por quê? Porque isso pode trazer algo que você não gostaria de enfrentar? Meu corpo começa a tremer. — Admita, Will. Você não me disse sobre as meninas porque você ainda está com raiva de mim. Uma parte de você sempre estará. Ele está me empurrando muito longe. — Eu os deixarei machucar você, eu te deixei sofrer. Admitia, — ele ruge .

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— Você está certo, — eu abaixo. — Eu culpo você, porra. Eu não deveria ter ficado para trás. Eu não deveria ter tido meu olho queimado. Eu não deveria ter que enfrentar a ira do pai. Eu não deveria ter que cuidar da mamãe. Eu não deveria ser o segundo melhor. Benjamin fica parado e seu lábio inferior treme. — Você acha que isso não me incomoda? — sua voz é um sussurro baixo. — Você acha que eu não vivia me perguntando se você estava bem? — Não foi o suficiente, — eu rujo. — Se fosse, você teria ficado. — Eu não tive escolha. — Há sempre uma escolha. — Não, William. Não há. — Saia da minha casa, Ben. Ele balança a cabeça. — Não — Eu não vou dizer de novo, saia. Ele dá um passo de perto. — Eu disse que não porra! Eu levanto minha mão e eu dirijo em seu nariz, causando uma crise forte enchendo a sala. Ele rosna e me bate forte na boca. Então estamos nos batendo contra a parede, os nossos corpos selvagens, nossos punhos voando. Ele me empurra para um canto nas proximidades, fazendo alguns abajures se esmagar no chão. Eu abaixo em raiva e enrolo as mãos em torno de sua garganta, pressionando-o contra a parede. — Cai fora! — eu cuspo. — Sinto muito, — ele diz. — É isso que você quer de mim, Will? Você quer saber o quanto eu sofro por causa do que aconteceu? Você quer saber o quanto dói ter sido arrastado para longe de você? Você é meu irmão gêmeo, William. Você não é apenas meu irmão; você é a minha outra metade. Se você quer que eu diga isso, eu vou dizer isso. Sinto muito. Minhas pernas se sentem fracas de repente, e meu peito se apodera. Eu deixo cair as minhas mãos e ele esfrega o pescoço. Eu sinto meu corpo afundar no chão com a realidade, finalmente, estabelece dentro que eu perdi tudo. Ben desce comigo, envolvendo os braços em volta de mim.

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— Eu estou tão arrependido, Will. Eu não digo nada. Não há nada mais a dizer.

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Capítulo Trinta e Quatro NÚMERO TREZE SEGUNDA SEMANA

— Vocês são um bando de malucas! — um grupo de homens late. Saímos, tentando encontrar alguma aparência de uma vida normal. Um grupo de homens decidiu se juntar a nós na nossa mesa, e decidiu, após uma tentativa de dançar com a gente, que somos malucas. Quando suas mãos tentaram nos tocar, nós vacilamos. Quando tentaram pressionar seus corpos contra os nossos, nos esquivamos. Nós não somos esse tipo de meninas. Nós não somos normais. — Ei, — Genevieve rosna. — Vá se foder. — Eu só vou foder você se você me pagar, — um dos caras ri. Meu peito dói e eu coloco a bebida que eu tenho na minha mão para baixo e giro, empurrando através da multidão de pessoas. No momento em que sinto o ar fresco bater no meu rosto; eu inspiro para dentro. Meu corpo inteiro está fraco e vacilante, me deixando saber que estou no fim da minha corda. Eu só quero voltar. Não importa o quanto eles tentam me dizer que eu não preciso de William, eles estão errados. — Oi. Viro-me e vejo um cara do grupo de pé ao meu lado. Ele tem cabelo castanho desgrenhado, olhos castanhos e ele tem cerca de um metro e oitenta. — Oi, — murmuro. — Sinto muito sobre o que eles fizeram para todas vocês lá. Será que ele sente muito realmente? Duvido. — Eu só vou para casa, — eu digo. — Ouça, — diz ele, dando um passo em frente de mim. — Eu realmente sinto muito. Eles podem ser uns babacas. ~ 225 ~


