Revista CREFITO-6

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Palavra do presidente gestãO um nOvO tempO: Responsabilidade com Competência 2010/2014 Presidente Dr. Ricardo lotif Araújo Crefito-33481F(CE) Vice Presidente Dra. Luzianne Feijó Alexandre Paiva Crefito-6662-TO(Ce) Diretora Secretária Dra. Ana lívia Cartaxo Bandeira melo Ribeiro Crefito-6930TO(Ce) Diretor Tesoureiro Dr. Flávio Feitosa Pessoa de Carvalho Crefito-3840-F(Ce) Conselheiros efetivos: Dra. Ana Cristhina de Oliveira Brasil Crefito-8839-F(Ce) Dr. Paulo henrique Palácio Duarte Fernandes Crefito42997-F(Ce) Dra. mylza Carvalho Rosado de Oliveira Crefito-187-F(Ce) Dr. Olavo Pereira Ximenes Júnior Crefito-10788-F(Ce) Dra. Arismênia maria Almeida lima Crefito-7542-TO(Ce) Conselheiros Suplentes: Dra. maura Cristina Porto Feitosa Crefito-74608-F(PI) Dra. maria ester Ibiapina mendes de Carvalho Crefito1600-F(PI) Dra. Antoniana Teixeira de Siqueira Frota Crefito-5050-TO(PI) Dr. Igor Fernandes maia gomes do Nascimento Crefito-52337-F(Ce) Dra. Ana Karine Castelo Branco de Paula Crefito-21629-F(Ce) Dra. Tatiany Coutinho Cajazeiras Bezerra Crefito-10131-TO (Ce) Dr. Alessandro ádamo gonçalves Oliveira Crefito67208-F(Ce) Dr. marcelo memória lopes Crefito-8843F(CE) Comissão de Comunicação: Dr.Flávio Feitosa Pessoa de Carvalho Crefito-3840-F(Ce) Dra. luzianne Feijó Alexandre Paiva Crefito-6662-TO(Ce) Dra. Ana lívia Cartaxo Bandeira melo Ribeiro Crefito-6930-TO(Ce) endereçOs Sede Fortaleza - Ce Av. Rogaciano leite, 432 - Salinas CeP: 60810-786 / Tel: (85) 3241.1456 crefito6@ crefito6.org.br Subsede Teresina - PI Av. Jóquei Clube, ed. empresarial euro Business, 299 Sala 609, Bairro Jóquei CeP 64049240 / Tel (86) 3216.6030 subsedepi@crefito6.org.br Subsede Sobral - Ce Rua eurípedes Ferreira gomes, 556 - Bairro Pedrinhas CeP 62040-750 - Tel: (88) 8811.0249 | (88) 9962.5833 subsedesobral@crefito6. org.br.

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A Revista Saúde em movimento - Crefito-6 é uma publicação trimestral.

Caros colegas, Inicio esta edição parabenizando a todos os colaboradores que lutaram pela manutenção dos vetos ao PL do Ato Médico. No dia 20 de agosto conseguimos vencer mais esta luta, depois de muitos anos de reuniões e manifestações para mantermos vivos os nossos direitos. Parabéns a todos os profissionais da área da saúde! Estamos chegando à 23ª edição da Revista Saúde em Movimento, do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Ceará e Piauí. Desde a edição passada você já pôde conferir matérias informativas e artigos de profissionais bem conceituados. Em outubro os profissionais podem participar do XX Congresso Brasileiro de Fisioterapia e também do XII Congresso Brasileiro de Terapia Ocupacional. O primeiro acontece em Fortaleza, entre os dias 16 e 19 de outubro. Já o segundo é realizado em Florianópolis, dos dias 13 a 16 de outubro. Mais a frente você vai acompanhar todas as informações sobre os dois eventos. É claro que também não poderíamos deixar de homenagear os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais pelo dia 13 de outubro. Fique por dentro das solenidades de homenagem que acontecerão no Ceará e no Piauí. Os artigos ficam por conta do fisioterapeuta Dr. Flávio Alencar, que fala sobre “Dor Crônica”, e da terapeuta ocupacional Dra. Silvana Bezerra, falando sobre “Estimulação Visual”. Acompanhe também a importância dos hobbies na vida do Dr. Isidro Marques, fisioterapeuta que é baterista na banda 4ª. Via, e da Dra. Maria Imaculada Conceição, que além de terapeuta ocupacional é presidente do bloco de carnaval Matracas. A sessão “Como eu trato” traz uma matéria e tanto sobre o “Autismo”, um dos temas mais discutidos da atualidade. A abordagem é feita tanto para o tratamento realizado na Fisioterapia quanto na Terapia Ocupacional. Fique por dentro dos principais eventos representados pelo Crefito-6, como as movimentações pela manutenção dos vetos ao Ato Médico e a Conferência Municipal de Assistência Social. A Conselheira Efetiva e Fisioterapeuta, Dra. Ana Cristhina Brasil, assina um artigo sobre os prontuários, trazendo todas as informações e novidades acerca do tema. A Revista Saúde e Movimento é o seu novo guia de estudo e informação. Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, convido vocês a lerem a 23ª edição e aumentar cada vez mais seus conhecimentos! Um forte abraço e que Deus nos ilumine sempre.

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Dr. Ricardo Lotif 25 5 0

Presidente do Crefito-6 (2010-2014) Fale direto com o presidente: (85) 9994.8289 Revista | Crefito 6


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Sumário

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OUT - Dez 2013 • eDIçãO 23

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FIqUe POR DeNTRO

SANTA CATARINA - RS XIII CBTO: Conheça os bastidores do Congresso, com sede em Santa Catarina

ENTREVISTA

Fisioterapia Respiratória é obrigatória em todas as UTI’s do Brasil

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ENTREVISTA

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OUTRO LADO DO PROFISSIONAL

Terapia Ocupacional nos presídios: um passo para a reintegração social

Fisioterapeuta usa a profissão ao tocar bateria & Terapeuta Ocupacional e presidente de bloco carnavalesco: uma união perfeita!

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ARTIGO

Dor crônica e a necessidade de uma abordagem interdisciplinar

ARTIGO

Intervenção terapêutica ocupacional na área de estimulação visual precoce: na busca da funcionalidade

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FIQUE POR DENTRO

Confira a programação do XIII CBTO

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AFB E CREFITO-6

FISIOTERAPIA

XX Congresso Brasileiro de Fisioterapia

Fisioterapeutas têm papel fundamental no desenvolvimento de paratletas

CAPA

eNTRevISTA

ARTIGO

Saiba mais sobre o preenchimento obrigatório do prontuário

PARA SER UM BOM EMPREENDEDOR

O que você precisa para ter uma carreira de sucesso

ATO MÉDICO

Depois de 11 anos de luta, foi vetado!

AGENDA

Coffito e Crefito-6 juntos para criar o Crefito do Piauí

AUTISMO quando tratado por equipe multidisciplinar, gera melhores resultados aos pacientes

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AGENDA

eNTRevISTA

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FACID abre o primeiro curso de graduação de Terapia Ocupacional do Piauí

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AGENDA

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CAPA

Secretaria de Saúde recebe representante do Fórum Nacional de Entidades

Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais: há 44 anos cuidando do seu bem-estar

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entrevista

Fisioterapia Respiratória é obrigatória em todas as UTI’s do Brasil A Fisioterapia tem várias especialidades, dentre elas a Fisioterapia Respiratória. Ela vem como uma forma de prevenção e tratamento de problemas respiratórios. Para explicar como é desenvolvido esse trabalho, falamos com a Profª Maria Ayrtes Ximenes Ponte Colaço, Especialista em Fisioterapia Cárdio Respiratória, Fisioterapeuta Intensivista do Instituto Dr. José Frota e Diretora da Faculdade Inspirar de Fortaleza. Revista Saúde e Movimento: A que trabalho se propõe a Fisioterapia Respiratória? Dra. Ayrtes Ximenes: A Fisioterapia Respiratória está focada na reabilitação dos músculos ventilatórios, na desobstrução das vias aéreas e na reeducação respiratória. Porém o efeito desejado é de proporcionar aos pacientes um menor impacto da sua doença na qualidade de vida e, desta forma, oferecer mais independência ao paciente. A Fisioterapia Respiratória se consolidou, a princípio, como uma alternativa primária a toda e qualquer afecção pulmonar. Porém ao longo tem sido um potente recurso na prevenção de complicações respiratórias, seja no âmbito hospitalar em pacientes em pré ou pós-operatório de cirurgias de qualquer modalidade ou no âmbito ambulatorial como recurso preventivo através do fortalecimento da musculatura ventilatória, por intermédio da reeducação respiratória ou intervenção mais ampla com programas de reabilitação pulmonar, dando aos pacientes uma qualidade de vida bem melhor, no momento que lhes oferece uma condição cárdio respiratória aos esforços. RSM: A que doenças a Fisioterapia Respiratória pode ser aplicada, tanto em tratamentos quanto como forma de prevenção? AX: A Fisioterapia Respiratória não está focada na doença e sim nos sintomas. Ou seja, toda a terapia aplicada ao paciente repercute diretamente na maior efetividade da tosse, na melhora da clereance mucociliar e na redução da dispneia (falta de ar). Revista | Crefito 6


9 ventilatório e processos de desmame o mais precoce possível, minimizando os efeitos adversos pulmonares e sistêmicos, como comprometimento neuro psico motor com uma abordagem multidisciplinar.

