Edição gazeta do oeste 2263

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CIDADES 07

:: GAZETA DO OESTE :: DIVINÓPOLIS - TERÇA-FEIRA, 18/02/14

Demora em atendimento prejudica divinopolitano acidentado Cátia Vaz Mariana Gonçalves

Mariana Gonçalves

mariana.goncalves@gazetaoeste.com.br

No início desse mês precisamente no último dia 05, Bruno Augusto dos Santos, operador de máquina de uma empresa têxtil de Divinópolis, sofreu um acidente na rua em frente ao seu local de trabalho. “Estava descendo a rua da Fitedi e a pessoa que me atropelou estava parada com o carro para fazer o retorno na via, porém, essa pessoa manobrou de jeito que o carro veio em minha direção e aí nós batemos” conta. Santos, estava de moto e por causa do impacto da batida chegou a cair no chão com algumas fraturas. Na ocasião a condutora do veículo chegou a prestar uma primeira assistência, o Corpo de Bombeiros e a Policia foram acionados para as devidas providências. Mas, a situação não se resolveu da maneira como gostaria a principal parte afetada, ou seja, o Bruno. Conforme Santos, a polícia esteve no local e registrou o episódio. Já o socorro por parte dos bombeiros não ocorreu, embora o contato tenha sido feito. “Me falaram que estava sendo realizado um atendimento de um menino que se machucou com arma de fogo, depois que fosse feito esse atendimento então os bombeiros iriam me buscar, mas isso ia demorar quase uma hora e meia. Estava caído no asfalto, quente por causa do sol e ainda machucado então não dava para esperar, a equipe da Fitedi me colocou em uma Fiorino e me levou para o Pronto Socorro. Quando cheguei lá, confirmei que havia uma pessoa acidentada com arma de fogo, mas não tinha como esperar para que me trouxessem “diz. Ao chegar ao pronto atendi-

“O meu caso foi considerado de urgência, mas o pessoal disse que não havia médico” afirma Bruno Santos.

mento, o operador de máquina teve o diagnóstico. “Quebrei o ombro e a mão, e tenho que operar. Fui informado que a cirurgia ia ser feita em um prazo de 3 a 5 dias, já estou esperando há quase 14. Com essa demora, estou correndo risco de perder a sensibilidade dos dedos e ainda tem a possibilidade dos ossos que quebraram se posicionar de forma errada, assim no dia da cirurgia vai ser preciso quebrá-los novamente para arrumar. O meu caso foi considerado de urgência, mas o pessoal disse que não tem médico” afirma Bruno. Devido a demora Santos já pensa até em tomar medidas rígidas como, por exemplo, acionar a justiça. CONVÊNIO Conforme a assessoria de comunicação da prefeitura, desde

o dia 10 foi firmado um acordo com o Hospital São João de Deus (HSJD) para que 3 atendimentos ortopédicos sejam feitos por dia. Ainda conforme a assessoria as pessoas que dão entrada no pronto atendimento com fraturas ortopédicas passam por uma avaliação e entram para uma fila de espera. Os casos mais urgentes são encaminhados para o hospital e lá se verifica a real necessidade do procedimento cirúrgico, caso o paciente não faça a operação no mesmo dia, este, sai do hospital já com uma data pré- marcada para que a cirurgia ocorra. A reportagem tentou contato com a assessoria do HSJD, pois o serviço ortopédico da unidade tem sido alvo de constantes reclamações, mesmo, o hospital tendo reativado os procedimentos há poucos meses. O atual assessor

de comunicação do HSJD se encontra de férias, a reportagem tentou por diversas vezes durante o dia de ontem, outra pessoa que pudesse se pronunciar, mas as ligações não foram atendidas. ANÁLISE DE CASO Em nota, a assessoria de comunicação do 10° Batalhão de Bombeiros Militar, diz que: “O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais é órgão da Administração Pública Direta do Estado, responsável por prestar atendimentos de urgência e emergência à população mineira. Para que haja tais empenhos, são fatores precípuos: O enquadramento nas Diretrizes Integradas de Ações e Operações de Defesa Social – DIAO e; A existência de recursos disponíveis. Neste sentido, para o atendimento de ocorrências, se fazem necessários não apenas

