A EXTENSÃO POPULAR NA ESCOLA COMO ESTRATÉGIA PARA A PARTICIPAÇÃO SOCIAL Angélica Palitot Dias de Lacerda1, Elina Alice Alves de Lima Pereira 2, Renan Soares de Araújo3, Ana Cláudia Cavalcanti Peixoto de Vasconcelos4 A Extensão Popular vem ganhando espaço no âmbito acadêmico, tanto por sua metodologia diferenciada, quanto pelos resultados favoráveis no sentido da construção de uma sociedade justa e equânime. Nessa perspectiva, insere-se o Programa de Extensão “Práticas Integrais de Promoção da Saúde e Nutrição na Atenção Básica – PINAB”, que atua desde 2007 nas Comunidades Pedra Branca, Jardim Itabaiana e Boa Esperança, no bairro do Cristo Redentor, em João Pessoa-PB, vinculado aos departamentos de Nutrição e de Promoção da Saúde da Universidade Federal da Paraíba. O PINAB atua em parceria com alguns equipamentos sociais e possui como referencial teórico- metodológico a Educação Popular, na concepção freireana do termo, com o intuito de provocar problematizações da realidade de maneira participativa, crítica e humanizada. A estrutura do Programa é caracterizada por diversas frentes de atuação, com ações intersetoriais e multidisciplinares, denominadas de Grupos Operativos, dentre os quais estão os seguintes: Idosos, Saúde do Trabalhador, Terapia Comunitária, Horta Comunitária, Saúde na Comunidade e Escola. Dentre esses, sistematizaremos a experiência do Grupo Escola, que atua em uma Escola Municipal do território. A sistematização das atividades relaciona-se ao âmbito das turmas dos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental. As ações e atividades realizadas junto ao PINAB, como um todo, não objetivam apenas gerar inquietações, reflexões e protagonismos no contexto de nossa formação acadêmica universitária e profissional, mas também a solidariedade e o cuidado com o outro, contribuindo para a promoção da educação, participação social, saúde, a condições básicas de moradia e de uma alimentação adequada. Buscando o protagonismo dos sujeitos envolvidos por meio da mobilização e conscientização. Nessa direção, as nossas ações se pautaram na necessidade de construção de alternativas metodológicas sintonizadas ao contexto local, considerando as particularidades econômicas, culturais, sociais e de vulnerabilidade diante da sociedade, para que a partir desse reconhecimento pudéssemos analisar as potencialidades e dificuldades, refletindo as atividades propostas e a efetividade das mesmas. Empregamos como principal recurso metodológico, o diálogo através de rodas de conversa, na qual os próprios estudantes puderam participar da escolha dos temas a serem trabalhados. Foram utilizadas abordagens participativas com o objetivo de viabilizar um ambiente favorável a construção de um saber coletivo, relativo a valores e aspectos culturais, como a inclusão social, interação entre os próprios estudantes e os extensionistas, imaginação e criatividade. Nessa perspectiva, foram utilizados recursos como varal artístico, dobraduras, desenhos e atividades ligadas ao teatro, dança e música. Ao nos sensibilizarmos quanto às 1 Graduanda do curso de Fisioterapia pela Universidade Federal da Paraíba; Extensionista do Programa de Extensão Universitária Práticas Integrais de Promoção da Saúde e Nutrição na Atenção Básica. 2 Graduanda do curso de Direito pela Universidade Federal da Paraíba; Extensionista bolsista do Programa de Extensão Universitária Práticas Integrais de Promoção da Saúde e Nutrição na Atenção Básica; E-mail: elina_alice@hotmail.com 3 Graduando do curso de Nutrição pela Universidade Federal da Paraíba; Extensionista bolsista do Programa de Extensão Universitária Práticas Integrais de Promoção da Saúde e Nutrição na Atenção Básica;
4 Professora Adjunta do Departamento de Nutrição do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba; Coordenadora do Programa de Extensão Universitária Práticas Integrais de Promoção da Saúde e Nutrição na Atenção Básica; Orientadora.