Notaer - Edição de Dezembro

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www.fab.mil.br

Ano XXXIV

Nº 12

Dezembro, 2011

ISSN 1518-8558

Operações e exercícios mostram a versatilidade da Força Aérea Brasileira na defesa do país

Fotos: SGT Johnson / CECOMSAER

SGT Rezende / CECOMSAER

A FAB demonstrou em exercícios e operações o preparo dos militares para o emprego na defesa do país. A Operação Saci e o Exercício Operacional Mandrake reuniram a Brigada Paraquedista e a Aviação de Transporte na Base Aérea dos Afonsos, no Rio de Janeiro. A fronteira do Brasil com o Peru e a Bolívia foi o local escolhido para a atuação das Forças Armadas e de órgãos federais e estaduais no combate ao tráfico de drogas, armas e contrabando na Operação Ágata 3. Os treinamentos Manesar, Cascoral e Guasca simularam a busca e resgate de aeronaves e embarcações em Santa Catarina. (Pág 8 a 10)

ANIVERSÁRIO - O Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV), Esquadrão Pelicano, completa 54 anos de existência, uma história de missões de buscas e resgates. (Pág 13)

SOCIAL Mais vagas no Projeto Soldado Cidadão

GESTÃO Projeto da Intendência é reconhecido por inovação

11 DE DEZEMBRO Os 70 anos de criação da Infantaria da Aeronáutica

Os Ministérios da Defesa e da Educação assinam acordo para a abertura de 35 mil novas vagas no projeto em 2012. No mesmo dia, a Base Aérea do Galeão conquistou o Prêmio de Melhor Gestão. (Pág 5)

Sistema automatizado de distribuição de fardamento ganha prêmio da Associação Brasileira de Automação e se posiciona ao lado de projetos inovadores de empresas como Avon, Walmart e Carrefour. (Pág 11)

O Chefe da Subchefia de Segurança e Defesa do COMGAR, Brigadeiro Rodolfo Freire de Rezende, conta os principais desafios da Infantaria para o futuro. Saiba mais sobre a atuação do quadro na FAB. (Pág 12)

FAB realiza curso de comunicação social em Salvador. (Pág 4) Veja como foi o teste de motor do Veículo Lançador de Satélite. (Pág 6) Conheça o avião que transportou sete presidentes do Brasil. (Pág 16)


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Expediente

PROMOÇÃO DE OFICIAL GENERAL Brigadeiro Médico Fernando José Teixeira de Carvalho O Brigadeiro Médico Fernando José Teixeira de Carvalho é natural do Rio de Janeiro (RJ). É praça de 8 de março de 1982, tendo sido declarado Primeiro Tenente Médico em 6 de dezembro de 1982. Principais cargos: Médico de Esquadrão do 1º Grupo de Defesa Aérea (GDA), do 1º/13º GAV; Médico do Esquadrão de Saúde da Base Aérea de Santa Cruz, Médico do Serviço Regional de Saúde da Aeronáutica (SERSA III); Assistente de Clínica de Cardiologia, responsável pelos setores de Ergometria, de Pacientes Internados, Preceptor da Residência Médica em Cardiologia e Chefe da Clínica de Cardiologia, da da Seção de Juntas de Saúde, da Subdivisão de Clínicas Médicas e da Divisão Médica do Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG); Diretor do Hospital de Aeronáutica de Manaus; Coordenador

Geral de Saúde da missão do Hospital de Campanha (HCAMP) no Haiti (3º Contingente, março de 2010); Vice-Diretor do Hospital de Força Aérea do Galeão; Diretor do Hospital de Força Aérea de Brasília. Formação: Medicina pela Faculdade Nacional de Medicina (UFRJ); Especialização em Cardiologia pelo Instituto de Pós Graduação Médica do Estado do Rio de Janeiro; Cursos de extensão: Ecocardiografia uni e bidimensional com Doppler pelo ECOR; Ecodoppler de Carótidas e Vertebrais pelo ECOR; Ergometria pela UERJ; MAPA pelo PRONAM (1997); Arritmias Cardíacas pelo CardioRitmo; ECG pela Universidade Souza Marques; possui todos os cursos militares de carreira; Curso de Investigação de Acidente Aeronáutico - Fator Humano, pelo CENIPA. Condecorações: Medalha Militar

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA Mesmo com a elevada segurança empregada, atualmente, pelas mais diversas operadoras de telefonia celular, como a GSM, é possível a clonagem de um chip com equipamentos específicos. Quando menos espera, o usuário percebe que a conta do celular apresentou um valor astronômico, com ligações para diversos Estados e mesmo para outros países. Alguns sintomas denunciam a ação dos criminosos, tais como: o usuário passa a ter dificuldades em completar ligações; amigos ligam para seu número e quem atende é pessoa desconhecida, dizendo que houve um engano; o valor da conta do celular é incompatível com o uso; o usuário recebe várias chamadas de cidades distantes, de pessoas desconhecidas. Se você notar algumas dessas ocorrências entre em contato a sua operadora e comunique suas suspeitas. Adicionalmente, não empreste seu telefone celular para pessoas desconhecidas; somente leve seu celular para conserto em lojas autorizadas; se alguém ligar para você, intitulando-se representante de sua operadora e pedindo para apertar algumas teclas de seu aparelho, desligue, pois pode ser uma tentativa de clonar sua linha ou de instalar softwares maliciosos. Para se evitar o “sequestro por celular”, algumas ações são recomendadas:

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno Chefe da Divisão de Apoio à Comunicação: Coronel Aviador João Tadeu Fiorentini Chefe da Divisão de Comunicação Integrada: Coronel Aviador Henry Wilson Munhoz Wender Chefe da Subdivisão de Produção e Divulgação: Tenente Coronel Aviador Alexandre Emílio Spengler Chefe da Agência Força Aérea: Major Aviador Alexandre Daniel Pinheiro da Silva Chefe da Seção de Divulgação: Major Aviador Rodrigo José Fontes de Almeida

de Prata; Medalha Mérito Santos Dumont; Ordem do Mérito Aeronáutico (Grau Oficial).

Prevenção a crimes e escutas telefônicas

não é aconselhável manter, de maneira facilmente identificável, telefones e nomes de familiares, bem como fotos, na agenda telefônica do celular, pois seria uma fonte interessante para criminosos especializados em sequestros; jamais forneça dados particulares, como números de RG ou CPF, conta de banco, senhas, etc., pelo telefone; não caia na conversa dos criminosos que ordenam depósitos imediatos; dirija-se, o quanto antes, à delegacia mais próxima e registre ocorrência; o identificador de chamadas é um ótimo sistema para identificação de golpistas, trotes, ameaças etc; não incentive o uso de telefone celular por crianças; lembre-se que falar com um estranho pelo celular, você pode correr o mesmo perigo de quem gosta de esticar a conversa com desconhecidos na rua. A prática da escuta clandestina existe desde que o homem desenvolveu a capacidade de comunicar-se. Atualmente, com o avanço da eletrônica e da informática, ela pode ser realizada não só por um ouvido indiscreto como também pela utilização de dispositivos mais sofisticados e engenhosos do que os apresentados pelos criadores dos filmes de agentes secretos. Neste contexto, os SMART PHONES são alvos fáceis para a interceptação e o roubo de informações

O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao público interno.

pelo grande volume de dados que armazenam e trafegam e, também, pela conexão constante com a Internet. Existe, no geral, uma despreocupação com a segurança das comunicações. Segurança essa aqui referida como a proteção dos assuntos sigilosos contra possíveis ações violadoras ou de sabotagem. Da mesma forma, arquivos, bancos de dados, processos e documentos encontram-se sujeitos a riscos. Deve-se ter em mente que temas que tratam do interesse da administração e da aplicação do poder militar devem ser preservados. É difícil calcular quantas organizações militares, indústrias e indivíduos são vítimas de escuta clandestina, posto que as evidências de vigilância ilegal são frequentemente suprimidas, para evitar publicidade ou, em alguns casos, evitar que o meliante seja alertado. Escuta clandestina e monitoramento ilegal podem afetar muitos aspectos da segurança e o sucesso das operações, principalmente em se tratando de atividades relativas ao campo da ciência e tecnologia, do planejamento militar, da definição de estratégias de emprego, da avaliação da capacidade de emprego e pronta-resposta e aquelas ligadas à informação financeira. Lembre-se: o preço da liberdade é a eterna vigilância. (Centro de Inteligência da Aeronáutica).

