Notaer - Outubro de 2019

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CARTA AO LEITOR

Expediente

Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira Outubro nos proporciona inúmeros motivos para celebrar. Na Força Aérea Brasileira, é considerado o “Mês da Asa”, uma vez que comemoramos, no dia 23, o Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira (FAB). Em celebração à data, nesta edição, trazemos relatos de aviadores que atuam em todo o território nacional, distribuídos nas aviações de Caça, Transporte, Patrulha, Busca e Salvamento, Reconhecimento e Asas Rotativas. Deste Notaer constam, ainda, matérias sobre o caça F-39 Gripen, que foi apresentado ao Comando da Aeronáutica, na Suécia, e a aeronave multimissão

KC-390, que dá os primeiros passos da sua operação na Força. Ainda em outubro, comemoramos o Dia Internacional do Controlador de Tráfego Aéreo. Rendemos nossas homenagens a esses profissionais responsáveis por gerir, organizar e controlar, com segurança, o fluxo das aeronaves, no solo e em voo. No dia 28, comemoramos o Dia da Engenharia da Aeronáutica, data contemplada com matéria sobre o trabalho de alguns desses profissionais engenheiros. Esta publicação apresenta, também, conteúdo sobre a Medicina Aeroespacial, com a atuação dos Médicos de Esquadrão; um balanço dos órgãos

transportados pela FAB no ano; e a campanha Outubro Rosa, com foco na conscientização e prevenção ao câncer de mama. Para encerrar a edição, publicamos a agenda de apresentações das Bandas de Música da FAB, em todas as regiões do país. Esse tipo de atividade tem como objetivo uma maior interação com a sociedade, conforme preconizam as orientações culturais estabelecidas pelo Comando da Aeronáutica (COMAER). Boa leitura! Brigadeiro do Ar Paulo César Andari Chefe do CECOMSAER

MÍDIAS SOCIAIS

Demonstração Aérea, no 7 de setembro, na Capital Federal, é destaque nas Mídias Sociais da FAB O post da demonstração aérea da FAB nas celebrações do dia 7 de Setembro, em Brasília (DF), foi o destaque do mês nas Mídias Sociais. Participaram as aeronaves F-5M, A-29 Super Tucano, C-130 Hércules e KC-390, além de aeronaves da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e outras Instituições. A publicação obteve mais de 889 comentários e 55 mil curtidas no Instagram da FAB. Se somados os perfis oficiais, os números sobem para 1.743 comentários e 71,8 mil curtidas, alcançando mais de 628 mil pessoas. A FAB divulga em suas Mídias Sociais os produtos elaborados pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica e as informações enviadas pelos Elos do Sistema de Comunicação Social da Aeronáutica (SISCOMSAE) de todo o país.

O j o r n a l N OTA E R é u m a publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao público interno. Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Paulo César Andari. Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Paulo César Andari. Vice-Chefe do CECOMSAER: Coronel Aviador Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues Chefe da Divisão de Comunicação Integrada: Coronel Chefe da Divisão Aviador de Comunicação André Luís Ferreira Grandis. Integrada: Coronel Aviador André Luís Ferreira Chefe daGrandis. Subdivisão de Produção e Divulgação: Tenente-Coronel Chefe da Subdivisão Aviador de Produção Claudio eMariano Divulgação: Rodrigues Santana. Tenente-Coronel Aviador Claudio Mariano Editor: Rodrigues Santana. Tenente Jornalista João Elias (DRT 8933/RS). Editores: Tenente Jornalista Cristiane dos Santos 35288/SP) Tenente(MTB Jornalista Cristiane dos Tenente Relações Públicas Adauto Santos (MTB 35288/SP). Fraga (CONRERP 893). Colaboradores: Colaboradores: Textos enviados ao CECOMSAER Textos enviados ao CECOMSAER via SISCOMSAE. via SISCOMSAE. Diagramação: Sargento SDE Diagramação: Santiago Moraes e Sargento Suboficial R1 SDE Pollyana Cláudio BomfimDias. Ramos e Sargento SDE Pollyana Dias. Capa e Artes: Subdivisão Capa e Artes:de Publicidade e Propaganda. de Publicidade e Subdivisão Propaganda. Estão Tenente autorizadas transcrições Foto: Leonam Vitorino integrais ou parciais matérias, da Silva Soares Dias das 2º/5º GAV desde que mencionada a fonte. Estão autorizadas transcrições Endereço: integrais ou parciais das matérias, Esplanada dos Ministérios desde que mencionada a fonte. Bloco “M” 7º andar - CEP: 70045-900 Brasília/DF Endereço: Esplanada dos Ministérios Bloco “M” 7º andar CEP: 70045-900 Brasília/DF

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Impressão e Acabamento: Marina Artes Gráficas e Editora


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PALAVRAS DO COMANDANTE

O mês da asa “Asas que Protegem o País”. Nosso lema resume, em poucas palavras, um grande compromisso com o Brasil e com o povo brasileiro. Neste mês de outubro, em que celebramos o Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira, temos muitos motivos para nos orgulhar, mas o principal é a certeza de que estamos cumprindo com excelência o nosso dever. Dentro da “Proteção” que o lema da Força Aérea

