Jornal Nossa Senhora da Piedade Nº 438

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ÓRGÃO INFORMATIVO

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA PIEDADE

CAMPO LARGO - PR

Nossa Senhora da Piedade

JORNAL

Paróquia Nossa Senhora da Piedade acolhe seu Novo Pároco

Posse

Canônica do Padre Luciano Tokarski

DO PÁROCO

Discípulos de Jesus:

Fé e Missão

Anunciar Jesus é mais do que transmitir uma mensagem, é viver o encontro com Ele e partilhar essa alegria. A fé se fortalece na comunidade e na missão de cada discípulo.

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CATEQUESE

A Paróquia e a Inspiração Catecumenal

A inspiração catecumenal resgata a essência da Igreja nascente, unindo a comunidade no caminho da fé. Rezar, ensinar e testemunhar tornam-se pilares para uma Igreja viva e missionária, onde a iniciação cristã é um compromisso de todos.

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DO VIGÁRIO

O Tempo que nos conduz ao Ressuscitado

A vida é uma jornada marcada pelo tempo, repleta de desafios, mas, para aqueles que creem, o tempo tem um propósito maior: nos preparar para o encontro com o Ressuscitado.

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A Paróquia Nossa Senhora da Piedade celebra a chegada de seu novo pároco em uma celebração marcada pela fé, comunhão e compromisso pastoral. Saiba mais sobre esse momento especial e a missão do novo pastor da comunidade.

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REFLEXÃO DO MÊS

Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!

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No dia 02 de fevereiro, a comunidade se reuniu para celebrar Nossa Senhora da Piedade. Confira os destaques dessa grande festa!

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PALAVRA
PALAVRA

INFORMAÇÕES PAROQUIAIS

Paróquia Nossa Senhora da Piedade

Rua XV de Novembro, 1931 | Campo Largo - PR CEP 83601-030 | Arquidiocese de Curitiba

Secretaria Paroquial

• ATENDIMENTO

Segunda a sexta-feira: 9h às 12h | 13h às 17h

Sábado: 8h30 às 12h

• CONTATOS

41 3292-1765 / 41 3292-4034 / 41 98715-3570 secretaria@nossasenhorapiedade.com.br

Horário de Missas

• MATRIZ

Segunda, Terça e Quinta: 18h30

Quarta-feira: 7h30 e 18h30

Sexta-feira: 12h e 18h30

Sábado: 15h e 17h

Domingo: 7h30, 9h, 10h30 e 18h

• CAPELAS

Sábado:

15h - Nossa Senhora de Lourdes

17h - Nossa Senhora de Fátima (Vila Elizabeth)

19h - Santo Antônio

19h - São Benedito (Salgadinho)

Domingo:

8h - Nossa Senhora das Graças (Partênope)

10h - São Pedro e São Paulo

Grupos de Oração

• GRUPO DE ORAÇÃO

Todas as quartas-feiras, a partir das 20h, na Capela Nossa Senhora das Graças

• GRUPO DA RENOVAÇÃO CARISMÁTICA

Matriz - todas as terças-feiras, a partir das 20h

Calendário das Reuniões das Mensageiras de Capelinhas 2025

11 MAR | 06 MAI | 03 JUL | 02 SET | 04 NOV | 02 DEZ 14H30 NA SEDE PAROQUIAL

Expediente

O Jornal Nossa Senhora da Piedade é um órgão interno de distribuição gratuita da Paróquia

Nossa Senhora da Piedade, sob a coordenação da PASCOM - Pastoral da Comunicação.

Pároco responsável: Pe. Luciano Tokarski

Equipe de coordenação: Clarice Nesi Bonato, Caroline Bertão, Ana Paula Carlotto

Redação: Pastoral da Comunicação – PASCOM

Diagramação: João Borges Júnior

Revisão : Rafaela Bonatto

Impressão: Gráfica Press Alternativa Tiragem: 3000 exemplares

Contato

pascom@nossasenhorapiedade.com.br nossa_senhora_piedade paroquiapiedade

DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS DE JESUS

CPe. Luciano Tokarski

Pároco

aríssimo paroquiano, estimo encontrá-lo com as bênçãos da Bem-Aventurada Virgem da Piedade. Alegro-me pela inefável graça de Deus com a oportunidade de visitá-lo com as minhas reflexões, experiências e, sobretudo, com o meu pastoreio. Dar-vos-ei dos meus encantos pelos mistérios revelados de Deus por meio de sua Palavra e da Tradição da Igreja Católica. Sendo assim, trarei um longo itinerário teológico e pastoral sobre a evangelização da Igreja. Convoco-lhe em me acompanhar nessa empreitada de descoberta do “tesouro escondido” (cf. Mt 13, 44) e do “manancial da salvação” (c. Is 12) que é a Alegria do anúncio do Evangelho.

A mística da Comunidade Evangelizadora

Jesus enviou os seus discípulos em missão com este mandato: “ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo” (Mc 16, 15-16) e, segundo o relato do evangelista Mateus, “ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei” (Mt 28, 1920). Evangelizar significa levar aos outros a Boa Nova da salvação, e esta Boa Nova é uma pessoa: Jesus Cristo. Quando O encontro, quando descubro até que ponto sou amado por Deus e salvo por Ele, nasce em mim não apenas o desejo, mas a necessidade de fazê-lo conhecido pelos outros.

Não se sustenta uma fé a qual se retém para si a experiência com Jesus. Evangelizar é descobrir a Jesus, encontrá-Lo, e sempre transmitir aos outros o qual encontrei. O Papa Paulo VI em sua exortação apostólica Evangelii Nuntiandi afirmou acertadamente que a graça e vocação própria da Igreja e sua identidade mais profunda é a evangelização. “A Igreja existe para evangelizar, ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do dom da graça, reconciliar os pecadores com Deus e perpetuar o sacrifício de Cristo na santa missa” (EN 14). A Igreja nasce da ação evangelizadora de Jesus e dos doze. É a Igreja que recebe de Jesus a missão de evangelizar e “não haverá nunca evangelização verdadeira se o nome, a doutrina, a vida, as promessas, o reino, o mistério de Jesus de Nazaré, Filho de Deus, não forem anunciados” (EN 22).

A evangelização sempre parte do encontro com o Senhor Jesus: quem se aproximou Dele e experimentou o seu amor, quer logo partilhar a beleza desse encontro e a alegria que nasce dessa amizade. O encontro com Jesus é semelhante às nossas amizades genuínas e cristalinas em gestos, afetos, disposições e intenções. Nunca se consegue falsear uma relação intensa com Jesus. Por sinal, o evangelizador é incontrolável em gestos e palavras acerca de sua condição de seguidor. O seguidor diz sempre daquele a quem segue. Pronuncia-se mais sobre Jesus do que sobre si mesmo.

No entanto, com a valorização do sujeito na modernidade, por um lado, cresce a busca de cada pessoa em construir sua personalidade, identidade e missão social, mas por outro lado, corre-se o risco da evolu-

ção do subjetivismo individual. A pessoa se relaciona com um mundo consumista e individualista o que pode lhe causar desvinculação comunitária. Podem-se emergir relações fluidas e fragmentadas. Não há que se negar que a pessoa humana constantemente se vê orientada pelos indicativos de coletividade social. Não se é possível viver o minimante viável em um eterno individualismo. A comunidade, presencial ou virtual, torna-se o lugar de comunicação, de encontro, de identificação, de iniciação, de satisfação e de troca de experiência. No mundo digital fala-se de comunidade de seguidores ou influenciadores, nos organismos filantrópicos de comunidade de associados ou benfeitores, no ambiente de empreendedorismo usa-se comumente a linguagem para nomeá-los de clientes e fornecedores. Na vida religiosa aqui e acolá escutamos falar de comunidade de batizados, consagrados ou clérigos.

Na tradição do antigo Israel a comunidade era base da convivência social. Ela era o lugar da bênção familiar e das pessoas, sinal da prosperidade da terra, espaço de vivência cultual e construção da identidade de eleitos. Na comunidade o povo daquela época experimentava traços autênticos do amor de Deus e do amor ao próximo. A vida judaica era iluminada pela convivência comunitária social e religiosa.

Na época de Jesus, os valores e as relações comunitárias começam a sofrer impactos. O sistema político do Império Romano e sua religiosidade pagã pulverizam o ambiente comunitário familiar e religioso, em especial. Os impostos aumentavam e empobreciam as famílias. A escravidão amedrontava

a sociedade. Havia violência social intitulada pelos romanos e crescia a falta de assistência social, médica, educacional e econômica para muitas pessoas. As relações estavam envenenadas pela cultura do medo e da opressão.

Jesus comunica o mistério da comunidade quista por Deus: uma nova cultura social, um novo modelo de convivência religiosa, um novo projeto de vida livre e responsável. A alegria da renovação comunitária se espalhou pelas regiões da Galileia e atravessou a vida de muitas pessoas. Jesus alargou o sentido da vida comunitária.

Para Jesus, a comunidade constitui-se de uma índole transcendente: pertencer à comunidade é pertencer à presença de Deus. A comunidade é lugar de experiências profundamente humanas e sagradas.

Jesus se fez comunidade e fez parte da comunidade. Suas relações e manifestações se propunham em direção à vida em comunidade. Ele queria evitar que as pessoas e suas famílias se fechassem sobre si mesmas. Jesus se fez comunidade com os doze. Jesus se faz parte na comunidade judaica. Ele participava todos os sábados das liturgias em comunidade na sinagoga. Jesus peregrinava todos os anos com sua comunidade até o Templo de Jerusalém. As comunidades fundadas por Jesus eram impregnadas pela Palavra, unidas pela oração litúrgica em comum e impulsionadas pela audácia evangelizadora. Do mandato evangelizador de Jesus brota a missão evangelizadora da Igreja. Ela é comunidade de evangelizadores, comunidade de batizados e comunidade de missionários. “Sem comunidade, não há como viver autenticamente a experiência cristã” (CC 42).

