NOTAER - Junho de 2015

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PÔSTER NA CONTRACAPA Colecione as imagens e conheça a importância dos projetos estratégicos da FAB

www.fab.mil.br

Ano XXXVIII

Nº 6

Junho, 2015

ISSN 1518-8558

HAITI - UM LEGADO DE HISTÓRIAS Durante quatro anos, a FAB disponibilizou 250 militares de infantaria para a Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti - MINUSTAH (Págs. 08 e 09) FOTO: BINFAE-RF

REABASTECIMENTO EM VOO

FOTO: FREDERIC LERT / AIRBUS HELICOPTERS

Já imaginou um helicóptero capaz de ser reabastecido em pleno voo? A primeira unidade da América Latina do H-36 Caracal com esta capacidade deve ser entregue ainda este ano. (Pág. 07)

COMPORTAMENTO Tem dúvida sobre qual foto postar nas suas redes sociais? Mais uma vez o NOTAER orienta sobre o que está previsto para que você ajude a projetar a imagem da FAB. Aproveite para conhecer o novo quadro NO PADRÃO, que traz dicas sobre o RUMAER. (Pág. 14)

ARQUEIROS EM RITMO ACELERADO Atletas do Tiro com Arco já estão de olho nos Jogos Mundiais Militares, que serão realizados em outubro desse ano na Coreia do Sul e, também, nas Olimpíadas 2016. Conheça um pouco sobre essa modalidade. (Pág. 12) FOTO: CB FEITOSA / CECOMSAER


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Expediente

CARTA AO LEITOR

Há quatro anos, militares da Força Aérea Brasileira (FAB) realizam patrulhas nas ruas da capital haitiana, Porto Príncipe, para cumprir a Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (MINUSTAH). Durante esse período, cerca de 250 militares de oito pelotões da FAB de diversas regiões do Brasil dedicaram e ainda dedicam suas vidas a um país com graves problemas econômicos e estruturais. As experiências no Haiti deixaram um inegável legado aos Batalhões de Infantaria que se deslocaram para lá. Com a previsão de retorno

do último pelotão da Aeronáutica, o NOTAER destaca as histórias vividas pelos nossos militares que participaram dessa grandiosa missão. São depoimentos de quem considera que a MINUSTAH não foi apenas uma oportunidade profissional, mas um aprendizado pessoal. Também vamos apresentar nesta edição a nova versão do helicóptero H-36 Caracal, a primeira aeronave de asas rotativas da América Latina com sonda para ser reabastecida em voo. Ao todo, a FAB receberá oito unidades. O primeiro helicóptero deverá ser entregue ainda este ano.

FOTO: SGT REZENDE / CECOMSAER

Nosso trabalho faz a diferença

O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) voltado ao público interno.

Vamos ainda conhecer os atletas de Tiro com Arco que estão suando a camisa para conquistar uma boa colocação nos Jogos Mundiais Militares e nas Olimpíadas. A reportagem é uma oportunidade de conhecer quem são esses militares, grandes promessas da modalidade. Gostaria de reforçar que a proposta do NOTAER é, cada vez mais, contar com a participação de todas as Organizações Militares da Aeronáutica

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic

na elaboração do nosso jornal. Por isso, a cada edição, nosso interesse é mostrar o que de mais importante a FAB está fazendo no Brasil e no exterior. Sua participação é muito relevante nesse processo e, por isso, queremos saber sempre sua opinião. Contamos com a sua contribuição! Boa leitura! Brig Ar Pedro Luís Farcic Chefe do CECOMSAER

Erramos: Em relação a edição de maio de 2015, a matéria sobre as datas comemorativas do COMAER, o dia 24 de junho, quando se celebra o Dia da Aviação de Reconhecimento, também está incluso no calendário oficial. Na matéria sobre licença-maternidade, permanece a necessidade da gestante militar solicitar autorização do Comando da Aeronáutica para ter direito a mais 60 dias do benefício (Lei nº 13.109, 25 de março de 2015).

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA Dicas para sua segurança pessoal Visando aprimorar a segurança dos militares do COMAER, bem como de seus familiares, a Divisão de Contrainteligência do Centro de Inteligência da Aeronáutica (CIAER) elaborou um conjunto de recomendações para prevenção de roubos, furtos e sequestros relâmpagos. Tratase de uma série de orientações que, se seguidas no cotidiano, podem minimizar o risco de ocorrência de crimes contra a pessoa e o patrimônio. Ressalta-se que as medidas aqui sugeridas somente terão pleno êxito se contarem com a colaboração de todos. Nesse contexto, destaca-se que é imprescindível ter consciência da importância

do seu comportamento para evitar delitos e, efetivamente, mudar atitudes: 1 - Verifique se você está sendo seguido, seja ao sair de casa, do trabalho ou do local de diversão. Caso isso aconteça, mantenha a calma e retorne para o local de onde saiu. Não sendo possível, procure um local movimentado e peça ajuda. 2 - Desconfie de pessoas que se aproximem, principalmente à noite, para pedir qualquer tipo de informação. Mantenha distância e continue em movimento. 3 - Ao se aproximar do seu veículo, tenha a chave à mão para agilizar a sua entrada no carro.

4 - Observe se há pessoas estranhas ou suspeitas nas adjacências ou no interior do seu veículo. Na dúvida, desloque-se para um lugar seguro e com movimentação de pessoas e somente se aproxime do carro quando tiver convicção de que não há riscos. 5 - Ao entrar no veículo, trave imediatamente as portas, mantenha os vidros fechados e deixe o estacionamento. 6 - Evite descer do veículo para retirar folhetos ou outros objetos afixados nos vidros. 7 - Cultive o hábito de olhar ao redor antes de estacionar e de sair do carro. 8 - Procure deixar seu carro em estacionamento credenciado e de sua confiança. 9 - Pare em lugar visível e iluminado. 10 - Permaneça o menor

tempo possível dentro do veículo. 11 - Não permaneça no veículo ou fora dele conversando ou aguardando alguém em áreas de estacionamento ou na rua. 12 - Nunca deixe as chaves no contato de seu veículo. 13 - Não deixe seu veículo ligado com ocupantes em seu interior. 14 - Nunca deixe pertences de valor dentro do carro. 15 - Jamais deixe no carro papéis que indiquem seu endereço. 16 - Ao descer, certifiquese de que todas as portas estão trancadas e não deixe vidros entreabertos. 17 - Ao sair do carro, verifique se você não está sendo seguido. (Centro de Inteligência da Aeronáutica - CIAER)

