Portugal em Destaque - Edição 8

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O LOCAL PERFEITO PARA AS SUAS FÉRIAS

SERVIÇOS E FACILIDADES ACESSO WI-FI GRATUITO ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO BEM-VINDOS KIDS CLUB E ANIMAÇÃO PARA CRIANÇAS TRANSFER GRATUITO PARA A PRAIA DO CABEÇO (SAZONAL) UTILIZAÇÃO GRATUITA DO GINÁSIO AULAS DE GOLFE SEGURANÇA 24H SERVIÇO DE TAKE AWAY OFERTA DE CARTÃO DE DESCONTOS



O CRÉDITO AGRÍCOLA FELICITA OS SEUS CLIENTES

PME LÍDER E PME EXCELÊNCIA

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ÍNDICE

ALGARVE PAG 12

AVEIRO PAG 42

VIANA DO CASTELO PAG 68

EDITORIAL A DESTACAR UM PAÍS Rumámos, uma vez mais, “pelos caminhos de Portugal” e constatamos, novamente, que vivemos num país de excelência, que se promove cá dentro e lá fora, graças à qualidade e brio que coloca em tudo o que faz. Encontramos projetos de várias índoles, uns mais recentes, outros já com tradição, mas todos com um mesmo objectivo comum: elevar o nome de Portugal. Do minho ao algarve, do litoral ao interior, a sua Portugal em Destaque dá a conhecer todos estes exemplos merecedores de visibilidade.Da saúde ao bem estar, da alimentação às bebidas e até do papel fundamental que as autarquias e poder local têm atualmente na vida dos portugueses, todos figuram nas nossas páginas, pois todos eles nos permitem conhecer e reconhecer um ‘Portugal em Destaque’. Boas leituras. A direção editorial Diana Silva

FICHA TÉCNICA | PROPRIEDADE: FRASES CÉLEBRES, LDA | DIRETOR: FERNANDO R, SILVA DIREÇÃO EDITORIAL: DIANA SILVA (REDACAO@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | CORPO REDATORIAL: JOANA CARVALHO, JOSÉ MIGUEL LOPES, SARA SAMPAIO, SÍLVIA PINTO CORREIA | DIREÇÃO GRÁFICA: TIAGO RODRIGUES | SECRETARIADO: PAULA ASSUNÇÃO (GERAL@ PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | DEP. COMERCIAL: JOSÉ VARELA, LUÍS BRANCO, MANUELA NOGUEIRA, MARÍLIA FREIRE, NELSON FARIA, PEDRO DUARTE (COMERCIAL@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | REDAÇÃO E PUBLICIDADE: RUA ENGº ADELINO AMARO DA COSTA Nº15, 6ºANDAR, SALA 6.1 4400-134 – MAFAMUDE / +351 223 263 024 | DISTRIBUIÇÃO: DISTRIBUIÇÃO GRATUITA COM O JORNAL EXPRESSO / DEC. REGULAMENTAR 8-99/9-6 ARTIGO 12 N.ID | NÚMERO DE REGISTO NA ERC: 126615 | PERIODICIDADE: MENSAL | EDIÇÃO DE ABRIL ESTATUTO EDITORIAL: A Portugal em Destaque é uma edição mensal que se dedica à publicação de artigos que demonstram a realidade do país | A Portugal em Destaque é uma edição independente, sem qualquer dependência de natureza política, ideológica e económica | A Portugal em Destaque define as suas prioridades informativas por critérios de interesse às empresas nacionais, de relevância e de utilidade da informação | A Portugal em Destaque rege-se por critérios de rigor, isenção, honestidade e idoneidade | A Portugal em Destaque faz distinção entre os seus artigos de opinião, identificando claramente os mesmos e estes não podem confundir-se com a matéria informativa.


REVITALIZAR COM AMBIÇÃO Quando a paixão se cruza com a inovação facilmente constatamos que estamos perante um crescimento singular e empreendedor. Nelson Gaspar movido pelo sonho sempre estabelecera objetivos concretos e definira metas tangíveis. Atualmente fala-nos sobre esse percurso, e as conquistas que alcançou no mercado da construção, reparação e manutenção das piscinas de betão armado.

PISCINAS DO TÂMEGA

NELSON GASPAR

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Hoje mais do que nunca é preciso estar atento aos pequenos sinais em que o setor se ergue e desperta. Auscultando a visão do nosso entrevistado verificamos que a atividade percorre um trajeto longo e progressivo: “Inicialmente começamos com uma loja em Amarante e, posteriormente, uma filial no Marco de Canaveses. O crescimento foi gradual, mas considerável, e as pessoas sabem valorizar todo o nosso esforço”. A vontade de vencer leva a que este ano a Piscinas do Tâmega celebre o seu 15º aniversário. Embora com ligações à terra, e ao que é tão característico em Portugal, nunca deixara de se abrir a outros contactos e experiências, encorajando-se eficazmente pelos caminhos da internacionalização. A piscina, muitas vezes vista como um sinónimo de lazer e descanso, é também um espaço em que a valorização, o cuidado e a inovação têm de estar harmoniosamente sincronizadas. E se todos sabemos que a necessidade aguça o engenho, Nelson Gaspar também não poderia deixar de observar as diferentes tendências e novidades que o próprio cliente vai apelando e sugerindo. “Desde muito cedo que adotei a iniciativa de criar postos de trabalho com um nível de profissionalismo elevado. Agora já conto com centenas de piscinas edificadas no meu currículo, tanto no âmbito particular como público (interiores e exteriores)”, revela. Atitude polivalente Sendo premente oferecer soluções globais capazes de gerar valor acrescentado, a Piscinas do Tâmega procura estar atenta às especificidades e valências que cada utilizador concebe. Nascendo por vezes de uma simples ideia ou de um mero esboço, a verdade é que aqui a inspiração anda de mãos dadas com o raciocínio, invocando criatividade e funcionalidade. A equipa, proativa desde a sua génese, já verificou que são os formatos arrojados e os designs inovadores, em muitos casos, a primeira exigência. O sucesso implantado pela personalização propaga a mais ampla divulgação: “a nossa melhor publicidade são os nossos clientes. As nossas construções feitas em betão armado são seguras e vitalícias, garantindo grande qualidade a nível de impermeabilizações e acabamentos. Mas é preciso ressalvar que todas as pequenas e grandes vitórias alcançadas até aqui não passam apenas, e exclusivamente, por mim. Cada um dos colaboradores que trabalha comigo faz parte de um todo. Todos juntos somos o motor desta energia que prolifera num avanço qualitativo e maduro”, sublinha. Crescer em contramão Muitos argumentam que as conjunturas desfavoráveis enfraquecem o tecido empresarial, outros mais audazes consideram que é precisamente na crise que existe a possibilidade de se reinventarem e rejuvenescerem. Atualmente existe um número crescente de empresas que se dedicam a este ramo e, por isso, Nelson Gaspar assume um posicionamento dinâmico que lhe permite promover a novidade e fomentar a sustentabilidade ambiental. “A construção de piscinas de âmbito público respeita determinadas regulamentações, que a empresa também segue mesmo para obras de particulares, tal como a construção de galeria técnica à volta da piscina, onde está visível e de fácil acesso toda a parte hidráulica, mecânica e elétrica”, explica. Usar e rentabilizar serão, portanto, os verbos que imperam nesta conduta de planeamento de gestão e monitorização. O nosso interlocutor discute sobre as políticas de desenvolvimento sustentável e defende que cada pessoa deve interagir com o meio envolvente, de forma a permitir o avanço da sociedade. A preservação dos recursos passará, desse modo, pelo envolvimento e aproveitamento consistente de todas as sinergias. Enriquecimento do património Sabendo de antemão que o verão é o período de maior intenPORTUGAL EM DESTAQUE | 7


sidade de uso das piscinas é importante perceber que esta atividade não se resume ao tratamento da água. Existe todo um conjunto de matérias que só o profissional devidamente qualificado conseguirá responder e averiguar. Apesar da diversidade de equipamentos e produtos que a Piscinas do Tâmega consegue fornecer, o aconselhamento junto da mão de obra especializada torna-se necessário e imprescindível. Nesta era da informação onde as pessoas estão cada vez mais sensibilizadas para questões como estas, reconhecemos que durante todo o processo (desde o projeto de construção até à execução da obra) tem de existir metodologia e rigor. Cada detalhe é decisivo e o bom desempenho de todas as etapas fará toda a diferença. Do ponto de vista estético, a piscina alterará sempre positivamente o aspeto de cada casa, abrindo espaço para o conforto e requinte na abertura dessa nova área de lazer. Capaz de refletir sobre outros estilos de vida concebe-se assim um novo lugar de convívio e interação. “O processo é simples: o cliente entra em contacto connosco e a equipa desloca-se ao local para conhecer os seus desejos e necessidades. Todos os pormenores poderão influenciar posteriormente a sua manutenção. Após acordarmos o projeto e conhecermos o enquadramento local, paisagístico e especificações técnicas, levamos o nosso cliente a conhecer as obras efetuadas naquela área. Quanto mais observarem os nossos trabalhos realizados, mais facilmente ficarão esclarecidos sobre todo o trabalho que se pretende executar, facilitando a leitura e compreensão do orçamento”, sintetiza. Segurança e clima As grandes mudanças em que a sociedade global se tem vindo a adaptar, uma e outra vez, tem afetado igualmente o sistema desportivo. Sabendo de antemão que os recursos não são eternos, considera-se que terá de haver aqui uma ruptura e mudança de paradigma, onde as estruturas começarão a ser pensadas adequando-se e revitalizando-se a esta nova realidade. As piscinas observadas como um amplo mercado no âmbito da gestão desportiva têm desse modo de ser estudadas e planeadas em vários âmbitos. A localização, a acessibilidade, o enquadramento paisagístico, os cuidados de manutenção, a garantia da qualidade do serviço e da saúde pública são alguns dos pontos que Nelson Gaspar fora abordando durante a nossa conversa. Com verões continuamente mais quentes e longos existe uma urgência maior para cuidar e sensibilizar, promovendo uma cultura de responsabilidade. Impacto sustentável Afincadamente atentos às novidades e aos congressos do setor, a empresa procura compreender as diferentes vertentes e abordagens: “as instalações de coberturas automáticas, isotérmicas, de aquecimento e desumidificarão das piscinas, de tratamento de águas, entre outras”. Com uma atuação abrangente em todo o país o empresário nunca fecha os olhos aos vários cenários europeus, como é o caso de França, Suíça, Bélgica e Luxemburgo, que tanto os procuram. É através desta longa experiência que aqui se conseguem oferecer mais valias diferenciadoras. Na busca constante pela inovação apresentam-se desafios, reinventando-se com novas perspetivas e formas de atuação. Sendo a aposta dos materiais uma das prioridades, rapidamente constatamos que a longevidade e a fiabilidade são pontos chave que faz a empresa moldar-se à realidade dos diferentes mercados. Neste momento envolvidos no projeto do maior parque aquático do país sabemos que outras apostas polivalentes serão tidas em conta daqui para a frente, pois entre os momentos de felicidade em família à valorização da propriedade, a verdade é que nunca faltarão motivos para contactar as Piscinas do Tâmega.

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25 ANOS A CUIDAR O envelhecimento da população e o aumento da esperança de vida são questões cada vez mais atuais. Neste sentido, e com o objetivo de sabermos mais sobre esta realidade com os seus verdadeiros intervenientes, a Portugal em Destaque visitou a Casa de Repouso e Saúde de S. Brás, em S. Brás de Alportel, um equipamento de referência que se dedica ao apoio ao idoso há 25 anos.

CASA DE REPOUSO E SAÚDE DE S. BRÁS

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MARIA SÃO JOSÉ LOURO A Casa de Repouso e Saúde de S. Brás nasceu há 25 anos, como um projeto familiar liderado por Ernesto Afonso Louro, pai de Maria São José Louro, atual administradora. “Tenho hoje a clara perceção de que o meu pai foi um visionário. Há 25 anos o tema do envelhecimento não assumia a relevância social e económica de hoje. O objetivo foi, à data, pensar um projeto que simultaneamente constituísse uma ferramenta de trabalho para as filhas, dentro das suas áreas de formação (a minha irmã é médica e eu sou licenciada em direito) mas cujo objeto oferecesse garantia de atualidade no futuro”, começa por nos revelar a nossa interlocutora. Aquando do surgimento da Casa de Repouso e Saúde de S. Brás, este tipo de equipamentos era quase inexistente no Algarve, pelo que houve a necessidade de visitar algumas organizações já em atividade, não só em Portugal, mas também no estrangeiro. Esta preocupação está desde logo patente na arquitetura do edifício, em formato de ‘cruz’, onde os quartos estão localizados nas alas e as ilhas centrais acolhem os serviços comuns. Também a sua localização não foi deixada ao acaso. “Optámos por uma área que nos permitisse criar um espaço mais reservado, mas, ainda assim, próximo das principais acessibilidades da região onde estamos inseridos”. Além disso, a sua localização beneficia de um microclima privilegiado, entre o litoral e a serra algarvia, e está implantado numa área com sensivelmente dois hectares, numa zona de baixa densidade de construção, garantindo assim privacidade e liberdade aos seus residentes. “O facto de o edifício e a sua envolvente terem sido pensados desde o primeiro momento para esta atividade, permite que ainda hoje, apesar dos seus mais de 25 anos, se mantenha funcional e adequado”, diz Maria São José Louro. A Casa de Repouso e Saúde de S. Brás assume como principal

objetivo assegurar a melhoria da qualidade de vida dos seus residentes, pelo que todos os serviços e atividades são orientados para o seu bem estar, com base na individualidade e personalidade de cada utente. “A intervenção que fazemos obedece a um estudo de cada um dos nossos residentes, logo desde a sua admissão, procurando definir um plano de atividades que responda às necessidades e prossiga os objetivos que foram definidos. Por isso o dia a dia dos residentes é muito variado, respeitando os planos de intervenção definidos, mas com respeito pelos seus ritmos. Para tal, é fundamental que os conheçamos muito bem o que exige a presença de uma equipa multidisciplinar”. Nesta abordagem são muitas as áreas que tem de intervir, tendo a equipa que integrar psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas da fala, nutricionistas e, claro, médicos. “Todos os sinais merecem a nossa melhor atenção. Vejamos como exemplo um utente que, num dia específico, se recusa a participar nas atividades. É fundamental que percebamos se esse isolamento é momentâneo, fruto apenas de um dia menos bom ou, se pelo contrario corresponde a uma sintomatologia que começa a revelar-se e cuja causa é necessário despistar”, esclarece a administradora, fazendo questão de referir que a maior parte destas especialidades está presente a tempo inteiro na instituição. Duas unidades distintas Desde há cerca de seis anos que a Casa de Repouso e Saúde de S. Brás está organizada em duas unidades: uma sénior e outra destinada exclusivamente a utentes com demência. A nossa interlocutora afirma que se apercebeu da necessidade PORTUGAL EM DESTAQUE | 11


de criar uma resposta adequada à procura crescente de cuidadores de doentes com esta patologia e que não podia acolher por não ter as necessárias condições. Procurou então criar uma unidade específica para as demências acreditando que este era o caminho a seguir. “Quero continuar a apostar nesta valência pois não existem respostas adequadas, quer no setor publico quer privado, a estas necessidades tão diferenciadas quer dos doentes quer dos seus cuidadores ”. A experiência e conhecimento do setor mostra-lhe que grande parte das instituições que acolhem pessoas com este tipo de diagnóstico não têm uma resposta adequada às necessidades especificas destes doentes, impedindo o seu correto acompanhamento e causando grandes dificuldades de integração e estabilização. O projeto desta Unidade iniciou-se com uma parceria com a Associação Alzheimer Portugal, onde a equipa recebeu formação e apoio para se habilitar a responder a este tipo de utentes. “Após esta parceria, criámos um serviço integrado com neurologistas, enfermeiros e terapeutas ocupacionais e psicólogos que fazem um trabalho específico com estes doentes”. Atualmente, a Casa de Repouso e Saúde de S. Brás acolhe apenas seis utentes com alzheimer, embora a procura seja muita. Contudo, Maria São José Louro pretende primeiro “suportar a intervenção com estes doentes com uma abordagem consistente do ponto de vista científico e, para tal, ainda temos que trabalhar bastante. Também ao nível da adequação do espaço físico há bastante a fazer, pelo que é um caminho que se está a fazer, mas que tem os seus tempos evolução. No entanto, é uma resposta praticamente inexistente no país apesar de a demência constituir, na minha ótica, um gravíssimo problema de saúde pública em Portugal”. Quanto à Unidade sénior, esta oferece diversas respostas de qualidade a diferentes necessidades, desde o acolhimento de média ou longa duração para idosos com variáveis graus de dependência, até às estadias temporárias para repouso ou convalescença, ou ainda as de curta duração por férias ou ausência dos seus cuidadores. “A diversidade de serviços que disponibilizamos permite aos nossos residentes optarem, em cada momento, pelo regime e conjunto de serviços que considerem mais ajustado às suas necessidades”. A administradora refere ainda que cerca de 90 por cento dos residentes recorre à Casa de Repouso e Saúde de S. Brás para 12 | PORTUGAL EM DESTAQUE

uma estadia prolongada. Atividades essenciais O dia a dia dos residentes é basicamente dividido entre as atividades da manhã planeadas semanalmente pela equipa e os tempos de socialização com familiares e amigos no período tarde. “Decorrem em simultâneo atividades de movimento no nosso ginásio, que se destinam a um grupo de residentes mais autónomo, com um nível de independência e capacidade motora para realizarem as atividades que lhes são propostas pela nossa psicomotricionista” e atividades de estimulação cognitiva, quer individuais quer de grupo, promovidas pela terapeuta ocupacional e psicóloga, elucida-nos Maria São José Louro. Após o almoço, e antes da visita dos seus familiares, os residentes têm “tempo livre” para descansar ou conviver, sendo também de tarde que se realizam as atividades promovidas por entidades externas, seja um espetáculo de dança ou uma sessão de pintura. A administradora refere que na CRS se promove tanto quanto possível a presença e fortalecimento dos laços com os familiares ou cuidadores, considerando-os um elemento fundamental na estratégia de reforço do bem estar dos residentes. Apesar de cada caso ser um caso, Maria São José Louro refere que tem exemplos de um extremo carinho e presença e, infelizmente, outros de algum afastamento e em que o contacto tem de ser bastante estimulado. Uma extensão familiar Para a nossa interlocutora, é fundamental que a sua equipa, composta por mais de 20 elementos, tenha bem presente que os seus residentes têm de se sentir em casa. De acordo com Maria São José Louro, esta noção tem que ser muito interiorizada por cada um daqueles que trabalha com os residentes, porque este espaço passou a ser a ser a sua casa e provavelmente, para muitos deles, de forma definitiva. “O nosso trabalho implica fazê-los sentir que estão o mais perto possível do ambiente de liberdade e conforto das suas casas. No fundo, é esta a nossa missão: desconstruir, diariamente e com cada um, o potencial sentimento de institucionalização, retirar essa carga negativa assegurando a sua estabilidade ao nível físico e bem estar emocional. É um trabalho difícil, confesso,


principalmente num universo alargado de residentes, o que exige um enorme empenhamento de todos”. A evolução do cliente Se em 1991, quando a Casa de Repouso e Saúde de S. Brás abriu portas, grande parte dos utentes vinha por iniciativa própria, “onde era sua a decisão de recorrer a uma solução desta índole, tomada com base nos seus próprios recursos financeiros”, atualmente a realidade é outra. “Na região do Algarve temos evoluído de uma vinda voluntária para uma situação em que é o cuidador e não já o próprio que decide. E essa decisão só ocorre em última instância, sobretudo por questões financeiras, mas não raras vezes também por questões isolamento e solidão. Ao longo destes anos temos assistido à evolução das necessidades fruto de conjunturas sociais financeiras e culturais e o desafio é adaptarmo-nos e termos a capacidade de introduzir as respostas adequadas”. Maria de São José Louro refere como exemplo desta evolução, o facto de ter começado há cerca de dois anos a haver procura para acolhimento de estrangeiros residentes no Algarve, por parte de cuidadores informais. Estes estrangeiros, sobretudo ingleses e holandeses, vivem no algarve desde a década de 80 e atualmente já quebraram os laços com os seus familiares que permaneceram no país de origem e já não querem, ou não podem, re-

gressar ficando isolados e sem apoio em Portugal. Esta realidade obrigou a CRS a ter que recrutar colaboradores, nomeadamente auxiliares, com domínio do inglês, bem como a fazer ajustes na ementa e horários para melhor facilitar a integração destes novos residentes, atualmente em número de dez. Houve ainda que criar serviços de transporte e deslocações acompanhadas para que estes residentes, sozinhos em Portugal, possam ainda assim ter apoio no tratamento dos seus vários assuntos, desde idas ao banco ou ao oftalmologista. O futuro da instituição Questionada sobre o futuro da Casa de Repouso e Saúde de S. Brás, Maria São José Louro frisa que o mesmo passa, indubitavelmente, por uma continua adaptação às novas realidades e necessidades da pessoa idosa. “Para isso mesmo, temos que evoluir numa abordagem séria e sustentada na área das demências, como já tinha referido. Considero este um ponto fulcral para a organização e que constituirá o seu fator diferenciador”. Contudo, a nossa interlocutora não esconde que este é um projeto ambicioso e está consciente de que não deverá ser feito isoladamente, mas sim através do estabelecimento de uma rede de parcerias na área da saúde. “É este o futuro que gostaria de concretizar”, termina.

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ALGARVE Destacando-se pelo turismo e pelo seu clima único de Verão, a região do Algarve, situada no distrito de Faro, é um sítio de eleição como destino de férias por parte de vários portugueses, assim como por vários turistas estrangeiros oriundos de vários cantos da Europa e do mundo. Esta é, de momento a uma das regiões mais ricas de Portugal, tendo o turismo um peso icónico na economia da área e sendo já referida em vários meios de comunicação social internacionais. A paisagem é definitivamente um dos pontos positivos de relevo que caracterizam o Algarve, nomeadamente os seus penhascos enormes e deslumbrantes, as praias douradas e extensas, assim como as baías que providenciam aos turistas que por lá passam uma oportunidade de relaxar enquanto apreciam as vistas e paisagens verdadeiramente paradisíacas. Neste campo, Albufeira, Lagos, Portimão, entre outras, destacam-se, sendo situações nas quais vilas e cidades convivem lado a lado com paraísos naturais. No entanto, não é só de paisagens naturais que se define o Algarve. Também existem os monumentos (nomeadamente castelos e igrejas) e as aldeias históricas que contam um pouco da história que muitos desconhecem do sul de Portugal. A gastronomia além de se debruçar na comida portuguesa, procura variar, de modo a adaptar-se às várias pessoas oriundas de variadas culturas que todos os anos passam por esta região e sentem saudades do ambiente paradisaíco do sul de Portugal. No entanto, nem só de tursimo vive o Algarve. Nesta edição também procuramos focar-nos noutras áreas de negócio que não deixam de ter a sua importância para a vida desta região memorável para muitos.

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CUIDAMOS DO FUTURO DA GERAÇÃO MAIOR O condomínio residencial e multifuncional Gardenias Living está situado em Vale do Lagar (a cinco minutos do centro de Portimão e a 50 minutos do Aeroporto Internacional de Faro), e apresenta-se como uma proposta de excelência especializada nos cuidados de saúde da população sénior.

