Jornal da Reconciliação. Ano 12, Nº 48, Abril de 2006

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Boletim trimestral da Paróquia Matriz de Porto Alegre - CEPA - Abril de 2006 - Ano 12 nº 48

A vocação de reconciliar Aos poucos vamos internalizando esses valores e assumindo na prática as conseqüências dessa vocação da cidade. Temos diante de nós muitas diferenças a superar. A realidade social é assustadora. Não só a violência, mas toda a miséria que é pano de fundo para tantos outros problemas que batem à nossa porta.

A imagem que Porto Alegre transmite ao mundo nos tem deixado envaidecidos. Nem nós mesmos imaginávamos que nossa cidade tivesse um apelo tão cosmopolita, tão global. Mas não é só isto. A nossa cidade tem atraído eventos que indicam nossa vocação social e ecumênica. Eu diria que Porto Alegre tem uma vocação reconciliadora. Porto Alegre representa muito bem o que é típico das grandes cidades brasileiras do sul e do sudeste. Ela vive a diversidade decorrente do histórico afluxo de diferentes etnias que formaram nossa identidade cultural. Interessante é que essa diversidade ainda resiste à massificação da cultura urbana. É possível perceber ainda hoje essa diversidade nos diferentes bairros e nas típicas manifestações

culturais de nossa cidade. Isso quer dizer que conhecemos na pele o desafio de conviver e crescer respeitando as diferenças. Mesmo que cultivemos rivalidades tradicionais como gaúchos (vide o futebol, a política), sabemos considerar os limites da manifestação dessas diferenças. O Fórum Social Mundial e a Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas não foram eventos que aconteceram em nossa cidade por acaso. Porto Alegre foi escolhida para sediar estes eventos por ser uma cidade vocacionada a unir pensamentos, grupos e anseios. Infelizmente esses eventos acontecem no período de férias, perdendo assim o impacto sobre a maioria da população que esvazia a cidade. Outro ponto a lamentar é a ainda fraca divulgação desse tipo de evento na mídia.

A Igreja de Cristo hoje não pode transmitir o Evangelho sem manifestar a misericórdia de Deus. Por isso, nosso olhar para a realidade deve ser permeado por gestos de perdão e acolhimento. Iniciativas humildes, porém concretas, devem sinalizar nosso compromisso com a Graça transformadora de Deus.

A nossa cidade tem atraído eventos que indicam nossa vocação social e ecumênica. Infelizmente observa-se no Cristianismo uma cisão entre a tarefa evangelizadora e a diaconal. Nós não podemos nos omitir em nenhuma das duas tarefas. O Jesus que testemunhamos é o Jesus do amor e da misericórdia. Cabe a nós, sob a orientação do Espírito de Deus, traduzir em nossa maneira de ser Igreja essa vocação de reconciliar. P. Cláudio Kupka

Entrevista

Central

Cultura e fé

Quatro pessoas de nossa paróquia tiveram uma vivência muito intensa da Assembléia do CMI. Exerceram a função de steward. Você sabe o que é isso?

Apresentamos de maneira resumida, porém ampla, o que foi a 9ª Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas. Mesmo para quem participou, é bom ter uma visão geral deste evento histórico.

O sensacionalismo criado em torno da publicação do Evangelho de Judas nos faz perguntar: Que relevância ele tem para a nossa fé?

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Páginas 8 e 9

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