Jornalista Responsável: Tenente Alessandro Silva (MTB 027.008 - SP) Repórteres (JOR): Tenente César Guerrero, Tenente Alessandro Silva, Tenente Marcia Silva, Tenente Flávio Nishimori, Tenente Carla Dieppe, Tenente Jussara Peccini e Tenente Talita Vieira Lopes Colaboradores: CIAER e SISCOMSAE (textos enviados ao CECOMSAER, via Sistema Kataná, por diversas unidades) Tiragem: 30.000 exemplares Diagramação, Arte e Infográficos: Tenente Alessandro Silva, Tenente Flávio Nishimori , Suboficial Cláudio Bonfim Ramos, Sargento Rafael da Costa Lopes e Cabo Lucas Maurício Alves Zigunow Revisão: Tenente Talita Vieira Lopes e Suboficial Cláudio Bonfim Ramos Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte. Comentários e sugestões de pauta sobre aviação militar devem ser enviados para: redacao@fab.mil.br Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” - 7º andar CEP - 70045-900 Brasília - DF

Impressão e acabamento: Aquarius Gráfica e Editora


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PALAVRAS DO COMANDANTE

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Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito Comandante da Aeronáutica

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inevitável olhar para trás no final do ano, fazer um balanço dos pontos positivos e dos aprendizados adquiridos ao longo dos últimos 12 meses. Ainda mais em um ano repleto de comemorações de datas importantes, como os 70 anos da Força Aérea Brasileira e dos 80 anos do Correio Aéreo Nacional. Também é o momento adequado para refletir sobre o futuro e agradecer a todos que nos ajudaram a trilhar os caminhos percorridos. Certamente, as conquistas deste ano não foram obras do acaso, mas resultado direto da dedicação, do empenho e do suor de todos os que fazem parte da família Aeronáutica. No ano em que a instituição completou sete décadas de serviços prestados ao país, os homens e mulheres da FAB ajudaram a salvar vidas na região Serrana do Rio de Janeiro e em diversos cantos do Brasil, vigiaram as fronteiras, atacaram pistas clandestinas, transportaram ajuda e a presença do Estado para os rincões mais distantes e isolados, combateram incêndios, trabalharam no desenvolvimento de tecnologias aeroespaciais de ponta e contribuíram para o crescimento do controle de tráfego aéreo brasileiro, entre outras ações. Foi um ano intenso, a exemplo dos outros sessenta e nove anos vividos anteriormente. Em 2011, as operações da Força

Aérea entraram de vez noite a dentro, apoiados pela tecnologia de visão noturna e por novas plataformas (aviões e helicópteros), pela primeira vez uma aeronave remotamente pilotada (VANT) foi empregada em operações militares da FAB e a costa brasileira conta agora com um grande e moderno reforço: a aeronave P-3AM que chegou para fiscalizar as riquezas do país, principalmente as reservas do Pré-Sal. Os frutos dos investimentos planejados no passado já alteram positivamente o emprego da FAB e a vida da instituição. Apenas com os exemplos mencionados, um breve resumo do que aconteceu no ano, é possível comemorar as vitórias alcançadas e o progresso observado. Muito já foi feito, mas muito ainda precisa ser realizado. Definitivamente, estamos no rumo certo das ações que conduzirão a FAB para o futuro, para muitos outros “70 anos”. E nesse cenário, a união de homens e mulheres, civis e militares, tem sido decisiva. Ao agradecer a coesão, o empenho e a confiança de cada componente da nossa família Aeronáutica, formulo votos de que 2012 traga muito sucesso, paz e prosperidade. Que o verdadeiro espírito de Natal esteja presente em todos os lares e que Deus abençoe a todos. Tenham um feliz Natal e um próspero Ano Novo.


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COMUNICAÇÃO SOCIAL

PREPARAÇÃO – Em Salvador, Força Aérea realiza curso para capacitar profissionais de comunicação

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ransparência no trato com a informação pública. Este é o mote do Curso de Comunicação Social da Aeronáutica (CCS-Brasil), realizado de 20 a 25 de novembro, no Centro Militar de Convenções e Hospedagem da Aeronáutica (CEMCOHA), em Salvador (BA). O evento reuniu 119 alunos, entre oficiais e graduados da Força Aérea Brasileira (FAB), Marinha, Exército, Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e ainda funcionários civis do Ministério da Defesa, Secretaria de Aviação Civil, Infraero e Embraer. Oficinas de gerenciamento de crise, aulas de produção de notícia, palestras sobre jornalismo, relações públicas e publicidade/propaganda fizeram parte da rotina dos participantes. “Achei muito interessante a infraestrutura oferecida aos alunos”, diz o Capitão Aviador Ricardo Zuccarelli, que é oficial de Comunicação Social do 1º Esquadrão do 5º Grupo de Aviação (1o/15o GAV), sediado na Base Aérea de Fortaleza (BAFZ). O CEMCOHA, inaugurado este

ano, disponibilizou um amplo auditório central, onde a maioria das aulas foram ministradas e mais quatro mini-auditórios para as dinâmicas e exercícios de grupos. O CCS-Brasil é um curso de extensão, organizado pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), a fim de capacitar militares e civis para atuarem como elos do Sistema de Comunicação Social da Aeronáutica (SISCOMSAE). Algumas instituições externas ao Comando da Aeronáutica também matricularam profissionais no curso como forma de intercâmbio. “É uma oportunidade muito boa para trocar experiências e reciclar nossos conhecimentos”, avalia a Capitão do Exército Sylvia Martins, que tem 10 anos de atuação na área de Relações Públicas do Centro de Comunicação Social do Exército, (CCOMSEX). A FAB realiza o curso de comunicação social há 18 anos, mas pela primeira vez, o curso foi realizado de forma conjunta, com a participação de oficiais e graduados. “Nós enxerga-

SGT Albertin / BASV

Militares de diversas regiões do país foram preparados para atuar no Sistema de Comunicação Social da Aeronáutica (SISCOMSAE); além de aulas, oficiais e graduados participaram de oficinas e dinâmicas

O jornalista José Raimundo falou sobre a importância da transparência no trato com os veículos de comunicação; realizou entrevistas simuladas com os alunos sobre temas da Aeronáutica, que no momento, são de interesse da imprensa

mos que o trabalho de Comunicação Social ocorre de forma horizontal, por isso achamos mais didático que o curso tenha a participação de todos

CARTA AO LEITOR - Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno

acontece em proveito das trocas de informação com seus integrantes, enquanto a comunicação operacional caracteriza-se pelo emprego em operações ou campanhas militares. Essas três vertentes possuem em comum o legado da influência da opinião pública sobre as atividades e decisões que permeiam o COMAER.