GARDENIAS LIVING

Numa época em que a sociedade enfrenta alterações demográficas significativas, como é o aumento da esperança média de vida ao nascer[1] e o consequente envelhecimento da população, o Gardenias Living surge para colmatar a ausência de equipamentos diferenciadores nesta região, implementando as melhores práticas de saúde e bem-estar, utilizando metodologias de cuidados de primeira linha e acompanhando os avanços mais recentes na área da geriatria. O condomínio Gardenias Living compreende três valências estruturais: Alojamento Turístico (dirigido ao turismo sénior incoming, turismo acessível e de saúde), Residência Assistida (vocacionada para pessoas saudáveis que necessitam de apoio diário, pessoas com declínio cognitivo, demência ou outras doenças neurológicas), e Centro de Envelhecimento Ativo (pólo de promoção da saúde, qualidade de vida e bem-estar). O Alojamento Turístico alia todas as vantagens de um serviço hoteleiro aos cuidados de saúde personalizados. O Gardenias Living dispõe de salas de convívio, jardins e espaços verdes, piscina e Spa para que os seus hóspedes se sintam revigorados durante a estadia. Propõe ainda várias atividades culturais e de lazer (viagens de barco ao pôr do sol, provas de vinhos da região, desportos aquáticos). A Residência Assistida estabelece uma filosofia de humanitude nos cuidados que fornece ao público em geral, em especial aos idosos (com ou sem problemas de saúde). A pessoa é valorizada 16 | PORTUGAL EM DESTAQUE

enquanto tal, e a sua experiência de vida e sabedoria respeitadas. O Gardenias Living preocupa-se em criar condições para proporcionar o conforto de uma casa própria, em minorar as dificuldades cognitivas (luz natural dos espaços interiores, contacto com a natureza, convívio social, alimentação adaptada) e físicas (ausência de barreiras e atividade física), ao mesmo tempo que garante um ambiente seguro e tranquilo. Com o intuito de apoiar idosos com demência e cuidadores, o Gardenias Living dispõe nas suas instalações de um Gabinete de Apoio da Associação Alzheimer Portugal. Este gabinete é aberto à comunidade e providencia informação técnica, efetua a sinalização e o encaminhamento de casos, organiza grupos de suporte e prepara ações de formação que visam dotar os cuidadores formais e informais de ferramentas para lidarem com a demência. O Centro de Envelhecimento Ativo promove a saúde física e cognitiva, a autonomia e um estilo de vida saudável, atuando a montante na prevenção da incapacidade. Aqui são oferecidas consultas de especialidade (e.g. ortopedia, medicina interna, geriatria), sessões de fisioterapia e acompanhamento psicológico. A estimulação cognitiva, enquanto atividade cientificamente validada para a manutenção das capacidades e retardadora de défice cognitivo, é também uma das respostas deste centro. A Equipa Gardenias Living (médicos, neuropsicólogos, assistentes sociais, animadores, fisioterapeutas e auxiliares de ação médica) integra profissionais experientes e inteiramente dedicados ao fenómeno do envelhecimento, complementando e convergindo saberes e práticas com vista à prestação de um serviço de excelência. Quer seja pela sua equipa qualificada, pelo conforto da estrutura arquitetónica, pela beleza envolvente, ou ainda pela ligação próxima à comunidade, o condomínio Gardenias Living constitui um projeto que acrescenta um inegável valor social à região do Algarve, e que o tornam na opção ideal para ajudar seniores e cuidadores. [1] - Segundo projeções do Instituto Nacional de Estatística, em 2060, os valores devem atingir os 84,21 anos para homens e os 89,88 anos para mulheres.



“SOMOS UMA GRANDE FAMÍLIA” Com a missão de marcar pela diferença a vida dos idosos, nasceu o Primeiro Lar na cidade de Portimão em Dezembro de 2015. Pelas mãos de Maria João, directora técnica, o lar pretende transmitir todo o conforto e cuidado para que os utentes se sintam em casa.

PRIMEIRO LAR

MARIA JOÃO Formada em Psicologia, Maria João sempre gostou de trabalhar com adultos e idosos. Natural da Figueira da Foz, mudou-se para o Algarve em 2005 e enveredou por esse caminho, trabalhando com várias equipas em lares e fazendo formações nessa área. Esta experiência transformou-se no sonho de abrir um lar aliado à noção de que as soluções na zona seriam insuficientes, contando com o apoio do irmão e de um amigo que abraçaram o projeto e se tornaram sócios. “O nome tem duas razões”, explica Maria João, “é o nosso primeiro lar, a nossa primeira construção e queremos que seja a primeira escolha das pessoas”. Responsável pela organização das equipas e do dia a dia do lar, a sócia-gerente e diretora técnica admite que é um trabalho difícil que só se torna possível quando se tem uma equipa unida e motivada. Com uma equipa composta por 12 pessoas: sete auxliares, uma enfermeira, uma fisioterapeuta, uma médica, uma animadora e a própria.“O processo de selecção da equipa é complexo, embora tenha melhorado ao longo dos últimos 10 anos”, esclarece a direto18 | PORTUGAL EM DESTAQUE

ra, “existem mais cursos e formações de Geriatria e temos pessoas que realmente gostam daquilo que fazem”. O lar com 20 utentes tem lotação esgotada, sendo que o mais velho tem 96 ano e o mais novo 74, vindos de vários pontos do Algarve como Monchique, Armação de Pêra e Vila Real de Santo António. Nos serviços do Primeiro Lar estão incluídos os cuidados de saúde e a fisioterapia de manutenção simples, juntamente com o alojamento, a alimentação, os cuidados de higiene, o tratamento de roupa, animação sócio-cultural que vai desde a pintura à horta e o apoio no desempenho das atividades da vida diária. De momento, o lar conta com o apoio da Câmara Municipal na cedência de uma carrinha de nove lugares para realizar actividades fora. A família do utente tem um papel muito importante no bom funcionamento da instituição, sendo um laço do qual a direção não prentede abdicar. Não existem horários de visita para os familiares mais diretos que têm a oportunidade de acompanhar mais de perto a vida dos seus idosos. Para Maria João, existem duas grandes dificuldades no setor: a burocracia necessária e a morosidade do processo para a abertura de um espaço legal; e a falha de comunicação entre as entidades como hospitais e segurança social que deviam trabalhar em conjunto com os lares de forma a criarem equipas mais capazes. De um modo geral, ainda que com poucos meses de vida, o percurso do Primeiro Lar tem sido positivo e o futuro adivinha-se risonho. Para já o plano passa por melhorar o pátio, uma vez que o bom tempo está a chegar e os idosos gostam de estar ao ar livre, e manter as parcerias que têm contribuído para o sucesso e o bom trabalho da instituição. Em jeito de conclusão a directora técnica deixa uma mensagem: “Gostava que as pessoas visitassem o Algarve não só pelo mar e a areia branca. Somos mais do que isso, venham conhecer as instituições, as cidades e tragam os mais velhos”.


NO ACONCHEGO DO LAR SÃO JOSÉ Localizado no centro de Loulé, no Algarve, o Lar de Idosos São José apresenta uma equipa multidisciplinar, capaz de responder a todas as necessidades básicas dos seus utentes, de forma a proporcionar o bem estar e a qualidade de vida dos 21 idosos que já fazem parte desta casa. Em entrevista à revista Portugal em Destaque, Cristina Olival, diretora da residência, apresenta-nos o seu espaço que conta já com mais de 20 anos de funcionamento. LAR SÃO JOSÉ

CRISTINA OLIVAL A entrevistada começa por contar que esta instituição dedicada à terceira idade surge em 1992, depois de ter percebido que existia uma grande carência de equipamentos nesta área. Por uma questão pessoal, sentiu necessidade de recorrer a este tipo de serviço e aí descobriu a sua vocação. “Precisava de alguém que acompanhasse diariamente a minha avó e os lares simplesmente não

existiam. A partir daí apercebi-me de que esta era uma área a explorar e avançamos para este projecto um ano mais tarde com o apoio do IEFP de Loulé. Foi sem dúvida uma grande ajuda. Isto era uma casa centenária degradada e precisava de muitas obras de adaptação e assim surge um dos primeiros lares privados no concelho de Loulé”. Cristina Olival deu-nos a conhecer as instalações do Lar São José e deixa claro que o luxo não é sinónimo de felicidade. “Estas casas não precisam de ser luxuosas, o importante é dar a estas pessoas a devida atenção e os cuidados com a higiene, alimentação e locomoção que permanentemente precisam”. A assistência médica e os serviços de enfermagem que prestam, contribuem também para a segurança e para o bem estar de todos aqueles que residem no lar. “É preciso haver uma vigilância acrescida sobre o estado clínico das pessoas. Temos um médico de segunda a sexta feira porque isso é muito importante para o psicológico dos utentes. Muitas das vezes basta serem vistos pelo médico que já se sentem melhor, mas não somos uma unidade hospitalar. O facto de termos uma psicóloga também é muito importante porque eles acabam por desabafar muito com ela”. Dentro das instalações, os nove colaboradores que já fazem parte desta grande família, apelam ao convívio e à ocupação dos tempos livres, de forma a estimular a sociabilidade e a promover o bem estar emocional de cada um. Contudo, Cristina Olival garante que esta geração não se mostra apta a grandes esforços. “Temos um animador que toca acordeão, dança, faz jogos e outro tipo de actividades mas eles não querem participar”. Aqui são prestados todos os cuidados necessários a cada utente. Ainda assim, o público sénior parece continuar a rejeitar a ideia de vir morar para um lar. “Muito poucos vêm para cá voluntariamente. Ninguém gosta de deixar a sua casa para vir para um lar por muito bom que ele seja, mas depois de cá estarem começam a perceber que isto não é assim tão mau. Mais tarde admitem que gostam de cá estar. Hoje em dia os lares são locais priveligiados”. Quando questionada sobre o balanço destes 22 anos à frente da instituição, Cristina Olival não hesita em afirmar que o balanço que faz é muito positivo. “Acho que estas instituições são muito importantes e fazem muita falta”. Num futuro próximo, “gostava muito de adquirir novas instalações para onde eu pudesse transferir todas estas pessoas e dar-lhes outras condições físicas”, finaliza.

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A FARMÁCIA PARA TODAS AS NECESSIDADES A Farmácia Rosa Nunes, em Portimão, foi fundada em 1958. José Carlos Duarte assumiu o comando da mesma na década de 80, tendo-se juntado a si Ana Maria Duarte alguns anos mais tarde. Esta PME Líder tem por objetivo ser a sua farmácia de serviço para todas as necessidades. Conheça melhor este projeto que tem vindo a crescer na região onde está inserida.

FARMÁCIA ROSA NUNES

José Carlos Duarte e Ana Maria Duarte estão juntos na vida pessoal e na profissional. Ambos gerem a Farmácia Rosa Nunes há três décadas. Apesar do passar dos anos, o seu propósito mantém-se inalterado desde o primeiro dia. “O nosso objetivo é ajudar o cliente a sentir-se melhor do que nunca depois de uma visita à farmácia, pois os clientes estão no centro do nosso negócio”, refere o nosso interlocutor. Esta equipa compromete-se a prestar cuidados excecionais aos seus clientes, e ser a primeira escolha em farmácia e cuidados de saúde e em oferecer produtos inovadores de grande valor. A primeira mudança de instalações aconteceu em 1985. “Por uma questão estratégica, mudamos para a parte central da cidade, porque existe mais movimento comercial, que atrai, naturalmente, mais clientes. Não é a zona com mais concentração de turistas, mas o nosso principal cliente é o residente”, explica-nos José Carlos Duarte. Já em agosto no ano passado, houve uma nova mudança, para um espaço maior, a escassos 300 metros da anterior localização, “pelos que os clientes continuam fieis”. A zona tem uma maior visibilidade e prima igualmente pela disponibilidade de estacionamento, “o que também nos levou a criar novas ferramentas de trabalho para estarmos ainda mais próximos do cliente”, acrescenta. Equipa de excelência Os nossos interlocutores referem igualmente como elemento diferenciador a sua equipa. “Contamos com especialistas farmacêuticas e também conselheiros de beleza altamente qualificados e prontos a oferecerem aos nossos clientes o melhor serviço possível”. O objetivo desta equipa passa por ajudar o cliente a sentir-se bem, pelo que estes comprometem-se a prestar cuidados excecionais, através do aconselhamento profissional, garantindo cuidados de primeira qualidade. No que à equipa diz respeito, José Carlos Duarte faz questão de realçar o papel fundamental da sua esposa, na farmácia. “A minha mulher tem contribuído bastante para o sucesso que tem sido a Farmácia Rosa Nunes. Formada também em farmácia, esteve desde sempre ligada à manipulação do medicamente, pelo que tem aqui um papel muito importante no aconselhamento ao cliente. Aqui na zona, todos têm a Ana Maria Duarte como uma referência no aconselhamento à saúde e, obviamente, isso é muito gratificante para nós e prestigiante para a farmácia”. O nosso interlocutor esclarece ainda que a sua esposa tem continuado, ao longo dos anos, a apostar na sua formação nesta área, com maior incidência na homeopatia, “uma valência que tem ganho cada vez mais procura por parte dos noss clientes”, reforçando que o seu contributo na farmácia tem sido fundamental.

JOSÉ CARLOS DUARTE

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Serviços Para além dos serviços de uma farmácia, este estabelecimento de saúde disponibiliza ainda produtos de nutrição, produtos de puericultura e a preparação de medicamentos manipulados mediante receita médica, nomeadamente na área da homeopatia. Se tem um animal, saiba que também aqui pode encontrar produtos para a saúde do seu cão e gato. Aqui, pode ainda controlar a sua saúde. “Disponibilizamos, por marcação, serviços de nutrição e dietética, podologia, reabilitação auditiva, pé diabético, dermocosmética e farmacêutica”, enumera Ana Maria Duarte. “Além disso, fazemos igualmente a avaliação de risco cardiovascular, testes ao colesterol, glicénia, ácido úrico, triglicéridos, gravidez, e disponibilizamos produtos de dermocosmética”, acrescenta. Aqui, é possível encontrar produtos nas categorias de cosméticos, produtos para a pele, protetores solares, fragrâncias, bem estar sexual, vitaminas, produtos de emagrecimento e desintoxicação, mãe e bebé, cuidados de saúde e capilares, além de


produtos de higiene pessoale específicos para o homem. “A nossa gama de produtos é bastante diversificada e para todos os gostos”, remata Ana Maria Duarte. A evolução do setor Questionado sobre o setor, José Carlos Duarte afirma que, até há bem pouco tempo, as farmácias sofreram alguma instabilidade, fruto não só da legislação, mas também da abertura em massa de outros estabelecimentos com algumas competências idênticas. Contudo, o administrador afirma que atualmente as farmácias nacionais estão melhores no que diz respeito à estabilidade. “O que temos que fazer para conseguirmos manter esta estabilidade que fomos adquirindo é, sem dúvida, uma gestão cuidada, perceber onde devemos apostar e foi isso que aconteceu aqui”. O administrador refere que durante estes anos a sua equipa esteve sempre habituada a uma forma de trabalhar profissional e que o segredo para uma evolução que lhes permitiu alcançar o patamar atual foi “gerir melhor e trabalhar mais”. Galardoado por dois anos consecutivos com o prémio de PME Líder, José Carlos Duarte acredita que, acima de tudo, este galardão reflete que tem tomado as decisões acertadas em relação à gestão da sua empresa. “Não posso ainda esquecer que para tal contribui também a equipa que tenho comigo. Conto com 20 funcionários excecionais, que estão sempre do meu lado e a quem delego tarefas, porque sei que estes são capazes de coordenar na perfeição as áreas que lhe são atribuídas”, acrescenta. A contribuição da farmacêutica “Acredito que este é um setor viável e que é muito vantajoso para a sociedade na sua generalidade. Se o setor da farmacêutica funcionar bem, haverá menos consultas nos centros de saúde, haverá menos corridas às urgências. Quero com isto dizer que se as pessoas tiverem nas suas proximidades uma farmácia que faça bem o seu trabalho e aconselhe de forma correta, as pessoas não sentirão uma necessidade tão contínua e recorrente de irem a uma consulta por qualquer problema ou sintoma que lhes surja”.

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100 ANOS NA ECONOMIA AGRÍCO LIDERANÇA NAS PME LIDER E

CITA OS SEUS CLIENTES

CELÊNCIA

Em parceria com o Turismo de Portugal e o IAPMEI, foram premiadas as empresas nacionais com os melhores desempenhos económico-financeiros e de gestão, pela qualidade do seu desempenho e perfil de risco. Ao longo dos anos, estas empresas têm vindo a afirmar-se no mercado global pelas suas estratégias de inovação e capacidade de internacionalização.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO ALGARVE 21/04/16 11:35

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OLA DE ALTE - LOULÉ (1916) ATÉ À EXCELÊNCIA NO C.A. EM 2016. Pelo terceiro ano consecutivo, o Crédito Agrícola realizou uma cerimónia para promover o reconhecimento público do tecido empresarial do país, promovendo 24 empresas algarvias que foram galardoadas com o selo de qualidade PME Líder e PME Excelência. A Caixa do Algarve reconhece a importância desta distinção para as empresas suas associadas, quer no tradicional sector agrícola, agro-industrial e pesqueiro, que representam cerca de seis por cento da carteira de crédito da Caixa e, também mais recentemente, nos sectores turísticos-imobiliários e dos serviços. O Crédito Agrícola e a CCAM do Algarve, líder no relacionamento com as PME de elevada distinção, tem feito uma aposta crescente nesta iniciativa, que se mantém para 2016, no qual se prevê um maior crescimento, reforçando a relação com os Associados e a sua qualidade de Banco Nacional com Pronúncia Local.

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O SEGREDO MAIS BEM GUARDADO DO ALGARVE O Dunas Douradas Beach Club é um aldeamento turístico de cinco estrelas localizado em Vale do Garrão, no Algarve. Com uma localização privilegiada em frente á praia, esta unidade composta por 140 unidades (apartamentos e moradias), oferece os melhores serviços e todas as comodidades aos seus clientes, de forma a tornar a sua estadia memorável. Falámos com Sílvia Biscaia, diretora geral do Dunas Douradas Beach Club e CEO do grupo Dunas Portugal, que nos deu a conhecer a unidade hoteleira e as suas perspetivas futuras.

DUNAS DOURADAS BEACH CLUB

das Beach Club is a luxury five star esort in the Algarve, set in a stunning location, walking from the golden sandy beach.

are staying for one week or one month, ou could possibly need for your holiday is right rtips. We have beauti l pools to unwind in, ified blue flag beach, a restaurant, a kid’s club and with ll gymnasium and spa.

SÍLVIA BISCAIA 24 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Como é que surge o Dunas Douradas Beach Club? O projeto surge pelo Grupo Dunas Portugal que desenvolveu também a maior parte da zona conhecida por “Dunas Douradas”. O Grupo Dunas Portugal é detido pela empresa norueguesa, Linstow AS que faz parte do grupo A Wilhelmsen. Eu comecei a trabalhar com este grupo em 2008, na qualidade de advogada e sócia da sociedade de advogados João Nabais & Associados, tendo desenvolvido o processo de licenciamento do resort. Em 2011, ingressei no Conselho de Administração da empresa Dunas Douradas Beach Club, S.A. que administra e explora o resort. Em 2014, assumi o cargo de diretora geral da DDBC e CEO do grupo de empresas. Quando ocupei este cargo empreendi uma reestruturação da empresa orientada pelo empreendedorismo e inovação. O Dunas Douradas Beach Club desde que abriu apresenta uma ocupação total no verão, com reservas diretas sem recurso a qualquer operador. O nosso foco foi desta forma desenvolver a ocupação em época baixa. Quando abrimos o resort “ao mundo” através da utilização de canais de operadores online como a Booking.com ou a Expedia fez toda a diferença. Em dois anos de trabalho, sinto orgulho quando penso como conseguimos inverter a situação financeira da empresa nunca baixando os standards de luxo do aldeamento. Apesar da minha formação enquanto advogada ter sido preciosa em termos de conhecimento estratégico o facto de me encontrar na altura em que assumi o cargo a fazer o doutoramento em Turismo revelou-se uma mais valia. Quantos hotéis é que fazem parte do grupo? O grupo atua nos mais diversos sectores. Comércio Marítimo, turismo de cruzeiros (detendo a maior participação na Royal Caribbean), imobiliário, investimentos financeiros e hotelaria. O grupo detém vários hotéis no Báltico sob a gestão da Radisson. Este é o único hotel do grupo em que o management é nosso. Neste momento o Grupo Dunas Portugal, lançou um novo projeto de condomínio privado DDBC Seabreeze Residences com apenas sete apartamentos de luxo situado em frente ao Dunas Douradas Beach Club junto ao lago. Os trabalhos encontram-se a começar existindo já somente dois apartamentos para venda, prevendo-se que este seja também um projeto sob a nossa gestão turística. Recentemente o Dunas Douradas Beach Club foi distinguido pelo TripAdvisor com a atribuiçao do prémio “Traveller’s Choice Awards”, este é o reconhecimento merecido do vosso trabalho? Sem dúvida. Nós trabalhamos sempre com o objetivo de satisfazer o cliente. Fazemos um exercício contínuo de pensar o que


nos traria uma experiência memorável se fossemos o hóspede que nos visita e trabalhamos nesse sentido. Tentamos sempre superar as expetativas do hóspede já que a satisfação se mede pela expetativa. A vossa localização é sem dúvida uma mais valia… Por um lado sim, no verão é o nosso ponte forte, mas em época baixa chega a ser o nosso ponto fraco devido a localização longe das cidades. Contudo apesar de não disfrutar da praia o hóspede disfruta de uma vista de mar e de lago fantástica. Estamos sempre a trabalhar em pacotes de experiências oferecer algo diferente a estes clientes. Qual é o tipo de cliente do Dunas Douradas Beach Club? Durante todo o ano, os irlandeses e os ingleses são as nacionalidades que mais se hospedam no nosso resort. Em agosto o cliente é essencialmente português porque é o mês de férias dos portugueses por excelência. Trata-se de um resort essencialmente para famílias no período de verão e muito frequentado por casais e mesmo grupos de amigos o resto do ano. Sendo um cinco estrelas e estando entre os 25 hotéis mais luxuosos do país, qual é o segredo para tanto sucesso? Nós temos algo de diferente, é de realçar a proximidade que existe entre os clientes, os proprietários de unidades de alojamento e os colaboradores do hotel. O cliente é repetido e volta como se fosse reencontrar a família. Muitas pessoas deixam as coisas guardadas de um ano para o outro. Esta familiaridade que se vai criando faz deste resort um local único em relação aos demais. Fornecemos os mesmos serviços que os outros hotéis na zona, mas oferecemos um serviço mais personalizado e mais próximo do cliente.

cliente. O segredo passa por ter uma equipa fantástica, cuidar da unidade, ouvir as opiniões que nos deixam os hóspedes bem como as dos nossos colaboradores e investir no marketing para o resort se manter sempre no topo. Por outro lado, ir ao encontro do que o hóspede procura e às tendências do mercado turístico. Neste momento, o nosso cliente procura muito uma alimentação saudável e o contacto com o produto fresco, sazonal e local. Para ir de encontro a este desejo do nosso hóspede a partir de junho teremos a trabalhar como Chef executivo na unidade, o Chef Hélio Loureiro, que dispensa apresentações e como todos sabemos é uma autoridade nacional nesta matéria da alimentação saudável. Partilhará com os nossos hóspedes e com os proprietários de unidades de alojamento que aqui residem a compra e a confeção dos produtos maravilhosos que temos no Algarve e em Portugal para lhes proporcionar experiências fantásticas. Que mensagem deixaria a alguém que ainda não conhece a vossa unidade? Têm que vir conhecer o segredo mais bem guardado do Algarve. Os nossos clientes gostam tanto de cá estar que não querem que muitas pessoas conheçam o local já que existe sempre muita dificuldade em conseguir um apartamento para o verão. Por vezes dizem-me que só não publicam mais no TripAdvisor para que o segredo não se torne conhecido.