Editora: Tenente Jornalista Jussara Peccini (MTB 01975SC) Editora adjunta: Tenente Jornalista Cynthia Fernandes (MTB 2607GO) Repórteres: Ten JOR Cynthia Fernandes, Ten JOR Emille Cândido, Ten JOR Flávio Nishimori, Ten REP Gabriela Cerqueira, Ten JOR Gabrielli Dala Vechia, Ten JOR Humberto Leite, Ten JOR João Elias, Ten JOR Raquel Alves, Ten REP Saulo Vargas. Colaboradores: textos enviados ao CECOMSAER via Sistema Kataná. Revisão: Ten Cel Av Emerson Mariani Braga, Cap Av Marco Aurélio de Oliveira Celoni, Ten JOR Flávio Nishimori, Ten JOR Gabrielli Dala Vechia, Ten JOR Humberto Leite e Ten JOR Iris Vasconcellos. Diagramação e Arte: SO Cláudio Ramos, SGT Santiago Moraes, Subdivisão de Publicidade e Propaganda. Tiragem: 30.000 exemplares Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte. Endereço: Esplanada dos Ministérios Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF

Impressão e Acabamento: Log & Print Gráfica e Logística S.A

Quer ver sua unidade no NOTAER? Tem um comentário, sugestão de reportagem ou crítica?

Aguardamos seu email redacao@fab.mil.br

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PALAVRAS DO COMANDANTE

FOTO: SGT BATISTA / CECOMSAER

Disciplina e perseverança

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Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato Comandante da Aeronáutica

á estamos na metade do ano, um momento, por assim dizer, estratégico. É hora de uma avaliação parcial das nossas metas e, sobretudo, métodos empregados para alcançá-las. Os planos traçados com entusiasmo podem agora parecer distantes frente aos óbices, mas, com força, exemplo e flexibilidade, podemos mostrar para nós mesmos a capacidade de fazer ainda mais. Em um momento em que todos concordam sobre a necessidade de revitalização das Forças Armadas, tanto em termos de equipamentos quanto em valorização dos militares, a realidade econômica exige conjugar verbos, como economizar, postergar, replanejar e cancelar. Está em todos os jornais, revistas e sites da internet: o Brasil passa por complicações de ordem econômica e o ajuste fiscal já é uma realidade notável, perceptível a todos em

nossa própria vida pessoal. Com o Comando da Aeronáutica não é diferente. O aumento de custos e a escassez de recursos são desafios diários para a nossa gestão que não poderão ser enfrentados sem um engajamento de todos os civis e militares que fazem parte desta instituição. Uma das raízes para essa equação é repensar a gerência. Não se trata apenas de esperar decisões de cima para baixo: todos possuímos algum tipo de gerência, mesmo que apenas sobre o planejamento do nosso tempo para as atividades desempenhadas. Sempre há como melhorarmos, não apenas para trazer produtos e serviços aprimorados para nossa instituição e suas missões, mas também para nosso engrandecimento pessoal. Em momentos de ajustes, nós, militares, por meio do sentimento de servir, pela disciplina e perseverança, podemos ser exemplos para o Brasil.

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RISCO BALOEIRO

Perigo de acidentes com balões aumenta no mês de junho

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m junho de 2011, um Airbus que decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, com destino a Confins, em Minas Gerais, colidiu com um balão não tripulado, ocasionando a obstrução dos tubos de pitot do avião - dispositivos que medem velocidade. Estes, se pararem de funcionar, podem prejudicar outras funções da aeronave, como o piloto automático. Ninguém ficou ferido, mas o incidente, considerado grave pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), causou danos à aeronave. O problema técnico foi semelhante ao do avião da Air France, que caiu no mar em 2009 e causou a morte de 228 pessoas devido ao congelamento das sondas. Soltar balões é uma prá-

tica cultural ainda muito difundida no Brasil. A brincadeira pode causar incêndios, mesmo nos casos em que são utilizados balões que não contêm fogo, pois há o risco de entrarem em contato com redes de alta tensão. Além de ser considerado crime ambiental, passível de multa e detenção, o ato pode trazer sérias consequências à aviação. “Se uma aeronave estiver realizando aproximação para pouso a 460 km/h e colidir com um balão que tenha apenas 1kg de cangalha (estrutura onde são colocados fogos de artifício), o impacto vai gerar uma força capaz de atravessar o parabrisa do avião”, explica o Tenente-Coronel Francisco José Azevedo de Morais, responsável pelo Programa de Risco Baloeiro do CENIPA. Segundo dados da uni-

dade, em 2014 aconteceram mais de 300 notificações de balões em áreas próximas a aeroportos. Em abril deste ano, um balão caiu na pista do Aeroporto de Congonhas (SP), o que obrigou uma aeronave a arremeter e provocou atrasos nos pousos. Comparando com a média mensal anual, há um aumento na soltura de balões de aproximadamente 75% no mês de junho, impulsionado pelas festas típicas. A região sudeste é onde se concentra a maior parte das ocorrências. Entre as notificações já registradas neste ano, 88% foram nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. “O balão, apesar de belo e divertido, pode ser a causa da morte de muitas pessoas. É justo colocar vidas em risco pela simples diversão?”, alerta o Tenente-Coronel Morais.

FOTO: INTERNET

De acordo com dados do CENIPA, nesta época do ano há um aumento de 75% no número de ocorrências

Em 2014, mais de 300 balões foram identificados próximos a aeroportos

PROGRAMAÇÃO Portões Abertos Uma das oportunidades de aproximar crianças, jovens e adultos da Força Aérea Brasileira é a realização de Portões Abertos. Convide amigos, parentes e venha conhecer um pouco mais das nossas unidades. Acompanhe as datas previstas:

Pipoca, cachorro-quente, pamonha, quentão... Todas essas comidas típicas estarão disponíveis nas festas juninas promovidas por algumas Organizações Militares em todo o País. Vamos apresentar a programação para que você e sua família venham curtir conosco. Calendário 05 e 06 de junho – Base Aérea de Anápolis (GO) 12 de junho – COMAR I (Belém - PA) 13 e 14 de junho – AFA, organizada pela Fazenda de Aeronáutica de Pirassununga (SP)

FOTO: SGT REZENDE / CECOMSAER

Mês de junho combina com arraiá!