Brasileira referencia, estão nossas ações de Controlar, Defender e Integrar. A responsabilidade sobre os 22 milhões de quilômetros quadrados, que nos é incumbida, é enorme, porém não maior do que o empenho de todo o efetivo da Força em cumprir cada uma de suas missões. Sejam os protagonistas de nossa atividade-fim, sejam aqueles que trabalham em ações subsidiárias, todos são parte fundamental

para a sociedade brasileira. Nesse contexto, faço referência especial àqueles que têm nas asas o seu cotidiano. Junto a suas equipes e tripulações, os aviadores são os responsáveis por garantir defesa e cidadania, assim como salvar vidas em todos os cantos do nosso país de dimensões continentais. Merecem, portanto, a deferência que recebem por ocasião de

sua data comemorativa e, mais do que isso, o agradecimento pelo trabalho que realizam. Sintam-se homenageados e tenham sempre em mente, ao longo de suas carreiras, que cada missão que realizam tem a capacidade de mudar destinos. Continuem fazendo o melhor sempre! Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez Comandante da Aeronáutica


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MEDICINA AEROESPACIAL

Médicos de Esquadrão se dedicam aos cuidados básicos de saúde para os aeronavegantes Oficiais médicos buscam manter os tripulantes nas melhores condições de saúde para estarem aptos ao cumprimento de suas missões

de enfermos, com a utilização dos conhecimentos de Medicina Aeroespacial e de cuidados em voo para prover a melhor assistência médica dentro da aeronave, minimizando a ocorrência de complicações decorrentes da exposição à altitude. Eles pertencem ao Quadro de Oficiais Médicos da Aeronáutica, de carreira ou temporários, e realizam o Curso de Medicina Aeroespacial (CMAE), do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), em Lagoa Santa (MG), ou o Curso de Medicina de Esquadrão (CMESQ), ministrado pelo Instituto de

Rotina Dinâmica A médica do Esquadrão Puma (3º/8º GAV), Capitão Carla Isabel dos Santos Silvestre, afirma que a rotina de um médico de Esquadrão é muito dinâmica. Entre suas responsabilidades, estão os atendimentos mé-

dicos, acompanhamento do dia a dia dos aeronavegantes e membros da Unidade Aérea, auxílio nos assuntos de Medicina de Aviação e participação nos conselhos operacionais. “Mantemos as inspeções de saúde em dia e focamos na pre-

venção”, complementa. Segundo a Capitão, o mais importante na função é gostar da atividade operacional. “A Medicina Aeroespacial é importante, pois norteia ações preventivas relevantes para evitar acidentes aeronáuticos, por

meio do conhecimento da fisiologia do voo e das alterações as quais o corpo é submetido no ambiente aéreo. A nossa missão é manter o Esquadrão saudável e operacional para que este desenvolva sua atividade-fim com segurança”, finaliza.

FOTO: SGT JOHNSON BARROS/ CECOMSAER

A origem da Medicina Aeroespacial remonta aos primeiros relatos de sintomas de enfermidades apresentados por escaladores de montanha, pilotos de balão e de aviões, nos idos do século XVI, e também às operações militares de remoção aérea de feridos durante as guerras do século passado. A Medicina Aeroespacial é importante para a segurança de voo e manutenção da operacionalidade do tripulante, com a adequada disponibilização de equipamentos e profissionais que atuam nessa área. Na

Força Aérea Brasileira (FAB), existem os chamados Médicos de Esquadrão, profissionais designados para exercerem a atividade médica junto às equipagens operacionais das Unidades Aéreas. Esse profissional tem a incumbência de promover a saúde no ambiente de trabalho da sua Unidade Aérea a fim de evitar afastamentos por doenças ou insalubridade, tendo papel fundamental na manutenção das operações e no cumprimento das diversas missões executadas pela Força. Além disso, contribui na realização de atividades de transporte aéreo

Medicina Aeroespacial Brigadeiro Médico Roberto Teixeira (IMAE), no Rio de Janeiro (RJ). No IMAE, os médicos realizam os mesmos testes de fisiologia aplicados aos tripulantes, como a câmara hipobárica (baixa pressão), treinamento em assento ejetável, desorientação espacial, ambientação em locais de baixa luminosidade e utilização de óculos de visão noturna, além de manejo e cuidados de enfermos durante o transporte aéreo. A capacitação ocorre anualmente e tem por finalidade propiciar o entendimento sobre aspectos fisiológicos e clínicos decorrentes da exposição ao ambiente aeroespacial. O Chefe da Subdivisão Aeromédica do IMAE, Tenente Médico Gustavo Messias Costa, explica que as instruções também preparam para os casos de remoção aérea de pacientes. “Com esses conhecimentos, os médicos avaliam o que pode ser feito para minimizar os efeitos da altitude no corpo humano e, assim, evitar intercorrências em voo”, diz.