Mais do que discursar sobre elementos ou manifestações divinas, evangelizar é a celebração de um encontro. É constatação do pertencimento a comunidade de fé. “Não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande idéia, mas pelo encontro com um acontecimento, com uma Pessoa” (DCE 01). Não significa prioritariamente levar uma doutrina, mas anunciar Jesus Cristo e fazê-lo presença. Evangelizar consiste no fato de que Jesus seja encontrado, seguido, amado, testemunhado, adorado, anunciado e comunicado. “Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher” (DA 18). O Papa Bento XVI também afirma que “a tarefa missionária não é revolucionar o mundo, mas transfigurá-lo, haurindo a força de Jesus Cristo”. Em síntese, é sempre do encontro com Jesus que germina o sentido da vida em comunidade. No início do evangelho de João, vemos como André, depois de ter encontrado Jesus, se apressa em conduzir a Ele seu irmão Simão (cf. Jo 1, 40-42). A relação entre os três instituiu o discipulado e o ardor pela vida em comunidade. Sentir-se membro da comunidade de Jesus leva-nos ao compromisso de anunciá-lo. O discípulo é, por natureza, evangelizador. Quanto mais conhecemos a Cristo, tanto mais queremos anunciá-lo. Quanto mais falamos com Ele, tanto mais queremos falar Dele. Quanto mais somos conquistados por Ele, tanto mais desejamos levar outras pessoas para Ele.

Muito obrigado em me acompanhar nessas breves palavras. Com fraternal benção.

PALAVRA

DO VIGÁRIO

O tempo que nos conduz ao Ressuscitado

Everton

O tempo é algo que todos experimentamos, mas que muitas vezes não entendemos completamente. Ele passa rapidamente quando estamos felizes e devagar quando enfrentamos dificuldades. Desde o momento em que nascemos, começamos uma jornada marcada pelo tempo, aprendendo, crescendo e vivendo diferentes experiências. No entanto, o tempo não é apenas uma sequência de dias e anos. Ele tem um propósito, e para aqueles que creem, ele nos conduz ao encontro mais importante de todos: o encontro com o Ressuscitado, Jesus Cristo.

Jesus Cristo viveu na Terra dentro do tempo humano. Ele nasceu, cresceu, ensinou, curou e realizou milagres. Cada momento da vida de Jesus teve um significado especial. Ele não apenas viveu como um homem, mas trouxe uma mensagem de esperança, amor e salvação. Porém, o ponto mais marcante de sua jornada foi sua morte e ressurreição.

Quando Jesus morreu na cruz, muitos pensaram que tudo estava acabado. Seus discípulos ficaram desanimados e sem esperança. Mas Deus tinha um plano que ia além do que os olhos podiam ver. No terceiro dia, no tempo exato determinado por Deus, Jesus venceu a morte e res -

suscitou. Essa vitória não foi apenas um evento do passado, mas algo que mudou toda a história da humanidade. Assim como o tempo revelou a vitória de Jesus, ele também nos conduz ao entendimento dessa verdade. Ao longo da vida, passamos por momentos de alegria e dor, aprendemos com nossos erros e crescemos na fé. Cada fase da nossa existência nos prepara para um encontro mais profundo com Deus. Muitas vezes, queremos respostas imediatas, queremos que tudo aconteça no nosso tempo. Mas Deus nos ensina a confiar n’Ele e a esperar. Quando enfrentamos desafios, podemos lembrar que o tempo de Deus é perfeito. Assim como Jesus ressuscitou no terceiro dia, no tempo exato, Ele também age em nossas

A ressurreição de Jesus nos dá a certeza de que a morte não é o fim. O tempo que temos nesta vida é uma oportunidade para conhecermos a Deus e vivermos de acordo com Seu amor. Cada dia é um presente, um passo a mais em direção ao Ressuscitado.

Quando olhamos para nossa jornada, podemos ver que o tempo não é um inimigo, mas um caminho que nos aproxima de Jesus. Ele nos ensina, nos transforma e nos prepara para algo maior: a vida eterna ao lado de Deus.

Portanto, que possamos viver cada dia com fé, paciência e esperança, sabendo que o tempo, mesmo com seus desafios, nos leva ao encontro daquele que venceu a morte. O tempo nos leva ao Ressuscitado!

vidas no momento certo.

CATEQUESE LITÚRGICA

O significado de cada momento da Santa Missa

Liturgia da Palavra: Um Encontro com a Voz de Deus - Parte II

Após vivenciarmos no artigo anterior os Ritos Iniciais da Santa Missa, somos convidados a adentrar um espaço sagrado de escuta e diálogo: a Liturgia da Palavra. É nesse momento que abrimos nossos corações e acolhemos a voz de Deus, que se manifesta de maneira especial nas Sagradas Escrituras.

A Estrutura que nos Guia

A Liturgia da Palavra é cuidadosamente estruturada para nos conduzir a uma experiência profunda e transformadora. A Instrução Geral do Missal Romano (IGMR) detalha a importância de cada elemento, buscando facilitar a compreensão e a participação ativa dos fiéis.

1. Primeira Leitura:

Nossas Raízes na História da Salvação Normalmente extraída do Antigo Testamento, essa leitura nos conecta com a história do povo de Israel, com suas promessas, desafios e alianças com Deus. É como revisitar nossas raízes, compreendendo que somos parte de uma longa jornada de fé. No Tempo Pascal, em vez do Antigo Testamento, mergulhamos nos Atos dos Apóstolos, testemunhando os primeiros passos da Igreja nascente.

Recomendação: Para uma

melhor compreensão, procure ler um breve comentário bíblico sobre a leitura antes da Missa. Se for da equipe litúrgica ensaie antes, pergunte ao presidente da celebração a pronúncia correta de alguma palavra nova. Lembre que Deus fala através dos Leitores.

2. Salmo Responsorial:

Uma Canção que Une Nossos Corações

Após a primeira leitura, somos convidados a cantar ou recitar um salmo, que ecoa em nossos corações como uma resposta à Palavra proclamada. O refrão, repetido por todos, transforma-se em uma oração comum, unindo nossas vozes em um só clamor. Segundo o IGMR 61: "O salmo responsorial, que faz parte integrante da Liturgia da Palavra, tem grande importância para favorecer a meditação da Palavra de Deus."

Recomendação: Aqui na Matriz da Piedade, se recomen-

da, sempre que possível, recitar ou cantar o Salmo do Ambão, embora o IGMR não especifique tal necessidade. O importante que seja feito com clareza e solenidade, para que a assembleia possa meditar.

3. Segunda Leitura: Conselhos e Luz para nosso dia a dia

Em geral, essa leitura é retirada das cartas dos Apóstolos ou do Apocalipse, oferecendo-nos ensinamentos práticos e exortações para a vida cristã. São como conselhos de amigos experientes, que nos ajudam a discernir o caminho do bem e a viver de acordo com os valores do Evangelho.

Informação útil: Muitas vezes, a segunda leitura complementa a primeira, oferecendo uma perspectiva do Novo Testamento sobre um tema apresentado no Antigo Testamento.

4. Aclamação ao Evangelho: Alegria além do Canto

O canto do Aleluia (ou outro canto apropriado ao tempo litúrgico) expressa nossa fé na presença real de Cristo, que está prestes a nos falar. É como receber um amigo querido, que chega para compartilhar sua sabedoria e amor.

5. Evangelho: O Coração da Liturgia da Palavra O Evangelho é o ponto alto da Liturgia da Palavra, o momento em que Jesus Cristo nos

encontra face a face. Escutamos atentamente suas palavras, seus ensinamentos, seus exemplos de vida. É um convite para seguirmos seus passos, amando a Deus e ao próximo como Ele nos amou.

Recomendação: No início na Proclamação do Evangelho, no Sinal da Cruz, ore em silêncio algo como: Na testa: “Que Sua Palavra esteja em minha mente”; na boca: “em meus lábios” e no peito: “e em meu coração”. Isso simboliza que Sua palavra seja compreendida (testa), proclamada (lábios) e guardada (peito). É uma forma sagrada de que o Evangelho influencie pensamentos, palavras e ações.

6.Homilia: Uma Luz para Compreender e Agir

No contexto do Evangelho, após a proclamação do Evangelho, o sacerdote ou diácono nos oferece a homilia, uma reflexão que ilumina a Palavra de Deus e a conecta com nossa realidade. A homilia nos ajuda a compreender o significado das leituras e a aplicá-las em nosso dia a dia, transformando nossa fé em ação. Segundo o IGMR 65: "A homilia... expõe os mistérios da fé e as normas da vida cristã a partir dos textos sagrados."

7. Profissão de Fé: Unindo Nossas Vozes em um Só Credo

Após a Homilia, de pé, pro -

fessamos nossa fé, reafirmando nossa adesão aos ensinamentos da Igreja. O Credo é como um farol que guia nossos passos, um resumo das verdades que sustentam nossa fé. Existem dois Credos principais: o Niceno-Constantinopolitano (mais solene) e o dos Apóstolos (mais breve).

8. Oração Universal: Abrindo Nossas Necessidades ao Mundo

Por fim, elevamos nossas preces a Deus, apresentando-lhe as necessidades da Igreja, do mundo e de cada um de nós. É um momento de solidariedade e compaixão, em que nos unimos em oração por todos os que sofrem e necessitam de ajuda. IGMR 69: "Na oração universal... o povo exerce o seu sacerdócio real, intercedendo por todos os homens."

Vivendo a Liturgia da Palavra

Para que a Liturgia da Palavra não seja apenas um momento para assistir sentado, mas sim uma experiência transformadora, esteja presente de corpo e alma, ouça com atenção, participe ativamente, reflita e coloque em prática, tentando aplicar os ensinamentos no seu dia a dia como cristão. Difícil, né? Não desistamos de tentar cada dia ser um pouquinho melhor.

PARÓQUIA EM MOVIMENTO

Novenário em Preparação para a Festa Da Padroeira

Dos dias 24 de janeiro a 01 de fevereiro de 2025, a paróquia realizou o novenário em preparação para a Festa da Padroeira. Como estamos no Ano Jubilar, o tema da festa foi "Peregrinos da esperança: Com Maria, caminhando juntos rumo ao Senhor". Nesses dias de novena, contamos com a participação das pastorais, comunidades e matriz para refletirmos sobre a peregrinação na comunidade e no mundo.

