72 a no s FOTO: MIGUEL SA / ARQUIVO PESSOAL
A saga de um piloto de caça em plena Segunda Guerra Mundial é o tema do livro de ficção “O Céu da Itália”, do Coronel da reserva da Força Aérea Brasileira (FAB), Flavio Kauffmann. Esse é o romance de estreia de Kauffmann, que foi piloto de caça durante 12 anos, além de comandante do Esquadrão Jambock (1º GAVCA), o mesmo que atuou durante a guerra nos anos 40. “Os pilotos de caça são heróis do cotidiano, que arriscam suas vidas quase todos os dias para garantir nossa liberdade”, enfatiza o coronel.
Com base em fatos históricos e em sua própria experiência, o autor narra uma ficção apoiada em acontecimentos da época e compromissada com a realidade do período da Segunda Guerra. A maior parte da ação se passa aos pés dos Alpes Lombardos, na área do Lago de Garda, ao norte da Itália. O sonho do Tenente Thomas Winthrop Jr. de lutar na Segunda Guerra Mundial como um Jambock se transforma em pesadelo, quando a aeronave Thunderbolt P-47 é abatida no céu daquele país. Lutando para sobreviver em meio a uma região de conflito entre
Marca conquistada Em 2017, a Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira alcançou mais uma importante marca em sua história por meio do Esquadrão Escorpião (1°/3° GAV). A unidade aérea completou 70 mil horas voadas em 21 anos de existência. O Tenente Aviador Danyel Costa Barbosa Abdala liderou a esquadrilha dos caças A-29 Super Tucano na missão que atingiu a marca. “Além da responsabilidade de conduzir a esquadrilha e de atingir os critérios estabelecidos para o sucesso na instrução, busquei levar todo o suor e garra de todos aqueles que por aqui passaram e deixaram o seu legado”, ressaltou. Ativado em 28 de setembro de 1995, o Esquadrão Escorpião é conhecido por ser a primeira unidade de caça no hemisfério Norte e atuar na defesa da Amazônia setentrional. A unidade tem sede em Boa Vista (RR).
guerrilheiros e nazistas, o aviador se apaixona por uma mulher e continua seu combate junto ao grupo de rebeldes locais. Os seis anos de pesquisa do coronel Kauffmann resultaram em uma obra de aventura que, com doses de amor, coragem e risco, faz referências às estratégias usadas durante as batalhas. Episódios semelhantes, inclusive, foram vividos por alguns pilotos do Esquadrão Jambock. “Das páginas do livro brotam certamente o heroísmo e a coragem dos homens e mulheres da Força Aérea Brasileira, contados de modo
romanceado, por meio da história de amor entre uma jovem italiana e um piloto de caça brasileiro. A obra mistura ciência com gastronomia, vinhos e óperas, sempre de modo elegante”, conta.
FAB
Ten JOR João Elias
da
Aviação de Caça é tema de livro de ficção
a
ESPECIAL
çã Avia o de C a aç d
Oficialmente, o 1º GAVCA foi criado em 18 de dezembro de 1943, pelo Decreto-Lei 6.123. Nove meses depois, já estava na Europa. Comandado pelo, então, Major Nero Moura, realizou uma campanha vitoriosa. A data de 22 de abril é considerada o Dia da Aviação de Caça porque foi nesse dia, no ano de 1945, que o grupo realizou o maior número de surtidas na Itália: foram 44 missões de guerra, tendo destruído mais de 100 alvos. Em 1986, a unidade da FAB ainda ativa, sediada no Rio de Janeiro (RJ) e equipada com caças F-5, se tornou a terceira unidade não pertencente às Forças Armadas Americanas a receber a Presidential Unit Citation, comenda do governo dos Estados Unidos. “Além da bravura demonstrada em combate, o Primeiro Grupo de Caça legou à FAB sua primeira doutrina operacional de combate, mais tarde adotada por diversas outras unidades aéreas”, conclui o coronel Kauffmann.