Notimp 09.05.2024

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09 de Maio de 2024

NOTIMP: 130 de 09/05/2024.

O Noticiário de Imprensa da Aeronáutica (NOTIMP) apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.

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JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO

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TV GLOBO - JORNAL HOJE

SBT

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE

AGÊNCIA BRASIL

OUTRAS MÍDIAS

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Enchentes no RS: FAB transfere bebê de 3 meses em estado grave para hospital a mais de 500 km da região alagada

O bebê estava em um hospital em Esteio, no Vale dos Sinos, e foi levado para Santa Rosa, na região noroeste do estado.

Por Jornal Nacional - Publicada em 08/05/2024 20:37

Nesta quarta-feira (8), o Jornal Nacional acompanhou uma missão da Força Aérea Brasileira para transferir de hospital um bebê de 3 meses.

O sobe e desce é intenso na base de Canoas. A equipe do Black Hawk FAB 8916 ajudou a socorrer as vítimas do incêndio da boate Kiss, em 2013. A missão desta quarta-feira (8) também é delicada e urgente: transferir o Bryan, um bebê de 3 meses, entubado por causa de uma pneumonia grave.

A logística de saúde está muito comprometida. Além disso, vários hospitais foram alagados, perderam sua capacidade funcional. Então, a ponto de ter que pegar uma criança grave de um hospital próximo e levar para outro ponto do estado porque a gente não consegue ter leito na região , diz o capitão Vinícius Ayres, médico da Aeronáutica.

O bebê estava em um hospital em Esteio, no Vale dos Sinos, e foi levado para Santa Rosa, na região noroeste, a mais de 500 km de distância. O primeiro pouso foi em um campo de futebol para encontrar com a ambulância. O pequeno Bryan foi entregue aos cuidados do médico-capitão Ayres e da enfermeira-tenente Elisiane. Ali, no pequeno espaço, improvisaram uma UTI para monitorar o bebê. Médico e enfermeira, de joelhos, não tiraram os olhos dele. O pai, Juliano, sempre ao lado.

De cima, a visão era de áreas e mais áreas inundadas. E, no céu, nuvens carregadas anunciavam mais chuva. Depois de uma hora e meia, o helicóptero teve que pousar.

Por questão de segurança, por causa dos ventos fortes e também para abastecer, o helicóptero teve que parar aqui em Santa Maria antes do destino nal, que é Santa Rosa , conta o repórter Júlio Mosquéra.

Mais da metade do caminho cou para trás. Juliano já se mostrava mais tranquilo e com a esperança que tem marcado os gaúchos diante de tantas adversidades.

Eu sei que todo mundo vai se recuperar. O meu lho também vai se recuperar e vai dar tudo certo , diz Juliano Siqueira, pai do Bryan.

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KC-30 e KC-390 levam mais de 25 toneladas de donativos e pessoal ao RS nesta quarta-feira

Juliano Gianotto - Publicada em 08/05/2024

Dentro da rotina de voos frequentes de ajuda humanitária estabelecida pelo Governo Federal para auxiliar a população do Rio Grande do Sul, uma nova operação levou mantimentos, equipamentos, medicamentos, doações e reforços às equipes de saúde e salvamento na manhã desta quarta-feira (8).

A aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou de São Paulo às 10h37 e aterrissou em Canoas no início da tarde. Na bagagem, 25 toneladas embarcadas, entre 6,5 toneladas em puri cadores de água, 1,3 tonelada de remédios, três toneladas de cestas básicas, três toneladas de água potável, 1,6 tonelada de itens de higiene pessoal, 600 quilos em colchões, 1,7 tonelada de cobertores e 7,3 toneladas de soro siológico.

Um segundo voo em um cargueiro KC-390 conduziu de Brasília a Canoas 44 novos integrantes da Força Nacional do Sistema Único de Saúde, além de reforços para equipes da Conab, que lida com a entrega e armazenagem de cesta de alimentos, e de integrantes da Polícia Rodoviária Federal e do Corpo de Bombeiros.

A campanha de doações teve início na sexta-feira (3/05) e convocou a comunidade a doar roupas, colchonetes, água potável e gêneros não perecíveis. Os pontos de coleta seguem ativos: Base Aérea do Galeão (Rio de Janeiro), Base Aérea de São Paulo e Base Aérea de Brasília, que centralizam as doações das 8h às 18h.

Voos Comerciais

A Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul, será aberta nesta quarta para voos comerciais. A intenção é suprir a demanda do fechamento do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, que alagou após as fortes chuvas no estado. Uma parceria entre Ministério de Portos e Aeroportos, FAB, Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e companhias aéreas permitiu a alternativa.

As operações serão em fases. A primeira tem início nesta quarta, em parceria entre a Azul Linhas Aéreas e a FAB. A empresa vai realizar o primeiro voo humanitário com mantimentos arrecadados para Canoas (RS). O voo parte de Campinas, ponto focal de insumos recebidos em mais de 500 postos de arrecadação organizados pela companhia. Em seguida, passa pela Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, para incluir mais donativos. A aeronave sairá de Guarulhos às 12h e chegará à cidade de Canoas às 15h10.

Na fase 2, nesta quinta-feira (09/05), quatro empresas aéreas e a FAB vão realizar as missões de entrega de mantimentos em cinco horários. Já a fase 3 consiste no transporte de cidadãos gaúchos que se encontram fora do estado.

Lançamento

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A FAB vai iniciar uma ação de lançamento de donativos e materiais essenciais por via aérea, em locais que seguem mais isolados. As missões buscam trazer agilidade no atendimento à população atingida enquanto algumas das estradas seguem obstruídas.

VÍDEO - Comandante da Base Aérea de Brasília fala sobre doações ao RS e os próximos passos da operação

em entrevista O Coronel Aviador Miguel Ângelo Côrtes, comandante da Base Aérea de Brasília, falou sobre os esforços da FAB para que as doações cheguem aos afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul e quais serão os próximos passos da operação.