Quem passa pelo Algarve o que não pode deixar de visitar? Aconselho uma visita ao Pego do Inferno na zona de Tavira, uma caminhada pela Via Algarviana, a descoberta da Cidade Velha em Faro, entre muitas outras atrações. O que falta ao Algarve para superar a questão da sazonalidade? Há falta de rotas durante o inverno. Aquilo que temos para oferecer no verão também temos para oferecer no inverno. O que muda são as rotas, as companhias aéreas limitam os voos e isso faz toda a diferença. Enquanto temos rotas e voos nós temos clientes. A sazonalidade combatia-se facilmente dessa forma. Nós chegamos a ter boas condições climatéricas em novembro, dezembro e janeiro. Para além dos britânicos, outros mercados como o escandinavo ou o alemão visitariam Portugak se abrissem rotas para esses países em época baixa. Publiquei um artigo cientifico na revista da Universidade de Aveiro que demostra a forma como a abertura de rotas para a Escandinávia pela Ryanair dinamizou o turismo escandinavo no Algarve. Por outro lado, esta zona do Algarve poderia ter o problema da sazonalidade diminuído com a construção de equipamentos desportivos. Campos de futebol e centros de estágio, fazem muita falta. Nós temos muitos pedidos da primeira divisão inglesa de futebol para estágios mas não temos campos de futebol onde os jogadores possam treinar. Existe um único campo em Vale do Lobo que tem de ser partilhado por todos e não tem as melhores condições. Se tivéssemos esse tipo de facilidades, o Algarve poderia combater a sazonalidade de forma extraordinária. Por onde passa o futuro do Dunas Douradas Beach Club? Continuar a melhorar. É preciso haver manutenção contínua do resort e inovação diária para existir este nível de satisfação do PORTUGAL EM DESTAQUE | 25


FEEL FREE TO RELAX Dois empreendimentos, dois locais de sonho, localizados no Sotavento Algarvio, concelho de Tavira, com mais de 40 anos de existência, que são sinónimo de excelência. Pedras d’el Rei e Pedras da Rainha, empreendimentos turísticos, são o local ideal para umas férias ou apenas para uma escapadinha de fim de semana. Conversamos com José e Vasco Queiroga, duas das gerações responsáveis por estes projetos. PEDRAS D’EL REI E PEDRAS DA RAINHA

cos diz respeito”. Pedras d’el Rei oferece uma variada tipologia de unidades de alojamento, devidamente equipadas, rodeadas por jardins simplesmente magníficos, piscina, campo de ténis, Clube Pedrinhas, vários bares, restaurantes, supermercado, lavandaria e quiosque de jornais e outros proporcionando uma estadia agradável e inesquecível, num ambiente perfeitamente relaxante e familiar, em todas as épocas do ano. “Estamos a apenas 1.200 metros da Praia do Barril, uma das maravilhas da Ilha de Tavira, onde pode encontrar Bares, Restaurantes, várias lojas e a prática de diferentes desportos náuticos. Podemos lá chegar a pé ou numa agradável viagem num comboio típico, o que torna a viagem inesquecível…”, refere o nosso interlocutor. Pedras da Rainha “Pedras da Rainha surge em 1970, num projeto idêntico, mas com menos unidades de alojamento”, começa por nos explicar Vasco Queiroga. Assim como em Pedras d’el Rei, o visitante pode encontrar unidades de alojamento nas diversas tipologias, T0 a T4, albergando entre duas e oito pessoas por unidade. Contando, também, com amplas áreas verdes, este é um complexo turístico localizado junto à Vila de Cabanas de Tavira, também ela piscatória. A praia mais próxima é a praia de Cabanas, cujo acesso se faz exclusivamente de barco, tornando ainda mais especial o que seria uma simples ida à praia.

JOSÉ E VASCO QUEIROGA

Pedras del Rei Com mais de 840 casas, Pedras d’el Rei é um reconhecido complexo turístico do sotavento algarvio, situado no coração do Parque Natural da Ria Formosa e perto da vila piscatória de Santa Luzia de Tavira. Vasco Queiroga, administrador, revela à Portugal em Destaque que o projeto abriu portas, pela primeira vez, em 1969, referindo que “passámos algumas épocas mais conturbadas, mas hoje somos uma referência no que aos alojamentos turísti-

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Experiências únicas Os nossos interlocutores fazem questão de frisar que a matriz dos empreendimentos se mantém inalterável desde a sua criação: a tranquilidade. “Estes são dois projetos que promovem, indubitavelmente, a tranquilidade. Estão ambos muito ligados à natureza, para um segmento de família”. José Queiroga complementa que “queremos proporcionar a quem nos visita umas férias tranquilas, em qualquer altura do ano. Umas férias em que possam prescindir do seu carro e, tranquilamente, desfrutarem da natureza, na sua plenitude sem sequer necessitarem de sair do mesmo espaço”. Obviamente que empreendimentos com 40 anos requerem grandes investimentos e contínuos melhoramentos e inovações, Pedras d’el Rei e Pedras da rainha, empresas responsáveis pela gestão dos aldeamentos desde 1990 nunca têm descurado, “pretendemos continuar a modernizar e a atualizar os mesmos”. Os nossos interlocutores referem ainda que possuem um equipa de recursos humanos muito versátil e interessada, com muitas horas de formação anualmente, referindo que muito do sucesso alcançado pelo grupo empresarial é fruto do empenho dos nossos colaboradores. “Em qualquer um dos aldeamentos, proporcionamos tudo o que é necessária para uma estadia de excelência. São exemplo os restaurantes, os bares, supermercados, piscinas, campos de ténis, de paddle , o Clube de Bowlling-Green e com uma atenção muito especial o espaço dedicado aos mais pequenos- “Os Pedrinhas “. “Claro que fora dos aldeamentos há muitas outras atividades para realizar, ou não estivéssemos na região privilegiada da Ria Formosa. A costa algarvia convida a passeios de barco tradicional, à vela, catamaran ou caiaque. Não podemos também esquecer uma pescaria em alto mar ou então, uma partida de golfe, já em terra firme”.



“ESTAMOS NO MELHOR DOS DOIS MUNDOS” O LOCAL PERFEITO

SERVIÇOS E FACILIDADES ACESSO WI-FI GRATUITO

OPARA Castro Marim Golfe and Country Club é um emAS SUAS FÉRIAS preendimento turístico de quatro estrelas composto por 113 moradias auto-suficientes com ou sem piscina privada, implantadas entre jardins propícios a agradáveis passeios sem sair do complexo, e interligadas por relvados e três campos de golfe de nove buracos. Os 224 hectares de terreno e a vasta área de zonas verdes, conferem a este espaço condições excecionais para a realização de diversos eventos corporativos ou até particulares. ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO BEM-VINDOS

KIDS CLUB E ANIMAÇÃO PARA CRIANÇAS TRANSFER GRATUITO PARA A PRAIA DO CABEÇO (SAZONAL) UTILIZAÇÃO GRATUITA DO GINÁSIO AULAS DE GOLFE

SEGURANÇA 24H

SERVIÇO DE TAKE AWAY

OFERTA DE CARTÃO DE DESCONTOS

CASTRO MARIM GOLFE

Localizado em Castro Marim, no Algarve, o resort situa-se apenas a meia hora de Faro e a uma hora do Aeroporto Internacional de Sevilha. Em entrevista à revista Portugal em Destaque, Ricardo Cipriano, diretor geral da unidade hoteleira desde 2010, conta-nos como surgiu este projeto, os serviços que atualmente prestam e as perspetivas futuras. Começo por lhe pedir para apresentar o Castro Marim Golfe and Country Club aos nossos leitores. Como é que surge este projecto? O empreendimento pertence a um grupo holandês e, atualmente, é o único investimento do grupo em Portugal. Durante uma visita ao Algarve, o fundador da unidade, sem nenhuma experiência na área, veio visitar Castro Marim e achou que este espaço era propício à criação de um campo de golfe. Daí surgiram os primeiros contatos com as autoridades e os primeiros terrenos foram adquiridos em 1987. O projeto foi aprovado dez anos mais tarde e a primeira tacada de golfe oficial foi dada em 2001. Foi feito um investimento na ordem dos 45 milhões de euros e já estamos a negociar com a Câmara Municipal o ínicio da segunda fase. Temos previstas três fases: a primeira está praticamente concluída, a segunda será um projeto que consiste na aquisição de 1000 camas turísticas, de forma a dar seguimento à ideia que está subjacente à aquisição de todos os terrenos e à conclusão do projeto, e a terceira será feita mais para a frente. Este tipo de investimentos são muito demorados. Nos últimos seis anos fizemos um investimento de 22 milhões de euros, que consistiu num melhoramento das infra-estruturas existentes, na ampliação do Club House, na construção do aldeamento turístico que é composto por 61 moradias, zona lúdica, snack bar, kids club e mini-mercado, e obviamente numa melhoria a nível do campo, e a ligação do campo à rede de rega do Beliche. Para além disso, o empreendimento conta ainda com 15 lagos e três barragens próprias. Em termos genéricos, o Empreendimento é composto por 224 hectares e dispõe de três campos de golfe, cada um com nove buracos (Atlântico, Guadiana e Grouse). Quando é que o Ricardo Cipriano assume o cargo de director geral da unidade? No dia 18 de março de 2010. A minha área de formação não está relacionada com o turismo. Sou advogado e entrei para a empresa para liderar o departamento jurídico. Contudo, por diversas vicissitudes e por alterações que o grupo foi sofrendo ao longo dos anos, acabei por assumir a direção geral, depois de uma restruturação interna e depois de durante dois anos ter assumido junto do acionista da empresa essas funções, mas de uma forma não oficial. Vim aqui parar acidentalmente mas hoje se tivesse que voltar à advocacia difícilmente o faria. O mundo do turismo é fascinante em todas as suas componentes e em tudo aquilo que envolve esta indústria.

RICARDO CIPRIANO

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Atualmente têm moradias para venda e para exploração turística… Sim, nós não temos hotel. No empreendimento temos um lote de terreno em que está prevista a construção de um hotel com 150 quartos, um investimento que está a ser estudado, mas neste momento a nossa capacidade hoteleira resume-se a um aldeamento turístico e à exploração de moradias que já estão vendidas. Temos 113 moradias e tentamos dar um serviço hoteleiro igual a todos os outros, quer a nível da restauração ou serviços de quarto. Apesar de os espaços não estarem fisicamente ligados, procuramos oferecer todas essas componentes, possíveis de encontrar num hotel.


Para além destes serviços também se dedicam à realização de eventos… Sim. Estamos a apostar muito nesse mercado, essencialmente na realização de casamentos e batizados. O mercado britânico e irlandês adere muito a este tipo de serviço e por isso temos apostado muito nisso. Realizamos também outro tipo de eventos, direccionados às empresas e tudo o que envolve essa área. O quê que falta ao Castro Marim Golfe and Country Club para se tornar um cinco estrelas? Pequenos detalhes. Procuramos dar um serviço de topo. Estamos muito bem classificados em vários sites de referência. Na Booking estamos classificados com uma pontuação de 9.0, fomos considerados pela Leading Courses o 42º melhor Resort de Golfe da Europa e o 7º a nível nacional. Isso quer dizer que todas as condições estão reunidas e que estamos a fazer todos

os esforços para oferecer um bom serviço ao cliente. Muitas vezes a classificação das estrelas prende-se com pequenos detalhes que por vezes são mais formais do que propriamente de prestação de serviços. Qual é o balanço que faz destes últimos anos à frente do Castro Marim Golfe and Country Club? É muito positivo. Trabalho com uma grande equipa de 92 funcionários mas temos um espírito muito próximo e familiar. Passámos tempos difíceis e conseguimos ultrapassá-los juntos. Que perspectivas tem para o futuro da unidade hoteleira? As perspetivas são as melhores. Neste momento estamos já a estudar investimentos futuros. É importante realçar que crescimento não é sinónimo de massificação. Temos como política que não haja

mais de 30 por cento de carga urbanística em todos os 224 hectares que compõem o empreendimento, de forma a não criar uma densificação muito grande. Continuamos a trabalhar para melhorar a qualidade dos serviços que prestamos porque a qualidade natural já cá está. Que mensagem deixaria a alguém que ainda não vos conhece? O Castro Marim Golfe and Country Club é um destino calmo, ideal para quem procura tranquilidade. Costumo dizer que estamos no melhor dos dois mundos, numa zona tranquila para relaxar e passar bons momentos em família, e ao mesmo tempo perto das praias, da animação noturna e perto de Espanha. Visitar-nos é a melhor receita.

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O MELHOR PARQUE AQUÁTICO DA EUROPA Com cerca de sete hectares, o Slide & Splash é hoje um dos melhores e maiores parques aquáticos da Europa. O parque de diversões está localizado em Lagoa, no Algarve, e dispõe de inúmeras atracções e espaços verdes de forma a proporcionar aos seus visitantes muita adrenalina e diversão. Em entrevista à revista Portugal em Destaque, Ana Tendinha, directora comercial do Slide & Splash desde 2004, fala-nos deste projeto que conta já com 30 anos de funcionamento.

SLIDE & SPLASH

Como é que surge o Slide & Splash? O parque foi fundado em 1986 por António Ambrósio, Orlando Casemiro, José Correia e Joaquim Santinha. Atualmente só se mantêm dois sócios, nomeadamente o José Correia e o Joaquim Santinha. Ao longo destes anos temos procurado garantir aos nossos visitantes a maior diversão possível, sempre com as máximas condições de segurança, higiene e conforto, em conformidade com as leis que regulam a atividade dos parques aquáticos em Portugal. Qual é a capacidade do parque? 3.800 pessoas. Qual é o preço dos bilhetes? 27 euros por adulto e 19 euros por criança dos cinco aos dez anos, até aos quatro anos não pagam bilhete.

ANA TENDINHA 32 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Também têm serviço de transporte… Sim, vamos buscar os clientes de todo o Algarve. Esse serviço é


pago consoante o local em que se encontram. Sendo esta uma atividade sazonal, vocês dedicam-se a outro tipo de atividade durante o inverno? Não. O parque fecha mas somos responsáveis pela parte da manutenção e do desenvolvimento dos equipamentos. Fechamos ao público mas não deixamos de trabalhar, é preciso preparar o ano seguinte. Os funcionários são os mesmos todos os anos? Cerca de 50 por cento são sempre os mesmos, mas todos os anos tem que ver um recrutamento de novos colaboradores. Em agosto chegamos a ter 200 colaboradores. O parque está aberto sete meses. Temos tido algumas dificuldades em recrutar colaboradores. Acredito que as pessoas prefiram um contrato de um ano, algo que não podemos dar. Que medidas de segurança têm que ser revistas de ano para ano? Temos que ter muita atenção no que diz respeito à vigilância das piscinas, todos os anos os funcionários têm que fazer um curso de primeiros socorros e salvamento aquático. O Instituto Português do Desporto e Juventude é quem rege os parques aquáticos. No início da época, antes do parque abrir, somos vistoriados. Abrimos no dia quatro de abril e essa vistoria já foi feita. Estiveram presentes vários elementos das entidades responsáveis como a autarquia, o IPDJ, serviços de saúde e bombeiros. São muito exigentes e acho muito bem que o sejam. Para além disso os nossos funcionários são muito bem preparados. A segurança tem que ser primordial neste tipo de atividade. A concorrência é muito forte? Sim, mas muito saudável. Ainda bem que ela existe.

Têm algum tipo de parcerias com escolas ou autarquias? Sim, temos parcerias com algumas escolas e universidades. As universidades aproveitam os programas e viagens de finalistas e incluem um dia no Slide & Splash. As escolas normalmente vêm fazer uma visita ao parque no final da época escolar. A nível da restauração o quê que têm para oferecer aos visitantes? Temos vários restaurantes onde as pessoas podem comprar variadas refeições desde hambúrgueres, cachorros, saladas, entre outras. Temos também uma pizzaria com pizzas, lasanhas e massas. Para além disso temos um quiosque perto da zona das crianças com vários menús. Recentemente foram distinguidos com o estatuto de PME Excelência 2015. Este é o reconhecimento merecido do vosso trabalho? Sim, é o reconhecimento bem merecido destes 30 anos de trabalho. Por onde passa o futuro do Slide & Splash? Existe um plano a longo prazo de aumento do parque com mais atividades. Temos sempre em conta a melhoria da qualidade dos nossos serviços e a atualização dos divertimentos. Essencialmente pretendemos oferecer todos os anos novidades aos nossos clientes. Que mensagem deixaria a alguém que ainda não conhece o vosso parque aquático? Venham conhecer o parque porque é realmente fantástico. Aqui podem divertir-se em segurança e em família. Seguramente será um dia inesquecível.

O quê que vos diferencia dos outros parques aquáticos? Nós somos o verdadeiro parque aquático. Temos atracções para as mais variadas idades. Temos escorregas direccionados aos mais jovens, aos adeptos da adrenalina, uma área renovada a pensar nos mais pequenos denominada por “Tropical Paradise”, em que os adultos podem escorregar com as crianças e temos a piscina de natação ou o jacuzzi para quem não gosta de escorregas. Temos uma empresa externa de massagens e fish spa. Aqui qualquer pessoa pode desfrutar de um dia bem passado. O parque dispõe também de um serviço fotográfico que permite registar os momentos mais atrativos. E no que diz respeito aos espetáculos? Temos uma empresa externa responsável pelos espetáculos de falcoaria que se traduz num emocionante espetáculo de aves de rapina em que falcões e águias se lançam num voo livre, o espetáculo de papagaios e araras, que é um espetáculo muito colorido e cheio de vivacidade marcado pelas acrobacias aéreas dos papagaios e araras e o espetáculo de répteis, uma oportunidade única para conhecer as várias espécies de répteis. As pessoas podem participar gratuitamente e aderem muito a este tipo de iniciativas porque é uma forma de descansar e de relaxar enquanto vêem os espetáculos. Vão ter um novo escorrega… Sim mas ainda não temos data de abertura. É um escorrega diferente, com muita adrenalina. É único em Portugal porque é familiar. Tem uma bóia para quatro pessoas, onde deslizam por um tubo a 17 metros de altura. Acredito que vá ser um sucesso.

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“A MAIOR CONQUISTA DA REGIÃO ESTÁ ASSOCIADA À QUALIDADE DO VINHO PRODUZIDO” Com uma região vitivinícola demarcada, de clima típicamente mediterrâneo, o Algarve tem-se destacado internacionalmente pela sua qualidade e variedade de vinhos. Em conversa com a revista Portugal em Destaque, Carlos Gracias, presidente da Comissão Vitivinícola do Algarve, dá-nos a conhecer um pouco mais este sector, a sua versatilidade e capacidade de adaptação.

CVA

CARLOS GRACIAS Licenciado em engenharia hortofrutícola, Carlos Gracias foi técnico da Confederação dos Agricultores de Portugal no Algarve entre 1994 e 2007. Mais tarde, com o encerramento da delegação da CAP na região, colaborou com a Adega Cooperativa de Lagoa como projetista e em 2010 foi convidado para integrar os quadros da então “Comissão Vitivinícola Regional do Algarve”, tendo sido eleito Presidente da Comissão Vitivinícola do Algarve, após a revisão dos estatutos, em cumprimento do Dec. Lei nº 212/2004. A Comissão surge em 1991, mas só em 1994 inicia a sua atividade. Algumas entidades depararam-se com um setor em declínio e em fase de abandono e era necessário a implantação de uma nova dinâmica, de forma a rejuvenescer as estruturas vitivinícolas da região. “O que predominava no Algarve eram as quatro cooperativas, nomeadamente a Adega Cooperativa de Lagoa, que é das mais antigas do país, a de Portimão, Lagos e Tavira. Podemos dizer que a produção vitivinícola regional assentava no sector cooperativo. O vinho de Lagoa era o mais reconhecido e com o impacto da construção, do urbanismo e do turismo nas décadas de 80/90, deu-se um abandono dos campos e uma ocupação do espaço arbóreo e das vinhas. Deu-se então um declínio do sector vitivinícola. Fechou a adega de Tavira, posteriormente a de Portimão e a de Lagos e só a “Única, CRL” ex. Adega Cooperativa de Lagoa é que se manteve até aos dias de hoje.” A CVA começou por certificar os 34 | PORTUGAL EM DESTAQUE

vinhos DOC/VQPRD e assume a partir da campanha de 2001, as funções de controlo e certificação dos vinhos com IG Algarve (Indicação Geográfica). Na década de 2000 foram elaborados a maioria dos projectos através do Programa VITIS, onde se restruturaram cerca de 500 hectares de vinha que actualmente são as que estão a “alimentar” a região. “Em 2010, com a entrada da atual direção, operou-se uma restruturação quer da parte institucional quer um reforço na parte promocional e assim duplicamos o número de adegas. Neste momento temos cerca de 30 produtores e temos vindo a aumentar o nível de vinho certificado. A maior conquista da região está associada à qualidade do vinho produzido e a prova disso é que nos últimos quatro anos temos arrecadado anualmente cerca de 50 medalhas.” Quando questionado sobre as expetativas da região relativamente à produção do próximo ano, o entrevistado admite que estão reúnidas as condições necessárias, prevendo-se assim bons vinhos para provar em 2017. “As expetativas são boas e o clima tem contribuído para a sustentabilidade das vinhas. Tivemos um inverno ameno e estamos com um bom desenvolvimento vegetativo. Para além disso notamos que a vinha esteve pouco susceptível a pragas e doenças e por isso tudo aponta para que seja um bom ano.” Como forma de concluir, o presidente da CVA acrescentou ainda que “estamos muito perto dos consumidores, o nosso mercado é a região. Esta atividade contribui para o aumento da oferta turística do Algarve, promovendo a região como destino de produção de vinhos.” Carlos Gracias mostra-se expectante e admite que o futuro avizinha-se promissor. “Temos uma forte apetência para a viticultura e por isso vamos continuar a apostar na qualidade dos nossos vinhos”, remata.



O FRESCO SABOR DO ESFORÇO A Francisconde é a história de uma empresa familiar que, a pouco e pouco, se tornou numa incontornável referência na importação e comércio de caracóis. Em entrevista à Portugal em Destaque, Francisco Caetano conta-nos todos os passos por detrás do projeto que, juntamente com a esposa Maria Pureza, assumiu em 1991.

CASA DOS CARACOIS

“O negócio surgiu há mais de trinta anos”, introduz Francisco Caetano, sócio-gerente do grupo Francisconde. Nessa altura, o nosso interlocutor era proprietário de um café na Quinta do Conde (Setúbal) onde, entre outras iguarias, “vendia caracóis em pequena quantidade”. O sucesso desta iniciativa acabou, entretanto, por ditar os próximos passos do empresário. A certa altura, “fechei o café e dediquei-me só à venda de caracóis porque era um negócio melhor” ou, por outras palavras, uma aposta ganha que não parou de crescer. Foi assim que nasceu, em 1991, a Francisconde – Importação e Exportação de Caracóis, Lda. “Começámos a comprar caracóis em Setúbal, depois no Algarve. Começámos a comprar onde havia”, recorda. Mas a escassez que se fazia sentir em Portugal relativamente a este produto fez com que o nosso interlocutor decidisse apostar, durante 12 anos, na importação de caracol espanhol. No entanto, e à medida que o projeto ia crescendo, tornava-se cada vez mais urgente “eliminar todos os intermediários”, o que acabou por acontecer em 2000, momento em que a empresa de Francisco Caetano se instala também em Marrocos, enquanto Francisconde Maroc. Foi a partir desta etapa que a “importação em grande escala” se tornou uma realidade habitual, sendo que, atualmente, “importamos praticamente um camião diário”, o que equivale a cerca de “20 mil quilos de caracóis por dia”, esclarece o empresário. A grande fatia do seu mercado é nacional (dividindo-se entre agentes de revenda e consumidores finais), embora haja também espaço para alguma exportação em países como Itália ou Espanha. Um grupo em franco crescimento Se quando teve a coragem de iniciar este projeto, num ramo de atividade que lhe era completamente novo, a Francisconde se tratava de uma pequena empresa de cariz familiar, hoje este nome é sinónimo de um grupo de empresas e estabelecimentos marcados pela excelência do seu produto, estando todos eles envolvidos na importação, confeção e comercialização de caracóis. Afinal, à empresa-mãe veio acrescentar-se a já mencionada Francisconde Maroc (garantindo a compra direta do produto e um maior controlo de qualidade), mas também a Francisconde Transportes (que se dedica ao transporte e à exportação de caracóis) e a Francisconde II (focada na revenda deste produto a retalho e no desenvolvimento da componente comercial do grupo). Mas a acompanhar o surgimento de todas estas empresas, esteve o aparecimento de múltiplos estabelecimentos comerciais associados à marca “Casa dos Caracóis”. Assim sendo, se em 1998 36 | PORTUGAL EM DESTAQUE

FRANCISCO CAETANO se abriu a primeira loja da Francisconde, volvidos 18 anos são já sete os estabelecimentos dedicados à venda desta iguaria, espalhados por Amora, Barreiro, Campolide, Montijo, Quinta do Conde, Setúbal e Torre da Marinha. Mas a todas estas lojas, acrescentam-se ainda dois espaços de restauração: o Bar Caracol Montijo e a Casa dos Caracóis, em Brejos de Azeitão. Sem esquecer a box no Marle, no pavilhão 1. Política de qualidade Indissociável do sucesso de qualquer grupo empresarial estão características como o rigor, o cuidado no acondicionamento do produto, ou a política de qualidade. Claro está que, neste âmbito, a Francisconde não é exceção. “Quando o caracol é apanhado em Marrocos, ele é cuidadosamente crivado e selecionado”, explica o responsável. A estes cuidados acrescentam-se outros, como o rigor no transporte e acondicionamento, feito à temperatura correta, em câmaras frigoríficas. Entretanto, “o caracol que não vai para revenda, mas que fica para as nossas lojas, é preparado por nós”, prossegue Francisco Caetano. E é precisamente nas técnicas desta mesma preparação que, de acordo com o nosso entrevistado, reside um dos segredos mais bem guardados da Francisconde e que justifica “o sucesso que temos tido”, nomeadamente em lojas como a de Campolide. Consoante a estação do ano, são feitas preparações secas ou frescas que apostam na autenticidade de um sabor único, que se partilha apenas pelas diferentes casas do grupo. E o que deve acompanhar um prato de caracóis? A cerveja é uma opção, mas existem outras. “Temos uma sangria especial, que é caseira e que também tem uma saída muito grande”, garante Francisco Caetano. Está por isso feito o convite, até porque as lojas já estão abertas e assim continuarão até finais de setembro.


