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Julho - 2016
FOTO: SGT JOHNSON / CECOMSAER
ESPECIAL
Helicóptero Black Hawk completa 10 anos de atividade na FAB Em uma década, aeronave já participou de missões tanto no Brasil como no exterior Ten JOR Evellyn Abelha Ten JOR João Elias
E
ra julho de 2006. Uma nova etapa começava na Aviação de Asas Rotativas da Força Aérea Brasileira. Mais precisamente no dia 27, uma tripulação da FAB recebia, em Huntsville nos Estados Unidos, o primeiro helicóptero H-60L Black Hawk da instituição. Passados 10 anos da chegada da aeronave, fruto de um projeto de reaparelhamento, inúmeras missões foram cumpridas a bordo do helicóptero que trouxe além da modernidade de um equipamento novo, o aumento da capacidade operacional da FAB.
“Só posso dizer que a oportunidade de implantar uma aeronave se compara a uma epopeia. De fato, cruzamos fronteiras. Saímos de um projeto de sucesso, o H-1H, para um projeto moderno, sonho de consumo de toda uma geração de pilotos da Aviação de Asas Rotativas”, relembra o Tenente-Coronel Márlio Concidera Estebanez, um dos pilotos responsáveis pelo translado do Black Hawk até o Brasil. Foram seis dias de viagem até a chegada da aeronave na primeira unidade aérea a receber o helicóptero, o Esquadrão Harpia (7º/8º GAV), sediado na Base Aérea de Manaus. Lá,
a aeronave foi batizada com a matrícula FAB 8901 e iniciou as primeiras missões. Implantação Para a implantação, um grupo foi criado a fim de conhecer profundamente a aeronave, seus sistemas, sua manutenção e sua operação. Por dois anos, os militares trabalharam intensa e sistematicamente, traduzindo manuais, estudando publicações, preparando e ministrando instruções técnicas às equipagens, palestras em reuniões de logística e de operações, instruções aéreas, briefings e debriefings. “Tivemos a oportunidade de aprender mais do que
a de ensinar. No meu caso especificamente, depois de dez anos de unidade e tendo voado mais de 1.500 horas de H1-H, começar tudo de novo, do início mesmo, quase que me reinventando, foi demasiadamente gratificante e, de fato, a oportunidade da minha vida operacional e profissional. Posso dizer que renasci com o projeto Black Hawk, o que me revigorou e me permite dizer que, além de ter feito o meu melhor, apesar de todo o esforço, faria tudo de novo”, complementa o Tenente-Coronel Estebanez. O Suboficial Elias Moreno, especialista em mecânica de aeronave, também par-
O Suboficial Elias Moreno participou da implantação da aeronave que ajuda a salvar vidas
ticipou da implantação do Black Hawk no Esquadrão Harpia e até hoje pertence ao efetivo da unidade aérea. O militar acompanhou as diversas fases pelas quais o helicóptero passou nesses 10 anos. “Fazer parte da implantação foi uma alegria, tenho muito orgulho. Foi uma realização, uma vez que