Bênção

dos motoristas e dos veículos em honra a São Cristovão

No dia 26 de janeiro os motoristas de nossa cidade puderam receber a bênção para si e seus veículos. Durante todo o dia os padres, diáconos, ministros e membros da comunidade estiveram em frente ao Centro de Eventos João Paulo II para acolher e abençoar a todos que passaram por lá.

Festa da Padroeira Nossa Senhora da Piedade

No dia 02 de fevereiro, comemoramos o dia da padroeira de nossa cidade, celebrando com todos este dia especial e rendendo graças a nossa mãe Maria. As comemorações iniciaram no palco localizado em frente à Igreja Matriz com o Ato Cívico, contando com a presença de autoridades municipais e demais integrantes da comunidade. Logo em seguida aconteceu a tradicional bênção das velas, da própria liturgia do dia, onde lembra-se da apresentação de Jesus no Templo, seguida da missa festiva onde os fiéis puderam demonstrar seu amor a nossa mãe Maria bem como render graças pelas bênçãos alcançadas. Nosso tradicional almoço festivo foi servido após a missa e logo após o almoço todos puderam aproveitar o show de prêmios e a tarde do pastel e de deliciosos bolos.

Caroline Bertão

Posse Canônica do Padre Luciano Tokarski

A Paróquia Nossa Senhora da Piedade celebra a Posse Canônica do novo Pároco, Padre Luciano Tokarski, com mensagem de carinho, amizade e disponibilidade.

Pároco é o pastor próprio da paróquia a ele confiada; exerce o cuidado pastoral da comunidade que lhe foi entregue, sob a autoridade do Bispo diocesano, em cujo ministério de Cristo é chamado a participar, a fim de exercer em favor dessa comunidade o múnus de ensinar, santificar e governar, com a cooperação também de outros presbíteros ou diáconos e com a colaboração dos fiéis leigos, de acordo com o CDC. (Cân 519).

Como para Cristo, assim também para o presbítero, a obediência exprime a total e alegre disponibilidade de se cumprir a vontade de Deus. Por isso, o sacerdote reconhece que esta vontade é manifestada também pelas indicações dos legítimos superiores. Esta disponibilidade deve ser entendida como uma verdadeira realização da liberdade pessoal, consequência de uma escolha amadurecida constantemente diante de Deus na oração. A virtude da obediência, requerida intrinsecamente pelo sacramento e pela estrutura hierárquica da Igreja, é claramente prometida pelo clérigo, primeiro no rito da ordenação diaconal e, depois, no da ordenação presbiteral. Mediante ela, o presbítero fortalece a sua vontade de comunhão, entrando assim, na dinâmica da obediência de Cristo, feito servo obediente até à morte de Cruz (cf. Fl 2,7-8). 226- (O Ministério e a Vida dos Presbíteros).

Na realidade, o presbítero está, pela natureza do seu ministério, a serviço de Cristo e da Igreja. Portanto, estará disponível a acolher quanto lhe é justamente indicado pelos superiores e de um modo particular, se não estiver legitimamente impedido, deverá aceitar e cumprir fielmente o encargo que lhe foi confiado pelo seu Ordinário. 228. (O Ministério e a Vida dos Presbíteros).

Padre Luciano, seja bem-vindo entre nós!

Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!

Animador: Irmãos e irmãs sejam todos bem-vindos a esta celebração! Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.

T: Amém

Animador: Estamos vivendo um tempo de conversão e mudança de vida. A Quaresma nos prepara para essa mudança e para a celebração da Páscoa. Neste tempo, é importante percorrermos o caminho de nosso Mestre e Senhor, como um verdadeiro caminho de entrega total da vida. A Via Sacra, ou o Caminho Santo percorrido por Jesus, é o melhor exemplo d’Aquele que entregou sua vida como resgate em

favor da humanidade. “Ele é a nossa Paz: do que era dividido fez uma unidade” (Ef 2,14).

PRIMEIRA ESTAÇÃO

Jesus é condenado à morte

Animador: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos!

T: Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!

L1: Quando o “povo” pediu a crucificação de Jesus, Pilatos pediu água e lavou as mãos, dizendo: “Não sou responsável pelo sangue deste homem. É um problema de vocês”. Depois de mandar açoitar Jesus, entre-

gou-O para ser crucificado.

T: Senhor Jesus Cristo, que seu exemplo nos ensine a acolher os pobres e marginalizados, a todos os nossos irmãos e irmãs necessitados e que sejamos construtores de uma sociedade humana e solidária!

Pai-nosso… Ave-Maria… Glória ao Pai.

Canto: Ao morrer crucificado, Teu Jesus é condenado, por teus crimes, pecador, por teus crimes, pecador. / Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me, Bom Jesus, perdoai-me, Bom Jesus!

SEGUNDA ESTAÇÃO

Jesus carrega a sua cruz

Animador: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos!

T: Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!

L2: Jesus recebe sobre seus ombros a cruz e se dirige ao monte Calvário ou Gólgota, onde será crucificado. A cruz era um antigo instrumento de suplício, usado para executar os condenados à morte.

T: Senhor Jesus, ajudai-nos a buscar a vida eterna, carregando nossa cruz todos os dias. Que o conhecimento e a dimensão intelectual levem-nos ao desenvolvimento dos laços de amor, amizade e comunhão contigo, com o Pai e o Espírito Santo. Amém! Pai-nosso… Ave-Maria… Glória ao Pai.

Canto: Com a cruz é carregado e do peso acabrunhado, vai morrer por teu amor, vai morrer por teu amor. / Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me, Bom Jesus, perdoai-me, Bom Jesus!

TERCEIRA ESTAÇÃO

Jesus cai pela primeira vez

Animador: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos!

T: Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!

L3: Jesus caminha cansado e abatido sob o peso da cruz. Seu corpo está coberto de sangue, suas forças esmorecem, e ele cai. Com chicotes, os soldados o forçam a se levantar e continuar o caminho para o Calvário.

T: Senhor Jesus, muitas vezes tropeçamos e caímos diante das condições mundanas. Que estas quedas não nos impeçam de continuarmos como discípulos a vivenciar a plenitude da sua Revelação, da vida e do amor do Pai manifestados em sua Encarnação.

Pai-nosso… Ave-Maria… Glória ao Pai.

Canto: Pela cruz tão oprimido cai Jesus desfalecido, pela tua salvação, pela tua salvação. /

Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me, Bom Jesus, perdoai-me, Bom Jesus!

QUARTA ESTAÇÃO

Jesus se encontra com sua mãe

Animador: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos!

T: Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!

L4: Mãe e filho se encontram e se abraçam em meio à dor. Eles tudo partilham, até a cruz, até o fim. Sem palavras, a dor leva-os a compartilhar este momento sofrido, expresso em seus rostos.

T: Senhor Jesus, a dor de sua Mãe Santíssima é a dor de tantas mães que choram as dores de seus filhos que passam pelas vias dolorosas neste mundo. Que cada passo deste caminho esteja sob a proteção materna de Maria, nossa mãe. Amém!

Pai-nosso… Ave-Maria… Glória ao Pai.

Canto: De Maria lacrimosa, sua mãe tão dolorosa, vê a imensa compaixão, vê a imensa compaixão. / Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me, Bom Je -

sus, perdoai-me, Bom Jesus!

QUINTA ESTAÇÃO

Simão ajuda Jesus a carregar a sua cruz

Animador: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos! T: Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo! L5: Enquanto levavam Jesus para ser crucificado, Simão de Cirene, que voltava do campo, foi obrigado a carregar a cruz para que Jesus não desfalecesse pelo caminho, pois tinha de permanecer vivo até a crucifixão. T: Senhor Jesus, que nunca nos fechemos ao seu amor, mas livremente façamos a escolha por Ti. Aceita nossa singela ajuda neste caminho até o Calvário. Que nossos gestos de carinho, de atenção aos mais pobres e necessitados, possibilitem um encontro contigo na via da redenção. Amém! Pai-nosso… Ave-Maria… Glória ao Pai.

Canto: No caminho do calvário, um auxílio é necessário: não lhe nega o Cirineu, não lhe nega o Cirineu. / Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me, Bom Jesus, perdoai-me, Bom Jesus!

SEXTA ESTAÇÃO

Verônica enxuga o rosto de Jesus

Animador: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos! T: Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo! L6: Uma mulher que assistia à passagem de Jesus se comove ao ver a cena e decide limpar a face do condenado tingida de sangue. No pano usado por Verônica ficou gravado o rosto de Jesus.

T: Senhor Jesus, que saibamos contemplar o seu rosto nas situações precárias do ser humano, tantas vezes ferido pela miséria,

Caroline Bertão

pela opressão, pela falta de condições, de dignidade. Ao contemplarmos o seu semblante, conceda-nos uma comunhão profunda com o rosto daqueles que sofrem. Amém!

Pai-nosso… Ave-Maria… Glória ao Pai.

Canto: O seu rosto ensanguentado, por Verônica enxugado, que no pano apareceu, que no pano apareceu. / Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me, Bom Jesus, perdoai-me, Bom Jesus!

SÉTIMA ESTAÇÃO

Jesus cai pela segunda vez

Animador: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos!

T: Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!

L7: Jesus sabia do fim que o esperava. Seu espírito estava preparado, mas seu corpo estava esgotado e abatido. Por isso, caminhava com dificuldade e pela segunda vez cai sob a cruz.

T: Senhor Jesus, não permitas que as quedas ao longo do caminho nos afastem de Ti. Ajudai-nos a ter força de levantar e prosseguir o caminho, certos de que sua misericórdia é maior que os nossos pecados. Amém! Pai-nosso… Ave-Maria… Glória ao Pai.

Canto: Outra vez desfalecido, pelas dores abatido, cai por terra o salvador, cai por terra o salvador. / Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me, Bom Jesus, perdoai-me, Bom Jesus!

OITAVA ESTAÇÃO

Jesus consola as mulheres de Jerusalém

Animador: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos!

