N. 108 - Dezembro de 2017
Boletim de Animação Missionária Salesiana
Uma publicação do Setor das Missões para as Comunidades Salesianas e os Amigos das Missões Salesianas Caros Irmãos Salesianos e Amigos das Missões Salesianas, as nossas caríssimas irmãs, Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), acabam de encerrar um ano jubilar missionário: o 140º desde a sua I Expedição Missionária, guiada pela Irmã Angela Vallese e destinada a realizar a primeira fundação americana, no Uruguai. São inúmeras as belíssimas páginas de história missionária escritas em comum por SDB e FMA! Para quantos salesianos missionários ‘ad gentes’ as FMA não foram verdadeiras mães e irmãs, que os sustentaram e encorajaram em circunstâncias por vezes mui adversas! Pense-se p. ex. nos testemunhos dos missionários no Equador, quando se referiam aos cuidados e às atenções da Bv. Ir. Maria Troncatti. A Madre Yvonne escreveu, pelo transcurso dessas celebrações jubilares, em sua Carta de n. 972, interpelando as FMA sobre a sua disponibilidade missionária: «Caras Irmãs, por que não agora? Falta-nos talvez a confiança? Estaremos por demais envolvidas em nossas urgências ainda que reais? Reduziu-se a nossa perspectiva universal cultivada em Mornese?» As mesmas perguntas – traduzidas e contextualizadas – e os mesmos estímulos poderiam ser dirigidos hoje ‘tout-court’ a nós, SDBs! Sim, uns poucos cálculos a menos – o que não significa renunciar a uma adequada atualizada reflexão – e, talvez, um pouco mais de generosa audácia. Pareceria ser isso o que ainda nos falta hoje. Ajudemo-nos, pois, mutuamente! Obrigado e coragem! P. Guillermo Basañes, SDB
Conselheiro para as Missões
“A Igreja não é jamais estrangeira em meio a nenhum Povo do Mundo”
O
papa Francisco brinda-nos com mais um evento missionário: declarou extraordinário o mês missionário de outubro de 2019, recordando o Centenário da Encíclica missionária «Maximum Illud», do Papa Bento XV. Partilhemos alguns passos dessa Carta de 22 de outubro de 2017. “O objetivo – desse mês missionário extraordinário – é despertar em medida maior a consciência da ‘missio ad gentes’ e retomar com novo impulso a transformação missionária da vida e da pastoral. [....] Todos os fiéis tenham a peito o anúncio do Evangelho e a transformação das suas comunidades em realidades missionárias e evangelizadoras; e aumente o amor pela missão, que ‘é uma paixão por Jesus e, simultaneamente, uma paixão pelo seu povo’». Bento XV sentiu a necessidade de requalificar evangelicamente a missão no mundo, purificando-a de qualquer incrustação colonial e preservando-a daquelas ambições nacionalistas e expansionistas que causaram tantos infortúnios. «A Igreja de Deus é universal, nenhum povo lhe é estranho», escreveu, exortando ele também a rejeitar qualquer forma de interesses, já que só o anúncio e a caridade do Senhor Jesus, difundidos com a santidade da vida e as boas obras, constituem o motivo da missão. Bento XV deu assim um particular impulso à ‘missio ad gentes’, esforçando-se, com os meios conceptuais e comunicativos de então, por despertar, especialmente no clero, a consciência do dever missionário. [....]. A atividade missionária “ainda hoje representa o máximo desafio para a Igreja”. “A causa missionária deve ser [....] a primeira de todas as causas”. Que sucederia se tomássemos realmente a sério essas palavras? Simplesmente reconheceríamos que a ação missionária é o paradigma de toda a obra da Igreja» [....] «Possui um significado programático e tem consequências importantes” [....] Constituamo-nos em “estado permanente de missão” [....]. “A ‘Maximum Illud’ tinha exortado a sair das fronteiras das nações, para testemunhar a vontade salvífica de Deus através da missão universal da Igreja. A aproximação do seu Centenário sirva de estímulo para superar a tentação frequente que se esconde por trás de toda introversão eclesial; de todo o fechamento autorreferencial nas próprias fronteiras seguras; de qualquer forma de pessimismo pastoral; de toda a estéril nostalgia do passado, para, em vez disso, nos abrirmos à jubilosa novidade do Evangelho. Também nestes nossos dias, dilacerados pelas tragédias da guerra e insidiados pela funesta vontade de acentuar as diferenças e fomentar os conflitos, a Boa Nova – de que, em Jesus, o perdão vence o pecado, a vida derrota tanto a morte quanto o medo, e, mais, a vida triunfa sobre a angústia – a Boa Nova seja, pois, levada a todos com renovado ardor; e infunda confiança. Confiança e esperança!”.
A todos e a cada um, os nossos melhores votos de Boas Festas de Natal. A Redação de “Cagliero 11”