04 e 05/07 BACG 16/08 AFA 04/10 BAMN 12/10 BACO 18/10 BAFL 18/10 EPCAR

26 e 27 de junho – COMAR VII (Manaus - AM) e Base Aérea de Brasília (DF) 04 de julho - CIAAR (Belo Horizonte - MG)

Atenção! Envie o seu calendário de atividades para divulgarmos aqui. Esse espaço também é seu!


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HISTÓRIA FOTO: MUSAL

Correio Aéreo Nacional completa 84 anos

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ra dia 12 de junho de 1931 quando o Correio Aéreo Nacional (CAN) entrou em operação. A primeira viagem partiu do Rio de Janeiro com o objetivo de levar duas cartas para São Paulo. O voo demorou cinco horas e chegou na capital paulista à noite. Começou assim a criação de rotas aéreas para enviar encomendas e, acima de tudo, integrar povoados e regiões de difícil acesso no Brasil. No aniversário de 84 anos do CAN, o NOTAER selecionou algumas imagens que mostram um pouco dessa história.

FOTO: ARQUIVO

FOTO: MUSAL

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FOTO: MUSAL

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FOTO: SGT WANDERSON / CECOMSAER

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1 - O primeiro voo do Correio Aéreo Nacional foi realizado pelos tenentes Casimiro Montenegro Filho e Nélson Freire Lavanére-Wanderley; 2 - As rotas do CAN proporcionaram a integração do País; 3 - Cidades foram fundadas a partir do esforço das tripulações e do emprego das aeronaves da FAB; 4 - CAN transportava ribeirinhos residentes em locais de difícil acesso; 5 - A aeronave Curtiss Fledgling inaugurou o Correio Aéreo Nacional; 6 - A aeronave Catalina representa parte da história do CAN, em especial na Amazônia.


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GIRO PELO BRASIL

FOTO: SD QUEIROZ / BASP

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erca de 30 militares da Base Aérea de São Paulo (BASP) ajudaram no combate à dengue em apoio à prefeitura de Guarulhos. A cidade vive um surto da doença com o registro de 2,2 mil casos este ano, contra 562 no mesmo período de 2014. O índice é de 175 casos para cada 100 mil habitantes. O trabalho ganhou reforço de militares da BASP para ajudar os agentes de saúde da prefeitura, uma vez que moradores apresentavam resistência em receber as equipes devido a inúmeros golpes aplicados na cidade. Acompanhado de um agente de saúde, o soldado ajuda na identificação de focos e na orientação às famílias. Como preparação, os soldados passaram por instruções teóricas no Centro

Soldados acompanharam equipes de agentes de saúde da prefeitura

de Controle de Zoonoses de Guarulhos. Os militares aprenderam sobre a criação do mosquito transmissor, a identificação de focos da doença e os principais sintomas. Eles também fizeram treinamento prático nas instalações da BASP e da Vila Militar.

Segundo o Comandante da BASP, Tenente-Coronel Reginaldo Pontirolli, ajudar a prefeitura nesta campanha é uma missão importante para os militares. “Guarulhos é a nossa casa e apoiar o município no combate à dengue é relevante para todos nós”, disse.

Ação Social em Fortaleza “O atendimento oferecido é muito bom e facilita a vida dos moradores do bairro Vila União que não têm tanta condição”, afirmou Fábio Luiz Chavier Nogueira. O comerciante, de 52 anos, participou pela primeira vez da Ação Cívico-Social (ACISO), realizada anualmente pela Base Aérea de Fortaleza (BAFZ). A iniciativa proporcionou quase 1.200 atendimentos em diversas especialidades à população local. Cerca de 100 profissionais de saúde, entre médicos, dentistas, enfermeiros e técnicos participaram da

ação social. Foram realizadas 231 consultas médicas, 133 atendimentos odontológicos e 826 procedimentos e exames, entre eles ultrassonografia, raio-x, aferição de pressão arterial, verificação de glicemia, eletrocardiograma, pequenas cirurgias, restauração dentária, exames laboratoriais e vacinação. De acordo com o Comandante da BAFZ, Coronel Francisco Claudio Gomes Sampaio, a ação visa dar assistência à comunidade. “Com essa ação, estamos colaborando para melhorar a qualidade de vida dos nossos vizinhos”, explica.

FOTO: SO MAGDA / BAFZ

FAB ajuda no combate à dengue em Guarulhos

Apoio a comunidades indígenas de Roraima

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helicóptero H-60 Black Hawk do Esquadrão Harpia (7º/8º GAV) e a aeronave C-98A Caravan da Base Aérea de Boa Vista (BABV) transportaram cerca de três toneladas de mantimentos para as comunidades indígenas de Raposa Serra do Sol, Caramambatai e Xitei. As aldeias de índios Yanomami e Ingarikó

estão localizadas no extremo oeste de Roraima, em área de floresta nativa, e somente recebem apoio por meio aéreo. Durante a missão, a BABV enviou militares para atuarem na manutenção dos espaços públicos da aldeia, como a escola e a sede da Secretaria Especial de Saúde Indígena de Roraima.

Para um dos pilotos envolvidos na missão, Tenente Helder Calenzani Alpoim, esse tipo de trabalho é gratificante. “A missão demandou bastante esforço e dedicação de toda a tripulação e a recompensa foi poder ver o sorriso no rosto das pessoas, principalmente das crianças”, afirmou.

FOTO: SD RAMOS / CLA

FOTO: BABV

ACISO em Alcântara

Centenas de pessoas da comunidade do Peru, povoado a 14 quilômetros do município de Alcântara (MA), também participaram de uma ACISO. Profissionais das áreas de enfermagem, farmácia, fisioterapia, fo-

noaudiologia, medicina, odontologia, psicologia e serviço social do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) prestaram atendimento aos moradores da região. A comunidade do Peru, que possui uma população total estimada em 2.894 habitantes, foi construída nas imediações do CLA por ocasião da implantação da unidade da FAB, responsável pelo lançamento e rastreio de engenhos aeroespaciais, em meados da década de 80.