Um estatuto de líder Atualmente com 25 anos de existência no mercado, a Francisconde é hoje sinónimo inegável de liderança, excelência, arrojo e audácia num setor com características bastante próprias. Não admira, neste contexto, que a empresa tenha vindo a receber, ao longo dos últimos anos, quer o estatuto de PME Líder, quer o de PME Excelência. Um mérito que Francisco Caetano vê com bons olhos e como reflexo quer da sua visão, quer do esforço de todos os colaboradores. “Temos investido muito todos os anos e, ao fazêlo, criamos emprego”, sintetiza o porta-voz, antes de acrescentar que, no pico de época, costuma ter “mais de 100 colaboradores” propagados pelas diversas lojas e restaurantes. Rumo ao futuro Atendendo aos resultados até agora gerados pela atitude e visão inovadora da Francisconde, não admira que o sócio-gerente reserve “boas perspetivas” para o futuro. “Todos os anos investimos em lojas”, explica Francisco Caetano, salientando que será expectável o surgimento de novos estabelecimentos dedicados à venda ou consumo de caracóis. Neste momento já está, efetivamente, a ser ultimada uma loja no Pinhal Novo, que deverá abrir em junho. Mas descartada não está a hipótese de surgir um eventual espaço noutra região do país, como o Algarve. Já para o próximo ano, existe um projeto de ampliação do restaurante Casa dos Caracóis, em Brejos de Azeitão. Mais concretamente, está em vista a integração de um serviço de self-service. Mas o empresário não esconde também a ambição de vir a adquirir um novo armazém, por forma a tirar ainda melhor partido da atual capacidade (cerca de três toneladas por hora) de captura, armazenamento e escoamento de caracóis. Caso para dizer, por isso, que o futuro da Francisconde continuará a ter um sabor bem fresco.

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MARCO DE CANAVESES E AMARANTE Integrados no distrito do Porto e na sub-região do Tâmega, Amarante (cerca de 301km2 de área e 56 mil habitantes) e Marco de Canaveses (aproximadamente 201km2 de extensão e 53 mil habitantes) são dois municípios que fazem fronteira, com o centro de ambas as cidades a distar 18 km entre si. Atendendo a esta proximidade, não admira que tanto em Amarante como no Marco de Canaveses persistam algumas similitudes, quer turísticas, quer económicas. Basta recordar que ambos os municípios assumem uma histórica vocação para a atividade agrícola, pese embora Marco de Canaveses encontre, atualmente, na área da exploração e tratamento de granito ou na metalomecânica alguma da sua ênfase económica. Amarante, por seu turno, concilia a produção de vinhos verdes com a construção civil ou a transformação de madeiras. No que respeita ao apelo turístico, estes são dois concelhos que se complementam. Afinal, Amarante oferece o abrigo religioso, através de marcos como o museu de arte sacra ou o convento e as igrejas de S. Gonçalo, S. Pedro e S. Domingos. Por seu turno, Marco de Canaveses beneficia do potencial para os desportos de vertente náutica, sendo atividades como a pesca ou a navegação fluvial algumas das mais recorrentes. Para quem, no entanto, aprecia a natureza, Amarante e Marco de Canaveses não se importam de partilhar o melhor que a região tem para oferecer. Assim sendo, ambos os municípios podem orgulhar-se das esplendorosas Serras do Marão e da Aboboreira, bem como da tranquilidade e beleza paisagística que só estes lugares oferecem. Casa para dizer que há muito para vislumbrar e sonhar nessa ‘Princesa do Tâmega’ e nesse lugar ‘entre o Douro e o Tâmega, onde começa o Marão’.

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UM MUNICÍPIO EM MOVIMENTO Foi eleito a 9 de outubro de 2005, mas só no dia 28 desse mesmo mês e ano tomou posse como presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses. Manuel Moreira cumpre assim o seu terceiro e último mandato e em entrevista à Revista Portugal em Destaque, mostra-se satisfeito com o trabalho desenvolvido nestes dez anos como líder do executivo municipal da sua terra natal e apresenta-nos este território caracterizado pelo forte património natural, arquitetónico e cultural. MUNICÍPIO DE MARCO DE CANAVESES

MANUEL MOREIRA Ao serviço do seu povo Com 54 mil habitantes e 202 km2 de área territorial, Marco de Canaveses é um concelho de história e tradição. “Temos um território muito bonito em termos paisagísticos, com áreas deslumbrantes e com dois rios internacionais, o rio Tâmega e o rio Douro. Temos igualmente um património edificado da Rota do Românico muito interessante com dez monumentos, temos a cidade romana de Tongobriga com quase dois mil anos de história. Da era contemporânea destaque para a igreja de Santa Maria, na cidade do Marco de Canaveses, da autoria de Siza Vieira”, começa por nos contar Manuel Moreira. No município existe também a única Es-

cola Profissional de Arqueologia de Portugal, onde se formam um conjunto de técnicos nessa área e que fazem a sua formação em termos de contexto de trabalho pondo a descoberto a cidade românica de Tongobriga. Mas, no seu entender, também o tecido empresarial e os recursos endógenos do concelho merecem destaque, pelo desenvolvimento constante nos últimos anos. “Somos uma terra caracterizada por um tecido empresarial muito direcionado para o comércio de automóveis; a extração, transformação e comercialização de granito no baixo concelho, a partir da vila de Alpendorada, para a construção civil e obras públicas; a indústria têxtil, que apesar de já ter sido mais forte, hoje em dia continua a ter uma importante presença no concelho e também, os vinhos que estão a ganhar cada vez mais força dentro daquilo que é a região dos vinhos verdes, com a nossa rota dos vinhos do Marco que, nos últimos anos, têm sido bastante premiados a nível nacional e internacional. Dar conta também que da nossa parte temos procurado valorizar e promover os recursos endógenos, culturais e turísticos da nossa terra”, frisa. Objetivos cumpridos e vontade de fazer mais e melhor A resposta é perentória quando a questão são os objetivos para Marco de Canaveses. “Desde que comecei a exercer as minhas funções como presidente de Câmara Municipal, o nosso principal objetivo é fazer do Marco de Canaveses, no tempo de uma geração, um dos melhores municípios da Região e de Portugal. É este desígnio que deve continuar a motivar todos os marcoenses, as suas empresas e as suas associações culturais, sociais, desportivas e recreativas, a concretizar este objetivo. Valorizamos as nossas escolas, demos nova utilidade a vários edifícios, construímos o Parque Fluvial do Tâme-

ga, as Piscinas Municipais em Alpendorada, o Museu da Pedra, Espaço Arte do Museu Municipal, requalificamos o centro urbano da cidade, pavimentámos e recuperámos muitas estradas, abrimos a Loja Interativa de Turismo e apoiámos as nossas associações. Queremos destacar tudo o que o Marco de Canaveses tem de bom para superar as nossas insuficiências e, então, criarmos com os cidadãos, novas instituições e lançámos vários projetos como a Bienal da Pedra, em 2008,e que terá em Outubro próximo a sua quinta edição, o Festival do Anho Assado e Feira das Colectividades, o Prémio Carmen Miranda, Fins-de-semana Gastronómicos, Feira do Livro – Marco de Letras e muito mais”. Apesar das dificuldades financeiras com que se deparou aquando da sua tomada de posse, assume que hoje a Câmara Municipal do Marco de Canaveses é uma instituição “respeitada e credível, com as contas em ordem e pagamos aos nossos fornecedores em média a cinco dias. Temos um princípio vital, só fazemos aquilo que podemos pagar, pois não queremos endividarmo-nos mais. Ideias e projetos não nos faltam, os meios é que são escassos”. Porém, ressalva a qualidade da formação, com três escolas profissionais no concelho, o apoio aos mais idosos, nomeadamente na ação social, uma agenda cultural ativa e dinâmica e destaca ainda o turismo de habitação e rural de qualidade que existe no concelho. “Privilegio o contacto com as pessoas como fator de valorização. Não estou a ocupar um lugar, mas sim a desempenhar uma missão. Gostaria que a Câmara Municipal tivesse mais para dar, mas eu estou aqui com os meus pares, com muito gosto, a fazer o que é possível para deixar o Marco de Canaveses diferente, para melhor. O Marco de Canaveses somos todos nós e queremos sempre mais e melhor”, finaliza.

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PRODUTO DE EXCELÊNCIA E DIFERENCIADOR Sediada em Amarante, a Mognolixa é uma fábrica de urnas que aposta na madeira de boa qualidade como é a madeira maciça, e aposta também na boa relação qualidade/preço. Esta empresa de sucesso também marca presença em feiras nacionais e internacionais.

MOGNOLIXA

Desde os 13 anos de idade que Manuel Marinho, gerente da Mognolixa, está ligado ao fabrico de urnas. Iniciou a atividade como empregado fabril e, mais tarde, passou para a parte comercial da empresa que trabalhava. Em 1994 decide criar a Mognolixa que é, atualmente, PME Líder e já conta com certificação na área. “A certificação é mérito do nosso trabalho, da nossa evolução enquanto empresa ligada à indústria das urnas”, refere Manuel Marinho. Com uma área de produção de 4000 m², a Mognolixa fabrica na sua grande maioria, urnas em madeira maciça o que reforça a sua aposta na boa relação qualidade/preço mas também no design, enquadrada nas exigências do mercado. Todo o processo de execução da urna – desde a escolha da madeira, tratamento e até à escolha do próprio tecido – é trabalhado nas instalações da Mognolixa que, em média, produz 600 urnas mensais e conta com 26 funcionários. O gerente da Mognolixa participa em feiras internacionais e nacionais, como é o caso, da Expofunerária, para dar a conhecer o trabalho da empresa, estando em contacto com potenciais clientes. Quando questionado sobre a escolha desta atividade, Manuel Marinho salienta que, é com base na sua longa experiência profissional que a Mognolixa produz e comercializa produtos de excelente qualidade e utiliza a expressão “não se pode fazer um pão sem saber como a massa é mexida” para reforçar que, a base do sucesso está no saber fazer, no saber como o produto é construído em todas as suas fases. Manuel Marinho frisa que o sucesso da empresa também se deve ao cumprimento de todas as normas em vigor, salientando importância da regulamentação no setor. “Há dificuldades como noutros setores, mas temos de as ultrapassar ao inovar na oferta aos MANUEL MARINHO

Rua do Monte, nº 78, Fracção M 4600-661 Lomba-Amarante Tel. 255 098 085

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www.mognolixa.pt


nossos clientes”, explica o nosso entrevistado. O filho de Manuel Marinho também já está na empresa e, no seu início de atividade, foi alertado pelo pai para aprender todos os passos inerentes à produção da própria urna e os seus pontos estratégicos, uma vez que isso é muito importante para executar um produto de excelência e diferenciador. Apesar da Mognolixa contar com uma equipa de comerciais a fim de procurar novos clientes, a empresa também é contactada por muitas agências funerárias nacionais. Consolidada no mercado nacional pela sua diferenciação no design, a empresa exporta para o mercado europeu no qual tem aumentado a sua cota de vendas, nomeadamente, em Espanha. A Mognolixa, empresa prestigiada no setor, fabrica todo o tipo de urnas que, para além da urna standard, também aposta na personalização da mesma, de acordo com as exigências dos seus clientes. Quanto ao futuro, Manuel Marinho realça que a Mognolixa está interessada em explorar novos mercados do setor, bem como, novos acabamentos de forma a continuar a aposta na inovação e a manter a relação qualidade/preço que é uma grande mais-valia para a empresa e seus clientes. Numa mensagem final, Manuel Marinho começa por agradecer a confiança que os seus clientes depositam na empresa afirmando que “os nossos clientes podem continuar a contar com os nossos serviços de excelência, primando sempre pela boa relação qualidade/preço”. PORTUGAL EM DESTAQUE | 41


A ECONOMIA DE UMA CONDUÇÃO SEGURA Encontrar profissionais devidamente especializados e integrar serviços que garantam a segurança automóvel continuam a ser duas das grandes lutas com que a indústria dos pneus se debate. Junto de Pedro Carneiro fomos conhecer melhor o seu projeto e toda a dinâmica que o setor envolve. PNEUS DO QUEIMADO

PEDRO CARNEIRO “A empresa Pneus do Queimado nasceu há cerca de 33 anos, pelas mãos do meu pai. Atualmente, sendo provavelmente a casa mais antiga de Amarante, procuro dar continuidade a todo o trabalho que tive oportunidade de aprender junto do meu pai”, começa por introduzir. Pedro Carneiro, embora aponte diferentes adversidades ao setor, não esconde que a base do seu sucesso se encontra na qualificação dos seus recursos humanos. Neste momento a empregar 12 pessoas sublinha que “nada é mais importante neste trabalho que a experiência dos anos”. Presença profissional Compreender as necessidades e expectativas dos clientes torna-se essencial para efetuar a gestão eficiente que todo o setor deveria perpetuar. Integrando serviços especializados como a montagem de pneus, alinhamento de direções, e mecânica, a Pneus do Queimado tem vindo a ampliar a qualidade, sem nunca colocar de parte a sua minúcia e polivalência: “Os clientes quando

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vêm a esta casa sentem-se seguros porque reconhecem o bom trabalho aqui produzido”. Nos últimos anos, os portugueses perderam grande parte do seu poder de compra, optando pela aquisição de pneus usados. Pedro Carneiro, observando este fenómeno, não poderia deixar de alertar para as falhas desta circulação: “No final de contas, estamos a falar da vida das pessoas. Se a pessoa tiver bons pneus e bons travões andará sempre segura na estrada”, revela. Quando verificamos esta grande lacuna facilmente constatamos que o problema não fica por aqui, levando-nos a olhar para um mercado fora de fronteiras: “A Alemanha substitui mais pneus que a Europa toda. Aqui as exigências são outras e as pessoas acabam por, muitas das vezes, andar com os mesmos pneus mais de dez anos”. Nunca podendo descurar as características essenciais para que o pneu circule com a máxima prevenção, o empresário acrescenta ainda: “muita da sinistralidade rodoviária que acontece no nosso país está relacionada com a idade dos pneus, e muito pouca gente se apercebe disto”. O crescimento visível deste mercado leva-o a ponderar toda a sustentabilidade do seu negócio. Apesar de verificar que os jovens estão cada vez mais atentos e sabem avaliar melhor a singularidade deste serviço, o empresário não deixa de constatar que em idades mais avançadas é mais difícil mudar mentalidades e dar uma nova perspetiva sobre as mais valias de toda esta complementaridade. A espera por mudanças otimistas dentro do setor faz com que a oficina continue a primar pela qualidade e sua capacidade de resposta - características essenciais que cativam o desenvolvimento gradual de toda a equipa.


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AVEIRO O distrito de Aveiro reúne atraentes polos urbanos, paisagens únicas e recursos naturais, combinados com uma oferta de turismo balnear, turismo de natureza e termalismo. Dos concelhos que o compõem, nesta edição destacamos Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga, onde sobressaem costumes, tradições, património arquitetónico e a gastronomia. O concelho de Albergaria-a-Velha foi sempre conhecido pelos seus inúmeros moinhos de água, que ligaram o concelho à produção de pão durante séculos, sendo que a tradição ainda hoje, se encontra presente entre a população albergariense, cuja tradição gastronómica é reconhecidamente rica e variada. A criação da Rota dos Moinhos pretendeu ajudar a reavivar a tradição do concelho e reabilitar um produto turístico e cultural com grande potencial. A excecional posição geoestratégica de Albergaria-a-Velha na região e no país e os excelentes acessos que dispõe tem permitido a sua afirmação como um importante polo industrial. Numa visita ao concelho de Albergaria-a-Velha, deixe-se levar pelo seu encanto natural e património arquitetónico, conheça a sua dinâmica cultural e delicie-se com a gastronomia. O concelho de Sever do Vouga localiza-se nas margens do rio Vouga, assumindo-se como o ponto de passagem na ligação ao resto da Europa através da A25. Um local marcado por uma grande beleza natural, que quer afirmar-se como um destino turístico, pretendendo ser um concelho desenvolvido ao nível da pequena indústria e coesão social. O seu património arquitetónico é muito rico e variado, destacando-se a gravura em pedra conhecida por Fornos dos Mouros, as capelas de S. Macário, de S. Brás e S. Tiago e a Igreja Matriz de N. Sra. Da Assunção, a anta da Cerqueira e a via romana. Sever do Vouga é também conhecido pelos seus eventos e actividades desportivas, tais como provas de todo-o-terreno, BTT e canoagem. Recentemente, o Mirtilo tem chamado a atenção para a excelência e potencialidade do concelho. Não deixe de visitar os diversos miradouros, a Praia Fluvial da Quinta do Barco ou a Cascata da Cabreia.

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AFIRMAÇÃO E VALORIZAÇÃO Albergaria-a-Velha assume-se como uma cidade jovem, dinâmica, capaz de atrair investimentos e pessoas. A liderar os destinos do Município, pelo primeiro mandato, está António Loureiro, um homem de causas e convicções, cujo desiderato passa por contribuir de forma decisiva para a melhoria da qualidade de vida da população albergariense, bem como para o desenvolvimento e dinamização do concelho de Albergaria-a-Velha.

MUNICÍPIO DE ALBERGARIA

ANTÓNIO LOUREIRO 46 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Para conhecer as inúmeras potencialidades que Albergaria-a-Velha tem para oferecer a quem a visita, a Revista Portugal em Destaque foi ao encontro de António Loureiro, presidente da Câmara Municipal, que em entrevista apontou uma panóplia de razões para visitar esta bela e jovem cidade, mas também o concelho, todo ele mosqueado com singularidades inolvidáveis. Albergaria-a-Velha assume-se, desde logo, como uma referência na Região Centro, em termos de oferta cultural, quer no Cineteatro Alba, como na própria Biblioteca Municipal. António Loureiro é categórico ao afirmar que a cidade tem uma das bibliotecas, que a nível nacional, maior dinâmica apresenta, tanto em número de utentes, como nas atividades promovidas. “A dinâmica neste espaço vai desde a apresentação de autores de livros nacionais ou locais até exposições de fotografia, escultura e pintura. É um espaço de excelência, que para além de uma vasta oferta de livros, respira cultura”, salienta o autarca. A criação da Rota dos Moinhos de Albergaria-a-Velha assumiu o desiderato de reavivar a identidade da terra através de um produto turístico e cultural que alia a preservação e valorização deste património. “É uma oferta para residentes e visitantes, permitindo-lhes assim conhecer melhor este concelho, a sua história e as suas gentes”, avança o autarca, recordando que, no primeiro ano de mandato, foi inaugurado o Parque dos Moinhos, na Ribeira de Fráguas, complementado com a criação de dois percursos pedestres homologados pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal: o Trilho do Linho e o Trilho dos 3 Rios, que oferecem uma experiência inesquecível a quem os visita. À volta desta dinâmica ligada à identidade cultural do concelho, foi criado o Festival Pão de Portugal, um evento incontornável que projeta Albergaria-a-Velha no contexto nacional e que tem granjeado cada vez mais visitantes. O presidente da Câmara deu nota ainda que a farinha produzida por estes moinhos está em processo de certificação. Criando uma simbiose perfeita entre o turismo de natureza e a história, o Município recuperou o polo museológico ao ar livre das Mamoas do Taco. António Loureiro sublinha ainda a publicação anual da revista “Albergue – História e Património do Concelho de Albergaria-a-Velha”, que promove a investigação, valorização e divulgação do património concelhio. Incontornável é também a Pateira de Frossos, um espaço fantástico e ideal para a prática do birdwatching, com elevado potencial para atrair turistas, nacionais e estrangeiros. O Parque de Lazer em Vale Maior e o Centro de Atividades Radicais e Ambientais, em Vilarinho de S. Roque, são outros espaços de visita obrigatória. António Loureiro não quis deixar de evidenciar a gastronomia do concelho e a criação da Confraria Gastronómica de Albergaria-a-Velha, que pretende divulgar pratos típicos entre os quais, o leitão de Angeja, as enguias de Frossos, os rojões, o cabrito ou os turcos. Dinâmica autárquica Volvidos dois anos e meio da sua eleição como presidente da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, António Loureiro traça um balanço positivo do trabalho desenvolvido, enumerando um conjunto de ações concertadas que têm permitido diferenciar o concelho no contexto nacional. O autarca salienta o apoio ao comércio local, com a criação do Cartão Municipal do Voluntariado. “É um cartão que permite descontos entre os 15 e os 25 por cento na aquisição de serviços e produtos nos equipamentos municipais, mas também em mais de 222 estabelecimentos comerciais na área do Município”, desvenda o edil, fazendo alusão ao Lugar das Cores. Como forma de incentivar a atividade comercial no concelho, por cada cinco euros de


compras no comércio local ganha-se uma entrada gratuita neste parque temático natalício que, pela oferta cultural e atividades desenvolvidas, tem cativado a atenção de ‘miúdos e graúdos’, tendo a última edição registado um total de 6.000 pessoas. Paralelamente, foi lançado o “Albergaria em Flor – Unidos Criamos Valor”, um projeto comunitário que pretende envolver a população no embelezamento do centro urbano da cidade, estreitando laços de boa vizinhança. Outra das grandes conquistas apontadas por António Loureiro foi a aprovação do Plano Diretor Municipal que permitiu um aumento do solo industrial na Zona Industrial de Albergaria-a-Velha em 52 por cento. “Com o aumento da oferta dos terrenos na Zona Industrial, diminuímos o preço do metro quadrado, sendo mais fácil captar as empresas”, refere o autarca, acrescentando que Albergaria tem uma zona industrial de referência a nível nacional, assumindo-se como um dos concelhos do país com maior volume de exportações. Simultaneamente, o Município de Albergaria diminuiu os impostos, designadamente o IMI para a taxa mínima e a derrama, passando a ser o quarto município da Região de Aveiro mais amigo do contribuinte.

seu manifesto eleitoral, mas há uma que o autarca destaca e que ver concluída neste mandato, o Mercado Municipal. “A intervenção proposta soluciona problemas de acessibilidades e moderniza o espaço de forma a atrair novos clientes para o mercado de frescos, criando ao mesmo tempo uma nova centralidade”. No âmbito do Portugal 2020, António Loureiro assume como desideratos a recuperação da Escola da Avenida e a requalificação do Complexo de Piscinas de Albergaria-a-Velha.