Metrópoles - Publicada em 08/05/2024 13:43

Em entrevista O Coronel Aviador Miguel Ângelo Côrtes, comandante da Base Aérea de Brasília, falou sobre os esforços da FAB para que as doações cheguem aos afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul e quais serão os próximos passos da operação.

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Matérias não publicadas no Portal da Força Aérea Brasileira

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Drone da FAB cai durante voo de apoio às vítimas de enchentes

Aeronave estava sendo utilizada para fazer sobrevoos e localizar vítimas que ainda não foram resgatadas e se encontram isoladas

Carlos Martins - Publicada em 08/05/2024 13:34

A FAB (Força Aérea Brasileira) perdeu o seu primeiro drone em missão real na manhã desta quarta-feira (8), durante a Operação Taquari 2, que faz o resgate às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

A aeronave israelense Elbit Hermes 900 (RQ-900) estava sendo utilizada para fazer sobrevoos e localizar vítimas que ainda não foram resgatadas e se encontram isoladas.

O avião pode voar por 36 horas sem precisar reabastecer e atinge altitudes de até 9 mil metros (30.000 pés), e tinha ajudado a resgatar 36 pessoas em apenas 24 horas de voo.

Porém, nesta manhã, a aeronave teve problema técnico e caiu numa região desabitada, sem atingir pessoas ou construções. A localização exata da queda não foi informada pela FAB até o momento.

Em nota, a FAB a rma que "uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), da FAB, que é empregada nas missões de apoio aos atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul, apresentou durante sua operação um problema técnico e veio a colidir com o solo, em região desabitada, nesta terça-feira (7)".

A Força Aérea informa ainda que o CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) vai investigar os fatores contribuintes da ocorrência aeronáutica.

É falso que Luciano Hang tenha mais aeronaves atuando no RS do que a

FAB

Da Redação - Publicada em 08/05/2024 16:13

Não é verdade que o empresário Luciano Hang tenha frota de aeronaves igual ou superior à da FAB (Força Aérea Brasileira) atuando no Rio Grande do Sul. Segundo post publicado em 4 de maio, o dono das lojas Havan disponibilizou dois helicópteros desde o dia 2. De acordo com a Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República, nesta mesma data, a FAB atuava com nove aeronaves empregadas por meio da Operação Taquari II.

A FAB disponibilizou, até a última atualização, em 6 de maio, 12 aeronaves e 90 viaturas para a operação. A ação envolve mais de 1,3 mil militares e resgatou 405 pessoas e oito animais de estimação. No total, a Operação Taquari II, que conta também com Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e Receita Federal, tem 42 aeronaves atuando no estado.

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Desde o início, como veri cado pelo Comprova, a ação do governo tem mais veículos em operação do que Hang. Na noite de 30 de abril, 626 militares, 12 embarcações, 5 helicópteros e 45 viaturas já estavam atuando no local, segundo boletim do Ministério da Defesa.

A Havan con rmou ter duas aeronaves envolvidas nos resgates. Até a manhã de 6 de maio, foram realizados mais de 300 pousos e decolagens, sendo transportados 23 pacientes para hemodiálise e 12 médicos para atendimentos. Os helicópteros também já transportaram alimentos e água, e deram apoio no transporte de tropas da polícia e dos bombeiros.

Enganoso, para o Comprova, é o conteúdo retirado do contexto original e usado em outro de modo que seu signi cado sofra alterações; que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.

Leite mudou quase 500 normas ambientais em 2019; especialistas criticam gestão

Governador do RS é apontado por ativistas como articulador do que chamam de desmonte; OUTRO LADO: gestão defende que alterações foram debatidas

Jorge Abreu - Publicada em 08/05/2024 23:00

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), alterou em torno de 480 normas do Código Ambiental do estado em seu primeiro ano de mandato, em 2019. A medida, sancionada em 2020, acompanhou o afrouxamento da política ambiental brasileira incentivada, à época, pelo então ministro Ricardo Salles, do MMA (Ministério de Meio Ambiente), no governo Bolsonaro. Agora, em meio às enchentes no estado, ambientalistas criticam a gestão de Eduardo Leite e apontam o governador como o articulador, junto à Assembleia Legislativa, do que chamam de desmonte das leis estaduais de proteção ambiental.

Em nota, o governo do RS diz que a mudança do código teve, como base, discussões que envolveram sociedade e instituições, como a Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental). O Executivo a rma ainda que as catástrofes climáticas são uma tendência mundial, com ocorrências mais frequentes e intensas, sendo assim, não atribuíveis à atualização da lei.

"A atualização alinhou a lei estadual à legislação federal. A modernização acompanhou as transformações da sociedade, tornando a legislação aplicável, priorizando a proteção ambiental, a segurança jurídica e o desenvolvimento responsável", diz, em nota.

O diretor cientí co e técnico da Agapan (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural), Francisco Milanez, nega que a sociedade civil e entidades ambientalistas tenham participado da construção do novo código. Biólogo e pós-graduado em análise de impacto ambiental, ele a rma que as mudanças foram tomadas de forma unilateral, encabeçadas pelo governador. Milanez conta que o antigo Código Ambiental levou quase dez anos para ser elaborado e a primeira tentativa de mudança, a pedido de Leite, era em regime de urgência, mas foi impedida pela Justiça. O processo então ocorreu 75 dias depois com a aprovação da Assembleia Legislativa.

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A legislação original foi construída, segundo ele, em conjunto com as federações das indústrias e da agricultura, entidades ambientais e sociedade civil.

"O atual governador destruiu esse Código Ambiental. Nós pedimos debate com a sociedade, mas ele fugiu. Leite tem maioria na Assembleia Legislativa. O código era a maior obra-prima do consenso de um estado", critica o biólogo.

