NOTAER - Fevereiro de 2016

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#éissoqueimporta

sica da BANT. Ele conhece o Suboficial Gilmar desde 1988, quando os dois eram instrumentistas da banda. “Trabalhar com o Gilmar sempre foi muito bom. Ele tem o dom da música, é uma pessoa que agrega as outras e um ótimo profissional”, ressalta. Durante sua carreira, o SO Gilmar trabalhou também no O suboficial Gilmar foi mestre da Banda de Música da BANT Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), na Base Aérea de Manaus m 1998, quando atuava tirava elementos da própria (BAMN), no Sétimo Comando no VII COMAR, SO Gilmar melodia e usava a técnica para Aéreo Regional (VII COMAR), História foi convidado pelo Chefe completar o arranjo. Às vezes, O Capitão Músico Manoel na Base Aérea de Brasília do Estado-Maior a escre- sugeria mudanças na parte Jerônimo da Silva atu almente (BABR) e no Sexto Comando ver a canção da unidade. melódica, mas as canções já é o mestre da Banda de Mú- Aéreo Regional (VI COMAR). Terminada a composição, eram muito boas”, explica. Durante a sua carreira, a notícia se espalhou para outras organizações que não foi agraciado com as medatinham canções e ele foi re- lhas Bartolomeu de Gusmão, cebendo novos convites dos Mérito Santos Dumont e a comandantes. Ao todo, fez Ordem do Mérito Aeronáutico a letra e a melodia de mais (OMA), em que foi admitido seis organizações: Comando no Corpo de Graduados EfetiGeral de Operações Aéreas vos no Grau de Cavalheiro. Em (COMGAR), Terceira Força outubro de 2009, ele entrou Aérea (III FAE), Centro de para a reserva remunerada. “Sendo a FAB minha paiLançamento da Barreira do Inferno (CLBI), Prefeitura de xão, tive facilidade em enfrenAeronáutica de Natal (PANT), tar todos os desafios da caralém do VI COMAR e da Base reira militar. Sempre procurei cumprir minhas atribuições Aérea de Natal (BANT). A inspiração para compor de forma íntegra e honesta vinha da história de cada Or- prevalecendo a hierarquia e ganização e de sua importân- disciplina. E também procurei cia. “O trabalho em compor melhorar o convívio entre foi imenso, entrando pela todos para o bom êxito do madrugada sem ter hora para trabalho. Se fosse para fazer dormir e comer. Ao término tudo outra vez, eu faria com o de cada canção, a emoção e maior orgulho”, afirmou. Mas o trabalho ainda não a felicidade eram indescritíveis. A canção que exigiu terminou. Em 2010, ele retormais tempo e trabalho foi a do nou para a FAB designado para COMGAR porque eu tive que Prestação de Tarefa por Tempo colocar nos versos as aviações Certo (PTTC). Atualmente é de Caça, Asas Rotativas, Patru- encarregado do Clube de Oficiais de Aeronáutica de Natal lha e Transporte”, explica. O arranjo musical da (COFAN) e a música ainda faz maioria das canções foi feito parte de sua vida: de vez em pelo Sargento Músico Lúcio quando, ele toca trompete em Desde criança a música faz parte da vida do Suboficial Gilmar Bezerra de Albuquerque. “Eu reuniões na casa de amigos. costumes existentes no nosso País, explica o Suboficial. A primeira unidade em que ele trabalhou foi a Base Aérea de Natal (BANT), que na época era conhecida como Centro de Aplicações Táticas e Recompletamento de Equipagens (CATRE). Lá atuou durante mais de 23 anos e tocou diversos instrumentos, como Bombardino, Trompete, Tímpanos e Percussão, sendo posteriormente, mestre da banda de música.

FOTO:CB FEITOSA / CECOMSAER

“A

música representa tudo em minha vida. Por meio da música pude fazer parte da Força Aérea Brasileira, adquiri estabilidade financeira e construí minha família”. Esse é o sentimento do Suboficial Gilmar da Silva que trabalhou na ativa da FAB por quase 30 anos e é o autor de canções de sete organizações militares. Mas sua história não foi fácil. Ele não conheceu o pai e com menos de 30 dias de vida sua mãe faleceu. Aos três meses de idade, foi adotado por uma senhora chamada Maria Augusta, amiga da família que o criou juntamente com seu outro filho. “Na época nós passamos muitas dificuldades, na nossa casa não tinha água encanada, energia elétrica, nem fogão. Mas essa senhora é a minha guerreira, que fez de tudo por mim”, relembra emocionado. Foi por meio da música que sua vida começou a mudar. Aos onze anos, quando já moravam em Ceará-Mirim, localizada a 35 km de Natal (RN), seu irmão o levou para fazer parte da escola de música, e ele começou a tocar o primeiro instrumento popularmente conhecido como trompa. Aos doze anos, foi efetivado como músico na banda de música da cidade. Em 1975, ingressou no Exército Brasileiro, onde foi músico durante quase seis anos e, em 1980, ingressou como Sargento Músico da FAB. “Sempre sonhei em pertencer ao Quadro de Músicos da Força Aérea Brasileira e ter a oportunidade de conhecer as aeronaves, trabalhar também em outros estados, enriquecendo assim meus conhecimentos através das diversas culturas e

FOTO: ARQUIVO PESSOAL

Uma vida transformada pela música

O compositor de várias canções

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