Relatório de Resultados 2º Trimestre 2025

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2º TRIMESTRE - 2025

COMANDO DA AERONÁUTICA

PRINCIPAIS PRODUTOS E RESULTADOS GERADOS, PRESERVADOS E ENTREGUES

JANEIRO A JUNHO DE 2025

A presente publicação visa a apresentar à sociedade o valor público em termos de produtos e resultados gerados, preservados ou entregues pela Força Aérea Brasileira (FAB) no exercício de 2025, bem como a capacidade de continuidade em exercícios futuros. Tal peça integra a prestação de contas do Comando da Aeronáutica (COMAER) e faz parte do conjunto de instrumentos destinados a tornar públicas informações e análises quantitativas e qualitativas dos resultados da gestão orçamentária, financeira, operacional e patrimonial do exercício, com vistas ao controle social e institucional previstos nos artigos 70, 71 e 74 da Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988.

QUEM É O COMAE?

Tendo a missão precípua de empregar o Poder Aeroespacial, com vistas a garantir a soberania do espaço aéreo eintegração do território nacional, o Comando deOperaçõesAeroespaciais(COMAE) é responsávelpor coordenar, planejar, executar e controlar as operações aeroespaciais. Conta comuma equipe altamente especializada, que atua tanto na defesa do País, quanto em operações subsidiárias para a sociedade civil.

Ao longo dos seus 45 anos de atuação, o COMAE vem participando de inúmeras missões estratégicas de maneira integrada às Forças Armadas, nas quais se incluem a defesa do espaço aéreo, de forma a combater o tráfico ilícito, e diversas operações de resgate.

Destarte, acompanhando os avanços significativos nas operações espaciais, o COMAE vem contribuindo diuturnamente para a consolidação do compromisso da Força Aérea Brasileira (FAB) com a soberania e a segurança no domínio espacial.

PRINCIPAIS

ENTREGAS COORDENADAS PELO COMAE

OPERAÇÃO ACOLHIDA

A Operação Acolhida é uma iniciativa humanitária do Governo Brasileiro, conduzida com o apoio da Força Aérea Brasileira, para acolher e integrar migrantes e refugiados venezuelanos que chegam ao Brasil. Desde seu início em 2018, a operação tem tido o objetivo de oferecer assistência imediata e de longo prazo aos milhares de venezuelanos que atravessam a fronteiraembuscade melhorescondiçõesdevida. AFAB desempenha umpapelcrucial na logística, transporte e coordenação das ações humanitárias, assegurando que os refugiados recebam o apoio necessário para recomeçar suas vidas com dignidade e segurança.

Uma das principais atribuições da FAB na Operação Acolhida é a realização do transporte aéreo de migrantes das áreas fronteiriças, especialmente em Roraima, para outras regiões do Brasil onde há melhores oportunidades de integração social e econômica. Utilizando sua frota de aeronaves, a FAB facilita a interiorização dos refugiados, redistribuindo-os para cidades que se voluntariam a recebê-los e que têm capacidade de oferecer suporte adequado. Essa operação logística é fundamental para aliviar a pressão sobre as comunidades fronteiriças e garantir a distribuição mais equilibrada dos migrantes pelo território nacional, promovendo uma integração mais eficaz e sustentável.

Nosprimeirosdoistrimestresdesteano, aFABrealizouainteriorização de1.584venezuelanos, com um esforço aéreo de 52 horas de voo, utilizando a aeronave KC-30, ao custo total de R$ 12.605.466,75.

Esse resultado na Operação ACOLHIDA exemplifica o compromisso da FAB com a defesa dos direitos humanos e sua capacidade de resposta em situações de crise humanitária, destacando sua

importância não apenas na defesa nacional, mas também na promoção da paz e da solidariedade internacional.

OPERAÇÃO BRASIL: BUSCA E SALVAMENTO

O Serviço de Busca e Salvamento (SAR) da Força Aérea Brasileira funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, estando sempre alerta e pronto para intervir onde e quando necessário. Essa incessante disposição reforça o compromisso da FAB com a segurança e o bem-estar dos cidadãos brasileiros, seja em terra ou no mar.

Em 08/06/2025, houve o acionamento para a evacuação de militar com problemas de saúde quando se encontrava a bordo de navio da Marinha, alcançado na manhã seguinte a 200 km do arquipélago de Fernando de Noronha. Após o içamento do paciente para a aeronave, este foi deslocado para Natal, recebendo o atendimento oportuno.

Nesse contexto, o sucesso em missões SAR ratifica o eficaz emprego dos recursos e a capacitação dos profissionais da FAB. Eles simbolizam uma nação que valoriza cada vida, onde a preparação em tempos de paz se traduz em salvamentos. Cada resgate bem-sucedido celebra o comprometimento da Força Aérea Brasileira com o povo brasileiro.

OPERAÇÃO BRASIL: TOTEQ

A FAB desempenha um papel significativo no transporte de órgãos, tecidos e equipes para captação e transplantes no Brasil, contribuindo significativamente para salvar vidas por meio da agilidade e eficiência de suas operações logísticas.

Este serviço é parte do programa de Transporte de Órgãos, Tecidos e Equipes para Transplante (TOTEQ), que visa a garantir que órgãos doados sejam rapidamente transportados a pacientes em diferentes regiões do País, superando as barreiras geográficas e de infraestrutura. Respondendo às solicitações de transporte com prontidão e rapidez, uma vez que um órgão é disponibilizado, a FAB mobiliza suas aeronaves e tripulações para garantir o transporte imediato, minimizando o tempo entre acaptação doórgão esua chegada ao receptor, alémde coordenar as ações com a Central Nacional de Transplantes, bem como com equipes médicas e órgãos reguladores de saúde, para garantir que todas as etapas do processo sejam realizadas de forma eficiente e segura. Isso é crucial, pois muitos órgãos têm uma janela de viabilidade limitada fora do corpo humano.

PERÍODO: 01/01/2025 a 06/06/2025

MEIOS EMPREGADOS C-95, C-97, C98,C-99, C-105 e U-100

ESFORÇO AÉREO 686:45:00

R$ 8.924.819,38

A atuação da FAB nesse contexto não apenas aumenta a eficiência do sistema nacional de transplantes, mas também reforça seu compromisso com a saúde e o bem-estar da população brasileira, ao utilizar suas capacidades para salvar vidas e proporcionar esperança a milhares de pacientes e suas famílias.

AForça Aérea Brasileira temdesempenhado papel estratégico na luta contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY), por meio da Operação Catrimani II. Sob coordenação do Ministério da Defesa, as ações reforçaram a presença do Estado em uma das regiões mais sensíveis da Amazônia, combinando apoio logístico, reconhecimento aéreo e defesa do espaço aéreo.

Na Operação Catrimani II, destacaram-se missões de infiltração de tropas, de transporte de suprimentos e de evacuações médicas. Aeronaves como o H-60L e o C-98 operaramem locais remotos, permitindo ações repressivas em áreas como Pakilapi e Surucucu.

Entre janeiro e junho deste ano, foram realizadas inserções de militares, transporte de combustível e alimentos, além de voos dedicados ao apoio humanitário e à demolição de estruturas ilegais. O esforço aéreo atingiu 781 horas e 35 minutos, voados em aeronaves de Asa Fixa e em aeronaves de Asa Rotativa.

As ações repressivas, contaram com esforços das Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Judiciária da FNSP, Agência Brasileira de Inteligência e Fundação Nacional dos Povos Indígenas, em coordenação com a Casa de Governo. Entre as principais ações realizadas, destacam-se a destruição de pistas de pouso clandestinas, apreensão e inutilização de maquinários, combustíveis e materiais empregados na extração ilegal do ouro, e detenção de pessoas envolvidas na atividade ilegal de garimpo.

Paralelamente, voos de vigilância e proteção do espaço aéreo foram realizados sobre a TIY, na ZIDA41, totalizando 218 horas de voo. Comas aeronaves A-1, A-29, F-5 e R/E-99, foramconduzidas ações de defesa aérea e reconhecimento aeroespacial.