"No outro ano [2021], ele mudou a primeira lei de agrotóxicos do hemisfério sul do planeta [aprovada no começo dos anos 80]. Ele tirou o item mais importante dessa lei, que era o seguinte: nenhum agrotóxico pode ser licenciado no Rio Grande do Sul se não for licenciado no país de origem", ressalta.

Milanez critica também a sanção do governador, neste ano, de lei que exibiliza a construção de barragens e outros reservatórios de água dentro de áreas de proteção permanente. De acordo com o ambientalista, essa medida é preocupante por poder afetar o uxo natural da água, o que pode gerar cheias de rios e chuvas mais concentradas.

"O Rio Grande do Sul foi pioneiro na legislação ambiental e na própria luta em prol do meio ambiente no Brasil. E agora está fazendo o pior papel possível. Nesses últimos anos, nós estamos pagando a conta da destruição ambiental e ela se dá por várias formas."

Para Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, rede de mais de cem organizações socioambientais, o desmonte vai além do governo estadual e da Assembleia Legislativa. Ele enfatiza a participação do Congresso Nacional no afrouxamento de políticas ambientais, com a contribuição de deputados federais e senadores eleitos pelo Rio Grande do Sul. Astrini avalia que o Brasil vive duas ondas de prejuízos, uma delas na questão climática e a outra na mudança de legislação, que exibiliza regras de proteção ambiental. Ele cita a liberação de construções em áreas que alagam e a eliminação de vegetação que poderia drenar a água e tornar o solo mais compacto.

"Temos autoridades no país que estão trabalhando no sentido contrário àquilo que deveria ser feito. São pessoas que fazem projetos de lei para incentivar o desmatamento, para diminuir a capacidade de scalização e investimento, para reduzir operações de campo, para liberar cada vez mais áreas que bene ciam a grilagem de terras", a rma.

Astrini dá como exemplo o projeto de lei 3.729/2004, aprovado em 2021 na Câmara dos Deputados, que exibiliza normas e dispensa diversas atividades da obtenção do licenciamento ambiental, considerado um retrocesso por entidades ambientalistas. A proposta teve votação favorável de 22 parlamentares do Rio Grande do Sul, liados aos partidos PL, PP, PDT, PSDB, MDB, Republicanos, Novo, MDB, Podemos e PSD.

"Existem projetos de lei de anistia para desmatadores e grileiros, projeto de lei que acaba com as demarcações de terras indígenas e coloca em revisão as já existentes no Brasil lembrando que a terra indígena é a forma mais rápida de conter desmatamento. Existem PLs de liberação de mineração em unidades de conservação e para subverter o uso do Fundo Amazônia", enumera.

Para Astrini, com base em outros episódios climáticos recentes devastadores no Rio Grande do Sul, Eduardo Leite poderia ter sido exemplo na preparação para situações extremas, mas, na sua visão, ignorou os alertas de desastres e protagonizou a diminuição de proteção ambiental de áreas sensíveis.

"Se o governador não acreditar agora nessa questão de clima, eu não sei qual vai ser o momento. Porque o estado que ele governa sofreu em 2021 e 2022 duas secas extremamente severas, que trouxeram prejuízos bilionários para a produção agrícola. E agora está sofrendo um período de chuva desde setembro do ano passado, quando já teve a primeira enchente muito grande", a rma.

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BLOG- Lula ainda terá trabalho duro para recuperar popularidade

Governo vê sinais de queda estancada, mas tem pontos de atenção pela frente

Bruno Boghossian - Publicada em 08/05/2024 23:00

O governo mal conseguiu um diagnóstico completo sobre a queda da popularidade de Lula, mas agora ensaia um suspiro de alívio. Três pesquisas divulgadas nos últimos dias con rmam que a avaliação piorou mesmo. Sugerem também que a queda pode ter sido estancada.

Os dados indicam a consolidação de um quadro cada vez mais comum em levantamentos sobre popularidade presidencial, com um eleitorado dividido em três partes iguais. A pesquisa Quaest desta quarta (8) mostrou que 33% consideram o governo ótimo ou bom, 31% dizem que ele é regular e 33% classi cam a gestão como ruim ou péssima.

Em agosto de 2023, a avaliação positiva de Lula estava em 42%, e a negativa era de 24%. As linhas se aproximaram ao longo dos meses, se tocaram em fevereiro e permaneceram praticamente estáveis desde então.

O mais urgente para o governo era evitar que o derretimento se prolongasse. Aí estão os primeiros indícios de que isso ocorreu, ainda que alguns pontos mostrem que o cenário para a recuperação da popularidade de Lula não será tão simples.

A Quaest contou mais eleitores dizendo que o país está no caminho errado (49%) do que no caminho certo (41%). Além disso, chegou a 63% o percentual de entrevistados que dizem que Lula "não tem conseguido" fazer o que prometeu. São questões importantes porque indicam um desânimo que pode estar presente até para quem votou no petista.

A pesquisa também reforçou uma percepção generalizada de alta nos preços dos combustíveis, dos alimentos e da energia. Signi ca que, apesar do aumento do emprego, o trabalhador sente um peso na hora de fazer compras e pagar contas.

Um terceiro ponto indica uma quantidade grande de entrevistados estacionados na faixa de avaliação regular. Este grupo inclui eleitores da oposição, uma oportunidade para pescar aqueles que não consideram o governo ruim. Por outro lado, também estão ali eleitores de Lula que ainda não veem resultados su cientes para uma avaliação positiva.

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Governo Lula enfrenta teste de fogo no Congresso com análise de vetos

Gestão petista busca reduzir danos e priorizar temas diante da possibilidade de derrotas em série

Victoria Azevedo,Thaísa Oliveira,Julia Chaib - Publicada em 08/05/2024 23:00

Após uma série de adiamentos, os parlamentares se reúnem nesta quinta-feira (9) na primeira sessão do Congresso Nacional deste ano para deliberar sobre uma dezena de vetos presidenciais que se arrastam desde o governo Jair Bolsonaro (PL).

