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Agosto - 2015
OPERACIONAL
Sabres retomam navegação entre obstáculos e combate aéreo Aeronaves empregadas pelo Esquadrão Poti têm blindagem, sistemas eletro-óticos e armamento pesado s helicópteros AH-2 Sabre, do Esquadrão Poti (2°/8° GAV), de Porto Velho (RO), blindados e armados com um canhão de 23 mm capaz de disparar até 3 mil tiros por minuto, voltaram a realizar o treinamento de combate aéreo em junho. Entre 1996 e 2010, quando era equipada com helicópteros H-50 Esquilo e sediado em Recife, a unidade chegou a executar este tipo de exercício até contra jatos AT-26 Xavante. Agora, o AH-2 tem como vantagens os sistemas eletro-óticos de busca de alvos, além do fato de o canhão ter torreta móvel. “Em quase todas as aeronaves o sistema de armas é alinhado com o eixo da aeronave, enquanto com o Sabre é possível alinhar o canhão com o alvo,
Militares treinam busca e salvamento em combate
Exercício reuniu mais de 10 esquadrões e 350 militares em Campo Grande (MS)
F
oram quase 120 horas de voo para aperfeiçoar as técnicas de busca e salvamento em combate
(CSAR) da Força Aérea Brasileira. O exercício operacional realizado na Base Aérea de Campo Grande, nos meses de
sem a necessidade de manoA fase inicial dos treinabrar a aeronave”, diz o Ma- mentos envolve combates jor Rômulo Amaral, oficial de 1x1, um AH-2 contra outro. operações. Depois, é a hora dos combates O objetivo desse treina- 2x1 e, na fase avançada, commento de combate aéreo é bates contra outros tipos de atuar em cenários de aeronaves, como os Objeti vo: baixa altura, como caças A-29 Super garantir na proteção de Tucano. uma força tareo princípio As tripulafa em missão ções treinam as da surpresa CSAR (leia mais manobras cláse diminuir a na reportagem sicas de combadetecção abaixo). Se a te aéreo com o radar blindagem e o arobjetivo de sair da mamento composto linha de tiro de outra por canhão, mísseis e fogueaeronave e colocar o alvo tes já capacitava os 12 AH-2 da ao alcance do armamento FAB a defender outras aerona- do AH-2. ves de ameaças vindas de solo, Características - As manoagora, a proteção também vai bras específicas do combate incluir eventuais interceptado- aéreo com helicópteros são res. “A aeronave permite esse inspiradas nos manuais da tipo de voo e possui um arma- Aviação de Caça, porém, com mento capaz”, explica o major. características específicas para
Baixe esta e outras fotos de aeronaves da FAB no flickr.com/portalfab
FOTO: SGT BATISTA / CECOMSAER
FOTOS: SGT GUTO / 2º/8º GAV
O
junho e julho, reuniu diversos esquadrões de todo Brasil. Um dos principais objetivos foi padronizar a doutrina
para que todas as unidades envolvidas possam atuar juntas. “São nessas atividades conjuntas que eliminamos as possíveis diferenças, além de aperfeiçoar as técnicas empregadas”, explicou o coordenador geral do exercício, Coronel Eduardo Rodrigues da Silva. Para resgatar um militar em território inimigo, uma força tarefa é montada com aeronaves de escolta, resgate, reconhecimento e equipes de operações especiais. Na simulação, eles enfrentaram desafios como ameaças inimigas vindas tanto do ar quanto do solo. O CSAR envolve voo de formatura, escolta, infiltração, exfiltração aérea e guiamento aéreo avançado. “As técnicas são verificadas e avaliadas. A partir disso, é possível medir a eficiência de nossos equi-
os helicópteros. A principal diferença é a velocidade: helicópteros não passam dos 300 km/h, ao contrário dos caças, que podem alcançar os 2 mil km/h. Por outro lado, um helicóptero é capaz de reduzir, rapidamente, a velocidade, o raio de curva e manobrar próximo ao solo. Navegação entre obstáculos - Em julho, o Poti retomou a navegação NOE (Nap of the Earth). A técnica consiste em voar na mais baixa altura possível, contornando obstáculos do terreno, como árvores, morros e torres. O objetivo é garantir o princípio da surpresa e diminuir a possibilidade de detecção por radares inimigos, ou mesmo de localização visual. Essa furtividade aumenta a possibilidade de sucesso em uma missão sobre território hostil. pamentos e tripulações”, afirmou o Chefe de Doutrina da Segunda Força Aérea (II FAE), Capitão João Carlos Perpétua Barbosa. O exercício também permite alterar e/ou atualizar a doutrina de acordo com as situações vivenciadas na execução das missões, além de sintonizar com o que está acontecendo no cenário mundial. Quem foi: os helicópteros AH-2 Sabre, H-60 Black Hawk, H-36 Caracal, H-34 Super Puma e H-1H, além de caças A-29 Super Tucano, aeronaves SC-105 Amazonas e E-99. Também fizeram parte os Grupos de Defesa Antiaérea (GDAAE), o Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1° GCC) e o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS).