Jornal Evangélico Luterano - Ano 45 - nº 791 - Janeiro e Fevereiro 2016

JORNAL EVANGÉLICO LUTERANO - IGREJA EVANGÉLICA DE CONFISSÃO LUTERANA NO BRASIL - ANO 45 - JAN/FEV 2016 - Nº 791

Alegria de viver

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2º Encontro de Ministras da IECLB

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Busquemos o bem e não o mal

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A graça no mundo 'sem graça'

Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2016

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Editorial

Alegria de viver

E

m 2016, vamos continuar a ‘visita’ que o Jorev faz aos Sínodos da IECLB, iniciada em 2009, e completar esse ciclo de intercâmbio de ações e experiências. Começando na primeira edição de 2015, dedicamos as Editorias Sustentabilidade, Comunicação, Formação (eixos transversais do Plano de Ação Missionária da IECLB - PAMI), Tema do Ano e Vai e Vem (Campanhas nacionais para a unidade e de ofertas para a missão, respectivamente) a um Sínodo de cada vez. Nesta edição, é o Sínodo Rio dos Sinos que responde: Em que estágio se encontra a implementação do Planejamento Estratégico nas Comunidades no Sínodo?, O que tem dado certo no âmbito da Comunicação (com o objetivo de, como Igreja, cumprir a missão de Deus) na área de abrangência do Sínodo?, Na região do Sínodo, quais são as ênfases para a qualificação de Ministros e a capacitação de leigos? Como o Tema do Ano, ou seja, a proposta de um único tema a ser refletido durante o ano por toda a Igreja, auxilia o Sínodo a promover a unidade no seu cam-

po de atuação? e O quanto a promoção de uma Campanha nacional de missão, a Vai e Vem, auxilia no sentido da conscientização para a solidariedade entre os membros desta Igreja?

Na Editoria Atualidade, leia sobre o 2º Encontro de Ministras da IECLB, ocorrido de 17 a 19 de novembro de 2015, em Florianópolis/SC, sob o tema De Eva à Maria: a construção do feminino.

Na Editoria Presidência, Pela graça de Deus, somos livres para cuidar - Busquemos o bem e não o mal é o título da Mensagem, de autoria da Pa. Sílvia Genz, Pastora 1ª Vice-Presidente da IECLB.

Rumo às comemorações dos 500 anos da Reforma Luterana, que serão completados em 2017, o Jorev continua a série especial Lutero - Reforma: 500 anos, iniciada em 2012. Em 2016, todos os textos são escritos à luz do Tema do Ano: Pela graça de Deus, livres para cuidar. Nesta edição, o P. Dr. Oneide Bobsin apresenta a reflexão A graça no mundo ‘sem graça’.

Na Editoria Fé Luterana, de maneira a estimular a reflexão sobre a confessionalidade luterana e os ensinamentos da Bíblia, dois Ministros, uma Pastora e um Pastor, discorrem sobre Alegria de viver: entre o ideal e o possível.

Na Editoria Geral, leia sobre a caminhada permanente da Educação Cristã Contínua na IECLB. Missão: diaconia e inclusão ganhou destaque na Editoria Comportamento.

Gottes Wege é o título da meditação da Editoria Deutsche Seite.

Na Editoria Compartilhar, a Comunidade luterana partilha momentos significativos da vida cristã.

Boa leitura!

Em 2016, vamos completar o ciclo de ‘visitas’ que o Jorev faz aos Sínodos da IECLB

Atendimento ao leitor Mariana Mattos Paim Ferreira Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419

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A sua opinião é fundamental no nosso trabalho. Conhecer as suas preferências, ouvir as suas dicas de pauta, as suas sugestões para o jornal e os seus comentários sobre as matérias e as meditações é muito importante para que possamos oferecer um Jorev sempre melhor para você.

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Capa

Imagem que convida a pensar sobre a celebração da vida, presenteada pela graça salvadora de Deus, em referência aos textos A alegria de viver e Entre o ideal e o possível. Leia reflexões especiais na Editoria Fé Luterana, página 11.

Braço diaconal da IECLB Com muita alegria, a Diretoria, o Conselho Deliberativo e a equipe da Fundação Luterana de Diaconia (FLD) expressam gratidão a Deus, à Presidência, à Secretaria Geral e à equipe de Comunicação da IECLB pela matéria sobre a Celebração de aniversário dos 15 anos da FLD, na Editoria Atualidade, no Jorev Luterano de novembro/ 2015. Agradecemos ainda mais efusivamente pelo presente de a nossa logomarca comemorativa estar na capa dessa mesma edição!

Com carinho, mantemos vivas na nossa caminhada as palavras do Pastor Presidente da IECLB, P. Dr. Nestor Friedrich, pronunciadas durante a celebração: A Fundação Luterana de Diaconia é um dos braços diaconais da IECLB. O seu mandato é o de apoiar projetos que visem à defesa de direitos constitucionais. Por meio do apoio a estes projetos, a FLD testemunha, em nome da IECLB, o amor de Deus pelo mundo e pela Criação. A FLD completa 15 anos. É ainda muito jovem, mas justamente a sua juventude tem-lhe permitido buscar o novo e ousar passos diferentes na construção de sinais do Reino de Deus.

Sigamos irmanadas e irmanados no testemunho do amor de Deus!

Em diaconia transformadora, Pa. Cibele Kuss Secretária Executiva da FLD

Pastor Presidente P. Dr. Nestor Friedrich Secretária Geral Diác. Ingrit Vogt Jornalista Letícia Montanet Reg. Prof. 10925

Revisão (Alemão) Margret Reus Administrativo Mariana Ferreira ISSN 2179-4898 Cartas - Sugestões de pauta - Artigos - Anúncios

Rua Senhor dos Passos, 202/5º - 90.020-180 - Porto Alegre/RS

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Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2016

Curtas

OFERTAS NACIONAIS Saber cuidar

Reconhecimento merecido

Rotary Leste destaca aluna da EST Os clubes de Rotary têm longa tradição de homenagear estudantes como forma de promover a Educação.

Criado há três anos para reconhecer alunos e alunas que se destaquem por desempenho, responsabilidade e bom relacionamento, o Prêmio Cândida Gemma Daí Prá Bocassus é uma homenagem à honorária Cândida. Este ano, a premiação foi direcionada para discentes da Faculdades EST, em São Leopoldo/RS. A aluna indicada pela Reitoria da Faculdades EST foi Ângela Isabel Beroth Dillenburg, do Curso de Licenciatura em Música, que recebeu o seu diploma de ‘Aluna Melhor Companheira’, em reunião ocorrida em 24 de novembro de 2015, no Auditório Dr. Ernesto Schlieper.

A apresentação de Ângela foi feita pela Coordenadora do Curso de Licenciatura em Música, Profª Drª L a u r a Franch da Silva, e pelo Pró-ReiÂngela Isabel Beroth Dillenburg, tor de Endo Curso de Licenciatura em Música, recebeu o diploma de ‘Aluna Melhor Companheira’ sino e Extensão, Prof. Cat. Dr. Remí Klein. A Profª Laura falou sobre o currículo de Ângela, que também é formada em Jornalismo, e a respeito da indicação para a honra. O Prof. Remí mencionou o tempo em que Angela foi Professora das suas filhas, no Colégio Sinodal, estabelecendo uma relação com o papel dela como aluna, hoje, da Faculdades EST, além da sua atuação pública na área da Educação, presidindo, atualmente, o Conselho Municipal de São Leopoldo. Em alusão a este momento de premiação, o Pró-Reitor de Ensino e Extensão compartilhou uma palavra do Educador Paulo Freire que, em seus últimos escritos, em Pedagogia da Indignação, deixou a seguinte mensagem: ‘Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda’.

A ‘Aluna Melhor Companheira’ ficou surpresa com a homenagem. “Quando fui chamada pela Reitoria, logo argumentei sobre o fato de ser uma aluna mais velha, com tantos colegas jovens iniciando a vida acadêmica. Foi muito relevante o fato de eu ter voltado à Universidade depois dos 50 anos, realizando o sonho de ter o Curso Superior de Música”, disse Ângela, que atua na docência há 35 anos.

“Procuro sempre estar com os meus colegas, contar com eles assim como eles contam comigo nas diferentes áreas de atuação. Participei de todas as Semanas Acadêmicas, ministrando Oficina, sendo aluna. Atualmente, integro o Centro Acadêmico”, ressaltou Ângela sobre seu papel dentro da Faculdades EST. “Talvez essa seja a grande diferença: não estou correndo atrás de um diploma para um concurso ou comprovação do que faço, mas, sim, me tornando melhor a partir daquilo que penso que faço bem: educação. A educação com música me faz ser uma eterna aprendiz”, destacou a discente do Curso de Licenciatura em Música.

O Tema do Ano da IECLB para 2016, Pela graça de Deus, livres para cuidar, vem acompanhado dos subtemas: A salvação não está à venda, As pessoas não estão à venda e A natureza não está à venda. O Lema bíblico, de Amós 5.14a, Buscai o bem e não o mal, estimula a reflexão à luz da ética.

Tradicionalmente, janeiro e fevereiro são os meses preferidos para o período de férias. Neste época, muitas pessoas migram para praias, campings e serras. Cuidar e preservar a natureza é importante e merece atenção de cada pessoa – também nas férias!

Então, veja algumas ações bem importantes a serem observadas nos espaços onde desfrutamos as nossas férias: - segundo pesquisas, a concha é um dos itens mais colecionados do mundo, perdendo apenas para selos, moedas e cédulas. No entanto, as conchas são muito importantes para manter o equilíbrio entre as espécies e o ambiente local. Então, admire e até fotografe, mas não as leve para casa; - ao fazer uma trilha, não jogue nada na mata, não quebre galhos de árvores nem pegue pedras para levar. Cada elemento, se tirado do seu ambiente natural, pode causar danos ao microssistema que há no local; - faça as suas caminhadas em silêncio, aprecie a natureza e não assuste os animais; - no camping, procure usar detergente, xampus e condicionadores biodegradáveis, que não prejudicam a água dos rios; - evite garrafas plásticas e copos descartáveis. Leve térmicas com água e copos permanentes; - na praia, recolha o seu lixo em sacolas, evitando que ele contamine a areia ou venha a ser recolhido pelo mar; - ao final do acampamento, leve todo o seu lixo embora; - se estiver em um hotel, seja consciente quanto ao uso racional da água e da energia elétrica. Às vezes, pode parecer pouco, mas, se cada pessoa fizer a sua parte, o efeito será imenso.

Aproveite o tempo de descanso, recupere as forças para o novo ano e desfrute este período com cuidado e respeito à natureza, presente maravilhoso de Deus.

Cat. Maria Dirlane Witt Coordenadora de Educação Cristã Secretaria Geral da IECLB

10 de janeiro 1º Domingo após Epifania Trabalho diaconal na IECLB Vivemos em uma sociedade dinâmica.

Como Igreja, precisamos nos atualizar para que o nosso servir ao próximo consiga acompanhar todas estas mudanças. Também precisamos continuar exercendo a voz profética do Evangelho, denunciando as injustiças e contribuindo para a construção de um mundo mais justo e igualitário para todas as pessoas viverem.

Caminhar junto a pessoas em situações de sofrimento e injustiça exige preparo, sensibilidade e disponibilidade, que precisam ser aprendidos, exercitados e aperfeiçoados, por meio de cursos, seminários e materiais sobre diaconia.

31 de janeiro 4º Domingo após Epifania Fortalecimento da atuação da ADL Durante quase 60 anos, a Associação Diacônica Luterana (ADL) tem sido um importante centro de formação de lideranças comunitárias da IECLB, que busca cativar adolescentes com a vivência e o ensino de Música, Diaconia e Catequese.

Muitos alunos, após o período de formação na ADL, buscam o estudo de Teologia ou outra formação nas áreas humanas.

A ADL atua promovendo formação complementar à educação regular com jovens albergados, reforçando as áreas da ética, da cidadania, do desenvolvimento comunitário, das artes e do protagonismo juvenil. Para a realização desse trabalho, a ADL conta com o apoio de todas as Comunidades da IECLB. 21 de fevereiro 2º Domingo na Quaresma Fundo de Missão no Exterior Irmã Doraci J. Edinger Ao longo da história da IECLB, as Comunidades receberam Pastores e Missionários do exterior. Esse trabalho despertou a fé e contribuiu para a edificação de Comunidades e a constituição da própria IECLB. Hoje, a IECLB tem Ministras e Ministros atuando em outros países, como a Alemanha e a Suíça, por exemplo.

O trabalho missionário não é isento de perigos. Isto ficou claro em 2004, com o assassinato da Irmã Doraci Edinger, Diaconisa da IECLB, em Moçambique, que dedicou a sua vida às Comunidades empobrecidas deste país, de 1998 a 2004. Esse fundo, que leva o nome da Irmã Doraci, quer fomentar o trabalho da IECLB no exterior em parceria com Igrejas-irmãs.

INDICADORES FINANCEIROS UPM Janeiro/2016

3,9553

Índice Dezembro/2015 1,00% Acumulado 2015

12,58%

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Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2016

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Atualidade

2º Encontro de Ministras da IECLB De Eva à Maria: a construção do feminino P. DR. ONEIDE BOBSIN

Arautos de desgraças Por que tantas más noticias?

Por que os grandes os meios de comunicação espalham más notícias quando há tantas experiências boas para serem comunicadas? Essa foi a pergunta que fiz ao Jornalista que comanda um programa de rádio do qual participo quinzenalmente. Sabendo a resposta, fiz outra pergunta: Por que preciso saber que um trem descarrilou no interior da Índia e matou dez pessoas, não tendo eu chance nenhuma de auxiliar aquelas famílias?

Não sei as respostas, mas, fora do ar, o Jornalista ‘matou a charada’. Se não anunciarmos desgraças, diminui a audiência e perdemos os patrocinadores.

Afinal, são as desgraças e as notícias ruins que mantêm certo público ligado ao rádio e com os olhos pregados nas páginas policias dos jornais.

Violência, sexo, futebol, corrupção e temas envolvendo desgraças vendem muito e muito mesmo! É o ‘antiEvangelho’ que chama a atenção e não o Evangelho, a Boa Notícia. Essa não dá audiência.

‘Notícias ruins correm rápido’, disse um vizinho preocupado com o sumiço do seu sobrinho.

Uma pessoa estudiosa do comportamento humano disse que a atração pela desgraça nasce do sentimento estranho de que o outro está em uma situação pior que a minha. Além disso, sinto que estou vivo.

Penso que essa seja uma parte da verdade. A outra pode estar relacionada à manipulação interesseira: desanimar as pessoas, torná-las impotentes, acomodá-las. Já que a sociedade é uma droga, vamos consumi-la assim como nos é apresentada! Obviamente, alguém lucra muito com isso.

As boas notícias do Natal de Jesus, no cântico de Maria, uma mulher simples do povo, vão na contramão do desânimo imposto pelos poderes.

Vale a pena lembrar algumas palavras sobre o Deus que não focou nos palácios: Agiu com força de seu braço, dispersou os homens de coração orgulhoso.

Depôs os poderosos de seus tronos, e a humildes exaltou.

(Lc 1.46-56).

Outra mulher grávida, Maria Aparecida, sorridente e com a mão na barriga, diz para o Repórter que há esperança, apesar de a casa estar soterrada de rejeitos de minério de ferro da Samarco. É uma boa notícia, como aquela inscrita em um quadro dado a Leonardo Boff por um paciente psiquiátrico: Sempre que nasce uma criança é sinal de que Deus acredita no ser humano. Especialmente, se for em uma estrebaria, entre animais.

Deus acredita no ser humano

As salas do Centro de Retiros, junto com a capela da Casa Matriz, oferecem um espaço ideal para retiros, encontros e eventos.

As instalações da hospedagem contam com quartos com banheiro, refeitório e local para estacionamento.

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o dia 17 de novembro de 2015, às 14h, teve início o 2º Encontro de Ministras da IECLB, realizado em Florianópolis/SC, sob o tema De Eva à Maria: a construção do feminino.

Na saudação, as Ministras foram desafiadas a se integrar na caminhada iniciada por Eva e Maria, recordando as suas histórias de viO 2º Encontro de Ministras da IECLB foi realizado em Florianópolis/SC da, as suas lutas e os seus desafios – em palavras e com lenços coloridos, que foram pendurados na árvore do jardim especialmente preparado para a ocasião.

Na bagagem, cada participante levou sementes, folhas e tecidos e, organizadas em grupos, montaram símbolos que expressaram a caminhada de vida pessoal e ministerial. Todos esses momentos ocorreram embalados por muitas canções.

O P. Marcos Bechert, Secretário do Ministério com Ordenação, da Secretaria Geral da ‘De Eva à Maria: a construção do feminino’ foi o tema do evento IECLB, levou a saudação do Pastor Presidente da Igreja, P. Dr. Nestor Friedrich, e desejou um abençoado encontro.

A abordagem do tema foi conduzida pela Professora Pa. Dra. Ivone Richter Reimer, à luz do texto de Gênesis 1.26 a 4.1. A Pa. Ivone, a partir do estudo exegético, apresentou uma nova forma de interpretar os textos e apontou desafios para uma releitura e para a reconstrução do feminino nos relatos da Criação.

A celebração do Ágape marcou o final do primeiro dia. A pergunta Com quem estamos ‘O que estamos conversando pelo caminho?’ motivou reflexões conversando/seguindo pelo caminho? proporcionou momentos de comunhão e de construção ro, Gerações e Etnias, da Secretaria da Ação de confiança entre as participantes.

Comunitária, da Secretaria Geral da IECLB, No segundo dia, as Ministras foram con- planejará o evento. vidadas a olhar para aquela colega que a marNo encerramento, as Ministras foram cou e a inspirou no Ministério. Na ocasião, foi desafiadas a reafirmar, em todos os lugares encenada a visitação de Maria a Isabel. onde estiverem, a igualdade na diferença.

A Pa. Silvia Genz, 1ª Vice-Presidente da A partir da narrativa bíblica e da história IECLB, saudou as participantes, desejando de cada uma e de todas, foram estimuladas forças e coragem para seguir testemunhan- a não entrar na ‘trama’ da hostilidade, mas do o Evangelho, enfrentando todos os males. juntar forças e dons em torno do que une.

Na celebração, em um gesto simbólico, veO dia também foi de partilha de experiências sob a pergunta motivadora: O que estamos las foram acesas e dispostas em formato de conversando pelo caminho?, sob duas perspecti- cruz, em memória de crianças, jovens, pessoas vas: o que aconteceu desde o primeiro encon- adultas e pessoas idosas de todas as partes do tro de Ministras até agora e as propostas para mundo, pelas quais todas oraram. Os hinos as comemorações dos 500 anos da Reforma, continuaram sendo embalados pelas Musicistas Cladis Steuernagel e Henriette Hillbrecht. especialmente para 2017.

Os lenços colocados na árvore do jardim No terceiro e último dia do Encontro, 19 de novembro, as Ministras conversaram so- foram retirados e as palavras nele escritas fobre a possibilidade de um novo Encontro, ram pronunciadas no grande círculo formaem 2018. Para tanto, foi eleita uma Comissão, do no pátio da casa: O que as Ministras levaram formada por Pa. Ana Isa dos Reis, Diác. Ân- de Eva e de Maria para o seu Ministério.

Muitos abraços e bênçãos encerraram este gela Lenke, Pa. Regene Lamb e Cat. Rosilene Schulz, que, junto à Coordenação de Gêne- 2º Encontro de Ministras da IECLB.

Em meio a abundante natureza, o ambiente tranquilo e acolhedor favorece a reflexão, a integração e o lazer.

Dispomos de serviço de hospedagem, individual ou em grupos, ideal para realização de retiros, eventos ou para aqueles que desejam apenas hospedar-se aqui.

Av. Wilhelm Rotermund, 395 - Morro do Espelho - São Leopoldo Fone: (51) 3037-0037 | retiros@diaconisas.com.br | www.diaconisas.com.br

Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2016

Presidência

Pela graça de Deus, somos livres para cuidar

N

ovo ano! Tempo de novas escolhas em meio a velhas notícias: injustiças, violência, acidentes, mortes prematuras... Não queríamos mais ouvir essas notícias, mas, infelizmente, são fatos!

Na IECLB, iniciamos o ano sob o Tema Pela graça de Deus, livres para cuidar e acompanhados pela palavra bíblica de Amós 5.14a, que nos convoca a buscar o bem e não o mal.

Somos feitos dos nossos gostos, das nossas escolhas e das nossas vivências, o que nos torna únicos. Com o nosso jeito de ser e viver, construímos o mundo. Somos únicos, mas também membros integrantes de um corpo maior. Nós somos responsáveis por este mundo e pela vida que nos cerca.

Buscai o bem e não o mal! Façamos aquilo que nos faz bem e que faz bem

para o nosso mundo. Cuidemos uns dos outros como irmãos e irmãs, sejamos aquilo que queremos que os outros sejam conosco. Gentileza gera gentileza!

Muitas pessoas já devem ter ouvido essa frase, muito popular... mas o que significa gentileza? Somos gentis quando a nossa vida é colocada a serviço do próximo, da próxima, quando mostramos ao outro o quanto ele é importante, quando não marcamos dia, hora ou regras para a nossa ternura, quando ouvimos e buscamos entender as outras pessoas.

Conta uma fábula africana que um macaco à beira do rio, ao ver um peixe pulando, decidiu salvá-lo do afogamento. Quando o retirou da água, imediatamente o peixe se debateu sufocando-se.

No entanto, com a certeza de estar fazendo o bem, o macaco se admirava, pensando: ‘Como o peixe está feliz!’. Não

como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.

PA. SILVIA GENZ Pastora 1ª Vice-Presidente da IECLB

Sede Nacional da IECLB

Comissão de Designação e Envio

Planejamento Participativo Continuado Janeiro/Fevereiro

No dia 26 de novembro de 2015, na Sede Nacional da IECLB, em Porto Alegre/RS, foi realizada a Reunião da Comissão de Designação e Envio, que tem como objetivo enviar Candidatos e Candidatas ao primeiro Campo de Atividade Ministerial, além de analisar os pedidos de novo envio, de acordo com as vagas.

A relação dos Ministros Candidatos aprovados e das Ministras Candidatas aprovadas no Exame Pró-Ministério, ocorrido nos dias 6 e 7 de novembro, na Casa Matriz de Diaconisas, em São Leopoldo/ RS, foi publicada no Portal Luteranos.

A Comissão de Designação e Envio, coordenada pelo Pastor Presidente, P. Dr. Nestor Friedrich, teve como participantes o Pastor 2º Vice-Presidente e Pastor Sinodal do Sínodo Norte Catarinense, P. Inácio Lemke, o Pastor Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém, P. Joaninho Borchardt, o Presidente do Conselho da Igreja, Almiro Wilbert, a representante Sinodal do Sínodo Noroeste Riograndense no Conselho da Igreja, Ledy Zimmermann, a Secretária da Habilitação ao Ministério, Cat. Dra. Haidi Drebes, a Secretária de Formação, Cat. Ma. Débora Conrad, e o Secretário do Ministério com Ordenação, P. Marcos Bechert.

Os encaminhamentos da Comissão de Designação e Envio foram divulgados no dia 3 de dezembro, no Portal Luteranos.

Os Cultos de Ordenação ao Ministério Eclesiástico estão previstos para os meses de janeiro e fevereiro de 2016.