o recurso logístico, na forma de viaturas e equipamentos apropriados, mas também o recurso humano, na forma de militares treinados e capacitados na utilização de tais equipamentos, e em número suficiente. Fato é que tais recursos são limitados. O Comando do 10° Batalhão de Bombeiros Militar, sediado em Divinópolis, se empenha incessantemente para suprir suas deficiências em recursos, de forma a prestar o melhor atendimento à população em sua área de articulação, dentro das condições existentes. Não obstante, surgirá casos em que haverá militares disponíveis sem que haja viaturas e equipamentos para estes fins, e também o contrário. Tal situação, por mais que combatida, é e tende a continuar sendo uma real possibilidade, pois mesmo com o empenho de todos os recursos disponíveis,

em determinado momento a capacidade de atendimento pode se encontrar saturada, principalmente quando várias ocorrências acontecem ao mesmo tempo”. Sobre o atendimento a Bruno, a assessoria conta que “por se tratar de caso específico, carece também de uma análise específica, a fim de se apurar se o eventual não atendimento realmente se deu e, se for o caso, se houve motivo justificado. Tal apuração deriva de um processo meticuloso, e em observância aos princípios do contraditório e ampla defesa, não cabendo qualquer manifestação prévia sobre o assunto, que só chegou ao conhecimento deste Comando há poucas horas. Fato é que o caso será devidamente apurado e, constatada qualquer falha, os responsáveis responderão de acordo com a legislação em vigor.

Vacinação de adultos

Os adultos são negligentes quando o assunto é o cartão de vacinação Divulgação Ministério da Saúde

Pollyanna Martins pollyanna.gazetaoeste.com.br

Quando o assunto é vacina, muita gente pensa que se trata somente de crianças e idosos, mas o que não sabem, é que os adultos também tem que estar com o cartão de vacina em dia. Quando adulto, a pessoa tem receber de dez em dez anos doses da vacina contra a febre amarela, a dupla tipo adulto contra difteria e tétano e no mínimo uma dose da vacina triviral, que é contra sarampo, caxumba e rubéola. Outra vacina que é importante na fase adulta é a vacina contra a Hepatite B, recentemente disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Algumas vacinas são exclu-

sivas para determinada idade, e precisam de reforço para obter imunidade contra agentes de doenças que o organismo não estaria preparado para combater; outras vacinas são para fazer o reforço das doses tomadas na infância. “A vacina da Hepatite B é tomada três vezes e não precisa tomar mais. As vacinas contra a febre amarela, difteria é tétano são necessárias de dez em dez anos. Estudos já mostraram que a taxa de anticorpos reduzem bastante no corpo, então o organismo precisa ser sensibilizado para aumentar essa taxa”, explica a referência técnica em imunização, Marcela Machado. Mas para tomar estas vacinas é importante que tenha o cartão de vacina em mãos para evitar

superdosagens. Para Marcela, os adultos são os mais negligentes com o documento por perderem e não seguirem o calendário. “Ainda existe uma pequena porcentagem que está com o cartão em dia. É importante ter o cartão de vacina em mãos porque a vacina é um medicamento, e pode representar riscos para a pessoa. A pessoa pode ter uma reação alérgica a algum componente da vacina, claro que o benefício dela supera qualquer risco que ela possa oferecer. Mas ela deve ser aplicada somente dentro do recomendado, que está registrado no cartão, para não receber doses desnecessárias”, orienta. Caso o adulto tenha perdido o cartão, e não tenha nenhuma outra forma de comprovar

quais doses já foram tomadas, os funcionários do posto de saúde trabalham com a hipótese de que o usuário não tenha recebido a vacina. “Nós iniciamos todo o esquema de vacinação. No caso da vacina dupla tipo adulto é feita as três doses, e então é contado o tempo de dez anos. Às vezes o adulto nem precisa receber as doses, mas nós vamos oferecer o esquema completo”. No Brasil existe uma vasta quantidade de vacinas disponibilizadas, porém estas vacinas devem ser tomadas dentro dos critérios recomendados. “Tem que aproveitar essa disponibilidade, mas olhando o tempo de intervalo de cada vacina. Se o reforço é de dez em dez anos que seja feito neste tempo. Se eu sigo o que é recomendado

Os adultos são os mais desatentos com as vacinas que devem tomar.

é mais seguro; agora se eu fujo das orientações do Ministério da Saúde e do laboratório, não vou

ter como criticar. A gente não pode deixar pessoas andando por aí sem vacina”.


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