O esforço conjunto evidencia a importância da atuação coordenada das Forças Armadas, de Órgãos Federais de Segurança Pública e do Meio Ambiente no enfrentamento a crimes na reserva indígena.

REPATRIAÇÃO DE CIDADÃOS BRASILEIROS

A Força Aérea Brasileira (FAB) tem desempenhado papel fundamental no apoio aos brasileiros deportados dos Estados Unidos, disponibilizando aeronaves para transportá-los em território nacional.

Em resposta a essas situações, o governo brasileiro implementou um esquema especial de recepção e transporte por meio da FAB. De janeiro até junho de 2025, os Estados Unidos já deportaram 875 brasileiros que se encontravam ilegalmente naquele país. Em apoio a estes, somente no mês de abril foram realizados dois voos: no dia 11, foram transportados 74 e, no dia 25, foram transportados 75 brasileiros. Em maio, também foramrealizados mais dois voos: no dia 9, foramtrazidos 65 repatriados e, no dia 24, voltaramoutros83. Em junho, foirealizado umvoo no dia 7 com80 brasileiros. Oesforço aéreo consumido nos dois primeiros trimestres foi de 76 horas e 35 minutos de voo na aeronave KC390, ao custo de R$ 9.225.308,71.

Além disso, medidas adicionais foram adotadas para garantir o bem-estar dos cidadãos. Em Belo Horizonte, a sala de autoridades do aeroporto foi temporariamente transformada em um Posto de Acolhimento aos Repatriados, oferecendo serviços como água, alimentação, pontos de energia,

internet e banheiros. Uma equipe multidisciplinar, composta por assistentes sociais e psicólogos, também esteve disponível para prestar apoio caso necessário.

OPERAÇÃO OSTIUM

A Força Aérea Brasileira ampliou a atuação na Operação OSTIUM, cujo foco principal foi o reforço do controle das fronteiras nacionais e a consolidação da doutrina de operações conjuntas e interagências. Essa iniciativa integrou esforços com instituições como a Polícia Federal, com o objetivo de combater, de forma mais eficaz, as atividades ilícitas nas regiões fronteiriças. Nestes dois primeiros trimestres, o esforço aéreo atingiu a marca de 234 horas e 45 minutos de voo. Dessa forma, a FAB direcionou o esforço especialmente para o rastreamento de métodos e modais aéreos utilizados por organizações criminosas. Logo, como resultado positivo, a cooperação entre os meios da FAB e os órgãos de segurança pública foi decisiva para neutralizar tais ameaças e assegurar a soberania do espaço aéreo brasileiro. Destacam-se as interceptações de 13 de abril de 2025, no Mato Grosso, e de 15 de maio de 2025, no Pará. Uma aeronave Seneca oriunda do Peru efetuou manobras irregulares no espaço aéreo brasileiro até colidir com o solo, sem explodir. Dois sobreviventes bolivianos foram detidos e houve apreensão de drogas na aeronave. Outra aeronave Seneca com entorpecentes realizou pouso forçado em Altamira (PA), após não atender às medidas de policiamento das aeronaves da FAB.

No segundo trimestre de 2025, os esquadrões da FAB somaram cerca de 60 horas de voo em ações operacionais voltadas à Operação OSTIUM. Destacaram-se o 2º/3º GAV, de Porto Velho (RO), consumindo 23 horas e 30 minutos em aeronaves A-29; e o 2º/6º GAV, operando a aeronave E-99 a partir de Anápolis (GO), com 16 horas e 35 minutos de voo. Cabe também destacar as atuações proeminentes do 7º/8º GAV (Manaus-AM) e do 2º/10º GAV, Campo Grande (MS), ambos atuando com 19 horas e 40 minutos de voo nos helicópteros H-60L.

Assim, com o avanço das operações, a FAB reafirmou seu compromisso com a defesa do espaço aéreo nacional, atuando de forma coordenada, estratégica e interagências no enfrentamento às ameaças transfronteiriças.

INTELIGÊNCIA, VIGILÂNCIA E RECONHECIMENTO

No 2º trimestre de 2025, o Centro Conjunto Operacional de Inteligência (CCOI) atendeu a diversas solicitações de Organizações Militares das Forças Armadas e de agências governamentais. Dentre os demandantes, destacam-se o Centro de Inteligência da Marinha (CIM), o Centro de Inteligência do Exército (CIE), a Assessoria de Inteligência de Defesa (AIDef), o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), a Polícia Federal, entre outros. Para responder a essas demandas, foram fornecidos produtos de inteligência que incluíram imagens ópticas (espectro visível e infravermelho termal) e de Radar de Abertura Sintética (Synthetic Aperture Radar - SAR), obtidas por sensores

aeroembarcados e satelitais, além de relatórios e análises de missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR).

Ainda no contexto operacional, o CCOI prestou apoio fundamental ao Comando Conjunto Catrimani II e ao Comando Conjunto Ágata Amazônia, além de participar de diversas operações interagências, como a que resultou na apreensão de uma embarcação semissubmersível, utilizada para o transporte de entorpecentes a outros países.

PROGRAMA ESTRATÉGICO DE SISTEMAS ESPACIAIS (PESE)

O Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE) segue exercendo um papel estratégico no fortalecimento do setor espacial brasileiro, atendendo às demandas das Forças Armadas e contribuindo com iniciativas voltadas à sociedade. No segundo trimestre de 2025, o Centro de Operações Espaciais (COPE) executou uma série de atividades que consolidam a presença da Força Aérea Brasileira no domínio espacial, ampliando as capacidades operacionais do País nessa área. No segmento de comunicações, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), lançado em 2017, está sob operação da Força Aérea Brasileira, por meio do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), e cumpre funções essenciais tanto para o setor militar quanto para o civil.

Com parte de sua capacidade dedicada às comunicações militares seguras, por meio da banda X, o SGDC fortalece a soberania nacional em áreas sensíveis. A parcela voltada ao uso civil opera na banda Ka, contribuindo para a inclusão digital por meio do Programa Gesac, que leva internet banda larga a escolas públicas, comunidades indígenas, unidades de saúde e regiões remotas, especialmente nas Regiões Norte e Nordeste do País.

Emrelação ao segmento deobservação da Terra, o uso de imagens de satélite de alta resolução, integradas a sensores embarcados em aeronaves, tem ampliado significativamente a capacidade das Forças Armadas de monitorar e proteger o território nacional. O sensoriamento remoto orbital, aliado a ferramentas de inteligência artificial e análise de dados, permite identificar padrões logísticos atípicos, mapear movimentações suspeitas emáreas remotas esubsidiar ações coordenadas comoutros órgãos de segurança pública.

Esse tipo de tecnologia tem se mostrado fundamental para o enfrentamento de delitos transfronteiriços e ambientais, especialmente em regiões de difícil acesso, como a Amazônia, a faixa de fronteira terrestre e áreas marítimas estratégicas. Ao antecipar possíveis ameaças e direcionar com precisão os recursos operacionais, o monitoramento espacial reforça a atuação preventiva e repressiva das Forças Armadas, contribuindo diretamente para a defesa da soberania e a segurança nacional.

ATIVIDADES OPERACIONAIS

Entre abril e junho de 2025, o COPE manteve sua atuação focada no monitoramento e controle dos satélites sob sua responsabilidade. Dentre as ações realizadas, destacam-se:

 Continuidade das operações do Satélite

Geoestacionário de Defesa e Comunicações

Estratégicas(SGDC), umsatélitedeuso dual, operado para fins militares e civis. No campo civil, é utilizado pela Telebras para ampliar o acesso à internet em regiões remotas por meio do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), contribuindo para a inclusão digital e para o fortalecimento de políticas públicas de conectividade. No setor de defesa, assegura comunicações estratégicas e

seguras para as Forças Armadas. No segundo trimestre de 2025, o COPE viabilizou 86 enlaces de comunicação via satélite em apoio a operações militares.

 Coordenação da coleta de imagens de sensoriamento remoto por meio de satélites, fornecendo apoio direto a operações militares e interagências. Esses produtos espaciais são fundamentais para o planejamento e a execução de ações estratégicas, consolidando a capacidade de resposta do COPE.