Às vésperas da votação, deputados federais e senadores reclamavam de falta de acordo e previam uma série de derrotas ao governo Lula (PT). A sessão será um teste para medir a força do governo petista no Congresso num momento em que há queixas sobre a articulação política do Executivo no Legislativo (com cobranças do próprio Lula para que seus ministros intensi quem o diálogo com os parlamentares), além de ruídos entre as cúpulas das duas Casas.

A pauta desta quinta prevê a análise de vetos em mais de 30 matérias, incluindo projetos ligados à questão orçamentária, além da exibilização do registro de agrotóxicos e da lei que acaba com as saídas temporárias de presos.

Há também vetos do governo Bolsonaro na pauta por exemplo, sobre despacho gratuito de bagagem e a Lei de Segurança Nacional. Parlamentares acusam o governo de não cumprir acordos. Um dos exemplos expostos nesta quarta-feira (8) foi sobre a Lei Geral do Esporte, alvo de quase 400 vetos de Lula. O líder do PL, senador Carlos Portinho (RJ), diz que havia conversado sobre os vetos com o próprio ministro do Esporte, André Fufuca (PP), mas que, depois, recebeu informação diferente do governo.

A principal crítica se dá pela cobrança para o Executivo liberar emendas parlamentares, principal mecanismo pelo qual os deputados e senadores destinam recursos para seus redutos, com ganho de capital político e eleitoral. Em um ano eleitoral, é ainda maior a pressão pela celeridade no pagamento dos recursos.

Nesta semana, foram realizadas algumas reuniões entre líderes do governo no Congresso e parlamentares na tentativa de costurar acordos sobre os textos. A falta de encontros anteriores gerou críticas de parlamentares da base e da oposição pela atuação do líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).

Ministros também entraram em campo, como Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil).

Diante de um cenário com di culdades em rmar acordos, o governo federal estabeleceu três prioridades para a sessão: a manutenção do veto de Lula ao projeto que acaba com as saídas temporárias de presos; a manutenção de veto do cronograma para pagamento de emendas parlamentares; e a recomposição parcial de R$ 3,6 bilhões do total de R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão vetadas pelo petista no início do ano, em vez do valor integral.

Reservadamente, governistas já reconhecem que o Executivo terá um saldo negativo na sessão, mas atuam para reduzir os danos. Eles dizem que o Congresso é formado em sua maior parte por parlamentares da centro-direita e que temas como segurança pública e agropecuária mobilizam grande parte dos congressistas.

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Os parlamentares da base aliada de Lula apostam que a recomposição parcial dos valores bilionários das emendas de comissão deverá ocorrer porque é resultado de acordo capitaneado por Rui Costa e pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) considerado um cumpridor de acordos.

Do lado do Senado, a negociação também envolve o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça do Senado), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), notório operador de emendas.

Durante a votação do projeto de lei que recria o seguro de trânsito DPVAT e libera antecipadamente R$ 15,7 bilhões no Orçamento, Alcolumbre orientou a bancada da União Brasil e expôs as tratativas. O projeto foi aprovado pelo plenário do Senado na quarta por 41 votos a 28.

"Reconhecendo a importância desse ajuste que está sendo feito no arcabouço scal para equilibrar as contas do Estado brasileiro e partindo da premissa da construção política das duas Casas, do Senado e da Câmara dos Deputados, em relação à sessão do Congresso Nacional que vai se realizar no dia de amanhã, para cumprir o compromisso com a Câmara dos Deputados, o União Brasil no Senado vota sim ", disse.

O acordo que vem sendo costurado sobre as emendas prevê que, dos R$ 3,6 bilhões, um terço (R$ 1,2 bilhão) será destinado aos senadores e o restante (R$ 2,4 bilhões) aos deputados. Parte dos parlamentares ainda pressiona pela derrubada total do veto de Lula e pelo retorno do valor total, de R$ 5,6 bilhões.

Randolfe Rodrigues disse que houve "gritos" da oposição da Câmara, mas que o acordo será mantido: "A informação que temos é que o acordo está paci cado".

Até o começo da noite desta quarta, governistas a rmavam estar preocupados sobre outro ponto de atenção, relativo ao cronograma de emendas. O Palácio do Planalto tentava negociar um calendário próprio para a liberação desses recursos, enquanto os parlamentares exigiam o pagamento integral de todas as emendas individuais até o dia 30 de junho prazo limite por causa das eleições municipais em outubro.

O Planalto, porém, avalia que pagar as emendas é inviável por falta de espaço scal e promete empenhar todas as emendas até essa data. O empenho é a fase que antecede o pagamento, quando o governo se compromete a desembolsar determinado valor.

Em outra frente, o governo tenta tirar da pauta da sessão do Congresso desta quinta o veto que trata das saidinhas de presos, mas sabe que será difícil. Reservadamente, aliados de Lula reconhecem que provavelmente o ato será derrubado.

Segundo líderes da Câmara, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, entrou em contato para pedir apoio à manutenção do veto às saidinhas.

O governo chegou a propor tirar da pauta também o veto de Bolsonaro à Lei de Segurança Nacional, mas se deparou com a resistência de bolsonaristas. O projeto está na pauta do Congresso desde 2021 por falta de consenso.

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Governo Lula a rma que não recusou oferta do Uruguai e diz que respondeu a `avalanche de fake news`

Folha revelou que Brasil dispensou oferta de ajuda por duas lanchas, um avião e dois drones

Ricardo Della Coletta - Publicada em 08/05/2024 23:45

A Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) da Presidência da República a rmou, em nota na noite desta quarta-feira (8), que o Brasil não recusou ajuda humanitária do Uruguai para as enchentes no Rio Grande do Sul.

Na terça (7), a Folha revelou que o governo Lula (PT) dispensou uma oferta de ajuda do Uruguai por duas lanchas, um avião e dois drones.