Para maiores informações, acesse o Portal Luteranos.

demorou muito para o peixe, então fora da água, morrer. Foi o suficiente para o macaco, do alto da sua suposta sabedoria, concluir: ‘Se tivesse chegado antes, teria salvado o pobre animal’.

Dizer que está errado é fácil, mas, juntos, buscarmos acertar é melhor.

Difícil é quando a suposta razão está com cada pessoa. Impossível é quando não há reconhecimento do erro.

Temos muita informação e falta-nos formação. O estudo da Palavra em Comunidade, que nos conduz à ação do bem-viver, fortalece na escolha do bem e na correção do erro, do mal.

Em Romanos 12.2, lemos: Não vivam

......

Busquemos o bem e não o mal

24/1 Ordenação Conjunta ao Ministério Eclesiástico Porto Alegre/RS P. Nestor Friedrich Pa. Sílvia Genz P. Inácio Lemke 31/1 Ordenação Conjunta ao Ministério Eclesiástico Santa Maria de Jetibá/ES Pa. Sílvia Genz P. Inácio Lemke 10/2 Lançamento da Campanha da Fraternidade Ecumênica Brasília/DF P. Nestor Friedrich 21/2 Ordenação Conjunta ao Ministério Eclesiástico Horizontina/RS P. Nestor Friedrich 25-26/2 Conferência das Igrejas da CILCA (Comunión de Iglesias Luteranas em Centro América) San Salvador/El Salvador Pa. Sílvia Genz

Com o objetivo de cumprir com a missão que Deus confiou à IECLB, a Presidência e a Secretaria Geral da Igreja vêm trabalhando no Planejamento Participativo Continuado 2015-2018.

Para analisar a caminhada feita até aqui pela Presidência, pelas Secretarias, pelas Coordenações e pelos Núcleos da Igreja, foi realizado um Encontro, nos dias 10 e 11 de dezembro de 2015, no Centro de Espiritualidade Cristo Rei (Cecrei), em São Leopoldo/RS. A iniciativa foi avaliada positivamente pela equipe, que teve uma rica oportunidade de conviver, dialogar, compartilhar dificuldades, alegrias, perceber qual é o papel estratégico de cada um e cada uma na estrutura, mas, principalmente, o quanto é positivo construir conjuntamente, em equipe, na perspectiva da colaboração, com vistas ao fortalecimento da missão.

Para a Secretária Geral da IECLB, Diác. Ingrit Vogt, precisamos contribuir com responsabilidade, pois vamos deixar o nosso legado. Nesse sentido, é fundamental ter prioridades definidas e o Planejamento é parte desse processo.

No encerramento, o P. Nestor compartilhou a sua satisfação com a possibilidade de realizar este Encontro, como uma oportunidade de avaliar sobre o que a equipe conversou pelo caminho, em alusão ao Lema da Igreja para 2015.

Mensagem da Presidência para o Natal Deus se comunica com a humanidade. Deus se comunica com a gente! Ele se aproxima das suas criaturas, solidariza-se de uma forma singular onde há fragilidade e precariedade. Essa comunicação e essa presença de Deus são lembradas todos os anos por ocasião do Natal.

Neste Natal, desejo que em sua vida pessoal, em sua família, em sua Comunidade, entre a gente, entre povos e nações, o gesto amoroso do Deus revelado no menino nascido na manjedoura de Belém seja acolhido e celebrado de forma renovada!

Em 2016, o Tema da IECLB reafirmará e convidará: ‘Pela graça de Deus, livres para cuidar’. O Tema reafirmará a ação diária de Deus em nosso favor, por sua graça! Ele nos convida para, com base nos critérios da ética, cuidar da gente e do mundo que Deus ama: ‘Buscai o bem e não o mal’ (Amós 5.14a), diz o Lema do Ano. Trechos da Mensagem da IECLB para o Natal 2015, emitida pelo P. Dr. Nestor Friedrich, em nome da Presidência da Igreja.

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Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2016

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Sustentabilidade

Sustentabilidade: a busca pelas condições necessárias para uma vida digna

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Já no surgimento da Igreja cristã, o apóstolo Paulo chamava a atenção para o quanto uma pessoa cristã é dependente de outras e o quanto uma Comunidade cristã é dependente de outras – e o quanto devem ser solidárias!

uando oramos o Pai Nosso, pedimos a Deus pelo sustento de cada dia: o pão nosso de cada dia nos dá hoje! Se, nessa oração, pedimos pelo pão nosso e não pelo pão individual, assumimos o compromisso de repartir o que nos vem de Deus. Se, por exemplo, compartilhamos dificuldades e dores entre nós, cabe-nos também compartilhar consolo e cura. Isso significa: dar e receber apoio e sustentação. Quando reunimos as condições necessárias para uma vida digna, na vida pessoal e comunitária, temos Sustentabilidade.

Estes três termos, que têm a mesma raiz, apontam para a estreita e mútua relação entre o pessoal e o coletivo. Deus nos anima a ver que cada ser humano é uma pessoa igualmente desejada e amada por Ele. Quem tem essa compreensão passa a ver na outra pessoa uma irmã, um irmão e, juntos, reconhecem em

Deus o seu Pai, auxiliando-se, assim, mutuamente.

Já no surgimento da Igreja cristã, o apóstolo Paulo chamava a atenção para o quanto uma pessoa cristã é dependente de outras e o quanto uma Comunidade cristã é dependente de outras – e o quanto devem ser solidárias! A imagem do corpo humano, tão bem descrita por ele, ilustra este fato. Se os membros estiverem desunidos, o corpo não tem Sustentabilidade.

A partir desta compreensão, o Sínodo Rio dos Sinos destina a maior parte das ofertas ao Fundo de Missão do Sínodo, que tem como objetivo auxiliar na Sustentabilidade de Comunidades e Paróquias que passam por dificuldades financeiras. Das 39 Paróquias e Comunidades com função paroquial, cerca de 16 necessitam de apoio financeiro para fazer frente aos seus compromissos no momento. Destas,

Luterprev Responde

ajudando a planejar o seu futuro Você sabia que... ...o estilo de vida dos pais é o maior problema para controlar o consumismo dos filhos?

Em uma pesquisa do SPC Brasil, 47% das mães admitiram não ter regras para dar presentes aos filhos, enquanto 25,5% disseram ceder a birras e chantagens das crianças e 22% afirmaram que os seus filhos têm padrão de vida acima daquele do da família. É preciso atenção, pois a incapacidade de estabelecer limites e regras claras para compras ou presentes é fator de risco para formar filhos excessivamente consumistas. ...o ideal é aplicar 10% da renda para a aposentadoria?

Pelo menos, o equivalente a 10% dos rendimentos precisa ser reservado para a aposentadoria, mas, se a poupança co-

meçar tarde, será preciso investir mais do que isso, já que o tempo de contribuição será menor. O ideal é entender que o aumento da longevidade e o desejo, quase unânime, de aposentar-se cedo representam mais tempo vivendo às custas do que foi investido. É por isso que, quanto mais cedo esses valores forem aplicados em um plano de previdência privada, mais chances há de, na aposentadoria, conseguir manter o poder de compra, mesmo sem trabalhar. ...em 2050, o Brasil terá de 238,2 milhões de habitantes?

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), este será o auge de habitantes do país. A partir daí, o número encolherá e, em 2100, seremos apenas 200,3 milhões de pessoas, 7,5 milhões a menos do que hoje. Ao que tudo indica,

cinco ainda se ressentem fortemente do rompimento que houve com o movimento carismático. Outras cinco são consideradas áreas missionárias, nas quais a IECLB deve continuar investindo. Seis contam com um número reduzido de membros e ainda não alcançaram – ou ainda não recuperaram – a sua autonomia financeira. Por meio das ofertas destinadas ao Fundo de Missão do Sínodo, todas as Comunidades ligadas ao Sínodo auxiliam na Sustentabilidade destas que, momentaneamente, estão fragilizadas. Além disso, várias destas Comunidades são auxiliadas pelas demais Comunidades da IECLB com a complementação da Subsistência Ministerial que lhes é concedida.

Para auxiliar as Comunidades na sua gestão, principalmente nas questões relacionadas ao planejamento da sua ação missionária e no controle da sua contabilidade, o Sínodo Rio dos Sinos contará, a partir deste ano, com um Assessor específico para esta atividade. O Sínodo também oferece a Presbíteros e Presbíteras, desde 2015, um curso de formação com os temas: Planejamento Estratégico, Igreja e dinheiro e Novo modelo de avaliação adotado pela IECLB. Para 2016, estão previstos encontros regionais sobre o tema da Gestão Comunitária.

Outras formas de investir na Sustentabilidade das Comunidades estão em estudo, na perspectiva que a formação é fundamental, o acompanhamento é necessário e a disposição para servir é essencial.

“Investimos em sustentabilidade na perspectiva que formação é fundamental, acompanhamento é necessário e disposição para servir é essencial”, frisou o P. Me. Edson Edilio Streck, Pastor Sinodal do Sínodo Rio dos Sinos

o Brasil passará pelo mesmo processo de encolhimento da população já vivido por países europeus.

...mais comunicação no trabalho pode significar menos estresse?

Pesquisas mostram que as principais causas de estresse no ambiente de trabalho, por ordem decrescente, são: o descompasso de informações, problemas com prioridade de tarefas, metas irreais, mudanças de prazos, liderança confusa, atribuição de tarefas pouco claras, distorção de funções, falta de colaboração e coordenação, falta de força de vontade da equipe e incerteza sobre o próprio papel no projeto. São problemas com várias origens e o consenso é que tornar mais clara e direta a comunicação é o começo para chegar a uma boa solução.

...em 2055, haverá mais idosos do que jovens no Brasil?

A expectativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de que o número de sexagenários supere o de pessoas com até 29 anos de idade daqui a 40 anos. A boa notícia é que esses idosos provavelmente estarão aproveitando bem a vida. Prova disso é que os idosos estão investindo em lazer, voltando a estudar e até mesmo ao mercado de trabalho, mantendo-se ativos, longe da caricata receita ‘sofá, pantufas e pijamas’.

Visite o site luterprev.com.br e faça também uma simulação para sua aposentadoria complementar e/ou para assistência financeira. No site, você encontra um link para encaminhar perguntas à coluna. Se preferir, envie-a diretamente para luterprev@ luterprev.com.br, com o assunto Jorev.

Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2016

Comunicação

Criatividade, ousadia e realização: estimulando a boa comunicação entre nós “Não é possível prescindir da comunicação impressa mesmo na era da comunicação digital”, destacou o P. João Artur Müller da Silva, integrante do Conselho Assessor de Comunicação do Sínodo Rio dos Sinos

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ntre os seus Conselhos Assessores, o Sínodo Rio dos Sinos recebe orientação e ajuda do Conselho Assessor de Comunicação, criado para atuar no campo da Comunicação nos diferentes âmbitos e setores. As oito pessoas que integram esse Conselho são membros de Comunidade e têm experiência e conhecimento na área da Comunicação. Os nossos dois Assessores – P. Jaime Jung e P. Heitor Meurer –, assim como o Pastor Sinodal, P. Me. Edson Streck, e a Presidente do Conselho Sinodal, Elisabetha Kannenberg, também participam das reuniões deste Conselho.

Todas as propostas deste Conselho são dirigidas à Diretoria do Sínodo, que, por sua vez, faz nova discussão e toma as suas decisões.

Neste formato, em 2015, entre outros, os seguintes assuntos estiveram na pauta de reflexão, discussão e encaminhamentos.

Jornal Sinos da Comunhão: assuntos que dizem respeito a seções, colaboradores e assuntos são motivos de reflexão e elaboração de propostas.