 Operação autônoma dos satélites do Sistema Lessonia de imageamento radar, X-39e X-43, sob responsabilidade do COPE desde março de 2025. Essa iniciativa representa um avanço expressivo na soberania do Brasil em relação ao monitoramento por radar de abertura sintética (SAR).

 Execução contínua de tarefas voltadas à consciência situacional espacial, garantindo a segurança das operações espaciais e prestando suporte a missões civis que se beneficiam desse serviço, ampliando a previsibilidade e a confiabilidade no uso de ativos espaciais.

 Apreensão de semissubmersível utilizado para transporte de cocaína: a Força Aérea Brasileira desempenhou papel decisivo em inédita apreensão de uma embarcação semissubmersível que seria utilizada para o transporte de cocaína com destino à Europa. A operação aconteceu no dia 31 de maio e foirealizadapelaPolícia Federal, naregião daIlhade Marajó (PA). Aação contou com o emprego de tecnologias de inteligência artificial, imagens de satélite de alta resolução e aeronaves da FAB equipadas com sensores especiais, que permitiram mapear movimentações fluviais atípicas na Amazônia.

 Interceptação de uma embarcação nas águas de Portugal, em março de 2025, reforçou o trabalho de inteligência das autoridades brasileiras. Depois desse episódio, imagens orbitais e dados eletrônicos captados por aeronaves passaram a ser analisados de forma integrada pelas equipes da FAB e da PF. O cruzamento das informações permitiu identificar a fabricação regional e o destino transatlântico das embarcações artesanais, além de evidenciar o uso de rotas fluviais clandestinas para o tráfico internacional.

PARTICIPAÇÃO EM OPERAÇÕES

Por meio de produtos de sensoriamento remoto, o COPE também contribuiu com ações voltadas ao monitoramento territorial e à segurança pública, disponibilizando imagens que auxiliaram na identificação de áreas de interesse, avaliação de impactos e orientação no uso eficiente de recursos. As principais operações apoiadas por essa capacidade incluem:

Entre as principais operações, destacam-se:

 Operação Catrimani II: suporte às ações contra o garimpo ilegal na Reserva Indígena Yanomami, nos estados do Amazonas e de Roraima, visando à retirada de invasores e à proteção dos povos originários;

 Operação Acolhida: monitoramento da região de fronteira norte e auxílio humanitário a imigrantes venezuelanos em situação de vulnerabilidade;

 Operação Peregrino: repressão ao tráfico de drogas;

 Operação IVR da Marinha do Brasil: foram fornecidas imagens para apoiar atividades de patrulha, investigação, inteligência, reconhecimento e ataque;

 Operação POIT: apoio ao programa de pesquisas científicas na Ilha da Trindade; e

 Operação Aspirantex: operação de treinamento da Marinha do Brasil que visa a complementar a formação acadêmica dos Aspirantes da Escola Naval.

PARTICIPAÇÃO EM EXERCÍCIOS

Entre os dias 28 de abril e 9 de maio de 2025, foi realizada a edição anual do Exercício Global Sentinel, na Vandenberg Space Force Base, na Califórnia (EUA). Organizado pelo Comando Espacial dos Estados Unidos (USSPACECOM), o exercício reuniu cerca de 30 nações parceiras, como Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Israel, Itália, Japão, Noruega, Peru, Portugal e Reino Unido, com o objetivo de fortalecer a cooperação internacional na área de Consciência Situacional Espacial (SSA – Space Situational Awareness).

A edição de 2025 incluiu simulações realistas de ameaças espaciais, como lançamentos não cooperativos, ataques antissatélites, manobras de evasão, separações não autorizadas de objetos em órbita, conjunções e acoplamentos.

O Centro de Operações Espaciais (COPE) representouo Brasil e teve uma atuação de destaque, assumindo a liderança da célula regional do qual o Brasil fez parte, ao lado de Portugal, Colômbia e Peru. Essa célula multinacional foi responsável por coordenar análises e ações dentro do escopo regional de monitoramento espacial.

Durante o exercício, o COPE superou todos os objetivos, destacando-se pela agilidade na análise e compartilhamento de dados espaciais, precisão no monitoramento de satélites, detecção automática de movimentos suspeitos em órbita e pela liderança técnica em análises críticas, sendo reconhecido internacionalmente pelo alto nível de excelência operacional.

Durante o exercício, o Chefe do Centro de Operações Espaciais destacou: "A participação do Brasil na Global Sentinel 2025 reforça nossa posição estratégica no cenário internacional. Trabalhar em conjunto com nossos parceiros fortalece nossa capacidade de proteger ativos espaciais e responder a ameaças de forma coordenada e eficaz."

A atuação brasileira na Global Sentinel 2025 reafirma o compromisso do País com o uso pacífico, seguro e colaborativo do espaço, posicionando o Brasil como um ator relevante na governança global do ambiente espacial.

PREPARO DA FORÇA AÉREA

QUEM É O COMPREP?

O Comando de Preparo, Órgão de Direção Setorial do Comando da Aeronáutica, conforme previsto no Decreto nº 11.237, de 18 de outubro de 2022, tem por missão preparar os Meios de Força Aérea para o emprego, sob a sua responsabilidade, a fim de manter a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional.

Sua Visão é ser reconhecido pela excelência na administração dos macroprocessos finalísticos, de gestão e de suporte, a fim de preparar as equipagens, sob a sua responsabilidade, tornando-as capazes de realizar Ações de Força Aérea, em cenários específicos, na dimensão adequada e no momento oportuno.

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL:

O COMPREP é composto por um Quartel-General (QG) de Comando, sediado em BrasíliaDF, possuindo as seguintes Organizações Militares (OM) sob a sua subordinação:

O COMPREP é o responsável pelo Macroprocesso “Preparo da Força Aérea”. O monitoramento e a avaliação do preparo foram realizados por meio de indicadores de desempenho que representam os Macroprocessos Finalísticos da Cadeia de Valor do COMPREP.

Trimestralmente, foram apresentados os seguintes resultados:

Indicador

Objetivo

Acumulado até o 1º Trimestre

Índice

REVISÃO DOUTRINÁRIA

Medir a efetividade da revisão doutrinária do COMPREP

RESULTADO DA APURAÇÃO

Acumulado até o 2º Trimestre

Acumulado até o 3º Trimestre

Acumulado até o 4º Trimestre

Obtido 90,43% Índice Obtido 90,26% Índice Obtido Índice Obtido

Faixa de Referência Bom Faixa de Referência Bom Faixa de Referência Faixa de Referência

O indicador Revisão Doutrinária mede a efetividade do desenvolvimento e aperfeiçoamento das normas e diretrizes vinculadas à capacitação no âmbito do Comando de Preparo. É realizado um planejamento anual e verificado seu cumprimento trimestralmente.

Indicador CAPACITAÇÃO

Objetivo Medir o nível de capacitação dos militares do COMPREP.

Acumulado até o 1º Trimestre

Índice

RESULTADO DA APURAÇÃO

Acumulado até o 2º Trimestre

Acumulado até o 3º Trimestre

Acumulado até o 4º Trimestre

Obtido 89,68% Índice Obtido 90,89% Índice Obtido Índice Obtido

Faixa de Referência Bom Faixa de Referência Bom Faixa de Referência

Faixa de Referência

O indicador Capacitação mede a capacitação do pessoal, sob responsabilidade do Comando de Preparo, tornando-os aptos a cumprir as mais diversas ações da Força Aérea, em cenários específicos, na dimensão adequada e no momento oportuno. É realizado um planejamento anual e verificado seu cumprimento trimestralmente.

EXERCÍCIO TÉCNICO

IÇAMENTO PANTERA

Qualificar pilotos e tripulantes em procedimentos críticos de salvamento

ENTREGA PARA SOCIEDADE

O Exercício Técnico Içamento Pantera 2025 trouxe ganhos relevantes para a sociedade brasileira ao fortalecer a capacidade de pronta-resposta da Força Aérea em operações de Busca e Resgate.