Na tarde desta quarta, numa primeira nota, a Secom havia a rmado que eram "falsas as notícias de que o Brasil teria desprezado ajuda do Uruguai ou qualquer outro país".

De acordo com nova manifestação da Secom na noite desta quarta, a primeira nota da secretaria foi produzida para "combater uma avalanche de fake news em torno do assunto (como a de que o governo estaria recusando ajuda do Uruguai por motivações ideológicas)".

O comunicado cita ainda um helicóptero cedido pelo país vizinho, já em operação no estado, e diz que no caso da oferta de um avião "constatou-se inadequação do equipamento para o tipo de operação exigida no Rio Grande do Sul nesse momento".

O fato de que um helicóptero uruguaio está em operação no estado desde o m de semana foi informado pela Folha na reportagem de terça.

Após o primeiro comunicado da Secom, a Folha publicou uma reportagem mostrando que o governo mentiu e omitiu dados sobre proposta uruguaia de envio também de duas lanchas e de dois drones, com as respectivas tripulações e operadores, que seriam transportados no avião oferecido.

O texto da Folha foi contestado pela Secom na noite desta quarta.

"Qual é a mentira? Qual é a contradição? Inexiste", disse o ministério comandado por Paulo Pimenta (PT).

"O governo brasileiro não recusa auxílio do Uruguai. O Brasil recebeu do país vizinho, e é grato por isso, o empréstimo de um helicóptero, tripulação, manifestações de solidariedade, manutenção da oferta do avião e outros equipamentos em caso de necessidade. São todas ofertas muito bem-vindas", disse a Secom.

"Há uma distância não desprezível entre a reestruturação da oferta às necessidades especí cas da operação e a a rmação, falsa, de que o Brasil recusa ajuda do Uruguai."

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Pablo Marçal não foi proibido de usar Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul

Coach pousou no local na noite do sábado; também não é verdade que William Bonner tenha mobilizado jatinho da FAB para viajar, ao contrário do que diz postagem

Por Clarissa Pacheco - Publicada em 08/05/2024 13:52

O que estão compartilhando: homem diz que o coach Pablo Marçal foi impedido de pousar com doações na Base Aérea de Canoas (RS), mas que o jornalista William Bonner utilizou um jatinho da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir até Porto Alegre apresentar o Jornal Nacional, da Rede Globo.

O Estadão Veri ca investigou e concluiu que: Marçal não foi proibido de usar a Base Aérea de Canoas. Segundo a FAB, a aeronave do empresário pousou no local na noite de sábado, 4 de maio, levando caixas com doações às vítimas das chuvas do Rio Grande do Sul. Quanto a Bonner, ele viajou na segunda-feira, 6, a bordo de um avião de carga da FAB, o KC-390, que partiu do Rio de Janeiro para Canoas levando um hospital de campanha. A aeronave não foi mobilizada apenas para transportar o jornalista, que viajou porque havia espaço disponível. No mesmo dia, a FAB transportou sete jornalistas de outras emissoras, que partiram de Brasília em outro avião com destino ao Rio Grande do Sul.

Marçal foi procurado para falar sobre a alegação que teria sido impedido de pousar, mas não respondeu.

Saiba mais: O vídeo mostra um homem que diz que Marçal teria sido impedido de usar a Base Aérea de Canoas. Depois, aparece um trecho de um vídeo publicado pelo coach. Esse vídeo foi feito depois de ele já ter pousado no local, segundo a FAB. O coach viajou mais de uma vez para o Rio Grande do Sul, como ele mostra em publicações na própria conta do Instagram.

Base Aérea de Canoas foi usada por Pablo Marçal

A Força Aérea Brasileira negou que o empresário tenha sido impedido de usar a Base Aérea de Canoas. De acordo com o tenente-coronel aviador Bruno Garcez, Marçal pousou na base de Canoas entre a noite de sábado, 4, e a madrugada de domingo, 5, levando caixas com doações. Ele não só pousou, como usou a ajuda de militares para descarregar caixas.

No Instagram, Marçal postou mais de um vídeo em que aparece sobrevoando ou descarregando doações no Rio Grande do Sul. Um deles foi publicado no domingo, 5 de maio, e na imagem aparecem militares carregando caixas.

No dia 6 de maio, quando sobrevoava o bairro de Mathias Velho, em Canoas, ele diz, apontando para o bairro: Nós passamos a noite inteira aqui . Também foram postados vídeos e fotos do empresário em Canoas, em ruas alagadas, auxiliando pessoas e a bordo de um barco.

Globo con rmou voo em avião da FAB

Em nota ao Veri ca, a Rede Globo con rmou que usou um avião da FAB para que o âncora do JN, William Bonner, apresentasse o telejornal direto do Rio Grande do Sul. William Bonner foi do Rio de

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Janeiro até Canoas em avião da FAB, como informado por ele mesmo no JN de segunda-feira. O valor equivalente ao custo da passagem foi doado à instituição indicada pelo governo , diz a nota da emissora.

Segundo a FAB, além de Bonner, outros sete jornalistas viajaram em um avião da Força Aérea que partiu de Brasília também na segunda-feira, 6, levando 18 toneladas de doações. A aeronave é a mesma usado em repatriação e tem capacidade para 70 a 80 passageiros.

Ainda de acordo com o tenente-coronel aviador Bruno Garcez, houve demanda de outros jornalistas para ir ao Rio Grande do Sul em aviões da FAB, o que ocorrerá, quando houver vaga, a partir desta quinta-feira, 9.

Se o avião tiver vaga, nós vamos colocar não só pessoas que vão apoiar a operação, como também pro ssionais de imprensa para mostrar a tragédia que está acontecendo. A imprensa não consegue retratar tudo, mas se não fosse o trabalho dos jornalistas, a FAB não estaria batendo o recorde de 500 toneladas de donativos arrecadados nas nossas três principais bases aéreas, de Brasília, São Paulo e do Galeão (RJ) , disse.