Folheto para divulgação do Sínodo: mesmo que as informações sobre as atividades do nosso Sínodo estejam no site e no jornal, está em estudo a elaboração de um folheto impresso com informações básicas sobre o Sínodo para distribuição em Seminários, Congressos e Assembleias.

Não é possível prescindir da Comunicação impressa mesmo na era da Comunicação digital!

1ª Mostra Cultural de Vídeos do Sínodo Rio dos Sinos: a Mostra foi gestada pelo Conselho Assessor de Co-

A Mostra Cultural de Vídeos do Sínodo Rio dos Sinos foi gestada pelo Conselho Assessor de Comunicação, em parceria com a Rádio União FM municação, em parceria com a Rádio União FM. O público-alvo foram grupos de Juventude Evangélica e alunos de escolas da Rede Sinodal de Educação. A tarefa consistia na produção de vídeos de, no máximo, três minutos de duração, valendo-se de um desses temas: Reforma Luterana, Família ou Tema/Lema da IECLB para 2015. A divulgação dos vídeos vencedores e a entrega dos prêmios aconteceram no dia 3 de dezembro de 2015, na sede do Sínodo, em São Leopoldo/RS, com a presença de representantes dos grupos de juventude e escolas participantes. Esta iniciativa recebeu o apoio integral da Diretoria do Sínodo, que já acenou para uma nova edição, em 2016. Os vídeos classificados nas duas categorias, Grupos de Juventude e Escolas, estão disponíveis na página do Sínodo no Facebook.

Para 2016, o Conselho propôs a realização de duas Oficinas de Co-

Uma visão integradora da amplitude e da diversidade da atuação da IECLB nos mais diferentes contextos.

ACESSE, PARTICIPE, CURTA, COMENTE E COMPARTILHE!

IgrejaEvangelicadeConfissaoLuterananoBrasilOficial luteranos.com.br

municação para Ministros e lideranças. Os temas e as datas serão definidos no começo do primeiro semestre de 2016. Com este planejamento, o Conselho colabora com a formação de Ministros e lideranças na área da Comunicação.

Encontra-se em discussão a utilização do boneco de Martim Lutero, da Playmobil, no clima da celebração dos 500 anos da Reforma. Algumas ideias já foram discutidas, mas o assunto estará em pauta nas primeiras reuniões do Conselho em 2016.

Criatividade e ousadia são ingredientes da Comunicação cristã.

Elas são como molas propulsoras das propostas e dos projetos que nascem no Conselho e são encaminhadas para a Diretoria do Sínodo.

O Conselho Assessor de Comunicação contribui decisivamente no aperfeiçoamento da nossa maneira de informar e de estimular a boa Comunicação entre todos nós.

IECLB

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Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2016

Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2016

Unidade

8 Unidade

Lutero - Reforma: 500 anos A graça no mundo ‘sem graça’

Libertados para cuidar do Brasil Quando olhamos para o símbolo da IECLB, nos deparamos com a cruz sobre o globo terrestre, ambos contornados pelos traços arquitetônicos do Palácio da Alvorada, em Brasília/DF. A explicação sobre o símbolo da Igreja, disponível no Portal Luteranos, expressa que a mensagem de Cristo quer ser vivida no Brasil e quer nos ajudar a enfrentar diariamente os problemas nacionais. Já no preâmbulo da Constituição da IECLB, o mesmo compromisso é assumido: somos Igreja de Jesus Cristo Brasil.

A pergunta pela relação entre a nossa fé evangélico-luterana e o nosso país nos reporta aos idos de 1500, quando o Brasil e a Reforma Protestante nasciam, com uma diferença de 17 anos.

Assim, o nosso compromisso com os problemas nacionais brasileiros nos leva a perguntar pelo significado da Reforma articulada por Martim Lutero desde os seus primórdios, pois os nossos problemas nacionais não nasceram no século XX. Certamente, os reformadores do século XVI não tinham uma percepção daquilo que veio a ser o continente americano, mas aqui a mensagem da Reforma chegou de diversas formas, entre elas pela formação da nossa Igreja, a partir da imigração alemã.

A primeira pergunta para quem anuncia que, Pela graça de Deus, [somos] livres para cuidar, Tema do Ano da IECLB para 2016, exige que nos reportemos à escravidão de negros, índios e às formas modernas de violência contra as pessoas no Brasil.

Não podemos ignorar a escravidão como marca cruel na vida de povos vindos da África por quase 400 anos. Se não olharmos para esta história cruel, não compreenderemos os nossos problemas nacionais na relação entre liberdade e cuidado, pois renegamos um povo escravizado e que produziu a riqueza nacional. Como viver, pois, a liberdade da fé em um país marcado por quase 400 anos de escravidão? Esta pergunta deve nos perseguir nestas páginas, pois, como disse Lutero, na fé, somos senhores e, no amor, servos/escravos.

Quando eram apresadas na África, por conta dos mercadores da carne negra aliados a lideranças locais, as pessoas eram obrigadas a dar um número x de voltas em torno da ‘árvore do esquecimento’, para esquecer a vida comunitária na África.

Aquelas pessoas que sobreviviam às péssimas condições nos navios, eram batizadas sem catequese e distribuídas em fazendas. A Igreja cristã de então servia ao projeto de escravidão, abençoando as formas mais cruéis de vida. Era mais barato comprar um escravo dos mercadores das nações cristãs da Europa que oportunizar a negros e negras ter filhos no Brasil. A família, pois, era desmantelada sob a escravidão. Se, hoje, confessamos, como subtema do Tema 2016 que As pessoas não estão à venda, isto ainda não se tornou verdade para a maioria da população brasileira, que é negra e parda, mas também para os pobres brancos. Escravos, como mercadorias, eram comprados e vendidos. Tudo isto fora abençoado pelas Igrejas cristãs, que batizam os negros e as negras – não para a liberdade para a qual Cristo nos libertou, mas para a escravidão. A cruz tornou-se símbolo de negação da vida e não de libertação do pecado e da morte, como testemunhamos no Batismo.

Estudiosos do Brasil, como o conservador Gilberto Freyre, disse que o senhor branco católico tinha três mulheres. A branca era para casar e constituir família ‘puro sangue’, a fim de garantir a herança para as futuras gerações, de uma terra doada pelo governante português, extraída pela força dos índios. A mulher negra servia para o trabalho.

Já a mulata era usada para os prazeres impostos pela força. Se ficasse grávida, sempre tinha um feitor para eliminar os herdeiros e as suas mães indesejadas. Assim, as capitanias hereditárias chegam até nossos dias, promovendo o cativeiro da terra.

Assim, seres humanos continuam à venda, como no passado.

Assim, a cruz continua o sendo para os escravos e para os seus descendentes um instrumento de tortura e não de libertação.

Quanto à salvação? Esta continua sendo vendida no mercado de igrejas e religiões, transformando, assim, a graça em desgraça.

Recentemente, ouvimos de uma Intelectual negra que o chicote de hoje sobre o nosso povo vem pela demonização das religiões de matriz africana por parte de lideranças evangélicas, anunciadoras do Evangelho pago com dízimos que enriquecem pastores.

A escravidão continua pelo evangelismo da prosperidade, esquecendo tais pregações das palavras fundamentais de Jesus no Sermão do Monte: Ninguém pode servir a dois senhores. Com efeito, ou odiará um e amará o outro, ou se apegará ao primeiro e desprezará o segundo. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro (Mt 6.24) Cruzes e árvores Na prédica de Natal, quando o templo encheu por três vezes, o Pregador foi muito feliz ao resgatar os sonhos das três árvores sobre um monte. Um delas queria ser um baú de joias raras em um palácio. A outra queria ser um navio para transportar reis e rainhas. A terceira queria crescer mais alto, para que as pessoas,

ao olharem a sua altura, vissem os céus. Todas foram cortadas por lenhadores que nada entendiam de sonhos nem de árvores.

A primeira virou um cocho de estrebaria, onde Maria colocou o menino Jesus. A segunda foi transformada em um barco de pobres pescadores, que Jesus usou para atravessar o mar com os seus discípulos. Enquanto Jesus dormia, veio um temporal e o temor tomou conta de todos. Então, Jesus acalmou a tempestade e questionou o medo como falta de fé. A terceira, jogada em um canto, foi transformada na cruz de Jesus.

Com a teologia do sucesso e da prosperidade, tão atraentes, nos equivocamos ao pensar que Deus atende os nossos desejos.

Pelo contrário, cremos em um Deus que olha para as nossas necessidades. Os desejos das árvores foram renegados pelo crime ecológico, mas Deus os transformou em sinais de salvação. Esta é a nossa esperança como povo.

Quando olhamos para o símbolo da IECLB, nos deparamos com a cruz sobre o globo terrestre, ambos contornados pelos traços arquitetônicos do Palácio da Alvorada, em Brasília/DF: a mensagem de Cristo quer ser vivida no Brasil e quer nos ajudar a enfrentar diariamente os problemas nacionais.

A gente se acusa de pecador A nossa violenta história do Brasil e do seu povo foi marcada pelo ferro em brasa dos senhores nos corpos escravizados, como se fosse uma circuncisão. É possível olhar para este passado e para o presente, ainda com as marcas das cicatrizes do mal, com o olhar da graça que nasce da cruz e que abraça a todos os crucificados de ontem e de hoje? Estou convicto que devemos para o Brasil a mensagem da Reforma Luterana, embora ela esteja presente de forma velada no meio do povo, sob as cinzas da verdade detida pela injustiça (Rm 1.18).

No verão, li pela terceira vez Guimarães Rosa. Em Grande Sertão: Veredas, há um personagem estranho, Riobaldo, que se encanta com a mensagem protestante em meio a conflitos violentos. Ele próprio diz que em todos nós há um sertão. Vejam apenas algumas frases dele, que mostram o espírito protestante no meio do povo do sertão, como linguagem que buscamos para viver a nossa fé nos sertões do Brasil:

- O senhor saiba: eu toda a minha vida pensei por mim, forro, sou nascido diferente... Divêrjo de todo mundo... Eu quase que não sei, mas desconfio de muita coisa. Não estaria aí o espírito protestante de vertente luterana?

- Eu podia ser padre sacerdote, se não fosse chefe de jagunços: para outras coisas não fui parido. Nestas duas vocações estranhas, Riobaldo não vive a ideia de que somos, ao mesmo tempo, justos e pecadores?

- Todo mundo é louco. O senhor, eu, nós, as pessoas todas, por isso que se carece principalmente de religião: para ‘desdoidecer’, ‘desdoidar’. Reza é que salva da loucura. Vida de fé baseia-se na oração, que nos liberta da loucura.

- Quando posso, vou no Mindumbim, onde um Matias é crente, metodista. A gente se acusa de pecador, lê alto a Bíblia e ora, cantando hinos belos deles. Tudo me aquieta, me suspende. Qualquer sombrinha me refresca, mas é só muito provisório. [...] Muita gente não me aprova, acham que lei de Deus é privilégio. Riobaldo aprende do crente metodista a se acusar de pecador. Nada mais próximo da vida de Lutero e dos seus ensinamentos.

- Viver é muito perigoso... Querer o bem com demais força, de incerto jeito, pode já estar sendo se querendo o mal, por principiar. Aqui se atualiza a parábola do joio e do trigo.

Assim, poderíamos mostrar a confessionalidade evangélico-luterana em muitos lugares da sua obra. Tais frases poderiam ser encontradas com outras palavras nos escritos de Lutero. Dentre elas, portanto, destaco uma que curaria o mar de corrupção e o dilúvio de rejeitos de minério de ferro do nosso Brasil: a gente se acusa de pecador, lê alto a Bíblia. Quando o pecado é privatizado ou escondido dos outros, a corrupção passa a ter espaço. Os pecados precisam se tornar públicos, os meus, os seus e os nossos. Imagino um culto no qual nos acusamos de pecadores, sem nada a esconder. Seríamos curados da nossa corrupção e das nossas loucuras.