câmara hipobárica Ten JOR Cristiane dos Santos


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TRANSPORTE DE ÓRGÃOS

Trabalho dos militares da Força Aérea muda a vida de centenas de pessoas todos os anos

FOTO: GTE

De janeiro a setembro deste ano, a FAB transportou 115 órgãos para transplantes

Ten JOR Emília Maria

Em 2019, dois encontros marcaram a história de aviadores e de pessoas que nem imaginavam que a Força Aérea Brasileira (FAB) faria parte de suas vidas. Dois transplantados e os tripulantes que transportaram seus órgãos

doados se encontraram algum tempo após as cirurgias. No mês de agosto, em Curitiba (PR), a menina Karolina Vetter Rodrigues, de 13 anos, recebeu a equipe do Quinto Esquadrão de Transporte Aéreo (5º ETA – Esquadrão Pégaso), sediado em Canoas (RS), que, três meses

antes, transportou o coração que nela foi transplantado. “Acompanhamos o dia a dia de sua recuperação, vibramos com cada conquista, como o dia em que ela voltou a andar de bicicleta, por exemplo”, disse o Tenente Aviador Ary Batista Rocha Neto, um dos tripulantes.

Após o transplante, o pai da menina, Eduardo Belo Rodrigues, manteve contato com o Tenente Ary por solicitação da própria Karolina. “Quero que meus anjos da guarda vejam como eu estou bem agora”, dizia ela. E foi assim que surgiu a ideia da visita. Já em setembro, outro transplantado encontrou a equipe responsável pelo transporte de seu novo fígado. Em Brasília (DF), alguns integrantes do Sexto Esquadrão de Transporte Aéreo (6º ETA – Esquadrão Guará) reuniram-se com Leopoldo Freire de Castro, de 40 anos, e receberam agradecimentos. “São tantas pessoas envolvidas para nos ajudar que nem temos a dimensão. Muita gente depende do trabalho de vocês”, disse Leopoldo ao encontrar a tripulação do voo que transportou seu fígado.

Apenas em 2019, até o dia 23 de setembro, a FAB foi responsável por 112 missões de Transporte de Órgãos, Tecidos e Equipes (TOTEQ), totalizando 115 órgãos transportados.

Fígado Pâncreas Pulmões Rins

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Tenente Ary, Tenente Andrade e Sargento Vitor encontram a menina Karolina e seu pai

FOTO: ETA 5

Coração

FOTO: ETA 5

Veja os números:

Capitão Janducci, Tenente Rufino e Sargento Pinali encontram Leopoldo


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CAÇA

Aeronave F-39 Gripen é apresentada Confira uma linha do tempo com alguns destaques da nova aeronave O primeiro F-39 Gripen entrou em uma nova fase em setembro. Durante uma cerimônia em Linköping, na Suécia, em 10 de setembro deste ano, a aeronave foi apresentada ao Comando da Aeronáutica (COMAER) e, em seguida, passou para a etapa de ensaios em voo. Os testes serão feitos, inicialmente, na Suécia e, depois, a aeronave virá para o Brasil para dar continuidade à campanha. “O F-39 Gripen representa, para a Força Aérea Brasileira (FAB), um significativo salto tecnológico para a Aviação de Caça, assim como um exemplo exitoso de desenvolvimento

2014 Assinatura do contrato para aquisição e desenvolvimento das aeronaves de caça, em 24 de outubro, na Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), em Brasília (DF).

colaborativo, baseado na transferência de tecnologia e fomento à Base Industrial de Defesa (BID). Com isso, a FAB terá um novo vetor multimissão para o cumprimento de suas ações de Controlar, Defender e Integrar o território nacional”, ressaltou o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez. A parceria da empresa sueca SAAB com a FAB iniciou-se em 2014, a partir da assinatura do contrato para o desenvolvimento e produção das aeronaves F-39, incluindo sistemas embarcados, suporte e equipamentos (confira na Linha do Tempo). As plataformas são desenvolvidas e produzidas com a participa-

2015 Os primeiros engenheiros e técnicos brasileiros se mudaram para a Suécia, com o intuito de receberem treinamentos teóricos e práticos relacionados com suas funções no Programa Gripen.

ção de técnicos e engenheiros brasileiros. Essa integração faz parte da transferência tecnológica e visa proporcionar o conhecimento necessário para a continuidade das atividades no Brasil. “O Gripen aumenta a capacidade operacional da FAB e impulsiona uma parce-

ria que fomenta a pesquisa e o desenvolvimento industrial dos dois países”, declarou o Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. A entrada em operação da nova aeronave de caça na FAB está programada para ocorrer em 2021.

FOTOS: SAAB

Ten JOR João Elias

Comandante da Aeronáutica recebe Permissão de início dos voos de ensaio

2016 É inaugurado o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (Gripen Design and Development Network - GDDN), na Embraer, em Gavião Peixoto (SP). O Centro conta com profissionais brasileiros e suecos.

2019 Em 26 de agosto, o caça realizou o primeiro ensaio em voo, em Linköping, na Suécia, que verificou a manobrabilidade básica e as qualidades de voo em diferentes altitudes e velocidades.