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Novidades no ar A atividade de comunicação social no âmbito do Comando da Aeronáutica (COMAER) acontece sob três demandas interdependentes: a institucional, a interna e a operacional. A comunicação institucional é aquela utilizada para a construção da imagem da instituição, para o diálogo com públicos de interesse. A interna

que atuam na área, sem distinção entre oficiais e graduados”, revela o Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, Chefe do CECOMSAER.

Para atuar nesse cenário, a instituição possui o Sistema de Comunicação Social da Aeronáutica (SISCOMSAE), uma estrutura que será aperfeiçoada em 2012. O SISCOMSAE congrega as habilidades de relações públicas, publicidade e propaganda e jornalismo, além de gerenciar o emprego em caso de

conflitos reais. Acompanhe essas mudanças pelo site www.cecomsaer.intraer e saiba quais serão as novidades que estarão por vir. Todos fazemos parte da comunicação da instituição, mas alguns têm a missão de conduzir esse processo para o benefício de todas as unidades.


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CAPACITAÇÃO

Defesa e Educação ampliam Projeto Soldado Cidadão Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, foi premiada pela formação de 100 soldados em cursos técnicos como eletricidade, padaria e alvenaria; Prêmio de Melhor Gestão é entregue anualmente pelo Ministério da Defesa Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, ganhou o Prêmio Melhor Gestão do Projeto Soldado Cidadão, oferecido pelo Ministério da Defesa a unidades das três Forças Armadas que mais se destacaram ao longo do ano. A premiação aconteceu em Brasília, no teatro Poupex. O Projeto Soldado Cidadão tem por finalidade fornecer uma qualificação profissional aos militares das Forças Armadas, permitindo aos que serão licenciados, por término do tempo de serviço militar, enfrentar o mercado de trabalho em melhores condições. Por meio de convênio com a empresa de consultoria Gastroconsult e com o Centro Nacional de Estudos e Projetos (CNEP), a Base Aérea do Galeão formou 100 soldados em cursos técnicos na área de cozinha, padaria, refrigeração, eletricidade, hidráulica e alvenaria. “Firmamos parceria com empresas privadas para o fornecimento de material, como a Cimento Mauá, Lorenzetti e Grupo Tigre”, explicou o comandante da unidade, Coronel Aviador José Madureira Júnior. “O nosso objetivo foi promover uma integração entre as empresas e os militares para, quem sabe, futuras contratações”, disse. Além da Base Aérea do Galeão, o 7º Distrito Naval, da Marinha, e o 16º Batalhão Logístico, do Exército Brasileiro, também foram premiados. Novidade - O Projeto Soldado Cidadão será ampliado. O acordo de cooperação assinado entre o Ministério da Defesa e o da Educação prevê a abertura de 35 mil novas vagas de qualificação no ano que vem, número quase nove vezes superior ao de novas oportunidades oferecidas neste ano. Os recursos virão do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do Ministério da Educação. De acordo com o Ministro

Fotos: CB Silva Lopes / CECOMSAER

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O projeto, desenvolvido pelo Ministério da Defesa, é uma oportunidade de qualificação para os jovens que prestam o serviço militar

da Educação, Fernando Haddad, a parceria com o Pronatec vai se estender aos Ministérios do Trabalho, Desenvolvimento Social e Turismo. “Nós temos uma missão dada pela Presidente Dilma quando criou o Pronatec, a de qualificar, tecnicamente, oito milhões de brasileiros até 2014”, afirmou. O Ministro da Defesa, Celso Amorim, lembrou que as escolas das Forças Armadas são modelos de educação para as outras instituições do país e que o Projeto Soldado Cidadão é uma oportunidade de qualificação para os jovens que passam pelo serviço militar obrigatório que não deve ser desperdiçada. Serviço - Os interessados em participar do Projeto Soldado Cidadão devem procurar as seções responsáveis da sua unidade no período de inscrição dos cursos.


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TECNOLOGIA

FOGUETE – Motor de Veículo Lançador de Satélites é testado com sucesso em São José dos Campos (SP) O ensaio forneceu 75 parâmetros físicos que serão analisados pelos cientistas do Programa Espacial Brasileiro

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testes do laboratório da Usina Coronel Abner, rugiu como um trovão, surpreendendo até mesmo quem estava a um quilômetro de distância dali. Em pouco mais de um minuto, as sete toneladas de combustível sólido viraram uma coluna de fumaça, numa demonstração da força necessária para colocar um satélite na órbita terrestre. O ensaio aconteceu no mês passado. O teste forneceu 75 parâmetros físicos que serão analisados pelos cientistas do Programa Espacial Brasileiro. As imagens, a vibração do conjunto,

a velocidade da combustão, tudo passará por estudos minuciosos, para garantir o sucesso do projeto. “Vamos estudar estes parâmetros para que tudo possa dar certo nas próximas etapas. Os primeiro resultados que temos foram satisfatórios” disse o Brigadeiro Engenheiro Francisco Carlos Melo Pantoja, Diretor do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). A próxima etapa será o lançamento do primeiro e segundo estágios,

que deve ser realizada no Centro de Lançamento de Alcântara, até 2013. “O teste foi um sucesso e significa uma plena retomada no nosso programa espacial” disse o ministro Celso Amorim. “O Brasil é um país grande, que está presente em todos os foros internacionais, não pode deixar de ter também esse avanço”, afirmou. O ministro visitou as instalações do IAE e, acompanhado pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro Juniti Saito, conheceu o foguete de sondagem VSB-30.

SGT Simo / CECOMSAER

Ten Guerrero / CECOMSAER

o alto de uma pedreira, em São José dos Campos (SP), centenas de pessoas, entre militares, cientistas, jornalistas e o Ministro da Defesa, Celso Amorim, testemunharam o mais recente passo no desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro. O motor S43, estágio secundário do Veiculo Lançador de Satélites (VLS), foi acionado para um ensaio, a última etapa antes do lançamento do primeiro e segundo estágio, prevista para acontecer até o início de 2013. O foguete, preso na bancada de

Em pouco mais de um minuto foram consumidas sete toneladas de combustível sólido

Próxima fase dos testes será realizada até o ínicio de 2013


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ESPAÇO

ESPECIAL - Campanhas marcam os 40 anos da parceria Brasil-Alemanha de cooperação espacial meios de lançamento e rastreio brasileiros, além do desenvolvimento de cargas úteis de interesse da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), braço de pesquisa e desenvolvimento científico de foguetes da Força Aérea Brasileira. Em comemoração aos 40 anos da cooperação, o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), realizou (16/11 a 9/12) a Operação Brasil-Alemanha, com o lançamento de foguetes ORION e o VS-30 V08 – com carga útil científica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O evento também serviu para desenvolver uma série de experimentos adicionais. Um deles era apoiar o projeto de pesquisa “Estudos da Ionosfera e Alta Atmosfera com Experimentos Embarcados a Bordo de Foguetes e Satélites” do INPE, permitindo que organizações de ensino, pesquisas e desenvolvimento realizem experimentos científicos e tecnológicos por meio de voo suborbitais. Além disso, a operação visava

dar suporte para o desenvolvimento de um sistema GPS para uso espacial realizado em cooperação entre a UFRN e o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE). A operação serviu ainda para avaliar o foguete ORION, para treinamento dos profissionais do CLBI e para o treinamento com emprego da estação Móvel de Telemedidas e do Lançador Móvel, ambos recentemente recebidos da Alemanha. Efetivo – Mais de 100 profissionais do CLBI, entre civis e militares, participaram da Operação Brasil-Alemanha, além de equipes do DCTA, do Centro Espacial da Alemanha, do INPE, da Agência Espacial Brasileira e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A distância, fora do CLBI, apoiando o lançamento do VS-30, houve a participação de equipes do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e do INPE, para o monitoramento do foguete e de experimentos. Tripulações e aeronaves de transporte da Força Aérea e embarcações da Marinha participaram da segurança da operação.