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OPERACIONAL

Helicópteros da FAB vão receber combustível em voo ão estranhe se nos próximos meses você encontrar tripulantes de asas rotativas voando em aeronaves de caça. Os pilotos de helicóptero do Esquadrão Falcão (1°/8° GAV), sediado em Belém (PA), voarão em caças A-1B e F-5FM com um propósito marcante para a Força Aérea Brasileira: aprender o procedimento de reabastecimento em voo (REVO). Está programado para este ano o recebimento do primeiro helicóptero H-36 Caracal da chamada versão operacional. Será a primeira aeronave de asas rotativas da América Latina com sonda para ser reabastecida no ar. No Brasil, atualmente, só os F-5 e A-1 são “clientes” dos aviões-tanque KC-130. O ganho operacional será grande para missões como o resgate de pessoas em alto-mar. Os quatro H-36 da versão básica, hoje utilizados pelo Esquadrão Falcão, têm autonomia de três horas e cinquenta minutos. O tempo é suficiente para cumprir uma missão a aproximadamente 250 km de distância da base, com previsão de 60 minutos para realizar a busca e mais 15 minutos para o salvamento. A nova versão poderá multiplicar esses números. “Não há restrições. Em termos de sistema, não existe limitação”, explica o chefe do Centro de Engenharia da Helibras, Walter Filho. Se reabastecer aeronaves de caça em pleno voo não é tarefa fácil, imagine helicópteros. A sonda de REVO do H-36 é retrátil e aumenta seu comprimento,

como uma lança, durante a operação. Mesmo assim, o rotor gira a apenas um metro de distância da mangueira de reabastecimento do avião-tanque. Uma das etapas do treinamento do 1°/8° GAV será o voo na ala dos KC-130 do Esquadrão Gordo (1°/1° GT). Em seguida, serão realizadas missões a bordo dos A-1B e F-5FM, para familiarização. “Será feito treinamento com a aeronave reabastecedora até a posição de pré-contato, a fim de adestrar os pilotos do Esquadrão Falcão neste tipo de voo, mas sem conexão com a mangueira e/ou transferência de combustível”, explica o Tenente-Coronel Marcelo Filgueiras, Comandante da Unidade. Resgate em combate Os H-36 da versão operacional terão outras novidades, que aumentarão a capacidade para realizar missões de Busca e Salvamento em Combate (CSAR). A FAB vai receber oito unidades deste modelo. Montados no Brasil pelo consórcio Airbus Helicopters e a empresa Helibras, em Itajubá (MG), os H-36 operacionais são semelhantes aos utilizados pelas Forças Armadas da França em missões especiais e em resgates realizados em combate. Os novos helicópteros vão contar com sensores, como o Radar Warning Receiver (RWR) e o Missile Approach Warning System (MAWS), capazes de detectar a presença de radares e de mísseis inimigos. “Esses sistemas são mais modernos na versão brasileira”, ressalta

Modelo do H-36 Caracal que vai ser recebido pela FAB já é utilizado pelas Forças Armadas da França. As aeronaves fazem missões especiais e resgates em combate

o chefe do Centro de Engenharia da Helibras. A versão do helicóptero conta com câmera infravermelha e detector a laser para rastrear alvos, além de um equipamento de gravação de vídeo e voz. O H-36 permite operação com óculos de visão noturna e possui blindagem reforçada, guincho duplo, gancho para

FOTO: FREDERIC LERT / AIRBUS HELICOPTERS

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FOTO: SGT BATISTA / CECOMSAER

Em versão operacional, H-36 Caracal será a principal aeronave para missões de busca e salvamento em combate

carga externa e possibilidade de instalação de duas metralhadoras laterais de 7.62mm. De acordo com o Comandante-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), Tenente-Brigadeiro do Ar Gérson Nogueira Machado, é necessário treinamento para aproveitar todas as potencialidades da aeronave. “É

uma outra geração de helicópteros. Modifica totalmente a nossa doutrina e as nossas possibilidades”, comentou. No espaço interno, superior ao de modelos como H-60 Black Hawk e H-1H, podem ser levadas até onze macas e uma equipe de quatro profissionais de saúde. Em missões convencionais, cabem até 31 pessoas a bordo.


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INTERNACIONAL

O legado da missão de paz no Haiti Experiências conquistadas nas ruas de Porto Príncipe ampliaram a capacidade operacional dos Batalhões de Infantaria da Aeronáutica na, deixou um grande legado de aprendizado operacional e pessoal aos militares da FAB. Eles realizaram patrulhas a pé e motorizadas, fizeram checkpoint (ponto de inspeção) e escoltaram autoridades e comboios. “No começo era muito tenso, pois achávamos que todos eram inimigos. O país ainda estava muito instável. Para mim, essa missão foi importante, pois aprendi novas doutrinas, táticas e o manuseio de outros armamentos”, explica o Cabo Waldomiro. “Como primeiro pelotão, a responsabilidade era muito grande, pois o nome da FAB estava em jogo”, afirma o militar. Os pelotões da Aeronáutica eram compostos por 29 militares. A primeira condição para se candidatar à missão era o voluntariado. Depois, passavam por uma bateria de testes, incluindo avaliação física, exame psicotécnico e inspeção de saúde. A partir da definição da equipe, iniciava-se um processo de nivelamento de conhecimento

Fevereiro de 2011

junto ao Exército Brasileiro. O treinamento conjunto visava à troca de informações na parte operacional, com instruções sobre regras de engajamento, garantia da lei e da ordem, tiro e patrulhas. Os oficiais também frequentaram cursos no Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), localizado no Rio de Janeiro (RJ). “A avaliação da presença da FAB no Haiti ao longo desses anos é muito positiva. Tivemos um ganho operacional e pessoal muito grande. A experiência adquirida por esses militares foi repassada ao demais integrantes dos batalhões onde eles servem, disseminando, assim, os conhecimentos absorvidos naquele país. Em eventos futuros, se for necessário nosso engajamento, estaremos mais preparados”, ressalta o Brigadeiro de Infantaria Augusto Cesar Amaral, Chefe da Subchefia de Segurança e Defesa do Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR). O Capitão de Infantaria