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FOTOS: SGT BIANCA VIOL/ CECOMSAER

MULTIMISSÃO

Militares se preparam para operar a nova aeronave da FAB: o KC-390 Ten JOR Raquel Alves

A primeira unidade da aeronave multimissão de transporte da Força Aérea Brasileira, o KC-390, foi entregue em setembro, na Ala 2, em Anápolis (GO), sua nova casa. Algumas etapas ainda serão cumpridas antes do novo avião operar na sua plenitude de capacidades. As certificações militares, testes de ensaio em voo para o cumprimento das diversas missões de Força Aérea, estão em fase final, mas a equipe de militares que conduzirá o novo vetor já está a todo vapor, aplicando os conhecimentos na própria aeronave. Para o Chefe da Seção de Instrução do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT), Major Aviador Flávio Diniz Pereira, receber uma aeronave do porte do KC-390 exige muito preparo e dedicação. “Estamos trabalhando em ampla capacitação e com um minucioso preparo técnico de todos os

militares envolvidos no processo, desde os auxiliares de pista até os pilotos que serão capazes de empregar o avião nos diferentes cenários. Isso passa, principalmente, pelos especialistas, responsáveis pela manutenção da aeronave e operação dos sensores embarcados”, descreve. O plano de capacitação dos militares do 1º GTT é composto por diversas etapas e dividido em dois escopos, o operacional e o logístico. Ambos possuem etapas teóricas e práticas. A parte teórica foi ministrada na sede da Embraer, em São José dos Campos (SP). A parte prática iniciou-se em 10 de setembro, na Ala 2. Os cursos logísticos são voltados para os mantenedores, sendo que a parte prática envolve o aprendizado de atividades de operação e manutenção dos diversos sistemas da aeronave, na qual os alunos são treinados para a remoção e instalação de equipamentos, identificação de panes e manuseio

dos softwares de correção de discrepâncias. Os cursos operacionais, direcionados aos pilotos, mestres de carga e operadores de equipamentos, envolvem a adaptação à aeronave em voos locais e em rota, assim como a operação militar do vetor. A parte prática operacional são os voos onde serão incrementados níveis de complexidade aos aeronavegantes durante a condução da aeronave. Para o Sargento Especialista em Mecânica de Aerona-

ves Paulo Victor, mantenedor da aeronave KC-390 e mestre de carga em formação, fazer parte desta fase é indescritível. “Fico sem palavras para descrever a sensação de poder participar da primeira turma de tripulantes e mantenedores do KC-390. Há uma mistura de sentimentos, como o orgulho de poder pertencer a um grupo seleto de profissionais com as mais diversas experiências e a euforia por trabalhar numa aeronave 100% brasileira, com uma tecnologia inovadora na FAB”.

Recebimento da primeira aeronave ocorreu em setembro, na Ala 2, em Anápolis-GO


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DIA DO AVIADOR

Conheça histórias de missões reais em todas as aviações Ten JOR Jonathan Jayme

Desde o início de sua formação, o cadete aviador conta as horas para estar pronto para o cumprimento de uma missão real. No mês em que é celebrado o Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira (FAB), em homenagem à data em que Santos-Dumont realizou seu primeiro voo a bordo do 14-Bis, o Notaer traz relatos de militares que, assim como o Pai da Aviação, escolheram o céu como escritório de trabalho. Integrantes de diversas aviações contam experiências de acionamentos reais e a paixão pela profissão.

Busca e Salvamento “Em julho de 2017, estava em uma missão de apoio ao Ministério da Saúde, em São Joaquim (AM). Fomos a uma das aldeias da etnia Kuripako e a viagem até a comunidade havia sido difícil devido ao mau tempo. Enquanto ocorria a missão, tivemos que fazer uma evacuação aeromédica às pressas de um indígena com poucas semanas de vida que havia contraído uma infecção generalizada. Tivemos que ser rápidos para salvar aquela criança. Ser piloto de helicóptero da FAB proporcionou-me diversas experiências, únicas e engrandecedoras. Transformei-me como militar e profissional nas asas dos rotores da FAB”. Capitão Aviador Agenor de Andrade Rezende Lima (2º/10º GAV)

Transporte “Em uma ocasião, no Esquadrão Corsário (2º/2º GT), fomos acionados para apoiar o deslocamento de cinco aviões F-5 de Manaus (AM) para Canoas (RS), fazendo o reabastecimento em voo. Próximo a Campo Grande (MS), um deles informou que seguiria para São Paulo. Acompanhamos para ter a certeza de que pousaria em segurança. Ao final, recebemos a ligação de um dos pilotos informando que nosso apoio foi primordial para a tranquilidade em suas ações. Foi uma sensação incrível poder auxiliar outros companheiros naquela ocasião. Outras situações marcantes na minha carreira foram os deslocamentos de tropas para o Haiti e o transporte de mantimentos e remédios. As missões humanitárias são sempre gratificantes, porque podemos ver nas pessoas a felicidade de receber apoio em um momento tão difícil”. Major Adriana Gonçalves Reis (2º/2º GT)