Reabilitação Urbana A Câmara Municipal criou duas Áreas de Reabilitação Urbana (ARU), uma no centro da cidade, a outra na Vila de Angeja, onde se pretende efetuar obras de regeneração nos espaços públicos. A ARU de Albergaria-a-Velha identifica um conjunto de imóveis de interesse patrimonial e define seis unidades de intervenção, que correspondem aos “principais espaços de vivência urbana” da cidade. O objetivo da ARU de Albergaria-a-Velha, tal como em Angeja, é criar condições de atração e fixação de população no centro, mas também de atividades de comércio e serviços. Neste contexto, a autarquia tem projetado a abertura de uma nova avenida. “Essa via vai permitir uma nova centralidade na cidade, estando programados 130 lugares de estacionamento e novas frentes de construção”, revela o edil. Estratégias concertadas O Município de Albergaria-a-Velha definiu um regulamento de incentivos financeiros com o objetivo de atrair ideias de negócio e pequenas empresas recém-criadas, de forma a desenvolver a economia local. Na esfera da saúde, o Município preconizou obras de melhoramento nas extensões de saúde de Valmaior, Angeja e Alquerubim, assumindo a qualidade de vida dos seus cidadãos como algo incontornável, mesmo não sendo esta uma competência direta da autarquia. No plano da ação social, António Loureiro evidenciou as obras no Bairro das Lameirinhas e o apoio a cerca de 50 famílias com subsídio de arrendamento. “O Município continua a fomentar o arrendamento urbano para famílias carenciadas ou indivíduos com fragilidade socioeconómica”. Vocacionadas para pessoas com deficiência ou com incapacidade e problemas sensoriais ou neurológicos, a autarquia abriu ao público, sem custos para os utentes, uma sala Snoezelen e uma sala de Integração Sensorial. Em entrevista à Revista Portugal em Destaque, António Loureiro salientou ainda as obras de melhoramento no parque escolar do concelho, o aumento do apoio financeiro aos agrupamentos escolares, o aumento e reforço às necessidades educativas especiais, bem como o aumento do número de bolsas escolares atribuídas. Objetivos e projetos António Loureiro não consagrou muitas obras em cimento no PORTUGAL EM DESTAQUE | 47


UM ESPAÇO COM ALMA E CORAÇÃO A Quinta do Caima é um espaço rural, lúdico e pedagógico, destinado a crianças, dando-lhes a possibilidade de uma experiência de vida ao livre, do contacto com o ambiente campestre e com os animais. A beleza da envolvência da quinta, a tranquilidade e o ar puro são algumas das mais-valias apontadas por Daniela Oliveira, em entrevista à revista Portugal em Destaque.

QUINTA DO CAIMA

A Quinta do Caima assume-se como um espaço de eleição para as crianças, proporcionando-lhes experiências divertidas aliadas ao conhecimento das vivências em espaço rural e campestre. Este é um projeto de Luís Capela Construções - a construir sonhos desde 1993 – mas que é liderado por Daniela Oliveira, uma educadora de infância que vive o seu trabalho com grande paixão e entrega. Em entrevista à revista Portugal em Destaque, Daniela Oliveira recorda que o espaço que hoje alberga a Quinta do Caima estava em ruínas, completamente votado ao abandono, mas a sua história secular e a envolvência única foram as razões para a sua aquisição por Luís Capela. “Decidimos abraçar o desafio, iniciámos o processo de reabilitação da quinta e rapidamente concluímos que este seria o espaço ideal para criar um projeto ligado turismo de natureza e às crianças”, revela a nossa entrevistada. Assim sendo, nasceu a quinta pedagógica há cerca de um ano, um projeto inovador nesta região, que teve uma aceitação muito positiva por parte da comunidade envolvente, prova disso é 48 | PORTUGAL EM DESTAQUE

que “tivemos a visita de escolas, famílias com crianças e acolhemos diversas festas de aniversário”, salienta. O mote da quinta pedagógica acaba por ser um dia fora da rotina onde aprender é divertido, pois esta assume como principais objetivos a promoção de atividades lúdico-pedagógicas, desenvolvendo princípios de respeito para com a natureza e permitindo às crianças o contacto com experiências diferentes, onde a aprendizagem e a diversão convivem lado a lado. Mas a essência da Quinta do Caima não se esgota por aqui, ou seja, a par das atividades desenvolvidas e do contacto com os animais, há toda uma envolvência inigualável, fazendo com que cada visita seja diferente, permitindo cativar as crianças a voltar uma e outra vez. “Além das visitas escolares, temos crianças que vêm passar um ou mais dias connosco, numa lógica de campo de férias, onde as crianças para além de um vasto conjunto de dinâmicas e atividades têm a oportunidade de tratar dos animais”, avança Daniela Oliveira, realçando que limpar as capoeiras, tratar e mimar os coelhos e porcos da índia, escovar os cavalos ou dar de comer ao esquilo terrestre são exemplos de pequenas tarefas e desafios que as crianças superam diariamente. “Nada é uma obrigação, criamos situações e as crianças são levadas a participar. Tudo é uma aventura e uma animação e a maior recompensa é que as crianças querem sempre voltar”, diz orgulhosa, recordando que “os pais quando vêm cá referem sempre que as crianças vão embora cansadas, mas no dia seguinte estão cheias de energia para voltar”. Como forma de combater a sazonalidade deste género de oferta, Daniela Oliveira e Luís Capela decidiram criar um espaço de apoio ao estudo, onde as crianças podem estar todos os dias desde as 14h às 19h, sendo o transporte garantido pela quinta pedagógica. “A nossa ideia passa também por criar ateliers e oficinas, com o intuito de desenvolver e estimular as aptidões e competências das crianças, envolvendo as famílias”. Este é um projeto emocional que Daniela Oliveira pretende continuar a dinamizar, com o intuito de disponibilizar uma oferta, cujos valores assentam na qualidade e segurança. “Vamos continuar a apostar neste conceito de quinta pedagógica, inovando e marcando a diferença”, conclui.


Um espaço de lazer e contemplação Na zona histórica da antiga Fábrica do Caima – primeira fábrica de papel em Portugal - está a nascer o Caima Resort - Pool & Bar, que pretende assumir-se como um novo espaço de referência em lazer, no concelho de Albergaria-a-Velha. O empreendimento contempla uma piscina e um bar de apoio e permite desfrutar da beleza envolvente, da paisagem ribeirinha e de uma tranquilidade incomparável. Quem visitar este novo espaço, pode ainda fazer um passeio à beira rio, desde a antiga fábrica até ao moinho de água, deleitando-se com toda a paisagem e conhecendo um pouco mais da riqueza histórica e natural desta zona de grande potencial. “O nosso objetivo passa também por criar uma praia fluvial, onde os pais possam desfrutar um dia em pleno, enquanto as crianças estão na quinta pedagógica”, ou desfrutar em família de todo este manancial de potencialidades. Daniela Oliveira refere ainda que a perspetiva é desenvolver este conceito, a par da criação de um picadeiro coberto na quinta pedagógica para futuramente poder oferecer mais atividades ligadas à equitação, uma vez que a oferta atual inclui apenas uma experiência de primeiro contacto com um cavalo. Venha conhecer Caima Resort - Pool & Bar e deixe-se encantar!

DANIELA OLIVEIRA

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A QUALIDADE AO MELHOR PREÇO O Intermarché é a primeira insígnia histórica do Grupo “Os Mosqueteiros” a atuar há mais de 40 anos por toda a Europa. Em Portugal há 25 anos, conseguiu consolidar a sua experiência no mercado, contando hoje com mais de 230 pontos de venda. A sua estrutura organizacional torna-o distinto, pois é o único grupo dirigido diretamente por empresários independentes. Aberto ao público desde 2009, o Intermarché de Albergaria-a-Velha é um verdadeiro exemplo de sucesso, que tem vindo a granjear a preferência dos clientes pela sua qualidade e oferta diversificada e diferenciadora. INTERMARCHÉ DE ALBERGARIA-A-VELHA

SEBASTIÉN SALARNIER E SUSANA SILVA 50 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Sebastién Salarnier e Susana Silva são um jovem casal que está ligado à insígnia do grupo Intermarché há vários anos, durante os quais passaram por vários escalões até chegarem a responsáveis de loja, granjeando por isso uma experiência e um knowhow, que os levou a lançarem-se no desafio de abrir a sua própria loja. “Foram-nos propostos vários projetos, mas a zona que mais nos agradou foi a de Albergaria-a-Velha e o facto de ser um projeto novo a ser construído à nossa imagem”, adiantou Sebastién Salarnier, sublinhando que, em 2009, abriu portas o Intermarché em Albergaria-a-Velha e, desde então, tem conseguido conquistar cada vez mais clientes. O compromisso assumido neste espaço é o de oferecer uma grande seleção de produtos para todas as ocasiões e a mais elevada qualidade e a frescura aos melhores preços. Para atingir este objetivo, este jovem casal está diariamente na loja, percebendo assim o que os clientes querem e desenvolvendo as estratégias de negócio que lhes permite ir ao encontro das necessidades e exigências de que procura esta superfície comercial. Quem visitar o Intermarché em Albergaria-a-Velha, certamente encontrará todos os motivos para voltar uma e outra vez, porque num só espaço pode encontrar um conjunto de valências que emanam qualidade, diversidade, compromisso, confiança, e tudo isto com preços bastante competitivos. Desde logo, a própria loja que cativa não só pelo serviço personalizado, próximo e atento, mas também pela própria harmonia e coesão na disposição dos produtos. E na loja, há concretamente um espaço que se destaca, o da garrafeira, um recanto envidraçado, recatado, onde o cliente se pode dar ao prazer de escolher um bom vinho. “O vinho é um produto que o cliente gosta de escolher, sem pressas, e em Albergaria-a-Velha temos grandes apreciadores e conhecedores de vinhos e até mesmo a restauração aposta em ter uma garrafeira diversificada e de qualidade. É um momento de prazer que o cliente se dá e o prazer, daí a aposta num espaço diferente, criando outro impacto, sempre a pensar no cliente”, descortina Sebastién Salarnier. A par da superfície comercial, do snack-bar e da papelaria/ta-


bacaria, este espaço disponibiliza também um posto de combustível, “um objetivo que o projeto inicial contemplava, no entanto as excessivas burocracias e o próprio Plano Diretor Municipal não o permitiam, para o atingir foi necessário um pedido de alteração ao mesmo, possibilitando assim a abertura desta valência”, revelou o empresário, acrescentando que desta forma o Intermarché Albergaria-a-Velha passou a oferecer mais um serviço diferenciador e com altos padrões de qualidade aos seus clientes. Sebastién Salarnier confessa que gosta de estar atento às inovações e novidades do mercado europeu, sempre com o intuito de poder oferecer o melhor aos seus clientes, por isso decidiu importar o conceito de lavandaria automática que prolifera nos grandes centros urbanos e implementá-lo na sua loja, até porque em Albergaria-a-Velha não existia nada do género. “A filosofia do Intermarché passa pela convivência saudável entre superfícies comerciais e os mercados tradicionais de cada localidade, por isso mesmo a lavandaria automática não foi implementada para concorrer com o comércio tradicional, mas sim para permitir aos clientes lavar peças de maior volume num curto espaço de tempo, de forma cómoda e eficaz”, salienta o jovem empreendedor, lembrando que esta constitui um complemento à oferta de qualidade que esta superfície apresenta em Albergaria-a-Velha. Marcas de confiança O Intermarché prima por apresentar produtos de grande qualidade aos melhores preços, por isso mesmo apresenta as suas marcas são sinónimo de qualidade e confiança, sempre ao melhor preço possível. Alguns dos produtos dessas marcas ganharam inclusivamente o prémio de melhor produto do ano em 2015. De acordo com Sebastién Salarnier, todas as marcas do grupo Intermarché são de referência e confiança, de forma a garantir a satisfação dos seus clientes.

Crescimento e consolidação Sebastién Salarnier mostra-se bastante satisfeito com o crescimento e desenvolvimento do seu negócio, salientando que foi muito bem recebido em Albergaria-a-Velha. “Eu e a minha esposa conhecemos e já vivemos em muitas localidades por força do nosso trabalho, mas aqui as pessoas foram muito acolhedoras. Em Albergaria-a-Velha, nota-se um ambiente muito familiar e genuíno, o que nos tem feito gostar cada vez mais de estar aqui e ter apostado neste projeto”, revela, destacando que, paulatinamente, têm conseguido esbater as rotinas que muitas pessoas tinham de fazer compras na cidade de Aveiro, conquistando-as com a qualidade, excelência e atendimento próximo e personalizado, bem como pela simpatia e afabilidade. Para o futuro, Sebastién Salarnier espera crescer de mão dadas com a cidade de Albergaria-a-Velha, por forma a fazer crescer e consolidar este projeto. “Espero que a cidade se desenvolva cada vez mais, que cative mais pessoas para se fixarem, para que juntos possamos crescer, assumindo sempre o compromisso de oferecer o melhor aos nossos clientes”, conclui.

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A ARTE DE CUIDAR COM AMOR E DEDICAÇÃO A Casa Geriátrica Nossa Senhora do Rosário de Fátima presta apoio à população sénior que necessita de cuidados pessoais e individualizados. Com uma filosofia assente no respeito, dignidade, bem-estar físico e emocional dos seus idosos, esta instituição assume padrões de excelência na prestação de cuidados, apostando numa equipa de trabalho qualificada e multidisciplinar. CASA GERIÁTRICA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE FÁTIMA

ALBERTO SERRANO, MARIA INÊS E ANTÓNIO GOMES

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A Casa Geriátrica é o culminar de um sonho de Maria Inês Martins, uma mulher carismática, que se dedica a servir e acompanhar os idosos há mais de duas décadas. Fruto de uma necessidade e de uma vocação, Maria Inês Martins começou a acompanhar os idosos em suas casas, porque na altura ainda não existia o conceito de apoio familiar e domiciliário, e os lares eram vistos como instituições muito estruturadas e rígidas. Assim, a atual proprietária da Casa Geriátrica começou a fazer o seu caminho de conhecimento e adquirir experiência e reconhecimento na região pelo trabalho desenvolvido. A dada altura, decidiu avançar para uma estrutura oficial, assumindo a prestação de cuidados de mais utentes, e na verdade o sucesso foi tanto que a procura ditou a criação do atual edifício, que corporiza toda a experiência, dedicação, amor e carinho que Maria Inês Martins oferece aos seus utentes. “O edifício foi criado de raiz, há cinco anos, a pensar na intervenção junto da pessoa com dependência, por isso uma grande parte dos nossos utentes tem algum grau de dependência, quer física, cognitiva ou de socialização”, explica o enfermeiro e diretor técnico António Gomes, salientando que, a partir da criação desta estrutura residencial, estabeleceu-se a figura da direção técnica e os serviços de medicina e enfermagem. A exercer funções de diretor técnico há um ano, António Gomes confessa que tem sido um verdadeiro desafio, porque foi necessário organizar processos e procedimentos, no entanto esta instituição privada hoje apresenta-se de uma forma mais organizada, “com um serviço de secretariado contínuo, bem como um serviço de animação sociocultural constante para os seus 15 utentes”, sublinha António Gomes. No universo de utentes da Casa Geriátrica, cada caso é um caso, por isso encontramos utentes cuja família está perfeitamente envolvida e outros que a família simplesmente não os visita, no entanto a instituição esforça-se na promoção do envolvimento das famílias no processo de institucionalização, de forma a garantir o bem-estar emocional dos seus idosos. De acordo com o diretor técnico, a promoção da saúde e bem-estar também se atinge através de uma alimentação equilibrada e adaptada às necessidades identificadas em cada idoso, por isso destacou a aposta da Casa Geriátrica na contratação dos serviços de uma nutricionista e de dois cozinheiros. “Esta aposta permitiu-nos dar um salto qualitativo. Apresentamos agora dietas otimizadas à pessoa sénior, tendo opções para pessoas com diabetes ou hipertensão, alterações de deglutição, entre outras. Pela alimentação conseguimos controlar situações sintomatológicas e reduzir a carga terapêutica de cada idoso”, realça. A Casa Geriátrica Nossa Senhora do Rosário de Fátima oferece a garantia da melhor prestação de cuidados à população sénior, providenciando um ambiente familiar onde os idosos podem desfrutar da sua vida e sentir-se em casa. “Para tal, temos apostado, cada vez mais, na qualificação dos nossos colaboradores e, hoje, temos uma equipa multidisciplinar, cujo desiderato passar por disponibilizar um serviço com altos padrões de qualidade e excelência, oferecendo todo o conforto e bem-estar que os nossos idosos tanto precisam e merecem”, ressalva o diretor técnico da instituição. Esta instituição esforça-se por criar e oferecer momentos felizes aos seus utentes, que vão desde passeios, festas de aniversário, atividades sócio culturais, entre outras iniciativas, que fazem a diferença na vida dos idosos. A Casa Geriátrica Nossa Senhora do Rosário de Fátima preocupa-se em manter a saúde dos seus utentes no melhor patamar possível, por isso possui um gabinete médico e de enfermagem para disponibilizar um apoio diário, um serviço de animação sociocultural que assegura uma estimulação cognitiva e de socialização, bem como um pequeno ginásio para a realização de atividades físicas mediante as capacidades de cada pessoa. Por


sua vez, os quartos estão equipados com toda a comodidade, possuindo cama articulada com proteção, mesa-de-cabeceira, armário e casa de banho privativa adaptada às pessoas com mobilidade reduzida, garantindo toda a sua segurança. Em termos de futuro, o objetivo assumido é duplicar a capacidade da estrutura residencial para dar resposta social a um maior número de idosos, mas também providenciar o serviço de apoio domiciliário, “numa lógica inovadora e mais centrada no utente, ou seja, disponibilizando cuidados de higiene, mas também serviços médicos e de enfermagem, bem como animação sociocultural, envolvendo os idosos nas atividades promovidas pela Casa Geriátrica”, desvenda António Gomes, em entrevista à revista Portugal em Destaque.

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UMA EXPERIÊNCIA INESQUECÍVEL… DEIXE-SE ENCANTAR! Em Paçô de Cedrim, no concelho de Sever do Vouga, fomos descobrir a Villa de Paçô, um empreendimento turístico em espaço rural, emoldurado por uma inigualável paisagem natural e uma privilegiada vista panorâmica sobre o vale do rio Vouga e as suas serras. Deixe-se deslumbrar por este cenário idílico que certamente lhe proporcionará uma experiência de sonho.

VILLA DE PAÇÔ

Carlos Silva e Kátia Silva são os mentores deste projeto que para além do conceito familiar, tem igualmente presente uma lógica de afetos, convívio e qualidade de vida. A ideia da Villa de Paçô começou a ser desenhada em 2012, assumindo o objetivo de se assumir como uma oferta turística diferente, com uma ambiência singular num cenário natural de cortar a respiração. O financiamento comunitário, no âmbito do Proder, permitiu a concretização deste da Villa de Paçô, que abriu portas em 2014, uma unidade que se assume como uma excelente opção para refúgios de tranquilidade em espaço rural, em pleno conforto. No concelho de Sever do Vouga, inserido nas “Montanhas Mágicas”, e sob o signo da beleza pura, tranquilidade e ambiente de sonho, surge a Villa de Paçô, um projeto composto por quatro casas de campo autónomas e uma casa de campo principal. Estas relacionam-se entre si através de um caminho pedonal em calçada de granito, o “Caminho das Framboesas”. Conforto, requinte, bom gosto e simplicidade são os trunfos da decoração de cada uma das casas que corporizam o conceito familiar presente em cada recanto, até mesmo na sua denominação, isto porque cada casa tem o nome dos netos do nosso anfitrião - Diana, Mariana, Gabriela e Miguel. Cada casa tem uma sala equipada com lareira, ar condicionado e televisão LCD com canais via satélite, uma kitchenet equipada com uma placa de indução, frigorífico e microondas, loiças e todos os utensílios necessários para a confeção de refeições, um quarto duplo e uma casa de banho completa. No exterior, cada casa contempla uma varanda coberta equipada com um grelhador a gás, um espaço relvado e um pequeno jardim de flores e ervas aromáticas. Embora a Villa de Paçô assuma um conceito de casas de campo autónomas, a oferta inclui serviços de hotel com limpeza diária e preparação do pequeno-almoço, onde os produtos locais e os mimos da terra são uma constante. “O pequeno-almoço é o momento de convívio e partilha por excelência, onde os hóspedes se conhecem e socializam, num ambiente muito próximo e familiar”, revela Kátia Silva, salientando que é neste momento também que os anfitriões dão algumas sugestões de locais a visitar para degustar, passear ou simplesmente conhecer as vivências da localidade. Em dois anos, o balanço a traçar do percurso da Villa de Paçô 54 | PORTUGAL EM DESTAQUE

CARLOS SILVA E KÁTIA SILVA é francamente positivo, quem o diz é Carlos Silva, destacando que a maioria dos visitantes são estrangeiros, designadamente, holandeses, franceses, espanhóis, alemães, americanos, israelitas, chineses e malaios. “Todos os nossos visitantes nos deixam um mimo no chamado livro da família, onde nos dão o seu feedback sobre a estadia e o porquê de quererem voltar”, sustenta Kátia Silva, realçando em tom de brincadeira que a Villa de Paçô colocou a pequena freguesia de Cedrim no mapa do turismo mundial. Carlos Silva e Kátia Silva, respetivamente, engenheiro civil e arquiteta de profissão, descobriram na atividade turística uma nova vocação, por isso é com grande entrega e dedicação que se dedicam a este projeto. “Pretendemos proporcionar aos nossos hóspedes um ambiente familiar e tranquilo, oferecendo diversos equipamentos que pode usufruir para ter uma estadia inesquecível. A oferta inclui piscina e jacuzi exteriores, campo de ténis e de jogos, com balneário de apoio, recepção e salão para pequenos-almoços, com acesso à internet, esplanada e churrasqueira, parque infantil, bem como parque de estacionamento privativo e um sistema de segurança com alarme integrado”, salientam os nossos anfitriões. Kátia Silva lembrou ainda que a Villa de Paçô sugere aos seus hóspedes um rol de atividades diversas desde caminhadas pedestres a percursos de bicicleta que alugam na unidade turística, tendo à sua disposição a ciclovia do Vouga com mais de dez quilómetros, bem como a canoagem e o stand up paddle. “As atividades do rio são dinamizadas por uma empresa local, com quem assumimos uma parceria”. A Villa de Paçô tem como grande mais valia a localização central


geográfica relativa entre a passagem Porto-Lisboa, as cidades satélites: Aveiro e Viseu a cerca de 30 minutos, e a uma hora do Porto e Coimbra, bem como a proximidade aos Passadiços do Paiva, em Arouca. Qualidade e excelência Os produtos da Villa de Paçô surgem com a perspetiva de melhor aproveitar o grande potencial dos produtos agrícolas existentes na região. “Estamos localizados numa zona privilegiada de cultura frutícola, nomeadamente mirtilo, framboesa e groselha, laranja e limão, maracujá e tamarilho, entre outros, por isso decidimos avançar com uma unidade produtiva local para a confecção de compotas, chutneys, vinagres, conservas e licores”, revela Kátia Silva, salientando que os produtos da Villa de Paçô diferenciam-se pela qualidade e inovação, seguindo métodos de confeção artesanal e um receituário tradicional.

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O ENCONTRO PERFEITO ENTRE TRADIÇÃO E A MODERNIDADE A Quinta do Barco é um restaurante rústico e acolhedor, inserido numa casa antiga recuperada, localizado junto ao rio. Propõe bons pratos da cozinha tradicional portuguesa, juntando os sabores antigos com um toque de inovação. A espetada de polvo, a vitela assada em forno de lenha e o javali com castanhas são os pratos regionais a não perder. Delicie-se com os saberes e sabores apresentados por Armando Mendes e Alice Bruçó.