FOTOS: DCTA

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parceria Brasil-Alemanha na área espacial completa 40 anos. O resultado recente mais visível desse acordo é a utilização de foguetes brasileiros (VS-30, VSB-30 E VS-40) como vetores dos principais experimentos suborbitais realizados na Europa (TEXUS, MASE, SHEFEX e ICI) e mesmo na Austrália (HiFire), permitindo a entrada de divisas e divulgando a capacitação tecnológica brasileira. Em 19 de novembro de 1971, o então Centro Técnico da Aeronáutica (CTA) e o então Instituto Alemão de Pesquisa e Testes em Navegação aérea e Espacial (DFVLR) assinaram acordo em Bonn, na Alemanha. Naquela ocasião, o Brasil dava seus primeiros passos no desenvolvimento de foguetes de sondagem e já tinha um Centro de Lançamento, no Rio Grande do Norte, e a Alemanha precisava do acesso ao espaço para a realização de pesquisa científica. Por meio do acordo, o Brasil recebeu uma Estação de Telemedidas Móvel (doação) e um Lançador Móvel (permuta por transporte de foguetes para a Europa), ambos produzidos pela Alemanha e incorporados aos

SAIBA MAIS SOBRE OS FOGUETES ORION - É um veículo mono-estágio, não-guiado, estabilizado por empenas, que utiliza um motor carregado com propelente sólido. Para o voo realizado no CLBI, teve aproximadamente 5,7 m de comprimento (dos quais 3,0 m de carga útil) e 500 kg de peso. Foi equipado com três empenas, garras (dianteira e traseira) retráteis e um ignitor com dispositivo de segurança mecânica. Na Operação Brasil-Alemanha, o veículo e a carga útil foram de responsabilidade do DLR, com a equipe brasileira fazendo a integração, os testes, o lançamento e o rastreio.

VS-30 - É um veículo mono-estágio que utiliza propelente sólido, tendo, neste voo, 7,1 m de comprimento (dos quais 3,1 m de carga útil). Levou um experimento científico do INPE e outro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, desenvolvido em parceria com o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).


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OPERACIONAL

TRANSPORTE – Exercício de lançamento de paraquedistas reúne seis esquadrões no Rio de Janeiro Seis Esquadrões de Transporte Aéreo (ETA) da Força Aérea Brasileira participaram no Rio de Janeiro, pela primeira vez, de uma operação conjunta para o lançamento de paraquedistas; Aeronaves Bandeirante foram empregadas

Fotos: CB Silva Lopes / CECOMSAER

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luz verde sinaliza que é hora de saltar. Para que os paraquedistas chegassem até ali, as aeronaves de transporte da Força Aérea Brasileira (FAB) voaram baixo, usaram o relevo para escapar de ameaças e, se fosse real, teriam proteção da Aviação de Caça. O lançamento é real, mas a situação é simulada, cenário do treinamento que reuniu pela primeira vez seis dos sete Esquadrões de Transporte Aéreo (ETA), no Rio de Janeiro, durante a Operação Mandrake (30/10 a 3/11). Aeronaves C-95 Bandeirante foram empregadas para o lançamento de militares do 25º Batalhão de Infantaria Paraquedista do Exército. A Base Aérea dos Afonsos (BAAF), na zona oeste do Rio de Janeiro, sediou o exercício. "O Bandeirante executa todas as missões da Aviação de Transporte, desde a infiltração aeroterrestre até o assalto com pouso curto, com infiltração e exfiltração da tropa no terreno", diz o Comandante da Quinta Força Aérea (V FAE), Brigadeiro do Ar César Estevam Barbosa, responsável pela Aviação de Transporte da FAB. Os Esquadrões de Transporte Aéreo (ETA) sao ligados aos Comandos Aéreos Regionais (COMAR) e, de acordo com a área do país em que atuam, as atividades são distintas, variando do transporte aéreo ao lançamento de cargas para comunidades indígenas e unidades do Exército isoladas, como é caso da Amazônia. Os pilotos do Exercício Operacional Mandrake aproveitam a reunião das aeronaves C-95 Bandeirante para treinamento de missões de liderança e para a formação de líderes – voo de formatura com três ou mais aeronaves de transporte.

Tipos de salto Salto enganchado ou semi-automático: realizado entre 800 e 1000 pés, (em torno de 300m). Neste salto, o paraquedista salta na direção contrária a da aeronave. O movimento leva a abertura do paraquedas. Salto livre: realizado acima de 3000 pés (aproximadamente 915m). Exige precisão maior do paraquedista, já que ele aciona o paraquedas no momento combinado. O assalto aeroterrestre: é considerado o ponto alto do treinamento dos militares. Ocorre quando três ou mais aeronaves lançam os paraquedistas ao mesmo momento. Os militares executam o salto livre. Normalmente, é realizado na luminosidade baixa do nascer do dia. O objetivo é surpreender a área inimiga lançando uma quantidade grande de paraquedistas.

O exercício também treinou os pilotos para missões de liderança e voo de formatura com três ou mais aeronaves de transporte


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TREINAMENTO – Aviações simulam situações de busca e resgate na região Sul do país Helicópteros H-60L BlackHawk e aviões C-130 Hércules participam de treinamentos na Base Aérea de Florianópolis, em Santa Catarina; Treinamento representou ganho operacional e de conhecimento, segundo a V FAE ordenação com o Subcentro de Busca e Salvamento (RCC-FL) do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), de Curitiba, o 5º/8º GAV treinou o resgate de sobreviventes na água. Os aviões C-130 realizaram padrão de busca para encontrar alvos simulados no mar e em terra, como se estivessem de fato trabalhando em uma operação, a exemplo do que aconteceu em 2009 quando do acidente com o voo 447 (AirFrance). Localizado o ponto, as tripulações fizeram lançamento real de bote e de fardo com ajuda para os sobreviventes do acidente simulado. Para o Esquadrão Pantera (5º/8º GAV), foi a primeira manobra do tipo com os novos H-60L BlackHawk. As tripulações treinaram resgate de vítimas na água, por meio do método de içamento inglês “KAPOFF”.

Aeronaves C-130 realizaram padrão de busca para encontrar alvos no mar e em terra

FOTOS: 5º/8º GAV

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relógio dispara quando ocorre um acidente aeronáutico. Em terra ou no mar, cada minuto é fundamental para a missão de busca e salvamento. Nesse cenário, uma complexa operação aérea é montada pela Força Aérea Brasileira (FAB) para localizar e resgatar, no menor tempo possível, os sobreviventes. Esse foi o contexto de três treinamentos realizados no Sul, a partir da Base Aérea de Florianópolis, que sediou a manobra “Manesar”, do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT), a “Cascoral”, do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) e a “Guasca”, do Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (5º/8º GAv), entre o fim de outubro e início de novembro. Enquanto o 1º/1º GT e o 1º GTT simularam a busca em terra e mar com aviões C-130 Hércules, em co-

Helicópteros fizeram manobras de resgate de vitímas na água

CB Silva Lopes / CECOMSAER

Exercício foi oportunidade de integração e troca de experiências

Brigadeiro do Ar César Estevam Barbosa, Comandante da V FAE: “Quando reunimos todos os esquadrões o ganho operacional e de conhecimento é muito grande.”