63% acham que Lula não está cumprindo as promessas de campanha, mostra pesquisa Quaest

Levantamento aponta que 32% avaliam que presidente está entregando o que prometeu na disputa contra Jair Bolsonaro em 2022

Por Gabriel de Sousa - Publicada em 08/05/2024 16:03

Pesquisa do instituto Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 8, mostra que 63% dos brasileiros avaliam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não está cumprindo aquilo que prometeu na campanha presidencial de 2022. O estudo aponta ainda que 32% acham que o petista está entregando o que se comprometeu a fazer no comando do País.

A Quaest ouviu 2.045 eleitores presencialmente em 120 municípios, entre os dias 2 e 6 de maio. A margem de erro é 2,2 pontos porcentuais e o nível de con ança é de 95%.

Os brasileiros que vivem no Sudeste são os que mais acreditam que Lula não está conseguindo cumprir o que prometeu durante a campanha (74%). Os que vivem no Nordeste, reduto petista, são os que mais consideram que ele está entregando o que garantiu que faria na disputa contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 50%.

Há dois meses, quando pesquisas de avaliação atestaram uma queda da popularidade do petista, Lula admitiu que não estava cumprindo aquilo que prometeu na campanha eleitoral. Eu falei: Tudo bem . É porque eu estou aquém do que o povo esperava que eu estivesse (fazendo), não estou cumprindo aquilo que eu prometi. E eu tenho consciência que não estou cumprindo , disse o presidente, durante um evento realizado no Rio Grande do Sul em 15 de março.

Lula justi cou que o não cumprimento daquilo que prometeu na campanha presidencial se dá pelo pouco tempo de mandato. Quando eu planto um pé de jabuticaba, eu não chupo a jabuticaba no dia seguinte. Tenho que esperar ela crescer, ela brotar , a rmou.

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A Quaest também perguntou aos entrevistados se eles acham que Lula governa para o Brasil inteiro. Mais da metade (52%) das pessoas acredita que ele está fazendo um governo que busca atender às necessidades de todos os brasileiros. Outros 35% acham que o petista está trabalhando apenas para quem votou nele em 2022. Outros 13% não souberam responder.

População se divide sobre avaliação do governo, aponta Quaest

A Quaest também mostrou que a população brasileira está dividida sobre a avaliação do governo Lula. Consideram positiva a gestão petista 33% dos entrevistados, enquanto 33% avaliam o trabalho como negativo. Na última pesquisa feita pelo instituto, em fevereiro, os índices eram de 35% e 34%, respectivamente. Os que julgam a gestão como regular eram 28% há dois meses e, agora, são 31%.

A pesquisa é a terceira de avaliação de governo divulgada nesta semana. A CNT/MDA apontou que a avaliação positiva do governo caiu 5,3 pontos porcentuais na comparação com janeiro, mês do levantamento anterior. O instituto AtlasIntel, por sua vez, mostrou que a avaliação melhorou cinco pontos porcentuaiss em relação ao mês de março. As pesquisas não são diretamente comparáveis pois tem métodos distintos e períodos diferentes.

COLUNA-Preocupado com índices de popularidade, Lula 3 vai para mais um difícil teste na tragédia do Sul

Com sua estatura em xeque, presidente enfrenta episódio de proporções capazes de expor despreparo do poder público e capacidade limitada de reação

Por William Waack - Publicada em 08/05/2024 20:00

Nascido em grande medida do repúdio do eleitorado ao candidato adversário, o governo Lula 3 continua tendo grandes di culdades para entender a razão do que ele mesmo descreve como problema de popularidade. É o próprio Lula.

O presidente tem desconcertado aliados históricos e velhos companheiros de jornada pela morosidade com que joga num campo onde sempre se considerou o maior craque, o da articulação e negociação políticas. Talvez ainda não consiga compreender o quanto esse campo mudou além das regras do jogo. Além disso, Lula 3 sofre de maneira cada vez mais acentuada com um fenômeno clássico da política, que é o da percepção dos fatos. Em grande parte do público ela não tem sido aquela que o governo esperava em relação a dados da economia, emprego e, principalmente, preços e impostos.

Imperam os sentimentos de que está tudo caro e a economia parada. E não a leitura racional de números tidos como fatos auspiciosos. O agora vai que pudesse ter motivado mais gente além do eleitorado el a Lula foi substituído pelo agora vai para onde? , que é um sentimento de dúvida sobre o futuro.

Vale o mesmo até para a percepção da reação do governo à imensa catástrofe no Rio Grande do Sul. Não ajudam governo algum, muito menos o de Brasília, as emoções trazidas pela percepção de que desamparo é uma sensação ligada a governos e órgãos públicos, enquanto a de união e solidariedade surge exclusivamente do esforço de milhares de cidadãos anônimos.

Tragédias dessas proporções expõem o despreparo tradicional do poder público quando se trata de planejamento e esgarçam ao extremo sua capacidade de reação limitada por falta de recursos humanos

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e materiais. Escancaram todo tipo de vulnerabilidade, incluindo as scais, ou seja, causa uma enorme preocupação o esforço suplementar imposto aos cofres públicos para enfrentar esse tipo de emergência e o socorro é imperativo, não importa o que custe.

BLOG - A (nova) reunião de Alexandre de Moraes com os presidentes de partidos

Por Naira Trindade - Publicada em 08/05/2024 17:02

Alexandre de Moraes vai se reunir logo mais, no m do dia, com os presidentes dos partidos numa nova rodada de negociações para exibilizar as prestações de contas das legendas. Os dirigentes dizem haver hoje 360 mil prestações de contas em aberto no TSE.

Há dois meses, os mandachuvas das legendas recorreram a Alexandre de Moraes para pedir uma alteração no sistema de liação, que foi endurecido após Lula permanecer quase seis meses registrado ao PL de Jair Bolsonaro. À época, o TSE mudou o sistema.