T: Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!

L8: Já estavam próximos do monte Calvário. Jesus, abatido pela dor e vendo suas forças esgotadas, ainda tem ânimo para consolar as mulheres que, chorando, lamentavam o sofrimento dele.

T: Senhor Jesus, o choro das mulheres no caminho do Calvário é a expressão da Igreja que chora e tanto necessita da Sua consolação. Que o encontro das santas mulheres de Jerusalém nos impulsione a buscá-lo a

cada dia, fazendo a experiência de sermos consolados em meio às aflições do tempo presente. Amém!

Pai-nosso… Ave-Maria… Glória ao Pai.

Canto: Das mulheres que choravam, que fiéis O acompanhavam, é Jesus consolador, é Jesus consolador. / Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me, Bom Jesus, perdoai-me, Bom Jesus!

NONA ESTAÇÃO

Jesus cai pela terceira vez

Animador: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos!

T: Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!

L9: Jesus já não suporta o cansaço e a dor, por isso cai pela terceira vez sob o peso da cruz. Mesmo assim, não desiste e cumpre com humildade até o fim a missão que o Pai Lhe confiou.

T: Senhor Jesus, dai-nos força para levantar diante das quedas no pecado. Que jamais sejamos vencidos pela astúcia do inimigo, mas que a oração contínua nos fortaleça no combate contra o espírito do mal. Amém!

Pai-nosso… Ave-Maria… Glória ao Pai.

Canto: Cai terceira vez prostrado, pelo peso redobrado, dos pecados e da cruz, dos pecados e da cruz. / Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me, Bom Jesus, perdoai-me, Bom Jesus!

DÉCIMA ESTAÇÃO

Jesus é despojado de suas vestes

Animador: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos!

T: Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!

L10: Os soldados tomaram as roupas de Jesus e fizeram um sorteio, para ver a parte que cabia a cada um. Assim se cumpre a profecia: “Repartiram entre si minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica”.

T: Senhor Jesus, despojado de suas vestes, Tu és Santo, consagrado por Deus, que mostra a sua santidade para consagrar os seus discípulos. Ajudai-nos a acolher a tua Palavra que é Verdade, como ato sublime de uma plena consagração a Ti. Amém!

Pai-nosso… Ave-Maria…

Glória ao Pai.

Canto: De suas vestes despojado, por algozes maltratado, eu vos vejo, meu Jesus, eu vos vejo, meu Jesus. / Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me, Bom Jesus, perdoai-me, Bom Jesus!

DÉCIMA PRIMEIRA ESTAÇÃO

Jesus é pregado na cruz

Animador: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos!

T: Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!

L11: Jesus é crucificado. São cravados pregos de ferro que lhe rasgam a carne, dilacerando mãos e pés. A cruz é erguida, Jesus fica suspenso entre o céu e a terra. Agora é o fim, ele está definitivamente condenado.

T: Senhor Jesus, obrigado por ter rezado por cada um de nós, por esta geração do tempo presente, que crê na sua Palavra e tantas vezes se cala diante do medo da perseguição e da morte. Ajudai-nos, Senhor, a sermos profetas no nosso tempo, que tanto necessita de palavras proféticas e do testemunho cristão. Amém!

Pai-nosso… Ave-Maria… Glória ao Pai.

Canto: Sois por mim na cruz pregado, insultado e blasfemado, com cegueira e com furor, com cegueira e com furor. / Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me, Bom Jesus, perdoai-me, Bom Jesus!

DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO

Jesus morre na cruz

Animador: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos!

T: Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!

L12: Depois de longa agonia, Jesus lança seu último grito do alto da cruz: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. Em seguida, inclinou a cabeça e entregou o espírito a Deus. (Breve momento de silêncio e reverência)

T: Senhor Jesus, que morrestes por nós na cruz, não permitas que a divisão do nosso coração nos impeça de manter a comunhão contigo e com a sua Igreja. Ajudai-nos a compreender melhor as diferenças que existem entre nós, para nos mantermos fiéis em torno

de Ti, unidade visível e reflexo da comunhão com o Pai. Amém!

Pai-nosso… Ave-Maria… Glória ao Pai.

Canto: Meu Jesus por nós morrestes, por nós todos padecestes! Como é grande a vossa dor, como é grande a vossa dor! / Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me, Bom Jesus, perdoai-me, Bom Jesus!

DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃO

Jesus é descido da cruz e entregue à sua Mãe!

Animador: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos!

T: Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!

L13: Às vésperas do sábado, José de Arimatéia foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Com a permissão de Pilatos, José comprou um lençol de linho, desceu o corpo da cruz e o enrolou no lençol. Maria, sua mãe, recebeu-o em seus braços.

T: Senhor Jesus, na intercessão segura de Maria, nossa Mãe, rogamos neste momento pela saúde de todos, afaste de nós todos os males do corpo e da alma, que sejamos confiantes e esperemos sempre no Senhor a verdadeira cura. Amém!

Pai-nosso… Ave-Maria… Glória ao Pai.

Canto: Do madeiro Vos tiraram e à Mãe Vos entregaram: com que dor e compaixão, com que dor e compaixão! / Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me, Bom Jesus, perdoai-me, Bom Jesus!

DÉCIMA QUARTA ESTAÇÃO

Jesus é sepultado

Animador: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos!

T: Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!

L14: Depois de envolvê-lo num lençol, José de Arimatéia colocou o corpo de Jesus num túmulo escavado na rocha, onde ninguém ainda tinha sido sepultado, e rolou uma grande pedra para fechar a entrada do túmulo.

T: Senhor Jesus, diante do sepulcro meditamos o Mistério da sua morte, que jamais será a última palavra para a humanidade, pois Vós a vencestes pela vida nova. Ajudai-nos a não ficarmos

tristes diante da separação física que a morte nos causa, mas tenhamos a esperança de uma vida glorificada no Mistério da sua Paixão, Morte e Ressurreição. Amém! Pai-nosso… Ave-Maria… Glória ao Pai.

Canto: No sepulcro vos puseram, mas os homens tudo esperam, do mistério da Paixão, do mistério da Paixão. / Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me, Bom Jesus, perdoai-me, Bom Jesus!

DÉCIMA QUINTA ESTAÇÃO

A ressurreição de Jesus

Animador: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos! T: Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!

L15: No domingo de madrugada, as mulheres foram ao túmulo e viram que estava vazio. Dois homens com vestes claras e brilhantes lhes perguntaram: “Por que procuram entre os mortos quem está vivo? Ele não está aqui, mas ressuscitou”. T: Senhor Jesus, dai-nos a graça de nos sentirmos enviados a este mundo como verdadeiros discípulos. Que a certeza da sua ressurreição nos ajude a vencer as trevas do mundo e realizar com todo ardor o caminho rumo à eternidade. Amém! Pai-nosso… Ave-Maria… Glória ao Pai.

Animador: Senhor Jesus, terminamos o percurso da Via-Sacra, onde meditamos e rezamos sobre as principais dificuldades que enfrentastes no caminho até o Calvário. Sobre vossa cruz resplandece a luz da esperança, que não nos permite voltar atrás. A Vossa Cruz se torne para nós sinal de vitória. Ajudai-nos a abraçá-la com amor para que possamos vislumbrar o brilho da vossa ressurreição. Vós que viveis e reinais para sempre.

T: Amém!

Animador: Encerremos a nossa celebração, cantando: Canto: Vitória, tu reinarás! Ó Cruz, tu nos salvarás! Brilhando sobre o mundo, que vive sem tua luz, Tu és um sol fecundo, de amor e de paz, ó Cruz!

Animador: Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo! T: Para sempre seja louvado.

A VIRTUDE DA PENITÊNCIA

A virtude da penitência é uma disposição moral que inclina o pecador a destruir e reparar os seus próprios pecados por constituírem ofensas a Deus. A penitência é uma dor espiritual, interior: é o sofrimento por haver pecado. É um querer não ter pecado, é um querer não ter querido o mal que se quis no passado. O pecado é um ato da vontade humana e só pode ser destruído por um novo ato da vontade que o revogue. É por isso que a virtude da penitência está indissociavelmente ligada ao sacramento de mesmo nome: a validade deste depende da sinceridade daquele. Mas não basta o arrependimento, a virtude da penitência exige também o propósito de reparar o mal cometido e de não mais tornar a pecar no futuro. Assim, a penitência se projeta nos sentidos do tempo: para o passado, o arrependimento;

para o presente, a reparação; e para o futuro, o propósito de emenda.

A prática da penitência é importante durante a Quaresma por vários motivos. Em primeiro lugar, a penitência nos ajuda a nos concentrar em nossa relação com Deus e a reconhecer nossos erros e falhas. Ao nos arrependermos de nossos pecados e buscar a reconciliação com Deus, podemos nos aproximar dele e fortalecer nossa fé. Além disso, a penitência também nos ajuda a nos concentrar em nosso relacionamento com os outros. Ao nos esforçarmos para corrigir nossos erros e sermos melhores pessoas, podemos melhorar nossos relacionamentos com aqueles ao nosso redor e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e compassiva. Finalmente, a penitência nos ajuda a nos preparar para a

“A penitência é uma dor espiritual, interior: é o sofrimento por haver pecado. É um querer não ter pecado, é um querer não ter querido o mal que se quis no passado.

Tempo

Quaresmal: Oração, caridade e abnegação

O tempo quaresmal é um período de 40 dias que antecede a Páscoa, começando na Quarta-feira de Cinzas e terminando no Sábado Santo. É um momento de reflexão, penitência e preparação espiritual para a celebração da ressurreição de Jesus. Durante a quaresma, muitos cristãos praticam a oração, a caridade e a abnegação buscando um aprofundamento na fé e uma renovação espiritual. É uma época de introspecção e de busca por um relacionamento mais próximo com Deus.

celebração da Páscoa, que é o ápice do calendário cristão. Ao nos arrependermos de nossos pecados e buscar a reconciliação com Deus e com os outros, podemos estar prontos para receber o amor e a misericórdia de Deus, que se manifestam na ressurreição de Cristo. Por essas razões, a penitência é uma parte importante da Quaresma e uma oportunidade para os fiéis crescerem em sua vida espiritual e em seu relacionamento com Deus e com os outros.