O treinamento envolveu técnicas avançadas de içamento no mar, resgate com maca e procedimentos complexos em convés de embarcações, inclusive em condições noturnas com uso de óculos de visão noturna (NVG), aumentando a precisão e segurança das missões. A atuação integrada do Esquadrão Pantera, do Grupo Logístico e da Marinha do Brasil garantiu excelência operacional e totaldisponibilidade dos helicópteros H-60L Black Hawk, mesmo sob exigências técnicas intensas.

Além de qualificar pilotos e tripulantes em procedimentos críticos de salvamento, o exercício demonstrou elevado padrão de coordenação e preparo técnico, essenciais para emergências. Esses elementos são essenciais para o manejo de emergências, como as enfrentadas durante as enchentes no Estado do Rio Grande do Sul em 2024. Assim, o Exercício Içamento Pantera reafirma o compromisso da Força Aérea Brasileira com a prontidão, a segurança e o atendimento eficiente à população em situações de risco.

DBNQR

ENTREGA PARA SOCIEDADE

Aumento da prontidão e da capacidade de resposta em situações de crise

O Exercício Operacional EVAM DBNQR 2025 representa um avanço concreto na capacidade do Estado brasileiro de proteger a população em emergências envolvendo riscos biológicos, químicos, radiológicos e nucleares. A atividade contribui diretamente para o aperfeiçoamento dos atendimentos aeromédicos de alta complexidade e reforça a prontidão das Forças Armadas para agir em cenários de crise, seja em missões de combate, desastres ambientais oueventosde contaminação. Ao congregar profissionais da saúde, tripulações e equipes especializadas, o exercício aprimora a capacidade de resposta nacional, o que resulta em maior segurança e proteção para a sociedade brasileira.

Realizado na Base Aérea de Manaus entre os dias 5 e 16 de maio de 2025, o EXOP EVAM DBNQR envolveu diversas Unidades Aéreas sob coordenação da Base Aérea de Manaus. A coordenação das ações de saúde ficou sob responsabilidade da Diretoria de Saúde da Aeronáutica (DIRSA), com o apoio fundamental do Instituto de Medicina Aeroespacial (IMAE).

O exercício contou também com a participação de militares da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro, promovendo integração entre as Forças Armadas em um ambiente conjunto e realista.

Durante o treinamento, foram realizadas simulações de evacuação aeromédica nos perfis CASEVAC (resgate imediato em áreas hostis) e MEDEVAC (transporte assistido de pacientes), com e sem uso de óculos de visão noturna (OVN), além de pousos em condições de máximo esforço. O intercâmbio entre tripulações e equipes médicas permitiu a troca de experiências, o alinhamento de procedimentos e a manutenção operacional das capacidades da FAB e do IMAE.

O EXOP EVAM DBNQR reafirma o compromisso da Força Aérea com a proteção da vida, o preparo integrado das Forças Armadas e o uso eficiente dos recursos públicos, promovendo resultados concretos em favor da segurança, da saúde e do bem-estar da sociedade brasileira.

EXERCÍCIO TÉCNICO ARCANJO

Preparar as tropas de Infantaria da Aeronáuticas para Operações de Paz da ONU

ENTREGA PARA SOCIEDADE

O Exercício Técnico Arcanjo 2025 teve por objetivo manter as tropas de Infantaria da Aeronáutica preparadas e adestradas, em condições de atender ao acionamento para uma próxima Operação de Paz da ONU.

O EXTEC Arcanjo fortaleceu o preparo das tropas de Infantaria da Aeronáutica por meio do emprego prático das técnicas, táticas e procedimentos (TTP) utilizados nas Missões de Paz, em especial àquelas desempenhadas durante a MINUSTAH no Haiti, elevando o seu nível operacional. O exercício favoreceua interoperabilidadepor meio das interações com o Exército Brasileiro através do CCOPAB. Além disso, o EXTEC Arcanjo colaborou coma projeção do poder nacional à medida que habilita a Força Aérea a empregar tropas terrestres sob a égide da ONU.

O evento também contribuiu para o aprimoramento profissional e a capacitação dos militares, que ganham experiência e conhecimentos valiosos sobre as referidas missões e atividades. A cooperação entre a Força Aérea e o Exército Brasileiro, por sua vez, fortalece a unidade da defesa do Brasil.

EXERCÍCIO TÉCNICO FÊNIX

ENTREGA PARA SOCIEDADE

Realizar o adestramento dos Grupos de Defesa Antiaérea da Força Aérea Brasileira

O Exercício Técnico Fênix (EXTEC Fênix), realizado pela Base Aérea de Anápolis (BAAN) com a participação de Grupos de Defesa Antiaérea de diversas regiões do País, contribuiu de forma significativa para a sociedade ao elevar o nível de preparo das Forças Armadas. Por meio da simulação realista de cenários de guerra e ameaças aéreas, com o uso de ferramentas como o Simulador Radar de Baixo Custo (SRBC) e o FlightGear, os militares foram treinados para atuar com precisão e eficiência em situações complexas, aumentando a prontidão das equipagens para eventual emprego pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE).

Além disso, o exercício promoveu o desenvolvimento doutrinário e a evolução de capacidades operacionais, como o emprego simulado de sistemas antiaéreos de curto e médio alcance e a atuação em Zonas de Operações Restritas. Essas ações fortalecem a estrutura de Comando e Controle, otimizando a articulação entre os diversos níveis da defesa aeroespacial e garantindo maior eficácia frente a ameaças modernas e emergentes.

Com isso, o EXTEC Fênix foi além do treinamento interno, ao contribuir diretamente para a segurança da sociedade civil. Ao capacitar militares para a proteção de áreas estratégicas e infraestrutura crítica, o exercício representou um investimento na soberania nacional e na capacidade de resposta do Estado em cenários de crise ou conflito, reforçando o compromisso da Força Aérea Brasileira com a defesa do País e de sua população.

Aumento da prontidão e da capacidade de resposta em situações de crise

ENTREGA PARA SOCIEDADE

O Exercício AIRLIFT-COMAO 2025 trouxe importantes benefícios para a sociedade brasileira ao preparar a Força Aérea para atuar com rapidez e eficiência em situações de conflito e de paz. Durante o exercício, foram realizadas missões de resgate, lançamento de paraquedistas, evacuação aeromédica, entrega de suprimentos em áreas remotas e infiltração de tropas por meio de lançamento operacional em alta altitude (HALO)

Umdos destaques foio transporte logístico do sistema de lançadores de foguetes ASTROS, feito pela aeronave KC-390, demonstrando a capacidade da Força Aérea em apoiar o deslocamento rápido de equipamentos estratégicos do Exército Brasileiro. Também participaram aeronaves de caça F-5 e F-39, simulando cenários de guerra e atuação integrada com aeronaves de transporte.

O exercício contou com a presença de militares da BrigadadeInfantariaParaquedistado Exército, Forças Especiais da FAB e do Exército, além de médicos da Força Aérea especializados em resgates e atendimentos em zonas de combate. Esses treinamentos, realizados tanto de dia quanto à noite, utilizaram equipamentos modernos como sensores térmicos, radares e sistemas de autodefesa.

EXERCÍCIO

OPERACIONAL IVR

PRINCIPAIS EXERCÍCIOS

COORDENADOS PELO COMPREP

FINALIDADE

Ampliar a vigilância e o reconhecimento de ameaças, garantindo maior segurança no espaço aéreo, marítimo e terrestre

ENTREGA PARA SOCIEDADE

O Exercício Operacional IVR 2025 fortalece a defesa nacional ao aprimorar a interoperabilidade entre as Forças Armadas do Brasil. A utilização conjunta de aeronaves, blindados, meios aeroespaciais, cibernéticos e principalmente de drones da FAB, MarinhaeExército melhoraacoletaeanálisededados em tempo real, permitindo decisões mais rápidas e precisas. Esse avanço tecnológico amplia a vigilância e o reconhecimento de ameaças, garantindo maior segurança no espaço aéreo, marítimo e terrestre.

