2º DOMINGO DE ADVENTO
08 DEZ 2019
PRÉDICA: ROMANOS 15.4-13 ISAÍAS 11.1-10 MATEUS 3.1-12
Ricardo Brosowski
Misericórdia gera concórdia!
1 Introdução É Advento. Tempo de espera e de esperança. Tempo em que as comunidades preparam suas festividades para o período natalino. Tempo em que famílias organizam suas celebrações. Tempo em que pessoas pensam em presentear-se mutuamente, mesmo que seja num simples amigo secreto. Ou seja, Advento é tempo em que os relacionamentos estão em alta. O texto bíblico do Antigo Testamento nos aponta para o ramo de Jessé, de onde brotará um renovo, uma nova esperança. O texto do evangelho nos mostra um João Batista que prepara o caminho do Senhor. Ambos os textos são clássicos do período de Advento. Possuem um caráter histórico, mas também um viés escatológico. Afinal, qual é a tarefa do anúncio da mensagem de Jesus, senão anunciar a vinda derradeira do Senhor? Esse anúncio tem como espaço principal as comunidades, seja a de Roma ou as nossas. O problema é que as comunidades, em todos os tempos e lugares, são formadas por pessoas (pecadoras, egocêntricas e teimosas). Por isso o texto de Paulo aos romanos tem uma atualidade voraz e um questionamento central: quem é Cristo para a comunidade? A partir disso e da lembrança de que Deus é misericordioso, somos chamados a viver comunidade olhando para esse Cristo.
2 Exegese As cartas do apóstolo Paulo são uma interpretação teológica da vida, morte na cruz e ressurreição de Cristo. A Carta aos Romanos não é diferente. A história da comunidade de Roma começa antes de Paulo. Há notícias de que a mensagem sobre Cristo já havia sido pregada na sinagoga local. Não é possível informar quem a fundou, mas se sabe que ela foi formada por pessoas cristãs advindas do mundo judeu e do mundo gentílico. Paulo se dirige aos dois grupos. Lutero escreve, em seus prefácios a textos bíblicos, que nesse capítulo Paulo faz de Cristo um exemplo, a fim de serem tolerados também os fracos em decorrência de pecados conhecidos ou costumes impróprios. Esses fracos não devem ser repudiados, mas suportados, até que melhorem. Em suma, devemos fazer aquilo que Cristo fez – e continua fazendo – por nós. Ele suporta nossos muitos vícios, maus costumes, nossas imperfeições e ainda nos ajuda sem cessar.
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