QUINTA DO BARCO

ARMANDO MENDES E ALICE BRUÇÓ 56 | PORTUGAL EM DESTAQUE

O Quinta do Barco nasceu pelas mãos de Armando Mendes e Alice Bruçó, que tendo sido colegas na Escola de Hotelaria em Vidago, ao fim de dois anos se apaixonaram e casaram. Assim, começaram um projecto de vida a dois, apostando igualmente na criação de um negócio em conjunto, que os levou a Sever do Vouga, terra natal de Armando Mendes. O primeiro desafio foi um espaço situado junto à praia fluvial, no entanto pouco tempo depois o casal decidiu recuperar uma casa antiga, igualmente junto ao rio, mas na outra margem para fazer nascer o restaurante Quinta do Barco. A magnífica envolvência e a vista privilegiada aliam-se ao ambiente rústico agradável e acolhedor do restaurante, onde o serviço assume altos padrões de qualidade e excelência. “A nossa forma de estar e acolher quem nos visita tem garantido a fidelização dos nossos clientes. Criamos laços de amizade e os clientes acabam por fazer parte da nossa família e aqui fazem as suas festas, aniversários e jantares em família”, revela a nossa entrevistada. O restaurante Quinta do Barco apresenta um serviço personalizado, proporcionando aos seus clientes um cardápio, recheado de paladares, aromas e cores, capaz de satisfazer as suas mais elevadas exigências. Assumindo-se como um espaço tranquilo, acolhedor e intimista, a Quinta do Barco é um lugar onde uma refeição significa prazer: prazer de comer, de gostar de estar com amigos e de beber um bom vinho. Vale a pena conhecer este espaço gastronómico por excelência que há duas décadas faz as delícias de todos quantos o visitam, sempre com a simpatia e atenção dos seus anfitriões, Armando Mendes e Alice Bruçó. Pensada ao gosto dos mais exigentes, a decoração onde o rústico e o moderno se cruzam, deixa transparecer sofisticação, leveza, requinte e bom gosto. Um dos ingredientes para o sucesso do


o leite-creme, “ninguém o faz também como as gentes de Sever do Vouga, terra de leite”, assegura Alice Bruçó. Com os olhos postos no futuro, este simpático casal pretende manter a postura e a qualidade que habituou os seus clientes, preservando igualmente a filosofia que tem orientado o Quinta do Barco rumo ao sucesso. “Queremos proporcionar aos nossos clientes uma refeição ideal, com sabores deliciosos, servidos com arte, simpatia, dedicação, cruzando sabores antigos com propostas inovadoras”, concluem Armando Mendes e Alice Bruçó.

Quinta do Barco é, sem dúvida, a aposta na promoção da cozinha tradicional na sua mais pura expressão, aliada a propostas inovadoras e a uma confecção inspirada no rigor e na perfeição, para que todas as suas iguarias ganhem vida nas mesas do restaurante. Uma confecção simples e cuidada, uma apresentação e empratamento deliciosos e aprimorados são outros dos segredos deste espaço gastronómico. “Quando vim para Sever do Vouga, fiz um levantamento gastronómico da região, porque sendo esta uma casa rústica, o nosso objectivo era apresentar uma ementa recheada de pratos tradicionais”, realçou Alice Bruçó, demonstrando a sua paixão pela cozinha e o seu gosto pelo conhecimento das origens da gastronomia da região. “Na senda das receitas antigas surgem os rojões, a feijoada e as massas no forno. São pratos que demoram algum tempo a confeccionar por isso convém encomendar”, realça Alice Bruçó, uma verdadeira apaixonada pela culinária, capaz de estar horas a ensinar, como outrora fez, quando ministrou cursos de formação. Nas especialidades apresentadas pela Quinta do Barco enquadram-se a espetada de polvo, a vitela assada à moda de Sever, a lampreia à bordalesa ou em arroz, javali com castanhas, ou o sável no forno com arroz na púcara, sempre excelentemente regadas com os melhores vinhos da garrafeira do restaurante. “Entre tintos e brancos, o que tem que fazer é ir à ‘cave do dia’ e escolher: é uma pequena garrafeira numa salinha ao lado da sala de jantar, onde o cliente pode escolher o vinho que lhe apetecer”, adianta Armando Mendes. Depois de um belo jantar, ninguém pode resistir a um mimo açucarado, pois as sobremesas no Quinta do Barco são de comer e chorar por mais. A começar pelo gelado de mirtilo regado com doce do mesmo fruto, que ganha uma dimensão gastronómica fenomenal. Mas se não gosta de mirtilos tem sempre

Avenida Joaquim Martins, nº.151 Ponte (Pessegueiro do Vouga) 3740-128 Sever do Vouga Tel. 234 556 246 E-mail. quintabarco@gmail.com PORTUGAL EM DESTAQUE | 57


O PRIMEIRO FABRICANTE DE MÁQUINAS DE VÁCUO EM PORTUGAL Localizada no VougaPark, em Sever de Vouga, a ServeVac nasceu em 2011, sendo uma empresa vocacionada para a área de embalagem, fabrico de máquinas e venda de consumíveis, assumindo o desiderato de oferecer mais e melhores soluções num mercado cada vez mais competitivo.

SERVEVAC

SÉRGIO VENTURA Sérgio Ventura é o rosto da gestão da ServeVac, uma empresa que incorpora a missão de fornecer soluções na área da embalagem, através de máquinas e consumíveis, prestando um serviço contínuo e de qualidade. Em entrevista à revista Portugal em Destaque, o empresário, que tem formação na área da Electromecânica, dá a conhecer a génese deste projeto empresarial e o percurso até aos dias de hoje. Sérgio Ventura começa por dizer que trabalhou vários anos na área das embalagens numa multinacional italiana, onde adquiriu bastante experiência e knowhow, no entanto há cerca de cinco anos a empresa fechou por dissolução devido à morte do seu gerente. Sérgio Ventura continuou o negócio no mesmo ramo de atividade, criando a sua própria empresa com a marca ServeVac, conseguindo conquistar um percurso com bastante sucesso. Em 2012, Sérgio Ventura avança com uma candidatura ao IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação para a fabricação de máquinas de vácuo, uma “mais-valia” para o mercado português. A marca ServeVac recorreu ao seu know how, adquirido ao longo dos anos na área comercial de máquinas e consumíveis de vácuo e passou a fabricar os seus próprios equipamentos para embalamento a vácuo, sendo o primeiro fabricante, em Portugal, de máquinas de vácuo. “Através de parcerias estabelecidas entre a Servevac e empresas fabricantes de bombas de vácuo conseguimos que as nossas máquinas sejam mais eficientes, atingindo um nível de vácuo ideal”, esclarece o nosso entrevistado. Sérgio Ventura salienta que se trata de “uma mais valia para o nosso país, no que toca à qualidade e aos custos”, porque as máquinas que existem em Portugal surgem através de revendedores ou distribuidores. “O mercado português tem assim a vantagem de ter um fabrican58 | PORTUGAL EM DESTAQUE


te para lhe oferecer este produto com a natural redução de custos. Fazer uma importação é bastante oneroso, não no custo da máquina em si, mas essencialmente na assistência e na manutenção. Para além disso, temos os consumíveis para higienizar ou os sacos de vácuo para embalar”, consubstancia. Sérgio Ventura lembra ainda que as máquinas de vácuo permitem extrair o oxigénio da embalagem, impedindo a oxidação e, permitindo assim, que o produto embalado se conserve durante o maior período de tempo possível. “Uma das vantagens das máquinas de vácuo é o facto de manter o sabor original dos produtos, ao contrário das arcas frigoríficas e abatedores de frio”, revela o empreendedor, salientando no entanto que a empresa dirige-se tanto à área alimentar como não alimentar. “Em Portugal, somos o primeiro e único fabricante português a fazer máquinas de embalar a vácuo para o setor alimentar (carnes, peixes e líquidos) e não alimentar (componentes da área mecânica, elétrica e eletrónica)”, salientou, referindo que as vendas anuais “situam-se atualmente em 300 mil euros”, mas dentro de dois anos espera passar para um a dois milhões de euros. A ServeVac é um fabricante qualificado de máquinas de vácuo e oferece um serviço pós-venda de excelência aos seus clientes. Com um grande espírito de iniciativa, a empresa iniciou a sua expansão internacional, estando já a comercializar as suas soluções para os países do Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo), Espanha e Marrocos. “Com a entrada no mercado internacional, a ServeVac quer, não só oferecer máquinas e soluções de qualidade na área da embalagem a preços acessíveis, mas também afirmar-se como marca de referência à escala global”, sublinhou Sérgio Ventura, lembrando que num mundo, cada vez mais global, é necessário estarmos atentos às oportunidades de negócio que se proporcionam além-fronteiras. Com os olhos postos no futuro, Sérgio Ventura espera granjear cada vez mais sucesso com esta aposta e que a ServeVac se assuma cada vez mais como uma referência no mercado. Para atingir estes objetivos, estratégia da empresa assenta no profissionalismo, dedicação aos clientes, eficiência, criatividade e inovação, sempre com o intuito de ir ao encontro das necessidades e exigências dos seus clientes.

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VILA REAL “Para lá do Marão mandam os que lá estão”. É este o provérbio que várias vezes alude à vida única em Trás-os-Montes e Alto Douro. Vila Real é composta por 14 concelhos que, apesar de distintos, são o espelho de uma região na qual há tradições portuguesas que sobrevivem até aos dias de hoje, apesar da desertificação e do evelhecimento da população, questões essas que abalam várias regiões do interior de Portugal. Quem visita Trás-os-Montes recorda o espaço pela sua beleza natural, nomeadamente as vistas únicas que espelham a beleza do rio Douro, assim como pela prevalência que a natureza tem numa região florestal preenchida por várias espécies de flora e fauna. O turismo rural começa aos poucos a ganhar notoriedade na região onde os apreciadores da natureza poderão econtrar paisagens únicas e vários recantos escondidos. A gastronomia e empatia calorosa que define o povo transmontano também são elementos que tornam este distrito memorável para os que se aventuram para lá do Marão. No que toca a pratos característicos, o caldo verde, o presunto, a truta recheada de Boticas, o fumeiro e a feijoada à transmontana são alguns dos destaques para aqueles que apreciam a cozinha portuguesa. A população de Vila Real também se caracteriza pela simpatia que caracterizam bastante o povo nortenho português. Nesta edição o nosso foco passará por Boticas, onde o turismo rural é um investimento que começa a ser cada vez mais explorado, e em Montalegre, onde decorre anualmente a Feira do Fumeiro que mostra o melhor do fumeiro e de outros pratos característicos deste local, proporcionando à população quatro dias de romaria e diversão.

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A SEDUÇÃO DA MONTANHA Boticas é um concelho marcadamente rural, que tem na Natureza e na sua orografia as principais potencialidades turísticas. As características de Montanha estão intrinsecamente refletidas na história do concelho, na sua cultura e tradições, nos seus hábitos comunitários e até na sua gastronomia. Todas estas características, conjugadas entre si, fazem do concelho de Boticas um território único, com paisagens naturais de rara beleza e um ambiente no seu estado mais puro, o que fazem de Boticas um local ideal não só para a prática de desportos de natureza e aventura, mas também um território de eleição para o descanso e lazer, num contacto mais íntimo com a natureza. Conheça melhor este concelho pela voz de Fernando Queiroga, presidente do Município.

MUNICÍPIO DE BOTICAS

desconhecido ou ignorado. É um espaço onde se respira vida e que permite descarregar muito o stress e a agitação das rotinas do dia-a-dia. É um local adequado para caminhadas, passeios de bicicleta e outras actividades de lazer, como a pesca desportiva, ou simplesmente para descontrair e relaxar num contacto verdadeiramente puro com a natureza. Além do património natural, Boticas destaca-se também pelo se vasto património religioso. O Património Natural é, efetivamente, o maior atrativo de Boticas. Ao mesmo tempo, o Concelho dispõe de um conjunto diversificado de equipamentos culturais e turísticos capazes de dar resposta às necessidades de todos quantos nos visitam e de garantir um acompanhamento eficaz durante uma estadia em Boticas, criando um conjunto significativo e diversificado de atividades que possibilitam uma ocupação constante do tempo do visitante, assim este o deseje. É o caso, entre outros, do centro de Artes Nadir Afonso, do Parque Arqueológico do Vale do Terva, do Centro Europeu de Desenvolvimento e Interpretação da Escultura Castreja, das Piscinas Municipais, do Campo de Minigolfe, etc. Paralelamente, o Concelho dispõe de um património histórico muito rico, em particular o património religioso. Neste contexto, destaca-se, por exemplo, a Igreja Paroquial de Covas do Barroso, de traça românica e integrada no roteiro do românico do Norte de Portugal, mas também as igrejas românicas de Sapiãos e de S. Bartolomeu, em Beça. Há ainda um conjunto vasto de igrejas, capelas e outras construções sacras de grande relevo no concelho, que vale bem a pena visitar, assim como algumas festividades e manifestações religiosas, a começar com as festividades em honra de Nossa Senhora da Livração, na sede do Concelho, não esquecendo a romaria ao santuário do Sr. do Monte, em Pinho, ao Santuário de S. Salvador do Mundo, em Viveiro, e a Mesinha de S. Sebastião em Dornelas, exemplo maior do espírito comunitário do nosso povo, que tem sempre para oferecer o que de melhor a nossa terra produz.

FERNANDO QUEIROGA

Quem visita Boticas pode contar, inclusivamente, com uma aplicação no seu telemóvel para tirar o melhor proveito do concelho, certo? Sim. O ‘Boticas na Mão’ é uma aplicação para smartphones e tablets que, como o próprio nome indica, permite ter sempre disponível a informação mais relevante sobre o concelho, desde os pontos de interesse em termos de património, percursos pedonais ou percurso de BTT à informação sobre restaurantes, hotéis e equipamentos municipais. Quem acede a esta aplicação facilmente poderá deambular pelo nosso Concelho, na certeza de que encontrará com relativa facilidade aquilo que procura, tirando o máximo proveito de tudo o que temos para oferecer. Ao mesmo tempo, a Loja Interativa de Turismo, localizada na sede de Concelho, no Centro de Artes Nadir Afonso, é também um local de visita obrigatória, onde é disponibilizada informação adicional e onde podem ser sugeridos roteiros de visita ao Concelho, conforme as preferências do visitante.

O Parque de Natureza e Biodiversidade veio aumentar ainda mais este lado sedutor de Boticas? Mais do que aumentar esta lado sedutor de Boticas, o Parque de Natureza e Biodiversidade veio reunir num espaço mais restrito muitas das características do que é o nosso concelho, com particular ênfase nas espécies autóctones, quer animais, quer vegetais, num espírito de preservação e comunhão com a natureza. Este Parque conta com uma área aproximada de 30 hectares e é um espaço que apela efectivamente ao lazer e ao contacto com a natureza, mas também à descoberta de um mundo tantas vezes

A gastronomia é outra das razões elas quais Boticas recebe tantos visitantes. Que pratos merecem destaque? Boticas possui uma gastronomia rica e muito apreciada, a começar pelos produtos cuja Denominação de Origem Protegida (DOP) é detida pelo nosso Concelho, casos da Carne Barrosã e do Mel de Barroso. O fumeiro e outros enchidos derivados do porco, bem como o presunto e o Cozido Barrosão, são outras das iguarias mais apreciadas no concelho e o motivo maior para a realização da Feira Gastronómica do Porco, que anualmente, no mês de janeiro, traz a Boticas milhares e milhares de pessoas.

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De entre a diversificada gastronomia do Concelho destacam-se ainda o Cabrito de Barroso e a Truta do Rio Beça, bem como o afamado “Vinho dos Mortos”, cuja história remonta ao tempo das invasões francesas, altura em que os habitantes de Boticas enterraram os seus bens mais preciosos, entre os quais o vinho, para evitarem serem espoliados pelos soldados de Napoleão, bem como as sobremesas e digestivos regionais onde o Mel marca presença, caso das Rabanadas com Mel e a Aguardente de Mel. Para promover e permitir que estes produtos e estes pratos possam ser provados com regularidade, o Município implementou desde o ano passado, os Fins-de-Semana Gastronómicos, podendo, conforme a altura do ano, ser degustados pratos específicos durante os fins-de-semana nos restaurantes do Concelho aderentes a esta iniciativa. O mês de abril é dedicado ao Cabrito de Barroso e o mês de maio será à Truta do Rio Beça recheada à moda de Boticas. E no que concerne a eventos de incentivo à produção e compra de produtos regionais? A Feira Gastronómica do Porco é o evento por excelência que realizamos no Concelho de Boticas para divulgação e promoção dos nossos produtos. A par deste evento, apostamos também na realização dos Fins-de-Semas Gastronómicos, também já referidos, bem como na presença em Feiras e eventos relacionados com o turismo, tanto em Portugal como no estrangeiro, para podermos levar mais longe o nome da nossa terra e dos nossos produtos, criando oportunidades de negócio aos nossos produtores. Em paralelo, apoiamos também os agricultores locais com um conjunto vasto de incentivos, que passam pela redução ou isenção de taxas para licenciamento de edifícios para a sua atividade, elaboração e acompanhamento de projectos a submeter a financiamento de fundos comunitários, atribuição de apoios à sanidade animal (vacinação do gado), etc. Este conjunto de apoios/incentivos representam mais valias para os nossos agricultores/produtores que lhes permitem reduzir os custos de produção e, assim, tornarem-se mais competitivos. A qualidade dos nossos produtos é a nossa maior preocupação, procurando que a mesma se mantenha sempre em patamares muito elevados, pois a qualidade é a garantia do sucesso e há sempre mercado para os produtos de qualidade.

dos Impostos mantemos o IMI na taxa mínima e devolvemos aos Munícipes a totalidade do IRS a que o Município tem direito (5%). Apoiamos a fixação de empresas e a criação de emprego através da isenção de IMI e isenção de Derrama, atribuímos apoios financeiros à criação de empregos, disponibilizamos terrenos a custos reduzidos, com redução e até mesmo isenção das Taxas de licenciamento de construção e reconstrução. Através dos apoios concedidos à instalação de empresas, o Município garantiu já a venda praticamente da totalidade dos lotes do Parque Empresarial, o que significa a criação, a curto prazo, de mais um conjunto significativo de postos de trabalho. Os apoios à Terceira Idade são garantidos, sobretudo, através do Cartão Social do Munícipe, que garante, por exemplo, a isenção pagamento dos primeiros 3 metros cúbicos de água, a comparticipação de medicamentos, próteses, etc. Temos um conjunto vasto e muito diversificado de apoios que procura cobrir praticamente todo o concelho e as diferentes situações, sendo impossível enumera-los a todos. Por onde passa o futuro de Boticas? As prioridades que assumimos para o presente mandato são, como já referi, os Apoios Sociais, a criação de emprego e o desenvolvimento do Turismo no Concelho. Apostando nestes três vectores acredito que será possível contrariar a tendência de desertificação destas regiões do interior do país e, em simultâneo, garantir mais qualidade de vida para as nossas populações. É um trabalho cujos resultados não se vêem no imediato, mas cujos frutos vão surgindo progressivamente e por isso mesmo temos que ser persistentes e acreditar no futuro. Boticas tem muitas potencialidades ainda por explorar e riquezas naturais que podem ser efetivamente mais valias para a nossa terra e para as nossas gentes. Vejo o meu concelho como uma terra com futuro, mas nada cai do céu. É preciso trabalhar muito, acreditar que seguimos no rumo e na direção certas, sermos inovadores e saber tirar partido das nossas imensas riquezas.

Boticas é conhecido por muitos como o município que mais incentivos e ajudas dá aos seus munícipes, no que concerne a ação social, mas também no que diz respeito à criação de emprego e fixação de população. Podemos abordar esses incentivos e as suas mais-valias? O Executivo Municipal assumiu como grandes pilares da sua atuação para o presente mandato os Apoios Sociais, o apoio à criação de emprego e o desenvolvimento do Turismo no Concelho, mantendo-se esses objectivos como prioritários. Os Incentivos e Apoios Sociais têm vindo a ser diversificados e aumentados, continuando o Município a apoiar os seus Munícipes desde a Infância à Terceira Idade. Esses apoios passam por incentivos à natalidade, através do Enxoval do Bebé, em que são atribuídos 1000 euros por cada nascimento no Concelho, e da comparticipação em géneros fundamentais ao desenvolvimento das crianças, atribuídos entre os 3 meses e os 3 anos de idade no valor de 50 euros por mês. Em termos dos apoios à Educação conta-se, por exemplo, a oferta de livros escolares a todos os alunos do 1º Ciclo do ensino Básico, os transportes gratuitos, refeições escolares gratuitas, atividades extra-curriculares, prolongamento de horário, pagamento dos passes escolares aos alunos que frequentam o Ensino Secundário fora do concelho, bolsas de estudo aos alunos que frequentam o Ensino Superior, etc. A nível PORTUGAL EM DESTAQUE | 63


A TRADIÇÃO NA ARTE DO FUMEIRO Com quase 20 anos de existência, a Fumeiro de Barroso em Montalegre, região com mais de dois mil anos de tradição nos enchidos, prima pela qualidade dos seus produtos. Dinamizada por Maria do Carmo, Isaac Martinho, seu genro, e os seus funcionários a empresa tem-se mantido fiel à doutrina que sempre defendeu.

FUMEIRO DE BARROSO

A Fumeiro de Barroso surgiu em 1996 pelas mãos de “dois senhores que a sonharam” e iniciram o projeto. Pela falta de capital, o sonho foi interrompido e retomado mais tarde pelo marido de Maria do Carmo, ligado à área da construção civil, que se interessou pela ideia e decidiu investir. Embora tenha sido contra a ideia do investimento, a verdade é que hoje Maria do Carmo é a proprietária da empresa. Deixou o seu trabalho antigo e tomou as rédeas da Fumeiro de Barroso quando o filho não quis continuar a fazê-lo depois da aquisição total da empresa. “Foi um caminho muito difícil”, conta Maria do Carmo, “não percebia nada de enchidos e logicamente, fiz algumas asneiras”. De ideias fixas e filosofias diferentes, a proprietária optou sempre pela qualidade descurando “a parte mais comercial ou industrial”, decisão que “saiu um bocadinho cara”, admite. No entanto, o trabalho árduo compensou e hoje o produto fala por si só. A gama de produtos divide-se em dois tipos: os enchidos com a alheira, a chouriça, o chouriço de abóbora, o salpicão, o salpicão 64 | PORTUGAL EM DESTAQUE


caluga, a sangueira; e a carne fumada com a cabeça, a entremeada, o pé, peito, pernil e o presunto. Na concepção dos enchidos, a Fumeiro de Barroso mantém a tradição e selecciona a matéria-prima, submetendo as carnes a um processo lento de maturação com temperos naturais. O método da fumagem é, também, de forma artesanal feito com lenha de carvalho que torna o cheiro e o paladar distintos de todos os outros. Os produtos mais vendidos são o presunto, o salpicão e a chouriça e a alheira que se igualam na preferência dos consumidores. “O nosso produto é curado como era o da minha avó”, esclarece a Maria do Carmo, “vamos mantendo a tradição aliada à qualidade”. Este tipo de produto está dependente do estado do tempo que tem interferência directa na sua qualidade: o tempo húmido ajuda mas a geada e o vento são nocivos. “A maioria dos nossos produtos não leva aditivos”, explica Alexandra Barroso, engenheira alimentar, “não têm retentores de humidade e, logicamente, têm quebras elevadas, requerendo uma cuidadosa atenção ao processo de cura dos produtos. Nesse sentido, temos vindo a desenvolver um trabalho exaustivo que permite contornar com maior rigor essas quebras. Toda a matéria-prima é de qualidade e os condimentos utilizados são de origem natural bem como as tripas”. Com uma equipa de 16 funcionários, sendo que a maior parte se mantém desde o início da empresa, a Fumeiro de Barroso mantém os seus clientes satisfeitos e fidelizados. “Os nossos clientes mantêm-se de ano para ano”, clarifica a proprietária, “não há oscilações o que prova que o nosso trabalho é bom e as pessoas gostam”. A parte comercial está a cargo de pessoas competentes, cujas zonas são atribuídas de acordo com a personalidade do comercial. O futuro da Fumeiro de Barroso passa, agora, pela continuidade do trabalho garantida pela equipa jovem que se tem formado. Parte do plano é ampliar a empresa no sentido de aumentar a capacidade de resposta, principalmente no presunto, e conti-

nuar as obras de melhoria no interior. “Gostamos do perfil dos nossos clientes e gostaríamos que se mantivesse assim, aumentando, se possível, o número de vendas”, termina a proprietária.