Eu fico olhando para ele e ele parece genuíno. — Está tudo bem, — eu sussurro. — Você vai me deixar fazer isso para você? Venha tomar um café comigo? Hesito, eu realmente não quero ir e fazer qualquer coisa além de ir para casa e enrolar em minha cama. Mas estamos sendo encorajadas a viver o mais normalmente possível. Pelo menos, é o que diz Mary . — O- Ok. Talvez apenas um. Ele se vira e aponta para a estrada. — Há um café lá, suas amigas podem te encontrar lá quando saírem. Concordo com a cabeça e o sigo para o pequeno café. Nós tomamos um assento na pequena mesa redonda do lado de fora e fazemos nossos pedidos. Eu corro meus dedos sobre a mesa coberta com uma toalha vermelha e branca quadriculada. — Então, me fale sobre você? Eu olho para ele. — Hum, bem, meu nome é Emelyn. — Isso é bom, — ele sorri. — Eu sou Tim. — Ah, ok. — O que você faz para viver, Emelyn? — Eu... nada agora. Ele balança a cabeça, parecendo um pouco confuso. — Isso é bom. O que você faz para se divertir? — Hum, bem, eu desfruto da praia. — Oh eu também, — diz ele. — Eu costumava ir lá o tempo todo quando eu era criança. Durante a hora seguinte, Tim conversa e fala sobre si mesmo. Estou desconfortável e eu estou lutando para encontrar qualquer prazer em tudo. Tim é egocêntrico e simples. Ela só me faz perceber o quão profundamente e bonito é William. E o quanto eu sinto falta dele.

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TERCEIRA SEMANA

— Ela está deprimida, — eu sussurro para Reign. Estamos encarando a Número Doze, que lentamente, mas seguramente se afundou. Ela fica longe de todas nós, dormindo a maior parte do dia e raramente come. Ela mal fala e quando faz é em monossílabas. Eu não sei como ajudar ela ou o que fazer. Ela está se fechando sobre si mesma e eu sinto como se nós estivéssemos perdendo ela. — Eu não sei o que fazer, — Reign sussurra de volta. — Nem eu. Eu suspiro, me sentindo impotente. As últimas semanas foram exaustivas. Estamos apenas começando. Vemos Mary muitas vezes, e mesmo que ela está nos ajudando a dar sentido às nossas vidas, nos sentimos como se nós não cabemos dentro. Em tudo o que fazemos nós somos tratadas de forma diferente. As pessoas olham para nós como se fôssemos estranhas, como se nós não fôssemos um deles. — Eu perdi o meu trabalho, — Genevieve suspira, entrando e se sentando ao nosso lado no sofá. Eu olho para ela. Ela começou a trabalhar há uma semana, tentando erguer sua vida de volta após a instrução de Maria. Seu trabalho era apenas como garçonete, mas cada noite em que ela chegou em casa, ela parecia irritada e frustrada. Como se ela simplesmente não conseguisse lidar com o stress. — O que aconteceu? — eu pergunto. — Eles disseram que eu não sou social o suficiente, que eu sou muito mandona e muito zangada. Eu balanço minha cabeça. Eles não a entendem. — Vai ficar tudo bem, vamos encontrar uma maneira de contornar isso.

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— Eu sinto que não há nenhuma maneira, — ela sussurra, parecendo mais venerável depois que eu já vi. — Há um caminho, — eu incentivo. Ela balança a cabeça. — Eu não estou tão certa sobre isso. Eu assisto ela ir embora e meu coração se aperta. Estamos apenas caindo lentamente.