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egundo o Comandante da Quinta Força Aérea (V FAE), Brigadeiro do Ar César Estevam Barbosa, o Exercício Operacional Mandrake foi uma oportunidade única para que os Esquadrões de Transporte Aéreo (ETA) atuassem juntos e trocassem experiências profissionais. Leia a seguir entrevista: NOTAER - Quando começaram os exercícios em conjunto com a Brigada de Infantaria Paraquedista? Brigadeiro do Ar César Estevam Barbosa - A relação entre o Exército Brasileiro e a Aviação de Transporte da Força Aérea Brasileira (FAB) vem do pós-guerra, quando foi criado o Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte de

Tropa (1º/1º GTT). Nós podemos atuar junto com o Exército Brasileiro em operações como conquistas de cabeças de ponte ou um assalto aeroterrestre. Existe uma grande sinergia entre as duas Forças Armadas durante este tipo de operação. NOTAER - Qual a importância do C-95 Bandeirante neste exercício? Brigadeiro Estevam - O Bandeirante é uma aeronave adequada para o treinamento das tripulações e até para emprego em missões reais. Ele executa todas as missões da Aviação de Transporte desde a infiltração aeroterrestre até o assalto com pouso curto, com infiltração e exfiltração da tropa no terreno. NOTAER - O que o Exercício

Mandrake agregou ao conhecimento dos esquadrões? Brigadeiro Estevam - Os Comandos Aéreos Regionais (COMAR) dispõem dos esquadrões de transporte aéreo, mas as unidades têm uma função logística abrangente nas suas áreas de atuação. Por isso, é muito difícil para o COMAR se preocupar com a parte operacional de uma unidade aérea. Os esquadrões também não possuem o número de aeronaves suficiente para fazer voos de formação. Portanto, quando reunimos todos os esquadrões o ganho operacional e de conhecimento é muito grande. Nós podemos realizar tipos de missões que não são possíveis de serem executadas com uma unidade sozinha.


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OPERAÇÕES MILITARES

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ombater o tráfico de drogas, de armas e de pessoas, além dos ilícitos ambientais e fiscais, como o contrabando e o descaminho na fronteira do Brasil com o Peru e a Bolívia. Essa foi a tônica da terceira edição da Operação Ágata, uma ação conjunta entre Marinha, Exército e Aeronáutica, órgãos federais e estaduais que mobilizou, nos meses de novembro e início de dezembro, mais de 50 aeronaves e cerca de 3,5 mil militares da Força Aérea Brasileira (FAB). Helicópteros, aeronaves de caça, aviões de transporte e de reconhecimento da FAB de vários esquadrões do país foram acionados para participar da operação. A frota de asas rotativas e fixas compuseram a Força Aérea 107 (FAC 107), responsável pelo emprego dos meios aéreos na Ágata 3.

A operação ocorreu dentro de uma faixa de atuação que englobou desde Bahia Negra, no Mato Grosso do Sul, até Tabatinga, no Amazonas. Na Ágata 3, estavam previstos o patrulhamento naval na calha dos rios, bloqueio e controle de estradas, fiscalização de aeroportos e aeródromos, interdição de pistas de pouso clandestinas e interceptação de aeronaves suspeitas. Sob a coordenação do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, a Operação Ágata 3 também incluiu ações cívico-sociais que levaram assistência médica e odontológica à população carente. A Ágata 3 faz parte do Plano Estratégico de Fronteiras do Governo Federal. A primeira operação do tipo ocorreu em agosto, na Região Amazônica. A segunda foi realizada na fronteira Sul, em setembro. Desta vez,

SGT Batista / CECOMSAER

ÁGATA 3 - Missão real emprega mais de 50 aeronaves no combate de ilícitos na fronteira com a Bolívia e Peru

A Operação Ágata 3 acontece na região de fronteira do Brasil com o Peru e a Bolívia

o comando da Operação Conjunta ficou baseado em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Também participaram das operações a Receita Federal, o IBAMA,

SGT SIMO / CECOMSAER

SACI - Em treinamento no Rio de Janeiro, aviões da Força Aérea lançam paraquedistas e cargas

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erca de 1,6 mil militares da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Exército realizaram (16 a 18/11)

a Operação Saci, um treinamento conjunto que simula situações de guerra. A operação foi sediada na Base Aérea dos Afonsos (BAAF), no Rio de Janeiro (RJ). Oito aviões C-130 Hércules e dois C-105 Amazonas efetuaram lançamento de paraquedistas e cargas. “É um emprego em massa para que possamos atuar em conjunto em caso de necessidade real”, explicou o comandante da Quinta Força Aérea, Brigadeiro do Ar Cesar Estevam Barbosa. A Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército participou do exercício com 1500 militares. A FAB envolveu no treinamento os Esquadrões Gordo (1º/1º GT), Coral e Cascavel (1º GTT), Arara (1º/9º GAV) e Onça (1º/15º GAV).

Durante os três dias da operação houve a realização de vários treinamentos. Em Itaguaí, por exemplo, foram lançados 4.250 kg de carga, incluindo água, ração operacional e duas motocicletas. Em outro exercício, em um único dia, 10 aeronaves da Força Aérea Brasileira foram empregadas no lançamento de 1324 paraquedista do Exército. No último dia da operação, Adam, um cão de oito anos, da raça Rottweiler (foto ao lado), integrante do 36º Pelotão de Polícia do Exército, saltou acompanhado por militares na Zona de Lançamento de Itaguaí. Há mais de 10 anos, a Força Aérea e o Exército não realizavam uma missão desse tipo envolvendo lançamento de animais.

a ANAC os Departamentos de Polícia Federal e de Polícia Rodoviária Federal, bem como a Secretaria Nacional de Segurança Pública e a Força Nacional de Segurança Pública.

HARES - Conflito simulado mobiliza mais de 600 militares no Nordeste

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região Nordeste do país foi palco, no final de novembro, do Exercício Hares, que simulou uma situação de disputa de fronteira entre dois países fictícios. O conflito abrangeu o Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. O exercício treinou mais de 600 militares. Foi também um momento importante para quase 150 militares aviadores, infantes e intendentes da turma Hares, formada na Academia da Força Aérea (AFA), que aprimoraram o estágio de especialização. Aeronaves das aviações de caça, patrulha, reconhecimento, transporte e asas rotativas foram empregadas no exercício que previa missões de infiltração, resgate, patrulha marítima, ataque, reconhecimento, lançamento de paraquedistas e ressuprimento.


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FARDAMENTO

NOVIDADE – Subdiretoria de Abastecimento inova na gestão de estoque e planeja compras pela internet oncebido pela Subdiretoria de Abastecimento (SDAB), da Diretoria de Intendência (DIRINT), o recém-criado Sistema de Automatização do Armazém Central do Fardamento Reembolsável alia, de forma inédita, automação industrial e identificação por radiofrequência para a gestão de estoques. A SDAB é a organização do Comando da Aeronáutica que tem por finalidade executar o apoio logístico, em material de intendência às organizações e ao pessoal da Aeronáutica. “O sistema oferece diversas possibilidades e pode servir de modelo para gestão de estoques mais críticos para a FAB, como o suprimento de aviação e material eletrônico, por exemplo”, explica o Capitão Intendente Robson Teles, Assessor de Tecnologia da Informação da SDAB. A inovação implantada no Armazém Central do Fardamento Reembolsável, no Campo de Marte, em São Paulo, representa, na prática, economia de tempo, espaço físico, redução de pessoal e da margem de erro. O processo anterior demandava o trabalho de 18 pessoas, a partir de agora serão necessários apenas quatro deles. Além disso, a capacidade de atendimento obtida com a novidade mais que dobrou - passou de 220 mil para 500 mil itens fornecidos por ano. O novo sistema também irá acelerar o atendimento nos pontos de venda porque ficou mais fácil localizar os produtos. O material que entra em estoque recebe etiquetas com leitura por radiofrequência, além do código de barras. Outra vantagem obtida é a rastreabilidade dos itens. Com a nova identificação, pode-se acompanhar a trajetória de cada peça, desde o fornecedor até o consumidor final.

