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Junho - 2020
RECONHECIMENTO
DA PÁTRIA OS OLHOS, NA GUERRA E NA PAZ! FAB CELEBRA EM 24 DE JUNHO O DIA DA AVIAÇÃO DE RECONHECIMENTO Ten JOR Felipe Bueno
FOTO: SGT REZENDE / CECOMSAER
Décadas antes da primeira decolagem de um avião, o 14 Bis em 1906, o homem já se valia da altitude como aliada para adquirir informações de adversários durante conflitos. Em 1867, Duque de Caxias utilizou frágeis balões de ar quente para colher da-
dos sobre o inimigo durante a Guerra do Paraguai: eram os primórdios da Aviação de Reconhecimento, que hoje, além dos próprios olhos, se vale de sensores de última geração e modernas aeronaves para identificar alvos em profundidade. Em 24 de junho, é celebrado pela FAB o Dia da Aviação de Reconhecimento.
RECONHECIMENTO AÉREO E AEROLEVANTAMENTO Sediado na Ala 2 – Base Aérea de Anápolis (GO), o Esquadrão Carcará (1º/6º GAV) opera os jatos Learjet R-35A e R-35AM, que cumprem atividades de imageamento e de reconhecimento eletrônico. Os R-35A são equipados com
o sensor ADS 80, capaz de gerar imagens com resolução espacial de até quinze centímetros. Em caso de guerra, estes vetores têm papel essencial na coleta de dados específicos sobre as forças inimigas e áreas
Entre as ações desempenhadas estão o Reconhecimento Aéreo e o Controle e Alarme em Voo. Em caso de guerra, tem papel essencial na coleta de dados específicos sobre as forças inimigas e áreas sensíveis. Além da utilização em conflitos, as aeronaves de Reconhecimento também realizam a atividade
de aerolevantamento. Registros aerofotogramétricos de relevo, curso dos rios, queimadas, desmatamentos, de carvoarias clandestinas, entre outros. Os fotógrafos militares produzem imagens que são utilizadas em situações diversas, como análise de invasão de fronteiras e de crescimento de cidades.
sensíveis, que auxiliam a tomada de decisão. Além de sua utilização em ações de Reconhecimento Aéreo, também realizam missões de Aerolevantamento em apoio a calamidades públicas, como ocorreu no rompimento da barragem em Brumadinho, no controle de desmatamentos e queimadas, entre outras. Os R-35AM são equipados com o sensor DR-3000, cuja função é captar sinais eletromagnéticos. Dessa forma, o Esquadrão realiza a ação de Reconhecimento Aéreo com o foco
em Inteligência de Sinais (SIGINT). Estas aeronaves são capazes, por exemplo, de triangular a posição de um radar diretor de tiro, aumentando a consciência situacional das forças amigas. O Comandante do Carcará, Tenente-Coronel Aviador Bruno Gadelha Pereira, destaca que “com a integração de diversos sensores de inteligência, surgiu um novo conceito na doutrina da FAB: o IVR, que trabalha de forma sinérgica a Inteligência, a Vigilância e o Reconhecimento”.
Também na Ala 2, os vetores do Esquadrão Guardião (2º/6º GAV) incluem o avião R-99, empregado, por exemplo, em Ações de Reconhecimento Aéreo, de importância estratégica para o monitoramento de áreas de interesse. Além dele, o Guardião opera também a aeronave E-99, que realiza Controle e Alarme em Voo, e atualmente passa por processo de modernização
gerenciado pela Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC). O procedimento visa à melhoria do radar e implantação de novos sistemas de Comando e Controle. “As aeronaves E-99 estão na fase final do processo de modernização, com os voos de teste das novas consoles. O novo sistema trará maior precisão, confiabilidade e rapidez na identificação
FOTO: CB ANDRÉ FEITOSA / CECOMSAER
MODERNIZAÇÃO