Asas Rotativas “A minha primeira missão real como comandante de Black Hawk foi um acionamento para o resgate de um senhor que estava em uma embarcação a mais de 100 milhas do litoral gaúcho, no mês de maio deste ano. No momento que fomos chamados, pude perceber a importância da missão que treinamos diariamente e sentir a responsabilidade de estar preparada para decolar a qualquer momento, pois a vida de um cidadão brasileiro dependia da minha tripulação. Um sentimento como esse confirma todos os dias a minha melhor escolha: ser aviadora e, principalmente, ser piloto de helicóptero. Minha realização consiste em saber que, com meu trabalho, posso contribuir, de alguma maneira, para que a Forca Aérea Brasileira se faça presente nas situações em que a nossa Nação precisar”. Tenente Aviadora Maria Luisa (5º/8º GAV)


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Caça “Ao me formar piloto de Caça, tive como principal anseio prosseguir para a Região Amazônica e servir no Esquadrão Grifo (2º/3º GAV), pois lá poderia realizar, com maior frequência, missões de combate a ilícitos e defesa da fronteira do Brasil. Com mais de 15 anos ininterruptos na Caça, voando aeronaves A-1, A-29 e AT-26, foi em 2019 que fiz uma das missões reais mais vibrantes e importantes da minha carreira, durante a Operação OSTIUM III. Na ocasião, tive a oportunidade de realizar voos de Reconhecimento Aéreo com a aeronave A-29 na região de fronteira do Sul do Brasil. Diversas movimentações ilícitas foram localizadas e apreendidas durante a realização da missão. É gratificante servir à pátria como piloto de Caça, pois tenho a oportunidade de contribuir para a soberania territorial e aeroespacial do Brasil”. Major Aviador EnglerMarcel Pereira (Ala 6)

Reconhecimento “Voando pelo Esquadrão Guardião, tive a oportunidade de participar de uma missão de Controle e Alarme em Voo na qual, juntamente com toda a tripulação, enfrentei o desafio de detectar e controlar a interceptação de uma aeronave suspeita adentrando o nosso espaço aéreo. Depois de cumprir todos os procedimentos de identificação previstos, a aeronave foi obrigada a realizar o pouso. O resultado da nossa missão foi a apreensão de uma grande quantidade de substâncias ilícitas e os suspeitos detidos. Naquele momento, tivemos o gratificante sentimento de dever cumprido, compartilhado por todos a bordo da nossa aeronave”. Capitão Aviador Max Ricardo Horr (2º/6º GAV)

Patrulha “Certa vez, na costa Nordeste, cumprimos uma missão de Patrulha Marítima em apoio à Marinha do Brasil. Após algumas horas de voo, localizamos dezenas de embarcações pesqueiras não autorizadas para estarem naquela área e, mais à frente, um navio mercante de origem estrangeira. Diante da nossa presença, a embarcação se locomoveu em direção às águas internacionais. Após o pouso, fomos informados que se tratava de uma ação criminosa com prática ilegal da pesca. Os criminosos não obtiveram sucesso, pois estávamos lá cumprindo a nossa missão. A Aviação de Patrulha é multimissão e esse fator é determinante para a manutenção do nosso preparo e motivação. Sinto-me extremamente honrado em fazer parte deste seleto grupo de patrulheiros, pois tornamos a Força Aérea mais forte”. Capitão Aviador Rodrigo Barros Aureliano Alves (1°/7° GAV)


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FOTO: SGT JOHNSON BARROS/ CECOMSAER

HISTÓRIA

O A-29 completa 15 anos de operação na FAB Em 7 de outubro de 2004, três aeronaves A-29 Super Tucano pousavam na então Base Aérea de Natal, atual Ala 10, e chegavam ao Esquadrão Joker (2°/5° GAV) para o início de uma nova era na Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB). À época, o Coronel Fábio Alvarez Lannes era o Comandante do 2°/5° GAV. Ele contou que a chegada da nova aeronave permitiu uma mudança significativa no processo de instrução dos novos pilotos de caça, uma vez que a análise de dados, antes e após o voo, passou a ser uma aliada dos alunos e instrutores. “A facilidade de planejar as missões de navegação e ataque permitiram atingir níveis cada vez mais altos de precisão. Após o voo, as estações de debriefing detalhavam e registravam os erros e acertos em cada manobra, auxiliando o piloto no seu desenvolvimento”, analisa. O A-29 Super Tucano é uma aeronave monomotor, turboélice, que conta com uma interface homem-máquina