Lutero acusou o pecado da Igreja da época, reconheceu que de si não alcançaria a graça e não poupou críticas a governantes. Para ele, um governante justo seria uma ave rara. Também criticou a usura, os juros. Hoje, seria um ferrenho crítico dos lucros do sistema financeiro e não adotaria uma visão de liberdade de mercado, porque fomos libertados para amar. Acusaria tanto a corrupção do mercado como a do Estado, sem ignorar o pecado individual.

No momento em que fecho o texto, nos primeiros dias do novo ano, chega a triste notícia de um crime de racismo. Um menino indígena, de dois anos, é degolado por um homem no colo da sua mãe, à luz do dia, em uma rodoviária, repetindo, assim, a história de milhões de mortes ao longo de 500 anos.

Por que tal crime de racismo? Porque ainda se vende a salvação, se compram a natureza e os seres humanos. No entanto, como dizem Lutero e Riobaldo, tudo é muito provisório, por isto cantaria com a mãe e o pai daquela criança indígena morta: O Verbo eterno vencerá as hostes da maldade.

As armas, o Senhor nos dá: Espírito, Verdade.

Se a morte eu sofrer, se os bens eu perder: que tudo se vá! Jesus conosco está.

Seu Reino é nossa herança.

(HPD 97)

P. Dr. Oneide Bobsin, graduado em Teologia (Pastorado) pela Faculdades EST, em São Leopoldo/RS, Mestre em Ciências da Religião (Pentecostalismo: Prática e Representação), Doutor em Sociologia da Religião (Trabalhadores protestantes urbanos: religião e ética do trabalho), ambos pela Pontifícia Universidade Católica - PUC/SP, foi Reitor da Faculdades EST (2007-2014) e integrou a Comissão da Verdade/RS. Atualmente, é Professor titular da EST em Ciências da Religião, coordena o Núcleo de Estudo e Pesquisa do Protestantismo (NEPP), edita o veículo ‘Protestantismo em Revista’, além de realizar pesquisas e estudos sobre as relações das manifestações do Protestantismo com outros fenômenos religiosos brasileiros e globais.

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Formação

Sempre há novos desafios, novos temas e novas dinâmicas, o que exige capacitação específica

“A Formação nunca se esgota, por isso a dinamicidade dos Conselhos ajuda a olhar com mais atenção as tantas necessidades das pessoas e das Comunidades”, compartilhou a Pa. Cleide Olsson Schneider, Assessora para Organização de Eventos do Sínodo Rio dos Sinos

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m 2010, o Sínodo Rio dos Sinos investiu na elaboração do Plano de Ação Missionária da IECLB (PAMI). Em consequência, foi criado o Conselho de Planejamento Estratégico, que define metas, pensadas a partir de um tema eleito como prioritário para a ação do Sínodo no quadriênio, e submete à Assembleia Sinodal e/ou ao Conselho Sinodal. Para o quadriênio 2015-2018, o tema continuará a ser Missão urbana.

De forma que as ações de Formação possam ser realizadas, foram criados oito Conselhos Assessores (Conselho Assessor de Missão Urbana e Evangelização, Conselho Assessor de Diaconia, Conselho Assessor de Acompanhamento Pastoral, Conselho Assessor de Formação e Articulação Comunitária, Conselho Assessor de Gestão Comunitária, Conselho Assessor de Educação Formal, Conselho Assessor de Comunicação e Conselho Assessor de Mobilização de Recursos), que recebem a tarefa de elaborar projetos que atendam ao tema prioritário e à demanda do Sínodo.

O Conselho de Formação e Articulação Comunitária é composto por pessoas que integram alguns setores no Sínodo: Juventude Evangélica (JE), Ordem

Auxiliadora de Senhoras Evangélicas (Oase), Legião Evangélica Luterana (Lelut), Culto Infantil e Conselho Sinodal de Música, além de outras pessoas que se interessam pela Formação. Algumas atividades de Formação são pensadas em conjunto com outros Conselhos, como a Formação para Ministros e Ministras, que se dá em diálogo com o Conselho Assessor de Acompanhamento Pastoral. Outros setores organizados, como o de Terceira Idade e da Pessoa com Deficiência, integram o Conselho Assessor de Diaconia.

Para 2015, o foco na Formação continuada de Ministros e Ministras foi Família, a partir do contexto do Antigo Testamento (1º encontro) e Resiliência como crescer com as crises (2º encontro). Em 2016, os temas de Formação vão tratar sobre Análise de conjuntura e Perdão (nas dimensões teológica, psicológica e médica). Ainda na área pessoal, o Sínodo investe na capacitação de líderes de Comunidades, Ministros e Ministras para a Resolução de conflitos.

Na área da Formação para líderes comunitários, experimentamos uma nova modalidade em 2015. Atividades de Formação para o novo formato de avaliação, planejamento e mobilização de recursos (Igreja e dinheiro) foram oferecidas especificamente para Presbíteros e Presbíteras. Comunidades e Paróquias próximas formam Núcleos. No âmbito sinodal, há cinco Núcleos.

A Formação de Presbíteros, que teve lugar em todos os Núcleos, aumentou a participação de 30 a 40 pessoas para mais de 300 em todo o Sínodo!

Dentro do contexto urbano, este ‘novo jeito’ alcançou um número mais expressivo de pessoas. A intenção é que esta metodologia se repita no novo ano. O investimento na Formação de Presbíteros e Presbíteras prossegue.

O tema da Gestão Comunitária será trabalhado em todos os Núcleos. Também a capacitação para o trabalho com crianças, adolescentes e jovens será oferecida em encontros regionais.

A Formação nunca se esgota. Sempre há novos desafios, novos temas, novas dinâmicas que exigem capacitação específica. A necessidade de cuidar das dúvidas que surgem no dia a dia é imprescindível. Neste sentido, a dinamicidade dos Conselhos ajuda a olhar com atenção as tantas necessidades das pessoas e das Comunidades.

Secretaria da Ação Comunitária Feliz Ano novo! O Poeta gaúcho e alegretense Mario Quintana dizia que, muitas vezes, a felicidade está muito próxima da gente, só que temos tanta coisa para fazer que não a enxergamos. É como o vovô que procura os óculos tendo-os na ponta do nariz.

Tem muito de simplicidade naquilo que entendemos ser felicidade. Para muita gente, felicidade é ter uma cama quente onde dormir ou um prato diário de comida ou um lápis e um caderno para escrever as lições da escola ou poder fechar os olhos sem ouvir barulho de tiros ou bombas.

Toda pessoa em sua sã consciência almeja a felicidade, por isso desejamos, a cada virada de ano, que o próximo seja feliz – ou mais feliz. Só que muita gente no mundo teve o seu direito de ser feliz negado ou até mesmo roubado.

Em 2016, a IECLB irá refletir sobre o Tema Pela graça de Deus, livres para cuidar e o Lema, de Amós 5.14a, Buscai o bem e não o mal. Um dos três subtemas é As pessoas não estão à venda. Por que se chegou a este subtema? Por que é preciso reafirmar, em pleno século 21, que as pessoas não estão à venda? É preciso reafirmar este subtema porque muita gente ainda é roubada, enganada, vendida, comercializada, transformada em mercadoria. São pessoas, principalmente mulheres jovens, mas também crianças, vendidas para o trabalho ilegal, a escravidão ou a prostituição. O tráfico humano é a terceira

maior indústria criminosa do mundo, perdendo apenas para o comércio de drogas ilícitas e a venda ilegal de armas. Estima-se que de 20 a 30 milhões de pessoas sejam vítimas desse comércio e que ele gere um lucro de 32 bilhões de dólares ao ano. É por isso que precisamos bradar: Não!

As pessoas não estão à venda. Pessoas não estão à venda, porque são criaturas de Deus, são o rosto do próprio Deus. Elas têm direito à felicidade – e nós podemos ajudar.

Fica o convite para, nestas férias, abrirmos os olhos, os ouvidos e a boca para qualquer violação dos direitos humanos.

P. Dr. Mauro Souza Secretário da Ação Comunitária Secretaria Geral da IECLB

Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2016

Fé Luterana 11

Viver: entre o ideal e o possível A alegria de viver Sabe qual é a minha alegria? Poder voar! Ser uma borboleta que passa, volta e meia, por metamorfoses ambulantes. Muitas vezes, metamorfoses sofridas para sair do casulo que acomoda ou que não encontra tempo para o essencial. Minha outra alegria? Compartilhar a vida com as pessoas amigas e verdadeiras, que não têm receio de mostrar os seus monstros e as suas angústias, o seu riso e as suas gulas.

Também sinto alegria de nadar! Ser peixe que desova lá no alto depois da cachoeira borbulhante e cheia de promessas ‘não inalcançáveis’. Gosto de ser abelha, que trabalha em busca do mel, mesmo com pouca flor por aí, e que percorre grandes distâncias para encontrar água. Ser girassol também é muito bom, me faz mirar o Sol e me orientar pela rotação e pela translação da vida.

A alegria vem de ser o que gostamos de ser. A alegria tem poder! Ela desarma projetos de mesquinharias e motins de rabugices, amolece padrões e questiona verdades absolutas que se sentem autossuficientes. Não precisa muito! Melhor, quanto menos precisa, mais intensa a alegria. As coisas boas são as coisas mais simples, aquelas que não custam nem um centavo, como um beijo, um sorriso, um abraço, um carinho, um suspiro, um olhar... O verbo da alegria é esperançar e, assim, transbordar.

A fé nos desafia a vivenciar a alegria. Jesus ensinou que, na vida, precisamos de pouco. Precisamos de água potável e fresca, fruta madura tirada do pé e sem agrotóxico, colo de alguém que nos ame e ore por nós, um bolo cheiroso com café coado no coador de algodão, flores naturais com ramos de alecrim para cheirar pela casa, pão integral e feito com mãos que traba-

lham dia a dia, sem precisar de ‘farinha melhorada’.

Nessa mesa, não queremos a televisão ligada.

Desejamos olhares de cumplicidade, de doçura e de incentivo, palavras sem pressa e sem violência, canções na varanda, com poesia de cada geração. A alegria custa tão pouco! O gosto por cultivar a alegria está no cotidiano, nas entrelinhas, nos biscoitos feitos com a nata do leite de quase uma semana. A alegria é o antídoto para a covardia em escolher os caminhos mais fáceis e vantajosos, mas que matam o espírito. A vida presenteada pela graça de Deus vem ser brilho no olhar de cada dia. A vida tem amarguras e dores incontáveis, mas as bênçãos de Deus são infinitas. A mão protetora e cuidadosa de Deus Mãe orienta nas travessias da vida.

Deus tem sonhos! Creio, sem duvidar nem por um segundo, que os sonhos de Deus não morrem jamais! Sonhos que Ele deixa conhecermos e outros cheios de mistérios. Um dos seus sonhos é que as pessoas tenham coragem de sonhar com Ele um novo tempo, novos céus e nova terra, em que a justiça, o perdão, a paz e a alegria sejam o pão de cada dia.

Não guarde pra você a sua alegria. Conte, espalhe, testemunhe, contagie!

Creio que Deus, quando tira um tempo para o descanso, olha sorrindo toda essa esperança, toda essa simples alegria, solta uma gargalhada, fica satisfeito com toda essa luz, olha para a sua obra e sai dançando, pega uma carona com as borboletas e voa sem olhar no relógio... Deus, querido, graças dou por esta vida que me há dado tanto.