Agosto de 2011

1º Pelotão - Militares do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Recife (BINFAE-RF)

FOTO: BINFAE-MN

FOTO: SGT JOHNSON / CECOMSAER

2º Pelotão - Militares do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Manaus (BINFAE-MN)

Samuel Frank Gonçalves embarcou para o Haiti em março de 2012 na função de Comandante do 3º Pelotão da FAB. Para ele, o grande diferencial foi a oportunidade de desempenhar atividades não rotineiras para a Infantaria da Aeronáutica. “Realizamos patrulhas, efetuamos prisões e, principalmente, tivemos contato mais estreito com a população. Isso foi muito importante, pois não estávamos acostumados com essas atividades”, avalia o Capitão Samuel. “O emprego era real e estávamos sujeitos a tomar um tiro ou sofrer uma emboscada. Por isso, precisávamos estar atentos para as várias situações do dia a dia. A experiência no Haiti nos deu uma boa bagagem para engajarmos em outras missões de grande porte aqui no Brasil, como foi no caso da Copa do Mundo em 2014”, complementa o oficial. Parto durante patrulha Desde que assumiu a liderança do comando militar da missão, em 2004, as tropas brasileiras sempre desfruta-

ram de uma boa recepção junto ao povo haitiano. E isso se deve principalmente às características dos militares brasileiros de sempre estarem dispostos a ajudar. Movidos por esse espírito de solidariedade, os soldados da FAB Demorvã Diego Canton e Kauê Correa dos Santos Frois realizaram, em 2012, um par-

to durante um patrulhamento noturno. Uma jovem haitiana, já com contrações, e seu marido procuravam por auxílio em uma das avenidas escuras de Porto Príncipe. Os primeiros atendimentos ocorreram no local e o pequeno Junas nasceu às 5 horas daquela quarta-feira (18/07/2012), na viatura da patrulha. O soldado Demorvã deu baixa da FAB em 2013, após o retorno ao Brasil no final do

Novembro de 2012

Março de 2012

4º Pelotão - Militares da Base Aérea de Natal (BANT)

3º Pelotão - Militares do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Brasília (BINFAE-BR)

FOTO: BANT

ra uma manhã ensolarada do dia 10 de fevereiro de 2011 quando o Cabo Waldomiro Manoel de Farias, na época com 40 anos, colocou os pés pela primeira vez no Haiti. “Para nós tudo era novidade. O conhecimento que tínhamos do país era baseado apenas em fotos. Mas a realidade era bem diferente”, relembra o militar. Ele e mais 26 militares do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Recife (BINFAE-RF) iniciavam nesta data um ciclo inédito para a Infantaria da Força Aérea Brasileira em participações na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH). Durante quatro anos, oito pelotões e cerca de 250 militares se revezaram na tarefa de manutenção de paz naquele país. Até o início de junho deste ano, está previsto que a última tropa do contingente formado pelas guarnições do Sul retorne ao Brasil, encerrando a participação da FAB na MINUSTAH. A experiência nas ruas de Porto Príncipe, capital haitia-

FOTO: SGT REZENDE / CECOMSAER

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- 250 militares de infantaria - 8 pelotões foram enviados para o Haiti - 4 anos de missão

HAITI

ano de 2012. Mesmo passados quase três anos, ele não se esquece da missão mais emocionante de sua vida. “Lembro-me como se fosse hoje. Nunca imaginei que passaria por uma situação como essa. O importante é que estávamos preparados para prestar esse auxílio. Foi inesquecível”, diz o ex-militar, que atualmente faz o terceiro semestre do curso superior de aviação civil em Brasília (DF). O bom relacionamento com os haitianos também é

fruto de várias ações sociais proporcionadas pelo efetivo brasileiro. Uma delas, promovida antes da volta do Pelotão da FAB em maio deste ano, foi a capacitação profissional de moradores locais. Um curso ensinou os haitianos a operar empilhadeiras.

Maio de 2013

“Auxiliar na qualificação profissional do povo haitiano fez com que tenha valido a pena o cumprimento da missão no Haiti. Foi uma oportunidade ímpar repassar conhecimento para os habitantes do país”, ressaltou o instrutor, Sargento Luis Felipe Martins Dias, do Centro de Transporte Logístico da Aeronáutica (CTLA). Além de todo o legado operacional, a experiência no Haiti também deixou outras marcas em quem participou

Novembro de 2013

da missão. Viver, ainda que por um curto período de cerca de seis meses, em um país com graves problemas de infraestrutura, distante da família e com uma cultura totalmente diferente trouxe novos sentidos de vida a muitos militares. É o caso do Sargento Thiago Torres de Moura, que esteve no Haiti em 2011 como integrante do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Manaus (BINFAE-MN). A esposa estava grávida na época

Maio de 2014

Dezembro de 2014 8º Pelotão - Militares das Guarnições de Infantaria do Sul

7º Pelotão - Militares do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Belém (BINFAE-BE)

FOTO: BINFAE-CO

FOTO: BINFAE-BE

FOTO: SGT JOHNSON / CECOMSAER

FOTO: TEN ENILTON / CECOMSAER

6º Pelotão - Militares das Guarnições de Infantaria do Rio de Janeiro

5º Pelotão - Militares das Guarnições de Infantaria de São Paulo

e a filha nasceu quando ele estava engajado na missão. “Somente quando passamos por algumas situações é que realmente aprendemos o sentido da vida. Quando percebemos que podemos fazer a diferença, mesmo deixando o conforto de nosso lar para ajudar pessoas que passam por necessidade ou precisam de segurança ou alimentos para minimizar o sofrimento, isso marca para sempre a vida de um ser humano”, declara o graduado.