avançada, aliando precisão na navegação e ataque a um baixo custo de operação. Possui iluminação de cabine plenamente compatível com padrões NVG (sigla em inglês para Óculos de Visão Noturna) e sensores de imageamento infravermelho, essenciais nas missões de Apoio Aéreo Aproximado, Controle Aéreo Avançado e Reconhecimento Visual. Além do Joker, os Esquadrões Escorpião (1º/3º GAV), Grifo (2º/3º GAV) e Flecha (3º/3º GAV), sediados, respectivamente, em Boa Vista (RR), Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS), também operam o A-29. O atual Comandante do 2°/5° GAV, Tenente-Coronel Aviador Leandro Barbosa Ferreira Pinto, destacou que a chegada da nova aeronave permitiu uma atualização doutrinária no Curso de Especialização Operacional na Aviação de Caça (CEO-CA) e uma preparação mais robusta dos novos pilotos de caça. “Com isso, nas Unidades Aéreas do Terceiro Grupo de Aviação, os alunos terão acesso aos equipamentos especiais da aeronave, como

os óculos de visão noturna e sensor de visão infravermelho, podendo explorar as capacidades da aeronave em cenários mais próximos dos conflitos atuais”, ressalta. Nesses 15 anos de operação na FAB, o A-29 se fez presente em diversas ope-

Demonstração Aérea

FOTO: TEN LEMOS / EDA

Ten Aviador Ranyer

rações de defesa do espaço aéreo, como nos grandes eventos ocorridos no Brasil, entre eles a Jornada Mundial da Juventude, a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos Rio 2016. Além disso, participa da defesa aérea das fronteiras brasileiras e da interceptação de aeronaves ilícitas na região Amazônica. “O A-29 reflete a alta qualidade da indústria aeronáutica brasileira e o compromisso da Força Aérea com o desenvolvimento da nossa Base Industrial de Defesa”, destaca o Chefe da Divisão de Preparo Operacional da Subchefia de Avaliação e Doutrina do Comando de Preparo, Coronel Aviador Ricardo Guerra Rezende, um dos integrantes do Grupo Alfa, que participou dos estudos de implantação da aeronave, em 2004.

Em julho de 2015, o A-29 passou a ser a aeronave operada pela Esquadrilha da Fumaça em suas demonstrações, após dois anos de implantação operacional e logística do avião. Passados mais de quatro anos, já são 214 demonstrações, com execução de manobras e acrobacias em todas as regiões do país e no exterior. “As cores da Bandeira Nacional em nossos Super

Tucanos permitiram ao Esquadrão de Demonstração Aérea divulgar as capacidades da indústria nacional. O avião nos permitiu encher de orgulho os brasileiros ao verem uma aeronave nacional realizar voos precisos, dispondo da robustez necessária para a defesa aérea do nosso país”, destaca o Comandante da Esquadrilha da Fumaça, Tenente-Coronel Marcelo Oliveira da Silva.


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TRÁFEGO AÉREO

Dia do Controlador de Tráfego Aéreo é celebrado em 20 de outubro Profissionais responsáveis por controlar o movimento das aeronaves Ten JOR Cristiane dos Santos

Em 20 de outubro é celebrado o Dia Internacional do Controlador de Tráfego Aéreo, profissional que presta serviços necessários para a circulação aérea geral (aviação civil e militar) e operacional (aviação militar). Dentre as atribuições do Controlador de Tráfego Aéreo está a vigilância do espaço aéreo brasileiro, o controle das missões da Defesa Aérea do país e a atuação na coordenação do tráfego civil. No Brasil, o sistema de controle do espaço aéreo é integrado, o que contribui para uma melhor articulação desse importante serviço prestado à sociedade brasileira. Além de controlar o tráfego aéreo em uma área sob sua jurisdição, seja civil ou militar, este profissional também atua na atividade de vigilância do espaço

aéreo brasileiro e auxilia na coordenação das missões de busca e salvamento. O Controlador de Tráfego Aéreo participa de todas as etapas de movimentação da aeronave, como o percurso que elas seguem nas aerovias, decolagens e pousos. Ele também estipula os procedimentos de subida e descida, presta serviço de informação de voo e, em alguns casos, fornece importantes informações meteorológicas. As tarefas do Controlador exigem muita atenção, raciocínio lógico e visão espacial, além de aguçado equilíbrio emocional. Eles atuam 24 horas por dia, durante 365 dias por ano, a fim de garantir a continuidade da prestação do serviço. De acordo com o Tenente Controlador de Tráfego Aéreo Luiz Antonio da

Rosa Ribeiro, é preciso estar atento a todas as normas de segurança. “Na necessidade de solucionar qualquer

problema, o controlador deve conduzir, da forma mais segura, a aeronave até o pouso”, explica.

Torre de Controle Remota O mês de outubro de 2019 será um marco na história do Controle de Tráfego Aéreo brasileiro. Na Ala 12, no Rio de Janeiro (RJ), ocorrerá a prova de conceito da primeira Torre de Controle Remota. O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), em um trabalho conjunto com a Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), é o responsável pela nova estrutura. Um dos benefícios dessa concepção é a otimização dos recursos humanos, com a substituição da observação pelas janelas das torres por monitoramento de displays de controle, que também permitirão a integração

entre os sistemas existentes, aumentando a consciência situacional do Controlador de Tráfego Aéreo. O Sargento Vagner Luis Cruz de Farias será um dos operadores da nova torre. Segundo ele, não haverá diferença nos serviços prestados. Já para o controlador, ocorrerão muitos ganhos tecnológicos. “O sistema de visualização por câmeras supera a visão humana em situações meteorológicas degradadas, entre outros recursos. Tudo isso resultará na melhoria da prestação do serviço e, consequentemente, na evolução do trabalho e da segurança dos voos”, conclui.