QUARTA SEMANA

— Teme uma outra, — Genevieve incentiva, empurrando uma vodka com laranja para mim. Tomo a bebida e engulo para baixo. Parece que alivia a dor. — Onde está Jaybelle? — eu pergunto, olhando ao redor do bar lotado. Tentamos sair pela segunda vez, pateticamente tentando fazer uma vida para nós mesmas. Até agora, a noite não foi tão ruim. Mantivemos no nosso grupo e apenas focadas em passar o tempo juntas. — Olhe para ela, — uma voz masculina alta ri. — Patético. Eu viro minha atenção para a mesa atrás de nós e eu vejo Jaybelle com a cabeça baixa, o rosto vermelho. — Ela não conseguia colocar para fora se ela foi paga, — o homem ri. Ele não é um homem excessivamente atraente, mas ele tem uma boa fuga das mulheres ao seu redor. Meu palpite? Ele tem dinheiro. Estou, lentamente caminhando, preocupada com a mente de Jaybelle agora. Ela é fraca. Ela é frágil. Ela está quebrada. Ela não tem a força para lidar com mais tortura.

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— Você provavelmente não sabe mesmo o que é um pau, — ele zomba. — Uma garota como você pertence ao chão, de joelhos. Você não é nada mais do que uma boa aparência para brincar; você está certamente morta no departamento de personalidade. Talvez os caras gostariam de te ver de joelhos, então vá em frente, pegue isso princesa. Vamos te dar uma tentativa. Lentamente, como se fosse tudo o que ela sabe, Jaybelle se abaixa de joelhos. A raiva constrói em meu peito enquanto eu corro. Eu caio de joelhos ao lado dela, segurando suas mãos. — Olhe para mim, Jaybelle. — Ah, olha, — o homem sorri. — Duas delas. Eu ouço um estalo alto e empurro a cabeça para cima para ver Genevieve dirigindo seu punho no rosto do homem. Ele ruge e tropeça para trás. Orgulho enche meu peito e eu volto minha atenção de volta para Jaybelle. — Olhe para mim, — eu sussurro novamente. Ela levanta a cabeça, com os olhos cheios de lágrimas. Eu aproximo a minha mão e, lentamente, ela toma. — Nunca fique de joelhos para ninguém. Eu a levanto e ela vem com os seus espíritos e suas esperanças. Eu não vou deixar ninguém tratar ela daquele jeito de novo. Juro.

~ 229 ~


Capítulo Trinta e Cinco WILLIAN Já se passaram quatro semanas. Eu não posso respirar sem elas. Eu falhei.

NÚMERO TREZE — Eu não posso explicar isso para você, — Mary sussurra para o policial. — Eu gostaria de poder, mas eu não posso. Ele tem feito por elas o que anos de terapia não podiam fazer. De alguma forma, ele curou algo nelas. Elas confiam nele. Elas precisam dele. Eu estou em pé no corredor, esperando para falar com Maria. Eu posso ouvi ela falar e meu coração martela quando suas palavras afundam dentro. Precisamos dele. Eu disse isso a eles tem um mês. — Nós não temos nada, o caso está vazio, — diz o oficial. — Não há mais o que podemos fazer. As meninas estão livres para ir. Me viro e corro pelos corredores e vou até a sala onde todas as meninas estão esperando. Fomos chamadas hoje de manhã e agora eu sei porquê. — Nós... nós... nós... — eu gaguejo. — O que? — Ryleigh pergunta. — Estamos livres, — Eu digo. Seus rostos se iluminam. Seus humores mudam. No momento em que o policial chega e nos permite saber que a investigação está fechada e estamos livres para ir, já estamos em nossos pés, esperando na porta. ~ 230 ~