O evento também contribui para o aprimoramento profissionale a capacitação demilitares e especialistas brasileiros, que ganham experiência e conhecimentos valiosos para atuar em diversas áreas. A cooperação entre as três forças, por sua vez, fortalece a unidade da defesa do Brasil.

CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

QUEM É O DECEA?

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) é o órgão central do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) e do Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR), tornando-se um dos protagonistas dos Macroprocessos de “Preparo e Emprego” da Força Aérea Brasileira. O DECEA coordena a execução dos serviços de navegação aérea no espaço aéreo sob a responsabilidade do Brasil, contribuindo para a garantia da soberania nacional, por meio do gerenciamento do SISCEAB.

A responsabilidade do DECEA abrange o espaço aéreo sobre 22 milhões de km2, divididos em 8,5 milhões de km2 do território brasileiro, 3,5 milhões de km2 da Zona Econômica Exclusiva (ZEE), além de 10 milhões de km2 sobre o Oceano Atlântico, conforme acordos internacionais no âmbito da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI). Esse montante foi dividido em cinco Regiões de Informação de Voo (FIR – Flight Information Region).

Para gerenciar o SISCEAB, o DECEA dispõe de cerca de 12.000 profissionais altamente capacitados e distribuídos nas 14 Organizações Militares subordinadas, incluindo 73 Destacamentos e 183 Órgãos Operacionais.

O DECEA conta também com uma infraestrutura distribuída estrategicamente por todo o território nacional. São mais de 7.000 equipamentos, incluindo sistemas de vigilância (radares e ADSB – Vigilância Dependente Automática por Radiodifusão), auxílios de navegação aérea (VOR, DME e ILS), equipamentos de telecomunicações VHF/UHF/HF, sistemas de comunicações por satélite e meios de energia e climatização, dentre outros, com uma disponibilidade média acima de 99%.

Tal estrutura permite ao DECEA prover os serviços de navegação aérea para todos os usuários do espaço aéreo brasileiro, comelevadosníveis desegurança, confiabilidadeeprevisibilidade, atuando diuturnamente no controle de tráfego aéreo, meteorologia aeronáutica, telecomunicações, cartografia, informações aeronáuticas, busca e salvamento, inspeção em voo dos auxílios à navegação aérea, bem como na defesa aeroespacial.

PRICIPAIS ENTREGAS COORDENADAS

Em termos de entregas à sociedade brasileira, no dia 15 de janeiro, o DECEA passou a operar o novo sistema do Centro de Controle de Missão (MCC) Brasileiro, que trará mais agilidade e precisão nos acionamentos de missões de Busca e Salvamento (SAR) pelo COMAER. Esse sistema é composto por satélites, antenas, balizas de emergência que processam os sinais de alerta das aeronaves, permitindo a localização por meio de coordenadas geográficas. Saiba mais em: DECEA » Entra em operação nova funcionalidade do Sistema de Busca e Salvamento que emite alerta antes de ocorrer um acidente aéreo.

Em fevereiro, o DECEA promoveu a segunda reunião institucional com a comunidade aeronáutica, onde foram apresentadas as principais ações em prol do usuário do transporte aéreo e das empresas do setor, bem como os investimentos do DECEA na modernização dos processos e na absorção de novas tecnologias, como a integração dos drones e e-VTOL com as aeronaves tradicionais. Veja a matéria completa em: DECEA » Comunidade aeronáutica se reúne em evento promovido pelo DECEA.

No mês de março, o DECEA colocou em prática diversas ações para que os órgãos de controle de tráfego aéreo pudessem suportar o aumento dos movimentos aéreos durante o Carnaval 2025. Veja as matérias em:

 DECEA » Em Olinda e Recife, voos de drones serão restritos durante o Carnaval;

 DECEA » DECEA atua no controle do espaço aéreo do Rio durante o Carnaval;

 DECEA » DECEA tem planejamento especial para a alta demanda no carnaval;

 DECEA » Carnaval 2025: aumento de voos mobiliza controle aéreo

No dia 1º de abril, o DECEA, por meio da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), oficializou um contrato com a empresa brasileira IACIT Soluções Tecnológicas parao desenvolvimento do Radar Além do Horizonte OTH 0200 Skywave, que ampliará a capacidade de vigilância das fronteiras, contribuindo para a soberania do nosso País. Leia a matéria em: DECEA » DECEA assina contrato para desenvolvimento e implantação deradar devigilância aérea

FUTURO

No dia 28 de abril, o 1º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I) operacionalizou a terceira e última fase do Projeto Serviço de Informação de Voo (FIS) na Região de Informação de Voo de Brasília (FIR-BS). Com essa iniciativa, o FIS no espaço aéreo classe “G” (abaixo do FL150) passa a ser oferecido aos usuários a partir de posições operacionais e frequências de comunicação dedicadas, com vistas a melhor atender à aviação geral. Saiba mais em: DECEA » Serviço de Informação de Voo (FIS) é expandido para toda a FIR-BS

O DECEA planeja suas ações futuras com o intuito de atender às demandas dos usuários do espaço aéreo brasileiro. Um dos principais indicadores analisados é o total anual de movimentos aéreos. A previsão quinquenal do DECEA demonstra que a demanda nacional já recuperou o nível de movimentos aéreos pré-pandemia e continua em crescimento, sendo atingida a marca de 1.935.139 voos em 2024 (7,4% de aumento em relação a 2023). Para 2025, a projeção de crescimento da malha aérea em relação a 2024 é de 3,4%, podendo chegar até 5,9%.

A fim de aperfeiçoar a operacionalidade e a infraestrutura do SISCEAB, o Programa Estratégico do DECEA (Programa SIRIUS), constituído de 59 projetos distribuídos em 16 empreendimentos, permite a sua constante evolução, em resposta ao crescimento do tráfego aéreo e ao surgimento de novas tecnologias na aviação.

Em 2025, as principais entregas do Programa SIRIUS estão relacionadas a(o):

 Evolução da Comunicação, Navegação, Vigilância (CNS);

 Evolução dos Serviços de Navegação Aérea nas Bacias Petrolíferas (Áreas Oceânicas);

 Evolução do Gerenciamento de Tráfego Aéreo (ATM Evolução); e

 Mobilidade Aérea Avançada (AAM)

SEGURANÇA DE VOO

QUEM É O CENIPA?

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) é um dos protagonistas do Macroprocesso “Segurança de Voo”. Com a missão de “Contribuir com a Segurança de Voo e Preservar a Capacidade de Combate da Força Aérea Brasileira”, o CENIPA, Órgão Central e normativo do Sistema de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER) e do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes em Atividades Espaciais (SIPAE), tem conduzido diversas iniciativas em prol de um “compromisso com a vida”.

Sua missão é um lembrete constante de que a vida e a segurança de voo são valores inegociáveis, e é nesse espírito que o CENIPA continua a elevar os padrões de segurança aérea no Brasil e a manter os céus do País entre os mais seguros do mundo. O comprometimento do Órgão Central do SIPAER com a segurança de voo se estende a uma abordagem que vai além da mera identificação de falhas e erros em acidentes. Ele foca em uma compreensão mais ampla dos fatores contribuintes, tanto humanos quanto técnicos, para poder recomendar medidas corretivas e efetivas.

O CENIPA é mais do que um órgão investigativo, é a essência de um compromisso inabalável da Força Aérea Brasileira com a segurança das operações aéreas. Para isso, o Centro conta com especialistas treinados e equipamentos de ponta que auxiliam em investigações detalhadas e na produção de conhecimento que não se limita a entender acidentes, mas, acima de tudo, a preveni-los, apresentando resultados que envolvem a aviação em um intangível escudo de segurança que protege não apenas aqueles que voam e seus equipamentos, mas toda a nação brasileira.

Com esse mesmo enfoque, o CENIPA é responsável por promover cursos que disseminam a cultura de segurança de voo, uma vertente educativa essencial para que a prevenção seja internalizada por todos os envolvidos no setor aéreo e espacial. Por meio desses esforços contínuos, o Centro consolida seu papel como pilar fundamental na redução de acidentes, contribuindo para o desenvolvimento nacional.