Após aquela reunião, Moraes exibilizou as liações durante a janela partidária. Agora, os dirigentes acreditam que possa haver uma nova decisão positiva de Moraes para ajudar os partidos a regularizarem as prestações de contas atrasadas.

FAB vai abrir base área de Canoas para voos comerciais

Operação enquanto aeroporto Salgado Filho estiver fechado servirá para voos com ajuda humanitária e, em breve, para voos com passageiros

Jornal Hoje - Publicada em 08/05/2024

Operação enquanto aeroporto Salgado Filho estiver fechado servirá para voos com ajuda humanitária e, em breve, para voos com passageiros

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VÍDEO SBT NEWS - AO VIVO: Múcio critica fake news sobre chuvas no RS: `Vamos sair das trincheiras e salvar pessoas`

SBT NEWS - Publicada em 08/05/2024 13:26

O ministro da Defesa, José Múcio, dá entrevista ao programa Perspectivas, nesta quarta-feira (8), e detalha ações das Forças Armadas para ajudar vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul. Ele criticou fake news sobre a tragédia climática e pediu união de esforços entre políticos.

Assista no YouTube do SBT News. "Tenho feito apelo. Vamos sair das nossas trincheiras ideológicas e cuidar da vida, salvar as pessoas", disse à jornalista Soane Guerreiro. "A gente não vai chegar lá e perguntar de que lado o cidadão é, para quem ele torce, qual time dele. Quem se dedica a criar, espalhar fake news, até muito bem produzidas... Sinal de que as pessoas estão com tempo e só pensando nisso. Dediquem suas inteligências a salvar vidas. Vamos salvar o povo do Rio Grande do Sul", continuou o ministro da Defesa.

Múcio também rebateu críticas à atuação do Exército no RS. "Falar que não está lá, não está ajudando... Nesses cinco dias, já perdemos quatro grandes caminhões por entrar em áreas de risco. Não estamos economizando ou poupando esforços para salvar vidas", completou.

Empresas e moradores do DF mobilizados pelo Rio Grande do Sul

A situação enfrentada no estado é acompanhada com apreensão por gaúchos que vivem na capital federal e têm familiares e amigos no Su

Giulia Luchetta - Publicada em 09/05/2024 04:00

No Distrito Federal, brasilienses se mobilizam para enviar doações ao Rio Grande do Sul, por meio dos pontos de arrecadação espalhados pela capital federal (veja o QR Code). Os gaúchos que aqui vivem acompanham, com o coração apertado, a situação enfrentada por familiares e amigos em sua terra natal.

Rosana Blanke Piva, 53 anos, vive há 13 anos em Brasília e luta para trazer a mãe para morar em sua casa, na Asa Sul. Aos 81 anos, Valquiria Ovalle Blanke passou 10 dias sem sair do sobrado onde mora no bairro Humaitá, em Porto Alegre, perto do Rio Guaíba. "No último domingo de abril, minha mãe disse que estava chovendo muito. Na terça, ela estava cando sem mantimentos. Na quarta, ainda consegui pedir para entregar comida na casa dela. Na sexta, as ruas do condomínio já estavam alagadas e, no último sábado, os carros não conseguiam mais passar", descreve a nutricionista. A partir daí, começaram a chegar as notícias de que o bairro precisava ser evacuado.

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Pouco depois das 14h30 de 4 de maio, Rosana não teve mais contato com Valquiria. "À noite, uma vizinha me manda mensagem dizendo que tinha perdido minha mãe", recorda. "Depois, começaram a chegar mensagens de que ela estava trancada no segundo andar da casa, gritava da janela que não ia sair", relembra.

"Na segunda-feira, uma lancha foi ao condomínio e um casal de vizinhos a convenceu a ir junto", disse. Nessa quarta-feira (8/5), Valquiria estava em Capão Novo, no litoral gaúcho, com o irmão de Rosana. "Estamos tentando conseguir um voo para ela na base aérea de Canoas, ou eu vou para Santa Catarina, alugo um carro e tento buscá-la", completa Rosana.

Mobilização

O Atacadão Dia a Dia, em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), vai doar cestas básicas e galões de 5 litros de água para ajudar as vítimas das fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Segundo o presidente do conselho, Branco Amaral, os mantimentos chegaram à Base Aérea de Brasília na última terça-feira e serão descarregados na Base Aérea de Canoas, onde serão direcionados para o destino correto.

"Nesse momento delicado, nos solidarizamos com todo o povo gaúcho e focamos nossa energia naquilo que é urgente agora. Queremos atuar na necessidade das pessoas com aquilo que conseguirmos fazer, com tudo o que estiver ao nosso alcance", destaca Branco. A distribuição dos alimentos será coordenada in loco.

Na rua dos Restaurantes, na 404 Sul, não param de chegar pessoas em carros, caminhões e picapes com donativos. A Galeteria Serrana pendurou uma placa para incentivar a doação de roupas e de mantimentos. O restaurante começou no último sábado, por iniciativa do proprietário Luziano de Oliveira, 55, que é gaúcho, nascido em Júlio de Castilhos, e mora há 28 anos em Brasília. "Mesmo que a minha cidade esteja a mais de 2.260km de distância, o coração ainda dói. Tem gente que está sem comida, dormindo no meio das ruas. Precisamos nos unir para ajudar", enfatiza.

Luziano contabiliza que, até essa quarta-feira (8/5), foram 15 toneladas de doações enviadas à FAB incluindo roupas, cestas básicas e água. A Polícia Militar auxilia no transporte. A unidade da 706 Norte da galeteria também está arrecadando doações.

O instituto Sou Peça Rara, do brechó Peça Rara, levou 40 caixas de roupas femininas e infantis para a Galeteria, cada uma com 40 a 60 peças. Todas as unidades da franquia estão arrecadando doações.