Pa. Elisabet Lieven, formada pela Faculdades EST, em São Leopoldo/RS, exerceu o Ministério Pastoral na Paróquia de Funil, em São José do Mantimento/MG, na Paróquia no Vale do Paraíba, em São José dos Campos/SP, e na Comunidade em Teófilo Otoni/MG. Atua, desde fevereiro, na Paróquia em Santa Maria de Jetiba/ES

Para refletir, leia Lucas 15.8-9

Entre o ideal e o possível

P. em. Irineu Valmor Wolf, formado pela Faculdades EST (Curso Teológico Complementar), em São Leopoldo/RS, exerceu o Ministério Pastoral nas Paróquias em São João/PR, Canela/RS, Indaial/SC e Blumenau/SC, além de ter ocupado o cargo de Pastor Vice-Sinodal do Sínodo Vale do Itajaí.

Atua como Pastor Voluntário em Indaial/SC e integra a Equipe de Mentoria Espiritual (Acompanhamento a Estudantes de Teologia da IECLB)

Nada é de graça! Eis uma máxima do nosso tempo, em que a atitude de bem sempre espera pela recompensa de alguém. Isso está tão incrustado na nossa consciência e na nossa mente, na nossa prática social, que as tentativas de revelar a graça, os lampejos de generosidade e as manifestações de solidariedade são vistas e acolhidas como jogadas de interesse.

No ano de Olimpíada, somos levados a novamente exultar com os poucos que subirão no pódio, ao lado e à revelia de tantos que serão esquecidos, mesmo que tenham também dado o melhor de si. Há tantos que, em sua vida e luta, se veem desqualificados e pouco recompensados por todo esforço e por toda a dedicação...

O trabalhador conta os dias até que complete um mês e, assim, receba o justo salário, mas, e se fosse diferente: primeiro o salário, depois a resposta com o trabalho? Afinal, a pessoa precisa, primeiro, comer para, então, poder trabalhar. Fomos agraciados com o dom da vida para, então, vivê-la. Fomos criados, agasalhados, cuidados, instruídos, preparados e libertados - para: criar, agasalhar, cuidar...

Só se pode dar o que se tem. Somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras (Efésios 2.10). O apóstolo considera o empenho e ação humanas, mas lembra que todo o nosso fazer integra um projeto maior de Deus, que envolve misericórdia e cuidado, a natureza e todas as filhas suas, todos os filhos seus.

Ele nos deu vida juntamente com Cristo (Efésios 2.5). Isto nos faz ver e ser diferente para com tudo e todos. O que, antes, era um canal de líquido fé-

tido, pode novamente ser um riacho de águas límpidas, onde os peixes não boiam e se deixam levar, mas nadam contra a correnteza. A vida pode nos jogar no rio poluído, mas não precisamos morrer nele. Muito depende da atitude de cada um, de cada uma, como das ações políticas, que, como sabemos, podem evitar ou prever catástrofes.

Busquemos o bem e não o mal (Amós 5.14a), desafia o profeta. Mesmo sabendo que a nossa ação acontece entre o ideal e o possível, queremos e podemos dar o melhor de nós. O atleta de Jesus Cristo, mesmo sem a glória da medalha de ouro, não perde o seu valor, pois a salvação não depende do seu esforço. Na promessa da coroa incorruptível, todos têm vez, pois, em Cristo, novas criaturas já nos fez.

Somos salvos por graça, dom de Deus, para que ninguém se glorie. Ainda assim, é preciso nadar, contra a correnteza e correr para o alvo, lembrando do cuidado que umas pessoas devem ter para com as outras pessoas. O que importa é chegarmos juntos e juntas!

Pela graça salvadora e na fé em Jesus, podemos viver e andar em novidade de vida, fazendo as boas obras que Deus, de antemão, preparou para que andemos nelas!

Para refletir, leia Efésios 2.8-10

Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2016

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Geral

Educação cristã

vivendo, aprendendo e ensinando

A flor na janela - Há seis anos, a flor de gloxínia enfeita a janela do nosso escritório, na Sede Nacional da IECLB. Ela ameniza o concreto da cidade grande e suaviza a cor cinza dos prédios vizinhos. A gloxínia é uma flor de grande beleza, com folhas e pétalas aveludadas, de cores intensas e exuberantes.

De tempos em tempos, ela passa por um período de dormência, quando não produz folhas e flores. Por desconhecer esta peculiaridade da planta, ela quase foi colocada fora, pois pensávamos que ela estava morta. O que a salvou foi um minúsculo broto, quase imperceptível, que nasceu ao lado do galhinho seco. Mais tarde, descobrimos que os tubérculos permanecem em dormência por um período de até três meses, quando se recomenda diminuir as regas gradualmente, até que a planta seque por completo.

Após esse tempo de descanso, pequenos brotos surgirão, dando sinais de que a planta está pronta para retomar o seu crescimento. A partir daí, é preciso cuidado com o excesso de água para não criar fungos na planta e evitar molhar as péta-

las, que mancham facilmente.

Além disso, a gloxínia necessita de muita luminosidade para se desenvolver bem, mas não suporta a exposição direta aos raios de sol. Os locais próximos a janelas, onde ela possa receber luz e calor com moderação, são ideais para esta planta.

A nossa caminhada na Coordenação de Educação Cristã se parece bastante com a flor de gloxínia. Em 2015, ela floresceu lindamente. Tivemos a oportunidade de conviver com tantas lideranças de diferentes Sínodos, Paróquias e Comunidades

da IECLB a partir do Seminário Comunidades Criativas. Com oficinas de artes, teatro e música, refletimos, ensinamos e aprendemos em conjunto. Cruzamos com pessoas que, assim como nós, têm a tarefa de cuidar, regar, adubar a terra para que a educação cristã floresça

Cat. Maria Dirlane Witt, Coordenação de Educação Cristã, Secretaria de Formação, Secretaria Geral da IECLB, em Porto Alegre/RS

Cadê @s jovens no culto?

Taelyne Andressa Greef, integrante do Conselho Nacional da Juventude Evangélica (Conaje)

de forma intensa, viva, pulsante.

Para o ano de 2016, a nossa janela continuará aberta e florida. Já temos uma colorida agenda. Será o ano do Seminário Comunidades Criativas na sua 2ª edição, em que a Teologia e a Pedagogia luterana estarão na pauta por meio da narração de histórias e belas dinâmicas.

Mia Couto, Escritor, Poeta e Jornalista moçambicano, escreveu, certa vez: ‘A janela: não é onde a casa sonha ser mundo?’. Pensamos que sim!

Na verdade, já passamos do sonho, já estamos na estrada.

Que Deus seja o nosso cuidador e guia nos caminhos do novo ano.

O amor, a base da Campanha Vai e Vem Deus é amor e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele (1João 4.16b).

A parábola do Filho Pródigo (Lucas 15.11-32) nos diz que uma das concretizações do amor são o perdão e a reconciliação. O pai olha a estrada, na esperança do retorno do filho, até que, um dia, o milagre acontece.

Aqui, vemos a espera persistente do pai, que não se deixa envolver pela amargura da ofensa feita. Persistência que se nutre de um amor constante pelo filho. Ao mesmo tempo, vemos um acolhimento sem reservas. O perdão outorgado e recebido tinha acontecido muito antes do encontro e do abraço, por isso nada há para cobrar ou censurar. Desta forma, o perdão e a reconciliação criaram novas chances para a vida deles.

Essa parábola nos permite afirmar que amar é o melhor investimento. O amor é o que nos motiva a sermos Igreja de Comunidades missionárias.

Por amor, Deus envia o seu Filho Jesus Cristo.

Nele, abraça as pessoas descartadas pelos padrões deste mundo, as acolhe, as dignifica, as tor-

na discípulas e as envia para imitar o seu amor.

Para tanto, pela sua Palavra, nos reúne e constitui em Comunidades missionárias para: evangelizar, louvar, ter vida em comunhão e realizar a diaconia. Tudo isso para que haja, entre outras coisas: reconciliação, restauração, libertação, consolação e transformação.

O amor está na base da criação de espaços, como, por exemplo: Projetos Missionários e Diaconais, Pontos de Pregação, Comunidades, etc. Tudo isso para que aconteçam: acolhida, compaixão, perdão, reconciliação, restauração e transformação.

Porque o nosso melhor investimento é o amor, a cada ano temos a Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem. Amor cria comunhão e solidariedade entre as Comunidades para ofertar em favor de Projetos Missionários vinculados à Vai e Vem. Quando ofertamos, em fé e gratidão, cumprimos a palavra bíblica, que diz: Nós amamos porque Deus nos amou primeiro (1João 4.19).

Que o Deus de amor continue a nos inspirar, encorajar e guiar no cumprimento da sua missão.

P. Dr. Pedro Puentes Secretário de Missão Secretaria Geral da IECLB

Nas Comunidades, frequentemente ouvimos que há pouca participação de pessoas jovens nos cultos. Tal afirmação nos fez buscar a razão desse suposto ‘desinteresse’ da Juventude Evangélica. Aproveitando o retiro de jovens da Paróquia Martim Lutero, no oeste baiano, ouvimos opiniões sobre o culto e aqui compartilhamos as nossas ‘conclusões’.

Para @s jovens, o culto é o encontro de pessoas que compartilham a mesma fé e a mesma causa. Um momento de paz e alívio, meditação sobre a Palavra de Deus. Sobretudo, um lugar onde um grupo de pessoas se encontra para falar de e com Deus. Jovens vão ao culto para interagir e socializar, por costume da família, por desejar comunhão com outras pessoas e com Deus, fortalecer a fé e, em alguns casos, a participação acontece somente em ocasiões especiais, como Natal, Batismo, Confirmação, Bênção Matrimonial e Sepultamento.

Jovens alegam que a desmotivação em participar das celebrações provém de cultos com hinos cansativos, falta de instrumentos musicais, desinteresse, ausência de incentivo da família, falta de acolhimento pelas lideranças, pregações longas e, muitas vezes, sem um ‘fio vermelho’. Além disso, motivos como conversas paralelas e desatenção também foram levantadas como questões que @s jovens não gostam durante o culto.

Depois de tantos motivos para não participar, é importante salientar que jovens gostam de muitos outros momentos do culto. Os principais momentos que @s jovens apreciam no culto são: leituras bíblicas, hinos, oração de intercessão, bênção e uma pregação bem formulada. Além disso, o carisma do Ministro, da Ministra é algo que cativa e motiva à participação de jovens na Igreja. É importante que a Comunidade crie espaços para a participação da juventude e que incentivem, desde cedo, jovens a manter ativa a vida comunitária. Buscar entender os motivos do afastamento é o primeiro passo para tentar solucionar o ‘desaparecimento’ de jovens nos cultos. Antes de tudo, é preciso valorizar a participação de cada um (crianças, jovens e pessoas adultas), para que a Igreja continue a realizar um bom trabalho.

Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2016

Comportamento 13

Missão: diaconia e inclusão

Diác. Ma. Carla Vilma Jandrey, formada em Teologia e Mestre em Teologia pela Faculdades EST, em São Leopoldo/RS. Atua como Coordenadora de Diaconia e do Programa Diaconia Inclusão na Secretaria da Ação Comunitária, da Secretaria Geral da IECLB, em Porto Alegre/RS

Diaconia na missão de Deus - A missão é de Deus, não é nossa. A Sua missão é amar ao mundo de tal maneira que aquela pessoa que se encontra com seu Filho, Jesus Cristo, e nele crê, é nova criatura. Esta vive da esperança confiada de que o Reino de Deus já se revela aqui, em forma de sinais visíveis e que virá em plenitude no final dos tempos.

Deus nos chama para sermos colaboradores e colaboradoras em sua missão. Uma forma de colaboramos com a missão de Deus é por meio da Diaconia. Ela é uma das dimensões essenciais da Igreja missionária, assim como a Evangelização, a Comunhão e a Liturgia, conforme o Plano de Ação Missionária da IECLB (PAMI).

Diaconia é ação de serviço, a partir da identidade cristã, que se dá em um contexto de sofrimento e injustiça, com a finalidade de transformar. A transformação acontece quando todas as pessoas têm acesso e direito de expressar as suas ideias, os seus sonhos e, principalmente, participar da tomada de decisões.