As lojas de fardamento reembolsável também poderão acompanhar ainda os pedidos feitos ao armazém central em todas as suas fases e com mais precisão, o que permitirá melhor acompanhamento dos prazos de fornecimento aos clientes. Prêmios – Em outubro, o projeto conquistou o primeiro prêmio, durante o II Congresso Brasileiro de RFID (Identificação por Radiofreqüência) e Internet das Coisas em Búzios, no Rio de Janeiro. A segunda premiação foi concedida pela GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação, ligada a entidade global com sede em Bruxelas, que gerencia sistemas de identificação por códigos. Com o prêmio automação, a Força Aérea Brasileira ocupou posição de destaque ao lado de multinacionais como AVON, Walmart e Carrefour. No ano que vem, o projeto disputará um prêmio mundial na mesma categoria.

O sistema implantado no Armazém Central do Fardamento Reembolsável, em São Paulo, representa economia de tempo, espaço físico, redução de pessoal e da margem de erro

Entenda como funciona o novo projeto de gestão de estoques da SDAB

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E-commerce - Futuramente, o fardamento do pessoal da Aeronáutica também passará a ser adquirido fora dos postos de fardamento. Por meio da automatização do estoque, o consumidor final poderá realizar a compra pela intranet. Prevista para o final no ano de 2012, a loja virtual da FAB contará com um catálogo com as imagens de cada produto.

or meio de um robô que se move em esteiras, as mercadorias são retiradas das caixas onde ficam armazenadas, conferidas e separadas para serem enviadas aos postos de fardamento reembolsável, de acordo com os pedidos enviados pelos postos. O sistema só conclui as operações quando toda a programação está corretamente executada. Antes da automatização, todo o processo era feito manualmente, o que despendia muito tempo e com possibilidade de erros. O que era feito em quatro meses, hoje se conclui em duas semanas. A margem de erro anterior era de aproximadamente 8%, hoje está próxima de zero. “Antes, os militares compravam fardas fora porque as lojas não eram supridas adequadamente e sempre

SDAB

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SDAB

Depois de conquistar dois prêmios nacionais, a FAB concorrerá ao prêmio mundial em Bruxelas ano que vem

faltava material. Com esta novidade, teremos uma reposição muito mais rápida e eficaz nos postos reembolsáveis”, diz o Capitão Intendente Robson Teles, da SDAB. Ainda em fase de implantação, a nova tecnologia será aplicada e chegará aos 28 postos reembolsáveis em todo o país, desde a Base Aérea de Santa Maria (BASM) até a Base Aérea de Boa Vista (BABV).


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DIA DA INFANTARIA DA AERONÁUTICA - 11 de Dezembro

FUTURO - Emprego eficaz da Infantaria é decisivo para as operações da FAB Brigadeiro de Infantaria Rodolfo Freire de Rezende, Chefe da Subchefia de Segurança e Defesa do Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), em entrevista ao NOTAER, detalha os caminhos da Infantaria rumo ao futuro e os projetos que já estão em andamento. NOTAER - Quais são os principais desafios da Infantaria para o futuro?

SGT Johnson / CECOMSAER

Brigadeiro Rodolfo Freire de Rezende - Diante da constante evolução das operações militares, especialmente no que tange aos conceitos de “Force Protection”, os maiores desafios estão relacionados ao desenvolvimento de uma doutrina caracterizada por soluções logisticamente viáveis e adequadas ao atendimento das demandas operacionais. Os cenários e hipóteses formuladas nos níveis políticos e estratégicos dão conta de que a Força Aérea Brasileira pode ser engajada em conflitos de características simétricas e assimétricas. Portanto, o emprego da tropa de Infantaria da Aeronáutica depende diretamente do nível de ameaça, que pode ser classificada em função do ambiente, que pode ser visualizado em um cenário “aeroespacial” ou de “superfície”. Um universo de desafios pode ser concebido para a Infantaria da Aeronáutica com o objetivo de orientar o preparo da tropa em quatro áreas

principais: Polícia da Aeronáutica, Autodefesa de Superfície, Autodefesa Antiaérea e Operações Especiais.

SGT Simo / CECOMSAER

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NOTAER - Que conquistas recentes podem ser destacadas? Brigadeiro Rodolfo - Nos últimos anos, a Infantaria vem caminhando a passos firmes na busca de uma concepção para seu emprego operacional. Compete exemplificar algumas mudanças que conferiram maior notoriedade à Arma de Infantaria da Aeronáutica. Um destaque especial foi a criação de uma vaga para oficial general após 65 anos de existência. Esta medida possibilitou reunir todas as frações da tropa terrestre sob a orientação de um órgão central sistêmico, de onde são emanadas concepções doutrinárias e logísticas, que permitem um eficaz preparo para o cumprimento de sua missão. Dentre as conquistas operacionais, podemos citar a participação de Pelotões (PINFA) nos dois últimos contingentes brasileiros junto à Missão de Paz no Haiti. Não se pode deixar de mencionar a implantação de uma autodefesa antiaérea orgânica da Força Aérea, cujas unidades se constituirão em elos permanentes do Sistema de Defesa Aérea Brasileiro. Materializando esta visão, prevê-se a ativação de um Primeiro Grupo na cidade de Canoas (RS), em janeiro de 2012. O

Brigadeiro de Infantaria Rodolfo: “Entre as conquistas operacionais podemos citar a participação dos Pelotões de Infantaria na Missão de Paz no Haiti”

planejamento contempla, ainda, a ativação de outras estruturas congêneres, culminando na criação de uma Brigada de Artilharia Antiaérea de Autodefesa, sendo em 2012 já ativada como núcleo. Em termos de autodefesa de superfície, diversos exemplos também podem ser aludidos, incluindo o reequipamento dos elos do Sistema de Segurança e Defesa (SISDE) e o projeto estratégico que prevê o aprestamento das atuais Companhias de Infantaria dos BINFAE, por intermédio da aquisição de viaturas blindadas e novos fuzis de assalto. Por fim, convém destacar a reformulação do emprego do Esquadrão PARASAR, vocacionando-o para a condução de operações especiais, em proveito da campanha aérea, incluindo sua participação, também, nas ações necessárias de guiamento terminal de armamentos lançados a partir das aeronaves da FAB. NOTAER - Em quais áreas (momentos) a atuação da Infantaria da Aeronáutica é decisiva? Brigadeiro Rodolfo - As primeiras companhias atuavam de modo a proteger as bases aéreas no litoral brasileiro contra possíveis ações adversas provocadas por sabotadores durante

a Segunda Guerra Mundial. Depois de 1945, o mundo se bipolarizou e os combates convencionais foram superados, em termos numéricos, pelos chamados “conflitos assimétricos”. Principal exemplo dessa nova realidade, a Guerra do Vietnã sinalizou novas tendências no emprego do Poder Aeroespacial, demonstrando que as aeronaves e instalações norte-americanas encontravam-se extremamente vulneráveis à ação de grupos guerrilheiros, que a partir do solo causaram considerável prejuízo às operações. A concepção de emprego aludida anteriormente já havia sido prevista por Giullio Douhet que asseverava: “ser mais fácil e efetivo destruir o poder aéreo do inimigo, atacando seus ninhos e ovos no chão do que caçar pássaros voando pelos céus.” Tal contexto pode ser mais bem materializado quando se compara o preço de uma aeronave moderna com o de um projétil .50, disparado por um elemento infiltrado nas proximidades de uma base aérea. Deste modo, o eficaz emprego da Infantaria da Aeronáutica é decisivo para as operações da FAB e, embora demande considerável investimento, encontra plena justificativa para que nossas aeronaves possam “voar, combater e vencer”.


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BUSCA E SALVAMENTO

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m dos mais emblemáticos esquadrões da Força Aérea, o Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) completa neste mês (6/12) 54 anos de existência. O esquadrão, sediado na Base Aérea de Campo Grande, é responsável por buscas e resgates de aeronaves e embarcações desaparecidas em todo o Brasil e até em alguns países vizinhos. Os “pelicanos”, como são chamados os militares da unidade, já participaram de mais de 3 mil operações reais e cumpriram mais de 25 mil horas de voo. O resultado de toda a dedicação é o resgate de mais de 6 mil pessoas. As tripulações do esquadrão chegam às mais distantes localidades brasileiras em um espaço de tempo reduzido, devido a localização estratégica no Estado do Mato Grosso do Sul, região central do país. É este esquadrão que responde ao Alerta SAR (Search and Rescue) Brasil e pode ser considerado um dos mais importantes da Força Aérea Brasileira. Os “pelicanos” mantêm 24 horas, durante todo o ano, uma equipe de prontidão, um avião SC-105 Amazonas, especialmente equipado para missões de busca, e helicóptero UH-1H para missões de resgates, prontos para decolar, qualquer que seja o destino, em terra ou no mar. As missões de busca geralmente

Fotos: SGT Johnson / CECOMSAER

ANIVERSÁRIO - Esquadrão Pelicano completa 54 anos de atuação em buscas e resgates no país

Os “pelicanos” estão sempre prontos para atuar em qualquer lugar do Brasil, 24 horas

são realizadas pelos tripulantes dos Amazonas. Mais rápida que o helicóptero, a aeronave alcança os mais distantes pontos do país em poucas horas. Porém, muitas vezes a base do helicóptero de resgate encontra-se distante do local do acidente e como o pouso do avião exige pista, o papel do paraquedista nessas circunstâncias torna-se fundamental, representando

a diferença entre a vida e a morte de uma vítima de acidente aeronáutico ou o socorro imediato a náufragos em perigo - os homens de resgate podem ser lançados a partir de uma aeronave de busca, agilizando assim o atendimento aos sobreviventes. O Pelicano também participa de ações de misericórdia. São feitas missões de socorro, remoções de

emergência de pacientes em estado grave para centros com mais recursos hospitalares, atendimentos médicos, apoios em caso de catástrofes naturais e várias campanhas sociais (incluindo a campanha anual de multivacinação em toda região do Pantanal e da Amazônia), buscando sempre o apoio à população civil de localidades isoladas.

HISTÓRIA - Veterano de missões de resgate lembra os desafios das missões no Pelicano

“Q

uando atuamos com Busca e Salvamento, a vida dos outros está em nossas mãos”. Essa é a definição de um homem que viu, de perto, a dor e o sofrimento, salvou vidas e se arriscou para levar alívio e cura a quem precisava. O Tenente Coronel Médico Rubens Marques do Santos, ou “Doc Santos”, como é conhecido, lembra com nitidez de detalhes missões que fizeram dele um

dos pioneiros da Busca e Resgate da Força Aérea Brasileira. O militar atuou na busca dos cinco sobreviventes da queda do C-47 Douglas FAB 2068, em 1967. Na época, essa foi a maior missão de resgate realizada no Brasil e deu origem ao Dia da Busca e Salvamento na Aviação Militar. Ele também integrou o grupo de paraquedistas que fundou o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR).

Já na reserva e, aos 78 anos, ele atua como obstetra em Campo Grande (MS) e mantém contato próximo com os militares do Esquadrão Pelicano. “Diria a eles que continuem unidos, trabalhando juntos porque, nessas missões, todos somos companheiros. Quando estamos em uma situação de risco, não tem patente nem divisa, todos somos iguais”, aconselha Doc Santos.

“Doc Santos” - É um dos pioneiros da aviação de busca e regate no país


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SAÚDE

Colesterol: um alerta para todas as idades

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desequilíbrio nos níveis de colesterol é um dos males que tem atingido a população cada vez mais cedo. A doença que antes despertava atenção por volta dos 40 anos, agora necessita exames regulares a partir dos 30. O estilo de vida ocidental que privilegia os hábitos alimentares modernos, com comidas industrializadas e a falta de atividade física são os principais motivadores para surgimento dessa pandemia. “A própria criança já nasce e cresce num contexto de vida sedentária, com brinquedos automatizados”, contextualiza o médico cardiologista Rildo Rinaldo de Andrade, Chefe da Cardiologia no Hospital de Força Aérea de Brasília (HFAB). Estima-se que 40% da população adulta brasileira tem alguma alteração nas taxas de colesterol. O colesterol são células de gordura no sangue. O excesso delas acaba se acumulando nas paredes das artérias. Dependendo da região de acúmulo, podem provocar insuficiência renal, acidente vascular cerebral (conhecido como derrame), angina ou infarto e trombose, entre outras complicações no organismo. Associado a pressão alta, glicose (diabetes), excesso de peso e fumo, o colesterol está entre as causas de doenças cardiovasculares que mais causam mortes no Brasil. Bom x mau - A presença do colesterol é natural e necessária no organismo, responsável especialmente pela produção de hormônios masculinos e femininos, e da hipófise. O nível de HDL (High Density Lipoprotein), bom colesterol, se associa com as proteínas de alta densidade. Ele tem efeito protetor ao organismo. Já o LDL (Low Density Lipoprotein), o mau colesterol, funciona como se fosse um resíduo de gordura. Ele é fornecido principalmente pelas gorduras trans e gorduras de origem animal, derivados do leite, e frituras. Prevenção - A taxa de colesterol total deve ficar abaixo de 200 para todas as idades. Para manter este patamar, a

receita já é bem conhecida: fazer atividade física e preferir alimentos mais naturais. “Um grande desafio é fazer as pessoas deixarem o carro e andarem a pé. A atividade física ajuda a manter o metabolismo e consome energia”, diz o médico. De acordo com a Tenente Nutricionista Ana Luiza Araújo Passos, o ideal é começar a se cuidar desde cedo. “Os hábitos alimentares não mudam de um dia para o outro”, diz a nutricionista que reforça a ideia sobre a necessidade de cuidados de prevenção diários. “Não precisa se privar dos alimentos. É importante saber dosar”, recomenda. Outra medida importante é a realização de exames anuais a partir dos 30 anos. “A partir dessa idade o metabolismo do organismo começa a mudar”, explica o cardiologista sobre a necessidade de acompanhamento. Recomendações básicas 1. Refeições: alimente-se de 3 em 3 horas. Os pequenos lanches entre as refeições, como frutas, evita hipoglicemia e o consumo em demasia de alimentos. 2. Lista de supermercado: evite comprar alimentos prejudiciais. Mantenha sempre à mão opções saudáveis 3. Cereais integrais: as fibras contribuem no processo de redução do LDL no sangue. 4. Prato colorido: monte pratos coloridos, eles indicam a variedade de nutrientes. 5. Frutas e verduras: consumir, pelo menos, cinco porções diárias de frutas e verduras. 6. Mastigação: para ajudar na digestão recomenda-se mastigar em média de 20 a 30 vezes o alimento. 7. Ingestão de líquidos: ingerir líquido 10 minutos antes da refeição ou 1h depois para facilitar a digestão e melhorar a absorção de nutrientes. Caso sentir necessidade de consumir líquidos durante as refeições, máximo de 100ml. 8. Água: beber 2 litros de água por dia para manter a hidratação e ajudar a regular o intestino.