Com o objetivo de assegurar a prontaresposta às demandas de investigação de acidentes, o CENIPA mantém sete Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA), estrategicamente localizados nas cidades de Belém, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Canoas, Brasília e Manaus. Essa estrutura descentralizada confere a capilaridade indispensável para atender às distintas regiões do País, reforçando a integração nacional e ampliando a eficiência nas ações em prol da sociedade.

Vale ressaltar que o CENIPA atua em estreita integração com a sociedade por meio dos ElosSIPAER e Elos-SIPAE, compostos por órgãos, entidades, organizações e pessoas das diversas áreas dos setores aéreo e espacial. Essa integração é fundamental para o compartilhamento de informações econhecimentos, visando aprimorar continuamenteasegurança nasoperaçõesaeronáuticaseespaciais no País. Como demonstrado nos gráficos a seguir, tanto o SIPAER quanto o SIPAE são sistemas que envolvem diversos setores em um processo de ligação sistêmica.

LIGAÇÕES SISTÊMICAS DOS ELOS-SIPAER

LIGAÇÕES SISTÊMICAS DOS ELOS-SIPAE

PARONAMA DE ACIDENTES AERONAÚTICOS

O acidente aeronáutico é um evento catastrófico e totalmente indesejável para a sociedade. Diante disso, o CENIPA se compadece e expressa respeito por todos que perderam entes queridos ou tiveram suas vidas impactadas por esses trágicos eventos.

Nesse contexto, no primeiro semestre de 2025, o CENIPA tratou 817 ocorrências na aviação civil, número expressivamente inferior às 1620 no mesmo período de 2024. Essa redução incidiu sobre as três categorias de classificação de ocorrências, tendo o número de acidentes decrescido de 94 para 79, de incidentes graves de 35 para 34, e incidentes de 1.491 para 704, bem como na quantidade de fatalidades, que decresceu de 42 para 33.

INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS

O processo de Investigação SIPAER, previsto na Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, Código Brasileiro de Aeronáutica, ocorre exclusivamente com o objetivo de prevenir novos acidentes, por meio da identificação dos fatores contribuintes e pela emissão de Recomendações de Segurança (RS). Nesse contexto, o CENIPA é a autoridade do Estado brasileiro responsável por conduzir as investigações de acidentes aeronáuticos em conformidade com os protocolos estabelecidos no Anexo 13 à Convenção sobre Aviação Civil Internacional.

O elevado nível de aderência a esses protocolos garantiu ao CENIPA manter neste trimestre a expressiva marca de 100% de conformidade na auditoria realizada pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI). Essacondição consolidao Centro como referência mundial em investigação de acidentes aeronáuticos, posicionando o Brasil entre o seleto grupo de países a alcançar esse patamar de excelência e rigor técnico.

A adesão aos protocolos da OACI assegura o reconhecimento internacional e reflete a eficiência operacional do CENIPA, cujos resultados do primeiro semestre de 2025 são apresentados no quadro destacado.

O tempo médio de investigação de acidentes aeronáuticos ficou em 574 dias no final do segundo trimestre, tendo como meta alcançar 562 dias ao final de 2025 e 540 dias em 2027.

Os beneficiários dessas ações estão em toda a sociedade, desde a indústria aeronáutica, passando pelos operadores e chegando aos usuários finais dos modais aéreos. As entregas do CENIPA, por meio do SIPAER, contribuem diretamente com a segurança de voo, resultando na preservação de vidas e equipamentos e na construção de um setor aéreo de alta confiabilidade, essencial para apoiar o desenvolvimento nacional.

Utilizando-se de ferramentas de Business Intelligence (BI), todos os resultados gerados pelas investigações do CENIPA são preservados e entregues à sociedade por meio do Painel SIPAER, disponível no QR code.

REPORTES VOLUNTÁRIOS

Decompetênciado CENIPA, conformeDecretonº 9.540, de25 deoutubro de2018,osreportes voluntários do SIPAER coletam dados e informações de Segurança de Voo não capturados pelos reportes mandatórios, sendo úteis para revelar condições reais ou potenciais que possam constituir perigos não identificados ou considerados pelos gestores.

Nesse sentido, no primeiro semestre de 2025, foram processados 100 reportes, sendo 53 classificados como Relatos ao CENIPA para a Segurança de Voo dentro do sistema de reportes voluntários, um processo que agrega grande valor para elevar a segurança de voo no país.

LABORATÓRIO DE LEITURA E ANÁLISE DE DADOS DE GRAVADORES DE VOO (LABDATA)

O LABDATA, que é parte integrante do CENIPA, realiza a leitura e análise de dados advindos das conhecidas "caixas-pretas". Essa infraestrutura é um diferencialestratégico do Brasil, que, junto coma Austrália, lidera esse tipo deanálise, em capacidade técnica, no hemisfério sul Nos primeiros seis meses deste ano, o LABDATA realizou 24 extrações e análises de dados, apoiando investigações nacionais e internacionais.

CAPACITAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

O CENIPA tem um papel fundamental na capacitação de técnicos do SIPAER, bem como na provisão para a sociedade de elementos com conhecimento específico para as atividades relacionadas à prevenção de acidentes aeronáuticos.

Nesse sentido, a Divisão de Formação e Aperfeiçoamento (DFA) do Centro, no primeiro semestre de 2025, ministrou 11 cursos, os quais resultaram em 2.409 profissionais altamente qualificados que contribuirão para o aprimoramento contínuo da segurança de voo em suas áreas de atuação e ajudarão a manter elevado o nível de confiança da sociedade no trabalho desenvolvido pelo CENIPA.

Em uma relação mais próxima à sociedade, o CENIPA homologa instituições de ensino superior reconhecidas pelo Ministério da Educação, que ministrem cursos na área de Ciências Aeronáuticas ouTecnólogo emAviação Civil, alémde instituições no âmbito do Ministério da Defesa. Dessa forma, além de expandir a capacidade de difusão dos conhecimentos em prol da segurança de voo, o Centro garante a excelência do Curso de Gestão de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos

(CGPAA) ao seguir rigorosamente os critérios e requisitos estabelecidos na NSCA 3-10, Formação e Capacitação dos Recursos do SIPAER.

Comessaparceria fundamentalparaaqualificação deprofissionaisaptosaatuaremno SIPAER ereforçando o compromisso do CENIPAcoma segurançade voo no País, forammantidasaInstituição Toledo de Ensino (ITE), a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e a Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) como instituições de ensino homologadas.

FUTURO

Nos próximos anos, o CENIPA dará ênfase à expansão de suas capacidades técnicas, visando a ampliar a autonomia e a eficiência nas análises relacionadas à segurança de voo. Esse esforço contempla a modernização do Laboratório de Análise de Dados de Voo (LABDATA), com novos recursos para a degravação de gravadores e a exploração da expertise em leitura de memórias voláteis e processamento de dados espaciais.

Em paralelo, a infraestrutura para análises de componentes e fluidos será reforçada, prevendo a aquisição de equipamentos especializados, o aprimoramento das instalações e a capacitação de equipes técnicas, de modo a reduzir dependências externas e ampliar a autonomia operacional do Centro.

No âmbito da inovação, o CENIPA continuará aprimorando sistemas informatizados e painéis de Business Intelligence (BI), ampliando a capacidade de gerenciar dados com agilidade e confiabilidade. A adoção de Inteligência Artificial (IA) também terá foco, em especial no processo de investigação de acidentes, visando a otimizar a eficiência das análises e reduzir prazos de conclusão. Entre as iniciativas planejadas, destaca-se o desenvolvimento de um chatbot associado aos dados do Painel SIPAER, reforçando a transparência e facilitando o acesso às informações por parte da sociedade.

Todas essas ações seguem as diretrizes estratégicas do CENIPA, com previsão de conclusão até dezembro de 2030.

Para saber mais sobre os cursos ministrados pelo CENIPA, formas de contato com o Centro, notificação de ocorrência aeronáutica e outras informações, acesse nosso site em https://www2.fab.mil.br/cenipa/

QUEM É O DCTA?

