2º Sgt Johnson / CECOMSAER
Câmara hipobárica simula voos a 8,5 mil metros de altitude
U
ma coceirinha na ponta do nariz e escurecimento da visão. Esses são alguns dos sintomas que podem denunciar a situação de hipóxia, uma reação ao baixo teor de oxigênio no sangue. Para treinar o aeronavegante a reconhecer esses sinais e adotar os procedimentos corretos nessas ocasiões, o IMAE dispõe de uma câmara hipobárica. Nela são simuladas as condições de um voo com altitudes que atingem até 8,5 mil metros. Na câmara, com capacidade para 16 pessoas, também é exercitada uma situação de descompressão rápida, quando em um acidente aéreo, uma aeronave pressurizada perde, por exemplo, uma janela.
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Jan/Fev/Mar/2013 Aerovisão
A câmara é acionada por uma bomba de vácuo que retira o ar para simular um aumento de altitude. Os “alunos” ficam por 30 minutos respirando oxigênio a 100% para diminuir a quantidade de nitrogênio no sangue a fim de evitar os efeitos da descompressão. Após esse intervalo, a câmara “sobe” a 25 mil pés, cerca de 7,6 mil metros. Nessa altitude os tripulantes retiram as máscaras e são submetidos a testes simples, como contas de matemática. Os principais sintomas da hipóxia são dificuldade respiratória, formigamento nas mãos, tremores, cabeça “pesada” e perda de acuidade visual.
“Cada corpo reage de forma diferente e o treinamento serve para que cada pessoa saiba identificar, num voo real, os sinais de hipóxia e saiba se equipar com o sistema de oxigênio”, explica a Tenente Médica Aline Zandomeneghe Pereira Franco. O treinamento na câmara hipobárica é repetido a cada quatro anos porque, com o envelhecimento do organismo, os sinais podem sofrer alterações. “Esse tipo de treino é fundamental, pois se a hipóxia não for reconhecida ela pode evoluir e provocar até mesmo o desmaio do tripulante com possibilidade de ocasionar a queda da aeronave”, reitera.