Temos pressa, os nossos corações batendo fortes, nossos corpos vivos pela primeira vez em um mês. Então percebemos que estamos sozinhas. Todos nós paramos, nossos rostos caindo. O que vamos fazer? Para onde vamos? Não temos casas. Nenhuma oferta de emprego. Estamos sozinhas no mundo e como um tijolo - tudo isso nos atinge. — O que vamos fazer? — Sussurra Jaybelle. — Eles disseram que podemos ficar na casa até nos acertar, — diz Ellie. — Eu não quero ficar lá, — resmunga Reign. Me viro a todos elas e meu coração martela quando as palavras caem dos meus lábios. — Acho que devemos voltar. — Voltar? — Genevieve diz, com os olhos arregalados. — Para William. Todas elas olham para mim, como se não fosse algo que pensei que poderíamos fazer. Aproveito o momento de silêncio para falar. — Ele era como a nossa família, ele salvou nossas vidas. Podemos ficar aqui e nós podemos ficar sozinhas no mundo, ou podemos voltar a ele e ter a chance de tomar nossa vida toda de novo. — E se ele não nos querer? — Jaybelle pergunta. — Você realmente acredita nisso? — eu digo, encontrando seu olhar. Ela balança a cabeça. — Ele estava cuidando de nós, — diz Peta, de repente, sua voz suave. — Ele estava nos protegendo de tudo o que era ruim. — Ele nos ensinou a sermos pessoas melhores, — sussurra Reign. — Eu não tenho uma vida para ir, — Ellie coaxa. — Eu digo que nós vamos voltar, — Genevieve de repente anuncia.

~ 231 ~


Nós todas nos viramos para ela, nossas bocas abertas. Ela é a última pessoa que eu pensei que concordaria em voltar atrás. Ela é a única que lutou com ele mais tempo. — Você acha que é uma boa ideia? — eu suspiro. — Sim, eu acho que devemos voltar. Ele nos salvou. Ele nos deu a chance de viver novamente. Eu não quero me tornar uma prostituta; eu não quero passar minha vida correndo e me sentindo assustada. Eu quero me recompor, talvez conseguir um emprego decente, inferno, talvez conhecer alguém. Eu não tenho os meios para fazer isso aqui, mas com ele, com a sua orientação, eu tenho. Me viro lentamente para o grupo de meninas. — Levante suas mãos se vocês querem voltar para ele? Lentamente, doze pequenas mãos frágeis sobem no ar. Meu coração incha. Vamos para casa.

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Epílogo WILLIAN — Senhor, — diz George, caminhando para o meu quarto . Já se passaram quatro longas semanas sem as meninas, e em que quatro semanas a minha vida parece que se foi, desapareceu no nada. Eu não posso sentir nada. Eu não posso funcionar. Minha família me traiu. Minhas meninas foram tiradas de mim. Meu nome foi caluniado. Tudo isso valeria a pena se elas estivessem aqui comigo. Ben está comigo todos os dias, eu sou grato a ele por isso. Meu pai, por outro lado, me cortou de seu negócio totalmente. Tudo bem; eu tenho vindo a construir meu lado o suficiente para os últimos dez anos, garantindo que tenho o suficiente de estabilidade financeira para me manter à tona por um longo tempo. Não torna isso melhor, no entanto. A pessoa que era para me dar a sua lealdade me deserdou. Parece que nada vale a pena lutar. — Senhor? Eu ergo a minha cabeça, olhando para ele. — O que é, George? — Você tem visitantes. — Eu não estou interessado, — eu resmungo, olhando para a minha mesa de novo. — Senhor, você vai querer ver elas. Elas? Eu levanto minha cabeça, olhando em seus olhos. Estão brilhantes. Eu lentamente me levanto e meus joelhos parecem instáveis quando eu ando em direção à porta. George me segue enquanto eu ando pelos corredores, sentindo como se o meu coração estivesse prestes a ser arrancado do meu peito. Não pode ser elas. Elas não iriam voltar, iriam? Estendo a mão quando eu chego à porta da frente e eu, tremendo, abro. Lágrimas queimam em meus olhos quando eu as vejo. Doze meninas, de mãos dadas, de pé no meu gramado. ~ 233 ~