Desta forma, reitero a importância da Fisioterapia na melhora da qualidade de vida dos pacientes. O fisioterapeuta também tem um papel importante na prevenção, participando de programas antitabagismo, estimulando a população a melhores hábitos de vida. RSM: A Fisioterapia Respiratória em Pediatria é realizada com alguma especificidade? AX: Na Pediatria os exercícios e as atividades seguem os mesmos princípios utilizados com os pacientes adultos, porém com menor intensidade, tanto nos exercícios quanto nas pressões executadas nas manobras de expansão ou de higiene brônquica. Vale lembrar que neste perfil de pacientes as atividades lúdicas e a orientação e treinamento dos pais são fundamentais para obtenção de resultados mais efetivos. Na especialidade de neo-pediatria o fisioterapeuta participa do gerenciamento do suporte

“(...) ReITeRO A ImPORTâNCIA DA FISIOTeRAPIA NA melhORA DA qUAlIDADe De vIDA DOS PACIeNTeS. O FISIOTeRAPeUTA TAmBém Tem Um PAPel ImPORTANTe NA PReveNçãO, PARTICIPANDO De PROgRAmAS ANTITABAgISmO, eSTImUlANDO A POPUlAçãO A melhOReS háBITOS De vIDA.”

RSM: Para trabalhar nessa área, o que o Fisioterapeuta precisa buscar? AX: Não considero possível a realização da Fisioterapia Respiratória sem que o profissional tenha sido preparado adequadamente para este fim por meio de treinamento em Centros Formadores ou Pós Graduações específicas, como as que hoje o Estado do Ceará e do Piauí já dispõem. Além dos cursos já consolidados, percebemos que gradativamente estamos atraindo grandes instituições de ensino, como é o caso da Faculdade Inspirar, que escolheu Fortaleza para estabelecer uma de suas primeiras franquias no Brasil. RSM: Além de todo o trabalho mencionado, o que mais se torna importante no trabalho da Fisioterapia Respiratória? AX: Além do trabalho em si, atualmente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) tornou obrigatória a presença deste profissional em todas as UTI’s do Brasil através da RDC 07/2010, que está vigente desde fevereiro deste ano.

O CrefitO-6 é O OrgãO respOnsável pela fisCalizaçãO da apliCaçãO da nOrma, CabendO aO mesmO denunCiar à anvisa Os CasOs de desCumprimentO. entre em COntatO COm O COnselhO e faça sua denúnCia.

Dra. Ayrtes Ximenes

Especialista em Fisioterapia Cárdio Respiratória e Diretora da Faculdade Inspirar de Fortaleza Revista | Crefito 6


10 entrevista

Terapia Ocupacional nos presídios: um passo para a reintegração social O Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa é um presídio feminino que abriga um grande número de internas, que são separadas da sociedade por algum tempo, levando uma vida em regime fechado. Para que as internas tenham disciplina, devem ser traçadas práticas de manipulação do tempo e do espaço, evitando assim que elas entrem em depressão, estimulando a auto-estima e tirandoas do ócio. O presídio, que fica em Aquiraz, km 27, BR 116, conta com o trabalho da Terapeuta Ocupacional Dra. Nathália Gomes. Ela oferece alternativas para de fato promover essa reintegração social do indivíduo, promovendo o seu desenvolvimento pessoal, aprimorando a sua capacidade criativa, crítica e reflexiva, bem como as suas habilidades para o desenvolvimento profissional em uma sociedade que os reconheça como cidadãos e não como criminosos.

Revista Saúde e Movimento: De que forma é realizado o trabalho dos terapeutas ocupacionais nas penitenciárias? Dra. Nathália Gomes: O trabalho é desenvolvido de maneira intersetorial e interdisciplinar, buscando a reintegração social das internas. Há grande atuação na questão da dependência química, no resgate da autoestima e da cidadania e no acompanhamento de projetos de vida. Para isso, utilizamos atividades laborais, terapêuticas, de lazer, cotidianas, entre outras, como meio de atingir mudanças internas e, assim, serem capazes de se sentirem motivados a adquirir e utilizar esses novos Revista | Crefito 6

conhecimento e hábitos. RSM: Qual a importância da Terapia Ocupacional para as internas? NG: A importância do trabalho consiste na possibilidade de (re) conquista dos valores morais, éticos e materiais. A realização de atividades educacionais e profissionais possibilita a resolução de problemas culturais e profissionais. Isso permite uma mudança na opinião de que a grande maioria dos presos não possui formação e, por falta de opção, acabam na criminalidade. Pelo contrário, facilitam a sua inserção no mercado de trabalho, após cumprir a pena. Assim, o trabalho dá chance à reconstrução da dignidade


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Dra. Nathália gomes e funcionários do Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri moura Costa.

humana. RSM: Como é a rotina que você estabelece no Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa? NG: Desde 2011 minhas ações abrangem a promoção, prevenção e recuperação da saúde, com o desenvolvimento do Programa de Atenção a Saúde da Trabalhadora/Colaboradora que tem como objetivo principal proporcionar às funcionárias apenadas uma melhor utilização de sua capacidade funcional, com técnicas de alongamento, condicionamento funcional, relaxamento, dinâmicas de grupos, orientações e adaptações ergonômicas no posto de trabalho. O Programa é realizado nas fábricas de confecção e de material de limpeza, cozinha e padaria. Além disso, também é realizado um trabalho na creche com as mães e as crianças com orientações em relação aos cuidados. Com os bebês são realizadas avaliações para averiguar se o processo de desenvolvimento neuropsicomotor está de acordo com os padrões de normalidade e oferecendo assistência caso não esteja. Também são desenvolvidas atividades com a equipe

interdisciplinar ministrando palestras e ações educativas com os grupos de risco (hipertensão, diabetes, HIV e tuberculose). RSM: Existe um trabalho de humanização e atenção à educação? NG: Sim. Temos uma escola dentro da Unidade Prisional em que acontece o EJA (Ensino de Jovens e Adultos) com os anos iniciais, alfabetização e os anos finais. Como suporte para o ensino, existe uma biblioteca com um acervo bastante variado. Elas participam do ENEM e, inclusive, em 2011, uma de nossas internas foi aprovada no processo seletivo para cursar História na Universidade Federal do Ceará. Dessa forma, essa relevância à educação objetiva uma ressignificação nas suas histórias de vida, para que aconteçam mudanças no comportamento e uma consequente reintegração social. RSM: Quais são as maiores dificuldades enfrentadas pelas internas? NG: Mesmo com a presença de diversas atividades elas sentem a falta da liberdade, a ociosidade ainda é grande; afastamento do mundo pessoal, ruptura com trabalho, família e lazer, as principais esferas da vida; abandono por parte dos companheiros, quando

na verdade algumas estão lá por conta de situações em que eles as colocaram; filhos e família também se ausentam; superlotação; preconceito, que ainda é maior pelo fato de serem ex-presidiárias e ainda do sexo feminino. Para as internas que têm filhos menores de 1 ano, a dor da separação após o período de amamentação. As que têm filhos que estão com o pai ou parentes e recebem notícias que estão no mundo do crime, das drogas, é imensa a dor e culpa que elas constroem dentro de si. As internas que são estrangeiras, longe do seu país, com outros costumes. RSM: De que forma pode-se trabalhar a desmistificação dos detentos, tendo em vista que ainda existe muito preconceito? NG: O passo inicial para que isso aconteça já foi dado com a realização de atividades ocupacionais nos presídios, mas ainda não é suficiente. Por isso, é interessante que mais ações sejam apoiadas pelo Estado, unindo iniciativa privada e poder público para que essa parcela da população seja beneficiada e tratada sem discriminação, desenvolvendo um espaço de ação e integração social.

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12 OutrO ladO dO prOfissiOnal

Fisioterapeuta usa a profissão ao tocar bateria

Como aplicar os conhecimentos da sua profissão aos seus hobbies?! As atividades extras, quando prazerosas, também dão uma bela ajuda no trabalho, já que deixa o profissional mais relaxado para começar um novo dia. E aí, você já tem um hobbie? Se já, como ele te ajuda na vida profissional, e como você utiliza os seus conhecimentos dentro do seu hobbie? O fisioterapeuta Dr. Isidro Marques, que também toca bateria numa banda, usa a Fisioterapia para manter a sua saúde durante a atividade. Revista Saúde e Movimento: Desde quando você toca e que instrumentos? Dr. Isidro Marques: Comecei cedo na vida musical, em 1972, tocando Bateria e depois, por uma necessidade da banda em que eu tocava na época, Revista | Crefito 6

assumi os teclados. Devido aos inúmeros compromissos da Fisioterapia, principalmente os cursos fora de Fortaleza, precisei me afastar um pouco, participando apenas alguns eventos isolados a convites de amigos. Mas, enfim, a música continuou falando mais alto e retornei oficialmente em 2011 com a Banda 4ª. Via, voltando à minha grande paixão, a bateria. RSM: Como se deu sua

trajetória musical? IM: Sempre participei de bandas que revolucionaram a maneira de se apresentarem no palco. A minha banda atual 4ª. VIA, formada por amigos de banda passadas, que tem como objetivo apresentar grandes produções musicais através de shows temáticos. Temos dois DVDs gravados e atualmente estamos em estúdio preparando o novo show e ensaiando as músicas autorais para lançamento de um


13 novo CD e DVD. RSM: De que forma a paixão pela música inluência para que seu trabalho se torne mais agradável? IM: A música é uma linguagem universal, que une todas as pessoas, traduz sentimentos e emoções, criando um estado de espírito favorável aos obstáculos do dia a dia. Então faço uma atividade que realmente gosto e me proporciona total satisfação, o que inluência diretamente no meu trabalho enquanto fisioterapeuta, tonando minha profissão muito mais leve e prazerosa. RSM: Por que acha importante outras atividades como essa na vida de cada pessoa? IM: Os famosos hobbies

quebram a rotina do dia a dia, diminuindo o stress, por que geralmente são prazerosos e causam bem estar. Eles contribuem para que haja uma melhora no desempenho de sua atividade principal, que por muitas vezes, devido às responsabilidades, pode acabar sendo um pouco estressante. No meu caso, a música é o melhor remédio e sem nenhuma contraindicação. RSM: Como a Fisioterapia, enquanto profissão pode ajudar no seu desempenho na banda? IM: Sabendo que dentro de uma banda o Baterista é um dos músicos que mais sofre com os problemas posturais e tendíneos, levo os meus conhecimentos da Fisioterapia justamente

na prevenção dessas lesões, ressaltando principalmente a postura com a utilização de uma boa estabilização vertebral através do Core, para que o movimento possa fluir com mais naturalidade para os MMSS e MMII, evitando assim uma sobrecarga dos tendões. Inclusive fui convidado por um site e revista especializados e direcionados para bateristas para escrever uma coluna sobre os problemas osteo musculares que afetam esses profissionais. Participo também de workshops musicais, em que abordo a parte de prevenção das lesões que acometem os bateristas.