Desde então começou Jesus a pregar e a dizer: “Fazei penitência, porque está próximo o Reino dos céus” (Mt 4,17). E se está próximo, é porque não está distante: “O Senhor está perto de toda pessoa que o invoca”. (Sl 144,18).

“Tenhamos todos, então, uma boa e santa Quaresma”.

Através da oração, reconhecemos nossas fragilidades e buscamos forças para seguir os ensinamentos de Cristo. Seja por meio da leitura da Palavra de Deus, do terço, da meditação ou da participação na Santa Missa, a oração nos conduz a um encontro mais íntimo com o Senhor. A oração, no tempo da Quaresma, é o meio pelo qual nos aproximamos de Deus, fortalecendo nossa fé e renovando nosso compromisso.

A caridade, outro pilar fundamental da Quaresma, nos chama a olhar para o próximo com compaixão e solidariedade.

É um tempo de partilha, de estender as mãos aos que mais necessitam, seja por meio de gestos concretos, doações ou simples

atos de bondade no dia a dia. Ao praticarmos a caridade, tornamo-nos instrumentos do amor de Deus no mundo e seguimos o exemplo de Cristo, que veio para servir e não para ser servido.

A abnegação, ou seja, o sacrifício voluntário de algo em favor de um bem maior, é uma forma de nos unirmos ao sofrimento de Cristo e exercitarmos o desapego das coisas materiais e do egoísmo. O jejum e a penitência são formas concretas dessa renúncia, que nos ajudam a fortalecer a vontade e purificar o coração. Renunciar a hábitos prejudiciais, dedicar mais tempo à espiritualidade e buscar uma vida mais simples são maneiras de vivenciar esse aspecto da Quaresma.

Dessa forma, a oração nos conecta a Deus, a caridade nos liga ao próximo e a abnegação nos ensina o verdadeiro sentido do sacrifício e da entrega. Que possamos viver esse tempo quaresmal com profundidade, preparando nossos corações para a grande celebração da Ressurreição de Cristo.

Caroline Bressam Rodrigues Campos
Clarice Nesi Bonato / Coordenação Paroquial
Fonte: Formação Litúrgica

SÃO PEDRO E SÃO PAULO

SEMANA SANTA O SIGNIFICADO DE CADA DIA

Com o Domingo de Ramos, a Igreja Católica abre as celebrações centrais da fé cristã, nas quais se revisita a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo pela redenção da humanidade. É por esse motivo que esta semana que antecede a Páscoa é chamada de Semana Santa, a Semana Maior.

Em cada dia, a Liturgia da Igreja Católica apresenta os passos de Jesus até a sua entrega e ressurreição.

DOMINGO DE RAMOS

No início da Semana Santa, o Domingo de Ramos e da Paixão marca a entrada de Jesus em Jerusalém para consumar seu mistério pascal. Nessa liturgia que abre a Semana Maior, os ramos são a lembrança da recepção do povo que estendeu as folhagens na entrada da cidade, por onde Jesus passou montado num jumento. Após esse início da entrada triunfante, a liturgia apresenta a proclamação da Paixão do Senhor.

SEGUNDA-FEIRA SANTA

Seis dias antes da Páscoa, Jesus chega a Betânia para fazer a última visita aos amigos de toda a vida. Está cada vez mais próximo o desenlace da crise. Maria de Betânia unge os pés de Jesus com perfume de nardo puro e Jesus anuncia que sua hora havia chegado. Na primeira leitura, é oferecido o primeiro canto do servo do Senhor: “Olha o meu servo, sobre quem pus o meu Espírito”.

TERÇA-FEIRA SANTA

A mensagem central deste dia passa pela Última Ceia. No Evangelho, há uma antecipação da Quinta-feira Santa. Jesus anuncia a traição de Judas e as fraquezas de Pedro. A primeira leitura é o segundo canto do servo do Senhor, no qual descreve-se a missão de Jesus. Deus o destinou a ser “luz das nações, para que a salvação alcance até os confins da terra”.

QUARTA-FEIRA SANTA

Em muitas paróquias, especialmente no interior do país, realiza-se a famosa “Procissão do Encontro”. Os homens saem de uma igreja ou local determinado com a imagem de Nosso Senhor dos Passos; as mulheres saem de outro ponto com Nossa Senhora das Dores. Acontece o doloroso encontro entre a mãe e o filho.

QUINTA-FEIRA SANTA

Neste dia, são duas grandes marcas: a dos Santos óleos e a do Lava Pés. A primeira ocorre na Missa do Crisma, que reúne todo o clero diocesano com o bispo, recordando a unidade da Igreja e o compromisso de servir a Jesus Cristo. Na celebração, três óleos são abençoados: o do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos. Já o lava-pés, um ritual litúrgico que recorda o gesto de Jesus antes da última ceia e recorda a instituição da Eucaristia. O rito do lava-pés é um ato litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus, no qual o bispo ou o padre reforçam o compromisso

de estar a serviço da comunidade, para que todos tenham a salvação. É na celebração da Missa da Ceia do Senhor que a Igreja dá início ao Tríduo Pascal. Oferecendo ao Pai o Seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregando aos apóstolos para que os tomassem, Jesus institui a Eucaristia. Essa ação de graças designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de Pão e Vinho.

SEXTA-FEIRA SANTA

A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, é contemplado o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da santa cruz.

SÁBADO SANTO

Diante da Vigília Pascal, é como se a Igreja e cada fiel estivessem escalando uma alta montanha: cada dia mais um passo e mais próximo do ápice! Esta Liturgia é muito rica nos sinais, nos gestos e símbolos. É na Vigília Pascal que acontece a bênção do fogo. O Círio Pascal é aceso no fogo novo, trazendo o ano que estamos vivendo e duas letras do alfabeto grego, ou seja, o Alfa e o Ômega, que representam Jesus, nossa Luz, Princípio e Fim de tudo e de todos, Senhor do tempo e da história!

DOMINGO DA RESSURREIÇÃO

É o dia santo mais importante da religião cristã. Do hebreu “Peseach”, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando dizemos “Cristo vive” não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança.

N. SRA. DAS GRAÇAS

SÃO JOSÉ

De acordo com a tradição cristã, São José era um carpinteiro em Nazaré, e foi escolhido por Deus para ser o guardião e protetor de sua família terrena. Não teria sido assim se não guardasse em seu ser, diversas virtudes que já agradavam a Deus.

A missão de São José foi cuidar da Sagrada Família, protegendo Jesus e Maria, e prover para as suas necessidades. Ele também foi o responsável por dar o nome de Jesus, fazendo-o descendente de Davi.

Com muita coragem, ele aceita a sua missão e a cumpre com maestria, com muito amor e dedicação a tudo aquilo que Deus lhe confiou.

São José, de fato é um exemplo de virtude, como a fidelidade, a humildade, a coragem, a paciência, a prudência, a fortaleza, o amor, a esperança e a justiça, que aliás, com a chegada de Jesus ganha outro sentido: misericórdia. É um modelo de pai acolhedor, que abraçou a responsabilidade de cuidar de Maria e Jesus com fé e devoção.

Por tudo isso, José tornou-se o padroeiro dos trabalhadores, das famílias e Patrono Universal da igreja católica, festejado no dia 19 de março.

Todo povo cristão precisa de valores referenciais em sua vida. Vale dizer que precisa de figuras de frente nas coisas de Deus. São José foi uma dessas, que se tornou ao longo dos séculos um referencial, que aponta caminhos seguros para a fidelidade às coisas de Deus, com o exercício de responsabilidade à missão que recebeu.

Nossa comunidade se alegra em ter como co-padroeiro, São josé, que há muitos anos vem inspirando novas comunidades aos caminhos de Deus. Convidamos todos a participar da nossa festa, no dia 23 de março de 2025. Ficaremos honrados em recebê-los e que a Paz de Jesus esteja com todos vocês.

COMUNIDADES

MATRIZ

Paixão de Cristo: Evento central na história da salvação

Atento, Isaac fitou seu pai e perguntou: “Temos aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” (Gn 22,7). Séculos se passaram, e a resposta definitiva ecoou na voz de João Batista, que apontou para Cristo e proclamou: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). Aquilo que fora uma figura no sacrifício de Isaac encontrava seu cumprimento pleno no Gólgota, onde o Filho unigênito não seria poupado, mas sim oferecido como vítima, selando com seu sangue a Nova e Eterna Aliança. O sofrimento da redenção inicia-se no Jardim do Getsêmani, cujo nome significa “prensa de azeite”. Não por acaso, ali o Cordeiro começou a ser esmagado pelo peso dos pecados do mundo. Assim como as azeitonas são prensadas para extrair o óleo puro, Cristo suou sangue sob a imensa pressão da culpa que não era sua (Lc 22,44). No tradicional processo de prensagem, a primeira extração fornecia o óleo mais puro, destinado ao Templo para unção e iluminação; as posteriores serviam para alimentação, cura e fabricação de sabão. De maneira similar, o sacrifício de Cristo foi por toda a humanidade, desde os mais justos até grandes pecadores - como o ladrão arrependido na cruz ao lado de Cristo. O óleo da oliva ilumina, cura e sustenta; o sangue do Redentor ilumina as almas, cura as feridas do pecado e alimenta os corações famintos de Deus. No rito da Páscoa judaica,

o cordeiro pascal era inspecionado por quatro dias antes do sacrifício, assegurando sua pureza: “sem defeito, macho, de um ano” (Ex 12,3-6). Também Cristo foi examinado por judeus e romanos, julgado e interrogado repetidas vezes, até que Pilatos, no tribunal da história, proclamasse: “Não encontro nele culpa alguma” (Jo 19,4). Ele, o imaculado, foi oferecido em sacrifício pelos maculados. No Egito, o sangue do cordeiro era aspergido nos umbrais das portas para proteger os israelitas da devastação (Ex 12,7-13). No Calvário, o sangue do verdadeiro Cordeiro foi derramado sobre a madeira da cruz, libertando-nos não apenas da escravidão terrena, mas da servidão eterna do pecado e da morte.