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SAÚDE

Hospital muda sistema de atendimento para consultas de rotina

Hospital da Força Aérea de Brasília (HFAB) implantou um novo formato do Programa Assistencial Integrado (PASIN) para triagem ambulatorial em consultas de rotina. Com exceção de quem busca clínicas de pediatria, oftalmologia e ginecologia que podem ser agendadas diretamente pelo usuário, todos os demais pacientes serão atendidos por clínicos gerais. E, se necessário, encaminhados à área especializada. A medida, implementada em maio na capital federal, integra o modelo de gestão desenvolvido pela Diretoria de Saúde da Aeronáutica (DIRSA) para aumentar a eficiência do sistema de saúde, eliminando filas desnecessárias para agendar consultas. A coordenadora do PASIN

FOTO: TEN ELIAINE / HFAB

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Em casos mais complicados, o usuário poderá ser encaminhado para o especialista no mesmo dia

no HFAB, Tenente Médica Ana Maria Peres Botelho, ressalta que o mecanismo já funciona em outras unidades, como no Hospital de Aeronáutica

de Canoas (HACO). O objetivo, segundo ela, é melhorar a relação médico/paciente e facilitar o atendimento de rotina. “Disponibilizamos

uma equipe médica com profissionais experientes que fazem o atendimento de forma ampla e integral. Todos que vierem ao PASIN sai-

rão daqui com atendimento médico realizado”, declara. Vale lembrar que idosos (acima de 60 anos) são atendidos na Unidade de Geriatria e Gerontologia (UGG). Como ficou: o paciente será atendido por ordem de chegada ao PASIN no HFAB. São quatro consultórios disponíveis. Não é mais necessário marcar consulta (telefone, on line ou presencial). Em casos mais complicados, o usuário será encaminhado para o especialista que terá disponibilidade em atendê-lo. Nas primeiras semanas do novo modelo, mais de cem pessoas foram atendidas diariamente. Serviço: o horário de funcionamento do PASIN é de segunda-feira a sexta-feira de 7h30 às 17h30.

PENSANDO EM SEGURANÇA DE VOO

Maio de 2014. Um Cessna 150 se acidentou perto de Denver (EUA) e deixou dois mortos. Uma câmera GoPro encontrada a 25 milhas dos destroços continha arquivos de diversos voos em que o piloto e os passageiros faziam selfies com o celular na cabine. Em uma das gravações o piloto usava o flash durante a decolagem noturna. Destroços mostraram que o impacto no solo foi em alta velocidade e se deveu à desorientação espacial e à perda de controle da aeronave. O voo do acidente não foi gravado pela câmera. No entanto, como a investigação para a prevenção de acidentes se baseia também em hipóte-

FOTO: INTERNET

Selfies podem comprometer a segurança operacional

ses, esse comportamento frequente do piloto de fazer selfies foi considerado no processo investigativo como possível fator contribuinte. “É provável que o celular usado durante o voo tenha distraído o piloto e contribuído para a desorientação espacial”, supõem os especialistas do National Transportation Safety

Board (NTSB), órgão investigador de acidentes dos Estados Unidos. A desorientação espacial ocorre quando o piloto em comando entra em processo de confusão ao interpretar a reação da aeronave. Será que após essa ocorrência outros tripulantes pensarão duas vezes antes de tirar o foco da cabine e transferi-lo

para fotografias pessoais? As tecnologias trazem novas formas de interação e comportamento, mas não podem conflitar com as regras mínimas de segurança. Smartphones, tablets e laptops podem “roubar ” a atenção que deveria ser direcionada a atividades necessárias para operações seguras na aviação tanto no ar quanto no solo. Esses aparelhos tiveram papel importante em acidentes ocorridos nos Estados Unidos envolvendo administração imprópria de combustíveis, colisão com obstáculos e perda de controle. Uma regra básica para uma boa operação de aero-

naves é o foco nas tarefas críticas. Dentro da proposta da melhoria contínua nas unidades aéreas, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) alerta a pilotos militares e civis que reconheçam o potencial de distração que esses aparelhos apresentam. O uso não operacional de aparelhos eletrônicos antes e durante o voo deve ser evitado. Outra dica é respeitar o conceito de “cabine estéril” (momento em que nenhum assunto diferente do voo é tratado entre a tripulação) com o objetivo de reduzir distrações. (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos)


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SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

E-mails funcionais podem ser inspecionados pelo Comando da Aeronáutica dúvida é muito comum: o conteúdo do e-mail corporativo é de responsabilidade do usuário ou da empresa em que o funcionário trabalha? Para sanar o questionamento, foi criada a Norma de Sistema do Comando da Aeronáutica (NSCA) nº 7-13/2013, que determina que todos os computadores e informações contidas nos mesmos não estão sujeitos a qualquer regime de privacidade. Ou seja, os equipamentos da Força Aérea Brasileira e os e-mails com domínio fab.mil. br ou aer.mil.br poderão ser monitorados e inspecionados pelos Centros de Computação da Aeronáutica (CCA). Isso também significa que todo o conteúdo acessado ou enviado, através de e-mails institucionais e outros sistemas estão sujeitos a leis federais, tais como as normas do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.BR) e as regras de transparência da Lei de Acesso a Informação (LAI - Lei nº 12.527/2011).

FOTO CB FEITOSA / CECOMSAER

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Para evitar qualquer transtorno ou constrangimento futuro, o COMAER retoma algumas orientações: 1 - Toda a informação armazenada ou repassada, seja pela internet ou via intraer, será tratada e considerada pertencente à respectiva OM; 2 - É vedado utilizar os computadores do COMAER para fins particulares; 3 - É proibido utilizar, ar-

mazenar ou distribuir nas redes de comunicação informações indesejadas, tais como correntes, cartas, materiais obscenos, ofensivos, ilegais, não éticos, comercial privado, propagandas, ameaças, difamação, injúria, racismo, spam ou outro conteúdo que venha causar molestamento, tormento ou danos a terceiros; 4 - Nunca repasse informação ou documento clas-

sificado como sigiloso, sem a prévia autorização do responsável pelo setor funcional, sem a devida proteção; 5 - Fique atento. O usuário é responsável pelos arquivos e informações de cunho pessoal contidas nos computadores do COMAER; 6 - O uso da informação a que tiver acesso, bem como a sua distribuição, é de responsabilidade do usuário.

Vídeos em destaque No portal da FAB na intraer (www.portal.intraer) estão sendo publicados, semanalmente, os vídeos da FAB TV produzidos pela Agência Força Aérea para que possam ser baixados através de um diretório de transferência de arquivo (FTP). A novidade visa facilitar o acesso do conteúdo pelos elos de comunicação do Sistema de Comunicação Social da Aeronáutica (SISCOMSAE). A ideia é ampliar a divulgação dos vídeos para todo o público interno, independente do acesso à internet. O material também está disponível na página da intraer do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), no espaço destinado ao SISCOMSAE. É possível ainda fazer o download dos demais conteúdos produzidos, como as edições do Notaer, da revista Aerovisão e do Boletim Periódico do Comandante da Aeronáutica (BOLIMPE), que também estão disponíveis na mesma página.


