21º DOMINGO APÓS PENTECOSTES
25 OUT 2020
PRÉDICA: MATEUS 22.34-46
LEVÍTICO 19.1-2,15-18 1 TESSALONICENSES 2.1-8
Claudete Beise Ulrich
Amar é um ato revolucionário que se revela no viver cotidiano
1 Introdução Este texto é escrito num momento histórico extremamente difícil no Brasil. Há muita falta de empatia e facilmente espalha-se o ódio por aqueles e aquelas que não pensam igual ou vivem de forma diferente. Neste sentido, a resposta de Jesus aos fariseus sobre qual é o grande mandamento na lei continua atualíssima. Precisamos recuperar a empatia, o respeito e o amor a todos e todas sem preconceito ou discriminação. O que nos torna verdadeiramente humanos é aprender a amar e servir ao outro e deixar a outra pessoa ser ela mesma. Não precisamos tornar a outra pessoa à nossa imagem e semelhança. Aprender a respeitar a outra pessoa é sinal de crescimento e de amadurecimento cristão e cidadão. Qual é o grande dos mandamentos na lei? Essa pergunta ainda soa entre nós e a resposta de Jesus nos leva a uma transformação na vida cotidiana e a uma religação tríplice: com Deus, com a pessoa próxima e conosco mesmos. A leitura do Antigo Testamento de Levítico 19.1-2,15-18: [...] Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor, lembra a importância do amor ao próximo. A vingança e a ira não devem ser guardadas ou exercidas, mas o amor ao próximo como a si mesmo deve ser praticado. Isso está na lei e é assinado pelo Senhor. O texto de Novo Testamento (1 Tessalonicenses 2.1-8) afirma que Paulo, Silvano e Timóteo dirigem-se à igreja dos tessalonicenses não somente para oferecer o evangelho, mas a própria vida. Assim, querendo-vos muito, estávamos prontos a oferecer-vos não somente o evangelho de Deus, mas, igualmente, a própria vida; por isso que vos tornastes muito amados de nós (1Ts 2.8). Tudo o que Paulo, Silvano e Timóteo fizeram foi motivado pelo amor a Deus, sem se preocupar com bajulações às pessoas ou com ganâncias pessoais, razão pela qual eles foram amados. As narrativas do Novo e do Antigo Testamento apontam para o ponto central da prédica que é a necessidade urgente de recuperar o sentido profundo do amor como experiência humana ligada a Deus.
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