Povo Livre nº 2001 - 7 fevereiro 2018

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PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA

37º CONGRESSO NACIONAL

II. O PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA E PORTUGAL 1. PSD - O GRANDE PARTIDO DA SOCIEDADE E DOS TRABALHADORES PORTUGUESES

2. O PAPEL SOCIAL INSUBSTITUÍVEL DO PSD COMO O GRANDE PARTIDO DO CENTRO POLÍTICO EM PORTUGAL

O PSD sempre se afirmou como um verdadeiro partido interclassista, aberto à sociedade, com um ideário, princípios e valores que persistem desde a sua fundação, mas com uma leitura da Sociedade necessariamente dinâmica tendo em conta a sua própria evolução.

O PSD, após o relevante papel histórico que desempenhou na liderança de um Governo que recuperou e devolveu a dignidade a Portugal, deverá manter-se fiel à sua matriz ideológica social-democrata que o coloca no centro político rejeitando, a um tempo, o coletivismo derrotado pela História e um certo capitalismo desregulado e insensível aos aspetos sociais.

A ninguém surpreenderá que o PSD seja considerado, também e sobretudo, um Partido de Trabalhadores. De resto, ao ser o maior Partido Português, ele é precisamente aquele que representa o maior número de trabalhadores.

Todas as propostas do PSD deverão seguir a premissa de aliar os aspetos económicos aos sociais. A instrumentalidade da Economia, constitui para nós um valor inalienável já que, só assim, se constrói uma efetiva Economia Social de Mercado.

Os TSD - Trabalhadores Social Democratas constituem a estrutura autónoma do PSD para o mundo laboral e o movimento sindical. É absolutamente natural que o nosso Partido, em virtude das suas idiossincrasia e ideologia, possua uma estrutura com estas características e, consequentemente, tenha uma implantação tão marcada no movimento sindical em função da sua enorme aceitação política e social.

Porém, sejamos claros: a uma economia falida corresponderá um Estado Social falido. Por isso, assegurar a sustentabilidade económica constitui a marca identitária do PSD e que é, ideológica e pragmaticamente, diferenciadora relativamente ao PS - Partido Socialista.

São os TSD que projetam o PSD nesta realidade social tão importante. Os TSD visam, assim, contribuir para a construção de uma sociedade orientada pela Social-Democracia, zelando pelo cumprimento dos princípios programáticos do PSD na área laboral e na defesa da independência e autonomia das associações sindicais. Como consequência têm, os TSD, uma presença fundamental e incontornável, quer na UGT – União Geral de Trabalhadores, quer no movimento sindical independente.

O PS, desde o 25 de abril e à frente da governação do país, tem tido como marca idiossincrática o exaurir das contas públicas, os incumprimentos financeiros do Estado e a necessidade de sucessivos e humilhantes resgates financeiros de urgência para evitar a bancarrota. Por seu turno, a visão social-democrata do PSD em Portugal assenta na perceção nítida que o interesse coletivo passa por assegurar as condições de sustentabilidade do crescimento económico para que a redistribuição da riqueza e a manutenção do Estado Social seja sustentável.

Mas este é também um caminho de dois sentidos. Se representamos o PSD junto do mundo laboral e do movimento sindical, por maioria de razão, também representamos o mundo do trabalho, o seu sentir, anseios e necessidades no seio do Partido que orgulhosamente constituímos. Os TSD entendem que, mais do que nunca, os grandes valores do trabalho, da justiça social, da negociação, do diálogo e do efetivo combate à pobreza, não podem ser ignorados ou sacrificados num qualquer altar da tecnocracia macroeconómica ou da insensibilidade social.

16 de Fevereiro de 2018

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