Voluntários

Um grupo formado por 18 bombeiros civis, socorristas e salva-vidas do DF procura uma forma de chegar ao RS para ajudar. Samuel Souza, um dos responsáveis pelo "BCDF Ajuda Humanitária RS", procurou diversas instituições. "Não há voos da FAB ou de qualquer outra organização para transportar voluntários de Brasília para o Sul", explica o bombeiro civil.

Com o apoio do grupo paulista Missão RS Bombeiro Veterano Voluntário Ajuda Voluntária, os pro ssionais pretendem se deslocar até São Paulo, onde irão embarcar no ônibus fretado pelos parceiros para ir ao Sul. Quem puder ajudá-los a prestar socorro nas cidades gaúchas alagadas, pode entrar em contato com a missão por meio do e-mail bombeirocaetano@gmail.com.

Solidariedade

O Atacadão Dia a Dia, em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), vai doar cestas básicas e galões de 5 litros de água para ajudar as vítimas das fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Segundo o presidente do conselho, Branco Amaral, os mantimentos chegaram à Base Aérea de Brasília na última terça-feira e

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serão descarregados na Base Aérea de Canoas, onde serão direcionados para o destino correto. "Nesse momento delicado, nos solidarizamos com todo o povo gaúcho e focamos nossa energia naquilo que é urgente agora. Queremos atuar na necessidade das pessoas com aquilo que conseguirmos fazer, com tudo o que estiver ao nosso alcance", destaca Branco. A distribuição dos alimentos será coordenada in loco.

Governo federal envia ao Rio Grande do Sul 220 puri cadores de água

Equipamentos foram comprados com doações e levados num avião da FAB

Por Pedro Rafael Vilela - Publicada em 08/05/2024 18:19

Em meio à escassez de água potável e ao acesso restrito ao serviço público de abastecimento de água no Rio Grande do Sul, o governo federal entregou nesta quarta-feira (8) um total de 220 puri cadores de água comprados a partir de doações. Os equipamentos chegaram em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) que aterrissou em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, e devem ser distribuídos para abrigos públicos mantidos por prefeituras. Nesses espaços, estão alojadas cerca de 70 mil pessoas, número que deve aumentar ao longo dos próximos dias.

Segundo o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, um dos coordenadores da resposta do governo federal às enchentes no estado, os puri cadores foram comprados pelo in uenciador digital Felipe Neto, a partir de doações arrecadadas pela internet, com apoio da primeira-dama Janja da Silva. Os equipamentos foram fabricados pela empresa PW Tech, de São Paulo.

"É uma tecnologia muito e ciente e de fácil manuseio. E nós trouxemos hoje 220 puri cadores. Cada puri cador tem a capacidade de puri car 5 mil litros de água por dia. Isso nos permitirá puri car 1,1 milhão de litros de água/dia", a rmou Pimenta em coletiva de imprensa, em Porto Alegre, para atualização de informações.

"A grande utilidade do puri cador é viabilizar água potável para os abrigos que não têm água potável. Boa parte dos abrigos pode ter água potável. Então, 220 puri cadores, na nossa avaliação, serão su cientes para suprir a demanda por água potável nesses abrigos, que estão concentrados, na sua grande maioria, aqui na região metropolitana", acrescentou o ministro.

Em postagens nas redes sociais, Felipe Neto mostrou o embarque, a chegada e a montagem dos puri cadores na capital gaúcha. Os equipamentos foram levados para o Centro de Operações da Defesa Civil em Porto Alegre e, de lá, já está sendo distribuídos aos pontos nais onde serão usados. Cada puri cador custou, segundo Neto, um total de R$ 22 mil, incluindo kits de manutenção e ltros.

O governo também informou que o avião da FAB com os puri cadores levou um novo carregamento de 25 toneladas de produtos doados, especialmente itens de higiene, de limpeza, fraldas, fraldas geriátricas, absorventes, entre outros. Com centenas de milhares de desabrigados e desalojados, a expectativa é que a demanda por alimentos, produtos de higiene e água siga em alta.

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O POVO - Licitação para construção da 1ª etapa do ITA no Ceará é aberta pelo Governo do Estado

Ceará deve ser o segundo Estado do Brasil e o primeiro do Nordeste a contar com um sede do ITA

Wilnan Custódio - Publicada em 08/05/2024 19:29

Foi aberta nesta quarta-feira, 8, a licitação para a escolha da empresa que será responsável pelo projeto de construção da 1ª etapa do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) no Ceará. A licitação foi aberta pelo Governo do Estado e o projeto deve ocorrer por meio de parceria com o Governo Federal.

A questão foi um dos temas abordados pelo governador Elmano de Freitas em live realizada pelas redes sociais nesta quarta-feira, 8. Para nós é um orgulho que o Governo Federal tenha con ado a nós a construção desses alojamentos. A chegada do ITA ao Ceará é mudança de padrão de pesquisa e investimento por aqui. É algo que irá mudar o per l do nosso estado , destacou o governador.

Está estimado para ser gasto na obra cerca de R$ 89,5 milhões que vai ser repassado pelo Governo Federal. Os resursos vão ser gastos na elaboração de projetos básicos e executivos, e na construção de um bloco de alojamentos e um bloco com dois módulos de salas de aula.

A obra será acompanhado pela Superintendência de Obras Públicas (SOP) na elaboração dos projetos e a supervisão das etapas construtivas, seguindo as diretrizes previstas no planejamento da Diretoria de Infraestrutura da Aeronáutica (Dirinfra), vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB).

A nova sede do ITA será implantada de forma gradativa no prazo de dez anos e a previsão para o início das turmas e a inauguração dos primeiros cursos em 2027. O campus deve ofertar primeiramente cursos de Engenharia das Energias Renováveis e Engenharia de Sistemas e, posteriormente, cursos de pós-graduação.

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