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“É FUNDAMENTAL TERMOS OBJETIVOS E LUTARMOS PARA LÁ CHEGAR” Criada no lugar de uma antiga pedreira, a Veiga Alimentar distribui batatas fritas artesanais por vários locais em Portugal e não só. Apesar dos problemas económicos e da desertificação que abala o interior, o negócio administrado por Luís Veiga mantém-se resistente na região transmontana.

VEIGA ALIMENTAR

Da restauração para o agroalimentar Luís Veiga revelou-nos que na altura em que criou a Veiga Alimentar tinha em mãos “um desafio pesado”. Estando originalmente habituado à área da restauração, na qual trabalhou por cerca de 30 anos em Lisboa, não só iria investir numa área diferente daquela a que estava acostumado, mas também pretendia iniciar a iniciativa na sua terra natal Ribeira de Pena, em Vila Real. No entanto, apesar das dificuldades iniciais a sua ideia acabou por ser bem aceite e bastante apoiada na região. Na altura, o presidente da Câmara de Ribeira de Pena apoiou bastante o projeto de Luís Veiga. Assim que surgiu a oportunidade, em 1998, o administrador comprou um espaço que outrora fora uma antiga

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pedreira e cujo preço lhe ficou por 5 escudos por m2. Desde então a empresa foi crescendo numa área que parecia pouco promissora, tendo conseguido alcançar vários clientes apesar da localização que muitos veriam como desfavorecida. “Acho que é fundamental termos objetivos e lutarmos por lá chegar” sublinhou-nos Luís Veiga. Batatas fritas de Trás-os-Montes para Portugal A Veiga Alimentar dedica-se à distribuição de batatas fritas artesanais por vários restaurantes. Todos os dias são fritas cerca de quatro a cinco toneladas de batatas fritas por dia. Estes produtos alimentares são distribuídos maioritariamente em churrasqueiras e roulottes.


“O maior desafio foi conseguir ganhar mercado”, confessou-nos Luís Veiga que salienta que é possível vencer na área de trabalho na qual a Veiga Alimentar se foca, embora nem sempre haja um mercado para tal área de negócio. “Aquilo que eu penso é que antes do sucesso de uma empresa, de um produto ou de uma marca, depende sempre muito do tempo que nós lhe dedicamos”. Para o administrador, a dedicação e respeito para com o cliente é um dos fatores de peso que permite que a empresa continue a ter sucesso. O negócio da distribuidora estende-se por Portugal, assim como por outros destinos no estrangeiro. De entre os mercados com maior peso nos quais a Veiga Alimentar faz distribuição estão Portugal Continental (com um peso acentuado em Lisboa e no Porto), Açores, Badajoz (Espanha), Angola, França, Inglaterra, Holanda e Bélgica. A organização tem investido em novos equipamentos de dois em dois anos, aproveitando também para desenvolver os seus métodos de trabalho. “Hoje as coisas são tão rápidas que nós vamo-nos deitar e quando acordamos estamos sujeitos a estar ultrapassados”, salientou Luís Veiga. Há quatro anos eram usadas duas fritadeiras na Veiga Alimentar. Hoje a empresa tem apenas uma fritadeira, no entanto frita mais batatas do que as outras anteriores. O administrador divulgou que irá investir numa empacotadora nova. No que toca a outros projetos futuros relevantes, Luís Veiga revelou-nos que irá lançar um produto novo, no entanto prefere, por agora, manter o projeto em segredo. Um negócio de pai, mãe e filho A empresa é responsável pela criação direta de cerca de 11 postos diretos de trabalho (dez na sede em Ribeira de Pena e um no Porto). Nenhum dos postos de trabalho ficou afetado nos últimos

anos devido ao crescimento de vendas que a organização tem observado. Além disso Luís Veiga salienta que a equipa que tem neste momento é composta por pessoas com as quais “dá para ter equipa”. Curiosamente, a maioria dos trabalhadores são mulheres (sete, mais especificamente) algo que não é um fator determinante para o administrador. Entre esses 11 que estão de momento na equipa a contar com o próprio Luís Veiga, estão a sua esposa Célia Medeiros (que neste momento está à frente da produção) e o seu filho Jorge Veiga (responsável pela distribuição). Como membros da empresa, pai, mãe e filho estão bastante habituados a fazer o trabalho que seja necessário para bem do negócio. “Nós acabamos por ser educados para fazer tudo.” O risco de criar um negócio no interior “O que eu me apercebi é que muitas pessoas se queixam da desertificação, mas depois poucos fazem alguma coisa. Fundamentalmente foi por isso que criei o negócio: contribuir para o crescimento económico da região, criando empregos e, no fundo, criando riqueza”, explicou-nos Luís Veiga abordando o abandono que se tem observado no interior de Portugal nos últimos anos. O administrador da Veiga Alimentar reconhece que Trás-osMontes tem várias características relevantes (nomeadamente a história, a gastronomia e as paisagens) e que poderão haver áreas nas quais se poderá investir de modo a assegurar o futuro da região. Luís Veiga aproveitou para deixar um conselho àqueles que pretenderem fazer negócio no interior de Portugal, sublinhando a importância do amor à própria terra como fator. “Para mim, têm que querer vir por querer desenvolver a terra. Por mais apoios que haja não é fácil”.

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CONSTRUÇÃO E ENGENHARIA DE EXCELÊNCIA Com sede no concelho de Boticas, a empresa fundada em 2007, dedica-se à construção civil e obras públicas, garantindo um serviço completo, onde a satisfação do cliente representa o principal objetivo. A inovação faz também parte do ADN da Ageinalon, tal como comprovámos, em entrevista, ao responsável Henrique Rodrigues.

AGEINALON

HENRIQUE RODRIGUES

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A completar quase dez anos de existência é já uma marca de referência na área da construção civil, tendo obras reconhecidas e premiadas internacionalmente. Em 2007, após ter trabalhado em nome individual durante dez anos, Henrique Rodrigues decide criar a Ageinalon, “a intenção era com que chegasse ao mercado uma empresa que colocasse a satisfação do cliente em primeiro lugar”, explica o entrevistado. Através da identificação de alguns erros comuns, afetos ao setor da construção, a Ageinalon pretende garantir um serviço completo, desde o levantamento tipográfico, passando pela execução de projetos, acompanhamento de obra e assistência pós-obra, onde o gosto e dicas do cliente são sempre tidas em conta, “na Ageinalon temos um lema: um cliente é um amigo”, ressalva Henrique Rodrigues. O facto de “em 2008 termos começado a trabalhar com outras empresas, em obras de maior dimensão, permitiu aprender como é trabalhar em obra pública. Em Bragança, fomos responsáveis pela construção do quarto piso do hospital em tempo recorde. Depois, a partir daí conseguimos outras obras de renome”, revela o entrevistado. A Ageinalon tenta sempre cumprir com os prazos estipulados para a duração de determinada obra, “num mercado com grande concorrência, a área da construção é problemática, queremos marcar a diferença por aquilo que a maioria não faz, assim, pontualidade, transparência, aposta na qualidade do produto final e assistência pós-obra, são regras e serviços fundamentais na empresa”, explica o responsável. Questionado sobre o porquê de abrir uma empresa numa época em que muitas outras fechavam portas, devido à crise, Henrique Rodrigues, sorri, afirmando que “foi a ambição de construir algo melhor e diferente, um serviço distinto. Foi isto que fez com que a Ageinalon crescesse”, admite. Inicialmente, a empresa era composta por quatro trabalhadores, atualmente, a Ageinalon é reponsável por 50 postos de trabalho indiretos, no “ano passado chegámos a ter mais de 100, devido a uma obra de maior dimensão”, refere o entrevistado. A empresa opera em vertentes diferentes:


Os projetos de futuro Sobre o futuro, Henrique Rodrigues ambiciona o desenvolvimento e crescimento sustentado da empresa, mantendo sempre os objetivos iniciais, tendo como missão a “melhoria contínua nos processos internos, na qualidade dos serviços e no relacionamento com o mercado”, destaca. Reforça o facto de Ageinalon ser uma equipa “sem os trabalhadores não somos empresa, para eles, obrigado por estarem connosco nos bons e maus momentos”. Na Ageinalon “construímos o futuro e é precisamente isto que queremos continuar a fazer”, conclui o entrevistado.

moradias, reconstrução, pavilhões, hotéis, piscinas, infraestruturas de assistência a idosos. A comprovar isso mesmo há um vasto portefólio, onde importa destacar o hotel rural Lugar das Letras, em pleno Douro, empreendimento distinguido por várias publicações e destacado pelo jornal The Guardian, como uma das 40 melhores casas de férias da Europa, em 2015. A destacar também o lar privado, Estrutura Residencial Santa Clara, em Montalegre, um edifício construído de raiz e “muito elogiado por ter cumprido na primeira auditoria todos os requisitos exigidos”, destaca o interlocutor. Fruto do bom trabalho que presta, o reconhecimento do serviço de qualidade prestado, valeu à Ageinalon obras um pouco por todo o país, como a construção de um hotel rural em Beja, que está ainda a iniciar, resultado de investimento estrangeiro no nosso país, referenciando ainda a construção de “um museu particular em Penafiel”. Inovação: Casas low cost chave na mão Desde o início do ano que a Ageinalon decidiu implementar um novo conceito no mercado, a construção de casas low cost, projeto chave na mão, pelo valor de 100 mil euros. Henrique Rodrigues explica que a ideia surgiu fruto da “parceria com um gabinete de arquitetura, pensámos se seria possível realizar um projeto de moradia completa, tipologia T3, em menos tempo e com valores mais baixos, do que os existentes, atualmente no mercado, garantindo o conforto e qualidade necessárias” e comprovaram que é possível. O cliente interessado necessita apenas de ter terreno, a Ageinalon “trata de toda a documentação e licenciamento, projeto, construção e licença de habitabilidade. Esta obra low cost pode também ser transformada num conceito mais requintado, com o mesmo serviço chave na mão. É um projeto com apenas três meses, mas que está a ter muita procura”, destaca o entrevistado. Boticas tem vantagens Situados na região de Trás-os-Montes, o entrevistado considera que estar em Boticas é até vantajoso devido às condições que estão a ser dadas aos empresários do concelho. O entrevistado revela que “fomos aliciados, recentemente para ir para outro concelho, mas vamos continuar em Boticas, em breve, teremos novas instalações no Parque Empresarial, dando também outro passo no desenvolvimento da Ageinalon, através da junção com um gabinete de arquitetura, dando uma resposta ainda mais eficiente às necessidades do cliente”, destaca Henrique Rodrigues. O empresário destaca ainda do facto de “o município de Boticas ter um protocolo que ajuda as empresas a instalarem-se no Paque Empresarial, através de apoios e incentivos com isenção de taxas, são medidas que ajudam e que deviam ser seguidas em outras zonas do país”, considera. PORTUGAL EM DESTAQUE | 69


VIANA DO CASTELO Assumindo-se como capital de distrito, Viana do Castelo é uma cidade localizada no norte de Portugal com aproximadamente 38 mil habitantes, funcionando também como sede de um município que agrega cerca de 91 mil pessoas, numa área total de 314 km2. Propagada pelas 27 freguesias do concelho está a tipicidade de um património cultural único, não sendo por acaso que Viana do Castelo tenha vindo a assumir o estatuto de “capital do folclore português”. Este é um título que ganha sentido se atentarmos à riqueza e paixão dos variados grupos etnográficos que dinamizam o concelho. Mas, a tais elementos, acrescentam-se outras tradições como a força do artesanato, simbolizado em produtos como os bordados ou a típica louça vianesa. O ex-líbris cultural e social de Viana do Castelo exprime-se, todavia, na incomparável Romaria de Nossa Senhora D’Agonia que, não por acaso, atrai turistas de todo o país em pleno mês de agosto. É “a rainha das Romarias de Portugal”. O potencial turístico de Viana do Castelo afirma-se, no entanto, através de múltiplas vertentes. Afinal, aos edifícios do século XVI, XVII ou XVIII propagados pela cidade, acrescenta-se a pureza das praias, o Santuário de Santa Luzia e respetiva paisagem sobre a cidade, ou espaços museológicos que vão do Museu do Traje ao Navio-Hospital Gil Eanes. Mas a riqueza turística de uma cidade como Viana do Castelo não se consegue esgotar no apelo de um apenas um ou dois pontos de visita obrigatórios, já que falamos de uma cidade com a rara bênção de reunir o mar, o rio e o monte num só lugar. Quem desejar tranquilidade, qualidade de vida, o contacto com a natureza, um tratamento hospitaleiro, a essência do folclore português ou apenas a vontade de praticar desporto à beira-rio, tem em Viana do Castelo um ponto de passagem obrigatório. Afinal, já dizia a canção: “Havemos de ir a Viana…”.

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UMA FREGUESIA DINÂMICA Estendendo-se por uma área de 11,22km2, e somando cerca de 4900 habitantes, Areosa é uma “freguesia muito antiga” do concelho de Viana do Castelo, que se define pelo espírito associativo e pelo peso histórico das suas tradições.

JUNTA DE FREGUESIA DA AREOSA

Podemos começar por comprovar a ancestralidade de Areosa recordando a forma como o território chegou e continua a funcionar como parte integrante dos caminhos de Santiago de Compostela. Sendo esta, todavia, uma freguesia historicamente associada a atividades como a agricultura e pesca, era junto da capela da Boa Viagem que a população fazia as suas rezas, quando os seus familiares partiam para o mar, eternizando-se assim outra das memórias coletivas associáveis à freguesia. Hoje, pese embora o facto de ainda subsistirem alguns resquícios desse passado (nomeadamente no Portinho da Vinha, um local ainda hoje bastante frequentado por quem se dedica à atividade da pesca), Areosa é uma freguesia que encontra na área dos serviços a maior fonte da sua economia, apresentando, todavia, um conjunto de pequenas maravilhas que fazem dela ponto de paragem obrigatório, aquando de uma visita ao município de Viana do Castelo. Um património singular “Em termos de património, uma das coisas que mais atrai os turistas são os moinhos de vento e de água” que se encontram espalhados pela localidade, introduz o presidente da Junta de Freguesia, Rui Mesquita. Mas, entre os ex-líbris de Areosa, destacam-se também elementos como o Poço Negro, os Canos de Água ou os Arcos do Fincão, todos eles dignos de uma visita atenta. Paralelamente às construções do homem – e nas quais se inclui ainda o famoso Cruzeiro dos Esquecidos – esta é uma freguesia que se afirma ainda pelo esplendor das suas características naturais. Afinal, e tal como salienta o presidente da Junta de Freguesia, “Areosa tem as ribeiras que costumavam fornecer água à cidade, tem o mar que antigamente nos dava a alimentação e tem o monte”, o qual proporciona, ainda hoje, uma singular paisagem 72 | PORTUGAL EM DESTAQUE


sobre o território. Independentemente da altura do ano em que a visita se faça, a freguesia de Areosa propõe ainda a prova das suas iguarias mais típicas: os lamparões, o mel e o famoso sarrabulho de S. Mamede. Todos eles se destacam nas festividades de São Mamede – marcadas sempre para o último fim de semana de agosto – são frequentemente conhecidas como a Festa do Mel. A força do associativismo À conversa com Rui Mesquita, um dos aspetos mais evidentes de Areosa é o espírito associativo dos seus habitantes. Saliente-se que nesta localidade moram organismos como, por exemplo, a Sociedade de Instrução e Recreio Areosense ou a Sociedade Columbófila Areosense, que se afirmam como autênticas referências para o país, dada a sua longevidade. Destaco também o Agrupamento do Sr. Socorro do Corpo Nacional de Escutas, Grupo Desportivo Areosense, Grupo Desportivo e Cultural dos Cabeços entre outras. Já entre as entidades mais recentes, destaca-se o Associação de Dadores de Sangue de Areosa e o Grupo BTT Gotinhas, que ajudou a sensibilizar a freguesia para a importância da dádiva de sangue. Igualmente indissociáveis da identidade areosense são os grupos folclóricos da freguesia: o Grupo Etnográfico da Areosa é o mais antigo, que completa este ano meio século de existência e que, ao longo destes 50 anos, se caracterizou pelo “traje que é muito bonito”; mais recentemente, foi criado o Grupo Etnofolclórico Renascer de Areosa. É precisamente fazendo jus ao aforismo da freguesia que se costuma dizer que “o vermelho mais vermelho do Alto Minho é o da Areosa”.

Ação social como prioridade Assumindo-se como uma pessoa sempre ligada ao associativismo, Rui Mesquita garante que uma das iniciativas-bandeira do seu mandato é o apoio aos grupos locais. “Quando cheguei a Areosa, reparei que cada associação trabalhava muito por si e era minha intenção juntá-las”. Foi nesse âmbito que, em 2014, foi organizada a primeira edição do evento Areosa Ativa, que permitiu o estreitamente de laços entre os diferentes grupos associativos e a divulgação das suas iniciativas. Outra das linhas-mestras tem sido a ação social. O reflexo mais emblemático desta preocupação está no desenvolvimento de um Centro de Dia, já em fase final de construção. “Temos visto os nossos idosos fugir para as freguesias vizinhas por não encontrarem condições aqui”, lamenta o porta-voz. Recentemente criado, entretanto, foi um Centro de Convívio que neste momento funciona quatro dias por semana, proporcionando aos idosos “uma forma de os fixar, mantê-los ativos e fazê-los conversar”, salienta Rui Mesquita. Já relativamente ao futuro, o autarca exprime o desejo de ver concluídas duas obras de grande relevo. “Gostava que o nosso campo de jogos, junto ao mar, fosse transferido para o interior da freguesia, tornando-se assim mais cómodo para os pais e as crianças”, explica. Outra das prioridades passa, entretanto, pelo investimento numa estrada alternativa que permita ligar Areosa à freguesia de Carreço e servir como uma alternativa à Estrada Nacional 13. Será, efetivamente, através de iniciativas como esta que a Junta de Freguesia continuará a contribuir para a missão de continuar a fazer de Areosa uma freguesia onde a natureza e a obra humana se unam numa comunhão única.

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UMA FREGUESIA COM ORIGEM GERMÂNICA A freguesia de Mujães pertence ao distrito de Viana de Castelo, localizando-se entre os vales dos rios Lima e Neiva. José Duarte Oliveira é o presidente da junta desta freguesia. Está no primeiro mandato e esteve à conversa connosco.

FREGUESIA DE MUJÃES

JOSÉ DUARTE OLIVEIRA Com cerca de 1900 habitantes e cerca de 1535 eleitores, Mujães dá-se a conhecer pelos importantes setores de atividade, pontos turísticos e festividades. As principais empresas desta freguesia pertencem à indústria da madeira e de confeção. Contudo, José Duarte Oliveira adianta que “Mujães irá ter uma empresa na área da panificação que ficará com as suas instalações na antiga adega cooperativa de Viana do Castelo.” “O nosso executivo tem um pa-

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pel fundamental junto dos empresários. Disponibilizamos toda a informação para que possam investir na nossa freguesia. Apesar de não termos nenhuma zona industrial nesta freguesia, temos edifícios desativados que podem ser recuperados por empresários que queiram instalar-se em Mujães”, salienta o presidente da junta de freguesia de Mujães. José Duarte Oliveira está no primeiro mandato, mas já fez parte do executivo anterior como secretário e por isso conhece de perto as necessidades da sua população. “Fazemos caminhadas e jantares de âmbito social para ajudar os mais desfavorecidos. Sabemos que a conjuntura económica ainda não melhorou e, por isso, temos de dar todo o apoio a quem tem mais dificuldades. Estamos no terreno e muitos atentos a essas necessidades”, afirma. Como pontos turísticos, Mujães tem a sua Igreja Matriz, o Cruzeiro do Bispo que até já deu nome a uma marca de vinho, a Capela de Nossa Senhora das Neves e o Monte da Padela. Quanto às festividades, nesta freguesia minhota celebra-se o Corpo de Deus e a festa de Nossa Senhora das Neves (festividade que acontece em pleno mês de agosto). Em Mujães também encontramos associativismo, como, a Associação Cultural de Mujães, Coral Polifónico das Neves, Padela Natural – Associação Promotora, Agrupamento 475 dos Escuteiros de Mujães, Neves Futebol Clube, Associação Desportiva Artur Rego, Sociedade Columbófila das Neves . Em breve, a freguesia terá turismo rural. Uma excelente oportunidade para descansar e conhecer Mujães, bem como as suas paisagens naturais. Quando questionado sobre os projetos em curso para a freguesia, José Duarte Oliveira diz “Estamos a proceder ao alargamento do nosso cemitério, bem como, ao arruamento paralelo ao cemitério. Estamos a investir na melhoria das nossas acessibilidades rodoviárias, como, a pavimentação de diversas ruas. A restauração do Cruzeiro do Bispo, ponto de referência para a nossa população e para quem a visita, também é uma das nossas prioridades. Estamos também em negociações com o Coral Polifónico das Neves, a fim de melhorar as suas instalações.” O presidente da junta da freguesia de Mujães termina a entrevista dizendo “Venham a Mujães porque temos paisagens naturais lindíssimas, como é o caso do Monte da Panela que até tem vista para o mar. Temos também as nossas festividades que são uma atração de referência no turismo religioso. A nossa gastronomia minhota é sublime. Visite-nos e desfrute do melhor que temos para oferecer.”


ONDE A NATUREZA E A HISTÓRIA SE CRUZAM João Amorim de Pinho apresenta-nos a freguesia de Carreço e onde o mar e monte se misturam na harmonia de um sossego soalheiro.

JUNTA DE FREGUESIA DE CARREÇO

isso “uma terra que preservou muito bem as tradições do povo, nomeadamente, através do folclore”, prossegue o nosso interlocutor. Não admira, posto isto, que existam três conjuntos etnográficos a representar, com grande orgulho, a freguesia. São eles o Grupo Folclórico Cultural Danças e Cantares de Carreço, a Ronda Típica Carreço e aquele que é considerado “o mais antigo de Portugal”: o Rancho Regional das Lavradeiras de Carreço. Um Brasão cheio de património Na altura de traçar o retrato da freguesia que preside, João Amorim de Pinho começa por salientar a riqueza do Brasão de Carreço. É, afinal, através deste símbolo máximo que encontramos os principais elementos do território. Bem no centro desse mesmo Brasão está o Farol de Montedor, que se afirma “como uma das referências do Litoral do Alto Minho”. Mas também integrado na heráldica da freguesia está o moinho de vento, numa alusão às três construções que se podem encontrar aqui. Por seu turno, o terceiro elemento é a lira, que simboliza a Sociedade de Instrução e Recreio de Carreço, uma associação que – num percurso de 113 anos – “tem vindo a fazer um trabalho excecional nos mais diversos níveis”. Igualmente marcados no Brasão estão o mar e uma masseira – embarcação com que, tradicionalmente, o povo da freguesia se dedicava à pesca da sardinha ou à apanha do sargaço. Uma prioridade Feita a apresentação de Carreço, perguntámos qual tem sido a grande preocupação do atual executivo. “Um dos objetivos que tenho é atender às pequenas coisas que, ao longo do tempo, têm ficado esquecidas, mas de que as pessoas falam sempre”, explica João Amorim de Pinho. Não admira, neste âmbito, que no topo das prioridades esteja a “renovação da quase totalidade da rede viária” da freguesia. Até porque “a cidade de Viana do Castelo foi-se expandindo e Carreço funciona como um local sossegado, soalheiro e bastante próximo do centro da cidade” que uma fatia significativa da população escolheu para se fixar.

JOÃO AMORIM DE PINHO Inserida no concelho de Viana do Castelo, Carreço é uma freguesia com cerca de 1.800 habitantes que se estende por 17,92 km2 e cuja origem “remonta antes da nossa nacionalidade”. Afinal, e tal como introduz João Amorim de Pinho, presidente da Junta de Freguesia, o nome deste território já surgia em documentos históricos que remontam ao século X, não faltando, espalhados por toda a localidade, elementos como as inúmeras gravuras rupestres que atestam essa mesma antiguidade. Encontrando ênfase económica em atividades como a agricultura, a construção civil, a pesca ou os serviços, Carreço é por

Arroz doce, um ex-líbris Mas passar por Carreço sem provar o seu típico arroz-doce seria uma oportunidade perdida. “No mês de fevereiro fizemos o primeiro Festival de Arroz-Doce”, através do qual “as diferentes associações mostraram os seus produtos e se fez um concurso aberto para todos os que quisessem participar”, revela o nosso interlocutor. O sucesso da iniciativa não gorou as expectativas, até porque a qualidade do arroz-doce de Carreço – “que é mais consistente” – está mais do que comprovada. Fica, por isso, o convite feito a todos os que estejam interessados em provar esta iguaria tradicional e repleta de história. Tão doce quanto Carreço.

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DEDICAÇÃO E DINAMISMO EM PROL DA POPULAÇÃO Manuel Barreto e Américo Balinha, presidente e tesoureiro da União de Freguesias de Mazarefes e Vila Fria, respetivamente, em entrevista à Revista Portugal em Destaque, apresentam aquela que é uma das regiões mais dinâmicas do concelho vianense, passando por revelar alguns projetos de futuro delineados no sentido de potenciar o bem-estar das gentes desta terra. UNIÃO DE FREGUESIAS DE MAZAREFES E VILA FRIA

MANUEL VIANA BARRETO Caracterizada pela hospitalidade e repleta de história, a União de Freguesias de Mazarefes e Vila Fria é um ponto de paragem obrigatória para quem pretende conhecer Viana do Castelo. Quais os pontos históricos de referência e como caracteriza a identidade local? Em Mazarefes temos uma praia fluvial, que é a praia de São Simão na margem esquerda do Lima, um espaço verde enorme

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e muito visitado no verão. Temos a capela de São Simão junto ao rio também nessa zona fluvial e que foi a primeira igreja a existir em Mazarefes no ano 800 em que o padroeiro é São Simão da Junqueira. Mazarefes nasceu naquela zona. Para além disso, temos uma igreja paroquial que, em tempos, foi um convento beneditino, a Casa dos Pereiras, que fazia parte desse convento e a capela da Nossa Senhora das Boas Novas, em que se realiza a maior festa do ano da freguesia em sua honra. Depois, temos a Associação Social Cultural e Desportiva do Povo de Mazarefes e um polo desportivo sintético, que eu, presidente da Associação na altura e o meu colega, Américo Balinha, que era presidente da freguesia, construímos de raíz . Em Vila Fria também existe um polo desportivo e a capela de Santo Amaro. Caracterizo a gente da união de freguesias como muito hospitaleira. O nosso povo sabe receber e é uma das características que melhor nos define. Em termos de apoio à classe mais idosa e jovem, a união de freguesias encontra-se bem apoiada? Em termos de educação está bem servida e apoiada, com boas instalações, tanto em Mazarefes, como em Vila Fria. Realizamos atividades com a classe mais idosa, nomeadamente na sede de freguesia, em que existe um convívio muito agradável entre eles e que está inserido num protocolo entre a Câmara Municipal de Viana do Castelo, denominado ‘Envelhecer Saudável’. Também disponibilizamos atividades de ginástica aeróbica e rítmica, que têm tido bastante aceitação. Queremos na sede de junta, que é em Vila Fria, agrupar a catequese, ou seja, um espaço para a paróquia a par do ATL que já funciona nestas instalações. Também em agosto, juntamente com a Associação de São Martinho realizamos uma festa anual em que toda a gente convive e em que no mês passado realizamos uma feira medieval com várias atividades típicas da Idade Média. Somos uma união de freguesia bastante atividade. Quais os projetos delineados para a união de freguesias? Está programado para breve uma obra na parte interior no edifício de Mazarefes para fazermos apoio domiciliário aos idosos, que já existe no centro paroquial, mas em que as condições não são as melhores. A junta cede o espaço e vamos criar as condições para ser possível cozinhar e dar esse apoio na freguesia. Vamos também dar continuidade às obras do centro cívico em Mazarefes, dar início à construção da casa mortuária, que Mazarefes ainda não possui e que é um desejo da população. Queremos também construir uma rotunda na estrada 308, que já está projetada e falta apenas executar. A gestão desta união de freguesias a princípio foi difícil a compreensão do povo foi a melhor, apesar de haver sempre alguma resistência por parte de algumas pessoas que não concordam com a lei que foi imposta pelo anterior governo que, de muitas leis mal feitas e que não trouxeram nada de bom para as populações esta quanto a nós foi a pior


TRABALHAR PARA GARANTIR MAIS E MELHOR A união e a força da população da freguesia de Alvarães, no concelho de Viana do Castelo, são evidentes, desde logo pelas inúmeras iniciativas culturais, desportivas e religiosas realizadas, que envolvem toda a comunidade em redor do mesmo propósito. A Junta de Freguesia assume um papel determinante na ligação e na proximidade entre as pessoas, no apoio social e no desenvolvimento económico. Fernando Martins é presidente da Junta de freguesia a tempo inteiro no trabalho e na dedicação. FREGUESIA DE ALVARÃES

FERNANDO MARTINS De uma beleza singular, a freguesia de Alvarães está localizada na margem esquerda do concelho de Viana do Castelo e é atravessada pelo Rio Lima. Com 3000 eleitore cerca de 5000 habitantes, a vila é grande e próspera. A história desta terra passou pela extração de argilas para o fabrico de telhas, tijolos e blocos de barro e desse passado preservou-se os valores. Ainda existem

fornos antigos que foram protegidos pela Junta de Freguesia, para deixar às gerações vindouras um legado único e que futuramente irão integrar um Núcleo Museológico, que ali vai nascer. “A criação do futuro núcleo museológico é de grande importância, não apenas do ponto de vista do seu aproveitamento turístico e, principalmente, pedagógico, como para perpetuar uma atividade artesanal que se encontra praticamente extinta”, sublinha Fernando Martins, presidente da Junta de freguesia. As crianças e jovens de Alvarães são o futuro da vila e nesse sentido, a Junta de freguesia presta um serviço de excelência, rentabilizando sinergias, com muito esforço pela escassez de recursos logísticos e financeiros. “Através de muito esforço, mas porque é a nossa prioridade garantir mais e melhor à nossa população, asseguramos o apoio à família no prolongamento escolar e várias atividades aos nossos seniores. Somos uma equipa atenta à área da ação social porque os deparamos com casos dramáticos que tentamos sempre resolver. Acima de tudo estamos próximos da população e sempre disponíveis”, explicou Fernando Martins. Durante as férias escolares, o executivo proporciona às crianças o contacto com realidades e atividades, que de outra forma não seriam possíveis e garante o transporte diário escolar a mais de meia centena de crianças. Nas férias de verão, o executivo de Alvarães desenvolve um projeto inovador para as crianças da comunidade emigrante da freguesia. “Promovemos ateliers para filhos dos nossos emigrantes para que aprendam as tradições de Alvarães e a língua portuguesa juntamente com as crianças da terra, uma atividade que teve resultados surpreendentes no passado verão”, destaca o autarca. A cultura e a preservação das raízes são essenciais para a população de Alvarães. As festividades maiores da Vila são as Festas das Cruzes, também conhecida pela Festa de Santa Cruz. A romaria, que acontece sempre no segundo fim de semana de maio, tem como ex-libris os andores floridos, decorados com um milhão de pétalas coladas à mão de flores, colhidas nos montes de Viana do Castelo e colocadas uma a uma com água e farinha. Verdadeiras obras de arte popular e única no país. Temos como sonho e já quase a tornar-se realidade a criação de um museu que perpetue as memórias da cerâmica porque Alvarães foi a terra de grandes telheiros a nível nacional. Outra das tradições, já com meio seculo é a ‘Via Sacra com quadros vivos’, na Páscoa que envolve quase duas centenas de pessoas, dos 8 aos 80 anos. O desenvolvimento e crescimento económico, são outras das prioridades da Junta. A freguesia tem uma das mais importantes zonas indústrias do concelho, situada no cruzamento no eixo rodoviário do vale do Neiva. Pela dinamização económica que possui justifica a urgente a ampliação da estrada local. “A passagem é estrutural para o fluxo de camiões das nossas empresas, mas a via não consegue suportar o fluxo diário, há vários anos que alertamos para a urgência desta alteração, sensibilizar o governo da importância que tem para a dinamização económica de toda esta região”, reclama Fernando Martins, acrescentando que sem financiamento a autarquia local não tem consegue avançar.

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PENAFIEL Inserido no distrito do Porto e integrado na sub-região do Vale do Sousa, o município de Penafiel integra 28 freguesias, abrangendo uma área total de aproximadamente 212 km2 e cerca de 72 mil habitantes. Atendendo à sua localização específica, a cidade de Penafiel acaba por conseguir congregar o melhor de dois mundos, pela forma como serve de ponte entre o litoral portuense e o interior transmontano. A comprovar esta mistura de influências está a vocação turística do concelho, que encontra em aspetos como a verdura dos campos ou a pureza da sua paisagem rural um contraponto para as atividades económicas que mais preponderância e empregabilidade aqui assumem. Entre essas mesmas atividades económicas, destacam-se a construção civil, a indústria extrativa, bem como o comércio e os serviços. Entre os obrigatórios pontos de passagem do concelho estão, por exemplo, as aldeias preservadas de Cabroelo (onde os moinhos e azenhas se unem às construções graníticas) e de Quintandona (local onde ao miradouro natural se acrescenta uma capela com mais de 200 anos de história). Outra palavra deve ser reservada, contudo, ao encanto dos jardins românticos que espalhados por Penafiel se encontram. Já no que respeita à gastronomia local, nada como provar o cabrito e o anho assados no forno. Mas, para quem preferir o peixe, será obrigatório experimentar o sável frito ou a lampreia à bordalesa. A acompanhar estes pratos, há a proposta do vinho verde, típico desta zona do país. Entretanto, quem procura um lugar com apetência natural para a prática de desporto ao ar livre não precisa de ir mais longe. Basta recordar que, em Penafiel, atividades como o BTT, o hipismo ou tiro e caça encontram variado espaço para que os seus admiradores se possam reunir, aproveitando as boas acessibilidades que, como dito, ajudam a aproximar Penafiel de algumas das principais cidades do norte litoral português.

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MATER ET MAGISTRA A propósito deste projeto educacional em Paredes, conversámos com Tiago Coelho, diretor do colégio.

COLÉGIO CASA MÃE

O Colégio Casa Mãe existe há 27 anos e hoje é uma referência na arte de ensinar e formar crianças e jovens no concelho de Paredes e em toda a região ao nível da educação. Como e quando surge este projeto? O Colégio Casa-Mãe surgiu como um pequeno projeto de ensino pré-escolar que foi crescendo e tem atualmente 27 anos de existência, que tem marcado várias gerações de alunos na região. A cultura de proximidade familiar está muito presente. O equilíbrio entre família e escola e preparar os alunos para um mundo cada vez mais global são os vossos principais objetivos? O Colégio Casa-Mãe rege-se pelo lema ‘mater et magistra’, uma vez que é ‘mãe’ no cuidar e no acolher e é ‘mestra’ no ensinar e no estimular as crianças e adolescentes que frequentam a nossa escola. O espírito familiar é a nossa forma de estar: os nossos alunos podem experienciar um ambiente tranquilo e seguro, propício para a aprendizagem. A nossa proximidade e comunicação contínua com os encarregados de educação permite potenciar o sucesso escolar dos nossos alunos. Na sua perspetiva a que se deve o sucesso do vosso colégio? No Colégio Casa-Mãe trabalhamos uma cultura do mérito... talvez o sucesso resulte do esforço e dedicação dos alunos, pais e professores. São muitas e variadas as atividades que desenvolvem ao longo do ano dentro e fora do âmbito escolar. Em que medida estas são uma mais valia para os vossos alunos? O nosso currículo é muito rico em visitas de estudo, palestras, atividades dentro e fora da escola, que estimulam outro tipo de competências. Em termos extracurriculares, os nossos alunos podem frequentar inúmeras atividades desde desportivas, como o hip-hop, o ballet, a natação, o andebol, o vólei, o karaté, assim como atividades musicais como o coro, o piano, a guitarra, o violino, e outras atividades como a robótica, as línguas estrangeiras ou o xadrez. A nível de projeto educativo, recebem crianças e jovens desde a creche ao secundário, passando pelo pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º ciclo. Quantos alunos, neste momento, estudam no Colégio Casa Mãe e quais os serviços que disponibilizam? Neste momento temos cerca de 500 alunos, desde a creche ao ensino secundário. Esta oferta educativa permite que os nossos alunos possam sair do Colégio diretamente para o Ensino Superior. Toda a nossa filosofia pedagógica 80 | PORTUGAL EM DESTAQUE

assenta no estímulo do pensamento crítico e do trabalho colaborativo, competências fundamentais para o mundo global. Por outro lado, temos uma forte aposta no ensino do inglês que é diário a partir dos 3 anos e que permite que os nossos alunos se preparem para os Exames de Cambridge e que ganhem competências linguísticas muito robustas nesta língua estrangeira. A partir do 2º ciclo, os nossos alunos experienciam contacto precoce com o francês e o alemão. Este ano, o Colégio Casa-Mãe iniciou uma revolução em termos digitais e já temos várias turmas já abandonaram os livros em papel e só usam tablets. Já há vários anos que o Colégio Casa-Mãe é uma eco-escola. Com o enorme espaço verde do recinto escolar, os nossos alunos têm a oportunidade de tratar dos animais da quinta, andar de pónei, praticar arvorismo, cuidar da horta e fazerem experiências na estufa. Temos também um serviço de psicologia e orientação profissional que apoiam todos os alunos de uma forma transversal. Para aumentar a proximidade com os nossos alunos, o Colégio tem uma moderna rede de transportes própria. Quais as perspetivas e/ou projetos de futuro para o Colégio Casa Mãe? O futuro passa pela consolidação do projeto educativo do Colégio Casa-Mãe, acompanhando e reagindo à evolução frenética que assistimos hoje em dia. Continuar a preparar cidadãos capacitados com competências que lhes permitam trabalhar num mundo global e em constante metamorfose.


OUTRAS REGIÕES

EM DESTAQUE

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BELEZA NATURAL

apoio fundamental do seu executivo e também da Câmara Municipal.

Falar da União de Freguesias de Aboim, Felgueiras, Gontim e Pedraído é falar de uma imensidão de belas paisagens, todas elas bastante particulares de cada uma das freguesias que a completa. Ficmos a conhecer a mesma pelas palavras de António Novais, presidente da União de Freguesias.

O Moinho de Vento e o Museu Em Aboim podemos encontrar o Centro Interpretativo – Aldeia Pedagógica da Montanha e do Centeio. Na aldeia de Aboim há largos anos, e visto por muitos como uma ruína no meio do nada, o Moinho de Aboim foi recuperado numa iniciativa conjunta da Junta de Freguesia de Aboim, à época, Câmara Municipal de Fafe e do projeto LEADER. Com a colaboração fundamental dos descendentes do construtor do moinho e dos seus atuais proprietários, renasceram as memórias e objetos que viriam a fazer parte do museu. António Novais faz questão de frisar que na sua reconstrução foram utilizados apenas materiais e técnicas tradicionais. O projeto abriu portas a 6 de abril de 2008, integrando desde 2007 a Rede Portuguesa de Moinhos e a Sociedade Internacional de Molinologia. Com o objetivo de complementar a temática de usos e costumes da aldeia, a freguesia sentiu ser necessária a criação do Centro Interpretativo – Aldeia Pedagógica da Montanha e do Centeio, instalado na antiga escola primária de Aboim. O espaço interativo conta com diversas multivalências e reúne exploratórios e ateliers onde é possível aprender, reviver e, claro está, recordar. Este espaço educativo conta ainda com diversas atividades pedagógicas e visitas guiadas. De referir igualmente o projeto da Associação Cultural, Social e Desportiva de Pedraínho, que tem o propósito de revitalizar uma das tradições mais antigas da localidade, o linho. Esta unidade artesanal de produção do linho funciona de terça a sábado e está aberta ao público, não só para que possam adquirir algumas peças, mas também para conhecerem todo o processo por trás da criação das mesmas.

UNIÃO DE FREGUESIAS DE ABOIM, FELGUEIRAS, GONTIM E PEDRAÍDO

ANTÓNIO NOVAIS Em Aboim, podemos apreciar as maravilhosas paisagens dos lugares de Barbeita de Cima e de Baixo, Figueiró e Mós, consideradas verdadeiras belezas naturais. Em Gotim encontramos o Alto de Morgair, onde podemos deslumbrar o nascer do Rio Vizela e um fojo medieval, dos tempos de caça ao lobo e outros animais selvagens. Já Pedraído é conhecido pelas suas tradições, usos e costumes. Aqui, os processos do linho e da lã ganham destaque e são muito apreciados pelos turistas. Finalmente, Felgueiras, apesar de pequena, é reconhecida por todos pelas suas magníficas paisagens que merecem ser visitadas. António Novais está a frente desta União de Freguesia e revela à Portugal em Destaque que esta união revelou-se um pouco complexa, “pois estamos a falar de uma área superior a 30 km2, ou seja, uma extensão que torna muito mais dificil a nossa tarefa primordial que é estar perto das pessoas”. O nosso interlocutor confessa existirem algumas lacunas a nível social, nomeadamente no que concerne ao apoio domiciliário à população mais idosa. “Também fomos afetados pelo fenómeno da emigração, e os jovens que ficam optam por se deslocar para o centro da cidade. Por isso mesmo, a nossa população sénior é muito vasta e ainda não coseguimos apoiar todos como gostaríamos”. Para os mais novos que ficam, há também alguma falta de apoios e coletividades que os possam receber para algumas atividades lúdicas. António Novais diz, com orgulho, que faz o que considera ser melhor para a sua freguesia, e conta com o

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Principal romaria A Festa de Nossa Senhora das Neves é uma das principais e mais simbólicas romarias no concelho de Fafe. Todos os anos, na última sexta-feira do mês de agosto, muitos devotos sobem à Lagoa para rezarem, cumprirem promessas e, também, para colocar a imagem de Nossa Senhora das Neves na cabeça. “Acredita-se que este ato funcione como um exorcismo, passando na linguagem popular de ‘tirar o diabo’, dando a segurança aos fiéis que ficaram livres de todo o mal”, refere o edil. Projetos a nível turístico António Novais revela que gostaria imenso de deixar associado ao seu mandato a construção do projeto turístico ‘Varandas do Gerês’, um empreendimento de várias casas em madeira para alojamento turístico. O projeto está pronto e tem o apoio de vários investidores privados, assim como do executivo da Câmara. “Seria uma mais valia enorme à freguesia, até porque o empreendimento ficará muito próximo dos nossos percursos pedestres, que só por si atraem dezenas de turistas. Havendo condições de alojamento, acredito que esse número cresceria substancialmente. As condições estão reunidas, e muito me aprazaria arrancar com o projeto ainda durante o meu mandato”, finaliza.


TURISMO DE EXCELÊNCIA NO CORAÇÃO DO MINHO

Num espaço onde a natureza impera, a quinta administrada desde 1989 por Teresa Lencastre e Luís Veloso Ferreira, data do século XVII. Herdada pelo casal, inicialmente era apenas um destino de férias da família, mas a beleza e a sua importância histórica tornaram a Quinta de São Vicente o espaço ideal para o turismo no espaço rural. Situada na localidade de Geraz do Minho, Póvoa de Lanhoso, a quinta é constituída por três casas com arquitetura tipicamente minhota, onde se podem admirar canastros, eiras de pedra e ainda uma capela do ano de 1627, com um interessante retábulo de sabor popular. A quinta é composta pela casa principal de São Vicente, que possui três quartos duplos, com casa de banho completa e saída para o exterior. A Casa do Caminho é composta por dois pisos com cozinha/sala, saída para o exterior e casa de banho completa. No piso superior encontramos um Open Space (quarto duplo/sala) com acesso ao exterior através de uma grande varanda. A Casa da Eira tem dois quartos duplos, ambos com casa de banho com-

pleta, uma pequena sala e kitchenette. Todas as casas têm acesso ao exterior através de varandas, delas se podendo observar aquilo que as serra envolventes têm para oferecer. Com um rico espólio literário e histórico, que os proprietários fazem questão de preservar, a Quinta de São Vicente é também constituída por uma propriedade de 20 hectares plantados a kiwis. Existe, ainda, uma produção residual de vinho verde. A Quinta de São Vicente é o local ideal para passar umas férias, ou um fim de semana tranquilo e relaxante, em plena natureza, num ambiente acolhedor, perto de Braga, Guimarães e a 20 quilómetros do Parque Nacional da Peneda Gerês. Caminho S. Vicente, 337 4830 - 313 Geraz do Minho Póvoa de Lanhoso - Portugal Telefone: 259 633 566 Email: info@quintavicente.com www.quintasaovicente.com

SENSAÇÕES GASTRONÓMICAS O Retiro da Cabreira abriu as portas ao público em 2012 e desde de então tem feito sucesso por terras minhotas.

RETIRO DA CABREIRA

Situado a dois quilómetros do centro da vila de Vieira do Minho, é possível disfrutar da bela Serra da Cabreira num ambiente tranquilo e acolhedor, acompanhado com comida regional,num espaço constituído por duas zonas, um para eventos ou para refeições. Carlos Silva, proprietário do espaço, explicou o porquê da criação desde projeto. “Veio combater algumas falhas do nosso concelho, com aposta na qualidade e no bom serviço da gastronomia regional, é um projeto que tem pernas para andar. Somos uma referência já a nível nacional e internacional, e derivado ao grande grau de emigrantes que estão no estrangeiro, começamos já agendar serviços para os grandes meses do ano (julho, agosto e setembro). Nos finais do ano também é uma grande afluência com a época de Natal”. O Retiro da Cabreira preza-se pela sua qualidade de serviço. O segredo do sucesso está na confeção e na escolha da comida que representa por inteiro a região. O best-seller é claramente a Posta à Vieira, que de acordo com Carlos Silva, “é um naco de

carne grelhado na brasa que tem uma particularidade porque tem uma fusão de vinho tinto e de alho. Digamos que é uma especialidade e foi com esse prato que abrimos esta casa”. Dentro do menu também é possível encontrar cabrito da serra marinado, tornedó com pleurotos, papas de sarrabulho, entrecôte à chefe, bife de boi, secretos de porco bísaro, bacalhau no forno e polvo à lagareiro. A ementa é normalmente mudada de dois em dois meses e essencialmente é feito de acordo com a época. Segredo do sucesso Quando questionado sobre o porquê deste sucesso, Carlos Silva, respondeu de uma forma muito assertiva, afirmado que o motivo, passa pela “qualidade e o serviço prestado e acima de tudo, humildade e o respeito pelos nossos clientes, a nossa matéria prima é de muita qualidade, as carnes regionais, o cabrito da serra, os vinhos da região do Alto Minho e os vinhos verdes”. Rua do Imigrante, 102 4850-273 Pinheiro - Portugal 00351 932 905 447 | 00351 253 741 210 retirodacabreira@gmail.com www.retirodacabreira.com

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