Notaer setembro 2018

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Setembro - 2018

HISTÓRIA

Ten JOR João Elias

FOTO: SGT JOHNSON BARROS / CECOMSAER

Dois hangares localizados no Rio de Janeiro (RJ) estão entre os bens tombados sob tutela da Força Aérea Brasileira. Um é o Hangar de Zeppelins, localizado na Ala 12, no bairro de Santa Cruz, e o outro é o Hangar Tenente Lucena, localizado no Parque de Material Aeronáutico dos Afonsos (PAMA-AF), no Campo dos Afonsos. O Hangar de Zeppelins é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e também pelo município do Rio de Janeiro. Ele foi construído em 1936, pela companhia alemã Luftschiffbau Zeppelin, para atender às necessidades dos dirigíveis alemães no Brasil, sendo o único de seu tamanho ainda existente no mundo. “Esse monumento é um marco para a historia da aviação mundial. Partindo dos dirigíveis que ele abrigava, iniciamos a primeira rota intercontinental para transporte de passageiros no Brasil. Atualmente, emoldura as atividades operacionais desempenhadas pela Ala 12, ajudando a projetar os modernos vetores que operam em nossa organização”, destacou o Comandante da Ala 12, Coronel Aviador Alessandro Cramer. Já o Hangar Tenente Lucena tem o tombamento provisório emitido pela Prefeitura do Rio de Janeiro, como obra de arte da engenharia, por meio do Decreto n° 18.995, de 5 de outubro de 2000.

FOTO: SGT JOHNSON BARROS / CECOMSAER

Dois hangares sob tutela da FAB são patrimônios tombados

Hangar de Zeppelins Assentado sobre 560 estacas de sustentação, o Hangar tem 274m de comprimento, 58m de altura e 58m de largura. São quatro plataformas rolantes sob o teto, que facilitavam a manutenção dos zeppelins, além de três vigas especiais, caso fosse

necessário erguer o dirigível. No interior, há duas escadas com patamares, uma de cada lado, e um elevador elétrico. No topo, a 61 metros, fica a torre de comando. Dois zeppelins faziam a linha para a América do Sul: o Graff Zeppelin e o Hinden-

burg. Partiam de Frankfurt, na Alemanha, e atracavam no Recife (PE) para, posteriormente, aterrissarem no Rio de Janeiro (RJ), onde eram recolhidos dentro do Hangar para manutenção, reabastecimento e embarque de passageiros.

Hangar Tenente Lucena Para que esse projeto virasse realidade, foram utilizadas estruturas metálicas e em concreto armado, uma técnica moderna à época da construção, que serviu para dar forma ao novo hangar. As estruturas, naquele momento, representavam a expansão da aviação brasileira e da engenharia, que com formatos e técnicas inovadoras permitiram construções

a frente do seu tempo. O seu tombamento inclui, ainda, todos os elementos originais exteriores e interiores. Quaisquer obras e intervenções a serem efetuadas deverão ser previamente aprovadas pelo Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro, na categoria de obras de engenharia.


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