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14 OutrO ladO dO prOfissiOnal

Terapeuta Ocupacional e presidente de bloco carnavalesco: uma união perfeita! Maria Imaculada Conceição, além de atuar como terapeuta ocupacional, é presidente do bloco de carnaval de rua Matracas de Iracema. “Tudo começou exatamente como é o carnaval: uma brincadeira. Foi brincando seriamente que decidimos dar início ao bloco no dia 16 de fevereiro de 2003, pois se não tivéssemos tido essa iniciativa, o carnaval daquele ano ficaria vazio, sem risos e alegrias. Cada um de nós desenvolveu sua própria fantasia para fazer a festa. Wagner Costa foi o convidado para fazer a música do bloco. O Bloco Matracas resgatou os antigos blocos que fizeram parte do carnaval da Praia de Iracema”. Revista Saúde e Movimento: Desde quando você está nesse projeto e como surgiu o seu interesse? Dra. Imaculada Conceição: Estou no projeto desde que começou o pré-carnaval da Praia de Iracema. Porém minha participação se restringia à condição de brincante. O início do meu envolvimento com a organização do carnaval, só se deu em meados de 1997, quando fui convidada para assumir a direção do Bloco Que Merda É Essa?. Na diretoria deste bloco permaneci até o ano de 2002. Foi uma oportunidade de aprendizagem grande. Conseguimos juntamente com Revista | Crefito 6

demais diretores e outros blocos, levantar o carnaval da Praia de Iracema. Essa experiência me levou a ampliar os meus conhecimentos sobre o carnaval, através de pesquisas, fóruns promovidos pela FUNCET, e cursos de formação cultural. Estou com o Bloco Matracas de Iracema desde o ano de 2003. RSM: De que forma a paixão pela música lhe move do outro lado de sua vida, além do âmbito profissional, e influências para que seu trabalho se torne mais leve, agradável, etc? IC: Dorival Caymmi já dizia: “quem não gosta de samba, bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé”. Causa-me estranheza quando alguém diz que não gosta de ouvir música. Pra mim, é impossível pensar e viver a vida, sem a música. E isso, independe da condição profissional, ela faz bem de todas as formas. É expressão e comunicação universal. Shakespeare dizia que a música: “presta auxílio a mentes enfermas, arranca da memória uma tristeza arraigada, arrasa as ansiedades escritas no cérebro e, com seu doce e esquecedor antídoto, limpa o seio de todas as matérias perigosas que pesam

sobre o coração”. A Terapia Ocupacional tem esse privilégio, enquanto profissão, de poder usar a música em sua intervenção. A música sempre esteve presente nos meus campos de atuação, com crianças com deficiências múltiplas e agora na saúde mental. Considero-me movida pela música que me inspira a ver a vida com positividade. RSM: Por que acha importante outras atividades como essa na vida das pessoas? IC: Acho que independente da atividade, é importante considerar que o ser humano é ao mesmo tempo singular e múltiplo. E como diz Moran, “todo ser, mesmo aquele mais fechado na mais banal das vidas, constitui ele próprio um cosmo”. Então, a nossa multiplicidade de interiores nos possibilita os fazeres. Cabe-nos reconhecer e exercer, sem medo, essas potencialidades traduzidas pelas atividades. Isso permite nas pessoas, de modo geral, uma apoderação de liberdade e autoconfiança. A vida fica mais interessante, menos estressante e encantadora. Lembro-me de uma citação de Luiz Gonzaga Leal que diz que “o que fica das


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atividades humanas não é o que serve, mas o que emociona”. Principalmente, se essa ou essas atividades são movidas pelo prazer. As pessoas deveriam pelo menos tentar, fazer algo fora do corriqueiro. RSM: Como a Terapia Ocupacional, enquanto profissão, pode ajudar no seu desempenho de presidente do Bloco Matracas de Iracema? IC: A relação Terapia Ocupacional + Bloco Matracas de Iracema me faz lembrar uma dedicatória que Denise Dias Barros fez para mim na contra capa do seu livro - Itinerários da Loucura em Territórios Dogon. Ela escreveu: “tantos são as escolas e os blocos a nos ensinarem possibilidades do que é estar atento e aberto”. Eu havia conversado com ela sobre essa minha atividade paralela à terapia ocupacional. Essa pergunta me remete a dimensionar essa relação, nas

palavras de Denise, “estar aberto e atento” e a Terapia Ocupacional tem na sua essência o exercício permanente desse olhar ampliado para o cotidiano das pessoas. Uma manifestação carnavalesca, como é a do Bloco Matracas, nada mais é que uma extensão desse cotidiano coletivo, que o carnaval revela, liberdade, alegria, diversidade cultural. Então, a Terapia Ocupacional muito me ajudou a exercer, a presidência do Bloco, de forma atenta e aberta às revelações e às possibilidades desse universo cultural, principalmente do seu processo criador. A Terapia Ocupacional me empresta a sua ferramenta de facilitadora, desmanchando cercas e administrando alegria.

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Dor crônica e a necessidade de uma abordagem interdisciplinar A dor é um dos sintomas que mais leva o indivíduo à procura de um profissional fisioterapeuta. Partindo do pressuposto que toda dor um dia foi aguda, podemos relacionar várias causas desta: dor oncológica, inflamatória, neuropática, dentre outras. Quando aguda, a dor representa um sinal de alarme evidenciando alguma lesão orgânica. Geralmente, o paciente procura atendimento médico e este identifica o tecido lesionado. Após o diagnóstico nosológico, é prescrito o medicamento e o paciente é encaminhado à fisioterapia. O fisioterapeuta, por sua vez, realiza sua avaliação e após o diagnóstico funcional, prescreve e executa o tratamento fisioterápico. Este modelo possui uma maior chance de cura visto que o pensamento lógico conclui que restaurando o tecido lesionado a dor é suspensa. Porém, existem casos onde a dor persiste mesmo sem lesão orgânica presente. É o caso do paciente que se queixa de dor, mas apresenta todos os exames normais. Estamos diante de um caso de dor crônica. A dor crônica é responsável pelo crescente número envolvendo o afastamento laboral. Estimase que em 2010 a lombalgia causou à previdência nacional um custo de 50 milhões de reais por afastamento. Dessa forma a dor crônica já é encarada como um problema de saúde pública. Além disso, devido à teoria da neuromodulação mediante ao estímulo nociceptivo contínuo, a dor crônica é vista não apenas como um sintoma, mas também como doença. Tal teoria pode ser exemplificada como um “ciclo vicioso” de reflexos envolvendo a irritação crônica de um nervo periférico sensorial com impulsos aferentes elevados. O resultado é uma atividade anormal de neurônios internunciais no funículo lateral e no corno anterior da medula espinal, tendo como resposta reflexa simpática eferente o aumento da frequência cardíaca, a vasoconstricção e o espasmo muscular. A excitabilidade Revista | Crefito 6

prolongada destes neurônios é exacerbada com os sentimentos de medo e ansiedade. Percebe-se nesse momento que a dor parece não mais disparar um sinal de alarme, tendo se transformado na própria patologia, residindo junto ao sistema nervoso. É como se as vias de dor estivessem inflamadas, mas sem estímulo presente. Nesse ponto, um estímulo muito pequeno é suficiente para que as vias da dor disparem indevidamente. O paciente passa a apresentar dois fenômenos: a hiperalgesia (magnificação da dor) e a alodinia (sensação de dor com estímulos não dolorosos). A depressão costuma ser o próximo passo. Diante desse quadro percebemos que o tratamento e a cura da dor crônica diferem enormemente dos casos agudos. Muitos profissionais consideram o desafio como “uma missão impossível” ou

um “caso perdido”, evitando ou encaminhando o paciente por não obter resultados e, às vezes, culpando-o por isso. Mas existe uma luz no fim do túnel! Chamase abordagem biopsicossocial. Tal abordagem é iniciada já na avaliação do paciente por um grupo interdisciplinar composto por médico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, dentre outros. É a



18 união de forças de diversas áreas da saúde em prol da cura do paciente. A comunicação entre cada integrante do grupo será fundamental para que o tratamento seja interdisciplinar do início ao fim. E como a fisioterapia entra nisso? Através de um método ATIVO de tratamento. É muito comum o indivíduo chegar para ser tratado e “se acostumar” a ficar deitado com o fisioterapeuta a se exaurir realizando técnicas sem nenhuma participação do paciente, um tratamento em grande parte passivo. Tal modelo só contribui para aumentar a dependência do paciente. Já é comprovado que exercícios resistidos estimulam a produção de endorfinas e outros opióides endógenos, tornando o indivíduo mais tolerante à dor por condicionar as terminações

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nervosas livres a elevar seu limiar de excitabilidade. Sendo assim, recomenda-se uma proposta fisioterapêutica 70% ativa, no mínimo, sempre nos graus de tolerância do paciente. Um protocolo baseado em um aquecimento de 10 minutos de bicicleta ergométrica seguido por exercícios de alongamento e exercícios resistidos de estabilização, finalizado por 10 minutos de relaxamento tem mostrado resultados promissores em uma instituição de ensino superior de Fortaleza, inclusive contabilizando altas em pacientes com anos de tratamento. Os diagnósticos foram os mais variados, desde artroses até pós-cirúrgico de coluna vertebral. Vale ressaltar que a participação do psicólogo foi fundamental nesse resultado.