O então Conselho Diretor da IECLB, no ano de 1988, definiu diaconia como uma ação de misericórdia e de justiça que acontece por meio da assistência, da solidariedade, da parceria e da ação política. Ação de misericórdia: tem olhos, ouvidos, é sensível para a dor. Ação de justiça: está atenta para os direitos das pessoas e denuncia a sua violação. Assistência: está próxima de quem sofre. Solidariedade: ajuda a aliviar dores, faz com a pessoa e não para a pessoa. Parceria: atua com outras instituições, fomenta a cooperação e a criação de redes. Ação política: participa dos conselhos de direitos na implementação de políticas públicas e acompanha os movimentos sociais.

A IECLB compreende e testemunha que Deus nos serve, por isso nós servimos. Esse servir e todas as ações

Para cumprir o seu chamado de ser uma Igreja diaconal, a IECLB, em 1988, instituiu a Coordenação de Diaconia, a fim de motivar, articular e acompanhar a tarefa diaconal nas diferentes instâncias da Igreja

são frutos do amor de Deus em nós.

Para cumprir o seu chamado de ser uma Igreja diaconal, a IECLB, em 1988, instituiu a Coordenação de Diaconia, a fim de motivar, articular e acompanhar a tarefa diaconal nas diferentes instâncias da IECLB. Ao longo destes anos, a Coordenação de Diaconia organizou, em parceria com os Sínodos da IECLB e as instituições com vínculo confessional, diversos cursos e seminários na área da Diaconia. Destacamos os cursos Multiplicadoras e Multiplicadores de Diaconia e Vida no Limiar da Morte, que capacitam pessoas para serem protagonistas na construção de Comunidades diaconais, que se ocupam em acolher e cuidar de pessoas em situação de sofrimento, exclusão e vulnerabilidade como resposta à fé em Jesus Cristo.

Na IECLB, também temos o Conselho Nacional de Diaconia (Conad) que é um órgão assessor da Direção

da Igreja. O Conad, em parceria e diálogo com a Secretaria Geral, é corresponsável pelo planejamento e pela execução das atividades relacionadas à diaconia. Formado por representantes dos 18 Sínodos, o Conad reúne-se anualmente. Na sua última reunião, o Conselho refletiu sobre o papel da IECLB no atual contexto de envelhecimento populacional, pois, em 2025, a população de pessoas idosas no Brasil será de 32 milhões de habitantes. Como resultado da reflexão, o Conselho apontou que esta realidade precisa estar presente no Planejamento Estratégico das Comunidades, de forma a avaliar e propor diretrizes para o trabalho com e para a pessoa idosa.

Para uma ação diaconal ser uma ação transformadora, restauradora e curativa, precisa de reflexão, planejamento, coordenação, acompanhamento e avaliação constante.

Assim, a Coordenação de Diaconia tem disponibilizado subsídios para as Comunidades e as instituições, especialmente no Dia Nacional da Diaconia, 10 de abril.

Para aprofundar a reflexão sobre diaconia, indicamos o livro Diaconia em Contexto, disponível no Portal Luteranos (http://luteranos.com.br/ conteudo_organizacao/missao-diaconia/diaconia-em-contexto-transformacao-reconciliacao-empoderamento). Conforme consta na obra: ‘as dimensões da missão deveriam manter-se unidas, e de forma tal que fique confirmado o caráter diferenciado de cada uma. Mesmo que palavra e obra não possam ser separadas, não devem ser embaralhadas a ponto de uma limitar-se a ser instrumento da outra (p. 87).

A diaconia tem como objetivo proporcionar vida digna para todas as pessoas (Jo.10.10). Sejamos nós, por meio da diaconia, colaboradores e colaboradas na missão de Deus, na certeza que temos a sua companhia e o seu cuidado.

Igreja é e deveria ser diaconal A IECLB é uma Igreja diaconal e pode ser cada dia mais!

Muitas ações são desenvolvidas por nossas Comunidades e instituições diaconais, motivadas pela fé, para proporcionar vida digna para as pessoas. São exemplos de ações diaconais: visitação para pessoas doentes e pessoas idosas, acompanhamento a famílias em situação de vulnerabilidade social, participação em conselhos de direitos, ações de acessibilidade para pessoas com deficiência, instituições que atuam com crianças, adolescentes e pessoas idosas, proporcionando cuidado e ações com pessoas que vivem em situação de rua. Outras ações podem ser acrescentadas a partir da experiência da sua Comunidade.

‘A Igreja que serve, que se engaja de fato por uma vida boa para todas as pessoas – não só para seus membros –, assume e vive o desafio de Cristo, o Diácono. A Igreja que questiona situações de injustiça e de desamor, uma Igreja que é aberta para as pessoas que são diferentes, que estão à margem, que não têm voz nem vez, entende

A ação diaconal precisa cuidar das pessoas cuidadoras

e vive o projeto de amor de Deus neste mundo, comunica-se com autenticidade, vive a diaconia’ (Diaconia: fé em ação, 1995, p. 24).

A ação diaconal também precisa alcançar as pessoas e/ou instituições que diariamente são agentes da diaconia, ou seja, precisa cuidar das pessoas cuidadoras. Desta forma, e por compreender que as instituições diaconais são parte da missão da Igreja, criou-se a Rede de Diaconia, que é uma proposta de articulação das instituições diaconais da IECLB, com foco no fortalecimento da atuação, formação, incidência pública e sustentabilidade. A Rede é coordenada pela Secretaria da Ação Comunitária, da Secretaria Geral da IECLB, em parceria com a Fundação Luterana de Diaconia (FLD).

Para mais informações, acesse: www.redediaconia.com.br.

Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2016

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Deutsche Seite

Gottes Wege Naaman ist Feldherr des Königs von Aram und steht in hohem Ansehen bei seinem Herrn, denn durch Naaman hat Aram im Kampf gegen Israel über Israel gesiegt. Das Unglaubliche dabei ist, dass Jahweh, der Gott Israels, dem Naaman den Sieg über Israel verliehen hat. In diesem Kampf haben die Aramäer ein israelitisches Mächen nach Aram entführt, das nun Dienstmädchen im Haus von Naaman ist. Naaman hat aber ein großes Problem: Er ist leprakrank. Gerade dieses ausländische Sklavenmädchen wird ihm den Weg zur Heilung zeigen.

Sie erzählt vom Gottesmann in Samarien. Naaman wird vom König auf diplomatischem Weg nach Israel geschickt mit einem Befehlsschreiben an den König Israels. Der Prophet Elischa lässt ihn kommen. Nun steht Naaman mit seiner ganzen Begleitung und wertvollen Geschenken vor dem Haus des Propheten und erwartet eine Show der Heilung. Aber an Stelle einer Show geht der Prophet gar nicht persönlich hinaus zum Empfang, sondern durch einen Diener lässt er sagen, Naaman solle zum Jordan gehen und sich dort baden. Wütend geht er weg und will nach Aram zurückkehren. Doch auf Anraten seiner Begleiter geht er zum Jordan – und wird geheilt. Um sich nicht als den nur Empfangenen gedemütigt zu sehen, will er vor Elischa seine wertvollen Geschenke ausbreiten. Aber Elischa lehnt ab und nimmt keines an. Doch eines ist dem Naaman klar geworden: Nicht Elischa hat ihn geheilt, sondern der Gott Israels, Jahweh. Naaman hat Demütigungen erlitten und sie angenommen. Er ist jetzt geheilt an Leib und Seele. Er verspricht vor Elischa, dass er keinem anderen Gott mehr Opfer bringen will als nur noch Jahweh.

Aber jetzt kommt der Gewissenskonflikt: Daheim muss er seinen Herrn immer in den Tempel Rimmons begleiten und mit seinem Herrn vor der Statue Rimmons niederfallen. Das möge Jahweh ihm immer vergeben. Elischa macht ihm sein Gewissen nicht schwerer. Er macht keinen Status Confessionis: Entweder Rimmon oder Jahweh. Elischa weiß, dass Naaman in Aram der Einzige sein wird, der Jahweh Opfer bringen wird. Und das wird schwer sein. Dem Naaman hilft jetzt keine Ermahnung, sondern Frieden und ein reines Gewissen. “Geh in Frieden”.

Eine ähnliche Begebenheit im Neuen Testament: Der Kämmerer der Königin Kandake von Äthiopien wurde von Philippus getauft, obwohl er am Königshof der einzige Christ sein wird und als Hofbeamter auch an allen Zeremonien wird teilnehmen müssen. Philippus

Pfarrer Hans Spring

Gottes Wege sind wunderbar.

Nur - der Mensch kann sie verderben.

II Könige Kap.5

taufte ihn, ohne ein schlechtes Gewissen zu haben. Vom Kämmerer wissen wir dann nur, “er zog seine Straße fröhlich” (Apostelgeschichte 8,26-39).

Vom Sieg Arams über Israel, vom verschleppten Mädchen über Demütigungen bis zur Heilung an Leib und Seele – das ist der Weg Gottes mit Naaman.

Wenn nicht Gehasi, der Diener Elischas, alles verdorben hätte! Wenn Elischa die Geschenke nicht haben will – Ich will sie haben, so denkt er. Und schon macht Gehasi sich auf den Weg um Naaman und sein Gefolge einzuholen. “Mein Herr lässt sagen: Soeben sind vom Gebirge Ephraim zwei junge Männer, zwei Prophetenjünger, zu mir gekommen. Gib ihnen doch ein Talent Silber und zwei Festkleider”. Wo schon Naaman von der Jahwehreligion bezwungen ist, macht Gehasi sich diese Situation zu eigen und erfindet eine Geschichte von armen Prophetenjüngern. Natürlich erfüllt Naaman ihm die Bitte und gibt ihm noch einiges mehr. Dadurch aber ist Naaman nicht mehr der Gedemütigte vor Jahweh, sondern der Wohltäter. Er hat zwar die Heilung empfangen, aber er hat auch dafür bezahlt. Jetzt ist er quitt mit Elischa und Jahweh. So ist aus dem von Jahweh umsonst an Leib und Seele Geheilten wieder der mächtige Feldherr geworden.

Im Hause des Propheten angekommen, muss Gehasi lügen und sagt einfach, er sei nirgends hingegangen.

Eine Lüge bleibt niemals allein. Er hat Naaman angelogen, den Propheten verachtet und dadurch alles verdorben. Jetzt muss er seinen Herrn anlügen. Situationen verketten sich und die Lügen reihen sich an.

Nur verläuft das Leben des Gehasi jetzt ganz anders als er es sich ausgedacht hat: Die Lepra des Naaman ist auf Gehasi übergegangen, und nicht nur auf ihn, sondern auch auf seine Nachkommen. Korruption ist da, wo jemand sich einen materiellen Vorteil verschafft, auf den kein rechtmäßiger Anspruch besteht.

Korruption, die es in sozial hohen und niedrigen Kreisen gibt, bringt die Persönlichkeit eines Menschen zutage. Es verändert sich auch sein Leben. Eine in Politik oder Wirtschaft korrumpierte Persönlichkeit ist korrupt, nachdem der Charakter schon früh korrumpiert wurde. Korruption wirkt sich immer verderblich aus und zieht auch die Familie in Mitleidenschaft. Leider haben bei Gehasi die Religion und der Dienst beim Propheten nicht dazu beigetragen, ihm einen Charakter zu verleihen, der sich nicht korrumpieren lässt.

Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2016

Compartilhar 15 Neste espaço, a Comunidade pode compartilhar os momentos significativos da vida cristã, como Nascimento, Batismo, Confirmação, Bênção Matrimonial, Encontros Familiares, Bodas e Sepultamento.

Entre em contato conosco!

