NOTAER - Janeiro de 2014

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Programa F-X2 define a nova aeronave de caça do Brasil

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Gripen NG, fabricado pela empresa sueca Saab, é a nova aeronave de caça da Força Aérea Brasileira (FAB). Por meio do Programa F-X2, o governo brasileiro confirmou a aquisição do avião militar supersônico, caça de última geração que atenderá às necessidades operacionais da FAB para os próximos 30 anos. O programa prevê a aquisição de 36 aeronaves com transferência de tecnologia para o Brasil e tem custo estimado de 4,5 bilhões de dólares. O anúncio foi feito pelo Ministro da Defesa, Celso Amorim, juntamente com o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito. A assinatura do contrato com a empresa sueca está prevista para o final deste ano. A partir de então, estima-se que em 48 meses a FAB já disponha dos primeiros aviões. De acordo com o ministro

Celso Amorim, a definição da nova aeronave foi objeto de estudos e ponderações que levaram em conta três elementos. “Foi analisada a performance, a transferência de tecnologia e os custos, não só de aquisição, mas também de manutenção. A escolha se baseou no equilíbrio desses três fatores”, afirmou. A transferência de tecnologia é um dos principais pontos do contrato. Está previsto o acesso a todos os níveis de tecnologia do avião. “Quando terminar a fase de desenvolvimento, nós teremos propriedade intelectual sobre este avião, isto é, acesso a tudo”, explicou o Tenente-Brigadeiro Saito. A aeronave A nova aeronave multimissão é um modelo supersônico monomotor projetado para controle do ar, defesa aérea, reconhecimento aéreo, ataques ar-solo

e ar-mar , sob quaisquer condições meteorológicas. Destaca-se a tecnologia de ponta, com avançado sistema de sensores e fusão de dados, características que proporcionam ao piloto um quadro completo e preciso do cenário de emprego. A versão brasileira, a ser desenvolvida em parceria com empresas locais, a partir do projeto original destinado à Força Aérea da Suécia, contará com modernos sistemas embarcados, radar de última geração e capacidade para empregar armamentos de fabricação nacional. Dotada de um sistema de reabastecimento em voo, a aeronave será capaz de defender nosso espaço aéreo nos pontos mais remotos do Brasil. Tais características, aliadas ao desempenho da aeronave, possibilitarão um expressivo ganho na capacidade operacional da FAB.

A despedida do Mirage 2000 FOTO: TEN ENILTON / CECOMSAER

FOTO: DIVULGAÇÃO

OPERACIONAL

O encerramento operacional dos caças Mirage 2000 ocorreu no mês passado e foi marcado por uma cerimônia militar na Base Aérea de Anápolis (BAAN). Batizados de F-2000 na FAB, os caças completaram mais de 10 mil horas de voo durante os sete anos que atuaram na defesa aérea da capital federal. Operados pelo Esquadrão Jaguar (1º GDA), os

Mirage foram empregados em missões nacionais e internacionais. “O Mirage foi de grande valia. Os conceitos e o emprego do Mirage vão auxiliar a assimilar mais facilmente o novo caça”, avalia o piloto da FAB, Tenente-Coronel Eric Breviglieri. Enquanto não chegam os caças Gripen NG, a defesa do espaço aéreo vai ser feita pela aeronave F-5EM.


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