Diante do exposto, enalteço a importância da abordagem do paciente dentro de um contexto biopsicossocial em prol de uma saúde pública eficiente. Dessa forma, a Quimera chamada dor crônica terá encontrado seu Belerofonte: a interdisciplinaridade.

Dr. José Flávio Alencar Filho

Fisioterapeuta Especialista em Terapia Manual e Postural. Diretor tesoureiro da Sociedade Cearense para o Estudo da Dor SOCED



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Intervenção terapêutica ocupacional na área de estimulação visual precoce: na busca da funcionalidade O sistema visual favorece uma rica informação do meio ambiente, organizando outras informações sensoriais. Seu desenvolvimento é determinado por diversos fatores, dentre eles, genéticos, de maturação neurológica, ambientais e de aprendizagem. Há uma significativa incidência de alterações visuais na primeira infância, quer de origem genética, de infecções congênitas e/ ou neonatais, havendo um número importante de casos de disfunção visual em crianças com distúrbios neuromotores. Nestas pode-se observar sérios prejuízos funcionais, especialmente déficits de motilidade óculo-motora (estrabismo e nistagmo), erros de refração, diminuição da acuidade visual, perdas de campos visuais, atrofias ópticas e anormalidades da retina. Em virtude desses prejuízos funcionais justifica-se que quanto mais precoce for iniciada a estimulação visual, melhor será sua contribuição para o funcionamento e eficiência visual. A fim de minimizar esses prejuízos funcionais e levando em consideração a neuroplasticidade, quanto mais precocemente a intervenção, melhores respostas serão obtidas na busca da eficiência visual. O primeiro passo de uma intervenção visual é a realização do Teste do Reflexo Vermelho, importante triagem para a detecção de alterações visuais Revista | Crefito 6

nos primeiros dias de vida. Nos casos de respostas ausentes, o bebê deverá ser encaminhado ao serviço de oftalmologia para avaliação diagnóstica. Diante de uma avaliação diagnóstica que revele alterações visuais, o oftalmologista deverá encaminhar o bebê para uma avaliação funcional da visão, realizada por um terapeuta ocupacional com formação em estimulação visual. A avaliação é composta por testes

subjetivos que qualificam o comportamento visual do bebê. Estes testes requerem a participação ativa da criança, devendo o examinador estar atento a comunicação gestual e/ou verbal, considerando a capacidade motora, cognitiva e atenção. Vários testes são utilizados, sendo o Teste de Cartões de Acuidade de Teller o mais utilizado em crianças préverbais e naquelas com múltiplas deficiências.


21 Para HYVARINEM (1995), a avaliação funcional da visão contempla a acuidade visual, sensibilidade ao contraste, campo visual, adaptação visual, visão de cores e acomodação, bem como, a observação das funções óculo-motoras de fixação e seguimento visual, buscando entender o que pode ser útil e funcional para melhorar o desempenho visual e global, garantindo assim, a melhoria da qualidade de vida da criança e seus familiares, vindo a ser complementar a avaliação oftalmológica prévia.

apresentando dificuldades tanto para ver quanto para interpretar a imagem visual, além de dificuldade da nitidez da imagem e no processo de acomodação, dificuldades estas que interferem no interesse pelo meio ambiente e, muitas vezes, geram comportamentos estereotipados, frequentemente estas crianças apresentam preferências visuais por objetos de padrão de alto contraste, coloridos, de alto brilho, luzes brilhantes, dentre outros, necessitando de adaptação de materiais específicos.

Durante a avaliação o terapeuta ocupacional deve estar atento ao tempo no qual a criança leva para responder aos estímulos, a duração de suas respostas, aos objetos mais familiares, a luminosidade do ambiente que melhor se obtém respostas visuais, ao grau de fadiga, ao uso de medicação, à utilização dos demais canais sensoriais e às expectativas da família, visto que estes são pontos relevantes a serem analisados e de fundamental importância para o plano terapêutico. Assim, o objetivo da estimulação visual é facilitar a integração da função visual com postura e movimentos, refinando o sistema visual cognitivo, preparando a criança para tarefas funcionais, especialmente aquelas que envolvem coordenação óculomanual, fundamentais para as atividades da vida diária e escolares.

Faz parte do repertório de atividades do terapeuta ocupacional selecionar atividades e recursos, ajustados às necessidades da criança a fim de possibilitar um aumento nos níveis de alerta, interesse e participação nas atividades, melhorando o desempenho nas funções de auto cuidado, de mobilidade social e escolar; considerar o alinhamento postural da criança, adaptando materiais específicos para cada tipo de limitação visual e/ou motora; orientar e confeccionar recursos não ópticos; realizar modificações do ambiente; avaliar e confeccionar adaptações domiciliares e/ ou escolares; adequar a iluminação do ambiente, a fim de melhorar o desempenho visual; estimular a participação ativa nas atividades de vida diária (alimentação, higiene e vestuário), na mobilidade, no brincar e na escola.

Como nas crianças com deficiência visual central, a acuidade e o campo visual são severamente afetados,

Em virtude de algumas deficiências visuais terem o caráter progressivo e manifestarem-se durante a vida

escolar, a triagem oftalmológica na fase pré-escolar e escolar vem a ser de fundamental importância visto que alguns erros de refração podem interferir na aprendizagem. Portanto, o terapeuta ocupacional com formação em estimulação visual precoce por meio de atividades apropriadas à sequencia do desenvolvimento e levando em consideração as necessidades individuais com objetivos direcionados a metas funcionais, poderá resgatar a visão a níveis também funcionais.

Dra. Silvana Costa Bezerra

Terapeuta Ocupacional do Núcleo de Tratamento e Estimulação Precoce - NUTEP Especialista em Desenvolvimento Infantil Formação em Estimulação Visual Precoce Formação Neuroevolutivo Bobath e Integração Sensorial Revista | Crefito 6


22 fiQue pOr dentrO

XIII CBTO: Conheça os bastidores do Congresso, com sede em Santa Catarina Veja como foi desenvolvido todo o trabalho para garantir que o Congresso Brasileiro de Terapia Ocupacional seja um sucesso! Revista | CreďŹ to 6


23 Associação Brasileira dos Terapeutas Ocupacionais, regional Santa Catarina – Abrato-SC, sente-se muito honrada com a incumbência recebida no XIII CBTO, na cidade de São Paulo em 2011, de preparar, organizar e realizar o XIII CBTO pela primeira vez em Santa Catarina. O XIII CBTO se propõe a conciliar a discussão do âmbito nacional sobre a profissão, sem perder a oportunidade de aproximar os terapeutas ocupacionais, gestores (público/ privado), usuários, sociedade científica e comunidade em geral, aliando a tudo isto a bela ilha de Florianópolis. A presença do profissional é de fundamental importância, assim como as suas instâncias representativas. O tema principal a ser abordado no evento é “Terapia Ocupacional e Políticas Públicas: compromissos, diretrizes e ações”. O assunto surge das várias discussões entre os membros das comissões científica e organizadora, os diferentes grupos de trabalho da Abrato, tendo como base pesquisas realizadas, enquetes ofertadas via blog da Abrato-SC (www.abratosc.blogspot.com.br), consultas aos meios acadêmicos, movimentos em prol de uma legislação atual e pertinente ao terapeuta ocupacional e áreas de atuação deste profissional. Diante deste cenário, discutiremos a Terapia Ocupacional a partir das políticas públicas já estabelecidas, tendo como foco o cotidiano profissional, as técnicas, a resolutividade e a

inserção do profissional, visando avaliar, reciclar e avançar na construção de novos e atuais saberes. Todo este cenário vem ao encontro dos movimentos ocorridos nas ruas das cidades brasileiras, onde a população clama por melhor assistência às suas necessidades, seja no âmbito da saúde, educação ou social. E o terapeuta ocupacional tem muito a contribuir neste campo com seus saberes e fazeres. Sob este prisma o profissional tem fundamental importância, desde a elaboração e/ou renovação de técnicas, das políticas e até a divulgação do XIII Congresso Brasileiro de Terapia Ocupacional. Não podemos perder de vista que este é o único evento da Terapia Ocupacional, momento propício para discutir e encaminhar as questões de interesse exclusivo da categoria. Alguns dados acerca da estruturação do XIII CBTO: Elaboração de comerciais com cotas e contrapartidas (uma versão para a fase de divulgação no ano de 2012 e a segunda apoio/patrocínio para o ano de 2013); elaboração de ofícios com o intuito de apresentar e solicitar desde apoio a participação aos mais variados setores do Ministério da Saúde, da Organização PanAmericana de Saúde – OPAS, Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome, INSS, Conselho Nacional de Assistência Social; Realizamos visitas a Conselhos; participamos de todos os

movimentos e reuniões da Terapia Ocupacional; as secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social, tanto municipais quanto a estadual em Santa Catarina, visando à participação de todos no CBTO; recebemos a visita do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – Coffito, dos Crefitos 5, 8 e 10 na sede da Abrato-SC. Também Realizamos entrevistas em diversas rádios de Santa Catarina; participamos de vários eventos da Terapia Ocupacional como o CONNTO/2012 em Natal/RN; congresso da Reneto no Rio de Janeiro, o evento do SUAS do Crefito-3 em São Paulo entre outros tantos; reuniões com a comissão científica; comissão organizadora (2 por mês), seleção de empresas fornecedoras de serviços; visitas técnicas aos centros de convenções em Florianópolis/SC; idealização e realização de um boletim informativo sobre o CBTO; elaboração e manutenção do site; campanha “Eu vou”; entre outras tantas ações.