O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) é o Órgão de Direção Setorial, localizado em São José dos Campos - SP, que tem a missão de “Desenvolver soluções científico-tecnológicas no campo do Poder Aeroespacial, a fim de contribuir para a manutenção da soberania do espaço aéreo e a integração do território nacional”, com base nos seguintes valores: disciplina, patriotismo, integridade, comprometimento, profissionalismo, excelência, criatividade e rigor científico.

Com órgãos sediados em diferentes localidades, como Brasília, Alcântara, Natal e São José dos Campos, o DCTA reúne um expressivo contingente de alto nível, contando com militares e servidores civis, dentre engenheiros, pesquisadores etécnicos nas mais diversas especialidades e áreas, que atuam em projetos de vanguarda e de grande valor estratégico para o País.

PRINCIPAIS

PROPHIPER 14-X - PROPULSÃO HIPERSÔNICA 14-X

O projeto é uma pesquisa em veículos hipersônicos e propulsão hipersônica aspirada baseada em combustão supersônica (SCRAMJET - Supersonic Combustion Ramjet), incluindo as etapas de concepção, desenvolvimento, projeto e fabricação dos demonstradores tecnológicos, bem como a demonstração, por meio de ensaio em voo, da capacidade de realizar um voo hipersônico aspirado (motor SCRAMJET), controlado, em regime de cruzeiro, na estratosfera (cerca de 30km de altitude e Mach 10).

O 14-X visa a capacitar o Brasil na área estratégica e prioritária da hipersônica, definida na Estratégia Nacional de Defesa, por meio da formação de recursos humanos e do desenvolvimento de uma plataforma tecnológica para voo hiperveloz com propulsão SCRAMJET. Além disso, tem-se a aeronave hipersônica não tripulada associada para demonstrar a capacidade de realizar um voo hipersônico autônomo aspirado controlado em regime de cruzeiro na estratosfera.

Ao longo do segundo trimestre de 2025, a equipe do projeto avançou em diversas frentes, conforme atividades descritas a seguir

No âmbito da infraestrutura física, a obra de adequação do laboratório do BECS (Bancada Experimental de Combustão Supersônica) foi concluída, proporcionando melhorias significativas no ambiente de trabalho e permitindo o prosseguimento das atividades do projeto com maior eficiência. Além disso, foi executada a metodologia 5S no laboratório de hipersônica, onde estão localizados os túneis de choque, promovendo a organização, padronização e melhoria contínua do ambiente de trabalho, com impactos positivos sobre a segurança e a produtividade da equipe.

Na parte experimental, foram realizadas aquisições importantes por meio de Termos de Referência, incluindo sensores, sistema automatizado de alimentação de gases, sistema de aterramento e sistema de exaustão, assegurando a infraestrutura necessária para a operação segura e eficiente dos túneis.

Do ponto de vista institucional e de gestão, destacam-se a participação no Grupo de Integração Logística (GIL) sediado no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE); o recebimento da documentação revisada da Revisão Preliminar de Projeto (PDR) do 14-X WP; a submissão do processo licitatório para contratação das fases C (projeto detalhado) e D (manufatura, integração e testes) do 14-X SP; a aquisição dos primeiros insumos para a manufatura dos motores-foguete do VAH-30, que será utilizado com o 14-X SP; e a elaboração da minuta do acordo de parceria com a empresa Mac Jee, no escopo da subvenção para o desenvolvimento do RATO 14-X.

As atividades de simulação também apresentaram avanços relevantes. Os estudos de otimização da combustão continuam com base nos dados experimentais obtidos no Túnel de Choque T1, com foco na definição da posição e do número de injetores para maximizar o desempenho do SCRAMJET.

O novo campus do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) no Ceará está sendo implantado na Base Aérea de Fortaleza (BAFZ).

A primeira fase do projeto compreende a construção dos blocos de ensino dos cursos de engenharia e dos blocos de alojamentos para 80 alunos. Para essa fase, as obras estão avançando adequadamente e dentro do planejamento previamente estabelecido no cronograma. Até o presente, foram concluídas as etapas de fundações dos prédios e a concretagem das lajes.

Com relação à segunda fase do projeto, aprovada em janeiro de 2025, as obras terão início no 2º semestre de 2025. Para essa segunda fase estão incluídas as obras e serviços de engenharia e de infraestrutura, bem como a modernização das edificações já existentes na BAFZ, incluindo o prédio administrativo e acadêmico, o hotel de trânsito, o rancho, o grupo de saúde e o bloco de apoio.

Aliado à construção de edificações e dos diversos serviços de engenharia do novo campus, o ITA e o DCTA estão envidando esforços para aquisição de recursos humanos por meio de concurso público, destinado ao ingresso deprofessores, pesquisadores,tecnologistas etécnicos, queirão compor o quadro de servidores da área finalística, e serão lotados no campus em Fortaleza, bem como em São José dos Campos. Os editais para o referido concurso foram publicados no Diário Oficial da União, nº 107 de 09/06/2025.

Em 2027, o novo campus ministrará os cursos de Engenharia das Energias Renováveis e o de Engenharia de Sistemas, ambos alinhados às demandas tecnológicas e sustentáveis do futuro.

É oportuno ressaltar que a nova unidade do ITA constitui um marco histórico nas áreas de educação de ensino superior e de inovação no Ceará, pois visa transformar o estado em um dos polos nacionais de inovação e de educação de alto nível.

PROJETO AMBIENTE DE SIMULAÇÃO AEROESPACIAL (ASA): APRIMORAMENTO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O Ambiente de Simulação

Aeroespacial (ASA) é uma solução de software em desenvolvimento pelo IEAv/DCTA/FAB que possibilita a criação, execução e análise de simulações de cenários de defesa, bem como de outros contextos, disponibilizada como um serviço web. A fase de desenvolvimento de sua primeira versão estável encerrou-se em dezembro de 2023. O ASA foi disponibilizado por meio de um Serviço de Simulação (Simulation a Service), porém sem localidade/OM ainda definida como gestora do serviço. No segundo trimestre de 2025, o projeto deu continuidade às atividades em parceria com o EMAER, COMAE e DECEA, concluindo a etapa de validação do uso do ASA para a análise de cobertura radar e avaliação da alocação dos radares. Esse avanço contribui para o amadurecimento do uso do ASA como ferramenta de simulação, com aplicações práticas que podem contribuir para o desenvolvimento e teste de cenários relevantes às necessidades operacionais das Forças Armadas.

Até o fim de 2025, a equipe do projeto ASA pretende concluir e entregar formalmente o cenário de alocação de radar de acordo com as solicitações do EMAER/COMAE/DECEA. Será iniciado um novo trabalho de avaliação de um cenário de utilização de mísseis, em cooperação com o COMAE. A ideia é explorar opotencial do ASAcomoambiente de testes para esse tipode interação, aproximandoa simulação cada vez mais das situações reais enfrentadas em operações aéreas.

No segundo semestre, deverão ser recebidos o mobiliário e demais equipamentos para o novo prédio do Laboratório de Modelagem e Simulação construído durante a execução do Projeto. Dentre esses equipamentos, estão as estações que permitirão realizar as simulações de combate aéreo entre agentes humanos (pilotos) e não humanos (IA) a partir das ferramentas desenvolvidas no ASA.

CERTIFICAÇÃO DO PROJETO T-25M

A aeronave T-25 Universal é utilizada há mais de 52 anos na Força Aérea Brasileira, sendo atualmente a aeronave de instrução básica do curso de aviação para a formação dos cadetes da Academia da Força Aérea (AFA).

Apesar de ser uma aeronave confiável e eficiente, o seu envelhecimento natural e a obsolescência de seus instrumentos analógicos originais têm gerado uma defasagem na qualidade da formação do cadete com tecnologia da aviação atual.

O processo de certificação de um produto aeronáutico tem o objetivo de garantir o atendimento aos requisitos de aeronavegabilidade e a sua conformidade com normas, sendo essencial para a operação da aeronave.