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ESPORTES

FOTOS: CB FEITOSA / CECOMSAER

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O sargento Andersson dos Santos é um dos integrantes da equipe

Arqueiros da FAB miram medalhas nas Olimpíadas

e olho nos Jogos Mundiais Militares, na Coreia do Sul, em outubro deste ano, e principalmente nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, os atletas de Tiro com Arco da Força Aérea Brasileira treinam em ritmo acelerado. São pelo menos seis horas por dia em um estande montado no Campo dos Afonsos (RJ), tudo visando um bom resultado nessas competições. “Venho treinando bastante e o nível dos meus resultados está subindo”, comemora a Sargento Sarah Nikitin, atleta de alto rendimento incorporada à FAB em 2014. Medalha de prata na categoria dupla mista na Copa do Mundo em Medelin, na Colômbia, a atleta da seleção brasileira aponta as coreanas como principais adversárias a serem enfrentadas. “Na Coreia, o esporte é muito difundido e se pratica desde muito cedo nas escolas”, explica a sargento. Com participação nas Olimpíadas de Londres (2012), o Sargento Daniel Rezende Xavier, pentacampeão brasileiro e campeão sulamericano em 2002, aposta na força do elenco brasileiro para subir ao pódio. “A expectativa é alta, pois contamos com o melhor time da história da modalidade, considerando os resultados alcançados. A preparação para as Olimpíadas está sendo feita da melhor forma possível”, avalia o Sargento. Para o militar, os Jogos Pan-Americanos e o Mundial Militar servirão como parâmetro para o desempenho dos atle-

tas. “Elas serão competições-chave para desempenharmos um bom papel nos Jogos Olímpicos”, completa. O auxiliar-técnico da seleção brasileira de Tiro com Arco, Evandro de Azevedo França, explica que nos últimos anos a modalidade deu um salto qualitativo. Ele afirma estar confiante no talento dos arqueiros brasileiros. “De 2011 para cá houve uma melhora no nível técnico. Temos uma safra muito boa de atletas e a expectativa é brigar por medalhas nas Olimpíadas”, aposta França. História da modalidade Atividade de caça e guerra nos primórdios da civilização, o Tiro com Arco passou a ter popularidade como esporte a partir dos séculos XVI e XVII, com a prática de torneios na Inglaterra. Sua estreia nos Jogos Olímpicos foi no ano de 1900, em Paris. As mulheres começaram a participar da disputa já na edição de 1904, em Saint Louis, nos Estados Unidos, o que torna o Tiro com Arco um dos primeiros esportes a incluir provas femininas nos Jogos Olímpicos. A modalidade se manteve em 1908 (Londres) e 1920 (Antuérpia, na Bélgica), mas depois acabou sendo retira-

da. O retorno ao programa olímpico aconteceu apenas nos Jogos de 1972, em Munique, na Alemanha. Bem antes disso, em 1931, surgia a Federação Internacional de Tiro com Arco (World Archery Federation, em inglês). Existem dois tipos de arco: o recurvo, único permitido nas disputas olímpicas, formado por lâminas, punho e corda; e o mais utilizado para a caça, que é composto por um sistema capaz de alcançar maiores potências com menos esforço. O Tiro com Arco tem disputas individuais e por equipes (com três arqueiros cada). O objetivo é simples: acertar as flechas o mais perto possível do centro do alvo, que está colocado a uma distância de 70 metros e tem 1,22 metro de diâmetro. Quem tiver o melhor desempenho vence. Ao serem disparadas, as flechas podem ultrapassar a velocidade de 240 quilômetros por hora – o que exige dos arqueiros precisão nas mãos, força nos ombros, flexibilidade muscular, boa mira e, acima de tudo, tranquilidade. Equipe de Tiro com Arco da FAB se prepara para as competições mundiais com treinos diários.

Jovem aposta Uma das promessas é o Sargento Edson Kim, de apenas 19 anos, que foi incorporado como atleta de alto rendimento em 2014. Depois de uma contusão que o afastou do esporte por um ano, o atleta retornou às atividades. “O Brasil está bem forte. E não tem nada melhor do que conseguir uma medalha em casa”, diz o Sargento Kim, referindo-se às Olimpíadas do Rio de Janeiro. Descendente de orientais, ele explica que o militarismo agregou muito à sua carreira esportiva e dá as dicas sobre as principais características de um bom arqueiro. “Primeiro, o arqueiro precisa ter o domínio sobre o corpo para realizar toda a parte técnica. Segundo, domínio sobre a mente para que, no momento de pressão, possa realizar o que treinou todos os dias. E terceiro, domínio sobre as emoções para não deixar nada interferir no tiro. Quem tiver o domínio sobre esses três pontos é o arqueiro ideal”, ensina.


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ENSINO

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oportunidade de trocar experiências com unidades de ensino ligadas a Forças Armadas estrangeiras é uma realidade vivida por militares e civis da Aeronáutica. Atualmente, sete estão no exterior pelo Programa Ciência sem Fronteiras. Estão previstos mais oito militares para estudar fora até o fim do ano. O Tenente-Coronel Marcelo Monteiro, atual Subdiretor de Administração do Instituto de Estudos Avançados (IEAV), conheceu o Instituto Geográfico do Exército, em Portugal. Durante quatro meses, especializou-se em Engenharia Cartográfica e Sensoriamento Remoto pelo programa do governo

federal. “Estamos fechando parcerias entre o IEAV e o Exército Português e aplicando os conhecimentos obtidos”, ressaltou. Segundo o Adjunto da 1a Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), Tenente-Coronel Onildo Ivan de Freitas, o Ciência sem Fronteiras visa aperfeiçoar a carreira de militares e civis das Forças Armadas. “O objetivo é capacitar e qualificar profissionais em universidades e centros de pesquisa de excelência em áreas estratégicas, em especial, na ciência e tecnologia”, ressalta. O programa possibilita que pessoas estudem em outros países, como Esta-

dos Unidos, França e Reino Unido. Tanto civis quanto militares podem participar, basta o candidato seguir as regras do programa e do Plano de Ensino no Exterior do Comando da Aeronáutica (PLAMENS Exterior). Outros dois professores da Academia da Força Aérea (AFA) já concluíram a capacitação. Ambos fizeram o pós-doutorado fora do país: Paulo Eduardo Marques de Mendonça passou um ano na Austrália e Alessandro Firmiano de Jesus, na Alemanha. Alessandro, que é professor da AFA há 17 anos, retornou no final de fevereiro após realizar o curso de pós-doutorado na área de hidráulica. Na cidade de