Dra. Lyzete Antunes

Presidente da Abrato - SC e do XIII CBTO Revista | Crefito 6


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Fique por dentro da programação do XIII CBTO A Abrato-SC iniciou as discussões sobre a possibilidade de vir a ser sede do XIII CBTO logo após a realização do Congresso de Fortaleza em 2009, inicialmente junto aos associados. Depois de 13 de Outubro passamos a trabalhar no coletivo visando à construção do XIII Congresso Brasileiro de Terapia Ocupacional através das redes sociais e de reuniões. O Congresso Brasileiro tem por meta principal discutir, difundir e atualizar os seus profissionais no quesito pesquisa, atuação e inserção profissional. Este é um momento de grande importância para o profissional, que amplia os seus conhecimentos acerca das técnicas, do fazer, conhece e reconhece outros profissionais formando uma rede de

sustentação, mas, acima de tudo, cria laços e permite a este uma visão ampliada e atualizada acerca da prática profissional. O XIII Congresso Brasileiro de Terapia Ocupacional vai debruçar sobre o tema “Políticas Públicas e Terapia Ocupacional: compromissos, diretrizes e ações”, ou seja, vamos refletir o que temos e como melhorar o desempenho no exercício profissional e assim apresentar ainda maior resolução seja na gestão ou no atendimento ao usuário dos serviços de Saúde, da Assistência Social ou na Educação. Esta diversidade de fazeres e áreas de atuação torna a elaboração de uma grade de programação uma verdadeira obra de engenharia. O XIII

CBTO conta com uma comissão científica formada por 30 terapeutas ocupacionais, com mais de cem palestrantes e outros tantos convidados especiais. Serão mais de 600 trabalhos a serem apresentados nas modalidades Comunicações Orais e Banner Eletrônico, além dos Simpósios, do Encontro de Saúde Mental, 6 cursos pré congressos, inúmeras reuniões entre Abrato e as mais diferentes instâncias representativas da Terapia Ocupacional no Brasil. E como novidade, esta edição traz o I Fórum das Associações da Abrato. Tudo isto em espaço de quatro dias. Não fique de fora, porque o próximo só em 2015! Contamos com a sua participação, até 13 de Outubro em Florianópolis/SC.

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Equilíbrio corpo e mente

CRONOGRAMA Respiração, diafragma e suas relações

Ministrantes: Dr.ª Hildeniza Baltazar e Mairton Backing 1ª Etapa: 25, 26 e 27/10/2013 2ª Etapa: 08, 09 e 10/11/2013

Reestruturação Postura Sensoperceptiva sobre Grandes Bolas Ministrante: Dr.ª Lais Cristina Almeida Período: 24 e 25/11/2013

reestruturação postural sensoperceptiva

Curso de Taping nas Disfunções Muscoloesqueléticas Ministrante: Dr. Luiz Yasunaga Junior Período: 06 e 08/12/2013

Pilates Contemporâneo

Ministrante: Dr.ª Ingrid Quartarolo Vargas e equipe

Clínico - 27/11 a 05/12/2013 Bola - 06 a 08/12/2013 Suspenso - 09 a 11/12/2013

INSCRIÇÕES ABERTAS - VAGAS LIMITADAS! Maiores Informações: www.fisiolifecr.com.br Rua Carlos Vasconcelos, 2540 – Joaquim Távora CEP: 60.115.171 - Fortaleza-Ceará Fone: (85) 3246.0349 / 3305.0020 / 8654.1893 E-mail: fisiolifecr@hotmail.com


26 Capa

XX Congresso Brasileiro de Fisioterapia O evento é uma realizacão da AFB com o apoio do Crefito-6 Estamos aqui em Fortaleza para concretizar mais um sonho, um grande evento científico. A AFB (Associação dos Fisioterapeutas do Brasil) iniciou suas atividades em 2005, quando um grupo de profissionais mobilizados com o intuito de criar uma entidade que pudesse representar e defender os interesses da categoria técnica cientificamente e/ou politicamente se reuniu em São Paulo, em um Congresso Brasileiro, para realizar a sua fundação. De lá para cá foram muitas conquistas, muito trabalho, mas uma certeza: a de que estamos no caminho certo. Nos tornamos membros da Confederação Mundial de Fisioterapia – WCPT e da Confederação Latino Americana de Fisioterapia e Kinesiologia – CLAFK. Com a proposta de aproximar a Fisioterapia Brasileira das diversas experiências internacionais, estamos 1

Congresso. Muitas cidades se candidatam e todos os projetos enviados são analisados sob diversos aspectos - malha aérea, rede hoteleira, transporte e parceria da equipe local. O que consideramos fundamental para a realização desse grande evento é vontade e o apoio de profissionais e entidades.

caminhando e trabalhando para essa conquista. Enfrentamos o grande desafio de restabelecer a tradição de grandes eventos que pudessem levar a todos os cantos do país o que de melhor e mais moderno estamos produzindo em matéria de ciência, e trazer um pouco do que se produz fora do país para uma grande troca de experiências. Foi assim em São Paulo - Capital, Santos, Curitiba, Rio de Janeiro e Florianópolis. É com grande satisfação que mais uma vez cumprimos essa etapa! XX Congresso Brasileiro de Fisioterapia – Fortaleza, Terra do Sol, aqui estamos!

O que temos em Fortaleza? Fortaleza também é um centro de referência do Estado do Ceará e do Nordeste no quesito assistência à saúde, tecnologia, ensino e pesquisa. Conta com profissionais de renome nacional e internacional e instituições públicas e privadas de grande relevância e que fazem tal evento ser muito esperado pelos profissionais da cidade e de vários locais do Brasil, da América Latina e outros países.

Não foi fácil. A cada edição buscamos superar as expectativas e fazer um evento que seja inesquecível para todos os participantes. Na vontade de levar a todos os cantos esse momento, nos deparamos com a grande dificuldade da escolha da cidade que sediará o próximo

Estima-se neste evento a participação de 4.000 mil pessoas, dentre acadêmicos 2

1: Da (e) para (d), Dr. Sandoval (Presidente do Crefito-10), Dr. helder montenegro (Presidente Acefisio), Dr. Ricardo lotif (Presidente do Crefito-6) e Dr. Reginaldo Antolin (vice-Presidente da AFB); 2: Posse a AFB no Rio de Janeiro em 2012; 3: Reunião da AFB com as comissões organizadoras do Congresso no Crefito-6.

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27 de Fisioterapia e profissionais. A programação científica está comprometida com a temática central “Da Ciência da Funcionalidade aos Novos Desafios Profissionais” e alicerçada em princípios de qualidade. O principal objetivo é estimular e fortalecer a prática profissional da Fisioterapia desde as áreas específicas até à forma integral de atendimento ao cidadão. Serão apresentados trabalhos de grande relevância científica nas suas diversas áreas, assim como contaremos com a participação profissionais de renome nacional e internacional apresentando importantes

inovações da prática clínica e de pesquisa no país e nos principais centros internacionais. Além disso, foram submetidos para o evento mais de 1000 trabalhos científicos, os quais mais de 860 serão apresentados na modalidade oral ou painel. Todos os trabalhos serão publicados na forma de Anais de Evento Científico pela Revista Fisioterapia e Pesquisa, revista esta com Qualis B1 pela CAPES, em formato de CD eletrônico.

através do seu Presidente Dr. Ricardo Lotif e a todos os funcionários pela dedicação e empenho para que esse evento se realizasse. A todos os membros das comissões nosso profundo agradecimento.

Essa é a expectativa da AFB: levar a todos um evento de QUALIDADE. Esperamos ter acertado! Aproveitamos a oportunidade para agradecer ao CREFITO-6,

Dra. Denise Flávio Presidente da AFB

Atendimento no Congresso O Crefito-6 disponibiliza a sua Unidade Móvel para atendimento no XX Congresso Brasileiro de Fisioterapia, tirando dúvidas, recebendo denúncias, atualizando dados e dando todo o suporte para os profissionais da jurisdição do Ceará e Piauí. Esta é mais uma ação do Crefito-6 para beneficiar profissionais e estudantes. Aproveite!