No período de 1º a 17 abr. 2025, o IPEV realizou a 1ª fase dos voos de certificação do Projeto T25M, no Parque Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA-LS), em apoio ao IFI (Instituto de Fomento e Coordenação Industrial) e à Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB).

A modernização da aeronave T-25 possibilitará aos futuros oficiais aviadores uma plataforma equipada com sistemas de navegação atualizados e melhorias significativas na comunicação entre instrutor e aluno em voo, garantindo a formação profissional nos mais altos padrões de segurança, tecnologia e excelência operacional.

O processo de certificação do Projeto T-25M prevê mais duas fases em voos, com previsão de conclusão até o final do mês de dezembro de 2025, quando o PAMA-LS poderá iniciar a fase de modernização da frota da FAB.

A melhoria na qualidade da instrução aérea dos cadetes da FAB contribuirá para o fortalecimento da defesa nacional, com a entrega à sociedade de pilotos altamente capacitados para garantir a segurança do espaço aéreo brasileiro e pronta resposta às situações de emergência ou catástrofes naturais, como as enchentes ocorridas no estado do Rio Grande do Sul, em 2024.

LANÇAMENTO DE FOGUETE DE TREINAMENTO BÁSICO, INAUGURANDO AS OPERAÇÕES AEROESPACIAIS DE 2025

No dia 27 de março de 2025, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) realizou o lançamento de um Foguete de Treinamento Básico (FTB), no decurso da Operação Falcão I/2025. Sob a Coordenação Geral do Diretor do Centro, a atividade de treinamento operacional compunha o calendário de lançamento do CLA para o ano corrente, e cuja principal finalidade, além da aferição da funcionalidade da infraestrutura operacional, como os meios de comunicação, transmissão e recebimento de dados, rastreio e segurança, foi a oportunidade de desenvolver e aprimorar a expertise dos operadores da “Janela Brasileira Para o Espaço”

Com um tempo decorrido entre o lançamento e a finalização do rastreio de aproximadamente 3 minutos, o FTB garantiu o sucesso da Operação Falcão I após ascender sobre a Baía de São Marcos, a partir do solo alcantarense. “A Operação Falcão I visa a adestrar todos os nossos meios operacionais para os lançamentos de foguetes de maior porte, pois lançamos um Foguete de Treinamento Básico (FTB), que chega à altura ou apogeu de 30 Km e impacta no mar em 12 Km de distância, dentro de uma área já controlada e calculada para a queda desse veículo em segurança; dessa forma conseguimos adestrar todos

os meios operacionais visando às operações futuras.”, concluiu o Diretor do CLA, ao discorrer sobre as características do foguete e êxito da operação.

MFPL L25– MOTOR FOGUETE A PROPELENTE LÍQUIDO

O projeto busca desenvolver um protótipo de voo de um motor foguete a propelente líquido, que funcione com o par propelente oxigênio líquido e etanol, gere 25 kN de empuxo no vácuo, controle o vetor empuxo e faça múltiplas partidas para aplicação em último estágio de veículos lançadores de satélite. Fazem parte do motor fogueteos sistemas de geração de empuxo, de pressurização de propelentes (bombas), de acionamento elétrico, de monitoramento e controle, além dos subsistemas auxiliares de ignição, pneumático e fixação. As infraestruturas de ensaio e de fabricação associadas também fazem parte do objeto do projeto.

Objetivos do projeto:

 Garantia da capacidade de inserção precisa de cargas úteis em órbita com tecnologia nacional;

 Aumento da capacidade da massa da carga útil em órbita;

 Ampliar e consolidar a competência em P, D&I na área aeroespacial para atender aos desafios nacionais;

 Prover a infraestrutura adequada para o desenvolvimento científico e tecnológico, habilitando o País na construção de estágios superiores à propulsão líquida para veículos lançadores; e

 Promover a ampliação da capacidade de fabricação de componentes de alta tecnologia e aumentar o valor agregado dos produtos da Indústria Nacional.

A principal realização no 2º trimestre de 2025 foi a campanha de ensaios de desempenho do modelo de desenvolvimento da bomba hidráulica do projeto L25, componente responsável por pressurizar os propelentes. Esse subsistema atua como coração do motor foguete a propelente líquido, uma vez que a câmara de empuxo precisa admitir os propelentes em altas pressões e os reservatórios precisam ter baixa pressão, por limitações de massa do veículo lançado.

Os ensaios mostraramrobustez no projeto eaderência comas estimativas teóricas de eficiência. A próxima fase dos ensaios avaliará a margem de cavitação da bomba hidráulica.

A principal perspectiva futura para gerar valor para a sociedade é o desenvolvimento de motores elétricos com alta densidade de potência energética, viabilizando o motor MFPL L25 e com diversas aplicações em outros setores: automotivo, naval etc. Além disso, o desenvolvimento de processos de fabricação especiais e a usinagem de alta precisão elevarão a capacitação da indústria aeroespacial nacional.

SISTEMA INTEGRADO DE FOMENTO À INDÚSTRIA AEROESPACIAL (SIFIAER)

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial expediu, no dia 25 de fevereiro de 2025, o Certificado de Registro de Programa de Computador do Sistema Integrado de Fomento à Indústria Aeroespacial(SIFIAER). Aobtenção do registrodoprograma visa agarantir asegurança jurídicasobre a titularidade, a proteção da autoria e a prevenção do uso indevido do sistema.

O SIFIAER foi concebido como uma ferramenta capaz de apoiar a obtenção de informações relacionadas à Base Industrial de Defesa do setor aeroespacial, com o objetivo de fomentá-lo, tendo como princípios a tríplice hélice da inovação e a capacidade tecnológica.

O SIFIAER consiste em um Sistema de Informações Gerenciais (SIG) que contribui para o atendimento de objetivos organizacionais, como a excelência operacional, além de possibilitar um relacionamento mais próximo com clientes e fornecedores. Ele auxilia na tomada de decisões e, com isso, agrega valor à missão da organização. Isso se dá pela possibilidade de gerenciamento dos processos por meio do sistema, bem como pela coleta de dados de empresas e pelo processamento dessas informações, gerando saídas estruturadas.

Atualmente, o SIFIAER conta com mais de 1.600 usuários pessoas físicas, incluindo representantes legais, procuradores ou funcionários delegados, além de mais de 1.500 cadastros de empresas nacionais do setor aeroespacial que atuam no desenvolvimento, produção, manutenção e comércio de produtos aeroespaciais.

Esse cadastro permite ao IFI aprimorar seus processos de assessoria aos órgãos superiores em demandas relacionadas à Base Industrial de Defesa (BID), conforme as atribuições de seu Regimento Interno (RICA). Isso inclui atividades ligadas à Compensação Tecnológica, Industrial e Comercial (Offset), levantamentos e assessorias para análise de empresas, bem como apoio a projetos de aquisição, transferência de tecnologia e levantamentos para programas estratégicos.

Além disso, por meio do sistema, são extraídas as Relações de Empresas Candidatas ao Convênio ICMS nº 75/91 que reduz a base de cálculo do ICMS para 4% e é emitido o Catálogo de Empresas do Setor Aeroespacial (CESAER), que entre outras vantagens, é a referência para o acesso à regra de tributação conforme a Resolução GECEX nº 310/22, que permite alíquota zero do Imposto de Importação de itens aeronáuticos.

FUTURO

Considerando a carteira de projetos de CT&I do DCTA, tem-se como perspectiva de futuro o aprimoramento da precisão em comunicações e o desenvolvimento de tecnologias para aeronaves, como sistemas de telecomunicações avançados e simulação de voo mais precisa. Os projetos de CT&I permitem demonstrar e aperfeiçoar capacidades como o desenvolvimento de algoritmos avançados para processamento de imagens, aprimorando a navegação autônoma em veículos aéreos não tripulados e o desenvolvimento de tecnologias tolerantes à radiação ionizante, que têm aplicações importantes em sistemas eletrônicos críticos.

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Relatório de Resultados 2º Trimestre 2025 by Força Aérea Brasileira - Issuu