Bodas de Ouro As famílias Frühauf e Müller, com grande alegria, compartilham com a IECLB a graça concedida por Deus em comemorar, no dia 17 de julho de 2015, na Comunidade de Volta Gaúcha, pertencente à Comunidade de Entre Rios do Oeste/PR, as Bodas de Ouro do casal NAIR e IVO FRÜHAUF A Bênção foi celebrada pelo Pastor Gregori Santos Ziel.

A Bênção foi celebrada pelo Pastor Gregori Santos Ziel. Diante de Deus, dos seus filhos, Marli e Sadi, do seu genro, Leori, da sua nora, Marcia, dos seus netos, Patricia, Elton, Alessandro, Isabella e Anna Julia, da sua bisneta, Manuella, de demais familiares e amigos, o casal reafirmou que Deus deu: Fé - para construir e guiar as nossas vidas.

Coragem - para enfrentar dificuldades.

Amor - para multiplicar e dividir com os nossos filhos.

Sonhos - que viraram realidade.

Ivo, com 73 anos de idade, nasceu no dia 7 setembro de 1942, na Linha Glória, que pertencia ao município de Carazinho/RS, hoje pertencente ao município de Lagoa dos Três Cantos/RS, filho de Gustavo Von Frühauf e Frida Bertha Kolberg.

Nair, com 69 anos de idade, nasceu no dia 27 de fevereiro de 1946, na localidade de Sobradinho/RS, filha de Olipio Müller e Anita Anna Spengler.

Falecimento Com profundo pesar, o esposo, Balduvino Nörnberg, os filhos, Ronaldo e Lucas, as noras, Lóia e Cristiara, e o neto, Renan, comunicam o falecimento, ocorrido no dia 14 de setembro de 2015, em Canguçu/ RS, da esposa, mãe, sogra e avó DIVA PERLEBERG NÖRNBERG Diva foi sepultada no Cemitério da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana Martim Lutero de Picada Socorro, em São Lourenço do Sul/RS. Filha de Erich Germano Perleberg e Tereza Mielke Perleberg, Diva nasceu em Arroio do Padre/RS, alcançando a idade de 68 anos.

A família agradece à Comunidade, ao Grupo de Cantos e, em especial, ao Pastor Adair Leomar Dockhorn e à Pastora Maria Helena Ost. Buscamos consolo na promessa de Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida.

Quem crê em mim, ainda que morra, viverá e todo aquele que vive e crê em mim, nunca morrerá.

João 11.25-26

Celebração

40 anos da Comunidade de Água Boa A Comunidade Luterana de Água Boa/MT está em festa! São 40 anos de convivência na fé cristã luterana nesta Comunidade, em que as pessoas se encontram para orar, ouvir a Palavra de Deus, celebrar os Sacramentos e planejar os passos em Comunidade.

Até aqui, os desafios foram grandes e as metas foram sendo alcançadas pouco a pouco. Hoje, temos uma Comunidade consolidada, com Igreja, Casa Pastoral, Centro Cultural e, aproximadamente, 400 membros, mas ainda há muito a fazer, como o próprio Martim Lutero falou: ‘A Igreja precisa estar sempre em reforma’. Assim, nós, luteranos, estamos sempre em busca dessa reforma. A partir dos dons de cada pessoa, edificamos Comunidade e realizamos missão dentro e fora da Igreja, louvamos a Deus por tudo o que dele recebemos e por podermos viver unidos como irmãos e irmãs em Cristo.

Quero agradecer e parabenizar pelo empenho e pela determinação de todas as pessoas que colaboraram para que esse sonho, de termos uma Comunidade luterana, aqui, nas novas áreas de colonização (como era chamado esse chão quando os primeiros Agricultores chegaram, não tendo mais que uma lona preta para se abrigar, fé em Deus e muita força de vontade) e também a os Presbíteros que assumiram a tarefa de coordenar a construção da Comunidade Luterana de Água Boa nos moldes da IECLB, pelo esforço e pela dedicação que cada um dispensa e dispensou à causa, sempre em benefício da solidariedade e da fé cristã.

Em 2015, completamos 40 anos e as pessoas que começaram essa Comunidade estão nos deixando, por isso o nosso desafio é imenso: dar prosseguimento a esse trabalho tão bonito, feito até hoje pelos colonizadores.

Com fé em Deus, acreditamos que seremos abençoados para dar continuidade a esse trabalho nas próximas gerações, pois a Igreja de Cristo nunca morre, desde que todos deem um pouco de si.

Cartas - Sugestões de pauta - Artigos - Anúncios

Rua Senhor dos Passos, 202/5º - 90.020-180 - Porto Alegre/RS Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419 E-mail: jorev@ieclb.org.br

ALÉM DOS LIMITES

comunitários

As várias formas que foram criadas para divulgar o cartaz do Tema do Ano nos acompanham no dia a dia. Quando abrimos a nossa agenda sinodal, o cartaz está ali, na primeira página. O cartaz encontra-se também na capa do relatório sinodal.

No jornal sinodal Sinos da Comunhão, há uma coluna mensal sobre um aspecto relacionado ao Tema.

O cartaz está presente nos momentos em que nos reunimos em âmbito sinodal e no ambiente comunitário. A intenção é essa: onde quer que estejamos, deve ser possível visualizar o cartaz do Tema do Ano. Cada setor de trabalho do Sínodo procura, a seu modo, abordar o Tema, tendo o propósito de trabalhá-lo junto aos seus respectivos públicos: crianças, jovens, mulheres, homens, terceira idade... Algumas Comunidades são muito criativas! Em uma delas, por exemplo, o grupo de mulheres reproduz o cartaz de forma estilizada, confeccionado um enorme ‘bordado’, exposto no salão comunitário. Dezenas destes belos trabalhos cobrem as paredes do Centro Comunitário, trazendo um colorido especial e deixando sempre presentes e atualizadas as mensagens de todos os Temas da IECLB nos últimos anos.

O Tema do Ano também está presente em momentos marcantes do calendário sinodal. Em 2015, ele ocupou a maior parte da agenda da Assembleia

Sinodal. Nos anos em que não há eleições em nível sinodal ou temas específicos, tendo em vista o Concílio da Igreja, as Assembleias são temáticas.

A cada ano, a Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas (Oase) também dedica ao Tema um espaço significativo na agenda da sua Assembleia. Para comentar o Tema do Ano, tem convidado o Pastor Sinodal e líderes dos grupos de Oase são animadas a abordar o Tema nos seus respectivos grupos.

Ao longo do ano, o Tema é comentado pelo Pastor Sinodal em algumas das pregações e palestras para as quais é convidado pelas Comunidades.

Além disso, em 2015, o Tema do Ano foi um dos assuntos propostos na 1ª Mostra Cultural de Vídeos, promovido pelo Conselho Assessor de Comunicação do Sínodo, com apoio da Rádio União FM. Três grupos, entre os cinco inscritos, optaram por vídeos sobre o Tema do Ano. Dois decidiram pela temática da Reforma Luterana.

O Tema do Ano nos leva a perceber que a nossa fé ultrapassa a vida pessoal e vai além dos limites comunitários e sinodais. O Tema do Ano nos anima a deixarmos sinais tão claros e visíveis também na sociedade que nos envolve e pela qual somos corresponsáveis como membros da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.

CAMINHOS DA REFORMA LUTERANA | 2016

CONHEÇA OUTROS ROTEIROS 18/05 – 05/06 25/06 – 11/07 10/07 – 25/07 14/08 – 31/08 01/09 – 17/09 18/09 – 06/10

ESPECIAL 500 ANOS SERÃO 25 GRUPOS COM EMBARQUES DE ABRIL A OUTUBRO DE 2017

RESERVE JÁ A SUA VAGA 55 8403.6336 luizartur.rs@gmail.com

Viajar faz um grande bem!

FORMAÇÃO cristã

“Com certeza, o Espírito de Deus agiu entre nós. A gente não consegue determinar onde, como e quando Ele age, mas, a partir do Credo Apostólico, temos o critério da santa Igreja cristã, a comunhão dos santos, como lugar da sua ação.

A pomba não pousa em animal assustado, mas em telhado que abriga a ordem da vida”, afirmou o P. Me. Leonídio Gaede, Ministro na Paróquia Vale Três Forquilhas, no Sínodo Rio dos Sinos.

“O Tema do Ano da IECLB acompanha a vida de Comunidades, escolas e setores de trabalho também no âmbito do Sínodo Rio dos Sinos. É refletido por líderes e membros de Comunidades, levando a uma série de ações. O lançamento de um novo Tema do Ano se dá, em âmbito sinodal, no primeiro fim de semana de Advento. Alegramo-nos que o lançamento aconteça novamente no período de Advento, inserindo-o integralmente no calendário litúrgico da Igreja. A cada ano, uma Comunidade convida para esta celebração especial”, lembrou o P. Me. Edson Edilio Streck, Pastor Sinodal do Sínodo Rio dos Sinos.

CAMINHOS DA REFORMA LUTERANA | 2017

GRUPO 1 05 DE JUNHO - 23 DE JUNHO GRUPO 2 24 DE JULHO - 11 DE AGOSTO

Caminhos do Leste Europeu Caminhos Nórdicos (Grupo 1) Caminhos Nórdicos (Grupo 2) Caminhos das Rivieras Caminhos Romanos Caminhos Ibéricos

A FÉ ULTRAPASSA A VIDA PESSOAL

UM RITO DE APOIO À MISSÃO

Quando retornamos de uma viagem sem acidentes, chegamos sem assunto? O que acontece quando estoura um pneu e o carro quase capota? Quando tudo continua bem conosco, não há motivo de fala? Neste ano, durante a Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem, que ocorre de Pentecostes a setembro de cada ano, vamos abrir espaço em cada culto para quem quiser falar sobre um bem que recebeu de Deus. Esta foi parte da motivação da Vai e Vem na Paróquia no Vale Três Forquilhas, com sede em Itati/RS, onde a Campanha arrecadou 3 reais por pessoa, considerado bom, por isso é coerente um testemunho.

Então, apresento o que poderiam representar as duas pernas de uma boa Campanha de Ofertas para a Missão.

Perna esquerda do coração - O que vocês andam conversando? O representante da Paróquia no Conselho Sinodal voltou convicto de que a Vai e Vem na Paróquia andou fraca nos últimos anos. Deve ter acontecido uma boa conversa sobre a Campanha Vai e Vem no Conselho. Isto desencadeou conversas sobre o assunto entre integrantes da Diretoria e o Pastor, no Presbitério, nos cultos e nos programas de rádio.

Um dos fundamentos dessas conversas foi que um dos eixos transversais do Plano de Ação

Missionária da IECLB (PAMI) ensina que, na Comunidade, todos as ações devem ser atravessadas por atos de formação cristã, por isso, se alguém faz um convite para almoço, nele consta um versículo bíblico.

Por que a Diretoria não deve simplesmente tirar dinheiro do caixa e enviar para a Campanha Vai e Vem? Porque nisso não há formação cristã! Um dos objetivos da Campanha é justamente a formação da Comunidade para a missão da Igreja. Não basta ‘escapar do gato’. Alguém precisa pendurar o sino no pescoço dele. Não basta enviar o dinheiro ao Sínodo. A Comunidade precisa conversar sobre a sua natureza missionária.

Perna direita que puxa a frente - a transparência é uma grande aliada da missão. É por isso que os cultos realizados entre Pentecostes e o final de setembro incluíram a oração em favor dos campos de missão da IECLB, a divulgação do ‘placar’ (total parcial arrecadado) da Campanha na Paróquia, associação do ato de ofertar com o gesto ir ao altar e testemunhar uma boa ação de Deus na minha vida e pegar, na mesa ao lado, mais material para a Campanha Vai e Vem (adesivos, envelopes, folhetos, etc).

Ofertar tornou-se um rito de apoio à missão durante o culto!