Prezados Fisioterapeutas e Estudantes, De 16 a 19 de outubro termos o XX Congresso Brasileiro de Fisioterapia – AFB 2013, que desta vez acontecerá em Fortaleza-Ceará. Sem dúvida nenhuma a AFB vem ao longo dos anos, trabalhando para oferecer o que há de melhor e mais atual no Brasil e no mundo, com uma programação científica ampla, sólida e atual. Assim, venho reforçar o convite para que todos participem deste que vem se consolidando como fonte obrigatória de atualização técnicacientífica e político-social para a Fisioterapia do Brasil, onde vocês terão oportunidade de encontrar e trocar experiências com profissionais e estudantes de todo o País. Realização

O CREFITO-6, Conselho Regional anfitrião deste grande evento do Fisioterapia Brasileira deseja a todos um forte abraço e espera todos na TERRA DO SOL !!! Ricardo Lotif Araújo Presidente CREFITO-6

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30 entrevista

Fisioterapeutas têm papel fundamental no desenvolvimento de paratletas O Paradesporto está em pleno crescimento e evolução, assim como as tecnologias que assistem os paratletas. Dessa forma, faz-se necessário uma especialização dos profissionais da equipe multidisciplinar. Veja a entrevista com os fisioterapeutas Roberto Eneas, único no Estado do Ceará com formação superior em Órteses e Próteses pela Universidade de Dom Bosco (El Salvador), sócio e responsável técnico da Ortomol Soluções Ortopédicas (www.ortomol.com.br), e Pedro Masiero, Pós-graduado em Ortopedia e Traumatologia e Coordenador de território da Otto-bock do Brasil (pedro. masiero@ottobock.com.br), juntamente com Jordênia Custódio, que é paratleta e secretária da ACEA (Associação Cearense de Esportes Adaptados). Revista Saúde e Movimento: Quais são as principais dificuldades enfrentadas pelos paratletas, física, psicológica e financeiramente? Jordênia Custódio: O esporte tem facilitado a minha vida, minimizando os efeitos provenientes da amputação da minha perna direita. A prática da natação otimizou o controle do meu peso, melhorou minha respiração, assim como minha disposição física. Os aspectos psicológicos foram melhorados. Minha autoestima é sempre Revista | Crefito 6

elevada e o dinamismo das competições com outros paratletas me deixa muito feliz. Em relação aos problemas financeiros, existem grandes dificuldades de deslocamento por conta do transporte público adaptado ser ineficaz. A falta de patrocinadores, bem como ausências de incentivos financeiros para participar das competições, são alguns dos problemas que enfrentamos. RSM: Quais as semelhanças e diferenças do tratamento de Fisioterapia com atletas com deficiência e sem deficiência? Dr. Pedro Masiero: As principais diferenças são relacionadas a compreender as limitações, que podem ser apresentadas de diversas formas, dependendo da patologia e das particularidades de cada modalidade esportiva praticada pelo atleta. RSM: O fisioterapeuta que tem interesse em trabalhar com paratletas tem a necessidade de conhecer a modalidade? Dr. Pedro Masiero: Sim, pois conhecendo a modalidade o profissional terá parâmetros para elaborar um tratamento

específico para o atleta em questão. RSM: De que forma componentes protéticos auxiliam para um bom rendimento? Dr. Roberto Eneas: Atualmente, existem vários componentes à disposição dos paratletas, que são fabricados com máxima resistência e mínimo peso. No caso, o emprego de materiais leves como o titânio e outros materiais como elastômeros e fibra de carbono . A compreensão dos princípios biomecânicos e a utilização desse conhecimento na prática esportiva adaptada está em constante evolução e a aplicação de recursos eletrônicos e computadorizados está cada vez mais colaborativa com a qualidade de vida dessas pessoas. Jordênia Custódio: Existe uma completa alteração na qualidade da minha vida. Eu me sinto mais confiante ao caminhar com um joelho computadorizado e isso me permite maiores deslocamento sem sobrecarga da minha coluna e da minha perna sadia. Como tenho uma vida muito dinâmica, a prótese


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torna-se essencial. É uma parte do meu corpo. Fico muito feliz por ter essa tecnologia de ponta no mundo, já à disposição aqui em Fortaleza. Uma pessoa com amputação pode encontrar toda a assistência disponível e fazer todos os ajustes (e são vários) sem ter a necessidade de ir para outro Estado ou até mesmo outro país. Infelizmente tratamse de componentes muito caros e por isso a maioria das pessoas acaba ficando sem acesso à essa tecnologia. No meu caso, a prótese foi comprada pelo INSS. Revista Saúde e Movimento: Como é feita a reabilitação

desses pacientes? Dr. Pedro Masiero: A reabilitação é dividida em várias etapas. Inicialmente existe uma inserção do paciente à atividade pretendida e isso envolve uma avaliação minuciosa para começar a prática. Um segundo momento é a capacitação desse paratleta a progredir na modalidade. Já os paratletas com alto rendimento estão sujeitos a sofrer lesões como qualquer outro atleta, principalmente entorses, lesões musculares e contusões. Caso isso aconteça, é necessário o tratamento e acompanhamento fisioterápico constante.

Revista Saúde e Movimento: Quais são os benefícios provenientes da Fisioterapia em paratletas? Dr. Pedro Masiero: Os benefícios poderão ser observados desde a melhora dos fatores biomecânicos e posturais, propriocepção, marcha, melhora do condicionamento cardiorrespiratórios, sendo que esses fatores estarão influenciando diretamente sobre a performance do atleta nos treinos e competições.

Revista | Crefito 6


32 entrevista

Como eu trato: Autismo, quando tratado por equipe multidisciplinar, gera melhores resultados aos pacientes O tratamento do autismo deve ser realizado por meio de uma equipe multidisciplinar, que possa oferecer assistência em todos os âmbitos a fim de levar ao paciente um desenvolvimento mais rápido e eficiente. A Fundação Especial Permanente Casa da Esperança atende cerca de 350 pacientes autistas. A instituição conta hoje com o trabalho conjunto de aproximadamente 160 profissionais. Esses profissionais se dividem na execução de múltiplas atividades que compõem os principais programas da organização. O serviço é prestado através de quatro setores especializados e destinados a pessoas com necessidades específicas, sendo eles: circuito de estimulação neuro-sensorial, oficinas terapêuticas, atendimento educacional especializado e vivências terapêuticas. Todo o trabalho é realizado de forma pública e gratuita. A Casa da Esperança é credenciada ao Sistema Único de Saúde (SUS) e à Secretaria de Educação (SEDUC), sendo este responsável por 90% de sua verba e 10% provenientes de atendimentos particulares. Mas como profissionais da Fisioterapia e Terapia Ocupacional tratam o autismo? É isso que você poderá conferir na entrevista com a fisioterapeuta especialista em Fisioterapia Cardiorespiratória e coordenadora do setor de Fisioterapia da Casa da Esperança, Dra. Daniele Revista | Crefito 6

Rebouças da Silva, e com as Terapeutas Ocupacionais, Dra. Sheryda Batista Veloso, especialista em Educação em Saúde Pública e Coordenadora do setor de Desenvolvimento Adaptativo da instituição, e Dra. Débora Façanha Thiers, Coordenadora do Setor de Terapia Ocupacional. Revista Saúde e Movimento: O que é e quais são as causas do autismo? Dra. Débora Thiers (TO): Autismo é uma síndrome definida por alterações precoces, detectadas antes dos 3 anos de idade, que se caracterizam por desvios qualitativos simultâneos na interação social, comunicação verbal e não

verbal e de comportamento. Esses três desvios aparecem juntos e são denominados tríade de dificuldade, sendo responsáveis por um padrão de comportamento restrito e repetitivo. Ex.: resistência à mudança e resposta atípica a experiências sensoriais. As causas ainda são desconhecidas, mas estudos recentes demonstram ligações com fatores genéticos. RSM: O autismo afeta mais meninos ou meninas? Dra. Daniele Rebouças (FISIO): Hoje, fala-se que o autismo é mais frequente no sexo masculino, numa proporção de 4:1 e há maior probabilidade de se manifestar


33 tratamento individual (objetivos específicos e gerais); elaborar a rotina de atendimento; realizar atendimentos mediante o perfil de cada paciente e fazer reavaliações. Tudo isso é desenvolvido com o uso das técnicas de integração sensorial e terapia cognitivo comportamental. Dra. Daniele Rebouças (FISIO): Inicialmente os pacientes são submetidos a uma avaliação fisioterápica, identificando alterações motoras comuns, como marcha alterada com andar em pontas dos pés, queda do arco plantar, encurtamentos musculares de membros inferiores, cifose torácica, desequilíbrio postural de leve a severo, déficit de coordenação motora - dinâmico e estático, pobre consciência corporal e orientação espacial. RSM: Que atividades são desenvolvidas para as

crianças com autismo? Dra. Débora Thiers (TO): Na Terapia Ocupacional geralmente utilizamos as seguintes atividades: estimulação sensorial (tátil, gustativa, proprioceptivaoral, auditiva, vestibular); estimulação cognitiva (atenção, concentração, raciocínio lógico, esquema corporal, etc.); desenvolvimento motor fino (preensões, lateralidade); desenvolvimento motor grosso (andar, pular, correr, subir, descer); atividades de vida diária (treino, aquisição e manutenção das atividades relacionadas ao vestuário, alimentação, higienização); socialização (atividades lúdicas, como brincar), inclusão na escola regular; comportamental (regras, rotinas, controle de emoções). Dra. Daniele Rebouças (FISIO): Para complementar o trabalho realizado pela Terapia Ocupacional, nós prestamos

Tratamento de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional com pacientes da Casa da esperança

em irmãos gêmeos de pessoas com autismo. Entre as crianças atingidas precocemente e na síndrome de Asperger essa proporção se amplia para 10 meninos por 1 menina afetada. Outro aspecto relevante é que nas meninas o transtorno tem maior severidade. RSM: Como é realizado o tratamento tanto pela Terapia Ocupacional quanto pela Fisioterapia? Dra. Sheryda Veloso (TO): O Terapeuta Ocupacional tem como objetivos gerais avaliar o paciente ao entrar na instituição; traçar o plano de Revista | Crefito 6


34 atendimento fisioterápico tais como cinesioterapia global, massoterapia, Método de Bobath, treino de marcha, alongamentos musculares e neurais, Facilitacão Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) e Fisioterapia Aquática. Também fazemos atividades psicomotoras individualmente em consultório e em grupo, com atendimento laboral para alguns funcionários (autistas). RSM: De que forma o autismo pode afetar o desenvolvimento da criança? Dra. Sheryda Veloso (TO): Quando não é identificado precocemente e não há a intervenção precoce, a criança autista pode vir a apresentar dificuldade na interação social, déficits de atenção, concentração e comportamento, atraso na linguagem e atrasos motores RSM: Que benefícios podem ser notados quando o paciente é acompanhado por um terapeuta ocupacional e um fisioterapeuta? Dra. Sheryda Veloso (TO): Notamos uma melhoria na qualidade de vida do paciente, sendo visualizado através da diminuição, da desmodulação sensorial, estereotipias, agressividade e comportamentos. Melhora na interação com pares cronológicos e familiares, maior independência nas atividades de vida diária e instrumentais. Dra. Daniele Rebouças (FISIO): Apesar das dificuldades iniciais de aceitação e tolerância dos atendimentos fisioterápicos pelos pacientes, estes apresentam melhora Revista | Crefito 6

significativas dos encurtamentos musculares e neurais, da marcha, ganho de equilíbrio, coordenação motora e propriocepção.

