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A CONSAGRAÇÃO DA MISSÃO FUNDAMENTAL

Uma organização sem uma missão bem descrita, objetivos e metas a serem perseguidos e uma visão de futuro a ser atingida não tem traçada uma rota definida, estando destinada ao fracasso. No caso da Aeronáutica, as atividades sob a sua responsabilidade estão descritas na Constituição Federal, em leis e em diretrizes da nossa cadeia de comando.

Em síntese, o Comando da Aeronáutica (COMAER) tem por atribuição defender o Brasil, impedindo o uso do espaço aéreo brasileiro para a prática de atos hostis ou contrários aos interesses nacionais. Para isto, deverá dispor de capacidade efetiva de vigilância, de controle e de defesa do espaço aéreo, utilizando recursos de detecção, interceptação e de destruição.

Com base nesse direcionamento de alto nível, o COMAER definiu os caminhos a serem trilhados por meio de sua missão-síntese e visão de futuro.

Missão-Síntese: “MANTER A SOBERANIA DO ESPAÇO AÉREO E INTEGRAR O TERRITÓRIO NACIONAL, COM VISTAS À DEFESA DA PÁTRIA”.

Visão de Futuro: “SER UMA FORÇA AÉREA DE GRANDE CAPACIDADE DISSUASÓRIA, OPERACIONALMENTE MODERNA E ATUANDO DE FORMA INTEGRADA PARA A DEFESA DOS INTERESSES NACIONAIS”.

Sob o meu comando, a Força Aérea Brasileira envidará todos os esforços possíveis para o cumprimento do trinômio: DEFENDER, CONTROLAR E INTEGRAR. Tanto o empenho logístico quanto as ações administrativas estarão voltados para que, diligente e diuturnamente, estejamos cumprindo o papel que a sociedade brasileira espera de nossa Força.

Tal trinômio une-se aos demais conceitos elencados na introdução e merecem uma sucinta clarificação. O DEFENDER representa a missão por excelência de qualquer Força Armada, ou seja, garantir a soberania do espaço aéreo sobrejacente do país.

Enquanto isso, o CONTROLAR encontra-se no cerne da capacidade, considerada como estrategicamente fundamental pelo Estado Brasileiro, de dotar o país de um sistema de controle de tráfego aéreo integrado, a fim de garantir a segurança da navegação aérea no volume aeroespacial sob sua responsabilidade, ao mesmo tempo que provê serviços para nossa defesa aérea.

Por fim, mais recentemente, foi incorporado o INTEGRAR. Esse atributo expressa o reconhecimento à tradição integradora do valoroso Correio Aéreo Nacional, o nosso CAN, um dos maiores legados do Patrono da Força Aérea Brasileira, o Marechal do Ar Eduardo Gomes.

De fato, o INTEGRAR dos dias atuais alberga inúmeras missões subsidiárias em apoio ao cidadão e à sociedade, que vão desde a garantia da segurança climática, em suporte às operações de proteção do meio-ambiente, empreendidas pelo Ministério da Defesa; até as vitais proteção da saúde e segurança sanitária da população, onde as Asas que Protegem o País são asas que vacinam, transportam órgãos para transplantes e transladam pacientes, dentre outras virtuosas missões.

Cada atributo encarna, em si mesmo, seu simbolismo em termos de capacidade, a qual é perene, ainda que as missões, equipamentos ou técnicas evoluam naturalmente com o poder aéreo.

Assim devemos compreender esse trinômio: - DEFENDER: capacidade de garantir soberania; - CONTROLAR: capacidade de garantir a segurança da navegação aérea; e - INTEGRAR: capacidade de apoiar a sociedade e sua população.

Aeronaves F-39 Gripen e F-5EM Tiger.

Por fim, para o arremate final dessa tecitura de conceitos e capacidades, ilustraria com uma fórmula matemática simples, a sinergia do lema, mote de nossa Força Aérea: “Asas que protegem o país” com o trinômio ora explicitado:

P = (DCI) ² onde P representa o “proteger”; (DCI) representa a sinergia entre as capacidades de DEFENDER, CONTROLAR e INTEGRAR; e a potenciação representa uma alusão à era da informação dos dias atuais, onde a sociedade nos exigirá, cada vez mais, navegar na velocidade da Web 2.0.

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