FOTO: ARQUIVO PESSOAL

Ciência sem Fronteiras disponibiliza vagas para militares e civis da FAB

Alessandro Firmiano, professor da AFA, passou um ano na Alemanha

Colônia, ele estudou na Cologne University of Applied Sciences (FH Köln). “Com os estudos foi possível apresentar certas aplicações da matemática de uma forma muito mais prática, que oferece maior motivação para os alunos aprenderem”, comentou o professor.

Serviço: Os interessados têm até julho para encaminhar os pedidos às organizações militares às quais pertecem. As orientações podem ser obtidas junto à seção de ensino da Primeira Subchefia do EMAER pelo telefone (61) 3961-8501 ou no site www.emaer.intraer

Sistema de Gerenciamento da Capacitação (SGC).

ser realizado pelo Centro de Instrução Especializada da Aeronáutica (CIEAR), no período de 3 de agosto a 18 de dezembro de 2015. As indicações dos candidatos devem ser realizadas, exclusivamente, por meio eletrônico, junto ao portal da capacitação do DEPENS. Boa sorte!

RETOME OS ESTUDOS Pós-Graduação na UNIFA

Estão abertas até o dia 30 de junho as inscrições para o Curso de Pós-Graduação em Planejamento, Implementação e Gestão de Educação a Distância. O curso é uma parceria da Universidade da Força Aérea (UNIFA) com a Universidade Federal Fluminense (UFF) e será

ministrado a distância, com início previsto para setembro deste ano. São oferecidas 30 vagas a militares e civis da FAB. As indicações de candidatos deverão ser realizadas, exclusivamente, por meio eletrônico, junto ao portal da capacitação do Departamento de Ensino da Aeronáutica (DEPENS), no

Curso de Espanhol

Quem pretende aprender espanhol deve ficar atento. Terminam no dia 12 de junho as inscrições para o Curso de Língua Espanhola Intermediário a Distância, previsto para


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COMPORTAMENTO

Mídias sociais: o que o militar deve ou não deve postar? O NOTAER dá continuidade às orientações de postagem nas mídias sociais, conforme o BOLIMPE nº 01/2015. É preciso ficar de olho porque fotos ou vídeos de militar fardado, dependendo da situação, podem colocar em risco a própria imagem e, em consequência, da Força Aérea Brasileira. As dicas valem para todos: de soldados a oficiais. Seja prudente! Postar foto tipo “terrorista”? Não está previsto!

Militar fardado com bebida alcoólica em ambiente de trabalho? Não está previsto!

Postar foto de Praça Padrão? Está previsto!

Postar foto fardado com os pais durante a formatura? Bom exemplo!

Postar foto fardado elogiando o instrutor? Ótima iniciativa! Postar foto com armamento em ambiente de trabalho? Não está previsto!

NO

PADRÃO

ARTES: CB MACLAUDIO / CECOMSAER

J

á imaginou você, militar, andando por aí e ser chamado atenção porque não está fardado corretamente? Nada disso! Homens e mulheres, oficiais e praças devem, sempre, estar no padrão. Por isso, a partir de agora, o NOTAER traz o quadro NO PADRÃO. A cada mês, o jornal vai apresentar dicas sobre situações que causam dúvidas e, até mesmo, desconforto para alguns militares. Tudo baseado no Regulamento de Uniformes para os Militares da Aeronáutica (RUMAER) e na Instrução Complementar para Apresentação Pessoal e o Uso de Adornos e Acessórios por Parte dos Militares do Comando da Aeronáutica (ICA 35-10/2010). Por isso, fique de olho!

O uso da camiseta branca é obrigatório nos uniformes 7º A, B, C e D, conforme artigo 27 do RUMAER.

As unhas devem ser tratadas e pintadas com esmalte de cor transparente ou clara, sem desenhos ou enfeites, sendo seu comprimento máximo limitado pelo alinhamento com a ponta dos dedos. (ICA 35-10/2010 – Item 2.2.1)


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ENTRETENIMENTO Caça palavras No mês de junho, a FAB celebra o dia de três aviações: Busca e Salvamento, Transporte e Reconhecimento. Que tal a gente procurar o nome de esquadrões que pertencem a elas? 1. PELICANO/ 2. ONÇA/ 3. ARARA/ 4. CONDOR/ 5. CASCAVEL/ 6. CORAL/ 7. GORDO/ 8. GUARDIÃO/ 9. HÓRUS/ 10. CARCARÁ/ 11. TRACAJÁ/ 12. PASTOR/ 13. PIONEIRO/ 14. CARAJÁ/ 15. PÉGASO/ 16. GUARÁ/ 17. COBRA/ 18. POKER

Jogo dos seis erros

Resposta da edição de maio de 2015

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CONSTRUINDO

O FUTURO Projetos Estratégicos da FAB

FORÇA AÉREA BRASILEIRA

O KC-390 se prepara para ser a principal aeronave de transporte e reabastecimento em voo da Força Aérea Brasileira. Depois do voo inaugural realizado em fevereiro deste ano, as fases de teste nos dois protótipos estão previstas para durar até o ano que vem, quando começam as entregas. Em maio de 2014, a FAB assinou o pedido de aquisição de 28 aeronaves. Com 35,05 metros de envergadura e capacidade para transportar até 23 toneladas de carga, o KC-390 é o maior avião já desenvolvido no Brasil. O compartimento de carga terá 18,54 metros de comprimento, 3,45 metros de largura e 2,95 de altura. O espaço é suficiente para acomodar equipamentos de grandes dimensões, além de blindados, peças de artilharia, armamentos e até aeronaves semi-desmontadas.

FOTO: SGT BATISTA / CECOMSAER


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