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ENGENHARIA DA AERONÁUTICA

Atividade de Engenharia na FAB abrange uma ampla área de atuação Saiba como é o trabalho específico de alguns profissionais

FOTO: DIRINFRA

O Tenente Ricardo Maia Senna Delgado é Engenheiro Aeronáutico e trabalha no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). Ele é o responsável pela condução de investigações na esfera do fator material nas ocorrências aeronáuticas. “Aqui, realizamos diversas tarefas como análise de dados, realização de testes e pesquisas em componentes aeronáuticos”, ressalta.

A Tenente Daiana Dias de Oliveira é Engenheira Agrimensora da Diretoria de Infraestrutura da Aeronáutica (DIRINFRA) e faz parte de uma equipe que mapeia e administra em torno de 4.200 imóveis da FAB. “Desde a pista em construção na região da Floresta Amazônica, ao perímetro que define a área patrimonial de uma Organização Militar localizada em um grande centro, os oficiais engenheiros agrimensores definem e monitoram os espaços físicos nos quais acontecerão obras de engenharia, bem como delimitam os limites de propriedade do imóvel”, destaca.

FOTO: COMARA

A Força Aérea Brasileira (FAB) celebra, em 28 de outubro, o Dia da Engenharia da Aeronáutica. Na FAB, as atividades de engenharia são realizadas nos mais diversos segmentos e abrangem especialidades como Civil, Agrimensura, Cartografia, Computação, Elétrica, Eletrônica, Infraestrutura, Mecânica, Telecomunicações, entre outras. Os engenheiros também se destacam nos exercícios de campanha, em que são responsáveis por organizar e preparar o terreno, fornecer e instalar água e energia elétrica, disponibilizar saneamento básico, coordenar a manutenção de equipamentos, dentre outras atividades. Alguns desses profissionais são oriundos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Há, ainda, os que são formados nas universidades brasileiras e prestam concurso para o Quadro de Oficiais Engenheiros (QOENG).

FOTO: CENIPA

Ten JOR João Elias

O Tenente Paulo Rogério Silva Junior é Engenheiro Civil e trabalha em obras da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA), coordenando atividades de engenharia e logística em locais de difícil acesso na Amazônia. “Essas condições exigem um planejamento detalhado e complexo, visto que o período navegável é restrito e o período seco, o qual é favorável para a execução da obra, geralmente, é limitado a três meses por ano”, diz.


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SAÚDE

Outubro Rosa é voltado à prevenção do câncer de mama

FOTO: SGT ANA REIS/ HFAB

Conheça a história de superação da oficial da FAB que diagnosticou a doença precocemente

Após ser diagnosticada com câncer de mama, a Capitão Kelly Campos participa de campanhas de conscientização sobre a doença Estagiária Letícia Takada*

FOTOS: SGT XXX/ XXX

Em outubro de 2015, a Capitão Especialista em Serviço Hospitalar Kelly Campos, do Hospital de Força Aérea de Brasília (HFAB), foi diagnosticada com câncer de mama, aos 46 anos. Por trabalhar na área da saúde, os exames eram rotineiros, inclusive havia feito uma mamografia no início daquele ano, que não diagnosticou anormalidades. Mesmo depois dos resultados não apontarem nada, ela começou a sentir um incômodo no seio. “Percebi um inchaço e resolvi fazer o autoexame. Em novembro daquele ano, os resultados dos exames confirmaram a malignidade do nódulo na

mama esquerda”, conta a oficial. A Capitão relata, ainda, que posteriormente houve a suspeita de um nódulo na mama direita. “Então, fiz quimioterapia durante seis meses e depois uma mastectomia bilateral, com reconstrução mamária imediata”, disse. Após nove meses do início do tratamento, ela voltou a trabalhar e acredita que o diagnóstico precoce foi o mais relevante para a boa recuperação. O tratamento completo tem duração de cinco anos e, agora, é feito um controle, em que oncologistas e mastologistas são consultados periodicamente. Para a Capitão, as campanhas de prevenção, como

o Outubro Rosa, são muito significativas. “Às vezes, as mulheres não têm tempo e se esquecem de se cuidar, então a ação serve como um lembrete. É muito importante acabar com a crença de que só a mamografia basta, tem que fazer o autoexame todo mês”, ressalta. PREVENÇÃO O Outubro Rosa é uma campanha internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, criada no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. A prevenção, no entanto, deve ocorrer durante todo o ano. Embora seja raro, os ho-

mens não estão livres da doença. Em 2016, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), aproximadamente 16.200 pessoas morreram em decorrência do tumor no país, sendo em torno de 180 homens. A Força Aérea Brasileira (FAB) participa do movimento em diversas unidades, com arrecadação de lenços, doação de cabelo, além de eventos técnicos, debates e apresentações sobre o tema. Em complemento, produz materiais e outros recursos educativos para disseminar informações sobre fatores protetores e de detecção precoce desse tipo de câncer.