NÚMERO TREZE Vendo ele, vendo seu rosto, isso parte meu coração. Lágrimas caem pelo meu rosto como eu largo a mão de Jaybelle, e eu ando com as pernas trêmulas para William. Quando eu o alcanço, seu dedo desliza para fora e ele corre para baixo minha bochecha. Como se ele não acreditasse que eu sou real. Seus olhos estão vidrados e sua mão está tremendo ligeiramente. Eu me estico, pegando seu rosto e fazendo um som soluçante e estrangulado. — Você voltou? — ele diz. — Como é que você achou que não? Ele balança a cabeça e traz o meu rosto para mais perto dele, pressionando os lábios sobre os meus. Eu o beijo, sentindo meu mundo se unindo. As últimas quatro semanas, elas pareceram vazias, como se não houvesse nada lá fora para nós. Nossos mundos é aqui. Com ele. Ele se afasta e olha para baixo, me dando a expressão que é tão incrivelmente poderosa. — Você me disse que me ama uma vez, Emelyn, — ele começa sua voz suave. — Eu não e disse nada de volta. Eu passei o meu tempo te afastando, te dizendo que uma amante era tudo que eu precisava. Eu pensei que era, até o dia em que você foi arrancada de minha vida, e eu percebi que eu tinha passado tanto tempo te ensinando a ser uma pessoa leal, mas eu me esqueci de me ensinar. Você me ensinou isso. Mesmo com toda a sua dor, você me ensinou a viver novamente. Você me fez o que sou, Emelyn e você me mostrou o que uma boa pessoa realmente é. Eu soluço em voz alta, e os meus dedos enrolam em sua camisa. — Um bom homem não é aquele que controla, mas aquele que entende. Um homem bom não é aquele que tem uma amante, é aquele que ama. Um homem bom não é aquele que pune, é o que explica. Eu não era um bom homem; eu era apenas um homem. Agora eu sou tudo ~ 234 ~


o que uma boa pessoa deve ser por causa de você. — ele levanta a cabeça olhando para as meninas. — E elas. Eu me viro para as meninas, sorrindo através das minhas lágrimas. William desce, olhando para todas elas, com o rosto cheio de orgulho quando eu deixo meus olhos viajarem sobre ele. — Vocês todas tiveram uma vida dura diante de mim. Todas vocês vieram de lugares tão solitários. Eu não sei se dei tudo o que pude, mas eu sei que vocês me deram tudo o que vocês são. Minha vida é incompleta sem todas vocês, assim eu estou dizendo, não, eu estou pedindo, para fazerem parte disto comigo. As garotas dão um passo à frente, com as mãos entrelaçadas, os olhos aliviados e cheio de apreço pelo homem na frente delas. Aos poucos, todos eles se abaixam até que elas estão em seus joelhos. William faz um som estrangulado, porque ele sabe tão bem quanto eu que essas meninas estão se dando a ele. Eles estão colocando suas vidas em suas mãos. Elas estão deixando ele ser o alguém delas. Me viro para ele e ele acaricia um dedo sobre a minha bochecha. — Eu nunca disse isso, mas eu estou dizendo isso agora. Eu te amo, Emelyn. Vou te dar tudo o que sou. Eu fico olhando para o danificado homem lindo na minha frente, e eu sei que ele está finalmente curado. Não apenas pelo trauma que ele sofreu em sua vida, mas com a dor que ele carrega em seu coração. Eu solto a mão com um sorriso e eu ando de volta para as meninas, lentamente me abaixando de joelhos, dando a ele peça final. Comecei como Emelyn, a menina que vivia com a culpa e a dor por causa da vida que ela viveu. Eu não sou mais aquela garota. Eu já não sou aquela que tem que lutar para respirar a cada dia. Eu já não sou aquela que tem um futuro quebrado e um coração vazio. Não, eu sou a garota que pertence a William. Eu sou a menina que se tornou algo a partir do nada. Eu sou a garota que mudou a forma como a sua vida era para ir. Eu não sou mais Emelyn. Deixei de ser Emelyn no dia que William me levou em sua vida. Deixei de ser Emelyn o dia que eu deixálo em meu coração. Deixei de ser Emelyn no dia em que meu mundo foi roubado de mim. Não, essa menina não é mais eu. Essa menina morreu há muito tempo com os demônios de seu passado.

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Deste dia em diante, eu sou a única coisa pelo que eu lutei. Eu sou minha. Eu sou sua. Eu sou a Número Treze.

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