AEROVISÃO nº 244 Abr/Mai/Junho - 2015

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o mar aberto e que tenham medida de arqueção bruta maior que 300. As embarcações de esporte e recreio com comprimento maior que 24 metros também necessitam utilizá-las . A frota marítima da empresa de transporte e logística de combustível, Transpetro, conta com a utilização dos equipamentos de segurança, dentre eles o EPIRB, de acordo com normas internacionais. Segundo a Transpetro, apesar de ter o equipamento instalado em seus navios, a empresa ainda não utilizou devido à ausência de acidentes de grande proporção. Mas, a companhia considera que o equipamento pode contribuir de forma notória em caso de situações de emergência.

Antenas do sistema COSPAS - SARSAT, em Brasília (DF).

SGT BATISTA / Agência Força Aérea

SGT BATISTA / Agência Força Aérea

Quem deve utilizar? São três tipos de balizas de emergência: ELT - Emergency Locator Transmitters, para uso da aviação; EPIRB - Emergency Position-Indicating Radiobeacon, para uso marítimo, que foi utilizado pelo holandês Ebrahim; e PLB - Personal Locator Beacons, para uso pessoal. Praticamente todos os tipos de aeronaves do Brasil devem possuir, obrigatoriamente, uma baliza de emergência na frequência 406 Mhz. As exceções ficam por conta dos aviões com capacidade para transportar a bordo somente uma pessoa, aviões de categoria primária e ultraleves em geral. Já no caso de embarcações, devem possuir balizas as que são propulsadas de uso comercial, classificadas para

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Abr/Mai/Jun 2015 Aerovisão

Sinais falsos e falta de registro Em 2014, no Brasil, o sistema COSPAS-SARSAT recebeu 1.833 sinais de alerta, e 99,51% eram falsos. Segundo dados do BRMCC, os sinais falsos são muito comuns devido aos testes nos equipamentos e acionamentos não intencionais. Por isso, os Centros de Coordenação de Salvamento investigam cada sinal de emergência antes de deslocar as equipes para o socorro. Os procedimentos incluem a comunicação com os proprietários de aeronaves, embarcações, aeroportos, clubes de aviação, etc. Um dos problemas é o registro das balizas: ele é facultativo. A falta de registro não impede seu funcionamento, nem tão pouco a busca e salvamento, mas dificulta os procedimentos. “Um dos principais objetivos do COSPAS-SARSAT é a rapidez. Quando a baliza é registrada, os dados necessários estarão especificados no formulário, isso permite identificar se o sinal emitido é ou não um falso alerta a partir do contato com o proprietário e evita a perda de tempo prejudicial ao salvamento”, afirma o chefe do BRMCC, Tenente Marcos Beber. O BRMCC promove campanhas de conscientização para o registro. “Quando o usuário faz isso, ele está nos ajudando a ajudá-lo. Esse é um serviço para sociedade e totalmente gratuito”, esclarece. O registro pode ser feito no endereço eletrônico www.brmcc.aer.mil.br.


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