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Dezembro - 2011
OPERAÇÕES MILITARES
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ombater o tráfico de drogas, de armas e de pessoas, além dos ilícitos ambientais e fiscais, como o contrabando e o descaminho na fronteira do Brasil com o Peru e a Bolívia. Essa foi a tônica da terceira edição da Operação Ágata, uma ação conjunta entre Marinha, Exército e Aeronáutica, órgãos federais e estaduais que mobilizou, nos meses de novembro e início de dezembro, mais de 50 aeronaves e cerca de 3,5 mil militares da Força Aérea Brasileira (FAB). Helicópteros, aeronaves de caça, aviões de transporte e de reconhecimento da FAB de vários esquadrões do país foram acionados para participar da operação. A frota de asas rotativas e fixas compuseram a Força Aérea 107 (FAC 107), responsável pelo emprego dos meios aéreos na Ágata 3.
A operação ocorreu dentro de uma faixa de atuação que englobou desde Bahia Negra, no Mato Grosso do Sul, até Tabatinga, no Amazonas. Na Ágata 3, estavam previstos o patrulhamento naval na calha dos rios, bloqueio e controle de estradas, fiscalização de aeroportos e aeródromos, interdição de pistas de pouso clandestinas e interceptação de aeronaves suspeitas. Sob a coordenação do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, a Operação Ágata 3 também incluiu ações cívico-sociais que levaram assistência médica e odontológica à população carente. A Ágata 3 faz parte do Plano Estratégico de Fronteiras do Governo Federal. A primeira operação do tipo ocorreu em agosto, na Região Amazônica. A segunda foi realizada na fronteira Sul, em setembro. Desta vez,
SGT Batista / CECOMSAER
ÁGATA 3 - Missão real emprega mais de 50 aeronaves no combate de ilícitos na fronteira com a Bolívia e Peru
A Operação Ágata 3 acontece na região de fronteira do Brasil com o Peru e a Bolívia
o comando da Operação Conjunta ficou baseado em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Também participaram das operações a Receita Federal, o IBAMA,
SGT SIMO / CECOMSAER
SACI - Em treinamento no Rio de Janeiro, aviões da Força Aérea lançam paraquedistas e cargas
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erca de 1,6 mil militares da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Exército realizaram (16 a 18/11)
a Operação Saci, um treinamento conjunto que simula situações de guerra. A operação foi sediada na Base Aérea dos Afonsos (BAAF), no Rio de Janeiro (RJ). Oito aviões C-130 Hércules e dois C-105 Amazonas efetuaram lançamento de paraquedistas e cargas. “É um emprego em massa para que possamos atuar em conjunto em caso de necessidade real”, explicou o comandante da Quinta Força Aérea, Brigadeiro do Ar Cesar Estevam Barbosa. A Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército participou do exercício com 1500 militares. A FAB envolveu no treinamento os Esquadrões Gordo (1º/1º GT), Coral e Cascavel (1º GTT), Arara (1º/9º GAV) e Onça (1º/15º GAV).
Durante os três dias da operação houve a realização de vários treinamentos. Em Itaguaí, por exemplo, foram lançados 4.250 kg de carga, incluindo água, ração operacional e duas motocicletas. Em outro exercício, em um único dia, 10 aeronaves da Força Aérea Brasileira foram empregadas no lançamento de 1324 paraquedista do Exército. No último dia da operação, Adam, um cão de oito anos, da raça Rottweiler (foto ao lado), integrante do 36º Pelotão de Polícia do Exército, saltou acompanhado por militares na Zona de Lançamento de Itaguaí. Há mais de 10 anos, a Força Aérea e o Exército não realizavam uma missão desse tipo envolvendo lançamento de animais.
a ANAC os Departamentos de Polícia Federal e de Polícia Rodoviária Federal, bem como a Secretaria Nacional de Segurança Pública e a Força Nacional de Segurança Pública.
HARES - Conflito simulado mobiliza mais de 600 militares no Nordeste
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região Nordeste do país foi palco, no final de novembro, do Exercício Hares, que simulou uma situação de disputa de fronteira entre dois países fictícios. O conflito abrangeu o Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. O exercício treinou mais de 600 militares. Foi também um momento importante para quase 150 militares aviadores, infantes e intendentes da turma Hares, formada na Academia da Força Aérea (AFA), que aprimoraram o estágio de especialização. Aeronaves das aviações de caça, patrulha, reconhecimento, transporte e asas rotativas foram empregadas no exercício que previa missões de infiltração, resgate, patrulha marítima, ataque, reconhecimento, lançamento de paraquedistas e ressuprimento.