Os últimos suspiros do Cordeiro foram um eco do Antigo Testamento, um testamento

vivo da fidelidade divina. Em meio à dor, Cristo intercedeu por seus algozes, cumprindo o que fora profetizado: “Ele próprio deu sua vida e deixou-se colocar entre os criminosos, tomando sobre si os pecados de muitos homens e intercedendo pelos culpados” (Is 53,12). Deste modo, com um amor insondável, clamou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23,34).

No abandono da aflição, elevou a voz em um clamor que ressoava desde os tempos de David, quando o salmista lamentou: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?” (Sl 22, 2), cumprindo-se então na cruz conforme Mateus relata, preservando as palavras em hebraico: “Próximo da hora nona, Jesus exclamou em voz forte: Eli, Eli, lamah sabactani? - o que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, por que

me abandonaste?” (Mt 27, 46).

Sua sede, registrada por João, era a sede da alma, mais que do corpo: “Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Sl 42,2). Mas a resposta do mundo foi amarga: “Puseram fel no meu alimento, na minha sede deram-me vinagre para beber” (Sl 69,22). Assim se cumpriu a profecia quando, estendendo-lhe uma esponja embebida em vinagre, Jesus tomou dela e, com uma voz que estremeceu a eternidade, declarou: “Tudo está consumado” (Jo 19,30). Por fim, na obediência de cordeiro imaculado, entregou-se ao Pai: “Em vossas mãos entrego meu espírito” (Sl 31,6).

São Boaventura, como muitos outros santos, não hesita em apontar para a Santa Cruz de Cristo como centro de sabedoria para nós: “Eis a fonte de meus conhecimentos. Estudo

aberto). Catedral de São Bavão, Gante.

Jesus, e Jesus crucificado!”. A meditação da Paixão não é um exercício de tristeza, mas de transformação. Cada sofrimento de Cristo contém uma lição profunda para nós, ecoando de geração em geração: sua paciência ensina-nos a suportar as provações, sua humildade diante da cruz ensina-nos a aceitar as nossas, sua entrega ao Pai ensina-nos a confiança. Por fim, que possamos orar com Santo Agostinho: “Gravai, ó meu amantíssimo Salvador, gravai as Vossas Chagas em meu coração, a fim de que nelas eu leia sempre a Vossa dor e o Vosso amor. Sim, porque, tendo diante dos olhos a grande dor, que Vós, meu Deus, padecestes por mim, sofrerei em paz todas as penas que me possam acontecer; e a vista do amor que me tendes patenteado na cruz, não amarei nem poderei amar senão a Vós.”

Adoração do Cordeiro Místico. Jan van Eyck, 1430-1432. Óleo sobre madeira, 350 × 461 cm (retábulo

A Vigília Pascal: A Noite da Esperança e da Ressurreição

Heloíse Ardigó e Leticia Sokulski

A Vigília Pascal é a celebração mais solene e significativa do calendário litúrgico da Igreja Católica. Realizada na noite do Sábado Santo, antecedendo o Domingo de Páscoa, essa celebração marca o momento em que Cristo vence a morte e ressurge glorioso, trazendo esperança e renovação para toda a humanidade. Mais do que um rito, a Vigília Pascal é um convite à transformação espiritual e ao fortalecimento da fé.

A celebração tem início com a Liturgia da Luz, um dos momentos mais simbólicos da noite. O fogo novo é abençoado e, com ele, acende-se o Círio Pascal, que representa Cristo ressuscitado, a luz do

mundo que dissipa as trevas do pecado. Em seguida, a Igreja mergulha na Liturgia da Palavra, uma verdadeira jornada pela história da salvação. Desde a criação do mundo, passando pela libertação do povo de Israel da escravidão no Egito, até o anúncio jubiloso da ressurreição, as leituras nos mostram como Deus, ao longo dos tempos, manifesta Seu amor e fidelidade à humanidade.

Outro momento essencial da Vigília Pascal é a Liturgia Batismal, que nos recorda que, pelo batismo, somos inseridos no mistério da morte e ressurreição de Cristo. Durante essa parte da celebração, toda a comunidade é convidada a renovar suas promessas batismais, reafirmando seu compromisso com a fé cristã. Esse gesto

simboliza a passagem das trevas para a luz, da morte para a vida nova em Cristo. A celebração culmina com a Liturgia Eucarística, onde a Igreja, reunida como Corpo de Cristo, participa do banquete pascal. Ao comungar nos fortalecemos espiritualmente e renovamos nossa missão de levar a Boa Nova ao mundo. A ressurreição de Cristo não é apenas um evento do passado, mas uma realidade viva que transforma vidas e renova corações.

A Vigília Pascal nos ensina que a Páscoa não é apenas a celebração da vitória de Cristo sobre a morte, mas também um chamado para que cada um de nós renasça com Ele. É um convite a deixarmos para trás tudo o que nos afasta de Deus e a vivermos com esperança, amor e fé renovada.

São Marcos: O primeiro a escrever os ensinamentos de Jesus

Origem: Marcos era de família judaica, também conhecido no livro dos Atos do Apóstolos com o nome de João Marcos (cf. At 12, 12). Era filho de Maria, que, segundo a tradição, seria uma viúva de boas condições financeiras naquela época. Sua mãe, possivelmente, foi quem colaborou com os primeiros cristãos, abrigando-os em sua casa no início do cristianismo.

Interessante: Alguns biblistas cogitam a possibilidade de ter sido a casa da família de Marcos usada por Jesus e pelos Apóstolos durante a última ceia.

Vida: Mesmo Marcos não sendo um dos doze Apóstolos, é provável que ele tenha conhecido Jesus. Muitos estudiosos da área bíblica acreditam que Marcos foi o rapaz que largou o lençol, única roupa em que estava coberto, fugindo nu no momento em que Jesus era preso no Getsêmani (Mc 14, 51-52).

grande Apóstolo Pedro, tornando-se assim o seu intérprete, registrando as pregações do grande Apóstolo. Os registros do primeiro evangelho: A principal missão do evangelista Marcos foi descrever e transmitir as principais pregações de Pedro sobre Jesus. São Marcos tornou-se um grande modelo, pois seguiu com fidelidade a ordem de ir pelo mundo inteiro pregando o evangelho a toda criatura. Seu evangelho é o menor entre os quatro evangelistas, porém, é considerado o primeiro a ser escrito, servido de base para os evangelistas Mateus e Lucas. Seu conteúdo é um urgente convite para conhecermos com profundidade quem é Jesus.

São Marcos: Padroeiro de Veneza

Páscoa ou Domingo da Ressurreição

Adriane Fiszt SANTO ANTONIO

No Domingo de Páscoa, celebramos o momento ápice da vida de todo cristão. Nesta liturgia estamos vivendo, verdadeiramente, o mistério da Paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. A palavra Páscoa tem como significado “passagem”. E é isso que celebramos, a cada ano, de modo intensivo e aprofundado. É uma festividade religiosa e um feriado que celebra a ressurreição de Jesus ocorrida no terceiro dia após sua crucificação no Calvário, conforme o relato do Novo Testamento. A celebração da Páscoa da

Ressurreição de Jesus é o evento litúrgico mais importante de nossa vida cristã e da nossa Igreja. É a Ressurreição de Cristo o fundamento da nossa fé e sem o qual não podemos existir enquanto cristãos. “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé” (1 Cor 15,12).

Ressurreição de Jesus é a fé cristã de que Jesus Cristo retornou à vida no domingo seguinte à sexta-feira na qual ele foi crucificado. É uma doutrina central da fé e da teologia cristã e parte do Credo Niceno: “Ressuscitou dos mortos ao terceiro dia, conforme as Escrituras”.

Irradiemos ao nosso redor a esperança e a certeza da

presença de Cristo Ressuscitado. Que se encha nosso olhar de luz, como os das mulheres que viram o sepulcro vazio e o Filho de Deus ressuscitado (Mt 28). Que possamos também nós, numa só fé, exclamar como elas “o Senhor Ressuscitou, aleluia”.

As palavras de Francisco aos fiéis: "Sim, temos a certeza: verdadeiramente Cristo ressuscitou. Acreditamos em Vós, Senhor Jesus, acreditamos que convosco renasce a esperança, o caminho continua. Vós, Senhor da vida, encorajai os nossos caminhos e repeti, também a nós, como aos discípulos na noite de Páscoa: ‘A paz esteja convosco’.”

São Marcos: descreveu e transmitiu as principais pregações de São Pedro sobre Jesus

Primeiras famílias cristãs: O que se sabe com precisão é que São Marcos era primo de Barnabé, figura importante na difusão do cristianismo. Marcos foi grande companheiro de Paulo em sua primeira viagem missionária, além de permanecer ao seu lado hora de sua morte.

Discípulo de Pedro: Marcos foi fiel discípulo de São Pedro, em Roma. Pedro demonstrou tal afeição por Marcos que o chamou carinhosamente de “meu filho” (cf. 1Pd 5, 13). Foi sob a inspiração do Espírito Santo que Marcos escreveu em seu evangelho os ensinamentos do

Páscoa: Após os martírios de São Pedro e São Paulo, Marcos dirigiu-se para Alexandria, sendo reconhecido como evangelizador e primeiro Bispo desta parcela da Igreja. Marcos morreu entre os anos 68 e 72, acredita-se que foi martirizado em Alexandria, no Egito. No ano de 825, suas relíquias foram transportadas para a cidade de Veneza, onde até hoje é venerado como Padroeiro.

Oração: “Que a exemplo de São Marcos, sejamos fiéis, amigos e companheiros uns dos outros no serviço da evangelização, levando com coragem a Palavra de Deus ao mundo inteiro, despertando nos corações o desejo de conhecer quem é Jesus Cristo.” São Marcos Evangelista, rogai por nós!

Fonte: https://santo.cancaonova. com/santo/sao-marcos/

AIniciação à Vida Cristã com inspiração catecumenal não é uma tarefa apenas para a catequese. Muito embora ouve-se dizer que “a catequese mudou”, a Iniciação à Vida Cristã que tem o catecumenato como inspiração, traz à vida da paróquia, e por extensão da diocese, uma dinâmica nova.

Tal dinâmica é a mesma que antes era a base e a razão de ser da Igreja nascente: o catecumenato, conhecido como uma instituição, isto é, uma estrutura de Igreja com etapas de introdução, formação e apresentação dos novos membros da comunidade de fé. Ao final do processo, completados os ritos e formações, as pessoas até então candidatas, tornavam-se iniciadas na fé.

Assim, por analogia, a Igreja nascente possuía apenas o Catecumenato. Hoje, enfrentamos o desafio de organizar e manter viva uma Igreja com inúmeras pastorais, movimentos, associações e setores, criando diversas estruturas, multiplicando serviços e títulos, podendo dificultar a experiência iniciática da fé e subtrair a mística dos ritos e símbolos, tão caros para a educação da fé dos candidatos aos sacramentos da iniciação cristã.

Estamos falando de modelos de ser Igreja. Estamos falando de nova eclesiologia. O Documento 107 da CNBB exorta: “Há necessidade de envolver a comunidade inteira no processo da Iniciação à Vida Cristã e na formação continuada dos fiéis. A atual mudança de época exige que o anúncio de Jesus Cristo seja explicitado continuamente e que os processos de iniciação, inspirados na tradição catecumenal, sejam assumidos de modo criativo e adequado; [...] Não se trata, porém, de uma pastoral a mais, e sim de um eixo central e unificador de toda a ação evangelizadora e pastoral” (Doc 107, 75-76).

Da inspiração catecumenal presente na Iniciação à Vida Cristã, deverá surgir nova eclesiologia, ou não será cumprido o

CATEQUESE

A Paróquia e a Inspiração Catecumenal: Rezar, Ensinar e Testemunhar

desejo de refletir e promover a Igreja: casa da iniciação à vida cristã. Orienta-se que a Iniciação à Vida Cristã de inspiração catecumenal seja a articuladora das urgências na ação evangelizadora (cf. Doc 107, 63-64). É urgente manter a maturidade para investir na conversão das atuais estruturas das comunidades, promovendo estudos, reflexões e atitudes concretas de mudança, sem burocracia, mas com o frescor original que brota do Evangelho, como nos inspira o papa Francisco: “Sempre que procuramos voltar à fonte e recuperar o frescor original do Evangelho, despontam novas estradas, métodos criativos, outras formas de expressão, sinais mais eloquentes, palavras cheias de renovado significado para o mundo atual. Na realidade, toda a ação evan-

gelizadora autêntica é sempre ‘nova’” (EG 11).

A inspiração para a paróquia que busca organizar suas comissões de Iniciação à Vida Cristã, pode partir da catequese de Paulo com os cristãos da comunidade de Coríntios: “Quando vocês estão reunidos, cada um pode entoar um canto, dar um ensinamento ou revelação, falar em línguas ou interpretá-las. Porém que tudo seja feito para edificação de todos” (1Cor 14,26).

Essas palavras precisam ser lidas e entendidas no contexto de todo o capítulo 14 e do tema da nova eclesiologia suscitada pela inspiração catecumenal. Trata-se da plena participação de todos os membros dos encontros e reuniões da comunidade. Em especial, nos Conselhos Pastorais, instância de

Sempre que procuramos voltar à fonte e recuperar o frescor original do Evangelho, despontam novas estradas, métodos criativos, outras formas de expressão, sinais mais eloquentes, palavras cheias de renovado significado para o mundo atual.

PAPA FRANCISCO

comunhão e participação, que tem o poder decisório sobre as atividades missionárias da comunidade. Infelizmente, por vezes, decidindo apenas em dimensões financeiras.

Com a inspiração do texto de Paulo, voltemos ao Documento 107 que insiste e repete na novidade da inspiração catecumenal, afirmando que a comunidade é o lugar e a responsável pela Iniciação à Vida Cristã: “É impossível crer sozinho Deve haver uma unidade no meio da diversidade dos sentimentos e estilos de cada um. [...] O processo de Iniciação à vida Cristã incide sobre a conversão da comunidade de comunidades missionárias” (Doc 107, 225-226).

À luz da Carta aos Coríntios e das inspirações do Documento 107, podemos resumir a ecle-

siologia da nova Paróquia que caminha para renovação de sua estrutura, com inspiração catecumenal, em:

a) Rezar. “Cada um pode entoar um canto”, isto é, nosso múnus sacerdotal, como herança batismal, nos permite investir em liturgias verdadeiramente mistagógicas, conduzindo ao encantamento pelo Cristo que é cantado, rezado e celebrado em nossas liturgias. Rezar uns pelos outros é sinal de unidade, bem-querer, afeto de Igreja-Mãe.

b) Ensinar. “Dar um ensinamento ou revelação”, ou seja, o múnus da profecia colocado à disposição da comunidade. Profecia que alimenta-se do querigma: o Crucificado-Ressuscitado. Infelizmente, a catequese tomou o rumo sacramentalista, e as estruturas da Igreja (pastorais, movimentos, associações e organismos) dispensam pouca atenção à catequese continuada e permanente. O ensino, na inspiração catecumenal, tem a prerrogativa de partir da Palavra de Deus, e não ensinar apenas a doutrina, mas instruir para o mistério de Cristo, os valores evangélicos e o compromisso missionário.

c) Testemunhar. “Que tudo seja para a edificação de todos” significa dar a devida atenção ao múnus pastoral/régio do Batismo. A escuta da Palavra de Deus (rezar) e o ensino da comunidade culmina em ação concreta. O testemunho da fé passa pela reinterpretação do dízimo da comunidade e seu tríplice destino. A edificação comum da comunidade exige renúncias e preferências.

As contribuições da inspiração catecumenal são muitas. E todas remetem a um mesmo objetivo: tornar as comunidades cristãs de nossos tempos um pouco mais parecidas com as comunidades da Igreja nascente. Por isso, tratam-se de inspirações, com métodos semelhantes e pessoas em tempos diferentes. O que permanece é o Evangelho.

Catequese - Inspiração catecumenal - Fonte: CNBB
Fonte: CNBB

GRUPO DE JOVENS

UM EXEMPLO DE HUMILDADE E AMOR

Ao longo da história, sobretudo no contexto de guerras e disputas por territórios, observamos que alguns “líderes” tinham o intuito de manipular pessoas a fim de conquistar determinados objetivos. Por exemplo, em certos regimes totalitários, difundia-se a ideia de uma “raça superior”. Ora, se alguém é considerado “superior”, automaticamente há aqueles que são vistos como “inferiores”, o que trouxe consequências desastrosas para a humanidade.

Trazendo essa reflexão para um contexto mais próximo, no âmbito do mercado de trabalho, algumas pessoas podem desmotivar seus colaboradores por meio de comportamentos autoritários e maus exemplos, gerando um ambiente de convivência prejudicial.

É sabido que a ideia de “chefe” contrasta com a de “líder”, pois este último inspira e motiva seus liderados pelo exemplo, em vez de tentar impor suas ideias. Assim como o dito popular afirma que “uma imagem vale mais que mil palavras”, podemos parafraseá-lo dizendo que “um exemplo vale mais do que mil correções”. De fato, é muito mais proveitoso aprender com alguém que dá o

exemplo do que apenas ouvir lições de moral.

Jesus Cristo foi um verdadeiro líder e Mestre, pois, entre tantos outros aspectos, ensinava por meio de exemplos. Ele falava sobre a importância da oração, mas também passava noites em oração (Lc 6,12). Ensinava que era necessário alimentar os pobres, mas Ele mesmo o fazia e convidava seus discípulos a fazerem o mesmo (Mt 14,16). Ele não via a Lei do Antigo Testamento como uma forma de aprisionamento do homem, mas veio para dar-lhe pleno cumprimento (Mt 5,17). Sua coerência era evidente para aqueles ao seu redor, pois falava com “autoridade” e não com autoritarismo.

Sendo um grande Mestre, Jesus também nos ensinou como ser verdadeiramente grandes: “quem quiser ser o maior, seja o menor entre todos” (Lc 22,26). E, mais uma vez, seu ensinamento não ficou apenas na teoria. Momentos antes de sua Paixão, durante a Última Ceia, Ele deu uma magnífica lição prática de humildade: o lava-pés. Ao lavar os pés de seus discípulos, precisou se abaixar e curvar diante deles, ensinando-os: “Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés,

GRUPO DE APOIO FLOR DE ÍRIS

Conversão: Imperativo Contínuo do Amor a Deus

A natureza humana vive um contínuo processo de mudança em múltiplos aspectos: biológico, psicológico, intelectual, relacional, cultural, social e histórico. Cada um possui o dinamismo da mudança inerente ao seu próprio ser. Assim como todos os dias caminhamos rumo à maturidade pessoal, assim nossa vida espiritual amadurece através da conversão para Deus. Ela é contínua na compreensão e nas atitudes comportamentais. Isso acontece no componente religioso da personalidade consciente.

também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo para que, assim como eu vos fiz, assim façais vós também” (Jo 13,14-15).

Quantas oportunida des temos, em nosso dia a dia, para servir ao próximo, inclinando-nos para atender às suas necessidades? Talvez hoje não lavemos diretamente os pés uns dos outros, mas podemos ajudar um necessitado a atra vessar a rua, oferecer alimento ao faminto, dedicar um final de semana ao serviço em um retiro ou colaborar em um evento da paróquia. Há inúmeras maneiras de servir ao próximo!

Jesus nos deixou essa belíssima lição para que pudéssemos vivenciar o amor ao próximo e, assim, dar um verdadeiro significado à nossa vida. Sendo Ele o Caminho, a Verdade e a Vida, seus exemplos nos conduzem à verdadeira Vida, ou seja, à felicidade eterna. Mais do que isso, depois de ensinar essa grande lição de humildade, Jesus nos presenteou com algo inestimável: seu próprio Corpo e Sangue. Ele ensinava que, além do

para todos. Com justiça, honestidade de intenções, atos e projetos políticos de poder na fraternidade e paz. Onde houver mudanças, haverá reformas no indivíduo e na sociedade.