Você sabe como se prevenir? A mamografia é o método mais eficaz para o diagnóstico precoce do câncer de mama e deve ser solicitada a partir dos 40 anos, também há a ultrassonografia e a ressonância que são métodos adicionais e específicos para determinados casos. O que deve chamar atenção no exame clínico: • Endurecimento da mama; • Alteração na textura da pele; • Vermelhidão ou lesões no mamilo; • Nódulo palpável; • Secreção espontânea pelo mamilo de aspecto transparente ou vermelho. *Sob supervisão de Tenente JOR Cristiane dos Santos


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Outubro - 2019

FOTOS: SGT REZENDE/ CECOMSAER

CULTURA

Bandas de Música realizam concerto em diversas localidades do país Ten JOR João Elias

As Bandas de Música da FAB realizam, durante o mês de outubro, diversos concertos em comemoração ao Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira nas variadas regiões do país. Os eventos têm a finalidade de propiciar uma maior interação com a comunidade civil, conforme preconizam as orientações culturais estabelecidas pelo Comando da Aeronáutica (COMAER). “Essa é uma excelente ferramenta de comunicação social

para divulgação da missão da Força Aérea junto à população local e, assim, viabilizar uma aproximação, além de celebrar os feitos e a história da Instituição”, ressaltou o Chefe da Banda de Música da Ala 5, Tenente Nilso Cândido Rocha. O repertório conta, geralmente, com músicas brasileiras e estrangeiras já consagradas, além de canções regionais e temas de filme. Em algumas localidades, os alunos do Programa Forças no Esporte (PROFESP) compõem um coro infantil para acompanhar a apresentação.

Fortaleza (CE) Data: 03/10

“Os concertos agem como um meio de ligação e representação das Organizações Militares da FAB perante outras Instituições militares, civis e sociedade em geral, promovendo arte, cultura, elevação do moral e cidadania”, destacou o Chefe da Banda de Música da Ala 3, Tenente Luciano Prezzi. Confira no quadro ao lado a programação de algumas apresentações. Demais informações, efetuar contato com os respectivos elos de comunicação social:

Boa Vista (RR) Data: 05/10 Recife (PE) Data: 10/10 Campo Grande (MS) Data: 16/10 Canoas (RS) Data: 17/10 Parnamirim (RN) Data: 22/10 Barbacena (MG) Data: 24/10 São Paulo (SP) Data: 10 e 31/10 Brasília (DF) Data: 30/10

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

Prevenção ao Vazamento de Informações

O vazamento de informações ocorre quando pessoas ou organizações têm acesso a determinado conteúdo sem a devida autorização para tal. Isso acontece, em geral, por meio de furtos internos; acesso de pessoas não credenciadas às áreas restritas; circulação de visitantes desacompanhados; entrada e utilização de equipamentos fotográficos, de filmagem ou com outros meios eletrônicos sem prévia autorização; além de ações irregulares por parte

do efetivo, face ao desconhecimento dos procedimentos e protocolos de segurança. Podemos minimizar os prejuízos decorrentes desses vazamentos por meio de ações simples, porém eficientes, tais como: não conversar acerca de assuntos sigilosos ao telefone, principalmente ao celular; não comentar sobre temas de trabalho em locais públicos; não utilizar meios vulneráveis (telefone/fax, celular, e-mail, entre outros) para trâmite de assuntos sigilosos; separar e

triturar todo o lixo classificado; destruir as mídias (CD, DVD, HD, pen-drives e similares) inservíveis; controlar a reprodução (em copiadoras, scanners etc) de documentos sigilosos; controlar o acesso de pessoal às áreas sensíveis; e cumprir rigorosamente a Instrução de Salvaguarda de Assuntos Sigilosos (ISAS) - ICA 205-47 - para os trâmites de expedição e recebimento de documentação sigilosa. Por mais sofisticados, caros e bem montados que

sejam os sistemas de proteção do conhecimento, eles serão vulneráveis enquanto não houver o comprometimento dos integrantes da Instituição. O elo mais fraco de um sistema é, quase sempre, o ser humano que o opera. Dessa forma, o nível de conhecimento e engajamento do nosso pessoal definirá a eficiência das medidas de contra inteligência implementadas nas Guarnições. Centro de Inteligência da Aeronáutica (CIAER)


Outubro - 2019

ENTRETENIMENTO

CAÇA PALAVRAS No dia 23 de outubro é comemorado o Dia do AVIADOR e da Força Aérea Brasileira (FAB). Nesta data, em 1906, foi realizado o primeiro VOO bem-sucedido do inventor SANTOS-DUMONT, a bordo de seu 14-Bis, no Campo de BAGATELLE, em Paris. Dumont conseguiu um voo de aproximadamente 60 metros de distância e a três metros de altura, provando a capacidade de DIRIGIBILIDADE de um aparelho mais-pesado-que-o-ar.

RESPOSTA DA EDIÇÃO DE SETEMBRO

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