O que é ATEROSCLEROSE ? A aterosclerose é uma doença crônica-degenerativa que leva à obstrução das artérias (vasos que levam o sangue para os tecidos) pelo acúmulo de lípides (principalmente colesterol) em suas paredes. A aterosclerose pode causar danos a órgãos importantes ou até mesmo levar à morte. Veja abaixo as principais áreas afetadas pela aterosclerose:

É o processo de endurecimento e obstrução da artéria coronariana que pode ser lento e gradativo iniciando-se na infância e progredindo rapidamente na terceira década de existência, sendo que em algumas pessoas não se torna ameaçador até a quinta ou sexta década de vida. Carótidas

Fontes: http://emedix.uol.com.br/doe/ car005_1f_aterosclerose.php

Renais http://www.unifesp.br/denf/ NIEn/CARDIOSITE/insuf.htm

Ilíacas

Fatores de risco : • •

Tabagismo; Alteração dos lípides ou gorduras sanguíneas (colesterol e/ou triglicérides);

• • • • •

Aumento da pressão arterial; Diabete; Obesidade; Vida sedentária; e Estresse emocional.


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SOCIAL

HABITAÇÃO - Caixa de Financiamento Imobiliário da Aeronáutica entrega apartamentos em Brasília Comando da Aeronáutica, por meio da Caixa de Financiamento Imobiliário da Aeronáutica (CFIAe), fez a entrega simbólica das chaves aos proprietários do empreendimento Residencial Centauros em Ceilândia, no Distrito Federal. Para 88 famílias, esta é a realização do sonho do primeiro imóvel. O evento, realizado no mês passado (17), teve a presença do Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito. Para o jovem casal de sargentos casados há sete anos, Bruno Augusto Silva do Nascimento, 28 anos, e Alba Lúcia Silva do Nascimento, 29 anos, a aquisição do primeiro imóvel significa mais segurança e estabilidade para uma nova etapa da vida dos dois. “Agora temos nosso espaço para receber nosso filho”, disse Bruno, já de posse da chave do apartamento 603 do bloco A. Agora a única preocupação de Maria Aparecida Gonçalves da Silva, 33 anos, e do marido Silvio Silva Neves, 52 anos, é com a escolha dos móveis. A filha do casal, Ana Luiza, de nove anos, está na expectativa de usar a piscina. O Residencial Centauros tem um total de 7.550m2 de área construída, numa área de 3.800 m2 na região central de Ceilândia. São quatro apartamentos de dois quartos por andar. Cada unidade tem 64m2 de área útil, com sacada, sala integrada com cozinha, quarto com suíte, um segundo quarto e banheiro social. O imóvel tem garagem coberta, dois elevadores de serviço em cada torre. Nas áreas comuns, quadra poliesportiva e piscina. Segundo o Gerente Regional de Construção Civil da Caixa Econômica Federal (agente financiador da obra), Marcelo Ferreira, o equilíbrio entre a qualidade do imóvel com o preço praticado só foi possível devido ao “processo de gestão forte do CFIAe, especialmente na fiscalização da exe-

Fotos: CB V. Santos / CECOMSAER

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O casal de sargentos Bruno e Alba Nascimento receberam a chave do primeiro imóvel das mãos do Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito

cução da obra”. Para o presidente do CFIAe, Major Brigadeiro do Ar da reserva Paulo Hortêncio e Silva, a entrega do condomínio concretiza o objetivo da instituição que é atender com moradia os militares. “Buscamos uma quebra de paradigma neste projeto: construir um empreendimento com a melhor qualidade possível e o menor custo”, afirmou. A CFIAe é a organização da Aeronáutica responsável por conceber e desenvolver os projetos de habitação. Para 2012, o CFIAe tem previsão de entrega de mais dois empreendimentos: o Residencial Bela Vista em São José dos Campos (SP) e o Portal do Bosque, no Rio de Janeiro (RJ). Outros projetos estão em andamento em diferentes fases em vários locais em todo o país. Para saber mais sobre os projetos do CFIAe, acesse www.cfiae.aer.mil.br

No Residêncial Centauro, localizado em Ceilândia, os moradores têm à disposição uma ampla infraestrutura que inclui quadra poliesportiva e piscina


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HISTÓRIA

Museu Aeroespacial recebe avião presidencial VC-96

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epois de 34 anos de serviço ao país, a aeronave VC-96 (Boeing 737) realizou sua última missão. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que apoiou o transporte de sete Presidentes da República, no período de 1976 a 2010, foi levado de Brasília para o Rio de Janeiro e incorporado ao acervo do Museu Aeroespacial (MUSAL). O último voo aconteceu no dia 7 de novembro. Em 1976, a FAB adquiriu dois aviões Boeing 737, batizados de VC-96, matrículas 2115 e 2116, para a substituição do antigo VC-92 (BAC-111), o primeiro jato do Grupo de Transporte Especial (GTE) e que estava em operação desde 1968 para o transporte presidencial. “A aeronave foi utilizada por 34 anos, transportou sete presidentes e permitiu que o Brasil se fizesse presente no exterior e nos quatro cantos do país”, afirma o Tenente Coronel Aviador Emilio Carlos Ambrogi, Comandante do GTE. Da chegada desses aviões ao Brasil, em agosto de 1976, até a sua desativação, em 16 de abril do ano passado, as duas aeronaves VC-96

totalizaram mais de 50 mil horas de voo – o equivalente a mais de cinco anos ininterruptos de voo. Ao longo do período de operação, os Boeing 737 passaram por processos de modernização, como em 1989, quando teve a parte interna reconfigurada para melhor cumprimento da missão. Durante quase 10 anos, os VC96 dividiram espaço nos hangares do GTE, em Brasília, e a honra de transportar presidentes com outra aeronave que já faz parte do acervo do MUSAL: o Vickers Viscount 789D (VC-90), que foi desativado na gestão do presidente João Figueiredo. Em 1980, o Boeing 737 da FAB realizou uma de suas missões mais lembradas: o VC-96 prefixo FAB 2116 percorreu 11 Estados transportando o Papa João Paulo II. O avião recebido pelo MUSAL no mês passado, VC-96 matrícula 2115, realizou mais de 20 mil pousos em missões de transporte presidencial. As duas aeronaves Boeing 737 foram substituídas no ano passado pelos modernos VC-2 (EMBRAER 190), o mesmo operado no Brasil em linhas aéreas comerciais.

Arquivo

Aeronave Boeing 737, que voou na Força Aérea Brasileira durante 34 anos, ficará em exposição no Campo dos Afonsos, zona oeste do Rio de janeiro; avião apoiou o transporte de sete presidentes da República

O avião apoiou o transporte de sete Presidentes da República no período de 1976 a 2010

Ficha Técnica Comprimento

30,48 m

Envergadura

28,35 m

Altura

11,28 m

Velocidade Máxima

747 km/h

SAIBA MAIS: Museu Aeroespacial www.musal.aer.mil.br


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