no mar A etapa no mar, realizada no Forte Imbuhy, teve oficinas e atividades práticas de mergulho livre, operações com motor de popa e técnicas de resgate na água, chamada kapoff, um método inglês de içamento a partir de helicóptero. A fase teve como ponto alto o exercício de sobrevivência. “O objetivo é proporcionar aos alunos um ambiente exato, como se fosse um naufrágio ou uma amerrisagem forçada. O homem de resgate aqui desenvolve, principalmente, atributos da parte cognitiva. Eles têm a noção exata de como fica a cabeça de uma pessoa numa situação de emergência como essa”, explica o Capitão de Infantaria Igor Duarte Fernandes, da coordenação do curso. Os alunos concordam. “Eu tenho a certeza de que cada minuto gasto em
terra procurando as vítimas é um minuto a mais de desespero para quem está nessa situação. Toda pressa, toda energia despendida para a busca e o resgate de sobreviventes é necessária. Cada minuto naquele bote é um minuto de sofrimento a mais”, avalia o Tenente Aviador Filipe Campos Dutra, piloto de helicópteros H-60 e aluno do Curso SAR 2014. na selva Do mar para a selva, a transição de ambientes levou os militares para o Sul do Pará, na Serra do Cachimbo. No Campo de Provas Brigadeiro Velloso, unidade da Força Aérea destinada a exercícios militares, os alunos tiveram instruções sobre técnicas para subir em árvores, construção de abrigos, armadilhas de caça e
pesca e obtenção de fogo. “Além de servir para aquecer e preparar os alimentos, o fogo é fundamental para a sinalização a fim de que os sobreviventes possam ser resgatados. Por isso, esse conhecimento é de extrema importância para o homem de resgate”,afirma o Sargento Roscivaldo Borges Bentes, instrutor. Os alunos também aprenderam a identificar os diversos frutos da região amazônica. Saber extrair da natureza o alimento pode significar a diferença entre viver ou morrer. O resgateiro precisa ter o conhecimento para identificar as árvores e os frutos comestíveis que vão possibilitar sua sobrevivência. Os militares conheceram, por exemplo, o ananás, uma espécie de miniatura do abacaxi; a bacaba, fruto parecido com o açai; e a sorva, conhecida como o iogurte da selva.
Aerovisão
Jan/Fev/Mar 2015
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