Dra. Daniele Rebouças Fisioterapeuta

Dra. Sheryda Veloso

Terapeuta Ocupacional

Dra. Débora Thiers

Terapeuta Ocupacional



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Uso adequado e preenchimento obrigatório do prontuário do usuário do sistema nos estabelecimentos de saúde pelo fisioterapeuta e terapeuta ocupacional O CREFITO-6 preocupado em alertar aos profissionais fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais acerca do uso inadequado do prontuário elucida nesta nota técnica orientações para a proteção do usuário do sistema de saúde e do profissional, para que estes não sejam envolvidos em erros do tipo negligência, imprudência e imperícia, no que tange à ausência ou registro inadequado/incompleto no instrumento declaratório de assistência prestada nos estabelecimentos de saúde. Sabe-se que o prontuário contém toda a história do paciente e é um conjunto de documentos de caráter legal, sigiloso e científico, padronizado e ordenado para registro dos cuidados profissionais prestados ao paciente nos serviços de saúde pública ou privado, a fim de possibilitar a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao usuário do sistema de saúde. O prontuário possibilita avaliar o desempenho da instituição e dos

profissionais responsáveis pela assistência ao usuário/ paciente. O prontuário também deve ser usado como instrumento de auditoria, sindicâncias ou processos ético-profissionais e financeiro-administrativo (prova sobre determinado fato ou ocorrência), prova em defesa ou de acusação de que o usuário/paciente está sendo ou foi tratado de maneira conveniente. Reconhecendo a importância legal deste instrumento o COFFITO regulou a matéria por meio da Resolução 414 de 23 de

maio de 2012 para a Fisioterapia e da Resolução 415 de 19 de maio de 2012 para a Terapia Ocupacional que dispõem sobre a obrigatoriedade do registro em prontuário, da guarda e descarte. Tanto a Resolução COFFITO 414/12 quanto a 415/12, nas respectivas áreas de atuação tornam obrigatório o registro em prontuário, das atividades assistenciais prestadas pelo fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional aos seus clientes/ pacientes/ usuários, devendo ser redigido de modo legível, claro e com a terminologia própria

Para tal considerou as seguintes necessidades: - Contemplar de forma sucinta a assistência prestada, a descrição e os procedimentos técnicos científicos adotados no exercício profissional, de haver registro das informações decorrentes da assistência fisioterapêutica e terapêutica ocupacional que possibilite a orientação e a fiscalização sobre o serviço prestado e a responsabilidade técnica adotada; - Utilização como registro documental sendo instrumento valioso para o fisioterapeuta e para o terapeuta ocupacional, para quem recebe a assistência e para as instituições envolvidas, como meio de prova idônea para instruir processos disciplinares e à defesa legal; - Que o prontuário do cliente/paciente/usuário em qualquer meio de armazenamento, é propriedade física da instituição onde o mesmo é assistido - independente do local ou instituição - a quem cabe o dever da guarda do documento. Revista | Crefito 6


37 da respectiva profissão podendo ser manuscrito ou em meio eletrônico. Por se tratar de um documento de registro das informações do cliente/ paciente/ usuário, deve ser minimamente composto de: Identificação do cliente/ paciente/ usuário; história clínica (situação ou condição de saúde); exame fisioterapêutico ou terapêutico ocupacional; exames complementares, diagnóstico cinesiológico funcional (fisioterapêutico) ou terapêutico ocupacional; plano terapêutico com a descrição dos procedimentos fisioterapêuticos ou terapêuticos ocupacionais propostos relatando os recursos, os métodos e técnicas a serem utilizados e o (s) objetivo(s) terapêutico(s) a ser (em) alcançado(s), bem como o

quantitativo provável de atendimento; evolução da condição de saúde, qualidade de vida e participação social do cliente/ paciente/ usuário; identificação do profissional que prestou a assistência com assinatura, com o seu carimbo identificando seu nome completo e o seu número de registro no CREFITO. Por fim, há de se destacar, que o preenchimento adequado e a descrição correta e completa da evolução da situação de saúde do paciente/usuário/ cliente constitui um direito do(a) cidadão(ã) que recebeu a prestação de serviço, um dever indispensável do profissional, uma prova importante para os casos que envolverem situações de possíveis erros tais como imprudência,

imperícia ou negligência ou suscitarem questionamentos acerca da assistência prestada que instruam processos éticos disciplinares.

Dra. Ana Cristhina Brasil

Fisioterapeuta e Conselheira Efetiva do Crefito-6

Revista | Crefito 6


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Para ser um bom empreendedor Atualmente, muito se fala sobre empreendedorismo, coaching, gestão no contexto da saúde. Mas nós, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, realmente nos apropriamos desses conhecimentos e os colocamos em prática em nossa vida profissional e até pessoal? Não há uma resposta definitiva para essa pergunta, mas se tirarmos como parâmetro o número de dúvidas que chegam ao conselho sobre esse assunto, pode-se inferir que essa é uma lacuna importante em nossas profissões. O pré-requisito básico e essencial para empreender é CONHECER e GOSTAR daquilo que se propõe a fazer. Com isso, o profissional consegue blindar-se contra aspectos negativos que podem interferir no sucesso do caminho que irá trilhar. Mas claro que isso não é bastante! A busca ativa de informações sobre a área de gestão é necessária uma vez que grande parte dos currículos acadêmicos não contemplam esse tema de maneira otimizada. A partir daí um mundo novo irá abrir-se diante dos seus olhos, os quais terão uma visão mais ampla para enxergar que Fisioterapia e Terapia Ocupacional vão muito além do que você consegue ver e perceber!! Vamos a alguns questionamentos, que servem para profissionais autônomos ou empresários da área: seu objetivo de trabalho e mercado estão bem determinados? Quanto vale seu serviço/produto? Como você consegue se ver (e como deseja que os outros o vejam) em um futuro próximo? Qual sua missão? Que estratégias você adota para fomentar esses itens? Quais são seus valores? Você já

tem pronto um planejamento no qual constem objetivos estratégicos, indicadores de desempenho, metas, ações? Como está sua imagem no mercado e que estratégias de marketing você utiliza? Quais são seus pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças? Seus processos de gestão estão coerentes? Ponha todas essas respostas em um papel, busque apoio com consultores, assim terá dado os primeiros passos para a compreensão de que podemos ser muito mais do que já somos e que podemos construir uma carreira sólida e abrangente que proporcionará como consequência qualidade de vida e realização, com muita luta e trabalho, é claro! Por mais que para algumas pessoas isso possa parecer difícil ou que tais assuntos sejam irrelevantes, o mercado exige pelo menos uma noção de gestão, tópicos que servirão não apenas para sua vida profissional, mas ajudarão seu cotidiano pessoal e financeiro, para diminuir ou eliminar aquelas reclamações de que falta tempo pra tudo e que não sobra dinheiro para nada! Para isso, você tem que ser seu próprio agente de mudança e dessa forma mudar o que estiver ao seu redor para melhor, pautado na ética, ciência, valorização profissional e responsabilidade social. Seja mais!! Faça a diferença e conte com o CREFITO-6.

Dr. Paulo Henrique Palácio

Conselheiro Efetivo CREFITO - 6 Revista | Crefito 6



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Depois de 11 anos de luta, foi vetado! Foram 11 anos de luta, em que fizemos constantemente mobilizações, reuniões, visitas parlamentares e manifestos públicos, buscando a conscientização dos nossos representantes na Câmara e no Senado por conta do PL nº 268/2002, que regulamentaria o exercício da Medicina, conhecido como “Ato Médico”. Depois da longa jornada, finalmente o processo chegou à última instância, com a manutenção dos 10 vetos feitos pela Presidente Dilma Roussef, no dia 21 de agosto, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Participação do Crefito-6 nas mobilizações de Fortaleza e Brasília.