Iniciada a mudança provocada pela conversão, essa vai definir dia a dia nossa relação com Deus. A maturidade espiritual da conversão supõe a ligação com a comunidade, mas o primeiro passo desse processo é a autoconsciência de si: quem sou eu, por que é que vivo e para que?

A conversão busca a Deus como princípio e fim último absoluto. O impulso para Ele exige o esforço constante de retidão consigo e com os outros: na prática das virtudes, dos valores, dos princípios humanos e cristãos. Vale dizer em resumo: respeito à vida e sua defesa em todos e

Quem crê no Deus revelado como Pai por Jesus, deixa-se envolver no seu amor. Se as infidelidades, incoerências e desânimos esterilizam o desejo, o esforço e a perseverança no caminho da conversão, vem em nosso socorro o carinho paterno do Senhor.

Cada um tem seu próprio ritmo no assumir e praticar mudanças nos hábitos de conversão. Mas, a fé cristã alerta: é impossível superar por nós mesmos o estado original de pecado. É preciso aceitar ser revestido de Cristo, morrer e ressuscitar com Ele para ser criatura nova, ensina São Paulo.

alimento físico, para termos uma vida plena, precisamos do alimento espiritual (Jo 6,53). Sabemos que a carne é fraca e que estamos constantemente sujeitos a tentações. Se o espírito não estiver fortalecido, o pecado encontrará espaço em nossa vida. Sabendo que sua hora estava próxima, Jesus reuniu seus apóstolos e lhes deu seu próprio Corpo e Sangue sob as espécies do pão e do vinho. Que milagre magnífico! Desde então, em cada celebração da Santa Missa, Jesus se faz presente no sacramento da Eucaristia, auxiliando-nos em nossa caminhada e permanecendo fisicamen-

“Cada um tem seu próprio ritmo no assumir e praticar mudanças nos hábitos de conversão. Mas, a fé cristã alerta: é impossível superar por nós mesmos o estado original de pecado. É preciso aceitar ser revestido de Cristo, morrer e ressuscitar com Ele para ser criatura nova, ensina São Paulo.

te em nosso interior para que, tocando todas as dimensões do nosso ser, possamos viver fortalecidos.

Por meio da Eucaristia, Jesus completou de forma perfeita a lição de humildade que transmitiu na Última Ceia. Além de doar seu tempo e esforço em favor de seus discípulos, entregou seu próprio Corpo por nós e ensinou que não há maior prova de amor do que dar a vida pelo irmão, como Ele fez no dia de sua Paixão. Portanto, que possamos seguir o exemplo de Cristo, praticando a humildade no dia a dia e reconhecendo na Eucaristia a força para amar e servir ao próximo, assim como Ele nos ensinou.

A misericórdia é o modo como Deus nos acolhe. Ele perdoa o “filho pródigo”, que o procura e volta arrependido. Saber e sentir que posso pedir o perdão de meus pecados, erros e faltas já é encorajador. Se não houvesse essa inegável experiência do arrependimento no caminho de conversão, jamais teríamos a certeza de superar a maldade e o pecado. A fé em Cristo nos torna mendigos da misericórdia de Deus. Sair de si é renunciar ao orgulho e andar com Jesus nos caminhos da vida. Sendo caminho, verdade e vida, Ele anda conosco e nos introduz no milagre da salvação. Se a realidade infinita de Deus ultrapassa nossa fraca compreensão, a Graça dada em Jesus Cristo nos converte todos os dias até o dia final.

“Busquemos Deus como princípio e fim último absoluto”.

Clarice Nesi Bonato

A vida pastoral missionária do diácono permanente e sua relação com a comunidade

ODiácono Permanente exerce um papel crucial na vida pastoral e missionária da comunidade. Sua presença e serviço em diversas áreas favorecem para o crescimento e fortalecimento da fé. Compreendi na caminhada missionária de 2024 a necessidade de aprofundar o conhecimento do ministério diaconal. Portanto, desejo esclarecer pedagogicamente o múnus diaconal e ainda exemplificá-lo com testemunhos práticos e claros da missão comunitária.

Liturgia e Celebração: auxilia nas celebrações litúrgicas, proclamando o Evangelho, distribuindo a Eucaristia, ministrando sacramentais e sacramentos do Batismo e Matrimônio. Sua participação enriquece as celebrações, tornando-as mais acessíveis para os fiéis.

Anúncio da Palavra: O Diácono é chamado a ser um anunciador da Palavra de Deus, pregando e vivendo o Evangelho, compartilhando assim sua fé com a comunidade. A experiência de vida espelhada na Palavra inspira e motiva os fiéis a viverem no caminho anunciado por Cristo. Missionário por vocação, é chamado a levar o Evangelho

Devocionário de Acólitos e Coroinhas:

Uma Fonte de Espiritualidade e Devoção

Vania Regina Sampaio Sávio

A comunidade católica tem um novo recurso para fortalecer a fé e a devoção dos Acólitos e Coroinhas: o Devocionário de Acólitos e Coroinhas. Esse ma-

a todos os povos promovendo o encontro com Cristo e o crescimento da fé na Comunidade, na Arquidiocese e no Mundo. Serviço Caritativo: é a essência diaconal, um ministério de serviço que visa os mais necessitados, acolhe os doentes e marginalizados e promove a justiça social aos pobres e excluídos revelando o amor de Deus e a compaixão da Igreja.

Acompanhamento Pastoral e Relação Comunitária: estar inserido na vida comunitária favorece acompanhar de perto as situações recorrentes do povo, oferecendo apoio espiritual, aconselhamento e orientação. Ainda, se faz presente nos momentos de alegria e tristeza, fortalecendo os laços de comunhão eclesial. Ao servir a comunidade é presença e sinal do amor de Deus e da solicitude da Igreja, se torna um instrumento do Pai na construção de um mundo mais justo e fraterno testemunhando a fé, esperança e caridade.

Em 2024 auxiliei a Comunidade Santo Antônio, minha própria casa. Seguem depoimentos de algumas pastorais e lideranças:

Pastoral da Liturgia: Para a equipe de Liturgia, o ano de 2024 foi de muito comprometimento e estudo, participando ativamente das atividades realizadas, desenvolvendo uma interação

terial especial reúne as principais orações, além dos mandamentos que guiam a missão desses servidores do altar.

Um Guia Espiritual para os Servidores do Altar: O Devocionário foi elaborado com carinho para auxiliar Acólitos e Coroinhas em sua caminhada de fé. Ele contém as orações essenciais que fortalecem a espiritualidade, proporcionando momentos de reflexão e conexão com Deus. Além disso, apresenta os Mandamentos dos Acólitos e Coroinhas, que orientam sobre o compromisso e a dedicação no serviço litúrgico.

com as demais pastorais da comunidade, sendo para preparar as celebrações, organizar o espaço celebrativo, organizar as formações, sempre contando com as orientações e apoio do diácono, possibilitando a união e crescimento espiritual da comunidade Santo Antônio.

Coordenação dos acólitos e coroinhas: Há muito o que falar do Diácono e sua presença com a equipe de acólitos e coroinhas da nossa comunidade. Destacamos o quanto ele se fez próximo nos encontros, reuniões, conversas, ensaios, sempre esclarecendo as dúvidas, mesmo as mais simples, com muita atenção e paciência, também gostaríamos de destacar a confiança que ele sempre nos passa e a admiração que os acólitos e coroinhas têm pelo Diácono.

Coordenação do Apostolado da Oração: O Apostolado da Oração da Comunidade Santo Antônio fortaleceu sua missão de oração constante, passando a rezar o Terço antes das Celebrações pelas inten-

A Inspiração de São Tarcísio: Outro destaque do Devocionário é a inclusão de uma breve história sobre São Tarcísio, padroeiro dos Acólitos e Coroi-

ções particulares e coletivas da assembleia que encontra neste momento a oportunidade de interiorização necessária para bem participar da Santa Missa. Importante também lembrar, que o apoio e a participação do Diácono, possibilitou a entronização e consagração da Capela Santo Antônio ao Sagrado Coração de Jesus, fonte de santidade e prova ardente do amor de Deus por nós. Coordenação da Catequese: foi uma benção termos o Diácono nos acompanhando e nos fazendo crescer como comunidade. O seu carinho em conhecer e estar com a catequese, a sua espontaneidade e alegria em servir, tornaram nossas celebrações,

nhas. Esse jovem mártir é um exemplo de fé e coragem, tendo dado sua vida para proteger a Eucaristia. Seu testemunho é um incentivo para que todos que servem no altar exerçam sua missão com amor e zelo.

Terço Personalizado: Um Símbolo de Fé: Além do Devocionário, também está sendo divulgado um terço personalizado, um acessório que reforça a identidade e a espiritualidade dos Acólitos e Coroinhas. O terço é um instrumento poderoso de oração, que pode ser utilizado tanto para momentos pessoais de devoção quanto em

novenas, terço luminoso, festa de entrega, momentos únicos de uma espiritualidade riquíssima onde sentimos a valorização dada a cada momento realizados em comunidade. Coral Nossa Senhora da Piedade: Nossa trajetória ao lado do diácono, nosso maestro, tem sido marcada por transformações em nossas vidas. Expressamos nossa alegria e gratidão pela oportunidade de realizar sonhos, integrar-nos à comunidade e aprofundar nossos conhecimentos musicais. Para nós, os ensaios são momentos de conexão espiritual e fortalecimento de amizades. A liderança inspiradora tem feito a diferença em nossas vidas.

encontros e celebrações comunitárias.

Como Adquirir?: O Devocionário e o terço personalizado já estão disponíveis para todos que desejam aprofundar sua fé e se inspirar no exemplo de São Tarcísio. Para mais informações sobre como adquirir esses materiais, entre em contato com a coordenação dos Acólitos e Coroinhas da sua paróquia.

Aproveite essa oportunidade para fortalecer sua caminhada espiritual e reafirmar seu compromisso no serviço a Deus e à Igreja!

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