O Crefito-6, com muito orgulho, parabeniza a todas as categorias de saúde, e principalmente fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, que ao longo desses anos se mobilizaram em prol da saúde brasileira, evitando prejuízos ao atendimento da população no SUS, garantindo o bom andamento do trabalho das equipes multidisciplinares na saúde pública do Brasil. Agradecemos ao sistema Coffito/ Crefitos; à Comissão Parlamentar do Coffito, representada neste regional pelo Dr. Ricardo Lotif Araújo e Dr. Flávio Feitosa, que é também Conselheiro Estadual de Saúde; à Dra. Luzianne Feijó, vice-presidente do Crefito-6; à Dra. Ana Cristhina de Oliveira Brasil de Araújo, coordenadora adjunta do FENTAS, por meio da qual agradecemos ao Fórum das Entidades Nacionais de Revista | Crefito 6

Trabalhadores da Área da Saúde, que congrega conselhos federais, federações, confederações e associações nacionais das 13 profissões de saúde; à Dra. Cleoneide Oliveira, Conselheira Municipal e Nacional de Saúde; e à Dra. Paula Matarenzo, Conselheira do Conselho Municipal de Assistência Social. Em especial agradecemos ao Conselho Nacional de Saúde por meio de sua Presidente Dra. Maria do Socorro de Souza. ACEFISIO, ACTO, ABRATO, ABRATO-PI, APRECEEFISIO, SONAFE, SINFITO-CE, SINFITOPI e AFB, bem como aos membros da comissão mista destinada a relatar o veto parcial da presidenta, formada pelos senadores e deputados, com destaque para Arnon Bezerra (PTB-CE), médico e relator do processo. Não podemos deixar de prestar a nossa homenagem à Ministra Gleisi Hoffman,

Ministro Alexandre Padilha, Ministro Gilberto Carvalho e à Presidenta Dilma Roussef, que atenderam as reivindicações das demais profissões da saúde em defesa do SUS, e também à Deputada Bethrose pela audiência pública na assembleia Assembleia Legislativa do Ceará a favor da manutenção dos vetos contra o ato médico. Em nome de toda a equipe do Crefito-6 e da população brasileira, agradeço a todos que durante estes 11 anos nos ajudaram a vencer cada batalha nesta longa guerra! O trabalho multiprofissional venceu!”, diz Dr. Ricardo Lotif Araújo, presidente do Crefito-6.


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agenda Facid abre o primeiro curso de graduação de Terapia Ocupacional do Piauí

Mesquita, presidente Abrato; Dra. Leila Mendes, diretora da Abrato-PI; e Dra. Luzianne Feijó, vice-presidente do Crefito-6, que falou sobre Terapia Ocupacional na saúde.

Nos dias 7 e 8 de agosto aconteceu o I Encontro de Estudantes de Terapia Ocupacional da Facid, o primeiro curso de graduação do Estado do Piauí. O evento, idealizado pelo Crefito-6 e pela Abrato-PI e realizado pela Facid com apoio do Coffito, Crefito 6 e Abrato-PI teve como objetivo proporcionar uma imersão ao

mundo da Terapia Ocupacional aos alunos em sua segunda semana de aula, informando acerca das áreas de atuação, objeto de estudo, mercado de trabalho, entre outros, retirando dúvidas sobre o que é a profissão escolhida pelos calouros.

“Eventos como esse são de extrema relevância e um modelo a ser copiado em todos os cursos do Brasil como estratégia de manutenção de alunos, pois proporcionam logo no primeiro encontro várias descobertas apaixonantes sobre a profissão”, finaliza Dra. Luzianne Feijó.

Estiveram presentes a Dra. Luziana Maranhão, vicepresidente do Coffito; Dr. Naum

Coffito e Crefito-6 juntos para criar o Crefito do Piauí Dr. Roberto Cepeda, este foi assunto de pauta para reunião plenária do Conselho Federal no final de setembro. O Crefito-6, em nome de todo seu colegiado, na pessoa de seu presidente Dr. Ricardo Lotif Araújo, agradece a todo o colegiado do Coffito, em especial ao Dr. Roberto Cepeda pela rapidez no processo de desmembramento. Da (e) para (d): Dr. Roberto Cepeda, Dr. marcelino martins e Dr. Ricardo lotif Araújo na primeira reunião de desmembramento em 2010.

O Crefito-6, com apoio incondicional do Coffito, está finalizando o entendimento para o desmembramento deste

Regional, sendo o primeiro Crefito do Nordeste a ser composto por um único estado. Segundo o presidente do Coffito,

Serão escolhidos três membros do Coffito para fazer a análise e relatório final da viabilidade do desmembramento. O Crefito-6 já encaminhou todos os dados necessários para o início do processo. Revista | Crefito 6


42 agenda Secretaria de Saúde recebe representante do Fórum Nacional de Entidades e pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia nos anos subsequentes”, explica Dra. Tatiana Tanaka Reichert, Diretora/Gestora-Saúde Funcional.

No dia 27 de junho, a Dra. Ana Cristina de Oliveira Brasil, fisioterapeuta, coordenadora adjunta do Fórum Nacional de Entidades de Saúde esteve na Secretaria de Saúde de Barueri para conhecer as ações de saúde funcional instituídas no município, cujo trabalho já é considerado pioneiro em todo

território nacional. A ideia é aproveitar as experiências do Centro de Saúde Funcional de Barueri para serem repassadas ao Ministério da Saúde. “Esse é um projeto piloto, que vem como execução da proposta aprovada na Conferência Nacional de Saúde de 2007, trabalhada pelo COFFITO

De acordo com a Dra. Ana Cristina, “o trabalho da Secretaria de Saúde, em especial na área de Saúde Funcional, vai ao encontro dos interesses públicos, visando à melhoria na saúde da população de Barueri, para que ela tenha um atendimento de qualidade, além de tratar da individualidade de cada munícipe. Os beneficiados são os usuários, que passam a ter acesso integral aos serviços prestados por fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais que se relacionam com a funcionalidade humana”.

X Conferência Municipal de Assistência Social A X Conferência Municipal de Assistência Social aconteceu nos dia 7 e 8 de Agosto no Sesi da Barra do Ceará. O evento teve o intuito de avaliar a política de Assistência Social e definir diretrizes para o aprimoramento do Sistema Único de Assistência Social-SUAS, objetivando analisar, propor e deliberar com base na avaliação local, as diretrizes para a gestão e financiamento do SUAS. O tema da Conferência foi “A Gestão e o Financiamento na Efetivação do Sistema Único de Assistência Social -SUAS “, tendo seis eixos norteadores : o cofinanciamento obrigatório da assistência social; gestão do SUAS; gestão do trabalho; gestão dos serviços; programas e projetos; gestão dos benefícios no SUAS; e regionalização. Revista | Crefito 6

Estiveram presentes o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, o secretário da Secretaria Municipal de Trabalho, Desenvolvimento Social e Combate a Fome-SETRA, Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social-CMAS, José Iraguassu, dentre outras autoridades. A terapeuta ocupacional, Dra. Paula Matarenzo, foi como representante do Crefito-6 na Instância de controle social, conselheira do CMAS e profissional da assistência social. “O CREFITO-6 saiu delegado para a Conferência Estadual de Assistência Social (que acontecerá no mês de Outubro), com intuito de reforçar a categoria e ingressar na Conferência Nacional de Assistência Social. Essa é a segunda conferência Municipal que o CREFITO-6 participa”, acrescenta a terapeuta ocupacional.


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Capa

Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais: há 44 anos cuidando do seu bem-estar 13 de outubro de 2013. Um dia especial para todos os Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais, que há 44 anos escrevem uma história linda, de amor ao próximo, cuidado, carinho e atenção à saúde de toda a população brasileira. O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Ceará e Piauí

– Crefito-6 – está em festa. Temos orgulho de representar e lutar pelos direitos das duas categorias, que tanto trabalham pelo crescente reconhecimento das profissões. Contaremos neste com homenagens a serem realizadas na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará no dia 07 de outubro, às 15h, e na Câmara

Municipal de Fortaleza, no dia 31 de outubro as 16 horas. Fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, os nossos parabéns. O Crefito-6 está junto com você buscando sempre melhores condições de trabalho e lutando pelos seus direitos. A população brasileira certamente também agradece a todos!

13 de Outubro - Dia do Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional Há 44 anos cuidando do seu bem-estar.

Revista | Crefito 6


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Pós-Graduação Lato Sensu

Fisioterapia

2º Semestre 2013 Cursos Presenciais e a Distância

Acupuntura Aprendizagem, Desenvolvimento e Controle Motor Biofísica Aplicada às Áreas da Saúde Biomecânica da Atividade Física e Saúde Bioquímica do Exercício Cinesiologia, Biomecânica e Treinamento Físico Condicionamento Físico e Saúde no Envelhecimento Docência e Gestão na Educação a Distância Ergonomia Estética e Exercício Físico na Saúde da Mulher Fisiologia do Exercício - Prescrição do Exercício Fisiologia Humana Aplicada às Ciências da Saúde Fisioterapia Cardiopulmonar Fisioterapia Dermatofuncional Fisioterapia em Gerontologia Fisioterapia Hospitalar em Emergência Fisioterapia Neurofuncional Fisioterapia Oncológica Fisioterapia Pediátrica e Neonatal Fisioterapia Pneumofuncional Fisioterapia Reabilitação Musculoesquelética e Desportiva Fisioterapia Traumato–ortopédica Ginástica Laboral Massagem e Técnicas Corporais Contemporâneas MBA em Gestão Estratégica da Saúde Medicina do Esporte e da Atividade Física Método Pilates: Prescrição do Exercício Físico e Saúde Nutrição e Exercícios Aplicados à Prevenção e ao Tratamento de Doenças (Fisiopatologia Humana) Prescrição de Exercício para Obesidade, Emagrecimento e Saúde Reabilitação de Lesões e Doenças Musculoesqueléticas Reabilitação Postural Uroginecologia Consulte a disponibilidade de modalidades, cursos e datas em sua cidade pelo nosso site

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